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TRABALHO 2
TEMA: DIREITO COLETIVO – DIREITO TUTELAR
DO TRABALHO
(O Direito tutelar do trabalho é a parte do
Direito do Trabalho mais protecionista.
Enquanto o Direito coletivo trata das
questões mais coletivas, o Direito Tutelar
trata dos bens mais preciosos do
trabalhador: integridade física e psíquica)
I. DURAÇÃO DO TRABALHO
1. Prestação de Serviços
3. Características do Salário
1) Habitualidade – não pode ser um
fato eventual, já que se trata da
principal obrigação do Empregador
no Contrato de Trabalho.
2) Periodicidade – não ser estipulado
por período superior a um mês, pois
o mesmo possui caráter alimentício,
podendo ser inferior a um mês.
Art. 459 - O pagamento do
salário, qualquer que seja a
modalidade do trabalho, não deve
ser estipulado por período superior
a 1 (um) mês, salvo no que
concerne a comissões,
percentagens e gratificações.
§ 1º Quando o pagamento houver
sido estipulado por mês, deverá ser
efetuado, o mais tardar, até o
quinto dia útil do mês subsequente
ao vencido.
Porcentagens, Gratificações e
comissões podem ser pagas em
período superior a um mês.
3) Quantificação – Súmula 91.
Veda o salário compressivo ou
englobado.
Salário complessivo ou
englobado - quando o
empregador paga um valor X,
incluindo todas as parcelas
extraordinárias de natureza
salarial, sem especificar o valor
pertinente a cada parcela.
Deve haver especificação do
FATO GERADOR e do respectivo
VALOR.
Possibilidade de recurso do
trabalhador para identificar as
parcelas e ter reconhecidas todas
as parcelas trabalhistas como se
esses valores não houvessem sido
pagos.
É nula a cláusula que estabeleça
o valor englobado.
4) Essencialidade
O salário é requisito
fundamental da relação de
emprego. Não existe relação de
emprego sem onerosidade.
4. Princípios
a) Irredutibilidade salarial (Art. 7º, VI,
da CF)
Não pode ser reduzido na
relação individual. Princípio
absoluto.
Pode em relação coletiva.
Convenção coletiva, norma coletiva
negociada ou acordo coletivo.
TEMPORÁRIA.
Atrelada a uma redução da
jornada.
b) Intangibilidade salarial (vedação
de descontos)
Art. 462
Exceções:
Adiantamento
Lei (previdência, IPR, Pensão
Alimentícia)
Norma coletiva negociada,
acordo ou convenção coletiva de
trabalho
Em caso de dano causado pelo
empregado:
Com dolo – pode descontar
Com culpa – Apenas se estiver
pactuado no contrato a esse
respeito.
V - EQUIPARAÇÃO SALARIAL
1. Fundamento jurídico
(art. 5º, I, CF) e (CLT, art. 461)
Principio da igualdade
Corrige algum tipo de distorção.
Trabalhadores em situação idêntica,
devem receber o mesmo valor.
Mesmo empregador e atender os
requisitos.
2. Sujeitos
Empregador – que será acionado.
Paradigma – O que recebe mais.
Equiparando – O que recebe menos, o
qual acionará o Poder Judiciário,
buscando equiparação salarial, nos
moldes do salário recebido pelo
paradigma.
3. Requisitos (cumulativos)
a) Identidade de empregador
Prestar serviços ao mesmo
empregador.
b) Identidade da localidade
Súmula 6, X
Mesmo município ou, em
interpretação ampla, municípios de
uma mesma região metropolitana.
O custo de vida é semelhante.
c) Identidade de funções
Mesmas tarefas, ainda que com
nomenclaturas diferentes. Princípio
da primazia da realidade.
Idêntica qualidade e produtividade.
Os tribunais costuma aceitar a
maior capacitação técnica. Professor
que possui doutorado, por exemplo.
