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O documento discute as relações entre psicologia e educação, destacando cinco fatores que contribuem para divergências na abordagem da educação pela psicologia. Aprendizagem é analisada sob diferentes paradigmas teóricos e modelos, com ênfase nos processos de aquisição do conhecimento e fatores que influenciam a aprendizagem.
O documento discute as relações entre psicologia e educação, destacando cinco fatores que contribuem para divergências na abordagem da educação pela psicologia. Aprendizagem é analisada sob diferentes paradigmas teóricos e modelos, com ênfase nos processos de aquisição do conhecimento e fatores que influenciam a aprendizagem.
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O documento discute as relações entre psicologia e educação, destacando cinco fatores que contribuem para divergências na abordagem da educação pela psicologia. Aprendizagem é analisada sob diferentes paradigmas teóricos e modelos, com ênfase nos processos de aquisição do conhecimento e fatores que influenciam a aprendizagem.
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Coll et alii (2004)1 destacam alguns fatores que esclarecem o porquê de tantas
divergências internas da Psicologia, quando se trata da abordagem da Educação:
A existência de diferentes marcos teóricos adotados ao estudar os processos educacionais; a variedade de conceitos de Educação e de ensino existentes, tomados como ponto de partida para os estudos psicológicos; a atribuição de variados graus de importância aos componentes psicológicos e aos educacionais no estudo dos processos de ensino e de aprendizagem; as dificuldades de realização de pesquisas em Psicologia, mesmo quando têm objetos de estudo mais concretos, como no caso da Educação; dificuldade no estabelecimento da relação teoria-prática em Psicologia associada à “cobrança” de intervenções como ocorre, por exemplo, nas dificuldades de aprendizagem. A relação entre a Psicologia e a Educação, em sua evolução histórica, avançou em três áreas: o desenvolvimento infantil, a psicometria (disciplina inserida na Metodologia das Ciências do Comportamento e que estuda a medida psicológica) e a aprendizagem. Concluímos com Chakur (2001)2 que a psicologia da educação pode facilitar ao docente em formação condições para conhecer melhor o aluno e suas condições de aprendizagem, para buscar com maior eficácia as causas do insucesso na aprendizagem, para fundamentar uma prática pedagógica de excelência. Conceitos de aprendizagem bastante conhecidos, podem ser citados: Aquisição ou mudança relativamente estável de comportamentos ou de processos mentais, devida à interação com o meio, experiência ou exercício. Processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.4 Mudança do comportamento observável, mensurada através de instrumentos e procedimentos específicos, sob a ação de contingências do meio externo. Auto-atualização de potencialidades do self, respondendo à tendência natural de aprimoramento do ser humano. Construção de estruturas cognitivas progressivamente mais sofisticadas, como decorrência de adaptações suscitadas pelo ambiente.
INSTÂNCIAS DA APRENDIZAGEM
Há quatro esferas que envolvem o organismo (indivíduo): o outro, a cultura, a Ciência e a
realidade. O sujeito que aprende (organismo) compreende portanto inteligência, desejo (motivação) e corpo. Ele é enriquecido com uma outra dimensão: a social, composta das quatro esferas citadas anteriormente (o outro, a cultura, a Ciência e a realidade). Alguns autores como Lapp et al (1975)6, por exemplo, falam de modelos de aprendizagem que determinam modelos de ensino: a) Modelo clássico ou tradicional – o indivíduo que aprende é visto como passivo ou depositário do conhecimento, tomando como foco o professor, transmissor do conhecimento, e os métodos de ensino. b) Modelo tecnológico (tecnicista) – enfatiza as técnicas e o domínio do conteúdo, a transmissão de informações e o desenvolvimento de competências orientadas para o futuro, visualizáveis através de comportamentos observáveis e mensuráveis. c) Modelo personalizado – destaca o indivíduo como centro do processo, seus interesses, experiências, necessidades e aspectos emocionais, considerando-o de forma dissociada do envoltório social. d) Modelo interacional – dá relevo à dialética da interação entre professor e aluno e importância à interação, à comunicação, ao diálogo. Volta-se para a análise crítica de problemas sócio-culturais. Ferreira (1986)7 afirma que a Psicologia da Educação se ocupa das questões relativas a três áreas de estudo: aprendizagem, desenvolvimento humano e ensino. Suas pesquisas buscam, em última instância, o aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem. A autora descreve três paradigmas teóricos dominantes na Psicologia: Paradigma Objetivista Fundamenta-se na Psicologia experimental e na visão do homem como um “fato” observável a partir dos comportamentos que manifesta. O meio o controla e condiciona. Destacam-se nesta corrente: Pavlov, Thorndike, Watson (behaviorismo Metodológico), Skinner (behaviorismo radical), Staats (behaviorismo Social).. Paradigma Subjetivista Fundamenta-se na Psicologia de cunho filosófico e preconiza a centralização do processo educacional na satisfação das necessidades dos educandos, segundo a sua natureza e desenvolvimento, vistos de forma “natural”. Sua expressão principal são os modelos nãodiretivistas de Educação. Em oposição à abordagem anterior, vê o homem como um ser autônomo, criado para a liberdade e não determinado pelo meio. A Educação deve, então, criar situações favoráveis ao desenvolvimento pleno das suas potencialidades, tendências e predisposições naturais. Destacam-se nesta corrente: Dewey, Maslow, Rogers (enuncia uma crença inabalável na natureza positiva do ser humano. O homem precisa, segundo ele, desenvolver plenamente as potencialidades pessoais como a busca da harmonia consigo mesmo e com os demais, confiança nos próprios desejos e intuições, liberdade e responsabilidade para agir e disponibilidade para criar compõem essas qualidades positivas do self. Criou o termo “não-diretivo”, aplicado à Psicoterapia e à Educação, definindo o respeito à liberdade essencial ao homem. Para o professor – chamado de “facilitador da aprendizagem” – algumas qualidades são essenciais: autenticidade, empatia, congruência e respeito incondicional ao ser que aprende. Paradigma Histórico-crítico Tem como questão central o indivíduo como ser histórico, sendo a relação homem- sociedade vista como interação recíproca em que ambos se afetam e se transformam. A aprendizagem é, encarada desta forma, construção humana permanente, efetiva e contínua, que resulta de trocas dialéticas como o meio histórico e social. Destacam-se nesta corrente: Piaget (Para ele o sujeito estabelece troca com o meio, através de duas dimensões: a assimilação e a acomodação. Nos dois casos é ativo no processo de aprendizagem, agindo sobre o meio inicialmente através de esquemas de ação e mais tarde através dos esquemas de representação.) e Vygotsky (Autor da Teoria sociointeracionista do desenvolvimento humano e da aprendizagem. Enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por várias mediações.) Características da aprendizagem Processo dinâmico – não é absorção passiva, exige atividade externa (física) e interna, participação integral do indivíduo em todos os seus aspectos. Processo contínuo – está presente do início ao fim da vida humana. Processo global (compósito) – todos os aspectos que constituem a personalidade são ativados no processo de aprendizagem. Processo pessoal – a aprendizagem é intransferível. Tem maneira, ritmo, preferências, métodos pessoais. Processo gradativo – ocorre através de processos gradativamente mais complexos. Um efeito disso é a gradação de conteúdos, dos mais fáceis para os mais difíceis, na organização curricular. Processo cumulativo – as experiências anteriores, os conceitos construídos anteriormente servem de base para a aquisição de novos conteúdos. Fatores determinantes da aprendizagem Podemos destacar: Inteligência, incluindo a atenção, a percepção, a memória. Motivação. Experiência anterior. Fatores socioculturais. Paradigma Objetivista
A PRIMEIRA GERAÇÃO: BEHAVIORISMO METODOLÓGICO
O behaviorismo metodológico toma como base o realismo. O realismo defende a idéia de que há um mundo real, que ocorre no mundo real, sendo que é a partir desse mundo real externo - objetivo - que constituímos o nosso mundo interno - subjetivo. Paradoxalmente, temos contato apenas com a nossa experiência interna que nos é dada pelos nossos sentidos. Isso porque o mundo externo, objetivo, não nos é accessível diretamente. Assim, os nosso sentidos nos fornecem apenas dados sensoriais sobre aquele comportamento real que nunca conhecemos diretamente (BAUM, op.cit). Como behaviorista metodológico, portanto, o interesse de Watson concentra-se na busca de uma psicologia livre de conceitos mentalistas e de métodos subjetivos e que possa reunir condições de prever e de controlar. O behaviorismo de Watson fundamenta-se em uma das leis mais famosas do behaviorismo metodológico que é a de Pavlov: o condicionamento clássico, ou o reflexo incondicionado que consiste, tomando as palavras de Furtado (op.cit.:47), "em respostas que são eliciadas (produzidas) por estímulos antecedentes do ambiente (ex. contração das pupilas