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ROTEIRO DE ESTUDOS - PROCESSO CIVIL IV

Processo Cautelar e Procedimentos Especiais


Professor MSc Luiz Cola – 8º Período Curso de Direito – Facastelo

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

1- Humberto Theodoro Júnior, Vol. II e III – Curso de Processo Civil – Forense.


2- Vicente Greco Filho. Vol. III – Direito Processual Civil Brasileiro – Saraiva.
3- Ernane Fidelis dos Santos – Manual de Direito Processual Civil, Vol. II e III – Saraiva.
4- Marcos Destefenni – Curso de Processo Civil – Vol. III - Saraiva.
5- Nelson Nery Junior – Código de Processo Civil Comentado – RT
6- Marcos Vinícius Rios Gonçalves Rios – Novo Curso de Direito Processual Civil, Vol. 3.
Saraiva.
7- Luiz Guilherme Marinoni. Código de Processo Civil Comentado.
8 – Alexandre de Freitas Câmara. Lições de Direito Processual Civil.
9 – Theotoneo Negrão

AVALIAÇÕES
Av. 1- 17/09
Av. 2- 26/11

INTRODUÇÃO

- Art.22, I da CF. competência da União.


- Comparação com direito processual civil italiano.
- lei 5.859/73 é uma lei dividida em livros:
Livro I
• Dividido em processo de conhecimento [art.1 a 495] crise de certeza (não sei quem deve
a quem deve e o que deve) – divida em Ações condenatória, declaratória ou constitutiva.
• Recursos [art. 496 a 565] – busca da certeza.
Livro II
• Processo de execução – entrega do bem da vida reconhecido [art. 566 a 705] –
adimplemento
- Título extrajudicial – art. 585
- Título Judicial – art. 475 – N (cumprimento de sentença).

Livro III

CAPÍTULO I – DO PROCESSO CAUTELAR (art. 796 a 889 CPC)

- visa trazer uma garantia;


- tem finalidade de atuar contra o tempo;
- transferir um algo em bem perecível, dinheiro;
- alienação no sentido de indisponibilizar algum bem (bloquear, apreender)
- garantia de que o bem vai ser apreciado;
- objetivo de proteger o bem;
- ação de servir outra ação.

Livro IV
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS (Art. 890 a 1.210)

- Ritos:
* comum (art. 272) – ordinário ou sumário art. 275, I (60 salários mínimos)
* especial art. 890 a 1.210 (lei 9.099/95 – 40 salários mínimos) – foi criado para
proteger direitos materiais especiais – procedimento próprio, medidas judiciais
especiais.

DO PROCESSO CAUTELAR (art. 796 a 889 CPC)

1) Teoria Geral do Processo Cautelar: Conceito, Distinção e Pressupostos:

INTRODUÇÃO:

A ação de conhecimento visa reconhecer um direito através de uma sentença


declaratória, condenatória ou constitutiva. A ação de execução tem por escopo
satisfazer uma obrigação consagrada em um titulo executivo judicial ou extrajudicial.

Sabe-se que uma ação pode levar anos ou décadas para ser definitivamente resolvida
pelo judiciário, demora que pode gerar o perecimento, desvio ou perda do bem da
vida discutido no processo o que poderia gerar inútil todo o processo.

Para evitar a perda do bem discutido, ou a ser discutido, existe o processo cautelar
que se destina a proteger bens jurídicos que estão em risco de perecimento
por artifício da parte contraria ou em decorrência do próprio tempo.

- Ação que visa proteção de um bem jurídico, para que esse bem não se pereça, não se perca e
não se deteriore. A ação indisponibiliza o bem, assim esse bem não será atingido pelo tempo.

CARACTERISTICAS:

Provisoriedade: As ações cautelares ao contrário das de conhecimento, não gozam


de definitividade, pois duram somente por 30 dias ou até que vem a ser substituídas
por outra (art. 806 e 808, II CPC), ou se tornem desnecessárias. Deve-se registrar que
uma vez sendo ajuizada a ação principal, a duração desta se protrai a duração da
principal, podendo a qualquer tempo ser revogada.
- a ação cautelar por si só, só tem validade por até 30 dias;
- Art. 806 - Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da efetivação
da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório.
- Art. 808 - Cessa a eficácia da medida cautelar:
II - se não for executada dentro de 30 (trinta) dias;

Instrumentalidade: As ações cautelares não tem finalidade ou objetivo em si


mesmas, pois existem sempre para garantir outro processo. O bem jurídico protegido
não é para si, mas para outro processo de cognição ou execução.
- art. 154 cpc – se o ato processual for praticado de forma diversa vai ser válido se alcançar
seu objetivo.
- art. 244 cpc – forma de evitar nulidade.
- o processo cautelar é um processo a serviço de outro processo, não existe por si só, não tem
vida própria.
- 1º livro de processo cautelar (introdução ao estudo de processo de cautelar) “o processo
cautelar é o instrumento do instrumento” – ano de 1.036. É o instrumento de garantia de
outro processo. Instrumentalizar = dar efetividade (alcançar objetivo, quando surte efeitos).
- jogar um fator surpresa;
- “Inaldita Altera Pars “= sem ouvir a parte contrária. O processo cautelar admite concessão
de liminar inaldita altera pars, que consiste na indisponibilização de bens sem ouvir a parte
contrária, utilizando-se do fator surpresa, uma vez que, caso o Réu saiba da concessão da
liminar, poderá frustrar sua efetividade.

Dependência: O processo cautelar existe em razão de uma ação principal e depende


dela para sua existência (art. 796). Extinguindo-se a ação principal, mesma sorte terá
a cautelar.
- a ação cautelar não tem vida própria, é uma ação pra garantir outra ação.
- não tem mérito.
- a ação cautelar sempre vai estar vinculada a ação principal.
- OBS.: as ações cautelares satisfativas não terão a característica da dependência (Nelson
N. Junior) ex.: busca e apreensão de menor, exibição de documentos.

Fungibilidade: Esta característica permite ao juiz receber a cautelar como


antecipação de tutela e vice-versa, ou quando o advogado eleger mal a medida
cautelar cabível, o que visa evitar a multiplicação de ações com o mesmo objetivo.
Assim, verificando o juiz que a medida ajuizada não é adequada para tutelar o bem
jurídico ameaçado, poder usar desta característica para recebe-lo como se fosse o
adequado.
- a ação cautelar caso seja trocada, não será inviabilizada pelo juiz, ou seja, ele aceita a ação
mesmo não sendo adequada.
- são questões urgentes. O juiz deve ser flexível, aceitando a medida mesmo que errada.
Deve-se trazer efetividade, evitando que o bem jurídica se perca.

OBS: MEDIDA CAUTELAR E PROCESSO CAUTELAR = As expressões não são


sinônimas, pois a primeira significa providencia judicial protetiva, de urgência, de um
bem jurídico discutido no processo, por sua vez a segunda significa relação jurídica
instaurada entre autor e réu, em processos autônomos que visa produzir uma medida
(providência) protetiva do bem da vida ameaçado.

