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AGENTES DO ESTADO, BEM COMO DAS - FUNÇÃO JURISDICIONAL

Direito Administrativo é o conjunto de normas que DEMAIS PESSOAS COLETIVAS PÚBLICAS, Administração Pública vs. Função
disciplinam a administraçãO pública… QUE ASSEGURAM EM NOME DA COLETIVIDADE A Política
Administraçao publica SATISFAÇÃO REGULAR E ADM. PÚBLICA FUNÇÃO POLÍTICA
Embora de forma quase invisível, a administração CONTÍNUA DAS NECESSIDADES Realiza em termos Define interesse
pública, de COLETIVAS DE SEGURANÇA, CULTURA E geral da
uma forma prática, relaciona-se diretamente com BEM-ESTAR concretos o interesse coletividade
grande ORGANIZAÇÕES definido pela politica
parte dos aspetos essenciais da nossa vida em Pessoas coletivas públicas (organizações, Satisfação regular e Natureza criadora,
comunidade: dotadas de personalidade jurídica) contínua das necessidades inovadora
segurança de pessoas e bens; Outros serviços públicos (não personificados) coletivas
proteção diplomática e consular; Algumas entidades de direito privado (?) Natureza executiva Caráter livre e
prevenção e socorro em caso de acidentes e INDIVÍDUOS primário
sinistros; Trabalhadores da Administração Órgãos secundários e Órgãos superiores do
defesa nacional; Pública/funcionários públicos (indivíduos que subalternos Estado
prestação de serviços de interesse geral; põem a sua inteligência e a sua vontade ao
saúde; serviço das organizações administrativas para as Em regra, toda a administração pública, além
educação; quais trabalham) de atividade administrativa, é também execução
ambiente; ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ou desenvolvimento de uma política
urbanismo; EM SENTIDO MATERIAL OU OBJETIVO Por vezes, a própria administração sobrepõe-
desenvolvimento económico;  É A ATIVIDADE TÍPICA DOS SERVIÇOS se a uma autoridade política enfraquecida ou
apoio à cultura e ao desporto; PÚBLICOS E AGENTES ADMINISTRATIVOS incapaz  exercício de poder pelos funcionários
NECESSIDADES COLETIVAS DESENVOLVIDA NO INTERESSE GERAL DA (poder burocrático = burocracia) ou técnicos
SEGURANÇA COLETIVIDADE, COM VISTA À SATISFAÇÃO (poder tecnocrático = tecnocracia)
CULTURA REGULAR E CONTÍNUA DAS NECESSIDADES Administração Pública vs. Função
BEM-ESTAR COLETIVAS DE SEGURANÇA, CULTURA E Legislativa
VER ARTIGOS 2.º E 9.º CRP BEM-ESTAR, OBTENDO PARA O EFEITO OS ADM. PÚBLICA FUNÇÃO LEGISLATIVA
REALIZAÇÃO DA JUSTIÇA RECURSOS MAIS ADEQUADOS E UTILIZANDO
Como NECESSIDADE AS FORMAS MAIS CONVENIENTES. [V. Art.º Executa, aplica, Define opções,
COLETIVA 199.º, al. g) CRP] põe em objetivos, normas
SITUADA NOUTRA ÁREA DE ATUAÇÃO DO ESTADO – A DOS prática o que lhe abstratas
TRIBUNAIS Adm. Pública vs Adm. Privada é
(PODER JUDICIAL) Adm. Pública Adm. determinado
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA Privada Atividade Aprova as leis
VER ARTIGOS 202.º E SS. CRP Objeto(necessida Da coletividade Individua Subordinada
A CONSTITUIÇÃO APONTA PARA DOIS TIPOS des) is e à lei
ESSENCIAIS DE FUNÇÕES DO ESTADO concretas
FUNÇÕES PRIMÁRIAS A LEI É O FUNDAMENTO, O CRITÉRIO E O
- FUNÇÃO POLITICA LIMITE DE TODA A ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
Fim Interesse Fins Administração Pública vs. Função Jurisdicional
- FUNÇÃO LEGISLATIVA público pessoais
FUNÇÕES SECUNDÁRIAS ADM. FUNÇÃO JURISDICIONAL
e PÚBLICA
- FUNÇÃO JURISDICIONAL particula
- FUNÇÃO ADMINISTRATIVA res
A FUNÇÃO ADMINISTRATIVA COMPREENDE Gerir Julgar
A ATIVIDADE PÚBLICA CONTÍNUA TENDENTE Interesses gerais Aplica direito aos
Meios Meios de Igualdade
À SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES COLETIVAS da casos
autoridade(coma entre as
EM CADA MOMENTO SELECIONADAS, MEDIANTE coletividade concretos
ndos partes
PRÉVIA OPÇÃO CONSTITUCIONAL E unilaterais) (contrato Iniciativa Passiva
LEGISLATIVA, COMO DESÍGNIOS DA s) Fim de interesse Desinteressada
COLETIVIDADE PÚBLICA público
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Relação hierárquica Juízes independentes
FUNÇÕES DO ESTADO
EM SENTIDO ORGÂNICO OU SUBJETIVO Do princípio da submissão da administração
- FUNÇÃO POLÍTICA
É O SISTEMA DE ÓRGÃOS, SERVIÇOS E pública à
- FUNÇÃO LEGISLATIVA
lei decorre também o da sua submissão aos justiça Mouzinho da Silveira (1832)
tribunais (que The King can do no wrong A mais bela, e útil descoberta moral do século
apreciam e fiscalizam os seus atos e NO ESTADO MODERNO (SÉC. XVI – XX) passado foi, sem dúvida, a diferença de
comportamentos) Idade Moderna + Idade Contemporânea administrar, e julgar…
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO Aparecimento do conceito atual de A administração é a cadeia, que liga todas as
FORMAL Estado partes do corpo social, e forma delas um todo,
EXPRIME USUALMENTE OS MODOS DE ATUAÇÃO DA Centralização do poder político fazendo-as referir a ele.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM SENTIDO ORGÂNICO QUANDO Definição precisa dos limites territoriais do A Justiça é inspectora, que impede que os anéis
EXERCE A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA EM SENTIDO Estado e controlo por este do território da cadeia se rompam, corrigindo os vícios, e os
MATERIAL E USA DE PODERES DE AUTORIDADE QUE LHE Soberania do Estado no plano interno e abusos de todas as divergências; por isso
DÃO SUPREMACIA SOBRE OS CIDADÃOS, I.E., A Internacional administrar é a regra geral e julgar é a regra
ADMINISTRAÇÃO APARECE-NOS REVESTIDA DO SEU IUS Crescente secularização do Estado particular.
IMPERII (= PODERES DE AUTORIDADE) Subtipos: corporativo, absoluto e liberal NO ESTADO MODERNO – LIBERAL (SÉC.XIX – XX)
NO ESTADO ORIENTAL (terceiro ao primeiro NO ESTADO MODERNO – CORPORATIVO Estado guarda-nocturno – laissez faire, laissez
milénio a. C.) (SÉC. XV – XVI/INÍCIO XVII) passer
Nascem as primeiras administrações As ordens ou estamentos e fim do Aparecimento das primeiras repúblicas
Estado chama a si várias obras públicas feudalismo/regime senhorial Constituição como limite ao poder político
Funcionários (impostos, obras e defesa) Ordenações Afonsinas – séc. XV (incluem Reconhecimento da existência de direitos do homem
Criados serviços centrais (impérios normas relativas à AP central e local) Principio de soberania nacional (Estado-Nação)
burocráticos) Confusão entre administração e justiça Igualdade jurídica de todos os homens
Não há garantias dos particulares face à Ordenações Manuelinas (1512) e Filipinas (1603) Separação de poderes
Administração Pública Algumas garantias individuais Legislar
NO ESTADO GREGO (séc. VI ao séc. III a.C.) NO ESTADO MODERNO – ABSOLUTO (SÉC.XVII – XVIII) Executar
Reduzida expressão territorial (cidades- Centralização completa do poder real Julgar
estado  polis) Enfraquecimento da nobreza Princípio da Legalidade
Ideia de Povo – conjunto de cidadãos Ascensão da burguesia Garantias individuais reforçadas
Nasce o pensamento político e o Direito Vontade do Rei como lei suprema (L’ État ESTADO MODERNO – CONSTITUCIONAL/DE DIREITO (SÉC.
Constitucional c’ est moi) XX - …)
Cidadãos gozam de direitos de Recuo das garantias individuais face ao Todos os Estados têm uma Constituição
participação política Estado Princípio da Legalidade - reforço
Garantias reduzidas face ao Estado Venda ou herança de cargos públicos Direitos, liberdades e garantias e direitos
Inexistência de funcionalismo NO ESTADO MODERNO – LIBERAL económicos, sociais e culturais
permanente (SÉC. XIX – XX) ESTADO MODERNO – CONSTITUCIONAL/DE DIREITO
NO ESTADO ROMANO (séc. II a.C – IV d.C.) Revolução Francesa (SÉC. XX - …)
Passagem da pequena dimensão à Princípio da separação de poderes O Estado fascista
grande expansão territorial Princípio da legalidade O Estado comunista
Colonização e ideia de império mundial Génese do D. Administrativo moderno O Estado democrático
Da monarquia à república e ao império Mecanismo de controlo da AP (ex.: Cour de - descentralização e desconcentração
Inserção (progressiva) de todas as Comptes) - amplos mecanismos de proteção dos
classes sociais na vida política Garantias dos particulares contra o arbítrio particulares
Distinção entre D. Público e D. Privado administrativo - um Estado Social (o Estado-Providência)
Funcionalismo de carreira (burocracia A AP de tipo napoleónico - administração económica (intervenção vs.
imperial) NO ESTADO MODERNO – LIBERAL (SÉC. XIX –XX) regulação)
Recurso gracioso O liberalismo em Portugal e as reformas de - sector público administrativo e sector
Instituições municipais (municipium) Mouzinho da Silveira empresarial do Estado
NO ESTADO MEDIEVAL (séc. V d.C. ao séc. XV) Princípio da separação de poderes - do Estado liberal de Direito ao Estado social
Forte descentralização política do (Constituição de 1822) de Direito
Estado Reforma da Administração e da Fazenda - do Estado social de Direito a …???
