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Código de Ética

do
Corpo Discente

Arrifes
2008/2009
ÍNDICE

1. Princípios fundamentais _________________________________________ 3

2. Objectivos _____________________________________________________ 4

3. Preâmbulo _____________________________________________________ 5

4. Direitos dos alunos ______________________________________________ 6

5. Deveres dos alunos ______________________________________________ 7

6. Medidas educativas disciplinares __________________________________ 8

7. Diagnose da problemática/Encaminhamento e julgamento das acções ___ 12

8. Anexo (Participação Disciplinar) __________________________________ 13

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1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Artigo 1º
Para efeito do presente Código, ética compreende o conjunto de costumes, normas e de acções
do corpo discente da EBI de Arrifes, passíveis de apreciação e julgamento susceptíveis de avaliação,
sob o ponto de vista do bem e do mal, relativos à Escola.

Artigo 2º
A aplicação dos princípios éticos visa promover os actos considerados mais adequados pela
Escola.

Artigo 3º
A EBI de Arrifes construirá a sua cultura e clima escolares pautados pela dignidade, respeito,
lealdade e zelo pelo património escolar, de forma a estimular o crescimento pessoal da população
escolar, favorecendo a consciência crítica e consolidação de uma conduta ética.

Artigo 4º
No início de cada ano lectivo, o corpo discente tomará conhecimento e comprometer-se-á a
acatar e observar as regras estabelecidas neste Código.

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2. OBJECTIVOS

Artigo 1º
Traçar formas adequadas de conduta do corpo discente, para que este exercite as suas acções de
um modo correcto e em conformidade com os padrões de conduta correcta, justa e honesta.

Artigo 2º
Orientar e difundir os princípios éticos entre os seus membros, ampliando a confiança do corpo
discente na integridade das suas acções.

Artigo 3º
Propiciar um melhor relacionamento com a comunidade educativa e o respeito pelo património
público.

Artigo 4º
Promover a consciencialização dos princípios éticos fixados neste Código e no Regulamento
Interno da Escola, de modo a prevenir a existência de transgressões.

Artigo 5º
Estimular a necessidade da manutenção de um elevado padrão ético no cumprimento dos
direitos e deveres do corpo discente.

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3. PREÂMBULO

A decisão de se proceder à elaboração de um Código de Ética do Pessoal Discente da Escola


Básica Integrada de Arrifes prende-se com a necessidade de se criarem mecanismos de intervenção
imediata e eficaz nas situações de indisciplina que se registam na escola, nomeadamente fora das salas
de aula, uma vez que dentro da sala de aula já estão estipulados critérios de actuação do ponto de vista
disciplinar.
Destaque-se que um documento desta natureza só se torna útil e profícuo se for encarado por
toda a comunidade educativa como traduzindo uma vontade e uma acção colectiva de melhorar o
clima de Escola que se pretende aperfeiçoar na EBI de Arrifes, não devendo, por isso, os vários
agentes educativos se demitir das suas funções de educadores/formadores na gestão diária dos
conflitos disciplinares, atendendo-se, todavia, às diferenciações que devem ser feitas no caso de se
referirem a transgressões de alunos dos 1º, 2º ou 3º ciclos.
Refira-se que os pontos relativos aos direitos e deveres dos alunos, bem como às medidas
educativas disciplinares, correspondem ao que consta no Regulamento Interno da Escola, em
articulação com o suporte legislativo correspondente aos pontos em análise.
Assume-se, ainda, como um objectivo de destaque deste documento, a articulação que deve ser
feita entre a avaliação da disciplina de Formação Cívica e a conduta pública e cívica que os alunos
revelam ao longo do ano no recinto escolar. Uma vez que todos os registos acumulados pelos alunos
no âmbito das suas infracções disciplinares deverão ser anexados ao seu processo, os alunos terão
oportunidade de reflectir de uma forma objectiva sobre o seu comportamento, no sentido de
desenvolverem uma atitude mais positiva em relação à sua escola, melhorarem as suas relações
interpessoais, crescerem progressivamente na responsabilidade e na predisposição para a
aprendizagem.

