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tempo limite, e com alguns critérios, para depois terminar a avaliação com uma
entrevista, com cada um dos avaliados.
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Resumo
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Índice
Síntese das Observações Realizadas................................................................................1
Resumo.............................................................................................................................3
Índice................................................................................................................................4
Introdução........................................................................................................................5
Fundamentação Teórica...................................................................................................5
Reflexão Teórico Prática..................................................................................................6
Avalição Estágio..............................................................................................................7
Autoavaliação..................................................................................................................7
Considerações Finais.......................................................................................................8
Referências......................................................................................................................9
Anexos...........................................................................................................................10
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Introdução
Fundamentação Teórica
Adoção tardia requer cuidados, porque além da marca do abandono inicial pelos
pais biológicos, esta criança vivenciou sucessivas experiências de perdas e frustrações.
Observa-se que algumas serão mais suscetíveis a separações e perdas, do que outras.
Depende de características pessoais de cada uma, ou como vivenciaram a descontinuidade
dos laços afetivos.
Muitas vezes, a família fica apreensiva de adotar uma criança mais velha, por
medo dos falsos mitos, como:” crianças mais velhas sempre tem problemas” ou “criança
mais velha é sempre rebelde”. Mas como uma criança que não tem vivência em um meio
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social, pode evoluir e perceber que sua maneira de agir é errada ou não está certo? Ficando
em um abrigo ela tem o básico: comida, cama, etc. Mas não terá afeto, orientação,
educação e autonomia de forma como ocorre em uma família.
Reflexão Teórico/Prática
Durante minha observação na sala dos espelhos, no grupo Elinho, presenciei uma
prática interventiva pelas monitoras e estagiárias, abordando os benefícios de um
processo psicoterápico; contando uma “estorinha” e pedindo as crianças um desenho
explicando o final desta (pela perspectiva da criança). Então ao final todas participaram,
e foram apresentar para os pais adotivos em outra sala. Conversando com meus colegas,
e sob a orientação da professora, percebemos que houve o resgate da história de vida do
indivíduo (criança), que procuraram observar se as crianças tinham alguma dificuldade
de inserção na nova família, através da “Estória de Pedrinho”. Assim permitindo a
reflexão das crianças, sobre as expectativas e percepções, e a importância de respeitar o
tempo no processo de recolocação familiar.
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A imaginação adquire uma função de suma importância na conduta e no
desenvolvimento humano, convertendo-se em meio de ampliar a experiência do
homem que, ao ser capaz de imaginar o que não havia visto, ao poder conceber,
baseando-se em relatos e descrições daquilo que não experimentou pessoal ou
diretamente, não está encerrado no círculo estreito da sua própria existência,
podendo alargar, expandir seus limites assimilando, com a ajuda da imaginação
experiências históricas ou sociais alheias. (Vygotsky, 1966, p. 7)
Avaliação do estágio
Autoavaliação
Percebo que poderia ter feito nas duas primeiras observações, uma observação
analítica nelas para enriquecer mais o trabalho, e transparecer melhor para meus colegas
o que eu senti, e vi durante aquelas vivências. E também quando percebi, que minha
quinta observação não havia sido como deveria, poderia ter feito como os colegas Rafael
e Isadora, e conversar mais com os outros colegas, descobrindo outros locais para
visitar/observar, e quem sabe descartar a observação não tão bem sucedida.
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Considerações Finais
Saber não julgar, pois das minhas cinco observações, duas delas eu não estava
realmente animado, mas fui surpreendido com duas áreas muito ricas de conhecimentos
e cheias de oportunidades. Também, devo estar sempre preparado para decepções, mas
não no sentido pejorativo, e sim no sentido de algo não dar certo, como foram nos casos
da observação da escola, onde a proposta foi mudada de última hora, e no Psijur onde eu
tinha grandes expectativas, e mudou completamente o foco por motivos explicados
anteriormente.
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Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Serra, E. & Zacares, J.J. (1991). A que Ilamamos madurez. Revista de Psicologia e de la
Educacion.
