Sei sulla pagina 1di 8

DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS

| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza


OS: 0021/11/17-Gil

DESENVOLVIMENTO
ORGANIZACIONAL
PARA CONCURSOS
MÓDULO 1

Profa. Giovanna Carranza

Acesse nosso site e confira diversos


outros materiais gratuitos
www.concurseiroprime.com.br

www.concurseiroprime.com.br 1
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

CONCURSO:

ASSUNTO: Mudança e Desenvolvimento Organizacional

 MUDANÇA E DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL French e Bell citados por Chiavenato ( 2003,pág. 450)
definem DO como esforço de longo prazo, apoiado pela
O medo do desconhecido é inerente ao ser humano,
alta direção, no sentido de melhorar os processos de
podendo ser associado como perda ou oportunidade. Em
resolução de problemas.
uma organização a capacidade de adaptar-se as
inovações está diretamente relacionada à sua Os modelos de D. O. veem a organização como um
produtividade e competitividade no mercado. Na década sistema social que interage entre si, e que para ocorrer
de sessenta um grupo de cientistas sociais dedicou-se a mudança não basta mexer na estrutura é necessário
estudar a possibilidade de se implantar programas de considerar quatro variáveis básicas: ambiente,
mudança de forma planejada que reduzissem seus organização, grupo e individuo e exploram a
impactos e reflexos negativos na organização. Deste interdependência dessas variáveis para alcançar
estudo resultou a Teoria do DO –Desenvolvimento objetivos.
Organizacional.
A origem do DO - Desenvolvimento Organizacional é
A velocidade com que ocorrem as mudanças na era atual, atribuído, segundo Chiavenato (2003, pág. 440 e 441))
exige das organizações maturidade suficiente para reagir entre outros fatores, a necessidade em se estabelecer
e adaptar-se a essas mudanças. Neste contexto, surgem um programa coerente de mudança que abrangesse toda
indagações do tipo: a organização; aos estudos sobre motivação que
apontaram que os objetivos individuais nem sempre se
- Como lidar com um processo de mudança
conjugam com o da organização, muitas vezes causando
organizacional?
no individuo alienação e distancia dos objetivos
- Quais os estudos científicos que podem contribuir organizacionais e a pluralidade de mudanças, como
para a compreensão dos aspectos comportamentais transformações rápidas e inesperadas.
inerentes ao processo de mudança?
Conforme Araújo (2000) trabalhar o processo de
- Existe algum estudo que comprove a possibilidade de mudança organizacional é uma alteração significativa que
se implantar um processo de mudança planejada, que deve atingir os componentes comportamental estrutural
minimize os impactos causados na produtividade e tecnológico, afirma que na implantação de um
organizacional relacionados ao comportamento programa que tem por objetivo mudança organizacional,
humano? são essenciais: suporte da alta administração; consciência
sobre o impacto do processo de mudança; não
De acordo com Handy ( 1992) as empresas de hoje,
necessitam se transformar de forma consciente em expectativa por resultados plenos e imediatos;
empresas de aprendizagem, locais onde a mudança seja congruência entre os objetivos da mudança e os valores
uma oportunidade, onde as pessoas possam crescer à da empresa e controle dos resultados.
medida que trabalham. Essa transformação citada pelo Segundo Marras (2000, pág.300) o desenvolvimento
autor, tem relação com a capacidade da organização organizacional de uma empresa deve estar sustentado na
permanecer competitiva em suas diversas fases no análise dos seguintes fatores:
mercado em que atua, assim como diante das exigências
1- Interação de interesses ( individuais/organizacionais)
que lhe são impostas, tanto pelas forças endógenas
(internas da organização), quanto pelas forças exógenas 2- Saúde organizacional ( no sentido macro)
(externas da organização).
3- Momento organizacional
Na década de sessenta um grupo de cientistas sociais nos
4- A análise e o gerenciamento das mudanças.
Estados Unidos, realizou pesquisas que resultaram na
definição de procedimentos para implantação de um Para Chiavenato (2003) a grande invenção do final do
processo de mudança nas organizações. Este estudo foi século XXI foi a inovação , que passou a modificar a vida
conceituado de D.O – Desenvolvimento Organizacional, da sociedade, das organizações, do homem e da sua
tendo como pressuposto básico que toda mudança visão de mundo e que D.O veio como resposta às
dentro das empresas, seja de natureza pública ou mudanças e a inovação, tendo como tarefa básica mudar
privada, deve ocorrer de forma planejada. a cultura e o clima da organização.