Imperium substituído por dominium Nasce a AP portuguesa moderna Estado Moderno – Constitucional / De Direito
Funções públicas hereditárias Diferenciação entre função administrativa e (séc. XX -
Príncipe como centro da vida política jurisdicional – separação entre órgãos …)
Funcionários régios administrativos e tribunais Evolução da AP portuguesa (sécs. XX – XXI)
Indiferenciação entre administração e NO ESTADO MODERNO – LIBERAL (SÉC. XIX – XX) A I República (1910 - 1926)
- instabilidade / aposta na Instrução /novos Garantiu-se o direito dos administrados à tribunal
ministérios impugnação contenciosa de todos os actos O controlo da administração pública é efetuado
O Estado Novo/II República(1926 – 1974) - administrativos definitivos e executórios. por tribunais administrativos
predomínio da administração Ampliaram-se as garantias dos direitos SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIA / DE
central/intervencionismo económico, cultural e dos administrados e reforçaram-se os instrumentos TIPO BRITÂNICO
social/regime corporativo de execução das decisões dos tribunais Tem origem anglo-saxónica, tendo-se implementado
A III República (1974 - …) administrativos. nos Estados Unidos e nos países da Commonwealth
- nacionalizações e privatizações / sistema de Com a revisão constitucional de 1989, os Sujeição da administração pública ao Direito
garantias / reforma do contencioso administrativo tribunais administrativos constituem uma Comum
(2002) / o Estado (auto) limitado pelas normas jurisdição própria Não reconhecimento à Administração Pública do
da CRP/76 e de D. Administrativo CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO poder de tomar decisões que afetem os cidadãos
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (até 1974) As principais alterações do sistema de justiça sem prévia intervenção de um tribunal
O contencioso administrativo não competia aos administrativa em Portugal, ocorreram com a Controlo da administração pública pelos
tribunais comuns, mas sim a instâncias de reforma legislativa de 1984/85, com a publicação tribunais comuns
carácter jurisdicional separadas - tribunais do ETAF e da LPTA PORTUGAL
administrativos A Revisão Constitucional de 1997 regula Sistema administrativo de tipo continental
Em 1974, os tribunais administrativos eram as expressamente a garantia de acesso à justiça Com influência, atualmente, do modelo alemão
denominadas auditorias administrativas: uma em administrativa Sujeito ao processo de “europeização” dos
Lisboa e outra no Porto Reforma do contencioso administrativo de 2002 sistemas administrativos no quadro da UE
Ainda que vistos como órgãos jurisdicionais, os Reforma do contencioso administrativo de 2015 Mitigação do paradigma de administração executiva
tribunais administrativos sempre foram (Revisão do CPTA e do ETAF) no quadro do novo CPA
considerados pela doutrina mais influente como SISTEMA ADMINISTRATIVO CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA DE DIREITO ADMINISTRATIVO
“órgãos administrativos” e, logo, como parte Modo jurídico típico de organização, A AP e atuação desta são reguladas por normas
integrante da Administração funcionamento e controlo da administração jurídicas
Embora órgãos relativamente independentes, pública. Tais normas diferenciam-se das que regem as
estavam organicamente inseridos na esfera da relações dos particulares
Presidência do Conselho de Ministros (e não do -Tradicionais SUBORDINAÇÃO DA AP AO DIREITO
Ministério da Justiça, como sucedia com os SISTEMAS A legalidade democráticaA lei como expressão da
tribunais judiciais) ADMINISTRATIVOS: vontade geral (Rousseau)
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (antes de 1974) A natureza secundária e executiva
Os instrumentos processuais reduziam-se ao -Modernos: -Tipo britânico da AP face à lei e ao poder legislativo
recurso contencioso de anulação de atos ART.º 266.º CRP
administrativos, por um lado, e às ações -Tipo francês RAZÕES QUE JUSTIFICAM UMA AP DO TIPO DA
administrativas em matéria contratual e de PORTUGUESA-EXISTÊNCIA DE DIREITO
responsabilidade civil, por outro SISTEMA ADMINISTRATIVO TRADICIONAL ADMINISTRATIVO
as sentenças dos tribunais administrativos eram (até às revoluções liberais) Primazia do interesse público sobre os Interesses
formalmente obrigatórias, mas a Administração Indiferenciação das funções administrativas e privados(exceção: direitos fundamentais destes)
podia eximir-se legitimamente ao seu cumprimento, jurisdicionais Poderes de autoridade conferidos à AP para que
invocando “impossibilidade, grave prejuízo ou Inexistência do princípio de separação de esta possa impor, em concreto, a defesa desse
embaraço na sua execução” poderes interesse público
A justiça administrativa sofreu alterações Não subordinação da Administração ao princípio Restrições e deveres na prossecução do interesse
profundas com a revolução de Abril e foi sem da legalidade público
sombra de dúvida uma das grandes conquistas da Garantias dos particulares inexistentes ou muito RAZÕES QUE JUSTIFICAM UMA AP DO TIPO DA
Revolução – até esta altura a justiça Reduzidas PORTUGUESA-EXISTÊNCIA DE TRIBUNAIS
administrativa sempre foi vista como uma justiça SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVA / CONTINENTAL ADMINISTRATIVOS
de segunda classe / DE TIPO FRANCÊS Conferir à AP o privilégio de ter um foro
CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO (depois de 1974) Sujeição da Administração Pública a regras próprio?
A Constituição de 1976 regulou os próprias que vieram a constituir o Direito Proteger a AP, na área da Justiça, em prejuízo
tribunais administrativos como verdadeiros Administrativo dos particulares?
tribunais, ficando estes no mesmo plano que os O poder conferido à Administração de, em áreas Vantagem de uma especialização material dos
demais tribunais – como instâncias independentes mais ou menos extensas da sua atividade, tomar órgãos jurisdicionais (jurisdição contencioso-
do poder executivo decisões suscetíveis de se projetarem na esfera administrativa)?
jurídica de terceiros sem prévia validação de um DIREITO ADMINISTRATIVO
Ramo de Direito Público constituído pelo sistema ABRANGE: interesse público e ao respeito das posições
de normas jurídicas que regulam a organização e o ATIVIDADE DE GESTÃO PÚBLICA jurídicas subjetivas dos particulares
funcionamento da Administração Pública, bem como submetida ao Direito Público exercício de poderes Exs.:
as relações por ela estabelecidas com outros ou deveres públicos no âmbito de uma função de Aspetos relativos à atividade administrativa
sujeitos de direito no exercício da atividade natureza pública externa
administrativa de gestão pública ATIVIDADE DE GESTÃO PRIVADA atos administrativos: Art.os 148.º - 181.º CPA
-Ramo do submetida ao Direito Privado contratos administrativos: Art.os 200.º - 202.º
Direito em posição de paridade com os particulares e, CPA e CCP
Público portanto, sem exercício de um poder público atos materiais: Art.os 177.º/1 e 182.º/3 CPA
DIREITO [ ver, a este propósito, o Art.º 2.º/3, “in fine” EM GERAL, PODE AFIRMAR-SE, NOMEADAMENTE, TENDO
ADMINISTRATIVO -Sistema de -Organização – CPA ] EM CONTA O DISPOSTO NO ART.º 266.º/1 CRP, QUE O
(aspetos da normas -Funcionamento NATUREZA DO DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO: PROCURA PERMANENTEMENTE
definição) jurídicas: -Relacionamento (posições doutrinais) HARMONIZAR AS EXIGÊNCIAS DA AÇÃO ADMINISTRATIVA,
com outro Direito Administrativo como direito excecional NA PROSSECUÇÃO DE INTERESSES GERAIS, COM AS
- Atividade sujeitos de face ao Direito Privado (p. ex., ao Direito EXIGÊNCIAS DAS GARANTIAS DOS PARTICULARES, NA
administrativa direito Civil) DEFESA DOS SEUS DIREITOS E INTERESSES LEGÍTIMOS
de gestão Direito Administrativo como direito comum da TRAÇOS ESPECÍFICOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
pública Administração Pública (conceção subjetivista ou DIREITO PÚBLICO
DIREITO ADMINISTRATIVO COMO DIREITO PÚBLICO estatutária) RELATIVAMENTE RECENTE (JUVENTUDE…)
Critério do interesse DIREITO ADMINISTRATIVO COMO DIREITO COMUM DA INFLUÊNCIA JURISPRUDENCIAL
Critério do sujeito FUNÇÃO ADMINISTRATIVA (define-se AUTONOMIA
Critério dos poderes de autoridade em função do objeto – função administrativa ou PARCIALMENTE CODIFICADO
SISTEMA DE NORMAS JURÍDICAS: conjunto de normas atividade administrativa de gestão pública) MUTÁVEL
dotadas de uma lógica interna, inspiradas por 1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA FRAGMENTÁRIO
princípios - Regular o modo de estruturação institucional A PROPÓSITO DE CODIFICAÇÃO: O QUE É UM CÓDIGO?