* Existem medidas cautelares que podem ser concedidas dentro de outro processo.
Ex, Arresto nos autos da execução ou cautelar (art. 653, 793, 2ª parte CPC)

CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO DO AJUIZAMENTO:

As ações cautelares podem ser classificadas, de acordo com o momento do


ajuizamento (art. 796 CPC), em:
a) Preventiva ou Antecedente (preparatórias): Quando for ajuizada antes do
ajuizamento da ação – art. 796;

b) Incidental: Após ao ajuizamento da ação principal;

OBS: Existem em nosso ordenamento jurídico processos acautelatórios definitivos ?


(p. 166 VGF)
R: Sim. Ex: MS Preventivo para obter certidões para ajuizamento de ação posterior.
(Neste caso não existe o vínculo de dependência para com o processo, nem a acessoriedade ou
subordinação).Ex: Busca e Apreensão de Pessoas; Produção Antecipação de Prova; Notificação;
Interpelação.

CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES:

1) Nominadas ou Típicas = estas podem ser: De procedimento específico (art.


813 a 887 CPC) e de procedimento comum (art. 888 c/c 801/803 do CPC). O próprio
código lhe atribui nomenclatura e finalidade especificas.

2) Inominadas ou Atípicas = art. 798 do CPC. Tendo o legislador consciência que


as medidas nominadas não protegiam todos os bens da vida e situações de perigo,
estendeu o poder do juiz a deferir outras medidas não previstas.

CONDIÇÕES DE ADMISSIBILIDADE:

Para o deferimento e sucesso da medida cautelar será necessário observar, além das
condições gerais da ação (possibilidade jurídica do pedido, interesse e legitimidade),
os requisitos específicos de admissibilidade que são:

I) Periculum in Mora (perigo da demora) = É a possibilidade de dano a uma das


partes da futura ou presente ação, em decorrência da demora no processamento ou
tramite da ação principal, até a decisão definitiva.

II) Fumus Boni Iuris (fumaça do bom direito) = É a aparência, após a análise das
provas produzidas (documentais, testemunhas/justificação) de realmente ter o
requerente o direito ao provimento judicial acautelatório, que justifique a cautela de
urgência.

OBS: Estas condições são essenciais a procedência do mérito cautelar, pois se


ausente algum deles a pretensão será infundada, portanto, improcedente os pedidos.
A exigência destas condições visa evitar o deferimento de medidas cautelares que
não tenham o mínimo de chance de obter êxito. Essa probabilidade de êxito é
analisada de forma superficial e sumária por força da reversibilidade e provisoriedade
da medida.

CONCLUSÃO: Havendo probabilidade de dano e aparência de estar o autor com o


direito, possui o juiz os requisitos necessários ao deferimento da cautela. Verifica-se,
ainda, que uma vez presentes tais requisitos está o juiz obrigado a conceder a tutela
de urgência, não tendo qualquer discricionariedade.

ANTECIPAÇÃO DE TUTELA E TUTELA CAUTELAR

As supra mencionadas medidas são institutos jurídicos diversos, com normatização


específica, portanto, não devem ser confundidas.
Na antecipação de tutela são adiantados total, ou parcialmente, os efeitos da
sentença de mérito, quando em sua fase de execução, a passo que a tutela cautelar
visa garantir a proteção de bens jurídicos para que permaneçam íntegros até que a
sentença possa surtir regularmente seus efeitos.

PODER GERAL DE CAUTELA (P. 168 VGF)

Diante da possibilidade de ocorrência de dano irreparável ou de difícil reparação,


poderá o juiz determinar medidas cautelares não previstas ex officio para resguardar
o direito material (art. 798 e 799 do CPC), diversas daquelas constantes no código,
visto que o legislador não teve a intenção de exaurir as espécies de medidas
acautelatórias, mas apenas regulamentou as mais usadas

O poder geral de cautela pode ser exercido pelo juiz de duas formas:

1) Por Provocação da Parte: Quando requerido pela parte de forma preventiva ou incidental, pleiteando
providencia não prevista (processo autônomo);

2) Ex Offício: Nos próprios autos do processo de conhecimento ou execução, quando o caso exigir uma
providência urgente, mesmo que não haja requerimento da parte. Neste caso, somente será admissível a
medida em casos excepcionais, como por exemplo: a) quando testemunhas forem ameaçadas; b)
providencias para resguardar interesses de menor; c) suspensão de deliberação social; d) sustação de
protesto; e) proteção contra dilapidação de fortuna; f) afastamento de conjugue do lar; g) proibição de
utilização de nome empresarial e outros, art. 798 e 799 CPC;

* É cabível medida cautelar durante o processo de execução ? R: Sim. Conforme previsto art. 793, 2ª parte
do CPC.

BENS JURIDICOS SUJEITOS A TUTELA CAUTELAR:

Dizia Chiovenda: “O processo deve proporcionar a quem tem razão tudo aquilo e precisamente aquilo que
tem direito a conseguir” (p. 172)

Podem ser Tutelados:

1) Direitos e Faculdades Processuais:

O processo cautelar não se presta apenas para tutelar bens jurídicos materiais, mas também imateriais, como
as faculdades processuais, como ocorre na: a) produção antecipada de provas; b) justificação, para
usucapião ou reintegração de posse;

2) O Próprio Direito Discutido:

Um dos principais objetivos ou finalidades do processo cautelar é garantir a integridade do bem jurídico
disputado no processo, como se observa no seqüestro;

3) Garantir Medidas Satisfativas ou Inseridas no Iter Satisfativo que necessitam de Proteção (crise de
adimplemento):

O processo cautelar poder servir para garantir a efetividade de uma medida em outro processo de cujo
satisfativo, como ocorre no caso do arresto que será transformado em penhora no processo de execução.
4) Assegurar Bens Jurídicos Dependentes ou Acessórios ao Bem Jurídico Principal ou aos Bens que
Antecedem a este:

É o caso na medida de arrolamento de bens (art. 885 CPC), que serve para se averiguar e relacionar quais
são os bens que serão futuramente sujeitos a separação judicial ou extinção de condomínio.

5) Assegurar Efeitos Práticos da Tutela Jurisdicional de Mérito ou Evitar que esta lhe Cause
Prejuízo:

Temos como exemplo desta hipótese a medida de sustação de protesto para evitar que o portador de titulo
nulo negative o CPF do emissor. A medida servirá para garantir que o CPF não seja incluído nos órgãos de
proteção de crédito até que a ação principal de cancelamento ou de inexistência de débito seja julgada. Da
mesma a ação de caução para evitar o ajuizamento de outra cautelar (contra-cautela)

6) Evitar Conseqüência Danosa em Caso de Perda da Demanda Definitiva.

É o caso do depósito dos valores devidos em sede tributaria para evitar a imposição multa e juros de mora
enquanto se discute a ação negatória de débito fiscal. (art. 38 lei 6.830/80)

Discussão: É cabível Cautelar nas Ações Declaratórias ? r: Sim. Ex: 1) Sustação de Protesto como
preventiva da Declaratória de Inexistência de Débito. 2) Depósito para evitar multa e juros nas ações de
revisão de contrato e inexistência de débito.

COMPETÊNCIA DO PROCESSO CAUTELAR (06/08/2010)

A regra geral é que a ação cautelar seja proposta perante o juiz competente para julgar a ação principal (art.
108 e 800 do CPC). A doutrina entende ser tal competência funcional, portanto absoluta e improrrogável,
sendo, portanto, a distribuição do feito por dependência quando a cautelar for incidental. Sendo a cautelar
preventiva, ela tornará prevento o juízo, sendo desnecessária a distribuição por sorteio da ação principal.