quando há luz forte sobre os olhos)”. Aprofundando e ampliando tais noções, Watson chega ao conceito de "reflexo condicionado" que consiste em interações estímulo-resposta (ambiente-sujeito) nas quais o organismo é levado a responder a estímulos que antes não respondia. Isso se dá em função de um pareamento de estímulos, como por exemplo: imergir a mão na água gelada e ouvir o som de uma campainha repetidas vezes. Depois de um certo tempo, a mudança de temperatura nas mãos poderá ser eliciada apenas pelo som da campainha, isto é, sem a necessidade de imersão das mãos (FURTADO, op.cit.). A formulação do behaviorismo de Watson é representada pela relação S-R, onde S é o estímulo do ambiente e R a resposta do organismo. A SEGUNDA GERAÇÃO: BEHAVIORISMO RADICAL Os behavioristas radicais, nessa linha, tentam romper com o dualismo mundo objetivo-mundo subjetivo.Ou seja, em vez de se pautarem em métodos, eles adotam conceitos e termos "os termos que usamos para falar do comportamento não apenas nos permitem compreendê-lo, mas também o definem: comportamento inclui todos os eventos sobre os quais podemos falar sobre eles com os nossos termos inventados", conforme citação de Skinner, em Baum (op.cit.). Nessa esteira, os behavioristas radicais equiparam a noção de verdade com poder explicativo e, então, buscam termos descritivos que sejam "úteis à compreensão e econômicos à discussão" - se a pergunta sobre a existência do universo real fora do sujeito é fútil, então também é fútil perguntar sobre a existência de uma verdade final, absoluta (idem). Dessa perspectiva, os behavioristas radicais admitem todos os eventos naturais - passíveis de serem acessados - incluindo eventos públicos e privados e excluem os eventos fictícios - que não podem ser acessados. A mente e todas as suas partes e processos, como causas mentais do comportamento, são considerados fictícios e, portanto, constituem termos que devem ser evitados. O mentalismo é, portanto, insatisfatório, na medida em que é antieconômico. Os behavioristas radicais assumem, dessa forma, que as causas do comportamento encontram-se na hereditariedade e no ambiente passado e presente. Em resumo, estudar o comportamento é fazer uma análise funcional do comportamento - (F) S (stimuli) à (F)R (resposta)- é descrever as funções que determinam uma dada resposta, ou seja, analisar as contingências (conjunto hipotético de relações funcionais) que determinam o comportamento.que envolve três dimensões: (a) eventos antecedentes; (b) respostas; (c) eventos conseqüentes. Muito embora só se possa definir a função reforçadora de um evento ambiental a partir da função que ele exerce sobre o comportamento do indivíduo, tem-se como definição que o 'reforço positivo' representa um evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o produz, tanto quanto um 'reforço negativo' representa um evento que aumenta a probabilidade futura da resposta que o remove ou atenua. A TERCEIRA GERAÇÃO: BEHAVIORISMO SOCIAL Staats (1980) reivindica para a evolução do behaviorismo a integração e união de áreas do conhecimento, enfatizando a necessidade de "um paradigma que conduza à unidade todo esse esforço científico no estudo do homem", ou como diz ele "o que precisamos é de uma terceira geração de behaviorismo, o behaviorismo social". Neste o interesse concentra-se na análise cuidadosa do pensamento e dos mecanismos que este utiliza para controlar a ação. No behaviorismo social coloca em pauta a ênfase nos processos auto-regulatórios. Passa a vigorar um determinismo recíproco entre homem-ambiente. O homem é capaz de direcionar o curso da sua ação, isto é, transforma-se em um organismo ativo que é capaz de selecionar e organizar dentre os estímulos que determinam as suas respostas, aqueles que considera relevantes. Enfim, a noção de behaviorismo social caminha em direção a uma explicação do comportamento que leva em conta a interação homem-ambiente de uma forma mais ampla do que os programas das duas gerações do behaviorismo anteriores tentaram propor. CONSIDEAÇÕES FINAIS Em linhas gerais, abordamos as características dos três principais modelos de Behaviorismo: behaviorismo metodológico - que toma como base o realismo e cuja expressão máxima é Watson; behaviorismo radical - que toma como base os princípios do pragmatismo e que tem como expressão máxima Skinner; e o behaviorismo social - que nasce com Staats, em oposição aos dois programas anteriores por considerá-los sistemas fechados e, portanto, reducionistas. Dessa forma, o behaviorismo é direcionado a uma concepção mais humanística do comportamento. Paradigma Subjetivista
Rogers é considerado um representante da corrente humanista, não diretiva, em educação.