www.concurseiroprime.com.br 2
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

Para Raymundo (1982) DO, surge com a idéia de intervir estrutura, as normas e manuais de procedimentos, já a
na organização, em busca de uma melhoria no parte não visível deste iceberg é o que deve merecer
rendimento do trabalho grupal associado com a atenção mais detalhada , pois nela podem estar ocultos
perspectiva de uma elevação do nível de qualidade de os componentes informais que direcionam e influenciam
vida nesse ambiente. DO se encaixa na organização que o comportamento do grupo.
apresenta um cenário carente de mudanças, incapaz de
O clima de grupo, por sua vez, conforme Moscovici
se auto diagnosticar e formular um programa de
(2003).tem uma relação circular com os componentes do
renovação, abre suas portas para um agente de
funcionamento e da cultura grupal, influenciando-se e
mudanças, que atue como um “facilitador” dessas
sendo por eles influenciados constantemente. Como
mudanças necessárias e que essa figura é a do consultor.
afirma Chiavenato ( 2003), a organização é um sistema
Kotter, citado por Chiavenato (2003) relata que são com características próprias típicas da sua cultura e clima
necessárias oito etapas para a implantação do programa organizacional, precisando ter capacidade inovadora
específico de DO, que resumidamente podem ser assim como: adaptabilidade; senso de identidade; perspectiva
definidas: exata do meio ambiente e integração entre seus
1 – Decisão da alta direção em utilizar DO e a escolha de participantes.
consultor externo para coordenar o processo;
Como afirma Nadler (1993) num processo de mudança o
2 – Diagnostico inicial onde a direção da organização estado de espírito, atitudes e valores básicos da
reúne-se com o consultor externo para definir o organização, estão em jogo. Se esses aspectos menos
programa ou modelo de DO adequado; concretos não forem explorados, o progresso desejado
pode não ser alcançado.
3 – Levantamento de dados ;
Para Souza (1978) a análise do conjunto da cultura e do
4 – Retroação de dados e confrontação;
clima organizacional fornecem indícios que podem
5 – Planejamento de ação e solução dos problemas; discernir sobre quais as técnicas e abordagens adequadas
a serem aplicadas de acordo com o momento em que
6 – Desenvolvimento de equipes;
vive a organização. Kotter (1997) alerta que as atitudes
7 – Desenvolvimento intergrupal; de resistência às mudanças podem estar localizadas de
8 – Avaliação e acompanhamento. forma individual, mas que isto é, muitas vezes mais
provável de se encontrar nos grupos, ou seja as
Entretanto, Castilho (1999) alerta que não basta falar de resistências podem estar localizadas em departamentos
mudança, é preciso levar o grupo que compõe a ou grupos de pessoas que temem perder status ou
organização a estruturar seu caminho, de modo a se ter poder.
uma visão compartilhada e articulada, para que isto se
reverta em um ambiente em que as pessoas sintam que As atitudes a que se refere Kotter, podem ser analisadas
estão fazendo as mudanças acontecerem. através do conhecimento dos estudos realizados por
Schutz, citado por Moscovici (2003) e Castilho (1999)
DO tem como tarefa básica mudar a cultura e o clima da podendo ser aplicado nas organizações. Os estudos de
organização. O clima da organização é um conjunto de Shultz consideram que o grupo passa por três fases:
valores e atitudes que refletem o relacionamento e o inclusão, controle e afeição Este estudo pode contribuir
comportamento das pessoas em determinado grupo. Já a para facilitar a aplicação de um programa de DO.
cultura organizacional de uma organização está
relacionada a sua historicidade, baseada nas crenças As três fases podem ser assim identificadas:
formadas no convívio diário, na aceitação dos padrões de 1-) Fase de Inclusão: Nesta fase, cada membro procura
resoluções de conflitos e problemas, nas normas e seu lugar, através de tentativas para encontrar e
padrões de comportamentos aceitos pelo grupo. estabelecer os limites de sua participação, o quanto
Segundo Moscovici (2003) para compor a cultura e o vai dar de si, o quanto espera receber, como se
clima de uma organização as pessoas que compõem o mostrará ou que papel desempenhará
grupo trazem seus valores, sua filosofia e orientação de primordialmente, para o alcance dos objetivos
vida e que a interação permite conhecimento mútuo e propostos;
identificação de alguns pontos comuns que servirão de 2-) Fase de Controle: Encontrando o seu lugar, cada
base para a elaboração de normas coletivas, tácitas e membro passa a interessar-se pelos procedimentos
explicitas, na interação do grupo. que levam às decisões, ou seja pela distribuição do
A cultura do grupo pode ser associada a um iceberg, poder no grupo e controle das atividades. É uma
onde a parte visível pode ser identificada como as fase de jogo de forças, competição por liderança,
normas formais da organização, como o desenho da discussões sobre metas e métodos, atuação no
www.concurseiroprime.com.br 3
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