comuns e que constituem algo de homogéneo e de das pessoas coletivas, órgãos e serviços Um diploma legal que reúne, de forma
específico (Administração Pública, em sentido orgânico) sintética, científica e sistemática, as
DISTINTAS DAS DE DIREITO PRIVADO: o direito Exs.: normas de um determinado ramo de
administrativo é um ramo de direito público cujas - princípios constitucionais da descentralização Direito ou, pelo menos, de um setor
normas: e da desconcentração – Art.º 267.º/2 CRP importante e representativo desse ramo
— conferem à AP um conjunto de prerrogativas de - regras que instituem pessoas coletivas A QUESTÃO DA CODIFICAÇÃO PARCIAL DO
que não dispõem as entidades privadas integradas na administração pública e definem as DIREITO ADMINISTRATIVO – BREVE RELANCE
— impõem limites à liberdade da AP devido à suas atribuições,bem como aquelas que estabelecem HISTÓRICO
necessidade do equilíbrio entre exigências da a composição e competências dos órgãos 1836 – Código Administrativo (Governo de Passos
ação administrativa na prossecução do interesse administrativos – Art.os 183.º,199.º, 235.º, Manuel)
público e a exigência do respeito pelos direitos 236.º, 239.º, 241.º, 244.º-247.º, 250.º- - descentralizador (reação às reformas de
e interesses legítimos dos cidadãos 253.º,257.º- 261.º CRP Mouzinho da Silveira – 1832)
(Art.º 266.º CRP) 2. FUNCIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO 1842 – Código Administrativo (Governo de Costa
-atribuem direitos subjetivos ou reconhecem - Regular os processos de formação das decisões Cabral)
interesses legítimos face à AP administrativas (administração pública, em - centralizador
TIPOS DE NORMAS ADMINISTRATIVAS sentido material) 1886 – Código Administrativo (Governo de José
Normas orgânicas (v. art.º 267.º/1 e 2 CRP) Exs.:- normas que regulam o funcionamento interno Luciano de Castro)
regulam a organização da AP dos órgãos colegiais – Art.os 21.º- 35.º CPA - descentralizador
Normas funcionais (idem, n.º 5) - normas que disciplinam os vários atos e Marcos históricos mais recentes do movimento de
regulam o modo de agir específico da AP formalidades que compõem os procedimentos codificação do DA
Normas relacionais administrativos –Art.os 53.º-133.º e 184.º-199.º 1936 - Código Administrativo de 1936/40
regulam as relações entre a AP e outros sujeitos CPA 1991 – Código de Procedimento Administrativo
de direito no desempenho da atividade 3. RELACIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO COM OS (D.L. n.º
administrativa (1. entre a AP e os particulares; PARTICULARES 442/91, de 15/11; entrou em vigor a 16.05.1992;
2. entre duas ou mais pessoas coletivas públicas; - Regulando o modo este se processa, revisto pelo
3. entre dois ou mais particulares – p. ex., nomeadamente, através do exercício pela D.L. n.º 6/96)
concessionário e utente) Administração de poderes de autoridade ou da 2002 – Código de Processo nos Tribunais
ATIVIDADE ADMINISTRATIVA DA AP submissão a especificas vinculações impostas pelo Administrativos
2008 – Código dos Contratos Públicos (em processo particulares, vs. Relações privadas entre CIÊNCIA DO DIREITO ADMINISTRATIVO
de revisão) particulares Noção
2015 – Novo Código de Procedimento Administrativo - Idade e origem Parte da Ciência do Direito que se ocupa, com
(D.L. n.º 4/2015, de 07/01; entrou em vigor a - soluções materiais (autoridade e prevalência autonomia, do Direito Administrativo enquanto
08.04.2015) do interesse público vs. princípio da liberdade e ramo do Direito
2015 – Alteração e republicação do CPTA (e também da autonomia da vontade) Objeto
do ETAF, do CCP e outros diplomas) – D.L. n.º - técnica jurídica (ato administrativo vs. Normas jurídicas administrativas (sistema,
214-G/2015, de 02/10 contrato) e soluções concretas:influência princípios, conceitos e técnica específicos)
CONSEQUÊNCIAS DA AUTONOMIA DO DA NA RESOLUÇÃO DE recíproca e fenómenos de publicização da vida Método
CASOS OMISSOS E INTEGRAÇÃO DE LACUNAS privada e de privatização da AP Método jurídico (próprio da Ciência do Direito,
1.º - analogia dentro do DA DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO CONSTITUCIONAL em geral)
2.º - aplicação de princípios gerais de DA - DC como fundamento de todo o Direito Público [Evolução]
3.º - analogia nos outros ramos de D. Público - DA como complemento, desenvolvimento e Ciências auxiliares
4.º - aplicação de princípios gerais de D. execução do DC - Não jurídicas (Ciência da Administração
Público - Normas constitucionais (em sentido formal) Pública, Ciência Política, História da AP, …)
5.º - aplicação de princípios gerais de Direito podem ser normas materialmente administrativas, - Jurídicas (História do DA, DA Comparado, …)
RAMOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO isto é, Direito Administrativo CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DIREITO Geral constitucionalizado Noção e âmbito
ADMINISTRATIVO Especial - DA contribui para dar sentido ao DC, - ciência social que estuda a AP como elemento da
completando-o e integrando-o (ex.: normas de vida coletiva de um dado país, procurando
DIREITO ADMINISTRATIVO GERAL legislação ordinária sobre o funcionamento do conhecer os factos e as situações
Define princípios fundamentais da organização e Governo) administrativas,
da atividade administrativa DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO JUDICIÁRIO - construir cientificamente a explicação dos
Estabelece a disciplina comum das matérias da - DJ é constituído pelas normas que regulam a fenómenos administrativos
organização, do procedimento, da atividade, da organização e funcionamento dos tribunais e o - e contribuir criticamente para o
responsabilidade civil administrativa exercício da função jurisdicional aperfeiçoamento da organização e funcionamento da
As suas normas aplicam-se em todos os setores do - DJ engloba o DJ em sentido restrito AP
direito administrativo que não sejam, ou na (orgânica perspetivas de análise (Sociologia da
medida em que não sejam, objeto de regulação e funcionamento do Poder Judicial) e o Direito Administração), de construção teórica (Teoria da
especial Processual (civil, penal, laboral, Administração) e de proposta crítica (Reforma
DIREITO ADMINISTRATIVO ESPECIAL administrativo, …) Administrativa)
Cada sub-ramo regula sectores específicos da AP e - Semelhanças entre DA e DJ “stricto sensu” e Objeto
da atividade administrativa, com dimensão e princípio da separação de poderes Factos, situações e fenómenos administrativos
importância variáveis DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PENAL (não as normas jurídicas administrativas)
Alguns exemplos: - Satisfação de necessidades coletivas de Método (depende da orientação: política, técnica,
Direito Autárquico segurança, saúde e bem-estar vs. repressão das psicológica, matemática, …)
Direito Administrativo Militar atividades criminosas Ciências auxiliares (p. ex., a própria Ciência do
Direito de Polícia ou Direito da Segurança - Natureza essencialmente preventiva do DA vs. Direito Administrativo)
Direito Financeiro (D. Orçamental, D. da natureza repressiva e sancionatórias do DP [Evolução]
Contabilidade Pública, D. Fiscal,..) - Contraordenação (ilícito administrativo) vs. A ideia de Reforma Administrativa ou Modernização
Direito Administrativo Económico crime (ilícito criminal) Administrativa
Direito da Função Pública - Sanção administrativa (ex.: coima) vs. Um exemplo de abordagem “humorística” em Teoria
Direito do Urbanismo Sanção penal da Administração:
Direito Administrativo Social (D. da Segurança DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO INTERNACIONAL o “Principio de Peter”
Social, Direito da - Direito Internacional Administrativo (normas Nas organizações burocráticas, hierarquicamente
Saúde, …) de tratados que regulam áreas da organização e estruturadas, os funcionários tendem a ser
Direito Administrativo Cultural (D. da Educação, funcionamento das AP nacionais) promovidos até ao seu “nível de incompetência”
D. do Património, - Direito Administrativo Internacional (DA “In a hierarchy, every employee tends to rise to
…) próprio das organizações internacionais – ex.: his level of
FRONTEIRAS DO D. ADMINISTRATIVO ONU) incompetence"
DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO PRIVADO DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO QUADRO “CLÁSSICO” DAS FONTES DE
- Objeto (relações de direito público entre a COMUNITÁRIO (DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA) DIREITO
AP e outros sujeitos jurídicos, nomeadamente (cfr. Ficha de trabalho N.º 3) LEI
COSTUME Através da chamada administração autónoma ESTADO ≠ OUTRAS ENTIDADES ADMINISTRATIVAS
JURISPRUDÊNCIA (autarquias locais e associações públicas) são - regiões autónomas, autarquias locais e
DOUTRINA prosseguidos os interesse públicos próprios das associações
ALGUNS TÓPICOS ESPECÍFICOS NO diferentes pessoas coletivas públicas que a públicas
ÂMBITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO constituem - institutos públicos e empresas públicas
A “CONSTITUIÇÃO ADMINISTRATIVA” Por isso, essas pessoas coletivas públicas ESTADO ≠ CIDADÃOS
O PAPEL DO DIREITO INTERNACIONAL dirigem-se a si mesmas (autoadministração), - Estado (autoridade) como sujeito ativo face
DIREITO DA UE (OU DIREITO COMUNITÁRIO) E definindo com independência a orientação das suas aos cidadãos
DIREITO ADMINISTRATIVO atividades, sem sujeição a hierarquia ou a (administrados), a quem impõe deveres
O “DIREITO CIRCULATÓRIO” superintendência do Governo (apenas sujeita ao - Cidadãos como sujeitos ativos, exercendo
O REGULAMENTO ADMINISTRATIVO E O PODER poder de tutela – ex. Art.º 242.º CRP) direitos face ao Estado
REGULAMENTAR DA AP (remissão para DA II) PRINCÍPIO DA DESCONCENTRAÇÃO ESTADO COMO PESSOA COLECTIVA PÚBLICA
No Estado social, a Constituição é a primeira Sistema em que o poder decisório se reparte entre exemplos de normas constitucionais de que,
das fontes de direito e, também, a primeira das o superior e um ou vários órgãos subalternos da explícita ou implicitamente, decorre essa
fontes do direito administrativo mesma pessoa coletiva pública, os quais, todavia, qualificação
Não só o núcleo essencial do direito permanecem, em regra, sujeitos à direção e Art.º 3.º/3
administrativo está sediado na Constituição, como supervisão daquele Art.º 5.º/3
muito poucas são as normas constitucionais sem Por via de criação de serviços desconcentrados ou Art.º 18.º/1
relevância para o direito administrativo através da figura da delegação de poderes Art.º 22.º
Existem mesmo diversas partes e títulos da CRP LIMITES AOS PRINCÍPIOS DA Art.º 27.º/5
que praticamente só contêm normas de direito DESCENTRALIZAÇÃO E DA DESCONCENTRAÇÃO? Art.º 41.º/4
administrativo (vejam-se, por exemplo, a Parte II V. ART.º 267.º/2 CRP Art.º 48.º/2
sobre organização económica e os Títulos VIII, IX A Administração Central do Estado Art.º 54.º/5, al. f)
e X da Parte III, relativa à organização do poder O Estado e a sua Administração Direta Art.º 65.º/4
político, respetivamente incidindo sobre o poder ESTADO Art.º 84.º/2
local, a administração pública e a defesa Aceção internacional – o Estado soberano, titular Art.º 199.º, al. d)
nacional) de Art.º 201.º/1, al. b)
PRINCÍPIO DA DESBUROCRATIZAÇÃO direitos e obrigações na esfera internacional Art.º 201.º/2, al. b)
AP deve organizar-se e funcionar de Aceção constitucional – o Estado como comunidade Art.º 269.º/1 e 2