Competência absoluta: art. 108 (real – convalida, prorrogação da competência, não é ex


officio, a parte tem que alegar com prazo para alegar segundo o art. 287) art. 800
(específica cautelar – não se convalida com o tempo, não se prorroga com o tempo, podendo
ser ex officio, não tem prazo, pode ser alegado a qualquer tempo – ESSA É A REGRA DE
PREFERÊNCIA, SENDO FUNCIONAL A ABSOLUTA PARA O PROCESSO CAUTELAR)
REGRA GERAL - A ação cautelar vai prevenir a competência da ação principal.
- quando a ação for diretamente para o juiz competente sem passar por sorteio, será uma
distribuição por dependência. Quando a competência já esta definida.

OBS: Súmula 263 do Extinto TFR (TRIBUNAL FEDERAL DE RECURSOS): A produção antecipada de
provas por si só, não previne a competência da ação principal.

Para perpetuar a produção de provas, colher as provas com antecedência, não se aplica ao
prazo de 30 dias e depois entrar com a ação principal. Pode ser que ajuíze a ação e depois
colher as provas desejadas para que alcance status. A produção antecipada de provas por si só,
não previne a competência da ação principal. É meramente homologatória, o Juiz q colher a prova, não
poderá atuar.
Exceção: A regra geral de competência comporta exceção, quando em casos excepcionais de extrema
urgência e necessidade houver risco de dano grave o juiz incompetente determinar as medidas necessárias
para evitar o perecimento do direito, devendo, contudo, ser a ação principal aforada perante o juiz
competente. Assim o ajuizamento de cautelar e o deferimento da medida perante juiz incompetente, não
torna prevento o juízo. (p. 176)

Exceção a regra de competência para a ação principal: em caso de extrema urgência


(periculum in mora). Principio da ponderação = uma decisão pode prejudicar a outra.

As ações principais não se aplicam a regra geral de competência (art. 867 a 873)

EFICÁCIA DA AÇÃO CAUTELAR

A ação cautelar é com se fosse uma MEDIDA, é dependente, tem rito próprio.

Os efeitos da ação cautelar serão apenas os necessários a evitar a lesão, não resolvendo o mérito da causa.

Sua eficácia se prolonga:


A) Por 30 (trinta) dias, quando preparatória, a contar da efetivação da medida (art. 806 CPC); por si só
tem esse prazo. Como é feita a contagem? A partir da efetivação da medida. É o prazo de
caducidade da madida, a MC surtirá efeito por si só.

B) Por toda a ação principal, quando incidental ou após ao ajuizamento da principal se respeitado o prazo
do item anterior (art. 807 CPC).

* Não se pode olvidar que, as medidas cautelares por não gerarem os efeitos do trânsito em julgado, podem
ser revogadas a qualquer momento (2ª parte, art. 807).

Decorrido o prazo da letra A, ocorrerá a caducidade da medida e de seus efeitos, sendo vedada a
prorrogação. Tal prazo é contado da efetivação da medida (liminar ou sentença)

Exceções: O prazo de caducidade não se aplica as chamadas cautelares de jurisdição voluntária. Ex:
produção antecipada de provas; interpelação, notificação (e todas as demais medidas sem eficácia
constritiva).
- jurisdição voluntária

PERDA DA EFICÁCIA – art. 808 CPC

Ocorrerá:
I - após 30 dias a contar de sua efetivação, se a parte não intentar a principal; se não houver a execução
no prazo de 30 dias
II - se não a executar em 30 dias ou, se a parte que requereu não oferecer , por culpa do autor
III - se o juiz extinguir a ação principal com ou sem resolução do mérito;

Importante observar que basta ocorrer qualquer uma das hipóteses acima para a perda da eficácia, não
sendo necessária a cumulação das mencionadas condições.

Cessando os efeitos da ação cautelar, não poderá ela ser proposta novamente, salvo por novos fundamentos.
(§ único do art. 808)

SUSPENSÃO DO PROCESSO
É possível a suspensão do processo cautelar, contudo, uma vez deferida a medida, seus efeitos perdurarão
durante a suspensão, exceto se o juiz determinar o contrário ou se for a vontade das partes. (§ único, art.
807)

SUBSTITUIÇÃO POR CAUÇÃO

As medidas cautelares constritivas podem ser substituídas por caução idônea (art. 826), quando de interesse
do requerido. Este entendimento decorre da possibilidade de aplicação da fungibilidade a estes casos,
quando poderá haver a substituição da medida constritiva.

A substituição por caução também pode ser determinada de oficio quando este perceber que a medida será
prejudicial ao requerido.

INDENIZAÇÃO

Se a medida cautelar causar dano o réu, poderá haver a reparação dos danos nos próprios autos (art. 811),
nos casos em que:

I - se a sentença no processo principal lhe for desfavorável;


II - se, obtida liminarmente a medida no caso do artigo 804 deste Código, não promover a citação do
requerido dentro em 5 (cinco) dias;
III - se ocorrer a cessação da eficácia da medida, em qualquer dos casos previstos no artigo 808, deste
Código;
IV - se o juiz acolher, no procedimento cautelar, a alegação de decadência ou de prescrição do direito do
autor (artigo 810).

PROCEDIMENTO CAUTELAR:

É cabível nas ações de Execução, Cognição e de Procedimentos especiais;

TRÂMITE CAUTELAR

O trâmite do processo cautelar geral está previsto no art. 801/803 do CPC.

Art. 801. O requerente pleiteará a medida cautelar em petição escrita, que indicará:
I - a autoridade judiciária, a que for dirigida;
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do requerente e do requerido;
III - a lide e seu fundamento; (este requisito fica dispensado quando a cautelar for incidental - § ú art. 801)
IV - a exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão;
V - as provas que serão produzidas.

OBS: Sendo a inicial cautelar indeferida, fica prejudicada a propositura da principal ?


R= Não. Exceto se houver reconhecimento de prescrição e decadência.

* O pedido de concessão de liminar pode ser formulado na inicial, inaudita altera parte, ou após audiência
de justificação quando depender de prova oral (art. 804).

Para a concessão da medida pode o juiz condicionar ao oferecimento de caução real ou fidejussória (art.
804). Concedida a liminar poderá ser executada imediatamente.
Concedida ou não a liminar, será o réu citado para contestar a ação em 05 dias (art. 802), contado da
juntado aos autos do mandado cumprido.

OBS:
1) A citação do processo cautelar interrompe a prescrição do direito material ?
R= Sim, porque significa que o titular não direito saiu da inércia demonstrando ter interesse em receber a
prestação devida. (art. 219 CPC)

2) São admissíveis as exceções no processo cautelar ?


R= Sim, no prazo para a constestação, contudo não é cabível reconvenção, em razão da inexistência de
mérito de direito material (VGF p. 181)

* No prazo para defesa também deve ser oferecida a contra-cautela, que será prestada pelo autor para
garantia de ressarcimento de eventuais danos.

CONTAGEM DO PRAZO PARA DEFESA – ART. 802, § Ú.

Conta-se o prazo, da juntada aos autos do mandado:

I - de citação devidamente cumprido;


II - da execução da medida cautelar, quando concedida liminarmente ou após justificação prévia.