grupo e formulação de normas de conduta dentro  controle da musculatura ( controle dos movimentos
do grupo. Cada um busca atingir um lugar corporais).
satisfatório às suas necessidades de controle,
Kurt Lewin, na mesma obra, afirma que o
influência e responsabilidade. Esta pode ser uma
desenvolvimento do processo pode ser evidenciado, por
fase de grandes conflitos, momentos de tensão,
qualquer mudança para melhor, por menor que seja,
divergência de valores, medo de perda de status.
detonada por uma força interna ou externa à pessoa, ou
Essas situações tendem a reduzir quando os
seja, a passagem de uma situação A para outra situação
membros do grupo começam a compreender, de
B, e que para ocorrer mudança comportamental nas
fato e de direito, seu papel e sua responsabilidade
pessoas deve-se considerar três fases:
para o alcance dos objetivos que justificam a
existência deste grupo. Se nesta fase o grupo não 1- descongelamento : momento de desequilíbrio,
chegar a um equilíbrio de valores pode evoluir para dúvidas e incertezas diante do novo, da introdução
a entropia, ou seja, para o desgaste e até sua de novas ideias;
extinção. 2- Incorporação: aceitação de novas ideias e conceitos,
3-) Fase de Afeição : Uma vez estabelecido, mudança de percepção, exteriorização da aceitação
razoavelmente as normas de controle, os de novas ideias através de atitudes;
participantes começam a expressar e buscar 3- Congelamento: nesta fase o equilíbrio é
integrações emocionais. Cada um procura conhecer reestabelecido, as novas atitudes prevalecem às
as possibilidades de intercâmbio emocional, atitudes anteriores. Durante esta fase as novas
comprometimento com resultados produtivos e atitudes devem ser constantemente exercitadas,
eficazes. para que atitudes anteriores não venham a se
Essas três fases, nem sempre são nitidamente distintas, manifestar novamente.
pois os membros do grupo não estão necessariamente no De acordo com Chiavenato (1999) algumas técnicas são
mesmo estágio. Cada um tem seu ritmo próprio em um
utilizadas para promover o DO. As principais delas são:
processo de integração, cabendo ao consultor/facilitador
e aos demais membros do grupo o cuidado em promover  treinamento interpessoal – consiste em reunir grupos
condições satisfatórias para que todos sintam-se de treinamento que são orientados por um líder
valorizados e importantes em seu papel como integrante treinado para aumentar a sua sensibilidade quanto às
deste grupo. suas habilidades e dificuldades de relacionamento
interpessoal, o que resulta em maior criatividade,
Chanlat (1996, p.125-126) comenta que certamente não
menor hostilidade e maior flexibilidade;
se pode transformar tudo de uma só vez e sem algum
embaraço. Mudar para muitos pode significar novas  análise transacional – técnica utilizada para o
oportunidades, assim como para outros pode significar o autodiagostico das relações interpessoais e tem como
medo do desconhecido. Magalhães, (1997) descreve os objetivo reduzir os hábitos destrutivos de
vários estados que se pode refletir através do comunicação;
comportamento em um processo de mudança:  desenvolvimento de equipes – técnica de alteração
insatisfação; inquietação; curiosidade; aprendizagem; comportamental, onde várias pessoas de vários níveis
inovação; atuação; renovação. Ainda para Magalhães, na da organização se reúnem sob a orientação de um
mesma obra, as características básicas para pessoas líder e criticam-se mutuamente para encontrar um
aptas a lidar com mudanças são: positiva: focada; flexível, ponto de equilíbrio e melhorar os relacionamentos;
organizada, proativa.
O processo de mudança comportamental aplicado em  consultoria de procedimentos – técnica em que cada
DO, segue os estudos de Kurt Lewin, psicólogo social, equipe é coordenada por um consultor, que busca
citado por Chiavenato (1998) onde refere que este tornar a equipe mais sensível aos processos internos
processo ocorre em um campo dinâmico de forças que de estabelecer metas e objetivos, de participação, de
atua em vários sentidos, e que para acontecer mudança, sentimentos, de liderança, de tomada de decisões,
passamos por quatro tipos de aprendizagem: confiança e criatividade;