acordo com padrões de eficiência na de cidadãos que, nos termos do poder constituinte Art.º 271.º/1 e 4
prossecução do interesse público que a si própria se atribui, assume uma Art.º 276.º/6
AP deve organizar-se e funcionar na perspetiva de determinada forma política para prosseguir os Art.º 2.º/4 – al. a) CPA]
facilitar a vida dos particulares que com ela se seus fins nacionais. Consequências dessa qualificação  Distinção entre
relacionam Aceção administrativa – o Estado é a pessoa o Estado e outros sujeitos de direito (pessoas
PRINCÍPIO DA APROXIMAÇÃO DOS coletiva pública que, no seio da comunidade físicas ou pessoas coletivas)
SERVIÇOS ÀS POPULAÇÕES nacional, Enumeração, constitucional e legal, das
A estruturação da AP deverá, em termos de desempenha, sob a direção do Governo, a atividade atribuições do Estado
localização dos seus serviços, estar próxima dos administrativa Estabelecimento, por via constitucional ou legal,
seus destinatários ESTADO-ADMINISTRAÇÃO de órgãos
Proximidade geográfica e outras formas de Estado como pessoa coletiva (pública) do Estado
aproximação (postura recetiva às populações…) ESTADO ≠ GOVERNANTES Definição das atribuições e competências a cargo
Potencialidades da “administração pública - o Estado é uma organização permanente dos diversos órgãos do Estado
eletrónica” (e-government) - os governantes são os indivíduos que Possibilidade de distinção entre órgãos e
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO DOS INTERESSADOS NA transitoriamente desempenham as funções representantes, permanentes ou ocasionais, do
GESTÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA dirigentes dessa Estado
Será que a participação dos cidadãos se esgota na ESTADO ≠ FUNCIONÁRIOS Distinção entre funcionários/trabalhadores da AP,
eleição dos órgãos da AP? - Estado é uma pessoa coletiva, com do Estado, das autarquias locais, das regiões
Democracia representativa e democracia direta património próprio autónomas, das empresas públicas e do sector
Perspetiva estrutural (na própria orgânica da AP) - Funcionários são indivíduos que atuam ao privado
e perspetiva funcional (inserida na atividade serviço do Prática de atos jurídicos (p. ex., contratos) por
administrativa – v. Art.º 11.º e Art.º 12.º CPA) Estado, mas que mantêm a sua parte do Estado
dessa participação individualidade humana Delimitação do património do Estado (bens e
PRINCÍPIO DA DESCENTRALIZAÇÃO e jurídica direitos
patrimoniais do Estado, enquanto pessoa coletiva) território” não é independente nem autónoma (salvo
face a outros Todas as parcelas territoriais, mesmo que afetas casos excecionais)
patrimónios públicos ou privados, individuais ou a outras entidades – como regiões, autarquias Constitui um instrumento para o
coletivos locais, administrações territoriais diversas – desempenho dos fins do Estado
Inexistência de litispendência (quando se repete estão Consequentemente, a CRP [Art. 199.°, al. d)]
uma causa, estando a anterior ainda pendente) ou sujeitas ao poder do Estado submete a administração direta do Estado,
caso julgado (a decisão sobre a relação material Todos os indivíduos residentes no território civil e militar, ao poder de direção do Governo
controvertida, transitou em julgado) entre o nacional, mesmo que estrangeiros ou apátridas, ≠ Administração indireta (superintendência e
Estado e outras pessoas coletivas públicas. As estão submetidos aos poderes do Estado- tutela
restantes pessoas coletivas públicas são, para administração governamental)
efeitos de MULTIPLICIDADE DE ATRIBUIÇÕES ≠ Administração autónoma (simples poder de
responsabilidade civil, terceiros face ao Estado O Estado é uma pessoa coletiva de fins tutela)
ESPÉCIES DA ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO múltiplos Consequências:
ADMINISTRAÇÃO CENTRAL DO ESTADO Pelo que pode e deve prosseguir Subordinação da administração à política
(órgãos e serviços com competência em todo o diversas e variadas atribuições Dever de obediência dos funcionários
território nacional)ADMINISTRAÇÃO Nisto se distingue de algumas outras relativamente aos governantes
LOCAL/PERIFÉRICA DO ESTADO pessoas coletivas públicas, que só podem Repercussões diretas das mutações
(órgãos e serviços com competência prosseguir fins singulares políticas (≠ autarquias ou politécnicos, p. ex.)
territorialmente limitada) ≠ administração PLURALISMO DE ÓRGÃOS E SERVIÇOS ESTRUTURA HIERÁRQUICA
autárquica São numerosos os órgãos do Estado, bem A administração direta do Estado estrutura-
ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO ESTADO como os serviços públicos que auxiliam se em termos hierárquicos
(atividade exercida por serviços integrados na esses órgãos Isso significa uma estruturação de acordo
pessoa coletiva Estado) O Governo, os membros do Governo Com um modelo de organização administrativa
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DO ESTADO individualmente considerados, os diretores- constituído por um conjunto de órgãos e agentes
(atividade exercida por pessoas coletivas gerais, etc., são órgãos do Estado ligados por um vínculo jurídico que confere ao
distintas do Os ministérios, as secretarias de Estado, as superior o poder de direção e ao subalterno o
Estado, embora realizando fins deste) direções-gerais, etc., são serviços públicos dever de obediência
 V. Art.º 199.º, al. d) CRP do Estado A estruturação hierárquica justifica-se não
ESTADO (ADMINISTRAÇÃO DIRETA) - ORGANIZAÇÃO EM MINISTÉRIOS apenas por considerações de eficiência, dado o
CARATERÍSTICAS Os órgãos e serviços do Estado-administração, a elevado número de funcionários e agentes que
UNICIDADE nível central, estão trabalham no Estado, mas também por razões de
O Estado é a única espécie deste género estruturados em departamentos coerência com o princípio da instrumentalidade
Assim, enquanto ao conceito de autarquia Esses departamentos estão organizados Se os subalternos não se achassem vinculados
local correspondem alguns milhares de entes por assuntos ou matérias a um dever de obediência, claro e preciso, face
autárquicos, ao conceito de Estado pertence Tendo a designação de ministérios às
apenas um ente — o próprio Estado Este tipo de organização é diferente nas ordens e instruções dos seus superiores, a
CARÁTER ORIGINÁRIO autarquias locais ou nos institutos públicos, de administração do Estado deixava de ser
Todas as outras pessoas coletivas públicas estrutura mais flexível (vereadores ou dirigentes subordinada e passava a ser autónoma ou
são sempre criadas ou reconhecidas por lei de topo, conforme o caso, podem independente  relação com a responsabilidade
ou nos termos da leiO Estado não o foi – a pessoa dirigir serviços e áreas diferentes ao longo do política do Governo perante o Parlamento)
coletiva mandato) SUPREMACIA
Estado não é criada pelo poder constituído PERSONALIDADE JURÍDICA UNA O Estado-administração (dado o seu
Por isso, tem natureza originária Existe, como se observou, multiplicidade carácter único, originário e instrumental em
(≠ natureza derivada) das atribuições, pluralismo dos órgãos e relação aos fins do Estado), exerce poderes
Em consequência, vários dos seus órgãos – serviços e divisão em ministérios de supremacia não apenas em relação aos
designadamente, o Governo – são órgãos de Porém, o Estado mantém sempre uma sujeitos de direito privado, mas também
soberania personalidade jurídica una ou seja, todos os sobre as outras entidades públicas
TERRITORIALIDADE ministérios pertencem ao O grau ou a intensidade desses poderes
O Estado é uma pessoa coletiva de cuja natureza mesmo sujeito de direito, não são sujeitos de varia conforme a maior ou menor autonomia
faz parte um certo território – o território direito distintos (os ministérios e as direções- que a ordem jurídica pretende conceder às
nacional gerais não têm personalidade jurídica) várias pessoas coletivas públicas
O Estado é a primeira, e a mais importante, das INSTRUMENTALIDADE Assim, os institutos públicos e as empresas
chamadas “pessoas coletivas de população e A administração do Estado é subordinada, públicas estão sujeitos à superintendência do
Governo, as autarquias locais à tutela Relações públicas (comunicação) Artigo 199.° - a competência administrativa
Administrativa do Estado, as regiões PRINCIPAIS ÓRGÃOS CENTRAIS DO ESTADO (órgãos PRINCIPAIS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
autónomas a uma limitada fiscalização dos administrativos vs. órgãos não administrativos)  GARANTIR A EXECUÇÃO DAS LEIS
órgãos de soberania e do Tribunal Constitucional Presidente da República Defender a legalidade democrática – al. f)
Mas em todos os casos o Estado afirma, Assembleia da República Regulamentar as leis – al. c)
nos termos da lei, a sua supremacia Governo  ASSEGURAR O FUNCIONAMENTO DA
Por isso se chama ao Estado ente público Tribunais ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
máximo ou supremo OUTROS ÓRGÃOS DO ESTADO (Administração Central) Elaborar e fazer executar os planos – al. a)
Enquanto às demais pessoas coletivas sob a direção do Governo Fazer executar o Orçamento do Estado – al. b)
públicas se dá a designação de entes Diretores-gerais, diretores de serviços, chefes Dirigir os serviços e a atividade da
públicos menores ou de entes públicos de divisão,etc. administração direta do Estado, civil e militar,
subordinados CEMGFA e chefes dos vários ramos das FA superintender na administração indireta, e
ATRIBUIÇÕES DO ESTADO (fins ou objetivos Comandantes das forças de segurança exercer a tutela sobre esta e sobre a
resultantes da lei) Procurador-Geral da República e adjuntos administração autónoma – al. d)
NUMEROSAS Inspetores-gerais e adjuntos Praticar todos os atos exigidos pela lei
COMPLEXAS Dirigentes de gabinetes, centros e institutos respeitantes aos funcionários e agentes do Estado
DISPERSAS (sem personalidade jurídica) pertencentes à e de outras pessoas coletivas públicas – al. e)
( ≠ INTEGRADAS, COMO ACONTECE NAS OUTRAS PESSOAS administração central)
 PROMOVER A SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES
COLECTIVAS PÚBLICAS) Comissões temporárias ou permanentes (de
COLETIVAS
ATRIBUIÇÕES DO ESTADO ministérios ou
Promoção da satisfação das necessidades
ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO ESTADO interministeriais)
coletivas, designadamente através do
(correspondem aos grandes objetivos ÓRGÃOS DO ESTADO INDEPENDENTES
desenvolvimento económico, social e cultural do
constitucionais e legais que o Estado se propõe Provedor de Justiça (Art.º 23.º CRP)
país – al. g)
alcançar) Conselho Económico e Social (Art.º 92.º CRP) O GOVERNO, ENQUANTO ÓRGÃO PRINCIPAL DA
Atribuições de soberania, incluindo defesa Entidade Reguladora para a Comunicação Social
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PORTUGUESA
nacional, relações externas, polícia, prisões, e (Art.º 39.ºCRP)
DIRIGE A ADMINISTRAÇÃO DIRETA DO ESTADO
outras Comissão Nacional de Eleições
SUPERINTENDE E TUTELA A ADMINISTRAÇÃO
Atribuições económicas, incluindo as relativas à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos
INDIRETA DO ESTADO
moeda, ao crédito, ao imposto, ao comércio Comissão Nacional de Proteção de Dados
TUTELA A ADMINISTRAÇÃO AUTÓNOMA
externo, aos preços, e à produção nos diversos Outros órgãos semelhantes: ANACOM, ERSE, ERS,
(entidades não pertencentes ao Estado)
sectores produtivos, tais como a agricultura, o CMVM, etc.