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4. DIREITOS DOS ALUNOS

1. Usufruir de ensino e de uma educação de qualidade de acordo com o previsto na lei, em condições
de efectiva igualdade de oportunidades no acesso, de forma a propiciar a realização de
aprendizagens bem sucedidas;
2. Usufruir do ambiente e do projecto educativo que proporcionem as condições para o seu pleno
desenvolvimento físico, intelectual, moral, cultural e cívico, para a formação da sua personalidade
e da sua capacidade de auto-aprendizagem e de crítica consciente sobre os valores, o conhecimento
e a estética;
3. Ver reconhecidos e valorizados: o mérito, a dedicação e o esforço no trabalho e no desempenho
escolar e ser estimulado nesse sentido;
4. Ver reconhecido o empenhamento em acções meritórias, em favor da comunidade em que está
inserido ou da sociedade em geral, praticadas na escola ou fora dela; e ser estimulado nesse
sentido;
5. Usufruir de um horário escolar adequado ao ano frequentado, bem como de uma planificação
equilibrada das actividades curriculares e extracurriculares, nomeadamente as que contribuem para
o desenvolvimento cultural da comunidade;
6. Ser informado e beneficiar, no âmbito dos serviços de acção social escolar, de apoios concretos
que lhe permitam superar ou compensar as carências do tipo sócio-familiar, económico ou cultural
que dificultem o acesso à escola ou o processo de aprendizagem;
7. Dispor de manuais escolares e outros materiais didáctico-pedagógicos de qualidade, adoptados e
disponibilizados nos termos do presente Estatuto;
8. Beneficiar de outros apoios específicos, necessários às suas necessidades escolares ou às suas
aprendizagens, através dos serviços de psicologia e orientação ou de outros serviços especializados
de apoio educativo;
9. Ser tratado com respeito e correcção por qualquer membro da comunidade educativa;
10. Ser respeitado na sua confissão religiosa, no que diz respeito aos princípios da sua fé e às práticas
daí decorrentes;
11. Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral;
12. Ser assistido, de forma pronta e adequada, em caso de acidente ou doença súbita, ocorrido ou
manifestada no decorrer das actividades escolares;
13. Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações constantes do seu processo
individual, de natureza pessoal ou familiar;
14. Participar, através dos seus representantes, nos termos da lei, nos órgãos de administração e gestão
da escola, na criação e execução do respectivo projecto educativo, bem como na elaboração do
regulamento interno;
15. Eleger os seus representantes para os órgãos, cargos e demais funções de representação no âmbito
da escola, bem como ser eleito, nos termos da lei e do regulamento interno da unidade orgânica;
16. Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento da escola e ser ouvido pelos
professores, directores de turma ou professores tutores e órgãos de administração e gestão da
escola, em todos os assuntos que justificadamente forem do seu interesse;
17. Organizar e participar em iniciativas que promovam a formação e ocupação de tempos livres,
incluindo visitas de estudo, intercâmbios e outras actividades interescolares organizadas nos
termos do presente Estatuto;
18. Participar na elaboração do regulamento interno da escola, conhecê-lo e ser informado, em termos
adequados à sua idade e ao ano frequentado, sobre todos os assuntos que justificadamente sejam
do seu interesse, nomeadamente, sobre:
19. Participar nas demais actividades da escola, nos termos do respectivo regulamento interno;