 mudança na estrutura cognitiva (conhecimento);  reunião de confrontação – técnica comportamental,


que utiliza a confrontação de grupos em conflito,
 mudança na motivação( gostar ou não gostar de ); como meio para auto-avaliação. Os grupos avaliam o
 mudança na ideologia, caracterizada pela afiliação de comportamento um do outro como se estivessem em
diferentes grupos frente a um espelho e iniciam uma discussão para

www.concurseiroprime.com.br 4
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

chegar a uma compreensão e entendimento


recíprocos;
3. Desenvolvimento de equipes: é uma técnica de
 retroação de dados – técnica de mudança alteração comportamental na qual várias pessoas de
comportamental que proporciona aprendizagem de vários níveis e áreas da organização se reúnem sob a
novos dados a respeito de si mesmo, dos outros , dos coordenação de um consultor ou líder e criticam-se
processos grupais ou da dinâmica de toda a mutuamente, procurando um ponto de encontro
organização. Mobiliza toda a organização e requer em que a colaboração seja mais frutífera,
intensa comunicação e um fluxo adequado de eliminando-se as barreiras interpessoais de
informações comunicação pelo esclarecimento e compreensão
de suas causas. Ao final, a equipe auto-avalia o seu
comportamento através de determinadas variáveis
 VEJA DE ACORDO COM OUTROS AUTORES: descritas na Figura abaixo. A ideia básica é construir
equipes através da abertura de mentalidade e de
Técnicas de DO
ação das pessoas. No trabalho em equipe são
O DO utiliza uma variada tecnologia. As principais eliminadas as diferenças hierárquicas e os interesses
técnicas de DO são: específicos de cada departamento ou especialidade,
1- Treinamento da sensitividade: ou treinamento da proporcionando uma predisposição sadia para a
sensibilidade, constitui a técnica mais antiga e ampla interação e, consequentemente, para a criatividade
de DO. Consiste em reunir grupos chamados T- e inovação.
groups (grupos de treinamento) e que são Muitas organizações estão transformando a sua
orientados por um líder treinado para aumentar a estrutura organizacional baseada na
sua sensibilidade quanto às suas habilidades e departamentalização funcional em redes integradas
dificuldades de relacionamento interpessoal. O de equipes na busca de flexibilização, inovação e
resultado consiste em maior criatividade (menos mudança. Para tanto, equipes eficazes requerem a
temor dos outros e menos posição de defesa), definição clara da filosofia e missão da organização,
menor hostilidade quanto aos outros (devido à uma estrutura organizacional flexível e participativa,
melhor compreensão dos outros) e maior sistemas organizacionais adequados, políticas
sensitividade às influências sociais e psicológicas organizacionais que permitam o comprometimento
sobre o comportamento no trabalho. Isto favorece a das pessoas e funcionários treinados com
flexibilidade do comportamento das pessoas em habilidades técnicas e interpessoais.
relação aos outros. Geralmente é aplicado de cima
para baixo, começando na cúpula da organização e
descendo até os níveis mais baixos. 4. Consultoria de procedimentos: é uma técnica em
que cada equipe é coordenada por um consultor,
cuja atuação varia enormemente. A coordenação
2- Análise transacional (AT):é uma técnica que visa ao permite certas intervenções para tornar a equipe
autodiagnóstico das relações interpessoais. As mais sensível aos seus processos internos de
relações interpessoais ocorrem através de estabelecer metas e objetivos, de participação, de
transações. Uma transação significa qualquer forma sentimentos, de liderança, de tomada de decisões,
de comunicação, mensagem ou de relação com os confiança e criatividade. O consultor trabalha com
demais. A AT é uma técnica destinada a indivíduos e os membros da equipe para ajudá-los a
não a grupos, pois se concentra nos estilos e compreender a dinâmica de suas relações de
conteúdos das comunicações entre as pessoas. Ela trabalho em situações de grupo e ajudar os
ensina as pessoas a enviar mensagens que sejam membros da equipe a desenvolver o diagnóstico de
claras e ágeis e a dar respostas que sejam naturais e barreiras e as habilidades de solução de problemas
razoáveis. O objetivo é reduzir os hábitos para fortalecer o senso de unidade entre seus
destrutivos de comunicação os chamados "jogos" - membros, incrementar as relações interpessoais,
nos quais a intenção ou o significado das melhorar o cumprimento das tarefas e aumentar a
comunicações fica obscuro ou distorcido. A AT sua eficácia.
assemelha-se a uma terapia psicológica para
melhorar o relacionamento interpessoal, permitindo
a cada indivíduo autodiagnosticar sua inter-relação 5. Reunião de confrontação: é uma técnica de
com os outros para modificá-la e melhorá-la alteração comportamental com a ajuda de um
gradativamente. consultor interno ou externo (denominado terceira

www.concurseiroprime.com.br 5
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

parte). Dois grupos antagônicos em conflito organizacionais a serem alcançados mediante o