REVELIA

Não sendo contestada, presume-se verdadeiros os fatos narrados na inicial, devendo o juiz sentenciar em 05
dias (art. 803).

A revelia pode decorrer de ausência, insuficiência ou intempestividade da resistência

JULGAMENTO ANTECIPADO

Não havendo contestação (revelia) ou se havendo, a prova for unicamente de direito e independer de prova
oral, haverá o julgamento antecipado da lide. Em tendo necessidade de prova testemunhal, deve o juiz
designar audiência (§ ú. art. 803)

OBS: Sendo deferida a liminar será necessário ao juiz proferir sentença ? R = Sim, pois o deferimento da
liminar não presume julgamento antecipado, podendo na sentença o juiz, após ouvir o réu, decidir de forma
contraria aos interesses do autor, devendo de qualquer forma decidir sobre as custas processuais,
honorários, quando abrirá prazo para interposição de apelação que será recebida no efeito devolutivo (art.
520, IV).

Para atacar a decisão inicial que defere a liminar é cabível o recurso de agravo de instrumento.

Vem sendo admissível a utilização de mandado de segurança para proteger direito liquido e certo do
devedor, quando a cautelar atingir direito liquido e certo, como ocorre com o bloqueio de bens e valores
essenciais a subsistência do devedor.

CUMPRIMENTO DA DECISÃO
Sendo deferida a liminar, a decisão concessiva deve ser cumprida imediatamente via mandado, ou ordem do
juiz, sendo desnecessário ajuizamento de processo de execução para seu cumprimento, razão pela qual não
é admissível embargos para obstaculizar a ordem.

Para garantir a celeridade no cumprimento da ordem é possível ao juiz fazer cumprir a ordem por telefone,
fax ou qualquer outro meio eletrônico idôneo que imprima maior agilidade a medida.

CUSTAS E HONORÁRIOS

Vicente Greco Filho (p. 183) entende que as despesas serão pagas pelo vencido no processo principal, por
corolário do art. 811, estando as custas do dois processos interligadas, por sua vez Nelson Nery Junior (p.
919), entende ser possível a condenação em honorários ao sucumbente no próprio processo cautelar, em
razão da autonomia do processo cautelar e do principio da sucumbência.

DOS PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECÍFICOS


(ART. 813 a 889)
Professor LUIZ COLA

ARRESTO
ARRESTO: É a apreensão cautelar de bens, com a finalidade de garantir uma futura execução por quantia
certa (VGF – p. 187)

Bens arrestáveis = somente aqueles passíveis de penhora (excluindo aqueles do art. 649 do CPC).

Requisitos Probatórios = 1) Prova literal da divida liquida e certa; 2) Prova documental ou justificação de
situações previstas no art. 813.

•Prova Literal (§ único, art. 814) = sentença liquida ou ilíquida pendente de recurso.

Casos legais para concessão:

1) Quando devedor SEM domicilio certo: a) tenta se evadir, alienar bens ou deixa de pagar obrigação no
prazo estipulado;

* Quando tentar evadir-se, poderá haver o arresto mesmo que a divida não esteja vencida (VGF, p. 187).

É admissível o arresto como medida preparatória para o pedido de falência/insolvência.

* Se deixar de pagar obrigação no prazo, a impontualidade aliada a ausência de domicílio, gera uma situação
de perigo que arrazoa a concessão da tutela de urgência. Se já houver execução em curso, poderá ser
requerida a medida do art. 653 do CPC, nos próprios autos da execução.

2) Quando o devedor COM domicilio certo: a) tenta evadir-se furtivamente, na intenção de não pagar a
divida; b) cai em insolvência, aliena bens, contrai dividas, tenta transferir bens ou tentar qualquer artifício
afim de frustrar a execução.

# Estas condutas são indicativas da intenção do devedor de lesar o credor, bastando ter ele titulo liquido e
certo, sem necessidade de ser exigível, ou seja, estar a divida vencida.

3) Quando tentar alienar bens de raiz, sem ficar com bens suficientes a suportar a divida.

4) Nos demais casos previstos em lei: Ex: art. 653; art. 154, § 5º da Lei de Falências (refere-se a seqüestro
de forma equivocada,quando deveria se referir a arresto).

CONCESSÃO DA MEDIDA:

Requisitos:
a) juntada do titulo representativos da divida liquida e certa;
b) prova dos fatos denunciadores do receio, sendo admitida e justificação prévia com audiência das
testemunhas inaudita altera pars.

Nos termos do art. 816, se o credor prestar caução idônea ou se for a União, Estado ou Município, ficará
dispensada a justificação previa.

PROCEDÊNCIA DA AÇÃO PRINCIPAL:

Neste caso o arresto será transformado em penhora (art. 818)

Pergunta-se: Pode o devedor ilidira a ordem de arresto ? R= Sim, mas terá que depositar o valor da divida ou
prestar caução idônea, que cubra o valor da dívida, custas e honorários. (art. 819)
Faz cessar o arresto: a) o pagamento; b) Novação; c) Transação; d) demais casos de que põem fim ao direito
material.

SEQÜESTRO 27-08-2010

Conceito: É a apreensão de coisa que é ou será objeto de litígio, visando resguardar sua integralidade até a
decisão do processo principal.
Diferença de arresto com seqüestro
CAI NA PROVA :
Arresto
1 – execução
2- não será especifíco (individuaçização)
3- não incidirá nos bens impenhoráveis (poderá incidir sob bens impenhoráveis)

Seqüestro
Indisponibilidade
Constritar
Proteger
Sõ vencedores da ação principal (conhecimento)

Diferença do arresto: No arresto o bem é protegido para garantir a execução, no seqüestro o bem é
apreendido para ser entregue ao vencedor da causa. No arresto somente pode ser constritado bens
penhoráveis, já no seqüestrado pode ser alienado bem impenhorável.

OBJETO DO SEQUESTRO: (art. 822)

Art. 822 - O juiz, a requerimento da parte, pode decretar o seqüestro:

1) Bens móveis, imóveis e semoventes; 2) Frutos, rendimentos do imóvel litigioso, quando o réu após
condenado por sentença recorrível, os dissipar (pode disponibilizar para o processo); 3) Bens do casal nas
ações de separação, divorcio e anulação, quando o outro cônjuge os tiver dilapidando; 4) Demais casos
expressos e lei. Ex: falência. Lei 11.101

PROCEDIMENTO: (Art. 824)

Art. 824 - Incumbe ao juiz nomear o depositário dos bens seqüestrados. A escolha poderá,
todavia, recair:
I - em pessoa indicada, de comum acordo, pelas partes;
II - em uma das partes, desde que ofereça maiores garantias e preste caução idônea.
Seqüestrados os bens, será nomeado depositário judicial ou as próprias partes, desde que ofereça caução. Se
não for depositário publico a pessoa nomeada assinará termo de compromisso. Havendo resistência paraa
entrega do bem, poderá haver intervenção da força publica (§ único, art. 825).