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5. DEVERES DOS ALUNOS

1. Estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral;


2. Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito do trabalho
escolar;
3. Seguir as orientações dos professores relativas ao seu processo de ensino e aprendizagem;
4. Tratar com respeito e correcção qualquer membro da comunidade educativa;
5. Ser leal para com os seus professores e colegas;
6. Respeitar as instruções do pessoal docente e não docente;
7. Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração na escola de todos os
alunos;
8. Participar nas actividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas demais
actividades organizativas que requeiram a participação dos alunos;
9. Respeitar a integridade física e moral de todos os membros da comunidade educativa;
10. Prestar auxílio e assistência aos restantes membros da comunidade educativa, de acordo com as
circunstâncias de perigo para a integridade física e moral dos mesmos;
11. Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações, material didáctico, mobiliário e
espaços verdes da escola, fazendo uso correcto dos mesmos;
12. Manter padrões de higiene e asseio pessoal que sejam compatíveis com a vivência escolar;
13. Manter actualizadas as vacinas prescritas no Plano regional de Vacinação, excepto quando, por
razões de saúde devidamente justificadas, delas deva ser dispensado mediante declaração emitida
pela autoridade de saúde concelhia;
14. Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;
15. Permanecer na escola durante o seu horário, salvo autorização escrita do encarregado de educação
ou da direcção da escola;
16. Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;
17. Conhecer as normas de funcionamento dos serviços da escola e o regulamento interno da mesma e
cumpri-los;
18. Respeitar e cumprir a lei e o regulamento interno da unidade orgânica quanto à posse e consumo de
substâncias aditivas, em especial, drogas, tabaco e bebidas alcoólicas
19. Não transportar quaisquer materiais, instrumentos ou engenhos passíveis de, objectivamente,
causarem danos físicos ao aluno ou a terceiros;
20. Não praticar qualquer acto ilícito, nomeadamente qualquer tipo de tráfico ou facilitação de
consumo de substâncias psicoactivas;
21. Respeitar o exercício do direito à educação e ensino dos outros alunos;
22. Ser diariamente portador do cartão de estudante;
23. Não permanecer no espaço exterior às salas de aulas, enquanto estas decorrem;
24. Não usar bonés dentro da sala de aula;
25. Não mascar pastilha elástica dentro da sala da aula;
26. Manter o telemóvel desligado durante as actividades lectivas;
27. Não comer dentro da sala de aula;
28. Apresentar-se na Escola e nas aulas em boas condições de higiene e vestido de forma adequada
e/ou apropriada;
29. Respeitar e facilitar a passagem (em portas e escadas) de qualquer membro da comunidade
educativa, em especial, os alunos com mobilidade restrita (invisuais e em cadeiras de rodas).

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6. MEDIDAS EDUCATIVAS DISCIPLINARES

MEDIDAS DISCIPLINARES PREVENTIVAS E DE INTEGRAÇÃO


1. São medidas disciplinares preventivas e de integração:
a) A advertência;
b) A ordem de saída da sala de aula (*);
c) As actividades de integração na escola;
d) O condicionamento no acesso a determinados espaços ou na utilização de materiais e equipamento
específicos, sem prejuízo daqueles que se encontrem afectos a actividades lectivas;
e) A mudança de turma.

Sempre que o aluno tem um comportamento incorrecto, dentro ou fora da sala de aula, é feita uma
Participação Disciplinar da ocorrência. Esta poderá ser feita por qualquer membro da comunidade escolar
sendo o aluno encaminhado para o Gabinete Disciplinar. Posteriormente, esta participação será comunicada ao
Director de Turma, que, consoante a gravidade da mesma, encaminhará o processo disciplinar de acordo com
o presente regulamento e registará no Programa Gestão de Alunos/Processo Disciplinar a ocorrência.
(*) No caso de ser dada ordem de saída da sala de aula, será obrigatoriamente elaborada a respectiva
participação e o aluno encaminhado para a Gabinete Disciplinar, onde será analisado e registado o
comportamento do aluno. Ao aluno que for dada ordem de saída da sala de aula, o mesmo deve ser
acompanhado por uma actividade para realizar relacionada com a área curricular disciplinar.

MEDIDAS DISCIPLINARES SANCIONATÓRIAS


1. São medidas disciplinares sancionatórias:
a) A repreensão;
b) A repreensão registada;
c) A suspensão da escola até 5 dias úteis;
d) A suspensão da escola de 6 a 10 dias úteis;
e) A transferência de escola;
f) A expulsão da escola.

CUMULAÇÃO DE MEDIDAS DISCIPLINARES

A medida disciplinar de execução de actividades de integração na escola pode aplicar-se


cumulativamente com as medidas disciplinares sancionatórias, com excepção da de expulsão da escola, de
acordo com as características do comportamento e as necessidades reveladas pelo aluno, quanto ao
desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua
plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.

Advertência

A advertência consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno, perante um seu comportamento
perturbador do funcionamento normal das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade
educativa passível de ser considerado infracção disciplinar, alertando-o para a natureza ilícita desse
comportamento, que, por isso, deve cessar e ser evitado de futuro.