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Anexos
Depois, às 14:30 a Patrícia me avisou que viria uma garota candidata para a vaga
de emprego, em uma das empresas que Patrícia trabalha, e me avisou que eu poderia
passar por seu assistente, e ver a entrevista. Então fez uma entrevista com várias perguntas
sobre: a família, ambiente onde ela mora, hobbies, vida amorosa, escolaridade, sobre os
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trabalhos anteriores dela, etc. Por fim ela passou um teste HTP para a menina fazer. Eu
fiquei bem curioso sobre qual seria o resultado, enquanto via ela fazer, porque não
entendia muito bem como funcionava. Quando ela terminou, a Patrícia fez mais algumas
perguntas com base nos resultados do teste HTP, e terminou a entrevista. Depois ela só
conversou comigo para ver o que eu achei da entrevista, e me convidou para ir de novo
lá na próxima quinta.
Notas Analíticas
Fiquei curioso a maior parte do tempo enquanto ela me explicava como funciona
o trabalho de coaching, seus trabalhos de alinhamento, recrutamento e seleção. Entretanto
quando ela me convidou para ver a entrevista eu fiquei muito mais animado, e embora eu
tenha ficado apreensivo em relação a me passar por assistente dela, acabei aceitando por
curiosidade, mas percebo agora que não foi a minha melhor decisão por questões éticas e
morais. Pois na verdade eu era apenas um observador e estagiário.
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Anexo:
Em entrevista com a proprietário da EVO, esta relatou que após se formar na PUC,
a psicóloga Natasha trabalhava sozinha fez duas residências, primeiro no hospital
tralhando com psicologia hospitalar e depois começou a trabalhar em um Multi HS, mas
que tinha foco ajudar pessoas com HIV, doença de pele, etc. Sempre trabalhando com
equipes multiprofissionais e acabou gostando, porque na clínica ela não gostava muito da
ideia de trabalhar sempre sozinha. E tinha um sonho de ter um espaço maior com outras
pessoas para dividir tanto o espaço como o conhecimento e as experiências, nisso ela
ficou algum tempo no Multi HS, mas sempre procurando um local que tivesse um espaço
bom para atendimento e que pudesse dividir com outras pessoas. Depois de um tempo
ela achou o espaço, fez uma reforma porque era muito aberto por dentro, colocou algumas
divisórias a mais, alguns móveis e deu uma pintada nas paredes, chamou o psicólogo X,
o psicólogo Y e a Patrícia, que já conhecia fazia anos e confiava neles. E por fim, colocou
o nome de EVO - Centro de Evolução Pessoal, porque seria um lugar de desenvolvimento
pessoal, para melhorar em várias áreas ou aspectos, porque não queria que quando alguém
olhasse só pensasse na palavra: “clínica”, que normalmente é vista só com o conceito de
doença ou problema.
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Nome do observador: Miguel Wojtysiak Benevenga
Data da observação: 27/04/2018
Horário da observação: Início: 19:30 Término: 20:45
Observação número: 2
Objetivo da observação:
Observar o papel do psicólogo no Pós adoção de crianças.
A observação ocorreu em uma sala com paredes brancas, muitas cadeiras e alguns
degraus, fazendo ter uma certa elevação entre as cadeiras, dificultando que alguém
acabasse tendo a visão ofuscado por alguém que sentasse na frente. Em frente as cadeiras
havia um telão, ao lado do mesmo havia uma mesa, e no centro foram colocadas várias
almofadas e brinquedos para as crianças.
Notas descritivas
Quando cheguei no Cesuca, fui para a sala de grupos dois, no quarto andar do
bloco dois, para nos identificarmos e assinarmos uma ficha de presença. Depois, fomos
para a sala e começamos a arrumar, colocando algumas almofadas e brinquedos; após
isso esperamos por algum tempo até todas as crianças chegassem. Logo que abriram a
porta entraram seis crianças, duas já vieram correndo e gritando de alegria, e se jogaram
em cima das almofadas, uma delas, a criança T, viu o telão na parede e associou com o
cinema e começou a gritar eufórica “cinema, cinema, cinema” e, enquanto era explicado
que aquilo não era uma tela de cinema, as instrutoras se distraíram e a criança X já estava
desenhando um belo coração no telão, quando as instrutoras perceberam ficaram
desesperadas com o que poderia acontecer se ficasse manchado o telão. Explicado que
não tinha cinema e que não podia pintar no telão, às crianças pegaram alguns brinquedos
e começaram a fazer uma pequena fuzarca, e enquanto isso as monitoras tentavam chamar
a atenção das crianças para seguir com o cronograma.