COMPETÊNCIA “NORMAL” DOS GOVERNOS
comércio, a indústria, a pesca, os transportes, GOVERNO :é o principal órgão permanente e
VS.
as telecomunicações, etc. direto do Estado, com caráter administrativo
COMPETÊNCIA LIMITADA DOS GOVERNOS DE
Atribuições sociais, incluindo a saúde, a GOVERNO COMO ÓRGÃO
GESTÃO (Art.º 186.º/5 CRP)
segurança social, a habitação, o urbanismo, o POLÍTICO
MODOS DE EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA
ambiente, a proteção do trabalho, etc. LEGISLATIVO
GOVERNAMENTAL
Atribuições educativas e culturais, incluindo o ADMINISTRATIVO
FORMA COLEGIAL – CONSELHO DE MINISTROS
ensino, a investigação científica, o fomento do A FUNÇÃO DOS GOVERNOS EM DITADURA (+
– Art.º 184.º e Art.º 200.º CRP
desporto, da cultura, das artes, etc. administrativa ) OU EM DEMOCRACIA (+ política)
(soluções adotadas por consenso ou por
ATRIBUIÇÕES AUXILIARES (“funções logísticas”) Idem, nos vários modelos de regime democrático
maioria)
(são instrumentais relativamente às anteriores) (PRESIDENCIALISTA, PARLAMENTAR E
EXERCÍCIO INDIVIDUAL – PELOS VÁRIOS
Gestão do pessoal (recursos humanos) SEMIPRESIDENCIALISTA)
MEMBROS DO GOVERNO – Art.º 201.º CRP
Gestão do material PRINCIPAIS FUNÇÕES DO GOVERNO
(Primeiro-Ministro, Ministros, Secretários de
Gestão financeira Quais são os poderes funcionais que a
Estado ou Subsecretários de Estado)
Funções jurídicas e de contencioso Constituição e as leis conferem ao Governo,
ESTRUTURA DO GOVERNO
Funções de arquivo e documentação enquanto órgão da Administração?
Art.º 183.º CRP
ATRIBUIÇÕES DE COMANDO Artigo 182.° CRP
PRIMEIRO-MINISTRO
(visam a preparação e acompanhamento das “o Governo é o órgão de condução da política
Art.º 201.º CRP
decisões dos dirigentes) geral do país e o órgão superior da administração
Funções
Estudos e planeamento pública”
Administrativas: - De chefia
Previsão Revendo a CRP…
- De gestão
Organização Artigo 197.° - competência política do Governo
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE CHEFIA
Controlo Artigo 198.° - a competência legislativa
Dirige o funcionamento do Governo e coordena e MINISTROS - Competências 2- coordena e orienta a ação dos Ministros
orienta a ação de cada um dos Ministros Preside Fazer regulamentos administrativos no âmbito da MODALIDADES DE COORDENAÇÃO MINISTERIAL
ao Conselho de Ministros (por isso é que por atuação do seu ministério Coordenação por acordo entre serviços dos
vezes o chefe do governo se denomina “Presidente Nomear, exonerar e promover o pessoal que diferentes ministérios
do Conselho de Ministros” trabalha no seu ministério Coordenação por comissões interministeriais
Referenda os decretos regulamentares (quanto aos Exercer os poderes de superior hierárquico sobre Coordenação por acordo entre os Ministros em
decretos-leis, não fazem parte da função todo o pessoal do seu ministério causa
administrativa) Exercer poderes de superintendência ou de tutela Coordenação por um Vice-Primeiro-Ministro,
Intervém pessoalmente na nomeação de sobre as instituições dependentes do seu Ministro de Estado ou equivalente
certos altos funcionários do Estado ministério ou por ele fiscalizadas Coordenação pelo Primeiro-Ministro
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE GESTÃO Assinar em nome do Estado os contratos celebrados Coordenação pelo Conselho de Ministros
Administra ou gere os serviços próprios da com particulares ou outras entidades, quando Coordenação por Conselhos de Ministros
Presidência do Conselho (a Presidência do versem sobre matéria das atribuições do seu especializados Síntese
Conselho é um departamento com numerosos serviços ministério Por acordo os órgãos ou serviços normalmente
públicos) Em geral, resolver todos os casos concretos que, competentes
Orienta as diferentes Secretarias de Estado que por lei, devam correr por qualquer dos serviços Por intervenção de uma entidade individual para
estejam integradas na Presidência do Conselho que pertençam ao seu ministério tanto habilitada
Tradicionalmente, o Primeiro-Ministro ocupa-se em SECRETÁRIOS DE ESTADO (ESTATUTO JURÍDICO) Não Por intervenção superior de um órgão colegial
especial de determinados assuntos administrativos participam das funções política e legislativa CONSELHO DE MINISTROS
Direção da função pública (a organização do Não participam, em regra, no Conselho de Órgão colegial constituído pela reunião de todos
Estado e do funcionalismo público são problemas Ministros, salvo em substituição do Ministro os Ministros (e Vice-Primeiros-Ministros, se os
que, em regra, estão colocados diretamente sob as respetivo, mas podem participar nos Conselhos houver)
ordens do Primeiro-Ministro, bem como a especializados Sob a presidência do Primeiro-Ministro
administração financeira do Estado e, em Só exercem competência administrativa delegada, Competindo ao PM desempenhar as funções
especial, a elaboração e execução do Orçamento) sob a orientação direta dos respetivos Ministros políticas e administrativas que a Constituição ou
VICE-PRIMEIRO-MINISTRO Não são hierarquicamente subordinados aos a lei atribuam colectivamente ao Governo
Ver Art.º 183.º/2 e 184.º/1 CRP Ministros, mas estão sujeitos à supremacia Art.º 200.°/1 CRP
MINISTROS, SECRETÁRIOS DE ESTADO E política destes (a sua competência é maior ou CONSELHOS DE MINISTROS ESPECIALIZADOS
SUBSECRETÁRIOS DE ESTADO(relação de menor conforme o âmbito da delegação recebida, Órgãos secundários e auxiliares do Conselho de
supremacia ou subordinação política ≠ hierarquia mas não podem nunca revogar, modificar ou Ministros, formados por alguns membros deste, e
em sentido jurídico) suspender os atos dos Ministros) que funcionam como secções do Conselho de
RAZÕES DA DIFERENCIAÇÃO DE CATEGORIAS SUBSECRETÁRIOS DE ESTADO Ministros
DENTRO DO GOVERNO Categoria protocolar menos elevada que os Exemplos: “Conselho de Ministros para os
Complexidade e acréscimo de funções do Estado Secretários de Estado Assuntos Económicos” ou “Conselho de Ministros
moderno, o que sobrecarrega excessivamente os Em regra, não despacham com o respetivo Ministro para os Assuntos Comunitários”
Ministros, a ponto de ser necessário fornecer- Normalmente, não substituem os Ministros Art.º 200.°/2 CRP
lhes auxiliares nas suas funções Tendência para serem em número muito reduzido ou Funções
Propensão centralizadora do nosso sistema e dos mesmo inexistentes - preparar as reuniões do CM
governantes, que tendem a chamar tudo a si e por FUNCIONAMENTO DO GOVERNO - tomar decisões em nome do CM
isso não têm tempo de tudo estudar e de tudo O Governo é constituído, nomeado e, a seguir à - executar as decisões do CM ou controlar a sua
decidir Necessidade de libertar do despacho tomada de posse, tem de elaborar o seu programa - execução
corrente os Ministros para que estes se possam o Programa do Governo (Art.º 187.º e Art.º 188.º DELEGAÇÃO DE PODERES – FIGURAS AFINS
dedicar, sobretudo, às suas funções políticas e CRP) TRANSFERÊNCIA LEGAL DE COMPETÊNCIA
de alta administração Apresenta o Programa do Governo à Assembleia da Forma de desconcentração originária, que se
MINISTROS República para debate e eventual votação (Art.º produz ope legis, enquanto a delegação de poderes
Membros do Governo que participam no Conselho de 192.º CRP) adoção do Programa do Governo é uma desconcentração derivada, resultante de um
Ministros e exercem funções políticas e O Conselho de Ministros define as linhas gerais ato do delegante (em conjugação com a lei)
administrativas da política governamental [Art.º 200.°/1, al. a) É definitiva, até que uma lei, porventura,
Princípio de organização do Governo, o princípio CRP], e da sua execução disponha em sentido contrário, enquanto a
da igualdade dos Ministros, segundo o qual todos O Primeiro-Ministro exerce, em relação ao delegação de poderes é precária, pois é
os Ministros são iguais entre si, em categoria funcionamento do Governo, duas funções livremente revogável pelo delegante
oficial e em estatuto jurídico importantes:
Ver Artigo 201.º/2 CRP 1 - dirige o funcionamento do Governo
Administração
CONCESSÃO Não é o órgão impedido, ausente ou vago que chama Indireta
Em Direito Administrativo, tem de semelhante com o suplente a desempenhar funções: o início destas
a delegação de poderes a circunstância de ser um dá-se automaticamente, ope legis
ato transitivo e de duração em regra limitada Na suplência há um só órgão, que passa a ter novo
Difere dela na medida em que tem por titular, ainda que provisório
destinatário, em regra, uma entidade privada, ao Art.º 42.° CPA Institutos Entidades