Ordem de saída da sala de aula

1. A ordem de saída da sala de aula é uma medida cautelar, de carácter excepcional, aplicável ao aluno que aí se
comporte de modo que impeça o prosseguimento do processo de ensino e aprendizagem dos restantes alunos,
destinada a prevenir esta situação.
2. A ordem de saída da sala de aula pode ser aplicada quando estejam reunidas, cumulativamente, as seguintes
condições:

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a) A escola disponha de espaço devidamente supervisionado para o qual o aluno possa, de imediato, ser
encaminhado;
b) A duração do período de permanência no espaço alternativo seja, pelo menos, igual ao tempo remanescente
da actividade da qual o aluno foi excluído.
3. O disposto no número anterior não se aplica a alunos maiores de 18 anos, os quais, quando sujeitos a ordem
de saída da sala de aula devem, de imediato, apresentar-se ao conselho executivo, que, ouvido o aluno,
determina a eventual aplicação de medida disciplinar adicional.
4. A ordem de saída da sala de aula implica a marcação de falta ao aluno e a comunicação, por escrito, pelo
professor que deu a ordem, ao director de turma ou professor tutor, para comunicação ao encarregado de
educação e para efeitos disciplinares e de adequação do plano de trabalho individual.

Actividades de Integração na escola

1. A execução de actividades de integração na escola traduz-se no desempenho, pelo aluno que desenvolva
comportamentos passíveis de serem qualificados como infracção disciplinar grave, de um programa de tarefas
de carácter pedagógico que contribua para o reforço da sua formação cívica, com vista ao desenvolvimento
equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração
na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.
2. As tarefas referidas no número anterior são executadas em horário não coincidente com as actividades
lectivas, mas nunca por prazo superior a quatro semanas.
3. As actividades de integração na escola devem, se necessário e sempre que possível, compreender a reparação
do dano provocado pelo aluno.
4. As tarefas referidas no nº 1 estão previstas no regulamento interno da unidade orgânica, respeitando o
disposto nos artigos 44º e 45º do presente diploma.
5. Na execução do programa de integração referido no nº 1 a escola conta com a colaboração do serviço de
apoio social escolar, se requerido.

Condicionamento no acesso a espaços escolares

1. O condicionamento no acesso a determinados espaços escolares ou na utilização de certos materiais e


equipamentos é uma medida disciplinar preventiva, de carácter excepcional, que visa alertar o aluno para a
necessidade de correcção de comportamentos considerados perturbadores do normal funcionamento das
actividades escolares.
2. A aplicação desta medida não se aplica aos equipamentos e materiais afectos a actividades lectivas e não pode
ultrapassar um período lectivo.
3. A determinação de aplicação desta medida está a imediata comunicação aos pais ou ao encarregado de
educação, no caso do aluno ser menor de idade.
4. Compete à unidade orgânica, no âmbito do seu regulamento interno, determinar as condições e a duração da
medida de acordo com disposto no n.º 2.

Mudança de turma

1. A mudança de turma é uma medida disciplinar preventiva, de carácter excepcional, aplicável sempre que o
aluno manifeste comportamentos perturbadores do normal funcionamento das actividades lectivas e do
processo de ensino-aprendizagem, em claro prejuízo dos colegas, e sempre que se constate que o
comportamento reincidente pode vir a ser alterado em virtude da integração do aluno noutra turma.
2. A determinação da aplicação desta medida está sujeita a imediata comunicação aos pais ou ao encarregado de
educação, no caso do aluno ser menor de idade.
3. A aplicação desta medida vigora até ao final do ano lectivo em curso.
4. Compete à unidade orgânica determinar, no âmbito do seu regulamento interno, os procedimentos a observar
na aplicação desta medida.

Repreensão

A repreensão consiste numa censura verbal ao aluno, perante um comportamento perturbador do


funcionamento normal das actividades da escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa,
constituinte de uma infracção disciplinar, com vista a responsabilizá-lo no sentido do cumprimento dos seus
deveres como aluno.
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Repreensão registada

A repreensão registada consiste numa censura escrita ao aluno e arquivada no seu processo individual,
nos termos e com os objectivos referidos no artigo anterior, mas em que a gravidade ou a reiteração do
comportamento justificam a notificação aos pais e encarregados de educação, pelo meio mais expedito, com
vista a alertá-los para a necessidade de, em articulação com a escola, reforçarem a responsabilização do seu
educando no cumprimento dos seus deveres como aluno.