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apresentações, quando as crianças terminaram chegou a nossa vez, os visitantes, em
seguida as monitoras. E logo fizeram uma atividade envolvendo uma história que falava
sobre: “um garoto chamado Pedrinho e suas duas irmãs que foram adotados por um casal,
e nas primeiras semanas foi só felicidade, mas pouco depois de um ano o casal foi ficando
estranho, e as vezes a mãe até chorava, as crianças ficavam tristes com isso, Pedrinho
como o irmão mais velho várias vezes pensava em falar com os pais sobre isso, mas nunca
conseguia porque sempre que tentava, o pai brigava com ele; e houve também pela mãe
três ameaças de devolvê-los ao abrigo, e isso os deixavam muito tristes”. Após contar a
história, as monitoras perguntaram para às crianças o que elas achavam que ia acontecer
com Pedrinho e suas irmãs, e a resposta foi praticamente unânime “vão voltar para o
abrigo e encontrar outra família”. Nisso as monitoras, para mudar um pouco o foco,
perguntaram como era o abrigo em que eles estiveram, quantas crianças tinham, o que
tinha de bom para fazer, e nisso apareceram várias diferenças, alguns tinham cinco, sete
ou dez crianças e neles tinham biblioteca, TV ou som, etc. Depois dos relatos foi proposto
continuar a atividade, onde cada um deveria desenhar uma história em quadrinhos,
explicando o que aconteceu com Pedrinho e suas irmãs, para depois apresentar aos seus
pais que estavam em outra sala, conversando com outro grupo do Psicoação. Elas
perguntaram se às crianças gostariam de ouvir a história de novo, para se lembrar bem
dos detalhes antes de criarem o final, a criança T rapidamente disse “não” de maneira
bem grosseira, mas foi só ouvir outras duas crianças falarem “sim”, que já mudou de ideia
e falou “sim” também. Nisso, as monitoras leram a história de novo, e as crianças
começaram a desenhar seus finais de história, ao longo que iam desenhando também
voltaram a fazer fuzarca, dessa vez mais difícil de controlar. Mas, ao conseguir controlar
a situação, às crianças foram terminando os desenhos, e foram mostrando para as
monitoras para ver se estava bom, terminando voltavam a brincar, mas ao começarem a
brincar começaram a fazer fuzarca de novo, e pior, nisso as monitoras levantaram um
pouco a voz para ser possível ser ouvidas porque o barulho era muito alto. Nisso a criança
U fez a brincadeira da vaca amarela, o que manteve o silêncio por alguns segundos, mas
a criança T começou a falar tentando ser engraçado, o que tirou o silêncio e começou a
gritaria de novo. Dessa vez a criança U fez a mesma brincadeira da vaca amarela, mas
terminou o último trecho com a palavra “socão”, as monitoras se surpreenderam e
rapidamente falaram todas juntas “não“, amenizaram a situação conversando com as
crianças, explicando que não se pode ameaçar os outros nem de brincadeira, começaram
a treinar as apresentações e a cada criança que terminava de explicar o seu final de história
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todos aplaudiam a boa história que a criança criou. Nisso a criança U veio conversar
comigo, fiquei meio preocupado se isso não iria atrapalhar o andar da atividade, mas visto
que ele já tinha terminado os desenhos dele, não estávamos gritando e nem atrapalhando
os outros, dei “corda” para o assunto. Falamos sobre o desenho dele, filmes, jogos, pouco
depois chegou o irmão dele, e se juntou a conversa, tampouco voltamos a conversar e nos
chamaram para ir na sala onde os pais deles estavam. Chegando lá, a monitora que estava
na sala dos pais explicou que as crianças tiveram uma atividade, e agora iriam apresentar
para eles, a maioria fez uma história explicando que Pedrinho e suas irmãs voltaram para
o orfanato, e foram adotados depois por uma família melhor. Só a criança U que não deve
ter entendido bem a atividade ou não se interessou, e desenhou os jogadores de um time
de futebol, finalizadas as apresentações foi avisado que as atividades terminaram, me
despedi da criança U e fui embora.
Notas analíticas
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Nome do observador: Miguel Wojtysiak Benevenga
Data da observação: 28/04/2018
Horário da observação: Início: 09:00 Término:11:00
Observação número: 3
Objetivo da observação:
Observar como é feita a avaliação psicotécnica de pessoas que se tornarão futuros
motoristas.