passo que a delegação de poderes é dada a um DELEGAÇÃO DE ASSINATURA Públicos públicas
órgão ou agente da Administração Por vezes a lei permite que certos órgãos da Empresariais
A concessão destina-se a entregar a empresas o Administração incumbam um funcionário
exercício de uma atividade económica lucrativa, subalterno de assinar a correspondência expedida
que será gerida por conta e risco do em nome daqueles (a fim de os aliviar do excesso Integram o Integram o
concessionário enquanto na delegação de de trabalho não criativo que de outra maneira os setor público setor público
poderes o delegado passa a exercer uma sobrecarregaria) Administrativo Empresarial
competência puramente administrativa Não há delegação de poderes, porquanto quem
DELEGAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS toma as decisões é o superior, cabendo ao
Também tem em vista transferir para entidades subalterno apenas assinar a correspondência
particulares, embora sem fins lucrativos, a DELEGAÇÃO TÁCITA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRETA (em sentido
gestão global de um serviço público de carácter Por vezes, a lei, depois de definir a competência material ou objetivo)
social ou cultural De um certo órgão, determina que essa Atividade administrativa do Estado realizada,
Não é esse o objeto nem o alcance da delegação competência, ou parte dela, se considerará para a prossecução dos fins deste, por entidades
de poderes delegada noutro órgão, se e enquanto o primeiro públicas dotadas de personalidade jurídica
REPRESENTAÇÃO nada disser em contrário própria e de autonomia administrativa ou
Os atos que o representante pratica são HABILITAÇÃO administrativa e financeira
realizados em nome do representado e os Genérica ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRETA(em sentido
respetivos efeitos jurídicos vão-se produzir na A lei permite que certos órgãos deleguem, sempre orgânico ou subjetivo
esfera jurídica deste que quiserem, alguns dos seus poderes em Conjunto das entidades públicas que
Na delegação de poderes, o delegado determinados outros órgãos (v. Art.º 44.º/3 e 4 desenvolvem, com personalidade jurídica própria
exerce a competência delegada em nome próprio CPA) e autonomia administrativa, ou administrativa e
Os atos que se praticam ao abrigo da delegação Específica financeira, uma atividade administrativa
persistem sempre como atos seus e os respetivos Restantes casos destinada à realização de fins do Estado
efeitos inserem-se na esfera jurídica da pessoa ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRETA
coletiva pública a que o delegado pertence Ampla (≠ total) ou restritaEspecífica (caduca Caracterização: aspetos materiais
O delegado não é um representante do delegante, é com a prática do ato delegado) ou genérica Forma de atividade administrativa
um órgão da pessoa coletiva de que faz parte Hierárquica (mais frequente) ou não hierárquica Realização de fins do Estado
SUBSTITUIÇÃO Delegação propriamente dita ou subdelegação de Transferência de uma atividade do Estado para
Quando a lei permite que uma entidade exerça poderes (delegação de poderes delegados) outras entidades públicas (devolução de poderes)
poderes ou pratique atos que pertencem à esfera REQUISITOS DO ATO DE DELEGAÇÃO Essa atividade é exercida, por essas entidades,
jurídica própria de uma entidade distinta, de Conteúdo no interesse do Estado, mas em nome próprio (atos
forma a que as consequências jurídicas do ato - Art.º 47.º/1 CPA – especificação de poderes praticados, património, pessoal, etc.)
recaiam na esfera do substituído (caso, por - Requisito de validade – ato inválido Sujeição aos poderes de superintendência e de
exemplo, da chamada “tutela substitutiva”), Publicação tutela governamental (v. Art.º 199.º, al. d) –
quando este não exerce os seus deveres funcionais - Art.º 47.º/2 CPA CRP)
Na delegação de poderes, o delegante não invade a - Requisito de eficácia – ato ineficaz ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRETA
esfera própria do delegado, nem este invade a PODERES DO DELEGANTE (Art.º 49.º CPA) Caracterização: aspetos orgânicos
competência daquele REQUISITOS DOS ATOS PRATICADOS POR Conjunto de entidades públicas distintas do
Art.º 43.° CPA DELEGAÇÃO (Art.º 48.º CPA) Estado (com personalidade jurídica própria)
SUPLÊNCIA EXTINÇÃO DA DELEGAÇÃO (Art.º 50.º CPA) A decisão de criação dessas entidades cabe ao
 Quando o titular de um órgão administrativo não REGIME JURÍDICO DA SUBDELEGAÇÃO (Art.º 46.º Estado, nos termos da lei (Lei n.º 3/2004, de
pode exercer o seu cargo, por “ausência, falta ou CPA) 15/01 – institutos públicos; Decreto-Lei n.º
impedimento”, ou por vacatura do cargo, a lei ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRETA 133/2013, de 3 de outubro – entidades públicas
manda que as respetivas funções sejam INSTITUTOS PÚBLICOS empresariais)
asseguradas, transitoriamente, por um suplente EMPRESAS PÚBLICAS Financiamento total ou parcial por parte do
Estado
Autonomia administrativa e (em regra) INSTITUTOS - FUNDAÇÕES PÚBLICAS
financeira, em grau variável PÚBLICOS (idem) O SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO (SEE) ABRANGE
(espécies) EMPRESAS PÚBLICAS SOB FORMA PRIVADA (SOCIEDADES
ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL INDIRETA - ESTABELECIMENTOS CONTROLADAS PELO ESTADO)  Art.º 5/1
(espécies de organismos ou entidades que a PÚBLICOS EMPRESAS PÚBLICAS SOB FORMA PÚBLICA – ENTIDADES
integram) (ex.: universidades) PÚBLICAS EMPRESARIAIS (PESSOAS COLETIVAS
Os Institutos Públicos PÚBLICAS)
LEI QUADRO DOS INSTITUTOS PÚBLICOS Art.º 5/2 e Art.º 56.º ss.
(Lei 3/2004, de 15/01 – versão atualizada) EMPRESAS PRIVADAS PARTICIPADAS PELO ESTADO (NÃO
Governo Objeto SÃO EMPRESAS PÚBLICAS, MAS INTEGRAM IGUALMENTE O
(199º CRP) Âmbito de aplicação SEE) Art.º 7.º
Tipologia A EMPRESA PÚBLICA COMO EMPRESA
Conceito A EMPRESA PÚBLICA COMO ENTIDADE SUJEITA A
Princípios de gestão CONTROLO PÚBLICO
Dirige a Superintende a Tutela a adm. Fins - Maioria de capitais públicos
adm. direta adm. indireta autónoma Formas de criação ou
EMPRESAS PÚBLICAS - direitos especiais de controlo (influência
REGIME JURÍDICO DO SECTOR PÚBLICO dominante)
Emissão de Revisão, Tutela de EMPRESARIAL MOTIVOS (POLÍTICOS E ECONÓMICOS;
ordens e confirmação legalidade DECRETO-LEI N.º 133/2013, DE 3 DE OUTUBRO ADMINISTRATIVOS
instruções e revogação EMPRESAS PÚBLICAS E FINANCEIROS) DE CRIAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS
ORGANIZAÇÕES ECONÓMICAS DE FIM LUCRATIVO, - Domínio de posições-chave na economia
CRIADAS E CONTROLADAS POR ENTIDADES - Modernização e eficiência da Administração
JURÍDICAS PÚBLICAS - Aplicação de uma sanção política
SECTOR PÚBLICO EMPRESARIAL (SPE) - Execução de um programa ideológico
- INSTITUTOS PÚBLICOS - Necessidade de um monopólio
ESTADUAIS (administração - Outros motivos
estadual indireta) ESPÉCIES DE EMPRESAS PÚBLICAS
INSTITUTOS - INSTITUTOS PÚBLICOS QUANTO À TITULARIDADE (estaduais, regionais ou
PÚBLICOS REGIONAIS (administração Setor Empresas Empresas em locais)
regional indireta) empresarial públicas que o Estado QUANTO À NATUREZA JURÍDICA
do Estado exerce uma (regra: com personalidade jurídica; exceção: sem
- INSTITUTOS PÚBLICOS personalidade jurídica – ex.; certos serviços
influência
MUNICIPAIS (administração Empresas autónomos do Estado ou os serviços
municipal indireta) dominante
Participadas municipalizados)
S QUANTO À FORMA(pessoas coletivas públicas ou
INSTITUTOS PÚBLICOS (definição) EPEs privadas)
Pessoa coletiva pública, de tipo institucional, P Setor …dos municípios QUANTO AO OBJETO (tenham ou não por objeto um
criada para assegurar o desempenho de empresarial serviço público ou um serviço de interesse
determinadas funções administrativas de E local económico geral; v. Art.º 48.º e Art.º 55.º do
carácter não empresarial, pertencentes ao Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3/10)
Estado ou a outra pessoa coletiva pública DECRETO-LEI N.º 133/2013, DE 3/10
(≠ fundos e serviços autónomos – administração …das associações
Objeto
estadual direta; ≠ institutos de utilidade Setor de municípios SPE
pública – pessoas coletivas empresarial Empresas públicas
privadas) regional Influência dominante
INSTITUTOS PÚBLICOS(natureza jurídica) …das áreas Sectores empresariais regionais e locais
Substrato institucional autónomo metropolitanas Formas jurídicas
Diferente do Estado ou dele destacado Regime jurídico
Dotado por lei de personalidade jurídica Entidades públicas empresariais (Art.º 56.º
- SERVIÇOS ss.)