PI – indicar qual vai ser a ação principal, especificando o bem e o valor da causa.
LIMINAR – não dando a liminar agrava (agravo de instrumento) se ele indeferir entra o seqüestro
SEQUESTRO – antes pode pedir caução ou justificação (o próprio juiz designa a audiência, intimando
somente o autor) o seqüestro e cumprido mediante mandado.
CITAR – cita-se o réu.
DEPÓSITO – depósito judicial
CONTESTAÇÃO
RÉPLICA
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
SENTENÇA
DA CAUÇÃO

É a garantia do cumprimento de um dever ou de uma obrigação, consistente em colocar a disposição do


juízo bens ou dar fiador idôneo que assegure tal finalidade. É considerada uma contra-cautela por
excelência. Pode ser utilizada toda vez que bens ou direitos estiverem sendo ameaçados por outra cautelar.

É direito, garantia e obrigação.

Tb chamada de contra cautela por excelência – pq pode ser utilizada para causar um obstáculo contra outra cautela para
suspender os efeitos desta. Usada para atracar outra cautela.

Bens a serem oferecidos: dinheiro, papeis de crédito (título e ações), pedras e metais, hipoteca (imóveis),
penhor (móveis), fiança.

Pergunta-se: a) Pode ser prestada por terceiro interessado ? R = Sim, conforme art. 828. (1ª Turma do STJ
diz que a parte contrária não poderá rejeitar). b) É necessário instaurar procedimento especifico para seu
oferecimento ? R= Depende. Se já houver alguma ação principal, não será necessário, caso contrário será.

Pode a medida ser determinada: Ex officio; a requerimento do autor ou do réu.

CAUÇÃO
- tem obrigação de prestar (a pessoa obrigada pela lei, deve oferecer o bem) art. 829 o réu citado (aceita –
julgamento antecipado/contesta- pode dizer que o bem não é suficiente, pode alegar que o prazo já
ultrapassou/revel – presume-se aceitação – sentença condenatória art.330,II)
- direito de exigir art. 830 (vai ao juízo exigir que alguém preste o serviço) – cita-se na 1º fase para prestar
(julgamento da lide) calção/contesta – se estar correta ou não/revel 2º fase – determina q a prestação de
caução seja feita sob pena de incidir sob os efeitos da mora por medidas coercitivas.

EM QUE SITUAÇÃO? ART. 832 PROVA


Não tem necessidade de prova
Revelia

REQUISITOS DA INICIAL: (Art. 829)

Deve o requerente indicar: Além dos requisitos do art. 282 e 802. 1) Valor a ser caucionado; 2) O modo que
a caução será prestada (quais são os bens que estão se oferecendo); 3) Estimativa doso bens; 4) Prova da
suficiência da caução ou a idoneidade do fiador (caução fidejussória- espécie de garantia pessoal –
assinatura).

PROCEDIMENTO: (Art. 831)

Estando a petição inicial apta, deverá ser citado o réu para em 05 dias, aceitar, prestar ou contestar. Não
havendo resposta, ou se houver aceitação, ou se a prova for meramente de direito, ocorrerá o julgamento
antecipado do pedido.

Sendo necessária prova oral, será designada audiência, caso contrária será dispensada. Entende o STJ que a
dispensa da audiência não fere o devido processo legal.

EFEITOS DA SENTENÇA:

a) Pode determinar a prestação da caução;


b) Aceitar a oferecida;
* Deve o juiz na sentença determinar as diligencias que forem necessárias (art. 834.)

NÃO CUMPRIMENTO DA SENTENÇA: (art. 834, § único)

1) De quem ofereceu = o juiz declarará não prestada;


2) De quem solicitou = efetivará a sanção legal ou contratual.

CAUTIO JUDICATUM SOLVI (art. 835 a 838)

É a caução exigida do nacional ou estrangeiro que resida fora do Brasil quando houver demanda pendente,
para garantir o pagamento de custas e honorários quando ele não tiver no Brasil bens suficientes. (imóveis)

REFORÇO DE CAUÇÃO (art. 837)

Poderá a parte requerer quando ocorrer depreciação do bem, perdendo este o valor a ponto de não mais ser
suficiente para garantir o processo.

Obs: Nelson Nery diz ser cabível a caução na sustação de protesto.

BUSCA E APREENSÃO
(Art. 839 a 843)

CONCEITO:
É a medida cautelar satisfativa, preparatória ou incidental, que visa a localização, constrição, depósito e
guarda de pessoas e coisas, para satisfazer pretensão própria ou de outra ação principal.

Sua principal diferença das demais é que pode incidir sobre pessoas e coisas.

UTILIZAÇÃO:

1) Suspensão e destituição do pátrio poder;


2) Guarda de filho menor;

É admissível busca e apreensão definitiva ? R = Sim. No caso de pessoas e coisas cujo posse ou propriedade
já estejam definidas em outros autos.

OBS: Crime de seqüestro.

OBS: Decreto 911 – Retomada da coisa dada em alienação fiduciária.

OBS: Pode o juiz determinar a entrega da coisa sob pena de multa diária. (STJ – 2 T, 2007).

RITO:

Independentemente de ser pessoa ou coisa a ser apreendida, será o rito do art. 800 e seguinte o utilizado,
observando sempre as peculiaridades do art. 840 a 843.

REQUISITOS DO MANDADO (ver Art. 841)

CUMPRIMENTO DA DILIGÊNCIA (ver Art. 842)

* Havendo necessidade de arrombamento, a ordem deverá constar do mandado;


* Indenização – É cabível se houver abuso, desvio ou excesso no cumprimento da ordem.
* Busca e Apreensão itinerante.

DA EXIBIÇÃO
(Art. 844 e 845)

CONCEITO:

É a ação cautelar que trata da tutela fundamental ao processo justo art. 5º LIV CF, e tem como elemento
indissociável o direito de ação (art. 5º XXXV CF), defesa (art. 5º, LV CF) que pode ser incidental (art. 855 a
863) ou autônoma (art. 844 e 845), decorrente do dever das partes de contribuir com o poder judiciário na
produção de provas (art. 339)

SÃO TRÊS AS ESPÉCIES DE EXIBIÇÃO:

1) Exibição como espécie de ação autônoma;


2) Exibição Cautelar Preparatória;
3) Exibição Cautelar Incidental Probatória;

* Cabe condenação em custas e honorários ? R= Sim, quando for ação autônoma. (Pacífico, 4ª T STJ - 2006)

FINALIDADE (Nery p. 927)

Dar acesso a conteúdo de documento ou coisa que é sua, ou tem propriedade em comum ou de outrem, para
ser utilizado como objeto de prova.

Obs: Se o documento ou coisa exibida, não contiver nada que interesse ao autor para fins de prova, não
haverá ação principal nem direito de indenização.

ACTIO AD EXHIBENDUM

É a exibição de documentos fulcrada no art. 355. Neste caso será realizada nos próprios autos da ação
principal, sem necessidade de ajuizamento de ação própria. Não tem natureza cautelar. Se o requerente for
terceiro interessado, o procedimento será autuado em apenso (incidental) – (veja Nery –p. 928)

CASUISTICA:

1) Banco para exibir extratos, microfilmes, cheques, etc;


2) Órgãos de proteção ao crédito e outros órgãos privados.

PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS


(Art. 846 a 851)

UTILIZADE:

Cada prova tem um momento definido para sua produção, contudo, o perigo do perecimento dela pode
justificar a inversão do disposto na lei, para resguardar direito da parte a devida instrução processual.
Portanto, tal ação, tem como objetivo preservar a prova que pode se perder em razão do tempo, até que seja
utilizada nos autos da demanda principal.