Entrando na sala haviam três homens, fiquei surpreso com tão poucas pessoas para
o teste. A Lenise me apresentou para eles, disse que era um estagiário e que iria fazer uma
observação; e perguntou se preocupava ou atrapalhava alguém, ninguém se opôs então
seguimos com o teste. Ela entregou uma folha para cada um preencher, com alguns dados
desde: “nome”, “idade” e “lugar onde mora” até informações sobre suas vidas, como:
“porque estava tirando a carteira”, “se era a primeira vez”, “se estava fazendo a
reciclagem”, “se tinha algum histórico de batidas ou multas”, etc.
Concluído este teste, ela recolheu as folhas do TADIM, e começou a passar o teste
PALOGRÁFICO. Que consiste em traçar traços verticais de um centímetro, espaçados
igualmente entre eles e a cada “sinal”, o participante faz um traço horizontal, logo depois
continuando a fazer traços verticais. O tempo do teste dura dois minutos e meio, sendo
divididos de trinta em trinta segundos, com a palavra dita “sinal”, mas antes de começar
há um treino inicial para as pessoas se acostumarem, e para o psicólogo ver se todos
entenderam bem como fazer. Tinha uma diferença muito perceptível na velocidade em
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que cada um fazia os traços, já nos primeiros trinta segundos do teste; o participante A já
havia feito quase três linhas de traços; o participante B tinha feito uma e meia; e o
participante C estava na metade da primeira linha, este parecia muito preocupado em não
errar em nenhum ponto. Finalizado o tempo de teste do PALOGRÁFICO, a Lenise,
começou a passar o que iria valer agora, e novamente houve aquela diferença discrepante
entre os participantes, eu ficava principalmente surpreso entre a diferença do participante
A, que estava fazendo muito mais rápido em relação ao B e C. Passados os dois minutos
e meio, o participante tinha feito toda a parte da frente da folha e um pouco do verso; o
participante B fez metade da folha, e o participante C tinha feito 5 linhas. A Lenise
informou-lhes que deveriam contar o número de traços que haviam feito dentro de cada
um dos trinta segundos, e colocar no topo da folha, somar todos e depois escrever a
diferença que deu entre: “1 e 2”, “2 e 3”, “3 e 4” e “4 e 5”. O participante A por ter feitos
muitos traços demorou bastante; o B terminou bem rápido até; mas o participante C não
escutou direito ou não estava prestando muita a atenção, e acabou somando o número dos
traços de testes. E quando a Lenise foi pegar a folha dele, este teimou várias vezes dizendo
que ela não disse, que não deveriam somar junto os números do teste. Nisso, para não
perder tempo com aquilo, ela só parou de falar e disse: “tudo bem, vamos fazer juntos
agora, assim não vai ter nenhum problema, né?” O participante ficou olhando para ela,
meio desconfiado tentando entender se não tinha nenhum deboche, ou insulto por trás
daquelas palavras, mas seguiu em frente com o teste. Quando ela terminou de somar os
números junto com o participante C, ainda faltava um pouco para o participante A
terminar de somar os pontos dele. A Lenise foi ao participante A, e perguntou se ele não
se importava de ela começar a entrevistar um por um, enquanto ele ainda não tinha
terminado de contar os traços, ele não se importou e ela começou a entrevista.
A entrevista era bem tranquila até, era uma sequência de perguntas que algumas
vezes repetia o que estava nas informações dadas na primeira folha, e a maioria das
informações que ela perguntava, já havia a resposta no computador que tinha na sala, mas
que precisava ser feito para ver se a pessoa não iria mentir ou distorcer um pouco os fatos;
depois da entrevista ela dava cinco números diferentes para a pessoa gravar. E seguia para
a próxima entrevista, quando terminava a entrevista do próximo, ela dava para o mesmo
outros cinco números, e se dirigia para participante anterior, e perguntava quais os
números que ela perguntou antes, se a pessoa acertava ela dava as informações de como
proceder e era liberado, se a pessoa errasse eu não tenho certeza do que aconteceria; mas
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provavelmente ela iria avaliar junto com os resultados até então, se estivesse tudo bem a
pessoa continuaria.
Notas analíticas
Fiquei bem curioso e surpreso ao longo dos testes e entrevistas, que eu estava
observando: ver a diferença de resultados nos testes, a velocidade de cada um, o diferente
comportamento dos participantes, foram bem interessantes de assistir, fiquei um pouco
preocupado quando o participante C começou a teimar com a psicóloga, porque ele
mudou completamente, antes estava quieto e com a voz bem baixa quando falava, e do
nada por causa de um erro, se irritou e começou a falar bem alto. Claro a sala pequena
ajudava por causa do eco, mas ainda assim foi bem estranho ver aquele estresse todo, por
causa de algo tão simples. Mas achei profissional como ela lidou com a pessoa, para
terminar rápido, ela não disse que ele ou ela estavam errados, e resolveu ajuda-lo com sua
dificuldade.