Suspensão da escola

1. A suspensão da escola consiste em impedir o aluno, de idade não inferior a 12 anos, de entrar nas instalações
da escola, quando, perante um comportamento perturbador do funcionamento normal das actividades da
escola ou das relações no âmbito da comunidade educativa, constituinte de uma infracção disciplinar grave,
tal suspensão seja reconhecidamente a única medida apta a responsabilizá-lo no sentido do cumprimento dos
seus deveres como aluno.
2. A medida disciplinar de suspensão da escola pode, de acordo com a gravidade e as circunstâncias da
infracção disciplinar, ter a duração de 1 a 10 dias.

Transferência de escola

1. A transferência de escola é aplicável ao aluno de idade não inferior a 12 anos que desenvolva
comportamentos passíveis de serem qualificados como infracção disciplinar muito grave, notoriamente
impeditivos do prosseguimento do processo de ensino e aprendizagem dos restantes alunos da escola, e
traduz-se numa medida cautelar destinada a prevenir esta situação e a proporcionar uma efectiva integração do
aluno na nova escola, se necessário com recurso a apoios educativos específicos.
2. A medida disciplinar de transferência de escola só pode ser aplicada quando estiver assegurada a frequência
de outro estabelecimento de ensino e, frequentando o aluno a escolaridade obrigatória, se esse outro
estabelecimento de ensino estiver situado na mesma localidade ou na localidade mais próxima, servida de
transporte público ou escolar.

Expulsão da escola

1. A expulsão da escola consiste na proibição do acesso ao espaço escolar e na retenção do aluno, desde que não
abrangido pela escolaridade obrigatória, no ano de escolaridade que frequenta quando a medida é aplicada,
impedindo-o, salvo decisão judicial em contrário, de se matricular nesse ano lectivo em qualquer outro
estabelecimento de ensino público e não reconhecendo a administração educativa qualquer efeito da
frequência, pelo mesmo período, de estabelecimento de ensino particular ou cooperativo.
2. A medida disciplinar de expulsão da escola só pode ocorrer perante um comportamento do aluno que perturbe
gravemente o funcionamento normal das actividades da escola ou as relações no âmbito da comunidade
educativa, constituinte de uma infracção disciplinar muito grave, quando reconhecidamente se constate não
haver outro modo de procurar responsabilizá-lo no sentido do cumprimento dos seus deveres como aluno.
3. Sempre que haja suspeita de que um aluno consuma estupefacientes, o mesmo será comunicado de imediato
ao encarregado de educação. Este, no prazo máximo de 48 horas, efectuará um exame de despiste. A recusa
do encarregado de educação em fazer o exame levará à instauração do processo de expulsão. Quando o
resultado desse exame for positivo, o aluno terá de integrar, obrigatoriamente, um programa de
desintoxicação, podendo, no entanto, frequentar as actividades lectivas. A reincidência ou a falta ao programa
de desintoxicação conduzirá à instauração de processo para expulsão da escola.
4. O disposto nos números anteriores não impede o aluno de realizar exames nacionais ou de equivalência à
frequência, na qualidade de candidato autoproposto nos termos da legislação em vigor.

Neste seguimento, remetemos para os pontos seguintes do Estatuto do Aluno dos Ensinos Básico e
Secundário, no que toca à “Competência para aplicação das medidas disciplinares”, bem como ao
“Procedimento Disciplinar”:

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PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
O procedimento disciplinar passa por diferentes fases e implica, em cada uma delas, actuações e agentes
diversificados.
O quadro seguinte apresenta uma sistematização das fases, agentes e acções a empreender, tal como vem
enunciado no Decreto Legislativo Regional nº 18/2007/A, de 19 de Julho e no Código de Procedimento Administrativo,
aprovado pelo Decreto-Lei nº6/96.