Rogers concebe o ser humano como fundamentalmente bom e curioso, que, porém, precisa de ajuda para poder evoluir. Eis a razão da necessidade de técnicas de intervenção facilitadoras. O rogerianismo na educação, aparece como um movimento complexo que implica uma filosofia da educação, uma teoria da aprendizagem, uma prática baseada em pesquisas, uma tecnologia educacional e uma ação política. Ação política, no sentido de que, para desenvolver-se uma educação centrada na pessoa, é preciso que as estruturas da instituição - escola- mudem. "A escola evita a promoção de atividades significantes." (Carl Rogers) Aceitação e a Pedagogia Rogeriana O ato de ensinar, no sentido tradicional do termo, não é aceito por Rogers, pois, implica uma pressão sobre o aluno que é inútil. Os conhecimentos não são comunicáveis, não é o mestre que deve dar algo ao aluno e sim o aluno descobrir de que precisa. A relação de autodescoberta entre aluno e ensino é fundamental para Rogers. No mundo de hoje, a aprendizagem mais útil socialmente é aprender a ficar aberto à própria experiência e a internalizar o processo de mudança de modo a poderem viver bem num mundo em constantes mudanças. Essa visão de ensino fundamenta-se em dez princípios que resultaram da experiência de Rogers. São eles: Os seres humanos têm uma capacidade natural para a aprendizagem, a qual, não se efetua sem alguma dor, mas, o ser humano obtém prazer em desenvolver seu potencial, o que acaba por ultrapassar as dificuldades que sofre. A aprendizagem que implica em mudança na organização ou percepção do ego é sentida como ameaçadora e existe uma tendência à resistência, o que pode torná-la penosa e ameaçadora. Ameaças contra o ego, como o ridículo, as humilhações, o rebaixamento e o desprezo constituem ameaças à percepção que cada um tem de si mesmo e, como tais, interferem seriamente na aprendizagem. A aprendizagem é facilitada quando o estudante escolhe por si mesmo os meios para aprender e se apercebe de que deve responsabilizar-se de modo direto pelas conseqüências de suas ações. São as crianças e os adolescentes que devem avaliar os próprios comportamentos, obter conclusões e decidir sobre os critérios que lhes convém, desenvolvendo a autocrítica e auto-avaliação e estas são consideradas fundamentais em relação à avaliação feita pelos outros. Deste modo, a independência de espírito, a criatividade e a confiança em si são facilitadas. A abordagem humanista entende que o mundo é “criado” em cada indivíduo com base em suas percepções, estímulos e experiências. Por isto, deve-se permitir ao aluno criar sua própria noção de mundo calçado em suas experiências. A teoria rogeriana tem uma grande relevância pela insistência dada à importância da qualidade das relações interpessoais e na confiança que é necessário dar ao aluno. O pensamento de Carl Rogers foi bastante criticado, principalmente por causa de sua não-diretividade, críticas muitas vezes baseadas em estereótipos de sua teoria. Para o fundador da terapia não-diretiva, a tarefa do professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que quiser, sendo assim a tarefa do professor é facilitar o aprendizado, que o aluno conduz a seu modo. Uma crença básica de Rogers é que o organismo humano sabe o que é melhor para ele e para isso conta com sentidos aprimorados ao longo da evolução da espécie. O problema, segundo Rogers, é que a sociedade e a cultura desenvolvem mecanismos que contrariam essas relações potencialmente harmoniosas. Entre os mais nocivos está a "valorização condicional", o hábito que a família, a escola e outras instituições sociais têm de apenas atender as necessidades do indivíduo se ele se provar merecedor. Do conflito entre o indivíduo ("sou") e o que se exige dele ("devo ser") nasce o que Rogers chama de incongruência, que gera sofrimento. Este é o processo que, para ele, define neurose. Ao se ver pressionada a corresponder às expectativas sociais, a pessoa se vê numa situação de ameaça, o que a leva a desenvolver