(desconfiança recíproca, discordância, antagonismo, trabalho conjunto e coordenado das diferentes
hostilidade etc.) podem ser tratados através de uma equipes envolvidas. As evidências mostram que as
reunião de confrontação que dura um dia, na qual mudanças que enfatizam as pessoas e a organização
cada grupo se auto-avalia, bem como avalia o como um todo são mais profundas e eficazes. No
comportamento do outro, como se fosse colocado fundo, o DO representa um verdadeiro mutirão de
diante de um espelho. Nessa reunião, cada grupo esforços conjuntos para mudar a organização
apresenta ao outro os resultados daquelas através da mudança de atitudes e comportamentos
avaliações e é interrogado no que se refere a suas das pessoas que nela trabalham. Uma verdadeira
percepções. Segue-se uma discussão, inicialmente mudança de mentalidade como o meio mais eficaz
acalorada, tendendo a uma posição de de mudar a organização inteira.
compreensão e de entendimento recíprocos quanto
ao comportamento das partes envolvidas. O
consultor facilita a confrontação, com total isenção As aplicações do DO
de ânimo, ponderando as críticas, moderando os A variedade de aplicações do DO - também chamadas de
trabalhos, orientando a discussão para a solução intervenções ou técnicas de DO aumentou nos últimos
construtiva do conflito e eliminando as barreiras anos. O DO começou com intervenções em processos
intergrupais. A reunião de confrontação é uma humanos para ajudar as pessoas a compreender melhor
técnica de enfoque sócio-terapêutico para melhorar e modificar suas próprias atitudes, valores, crenças e,
a saúde da organização, incrementando as consequentemente, melhorar a organização.
comunicações e relações entre diferentes Atualmente, a amplitude de aplicações do DO é
departamentos ou equipes e planejar ações impressionante em função da variedade das mudanças
corretivas ou profiláticas. necessárias. Todas elas estão voltadas para proporcionar
aos funcionários a coleta de dados, a fim de criar e
implementar as soluções necessárias, e a retroação, para
6. Retroação de dados (feedback de dados): é uma
criar condições de auto-avaliação do progresso efetuado.
técnica de mudança de comportamento que parte
do princípio de que quanto mais dados cognitivos o O DO está intimamente relacionado com mudanças que
indivíduo recebe, tanto maior será a sua buscam agregar valor ao negócio da organização, às
possibilidade de organizar os dados e agir pessoas e aos clientes. No fundo, o DO pode ser utilizado
criativamente. A retroação de dados proporciona para uma reavaliação da estrutura organizacional, dos
aprendizagem de novos dados a respeito de si processos e tecnologias utilizados, dos produtos e
mesmo, dos outros, dos processos grupais ou da serviços produzidos e da cultura organizacional.
dinâmica de toda a organização - dados que nem Além do mais, o DO tem um enorme potencial para
sempre são levados em consideração. A retroação complementar e incentivar os programas de qualidade
refere-se às atividades e processos que refletem e total nas organizações, já que ambos têm vários aspectos
espelham a maneira pela qual uma pessoa é em comum.
percebida ou visualizada pelas demais pessoas.
Requer intensa comunicação e um fluxo adequado Além dos fatores já apontados, os programas de
de informações dentro da organização para atualizar qualidade total devem incluir alguns fatores que
os membros e permitir que eles próprios possam melhoram a competência individual dos funcionários, tais
conscientizar-se das mudanças e explorar as como:
oportunidades que geralmente se encontram 1. Educação e treinamento;
encobertas dentro da organização.
2. Um processo seletivo capaz de alinhar
As técnicas de DO são geralmente aplicadas em uma personalidade, educação, conhecimentos e
seqüência definida conforme a figura abaixo. O experiência com os requisitos do cargo;
ponto de partida é melhorar inicialmente a
sensibilidade intrapessoal para posteriormente 3. Métodos de trabalho estabelecidos para assegurar o
melhorar e incentivar os seus relacionamentos melhor uso dos recursos;
interpessoais. A seguir, inicia-se a formação e 4. Oportunidades para trabalhar em cargos
desenvolvimento de equipes com técnicas multifuncionais e desenvolver novas habilidades;
intragrupais, às quais se seguem as técnicas
intergrupais necessárias para integrar as diferentes 5. Condições de trabalho com segurança e
equipes entre si e, mais adiante, as técnicas estabilidade;
intraorganizacionais para definir os objetivos
www.concurseiroprime.com.br 6
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