PODE CONSISTIR:

A) interrogatório;
B) oitiva de testemunhas;
C) perícia;
D) depoimento pessoal (Marinoni, p. 783).

OBS: Nelson Nery (p. 929) Diz ser dispensada a exposição da lide e seu fundamento (STJ – 1990, Min.
Fontes de Alencar. Mas a exposição do fato é imprescindível – art. 848. Tal exposição é imprescindível para
que réu possa impugnar eventuais ausência dos pressupostos para concessão da tutela de urgência).

* Viagem de testemunha – Cabe, uma vez demonstradas as justificativas (Nery e Greco)


* Pode o autor ou réu pedir a antecipação por problemas próprios ? R= sim, uma vez demonstrados os
pressupostos.
* A produção antecipada de provas previne a competência da ação principal ? R = Não. Súmula 263 TFR e
STJ 3ª T, 2005.

CITAÇÃO

A lei não prevê a citação na PAP ou prazo para o réu se manifestar, contudo, é de bom alvitre, por analogia
ao art. 802, proporcionar que ele se manifeste em 05 dias. (Nery p. 929)

A citação da parte contraria é imprescindível sob pena de ofensa ao contraditório e nulidade das provas.

* Está a PAP sujeita ao prazo de caducidade do art. 806 ? R = Não. Pois não perde a validade se a ação não
for proposta.

Cabe contestação na PAP ? R = Sim, contudo, esta restrita a alegação de ausência da FBI e PIM.

NATUREZA JURIDICA DA PAP

É meramente homologatória (Nery, p. 930)

* A negativa do réu em prestar depoimento gera confissão ? R = não, por ser tal questão de competência do
juiz da ação principal.

HONORÁRIOS

Existe divergência quanto a este ponto. O STJ - 3ª T, diz ser cabível a condenação em honorários, por outro
lado a doutrina vem entendo que não cabe em razão de não haver lide nem sucumbência.

* Pode na PAP o juiz valor a prova, legitimidade e interesse de agir ? R = Não, por ser tais questões afetas
ao juiz da ação principal. (STJ – 2ª T, 2007)

* O ajuizamento da PAP interrompe a prescrição ? R = Não. Súmula 154 STF.


* É cabível requerimento de acareação de testemunhas ? R = Não, pois envolve valoração de provas
(Marinoni).

Pode ser utilizada para provas periciais ? Quais ? R = Sim. Todas E.V.A. – Exame (Móveis e pessoas),
Vistoria (Imóveis) e Avaliação (Valores de bens – direitos das obrigações);

É cabível a PAP como preparatória para impetração de Mandado de Segurança ? R = Não, pois foge ao
conceito de prova pré-constituída. (STJ - 2002)

LIMINAR
A liminar é cabível em duas hipóteses: 1) Urgência extrema que não permita aguardar a citação; 2) Quandoa
citação puder prejudicar a produção da prova. (Marinoni p. 785)

ALIMENTOS PROVISIONAIS
(Art. 852 a 854)

Primeiramente, deve-se registrar que os alimentos provisionais não se confundem com os alimentos
provisórios. Estes têm natureza de antecipação de tutela (art. 273 do CPC) e previsão no art. 4º da Lei nº
5.478/68, ao passo que aqueles, têm natureza cautelar e previsão no art. 852 e seguintes do CPC.

O termo alimentos provisórios deve ser visto com sentido inverso de alimentos definitivos que são fixados
por sentença da ação de alimentos, pois os provisórios serão fixados logo na decisão inicial do processo
através de decisão interlocutória.

A ação cautelar de alimentos provisionais, ora em estudo, pode ser proposta por quem não possui prova de
sua qualidade de credor, como no caso da ação de investigação de paternidade (art. 7º da Lei 8.560/92 – a
partir da sentença), o que não pode ocorrer nos alimentos provisórios, que somente poderão ser deferidos em
favor daquele que comprove sua condição de credor, como no caso da ação de alimentos. Nelson Nery (p.
932) diz ser possível a fixação de alimentos provisionais desde o ajuizamento da IP, tendo este
entendimento maior aceitação pela doutrina de ponta.

* É possível o deferimento de alimentos provisionais na declaratória de união estável ? R = Sim. Conforme


entendimento da 4ª T do STJ – 2004.

Entendimento pacifico é que os alimentos provisórios e os provisionais são inacumuláveis e reciprocamente


excludentes.

Os alimentos podem ser:

a) Naturais = São os alimentos necessários, decorrem do parentesco (descendentes, ascendentes, adoção) e


tem como finalidade suprir as necessidades básicas do alimentando.

b) Civis = Também chamado de côngruos. Tem como finalidade manter a qualidade de vida do credor,
como ocorre com os alimentos decorrentes de responsabilidade civil e do matrimônio.

Deve-se atentar para o rol do art. 852, pois o mesmo é meramente exemplificativo, vez que ele não exaure as
possibilidades em que os alimentos provisionais serão concedidos.

COMPETÊNCIA:

Deve a ação ser ajuizada no juízo competente para julgar a ação principal. Mesmo havendo recurso, será a
cautelar ajuizada no primeiro grau de jurisdição. (art. 853)

LIMINAR:

É indiscutivelmente cabível em razão do disposto no art. 854, § único do CPC.

* Audiência de justificação também é cabível em razão da utilização da analogia ao art. 804.

CONTRADITÓRIO:
É cabível com fundamento no art. 802, em 05 dias, sendo restrita a discussão ao FBI e PIM.

A reconvenção não vem sendo admitida em razão da incompatibilidade de rito.

SENTENÇA:

Na sentença, não pode o magistrado exceder a análise do mérito cautelar, sendo vedado se manifestar sobre
os requisitos do art. 1.694 do CC.

IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS DA AÇÃO PRINCIPAL:

Mesmos sendo improcedentes os pedidos da ação principal, os alimentos provisionais serão devidos até o TJ
da ação principal, exceto se a sentença dispor de forma contrária. (analogia art. 13, § 3º da Lei 5.478/68 -
Marinoni, p. 789). São irrepetíveis.

ARROLAMENTO DE BENS
(Art. 855 a 860)

Não se pode confundir o arrolamento cautelar com o arrolamento sumário, que é uma espécie de inventário
simplificado. (art. 1031 CPC)

CONCEITO:

É uma medida cautelar que visa a documentação de existência e do estado de bens (e/ou constrição deles)
sempre que houver fundado receio de extravio ou dissipação, podendo o juiz deferir que tais bens fiquem
depositados em mãos e poder de depositário judicial ou outra pessoa idônea. (Greco, p. 196)

A doutrina reconhece a possibilidade de poder ser ajuizada de forma preparatória ou incidental. (Nery) Ex:
Seqüestro; Extinção de Condomínio; Ação de Divisão; Herdeiros para futuro inventário, etc.

OITIVA DO POSSUIDOR:

Poderá ocorrer, se não for prejudicar a efetividade da medida. (art. 858, § único)

FINALIDADES DA MEDIDA:

Pode ser pleiteada: a) Para fins de documentação, ou b) Para fins de constrição de bens.

