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A pressuposição da patologia indispõe intrinsecamente o ouvido.

Ao olhar para um suposto


fenômeno, a indisciplina, vê-se necessariamente um sintoma de patologia. Do aluno, segundo
o limite entre o pensar e o pensar do fascista, e o mais moderado: imaginar que seja uma
patologia do sistema como um todo, envolvendo os diversos agentes na configuração do
jovem, através da visão civilizadora do ensino.

Antes de continuarmos, pensemos uma questão, que posso apelidar de questão de geração.
Utilizo geração no sentido que me foi sugerido por meu astrólogo e doutor em História e
Música, Rui Sá, filho e sucessor da Dona Margot, morta recentemente e uma das maiores
astrólogas do Brasil.

E vou me referir a uma recorrência típica da minha geração, a que ganhou a presidência. Ou
seja, aproxima-nos além da idade, um objetivo comum de geração crítica.

Nosso lema era o de que a verdadeira política estava para além da política institucional, seja a
eleitoral, seja a trabalhista. E que existiria uma luta subjacente a essas, e que expressaria a
essência da luta de classes, essa sim importante e de fundamento da ação revolucionária.

Hoje, a mesma geração, em sua expressão pública identifica a educação para a cidadania como
central no exercício institucional do cidadão, inclusive em sua configuração cultural e de modo
de vida.

Este trabalho tem origem na patologia, reconheço. O brilho que faltava veio através das
discussões no LEM. Diz-se que o ouvinte retira do discurso muito mais ou muito menos do que
ouve de fato. Tenho certa habilidade em sugar o do que preciso e foi extremamente adequado
a configuração geral da professora, com raízes na psicanálise e um tratalho de campo
vastíssimo, numa das mais notáveis fusões se sentido e razão. Espero que a Prof. Kóvacs não se
importe em ver-se misturada com Althusser, Wittgenstein, Lênin e Pascal. São autores que têm
algo em comum, que é notável: tentativas de analisar o discurso da certeza.

O brilho foi o seguinte:

É comum, no trato com adolescentes, escutarmos afirmações do tipo: eles estão pedindo
limites, estão ansiosos por informação e carentes de autoestima. Segue daí que, pelo nosso
ímpeto que tudo quer melhorar, nosso ímpeto humano que nos faz filantrópicos e, numa
espécie de ciclicidade de significados, ímpeto humano que nos faz mais humanistas.

Então, usando e abusando da razão e da boa medida, tratamos logo de curar. Jovens desviados
e, sempre no sentido do aprimoramento do ser humano, gerações inteiras, que parecem,
atualmente, apresentar certo defeito ontológico de, por assim dizer, abusando da ciclicidade,
defeito de geração.

Também os enfermeiros, médicos, hospitais, clínicas, pais-de-santo, pastores e padres, que


antes atinham-se a uma nobre tarefa de cuidado do homem, são arremessados para o campo
da cura. O bom doente sara e melhora, o mau doente morre. E ouvimos então algum médico
dizer: ele está a morrer, não há mais nada a fazer.
O que dantes seria o momento do a fazer, o cuidado, exilado para um instante em que
houvera se perdido em algum tempo da humanidade, a linguagem vence a mortalidade. No
tempo realmente presente, está-se a fazer algo: negando o cuidado.

Na linguagem e na mortalidade, está-se resignando o espírito por algum prazer existencial de


sentir-se bom, de pensar em alteridade, e colocar-se como juiz de vida e morte do outro.

Talvez sejamos nós os culpados, sem dúvida. Se o defeito é de geração e somos nós os
geradores, por assim dizer, segue-se que o defeito, intencionalmente ou não, é de quem
gerou. Nos compadecemos de nós próprios tão rapidamente quanto nos admoestamos
energicamente, depois perdoamos, odiamos, amamos e por fim contemplamos,
narcisisiticamente, diante de um rio qualquer, como Heráclito, como Wittgenstein.

Mas, por outro lado, talvez não tenhamos culpa alguma e a culpa seja do próprio mundo, das
coisas, das opressões, insatisfações...

Existe uma grande e notável diferença de base, que desmonta qualquer tentativa de
psicologizar ou tratar de forma pscicanalítica a sala de aula: na sala de aula ninguém está
buscando tratamento. Estão compulsoriamente sentados em bancos escolares, numa posição
inequívoca de ouvir.

Fides ex audicto.

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