6. Sistema de promoções e progressão profissional 5. Os programas de DO são geralmente muito caros.


bem definido;
7. Supervisão e liderança desenhados para
Essas limitações não significam que se deve eliminar os
desenvolver os talentos de cada pessoa.
esforços de DO. Apenas indicam as áreas em que o
Nada melhor do que conjugar os aspectos positivos do programa precisa ser aperfeiçoado. Os administradores
DO e da qualidade total. podem melhorar a qualidade dos esforços de DO através
das seguintes providências:
1. Ajustar sistematicamente os programas de DO às
A melhoria da qualidade gera as seguintes
necessidades específicas da organização.
consequências:
2. Demonstrar como as pessoas podem mudar seus
1. Mudanças no ambiente dos funcionários:
comportamentos como parte do programa
 Pessoas mais educadas em todos os níveis organizacional.
organizacionais;
3. Modificar os sistemas de recompensas da
 Capacidade e desejo de envolvimento no tomada organização para premiar os membros que mudam
de decisões; seu comportamento de acordo com o programa.
 Expectativas de tornar o trabalho mais Sem dúvida, o papel da ARH e dos gerentes de linha
agradável; pode ser amplamente alavancado através de
esforços de DO. O DO representa um dos mais
 Aumento da importância dos fatores ambientais.
promissores campos de atuação na melhoria das
organizações e no desenvolvimento das pessoas.
2. Mudanças no ambiente dos clientes / consumidores:
 Necessidade de melhor qualidade, confiabilidade  BIBLIOGRAFIA
e responsabilidade;
ARAÚJO, Luis César Gonçalves. Organização sistemas e
 Custos e valor agregado como considerações métodos e as modernas ferramentas de gestão
primárias; organizacional. São Paulo: Editora Atlas, 2001.
 Maior competitividade da organização.
CASTILHO, Áurea. Liderando Grupos: um enfoque
3. Mudanças no ambiente da organização: gerencial. Rio de Janeiro: Editora Qualytimark, 1999.

 Resultados incrementados pela melhoria da


qualidade; CHANLAT, Jean – François. O indivíduo na organização:
 Aumento da competição em termos de tempo e dimensões esquecidas. São Paulo: Editora Atlas, 1992.
dinheiro;
 Redução de perdas devido à consciência de CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração.
custos. Rio de Janeiro: Editora Campos, 2003.

As limitações do DO ECKES, George. A revolução seis sigma: o método que


Embora seja um forte impulsionador da mudança e da levou a GE e outras empresas a transformar processos
inovação organizacional, o DO apresenta algumas em lucro. Rio de Janeiro: Editor Campus, 2001.
limitações, como:
1. A eficácia dos programas de DO é difícil de ser
avaliada. GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de Empresas e
2. Os programas de DO demandam muito tempo. técnicas vivenciais. São Paulo: Editora Makron
Books,1995.
3. Os objetivos de DO são geralmente muito vagos.
4. Os custos totais de um programa de DO são difíceis HANDY, Charles. A era da irracionalidade – ou a gestão do
de avaliar. futuro. Portugal. Editora Cetop, 1992.