OBS: Se a medida pleiteada visar constrição, estará sujeita ao prazo de caducidade de 30 dias.

JUSTIFICAÇÃO:

É possível se a prova documental não for suficiente a provar o FBI e PIM. (Art. 858)

O depósito de coisas somente será possível se houver fundado receio de dano a coisa a ser arrolada. (art.
858)
* A principal utilidade e mais utilizada das formas de arrolamento, consiste em seu requerimento para
descrição do estado das coisas. Pode ser pleiteado o lacre das portas e moveis onde as coisas se encontram,
quando não for possível concluir o arrolamento no dia em que se iniciou. (art. 860).

DA JUSTIFICAÇÃO
(Art. 861 a 866)
É a medida que visa produzir determinada prova a respeito da alegação de um fato ou relação jurídica
(Marinoni p. 792). O STJ diz que tal medida não serve para assegurar prova, mas sim produção de prova (3ª
T, 2007).

Finalidade: Simples documentação ou Produção de prova para futura ação.

Utilidade: É frequentemente utilizada para Declaração de União Estável; Declaração de Dependência


Econômica; Fins Previdenciários (Tempo de Serviço, etc).

É espécie de cautelar de jurisdição voluntária, pois nos possui lide nem partes, mas somente interesses e
interessados. No entendimento do STJ, o procedimento tem um fim em si próprio, o que desvirtua sua
natureza cautelar, uma vez que satisfaz desde logo as pretensões das partes (no mesmo sentido VGF – p.
197).

Tal medida somente é admissível de forma preparatória. Não se presta para produzir prova para ação
monitória e para mandado de segurança, pois não forma prova pré-constituida.

Segundo Marinoni, é dispensável a prova do periculum in mora, pois tal requisito é presumível.

COMPETÊNCIA: A determinação da competência dependerá:

a) Se for para simples documentação, será no domicilio do réu;


b) Se for para servir de prova,será no juízo competente para a ação principal. (vide Sumula 32 STF)

CITAÇÃO:

É essencial sob pena de nulidade. Se o interessado não puder ser citado, deverá o MP intervir como custos
legis. A finalidade da citação será, para comparecer da audiência e participar da produção da prova
(Marinoni, p. 793) e não para contestar (art. 865);

DEPOIMENTO PESSOAL, PERICIA E INSPEÇÃO JUDICIAL:

São inadmissíveis, pois perfaz-se em pedido juridicamente impossível.

JUNTADA DE DOCUMENTOS:

É possível, inclusive pode o interessado se manifestar sobre eles. (art. 863 e 864).

DEFESA E RECURSOS:

Não são admissíveis (art. 865), contudo, a 6ª T do STJ diz ser a medida passível de impugnação via
Mandado de Segurança.

SENTENÇA:

A sentença se restringirá única e exclusivamente a documentar prova testemunhal e não declarar a existência
de fato ou relação jurídica. Assim a sentença somente pronunciará a regularidade da produção de provas.
Esta vedado ao juiz valorar as provas e emitir qualquer juízo sobre ela.

DO PROTESTO, NOTIFICAÇÃO E INTERPELAÇÃO


(Art. 867 a 873)
O protesto a notificação e a interpelação são procedimentos (atos processuais) que tem como finalidade
permitir a parte interessada manifestar sua vontade para, prevenir e resguardar, eventual direito que entenda
ter. Os três possuem natureza de medida de jurisdição voluntária e também possuem as mesmas funções,
pois concede a parte a faculdade de manifestar qualquer intenção através delas, prevenindo
responsabilidades, resguardar direitos e impedir que no futuro a parte venha a alegar que não sabia sobre o
fato, lembrando que em nenhum desses casos vai haver ordem judicial para que o protestado, notificado e o
interpelado façam ou deixe de fazer algo. Isso ocorre, porque, são atos de mera comunicação.

PROTESTO
(art. 867)
O protesto é um instrumento que serve para prevenir responsabilidade, prover e conservar direitos, através
da demonstração de forma irrefutável a intenção do promovente, revelando o que o mesmo pretende no
mundo jurídico. Suas finalidades estão elencadas no art. 867 do Código de Processo Civil, como seja:

Todo aquele que desejar prevenir responsabilidade, prover a conservação e ressalva de seus direitos ou
manifestar qualquer intenção de modo formal, poderá fazer por escrito o seu protesto, em petição
dirigida ao juiz, e requerer que do mesmo se intime a quem de direito.

A primeira função, atinente a prevenção de responsabilidades, podemos citar o episódio do engenheiro de


uma obra que elaborou um projeto e o construtor responsável que não querer seguir suas orientações, diante
disso o engenheiro com o intuito de prevenir que algum dano possa vir a ocorrer ao dono da obra, o mesmo
resolve protestar o construtor pelo simples fato de não obedecer às regras descritas no projeto.

A segunda função, referente a prover a conservação de direito, temos como exemplo o protesto interruptivo
de prescrição, nos moldes do art. 219 do CPC c/c art. 202, I e II do CC.

Por último, quanto a função de prover a ressalva de seus direitos, haverá o protesto contra alienação de bens,
que pode vir a diminuir a capacidade do alienante de pagar suas próprias dívidas, ficando assim, o credor
sem formas de executar seu crédito. Neste caso, o protesto não retira nem acrescenta direitos ao promovente,
apenas mantém os direitos preexistentes. É realizado de maneira unilateral, visto que outro interessado
apenas tomo ciência do protesto, não ficando obrigado a praticar ou deixar de praticar qualquer ato.

Nos termos do art. 871, o Protesto não admite defesa, nem contraprotesto, mas pode haver contraprotesto em
autos apartados. Após a intimação, os autos do protesto e da notificação serão entregues ao requerente,
independentemente de traslado.

NOTIFICAÇÃO

A notificação consiste no provimento que visa expressar sua vontade, dizendo o que quer fazer, ou deixar de
fazer, ou o que quer que outra pessoa faça, ou deixe de fazer, sob aplicação de penalidade. A notificação não
obriga ninguém a fazer ou deixar que fazer algo, mas dá ciência inequívoca da vontade do requente. Por
exemplo, a notificação na comunicação elaborada pelo locador ao locatário, informando estar precisando do
imóvel, neste caso, se não for respeitada esta vontade, caberá ao locador ajuizar uma “ação de despejo”, não
podendo o locatário alegar que não tinha ciência desta vontade do locador, pois notificação dá ciência
incontestável de tal vontade. Através da notificação, a vontade atua no mundo jurídico, fazendo uma
situação jurídica nova, sua finalidade é simplesmente a comunicação de um fato específico.

INTERPELAÇÃO

A ora estudada medida, possui como objetivo produzir efeito jurídico a partir de uma ação ou omissão do
interpelado (art. 873 do CPC), a qual é determinada a observância no processo da interpelação, no
procedimento previsto para o protesto. Humberto Theodoro Júnior entende que, a interpelação objetiva “dar
conhecimento ao devedor para que o mesmo cumpra a exigência e para que ocorra o cumprimento da
obrigação, sob pena de constituir em mora”.

Importante frisar que, o devedor não pode interpelar, pois a interpelação visa que seja produzido efeitos
jurídicos a partir de uma omissão ou ação do interpelado. O procedimento para o protesto, notificação e
interpelação é o mesmo, ou seja, são procedimentos idênticos, devendo ser provocado por meio de petição
escrita, sendo expostos os fatos ocorridos e os fundamentos. Caso haja indeferimento da petição inicial,
poderá ser impetrado o recurso de apelação.