FASES DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR


AGENTE
FASE ACTUAÇÃO PROCEDIMENTAL
PROCEDIMENTAL
. Comunica comportamento grave ou muito grave ao Director de
Professor/Funcionário Turma
Preparação da
instrução . Participa a ocorrência, se a considerar grave ou muito grave, ao
Director de turma Presidente do Conselho Executivo
(art. 79º)
Presidente do Conselho . Instaura procedimento disciplinar, no prazo de um dia útil
Executivo . Nomeia instrutor para o processo (professor da escola)
. Convoca os interessados com a antecedência mínima de dois dias
úteis
. Promove audiência oral dos interessados (aluno e EE, aquando da
menoridade do primeiro)
. Procede às demais diligências necessárias ao processo de instrução,
a concluir no prazo máximo de cinco dias úteis
. Pode pedir prorrogação do prazo em função do número de
testemunhas a ouvir
Instrução . Elabora versão escrita da instrução, num relatório com qualificação
Instrutor (professor da escola) do comportamento, ponderação das circunstâncias atenuantes e
(art. 80º)
agravantes, proposta de aplicação da medida disciplinar e proposta de
arquivamento do processo
. Remete relatório ao Presidente do Conselho Executivo, que pode
suspender o aluno preventivamente da frequência da escola por
duração correspondente à instrução do processo
. Por motivos de imparcialidade no processo, o instrutor não poderá
ser um professor envolvido na ocorrência (Código de Procedimento
Administrativo)
. Exerce o poder disciplinar (de acordo com a medida disciplinar a
Presidente do Conselho aplicar e as competências que lhe estão definidas
Executivo ou
Tomada de decisão . Convoca o CTD, no prazo máximo de dois dias úteis
(art. 81º) . Exerce o poder disciplinar (de acordo com a medida disciplinar a
aplicar e as competências que lhe estão definidas)
Conselho de turma disciplinar . Os professores envolvidos na ocorrência não poderão estar
presentes na reunião
. Fundamenta e comunica a decisão por si tomada, no prazo de dois
dias úteis, explicitando o momento da execução da medida
Presidente do Conselho
disciplinar (notificação seja por contacto pessoal com o aluno,
Executivo quando maior, ou com o EE, seja por carta registada com aviso de
Comunicação recepção)
(art. 83º) . Fundamenta e comunica a decisão por si tomada, no prazo de cinco
dias úteis, explicitando o momento da execução da medida
Conselho de turma disciplinar disciplinar (notificação seja por contacto pessoal com o aluno,
quando maior, ou com o EE, seja por carta registada com aviso de
recepção)
Recurso da tomada de Encarregado de educação . Formula recurso hierárquico para o director regional competente em
matéria de educação, no prazo de dez dias úteis
decisão ou . É notificado pelo Presidente do Conselho Executivo do despacho do
(art. 85º) Aluno (maioridade) recurso
. Acompanha o aluno na execução da medida disciplinar a que foi
sujeito
. Articula a sua actuação com os pais e EE, bem como com a dos
Execução da medida professores da turma
disciplinar Director de turma . Assegura a co-responsabilização de todos os intervenientes nos
(art. 84º) efeitos educativos da medida aplicada
. Conta com o apoio das estruturas de orientação educativa e dos
serviços especializados de apoio educativo (SPO e equipa
multidisciplinar de apoio sócio-educativo)

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7. Diagnose da problemática/Encaminhamento e julgamento das acções

Consideram-se graves e alvo de intervenção as situações que a seguir se enunciam. Refira-se que, de
acordo com a gravidade da situação verificada, a actuação a ser tomada pelo agente educativo deve orientar-se
pela ordem apresentada (de 1 a 3), sendo obrigatório o preenchimento da ficha de registo apresentada em anexo
em todas as situações.