www.concurseiroprime.com.br 7
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Giovanna Carranza
OS: 0021/11/17-Gil

_________________________________________________
KOTTER, Jonh P. A escolha de estratégias para mudanças. _________________________________________________
São Paulo. Editora Nova Cultural, 1997. _________________________________________________
_________________________________________________
MAGALHÃES, Dulce. Mensageiro do vento: uma viagem _________________________________________________
pela mudança. Florianópolis: Edição Work. Educação _________________________________________________
Empresarial, 2002. _________________________________________________
_________________________________________________
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: _________________________________________________
_________________________________________________
treinamento em grupo. Rio de Janeiro: Editora José
_________________________________________________
Olympio, 2003.
_________________________________________________
_________________________________________________
MOTTA, Paulo Roberto. Transformação Organizacional: a _________________________________________________
teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Editora _________________________________________________
Qualitymark, 2002. _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
NADLER, David. Arquitetura organizacional: a chave para _________________________________________________
a mudança organizacional. Rio de Janeiro: Editora _________________________________________________
Elsevier,1993. _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
RAYMUNDO, Paulo Roberto. O Que é Administração. São
_________________________________________________
Paulo: Editora Brasiliense, 1992.
_________________________________________________
_________________________________________________
RIBEIRO, Jorge Puciano. O ciclo do contato. São Paulo: _________________________________________________
Editora Summus Editorial Ltda, 1997. _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
SOUZA, Edela Lanzer P. Clima e cultura _________________________________________________
organizacional:como se manifestam e como se manejam. _________________________________________________
São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1978. _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
TOMEI, Patrícia Amélia. Recursos humanos e
_________________________________________________
subjetividade. Petrópoles: Editora Vozes. 1996
_________________________________________________
_________________________________________________
_______________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________ _________________________________________________
_________________________________________________
_______________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________

www.concurseiroprime.com.br 8

Potrebbero piacerti anche