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E embora tenha sido bom ver tudo o que ocorreu, admito que saí um pouco
desanimado, pois achava que um psicólogo fazia mais coisas trabalhando no CFC, claro
que passar testes é um trabalho importante e extenso, mas talvez por eu ter visto só a parte
prática da aplicação tenha parecido pouco, e por isso não saí completamente satisfeito,
mas até que gostei, pelo que vi, dessa área.
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Nome do observador: Miguel Wojtysiak Benevenga
Data da observação: 03/05/2018
Horário da observação: Início: 13:00 Término:14:00
Observação número: 4
Objetivo da observação: Ver o trabalho do psicólogo com crianças em escolas
públicas.
Quando chegamos a sala de aula, fui apresentado para a turma de sétimo ano, com
alunos de idade em torno dos doze anos, como um estagiário, e houve uma breve
explicação do porque eu estava ali, depois ela falou que eu poderia escolher o lugar que
achasse melhor de sentar para observar. Logo que começou a explicar para a turma, falou
que todo início do ano tem a escolha do líder, representantes e o professor conselheiro,
mas por causa de algumas adversidades esse processo foi se prolongando e agora estava
atrasado.
Após isso, foi feita a chamada para conferir se a maioria da turma estava presente,
e logo em seguida deu um aviso para que a turma tivesse cuidado, e clara consciência ao
eleger o líder e os representantes de classe, para que não se arrependessem
posteriormente, e quisessem começar uma segunda votação. Nesse momento ela lembrou
que havia um aluno novo, e se apresentou para ele. Depois pediu para a menina que tinha
sido líder no ano anterior dar um parecer sobre ser líder; e menina explicou que tem o
lado bom que é sempre poder ajudar os outros, estar por dentro do que está acontecendo,
mas também tem o lado ruim que é ter pressão em cima de si, e que de certa forma tinha
que cuidar do resto da turma.
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paciência, etc. Depois da conversa ela deu um tempo, para que eles refletissem sobre isso
e conversassem entre si. Logo, foi perguntando quem queria se candidatar, e de um em
um ela foi falando os nomes, até que chegou em um aluno em específico, e a maioria
começou a fazer piadas ou rir (ou os dois juntos), e prontamente a Cláudia interrompeu,
explicando que não importava quem estava se candidatando, todos deveriam ter respeito
pela pessoa e aceitar, que não poderiam rir ou fazer piadas; em seguida a votação seguiu-
se normalmente. Ao terminar a votação para líder e representantes, começou a de
professor regente, porém começou uma gritaria porque nesse caso tinham muitas opiniões
sobre os professores, muitos pontos de vistas e ficou uma algazarra por alguns minutos,
com dificuldade, Cláudia foi acalmando a turma e pedindo para que mesmo que cada um
tivesse suas opiniões, não tentassem forçar alguém a mudar seu voto, se quisessem
poderiam conversar um pouco entre si, mas que houvesse um respeito entre eles. Passado
o tempo para eles pensassem, terminaram a votação, e logo em seguida apareceu o
professor do próximo período. Eu e a Cláudia saímos da sala, ela me acompanhou até a
saída, na despedida, ela se desculpou de novo pelo problema, eu disse para que não se
preocupasse e fui embora.
Notas analíticas
Antes de entrar na sala, pensei que fosse ser uma enorme bagunça na turma,
porque lembrei da época que estava no colégio, mas fui surpreendido com uma turma
minimamente quieta e comportada, mas ao longo da observação percebi que o meu
pensamento estava correto, e aquela primeira impressão foi um pouco errada, já que eles
faziam muita algazarra e não eram tão quietos assim. Fiquei um pouco preocupado com
o garoto que foi alvo daquela “zoação” quando se candidatou para líder, porque o menino
não parecia gostar daquilo. Em relação a seleção de professor, eu tive que me segurar pra
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não rir, porque até quando eu estava no colégio os alunos sempre debatiam muito pelo
professor, eles discutem e de vez em quando até brigam mais pelo professor do que pelo
líder. Fiquei curioso sobre o que ela tinha planejado naquele dia, mas não me prendi muito
a esse pensamento, para não ficar com a sensação de ter perdido algo.