Situação Actuação Penalização


I. Namorar no recinto 1. Advertência
 Consoante a gravidade da situação, as medidas de
escolar (desde que 2. Registo e comunicação escrita ao E.E.
penalização são aferidas após o Procedimento
ultrapasse o limite do 3. Encaminhamento para Procedimento
Disciplinar
decoro) Disciplinar
II. Colocar o lixo fora 1. Advertência  Recolha imediata do lixo
dos recipientes 2. Registo e comunicação escrita ao E.E.  Limpeza do recinto escolar (1 dia)
apropriados  Limpeza do recinto escolar (3 dias)
1. Advertência
 Consoante a gravidade da situação, as medidas de
2. Registo e comunicação escrita ao E.E.
penalização são aferidas após o Procedimento
3. Encaminhamento para Procedimento
III. Consumo de tabaco Disciplinar
Disciplinar
 Suspensão preventiva de 2 dias (artigo 82, Decreto
4. Auto de notícia para a PSP (Lei nº
37/2007 de 14 de Agosto) Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
1. Advertência  Consoante a gravidade da situação, as medidas de
2. Registo e comunicação escrita ao E.E. penalização são aferidas após o Procedimento
IV. Consumo de álcool 3. Encaminhamento para Procedimento Disciplinar
Disciplinar  Suspensão preventiva de 2 dias (artigo 82, Decreto
Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
 Após a denúncia no C.E. comunica-se o  Consoante a gravidade da situação, as medidas de
sucedido ao E.E. penalização são aferidas após o Procedimento
V. Consumo de
 Encaminhamento para Procedimento Disciplinar
estupefacientes
Disciplinar  Suspensão preventiva de 5 dias (artigo 82, Decreto
Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
1. Advertência  Repor/corrigir os bens danificados, envolvendo ou
VI. Actos de vandalismo 2. Registo e comunicação escrita ao E.E. não o Encarregado de Educação, conforme a
sobre o património 3. Encaminhamento para Procedimento gravidade da situação
escolar Disciplinar  Suspensão preventiva de 2 dias (artigo 82, Decreto
Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
 Após a denúncia feita no C.E.,
comunica-se o sucedido ao E.E.  Devolver/pagar os bens retirados, envolvendo ou
VII. Roubos/apropriação
 Encaminhamento para Procedimento não o Encarregado de Educação, conforme a
de bens alheios
Disciplinar, consoante a gravidade da gravidade da situação
situação
1. Advertência  Consoante a gravidade da situação, as medidas de
VIII. Desrespeitar o pessoal 2. Registo e comunicação escrita ao E.E. penalização são aferidas após o Procedimento
discente: 3. Encaminhamento para Procedimento Disciplinar
a) Ofensa verbal Disciplinar  Suspensão preventiva de 2 dias (artigo 82, Decreto
b) Ofensa física
Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
IX. Desrespeitar o pessoal 1. Advertência  Consoante a gravidade da situação, as medidas de
docente e não docente: 2. Registo e comunicação escrita ao E.E. penalização são aferidas após o Procedimento
a) Desobediência 3. Encaminhamento para Procedimento Disciplinar
b) Ofensa verbal Disciplinar  Suspensão preventiva de 5 dias (artigo 82, Decreto
c) Ofensa física Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
1. Advertência
 Consoante a gravidade da situação, as medidas de
2. Registo e comunicação escrita ao E.E.
X. Posse e uso indevido penalização são aferidas após o Procedimento
3. Encaminhamento para Procedimento
de objectos cortantes e Disciplinar
Disciplinar
perfurantes  Suspensão preventiva de 2 dias (artigo 82, Decreto
4. Encaminhamento para o SPO caso se
Legislativo Regional n.º 18/2007/A, de 19 de Julho)
justifique
1. Advertência
XI. Utilização de  Consoante a gravidade da situação, as medidas de
2. Registo e comunicação escrita ao E.E.
vocabulário/gestos penalização são aferidas após o Procedimento
3. Encaminhamento para Procedimento
impróprios Disciplinar
Disciplinar
1. Advertência
2. Registo e comunicação escrita ao E.E.
XII. Vestuário adequado  Consoante a gravidade da situação, as medidas de
3. Encaminhamento para Procedimento
(desde que ultrapasse penalização são aferidas após o Procedimento
Disciplinar
o limite do decoro) Disciplinar
4. Encaminhamento para o SPO caso se
justifique

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REGISTO DA SITUAÇÃO PREVISTA NO CÓDIGO DE ÉTICA
PARTICIPAÇÃO DISCIPLINAR
Identificação
Aluno: ___________________________________________________ Ano: ___ Turma: ___ N.º Processo: _______
Autor do Registo/Participação: _________________________________________________________________
Director de Turma: ________________________________________________________________________

Ocorrência/Situação -  I -  II -  III -  IV -  V -  VI -  VII -  VIII -  IX -  X -  XI -  XII


Local: ________________________________ Data: ___/___/___ Hora: ___h___m

Descrição da ocorrência:

Atitude Tomada:

Testemunhas:

Tendo em conta o tipo de comportamento do(a) aluno(a), considero conveniente tomar a(s) seguinte(s) medida(s):

Advertência ao(à) aluno(a) O autor do Registo/Participação


Registo e comunicação escrita ao E. de Educação _________________________
Encaminhamento para Procedimento Disciplinar (Redigido em ___/___/___)

Gabinete de Disciplina:

Tendo em conta o acima referido, considero conveniente Manter  Não Manter a(s) medida(s) propostas

O autor da Entrevista
_________________________
(Redigido em ___/___/___)
O(A) Director(a) de Turma/Professor(a) Titular de Turma
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(Recebido em ___/___/___)
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