PERSONALIZADOS (Art.º EMPRESAS PÚBLICAS LOCAIS
3.º/1 e 2 LQIP) (MUNICIPAIS E OUTRAS)
REGIME JURÍDICO PRÓPRIO organismos dependentes (≠ organismos ou empresas  caso de institutos e empresas
Lei n.º 50/2012, de 31/08 independentes: ex. autarquias locais) públicas)
(Regime jurídico da atividade empresarial local e Autonomia administrativa e, frequentemente, ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS(definição)
das participações locais) autonomia financeira PESSOAS COLETIVAS PÚBLICAS, DE TIPO
Cfr. Art.º 62.º ss. do DL n.º 133/2013 (≠ autoadministração) ASSOCIATIVO, DESTINADAS A ASSEGURAR
SISTEMAS DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Sujeição à TUTELA ADMINISTRATIVA (controlo) AUTONOMAMENTE A PROSSECUÇÃO DE
Concentração e desconcentração de poderes Conjunto dos poderes de intervenção de uma pessoa DETERMINADOS INTERESSES PÚBLICOS
(Administração estadual direta – administração coletiva pública (entidade tutelar) na gestão de PERTENCENTES A UM GRUPO DE PESSOAS QUE
central versus administração periférica) – Art.º outra pessoa coletiva (entidade tutelada), a fim SE ORGANIZAM PARA ESSE FIM
267.º/2 CRP de assegurar a legalidade ou o mérito da sua ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS(espécies)
Integração e devolução de poderes (Administração atuação ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS DE ENTIDADES PÚBLICAS
estadual indireta – institutos públicos e Sujeição à SUPERINTENDÊNCIA (orientação) (ex.: comunidades intermunicipais – crf. Art.º
empresas públicas) Poder conferido ao Estado, ou a outra pessoa 63.º da Lei n.º 75/2013, de 12/09)
Centralização e descentralização administrativa coletiva de fins múltiplos, de definir os ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS DE ENTIDADES PRIVADAS (ex.:
Autarquias locais e associações públicas) objetivos e guiar a atuação das pessoas coletivas ordens e câmaras profissionais, associações de
INTEGRAÇÃO DE PODERES públicas de fins singulares colocadas por lei na regantes, academias científicas, etc.)
Sistema em que todos os interesses públicos a sua dependência (poder mais amplo, mais intenso e Lei N.º 2/2013, de 10.01 (Regime jurídico
prosseguir pelo Estado, ou pelas pessoas mais forte do que a tutela administrativa; das associações públicas profissionais)
coletivas de população e território, são postos diferente também do poder de direção: ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS DE CARÁCTER MISTO (ex.:
por lei a cargo das próprias pessoas coletivas a administração direta; relação hierárquica; ordens centros de formação profissional de gestão
que pertencem ou instruções, dever de obediência) partilhada)
DEVOLUÇÃO (transmissão ou transferência; ≠ v. Art.º 199.º, al. d) CRP ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS(figuras afins)
regresso ou retorno) DE PODERES Sujeição à SUPERINTENDÊNCIA, incluindo: Não são pessoas coletivas de direito público (ou
Sistema em que todos ou alguns interesses - Diretivas (orientações genéricas, que não têm natureza associativa ou nem sequer
públicos do Estado, ou de pessoas coletivas de definem imperativamente os objetivos a cumprir possuem personalidade jurídica)
população e território, são postos por lei a pelos seus destinatário, mas que lhes deixam a ANMP, ANAFRE, partidos políticos, igrejas e
cargo de pessoas coletivas de fins singulares liberdade de decisão quanto aos meios a utilizar outras comunidades religiosas,
VANTAGENS E INCONVENIENTES DA DEVOLUÇÃO e às formas a adotar para atingir esses sindicatos, CVP, federações desportivas, IPSS,
DE PODERES objetivos; ≠ ordens – comandos concretos, etc..
VANTAGENS específicos e determinados, que impõem a AUTARQUIAS LOCAIS
Eficiência na gestão necessidade de adotar imediata e completamente Pessoas coletivas públicas de população e
Descongestionamento da pessoa colectiva uma certa conduta) território, correspondentes aos agregados de
principal - Recomendações (conselhos emitidos sem a força residentes em diversas circunscrições do
Desburocratização de qualquer sanção em caso de incumprimento) território nacional e que asseguram a
DESVANTAGENS ADMINISTRAÇÃO AUTÓNOMA prossecução dos interesses comuns resultantes
Proliferação de centros de decisão autónomos Prossegue interesse públicos próprios das da vizinhança mediante órgãos
Menor controlo global a nível financeiro e pessoas que a constituem e por isso se dirige próprios,representativos dos respetivos
Patrimonial a si mesma (autoadministração), definindo habitantes
Desagregação e pulverização do poder com independência a orientação das suas v. Art.º 235.º/2 CRP
Necessidade de redução, quando excessivo, do atividades, sem sujeição a hierarquia ou a AUTARQUIAS LOCAIS(elementos essenciais)
número de institutos públicos e de empresas superintendência do Governo [apenas sujeita TERRITÓRIO
públicas ao poder de tutela  Art.º 199.º, al. d) “in AGREGADO POPULACIONAL
DEVOLUÇÃO DE PODERES(regime jurídico) fine”, CRP; cfr. ex. Art.º 242.º CRP] INTERESSES COMUNS
Efetuada por lei ADMINISTRAÇÃO AUTÓNOMA(entidades que a compõem) ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS
Os poderes transferidos são exercidos em nome Pessoas coletivas de população e território AUTARQUIAS LOCAIS (conceito básicos associados)
próprio pela pessoa coletiva pública criada AUTARQUIAS LOCAIS DESCENTRALIZAÇÃO(em sentido jurídico-político)
No interesse da pessoa coletiva que os REGIÕES AUTÓNOMAS(caso especial descentralização AUTOADMINISTRAÇÃO(≠autogoverno das regiões
transferiu e sob a orientação dos órgãos desta política, com transferência de poderes autónomas)
As pessoas coletivas públicas que recebem legislativos) PODER LOCAL (princípio da autonomia local: v.
devolução de poderes são entes auxiliares ou Pessoas coletivas de tipo associativo CRP – Art.º 235.º - 265.º; Carta Europeia da
instrumentais, ao serviço da pessoa coletiva de ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS(substrato humano destas Autonomia Local de 1985)
fins múltiplos que as criou, sendo, por isso, entidades ≠ substratos materiais/organizações de AUTARQUIAS LOCAIS(espécies ou categorias)
meios – serviços, patrimónios, estabelecimentos MUNICÍPIO
FREGUESIA (autarquia inframunicipal) ASSEMBLEIA DE FREGUESIA (órgão deliberativo ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS (das populações
REGIÃO ADMINISTRATIVA (autarquia e representativo dos habitantes) locais, que os elege democraticamente) - Art.º
supramunicipal) JUNTA DE FREGUESIA (órgão executivo) 235.º/2 CRP
v. Art.º 236.º CRP ASSEMBLEIA DE FREGUESIA (funções principais) ÓRGÃOS DELIBERATIVOS (tomam as grandes
AUTARQUIAS LOCAIS FUNÇÃO ELEITORAL (compete à AF eleger a JF) decisões de fundo; órgãos colegiais amplos, tipo
Regime jurídico fundamental (fontes) FUNÇÃO DE FISCALIZAÇÃO (AF acompanha a assembleia) VS. ÓRGÃOS EXECUTIVOS (aplicam
CONSTITUIÇÃO (Título VIII da Parte III – Art.º atividade da junta, controlando e superintendendo essas orientações; gestão corrente; órgãos
235.º e ss.) o seu funcionamento) colegiais restritos ou órgãos singulares) – Art.º
LEI N.º 75/2013, DE 12/09 (REGIME JURÍDICO DAS FUNÇÃO DE ORIENTAÇÃO GERAL (discussão e 239.º CRP
AUTARQUIAS LOCAIS, DAS ENTIDADES INTERMUNICIPAIS aprovação de orçamento, contas, regulamentos, ASSEMBLEIA MUNICIPAL (órgão
E DO ASSOCIATIVISMO AUTÁRQUICO) etc) deliberativo
LEI N.º 169/99, de 18/09 (ESTABELECE O QUADRO DE FUNÇÃO DECISÓRIA (em assuntos que a lei municipal – parlamento municipal)
COMPETÊNCIAS, ASSIM COMO O REGIME JURÍDICO DE considera mais relevantes) CÂMARA MUNICIPAL (órgão colegial de tipo
FUNCIONAMENTO, DOS ÓRGÃOS DOS MUNICÍPIOS E DAS JUNTA DE FREGUESIA(funções principais) executivo a quem está atribuída a gestão
FREGUESIAS)  apenas as normas não revogadas pela FUNÇÃO EXECUTIVA (execução das deliberações da permanente dos assuntos municipais)
nova lei AF, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
LEI N.º 73/2013, DE 3/09 (REGIME das leis, dos regulamentos e dos planos) ASSEMBLEIA MUNICIPAL (funções principais )
FINANCEIRO DAS AUTARQUIAS LOCAIS E DAS ENTIDADES FUNÇÃO DE ESTUDO E DE PROPOSTA (problemas da FUNÇÃO DE ORIENTAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
INTERMUNICIPAIS) freguesia e soluções para os mesmos) (aprovação do plano e orçamento anuais)
LEI Nº 27/96, DE 1/08 (REGIME JURÍDICO DA TUTELA FUNÇÃO DE GESTÃO (gestão regular de bens, FUNÇÃO DE FISCALIZAÇÃO (da CM)
ADMINISTRATIVA) serviços, FUNÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO (aprovação de
Outra legislação (p. ex., lei eleitoral para as pessoal, finanças e obras da freguesia) regulamentos municipais)
autarquias) FUNÇÃO DE FOMENTO (apoio a iniciativas socias, FUNÇÃO TRIBUTÁRIA (taxas e impostos)
Legislação recente sobre reorganização culturais, desportivas, etc., para o FUNÇÃO DE DECISÃO SUPERIOR(urbanismo, património,
autárquica desenvolvimento da etc.)