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Nome do observador: Miguel Wojtysiak Benevenga
Data da observação: 18/05/2018
Horário da observação: Início: 14:00 Término:15:30
Observação número: 5
Objetivo da observação:
Observar como o psicólogo atua em casos de violência doméstica.
A observação ocorreu na sala conhecida como “sala dos espelhos”, com paredes
brancas, muitas cadeiras e alguns degraus fazendo ter uma certa elevação entre as
cadeiras, dificultando que alguém acabasse tendo a visão ofuscada, por alguém que
sentasse na frente. Em frente as cadeiras havia um telão, ao lado do mesmo havia uma
mesa e no centro foram colocadas várias almofadas e brinquedos para as crianças.
Notas descritivas
Nos explicaram que o casal já havia sido chamado duas vezes: a primeira para a
entrevista e a segunda, que eles chegaram atrasados, foi para fazer os testes. E naquele, o
terceiro encontro, eles conversariam apenas com o Autor, para que ele contasse o lado
dele da história, mas como usou o filho como meio para não ter que ir sendo que, embora
ele e a mulher estejam morando separados agora, ainda havia as duas irmãs e a avó por
parte da mãe para deixar a criança.
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Para que os alunos que foram até lá com chuva, e gastando dinheiro com passagem
saíssem de mãos vazias, eles nos explicaram a situação que envolvia marido e esposa, e
como funciona o Psijur.
O caso envolvia o marido, a esposa, a mãe da esposa, e suas duas irmãs. Onde o
marido agredia a mulher e tinha um caso com uma das irmãs, enquanto isso a segunda
irmã ameaçava ele de fazer uma denúncia, contra ele por causa das agressões físicas, e
nisso, ele também agrediu essa irmã. E por meio da força ele fez com que ela não fizesse
nada. Somente a mãe da esposa, quando soube disso, ao invés de ir ameaçá-lo, foi direto
na polícia fazer a denúncia. O caso foi encaminhado pela juíza e o Psijur (Núcleo de
Psicologia Jurídica), iria cuidar do caso, em relação aos atendimentos. Embora o Autor
tenha faltando, isso acaba por ser algo comum, a maioria dos autores tem uma certa
resistência em aparecer nas audiências, como é chamado esse atendimento por ser parte
do processo, e ao acumularem três faltas, no caso do autor, ele pode ser preso
imediatamente. E no caso da vítima, o caso é arquivado, pois é entendido como
desistência. Infelizmente, alguns homens sabem disso e quando acabam nesse tipo de
processo, tentam influenciar a vítima a faltar, sendo por força novamente ou por falsas
mentiras como o: “eu vou mudar agora, estou arrependido”.
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eles atendem todos os casos. Nos atendimentos eles tentam sempre atender o violentador
e a vítima juntos, na maioria dos casos isso é possível, mas em alguns casos não, quando
eles começam o atendimento, eles entregam um termo de consentimento livre e
esclarecido, pedindo para usar os dados como pesquisa ou nos casos de observação para
os alunos, seguindo para uma entrevista de anamnese criado pelo Psijur. Posteriormente
eles trabalham com um inventário de identificação e resolução de conflitos, também o
inventário de habilidades sociais conjugais, em seguida eles passam o teste palográfico,
entre outros. Eles enviam as informações do caso para a juíza, e dependendo dos
resultados e do caso, pode ser recomendado uma terapia de casal, individual, em grupo,
encaminhados a outros locais ou afastamento.
Depois disso conversamos sobre alguns casos que apareceram no Psijur para
termos outras referências do tipo de trabalho que eles fazem, mas não tardou muito e
terminamos o encontro.
Notas analíticas
Fiquei bem chateado com o que aconteceu em relação ao autor faltar, pois estava
esperando a tempos para ver algum caso no Psijur, e quando finalmente nos chamam, o
cara falta por “X” motivos, mas não foi uma viagem perdida, a ideia do Psijur (Jean) de
nos dar aquela aula, sobre como acontece todo o processo lá dentro, e como funciona os
atendimentos foi muito interessante, quase não fiquei desapontado com a falta do homem.
Dentro da expectativa que tinha o Jean esclareceu bem o funcionamento do Psijur. Talvez
os alunos iriam somente analisar o caso em observação, e não o funcionamento do
programa.
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