defesas psicológicas. Já que se tornar uma pessoa saudável é, basicamente, uma questão de ouvir a si mesmo e satisfazer os próprios desejos (ou interesses), as melhores qualidades de um terapeuta ou de um professor são saber facilitar esses processos e interferir o menos possível. É esse o significado do termo "não diretivo", a marca registrada do rogerianismo. Para que o terapeuta ou o professor seja capaz de exercer tal papel, três qualidades são requeridas: congruência — ser autêntico com o cliente/aluno; empatia — compreender seus sentimentos; e respeito — "consideração positiva incondicional", no jargão rogeriano. Rogers estava convencido de que as pessoas só aprendem aquilo de que necessitam ou o que querem aprender. Sua atenção recai sobre a relação alunoprofessor, que deve ser impregnada de confiança e destituída de noções de hierarquia. Instituições como avaliação, recompensa e punição estão completamente excluídas, exceto na forma de auto-avaliação. Embora anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa abandonar os alunos a si mesmos, mas dar apoio para que caminhem sozinhos.
Paradigma Histórico-crítico
Bruner pesquisou o trabalho de sala de aula e desenvolveu uma teoria da instrução,
que sugere metas e meios para a ação do educador. A teoria construtivista de Bruner é uma estrutura geral para instrução, baseada no estudo da cognição. Muito da teoria está ligado à pesquisa do desenvolvimento infantil (especialmente Piaget). Podemos dizer que seu método é socrático: quando o aluno está acomodado com os conhecimentos adquiridos, cabe ao professor propor-lhe dúvidas, uma das maneiras é a proposição do currículo em espiral. Descarta a prontidão, pois afirma que se pode ensinar qualquer coisa para qualquer criança em qualquer estágio de desenvolvimento, pois o fundamental é a interação entre: criança, assunto e modo pelo qual ele é apresentado. Nessa concepção o aluno é colocado em uma situação ativa, encarado como o construtor de sua própria aprendizagem e situando o professor como elemento desafiador e não apenas como um fornecedor de respostas prontas. Difere de Piaget em relação à linguagem. Para ele, o pensamento da criança evolui com a linguagem e dela depende. Para Piaget, o desenvolvimento da linguagem acontece paralelamente ao do pensamento, caminha em paralelo com a lógica.
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação
presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual, mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante, tornando real o conceito de educação permanente. Ensino a distância não é só um "fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Ensino a distância é ajudar os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a participação em grupos presenciais e virtuais onde avançamos rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. Tanto nos cursos convencionais como nos a distância teremos que aprender a lidar com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal, emocional e intelectual mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a mudar nossas idéias, sentimentos e valores onde se fizer necessário. É importante sermos professores-educadores com um amadurecimento intelectual, emocional e comunicacional que facilite todo o processo de organização da aprendizagem. Pessoas abertas, sensíveis, humanas, que valorizem mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas democráticas de pesquisa e de comunicação. Necessitamos de muitas pessoas livres nas empresas e escolas que modifiquem as estruturas arcaicas, autoritárias do ensino escolar e gerencial -. Só pessoas livres, autônomas - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar para a autonomia, podem transformar a sociedade. Só pessoas livres merecem o diploma de educador. Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma defensiva, superficial. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias mas nas nossas mentes. Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.