- Lei n.º 22/ 2012, de 30/05 (Reorganização freguesia) CÂMARA MUNICIPAL(funções principais)
territorial autárquica) FUNÇÃO DE COLABORAÇÃO (em geral e, em especial, FUNÇÃO PREPARATÓRIA E EXECUTIVA
- Lei n.º 56/2012, de 08/11 (Reorganização no âmbito do ordenamento e urbanismo) FUNÇÃO CONSULTIVA
administrativa de MUNICÍPIO(definição) FUNÇÃO DE GESTÃO
Lisboa) Autarquia local que visa a prossecução de FUNÇÃO DE FOMENTO
AUTARQUIAS LOCAIS interesses próprios da população residente em FUNÇÃO DE DECISÃO (atos administrativos:
Regime jurídico fundamental (traços gerais - cada circunscrição concelhia, mediante órgãos Licenças, autorizações, adjudicações, etc.;
CRP) representativos por ela eleitos contratos administrativos; regulamentos/posturas
Divisão do território (Art.º 236.º/4) MUNICÍPIO(importância prática) municipais na sua área de competência)
Descentralização (Art.º 237.º) Internacional PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL (funções
Património e finanças locais (Art.º 238.º/1) Histórica principais)
Correção das desigualdades (Art.º 238.º/2) Política FUNÇÃO PRESIDENCIAL
Órgãos dirigentes (Art.º 239.º/1 e 2) Económica FUNÇÃO EXECUTIVA (execução das deliberações
Referendo local (Art.º 240.º) Administrativa da CM)
Poder regulamentar (Art.º 241.º) Financeira FUNÇÃO DECISÓRIA (direção e coordenação dos
Tutela administrativa (Art.º 242.º) Jurídica serviços municipais; superior hierárquico dos
Pessoal (Art.º 243.º/1 e 2) Doutrinária funcionários do município)
Apoio do Estado (Art.º 243.º/3) TRANSFERÊNCIA DE ATRIBUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FUNÇÃO INTERLOCUTÓRIA (informação dos
Reserva de lei em matéria de autarquias locais CENTRAL PARA AS AUTARQUIAS vereadores e da AM)
(reserva absoluta: Art.º 164.º, als. b, l, m, n e TÍTULO IV (ART.º 111.º SS.) DA LEI N.º 75/2013, + COMPETÊNCIAS DELEGADAS
r; reserva relativa: Art.º DE 12/09 (REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS SERVIÇOS MUNICIPAIS
165.º, als. q, r e aa). LOCAIS, DAS ENTIDADES INTERMUNICIPAIS E DO Serviços do município que, não dispondo de
FREGUESIAS(definição) ASSOCIATIVISMO AUTÁRQUICO) autonomia, são diretamente geridos pelos órgãos
Autarquias locais que, dentro do território A descentralização administrativa concretiza-se principais do município (em geral, pela CM) -
municipal, visam a prossecução de interesses através da transferência por via legislativa de sentido estrito
próprios da população residente em cada competências de órgãos do Estado para órgãos das Em sentido amplo, abrangem os serviços
circunscrição paroquial autarquias locais e das entidades intermunicipais municipalizados (“Os serviços municipalizados
FREGUESIAS(órgãos) MUNICÍPIO(órgãos) integram a estrutura organizacional do
município.” – Art.º 8.º/2 da Lei n.º 50/2012, de ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DIRETA PESSOAS COLETIVAS PRIVADAS (ENTIDADES
31/08 (Regime jurídico da atividade empresarial E ADMINISTRAÇÃO REGIONAL INDIRETA PARTICULARES)  perspetiva orgânica ou subjetiva
local) REGIÕES AUTÓNOMAS DESEMPENHAM TANTO ACTIVIDADES DE GESTÃO PRIVADA
REGIÕES ADMINISTRATIVAS(definição) (relações entre o Estado e as Regiões Autónomas) COMO ACTIVIDADES ADMINISTRATIVA DE GESTÃO PÚBLICA
Autarquias locais supramunicipais que visam a NÃO SUJEIÇÃO AO PODER DE TUTELA ADMINISTRATIVA DO  perspetiva material ou objetiva
prossecução daqueles interesses próprios das ESTADO REGIME JURÍDICO MISTO DE DIREITO PRIVADO E
respetivas populações que a lei considere serem A COOPERAÇÃO PREVISTA NO ART.º 229.º/4 CRP E
DE DIREITO ADMINISTRATIVO  ótica do direito
mais bem geridos em áreas intermédias entre o OS “MECANISMOS DE FISCALIZAÇÃO APLICÁVEIS”
aplicável
escalão nacional e o escalão municipal(≠ regiões OS PODERES DE SUPERVISÃO DO GOVERNO DA
INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE INTERESSE PÚBLICO
autónomas; v. Art.º 257.º e Art.º 258.º REPÚBLICA SOBRE O CUMPRIMENTO PELAS
(espécies)
CRP) REGIÕES AUTÓNOMAS DE LEIS APLICÁVEIS EM
SOCIEDADES DE INTERESSE COLETIVO (empresas
REGIÕES ADMINISTRATIVAS (órgãos – Art.º 259.º TODO O TERRITÓRIO NACIONAL (COMPETÊNCIA
privadas, de fim lucrativo, que por exercerem
CRP) LEGISLATIVA RESERVADA DOS ÓRGÃOS DE
poderes públicos ou estarem submetidas a uma
Assembleia Regional SOBERANIA)
fiscalização especial da AP, ficam sujeitas a um
Junta Regional FORMAS DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
regime específico de DA; exs.: concessionárias,
REGIÕES AUTÓNOMAS - AÇORES E MADEIRA Concentração e desconcentração de poderes
sociedades de economia mista –com participação
Pessoas coletivas de direito público, de (Administração estadual direta – administração
minoritária do Estado, etc.)
população e território, que pela CRP dispõem de central versus administração periférica) – Art.º
PESSOAS COLETIVAS DE UTILIDADE PÚBLICA
um estatuto político-administrativo privativo e 267.º/2 CRP
(associações e fundações de direito privado que
de órgãos de governo próprio democraticamente Integração e devolução de poderes
prossigam fins não lucrativos de interesse geral,
legitimados, com competências legislativas e (Administração estadual indireta – institutos
cooperando com a AP central ou local, merecendo
administrativas, para a prossecução dos seus fins públicos e empresas públicas)
desta a declaração de “utilidade pública”; exs.
específicos v. CRP Art.º 6.º e Art.º 225.º Centralização e descentralização administrativa
IPSS, misericórdias, associações de bombeiros
(fundamentos, fins e limites da (Autarquias locais e associações públicas)
voluntários, associações desportivas, etc.)
autonomia regional) CENTRALIZAÇÃO
PESSOAS COLETIVAS PÚBLICAS
REGIÕES AUTÓNOMAS(algumas considerações gerais) Sistema em que todas as atribuições
Pessoas coletivas criadas por iniciativa pública,
Formas de Estado administrativas de um dado país são por lei
para assegurar a prossecução necessária de
- Estados compostos ou complexos (Estados conferidas ao Estado
interesses públicos e, por isso, dotadas em nome
federais) DESCENTRALIZAÇÃO
próprio de poderes e deveres públicos
- Estados simples ou unitários Sistema em que a função administrativa esteja
Estado, institutos públicos, empresas públicas
Portugal como Estado unitário regional confiada não apenas ao Estado, mas também a
(EPE), associações públicas, autarquias locais e
Figuras afins (regiões autónomas ≠ estados outras pessoas coletivas territoriais
regiões autónomas
federados; ≠ regiões administrativas; ≠ regiões TUTELA ADMINISTRATIVA
PESSOAS COLETIVAS PÚBLICAS (órgãos)
CCDR; ≠ associações intermunicipais) Conjunto de poderes de intervenção de uma pessoa
ÓRGÃOS SINGULARES E COLEGIAIS (v. Art.os 20.º-
Evolução histórica – a CRP/1976 coletiva pública na gestão de outra pessoa
35.º CPA)
REGIÕES AUTÓNOMAS(sistema de governo regional) coletiva, a fim de assegurar a legalidade ou o
ÓRGÃOS CENTRAIS E LOCAIS
ÓRGÃOS DE GOVERNO PRÓPRIO (Art.º 231.º CRP) mérito da sua atuação
ÓRGÃOS PRIMÁRIOS (competência própria),
- Assembleia Legislativa Cfr. LEI Nº 27/96, DE 1 DE AGOSTO (REGIME
ÓRGÃOS SECUNDÁRIOS (competências delegadas) E
- Governo Regional JURÍDICO DA TUTELA
ÓRGÃOS VICÁRIOS (em substituição)
REPRESENTANTE DA REPÚBLICA (Art.º 230.º ADMINISTRATIVA)
ÓRGÃOS REPRESENTATIVOS(eleitos)E NÃO
CRP) O Direito Administrativo regula não apenas as
REPRESENTATIVOS
Sistema de tipo parlamentar, com particularidades entidades públicas, mas também, em certa medida,
ÓRGÃOS ACTIVOS (DECISÓRIOS E EXECUTIVOS),
decorrentes da integração num Estado unitário algumas categorias de entidades privadas que
CONSULTIVOS E DE CONTROLO
(ex.: poderes de intervenção do Presidente da prosseguem fins considerados de interesse público
ÓRGÃOS PERMANENTES E TEMPORÁRIOS
República – v. Art.º 133.º, als. b e j,CRP) INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE INTERESSE
ÓRGÃOS SIMPLES (singulares ou colegiais) E
ENQUADRAMENTO CONSTITUCIONAL DAS PÚBLICO
COMPLEXOS (ex.: Governo)
AUTONOMIAS REGIONAIS (Art.º 225.º - Art.º 234.º) PESSOAS COLETIVAS PRIVADAS QUE, POR PROSSEGUIREM
PESSOAS COLETIVAS PÚBLICAS(atribuições e
OS ESTATUTOS POLÍTICO-ADMINISTRATIVOS FINS DE INTERESSE PÚBLICO, TÊM O DEVER DE
competência)
DAS REGIÕES AUTÓNOMAS COOPERAR COM A AP E FICAM SUJEITAS, EM PARTE, A
ATRIBUIÇÕES – FINS OU INTERESSES QUE A LEI
OS GOVERNOS REGIONAIS COMO ÓRGÃOS UM REGIME ESPECIAL DE DA
INCUMBE AS PESSOAS COLETIVAS DE
EXECUTIVOS DE CONDUÇÃO DA POLÍTICA INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE INTERESSE PÚBLICO
PROSSEGUIR
REGIONAL E ÓRGÃOS SUPERIORES DA (características)
COMPETÊNCIA – CONJUNTO DE PODERES
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA REGIONAL
FUNCIONAIS QUE A LEI CONFERE
PARA PROSSECUÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DAS PESSOAS
COLETIVAS PÚBLICAS (a competência é delimitada em
função da matéria, da hierarquia, do território e
do tempo (em regra, em relação ao presente)
SERVIÇOS PÚBLICOS
Organizações humanas criadas no seio de cada
pessoa coletiva pública com o fim de desempenhar
as atribuições desta, sob a direção dos
respetivos órgãos
organização horizontal (entre as pessoas
coletivas públicas) territorial e vertical (ou
hierárquica) dos serviços públicos
CONCEITO DE HIERARQUIA
MODELO DE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
VERTICAL, CONSTITUÍDA POR DOIS OU MAIS
ÓRGÃOS E AGENTES COM ATRIBUIÇÕES
COMUNS
LIGADOS POR UM VÍNCULO JURÍDICO QUE
CONFERE AO SUPERIOR PODER DE DIREÇÃO E
IMPÕE AO SUBALTERNO DEVER DE OBEDIÊNCIA

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