A antiguidade é obstáculo para a
equiparação salarial, pois parte-se
do princípio de que se o trabalhador
exerce a atividade a mais tempo, ele
possui maior habilitação técnica e
intelectual para o desenvolvimento
da mesma.
d) Diferenciação de tempo na função
equiparada não superior a dois anos
Art. 461, parágrafo 1º
e) Inexistência de quadro de carreira
Art. 461, parágrafos 2º e 3º. Súmula 6,
I
Plano de Cargo, Carreira e Salário.
Promoções por antiguidade e
merecimento, pressupõe
homologação pelo MPT.
O empregador estabelece quais são
os salários para cada atividade e as
promoções que devem ocorrer por
antiguidade e merecimento.
Se existe o plano, mas o
empregador não segue as ordens de
promoções por antiguidade e
merecimento, pode o empregado
acionar o Judiciário pedindo
enquadramento funcional e
majoração salarial.
f) Simultaneidade na prestação de
serviços.
Súmula 6, IV
Possibilidade de pleito pós
contrato, desde que tenham exercido
de forma coincidente, em algum
momento do curso do CT, as mesmas
atividades, ainda que por um lapso
temporal curto.
Só assim será possível verificar o
trabalho de igual valor.
4. Ônus da prova
Súmula 6, VIII
É do empregador. Deve provar a
existência de um fato que extingue,
modifica ou altera o direito à
equiparação. Ex:
Funções diferentes.
O município não pertence à região
metropolitana.
Tempo de labor superior a 2 anos.
Quadro de carreira homologado.
5. Readaptação funcional
É a volta para uma atividade com
remuneração inferior, mas a sua
remuneração, propriamente, não
poderá ser reduzida. Não pode servir
como paradigma. Pode ser equiparando.
VI – REMUNERAÇÃO (CONT.)
1. Salário in natura ou salário utilidade
Art. 458
Algum tipo de vantagem fornecida ao
empregado como contraprestação.
Faz parte do complexo remuneratório.
Parte do salário pode ser paga in
natura e a outra parte em dinheiro, ou
só em dinheiro.
Bebidas alcoólicas ou drogas nocivas
não podem constituir salário in natura.
(nem o cigarro, S. 367, TST)
Características (cumulativas e
simultâneas)
Habitualidade
Deve ser uma contraprestação dos
serviços e não como um instrumento
de trabalho.
Não se considera salário in natura
Instrumento de trabalho.
Educação.
Transporte.
Previdência privada.
Vale cultura.
Vestuário.
Assistência médica, hospitalar,
odontológica.
Seguros de vida e de acidentes
pessoais.
Possibilita que o empregador possa
fornecer mais benefícios aos
empregados sem correr o risco de que
estes se constituem em salário e
sofrer a influência de encargos ou
fefletir nas verbas a que o trabalhador
faz jus.
O empregador que fornecer parte do
salário mínimo como salário utilidade ou
in natura, terá esta parte limitada a 70%
(setenta por cento), ou seja, será
garantido ao empregado o pagamento
em dinheiro de no mínimo 30% (trinta
por cento).
Estão limitados a 20% e 25% do salário
respectivamente, a alimentação e a
habitação fornecidas como salário
utilidaden no meio urbano; no meio
rural, a 20% pela ocupação de moradia
e de 25% pelo fornecimento de
alimentação. Alimentação mais farta e
habitação mais barata.
2. Parcelas que possuem natureza salarial
A. Abono – adiantamento de parcela
salarial.
B. Adicional – incremento salarial em
razão de uma atividade prestada em
situação mais gravosa, enquanto durar a
situação.
C. Comissões/porcentagens.
D. Diárias para viagens – valores pagos ao
empregado para cobrir despesas com
transporte, alimentação e estadia, se
exceder 50% do salário.
Para evitar fraudes.
Presume-se relativamente que não
sejam diárias, mas salário. Se o
empregado provar, será considerado
verba indenizatória.
Ajuda de custo sempre terá
natureza indenizatória. Alteração do
local de prestação de serviços
decorrente da vontade do trabalhador.
E. Gorjetas.
3. Parcelas que não possuem natureza
salarial
A. Indenizações.
B. Benefícios previdenciários – não são
pagos pelo empregador.
C. Participações nos lucros – não é
habitual.