HOMOLOGAÇÃO DE PENHOR LEGAL


(Art. 874 a 876)

A homologação do penhor legal é uma medida que visa preservar com o credor, os bens que o devedor tem
em seu poder quando contrai o débito. Sua vantagem consiste no fato de não precisar o credor, inicialmente,
pesquisar os bens do devedor para que o crédito seja satisfeito.

Podemos citar como exemplo, o caso de um hóspede negar a pagar a conta do hotel em que estava
hospedado. Neste caso, poderá o credor ficar em garantia, com bens do devedor (desde que não seja bens
essenciais) até o valor da dívida, para não ficar no prejuízo.

Esse ato consiste em um procedimento cautelar, então, é autorizado que o credor possa fazer efetivo o
penhor, antes de recorrer à autoridade judiciária, sempre que haja periculum in mora, ou seja, sempre que
existir um risco de não receber o débito.

O credor deve requerer a homologação judicial, com os requisitos do art. 874, visando preservar um mínimo
de patrimônio para satisfação do débito, sem que haja necessidade de pesquisar os bens do demandado em
razão da disponibilidade imediata de outros bens que o devedor mantém em seu poder.

Vicente Greco Filho nos ensina que, no caso em que não seja homologado o penhor o objeto que o credor
havia detido deverá ser devolvido ao devedor, restando ao credor cobrá-lo através de ação de conhecimento,
ordinária ou sumária. Existem dúvidas a respeito de sua natureza jurídica, pois, apesar de estar presente nos
procedimentos cautelares específicos, a homologação do penhor legal não possui natureza cautelar, e sim
natureza de jurisdição voluntária.

Neste raciocínio, percebe-se que, não se busca nesta ação assegurar o resultado do processo principal e sim
satisfazer, contentar, uma pretensão própria. Diante disso, a homologação não tem a natureza cautelar, pois,
não busca garantir o resultado vantajoso para um outro processo, mas sim, satisfazer a si mesmo. O
procedimento da homologação do penhor legal deve obedecer aos requisitos da petição inicial, exigidos nos
artigos 282 e, também, os do art. 874 do Código de Processo Civil. Assim, além do juiz ou tribunal a quem
será dirigida, nomes e qualificação do requerente, requerido, exposição dos fato e fundamentos jurídicos,
pedido, valor da causa, provas com que o requerente pretenda demonstrar a verdade do que alega e do
requerimento para a citação do réu, deverá conter ainda, obrigatoriamente, os seguintes requisitos: Conta
pormenorizada das despesas; A tabela de preços; A relação dos objetos retidos e requisição da citação do
devedor para que este pague a dívida, no prazo de vinte e quatro horas ou ofereça defesa.

De acordo com o dispositivo 874 do CPC, é admissível que o juiz homologue o penhor legal, sem a ouvir o
requerido, uma vez que se forem apresentadas provas suficientes, e que convençam o juiz da veracidade do
alegado, poderá ocorrer inaudita altera pars, (art. 874, § único), porém essa não é a melhor postura a ser
adotada pelo magistrado, pois assim agindo estará ferindo a garantia constitucional de contraditório. Nos
termos da melhor doutrina, deverá ser citado o demandado para que no prazo de vinte e quatro horas, pague
ou apresente sua defesa.
Após cumprida a citação, poderão ocorrer três hipóteses: 1) O devedor paga a divida: neste caso o processo
será extinto, já que a divida foi sanada, com isso, os bens que estavam retidos deverão ser entregues ao
devedor; 2) O devedor silencia-se: de acordo com o principio da revelia, o fato do devedor não ter
contestado ou pago a dívida, fará com que os fatos narrados anteriormente tornam- se verdadeiro e com isso,
a homologação será deferida. 3) O devedor contesta a ação: sua defesa será baseada em uma das ações,
conforme artigo 875 do CPC: A defesa só pode consistir em: I - nulidade do processo; II - extinção da obrigação; III - não estar à
dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.

Essas hipóteses descritas anteriormente não serão possíveis se a dívida for oriunda da hospedagem ou
alimentação, e sim de negócios realizados entre hospede e hospedeiro, um contrato de mútuo, compra e
venda.

Após possuir as provas necessárias para julgar o caso, o juiz proferirá a sentença, sendo que poderá: 1)
Homologar o penhor, fixando o prazo de 48 horas para a entrega dos autos ao credor; 2) Indeferir o pedido
de homologação, neste caso haverá a restituição dos bens ao promovido e ressalvará ao autor o direito de
cobrar a conta através de ação própria;

Desta ação cabe apelação e o processo será contencioso. O penhor legal homologado oferece vantagem ao
credor, porém não o assegura por si só o direito a execução, pois esta depende de ter um titulo líquido, certo
e exigível.

POSSE EM NOME DO NASCITURO

O nascituro não é considerado pessoa, porém seus interesses são assegurados desde a concepção, conforme
art. 2º do Código Civil: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro”. (ao contrario STJ, que admite a existência da personalidade desde a nidação)

Com o objetivo de respeitar e até mesmo de assegurar este direito ao nascituro, o ordenamento jurídico
contemplou a sua genitora (ou representante quando esta for incapaz) a possibilidade deste vir a exercer
seus direitos mesmos antes do nascimento, neste caso aquele que detiver o poder familiar. Após seu
nascimento com vida, caso não haja alguém que exerça este poder familiar, deverá ser observado o artigo
1.779 do Código Civil, onde será determinada a nomeação de um curador:

Art. 1.779. Dar-se-á


curador ao
nascituro, se o pai
falecer estando
grávida a mulher, e
não tendo o poder
familiar.
Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu
curador será o do nascituro.

A posse em nome do nascituro é uma maneira de garantir os interesses do mesmo, fazendo com que o
representante do nascituro entre na posse de seus bens e direitos. Deve a gestante demonstrar que está
grávida, quando se tratar de caso de sucessão causa mortis, e vindo o nascituro a nascer com vida, passará a
ser um dos sucessores do falecido pai. Diante disso, notamos que função da posse em nome do nascituro é
permitir que ocorra a habilitação do nascituro no inventário de quem é herdeiro ou legatário, e também,
sua investidura nos direitos que venha a decorrer.

Pode ocorrer a dispensa da utilização da posse em nome do nascituro, em algumas hipóteses, como ocorre
no caso em que o marido falece e deixa sua esposa grávida de 7 meses, isto ocorre porque, há de se crer que
aquele filho seja filho do seu falecido esposo (art. 1.597, I e II do CC).

Entende-se que, o ora estudado instituto, não possui natureza jurídica cautelar, tendo acerca desta questão
doutrinas com entendimentos divergentes. Assim, para Humberto Theodoro Júnior a posse em nome do
nascituro trata-se de uma medida de jurisdição voluntária, porém Alexandre Freitas Câmara compreende se
tratar de jurisdição contenciosa, pois há a pretensão de uma das partes de ver satisfeito os interesses na
habilitação do nascituro no inventário.

Relevante ficarmos atentos para destacar quem possui legitimidade ativa e passiva para a presente demanda,
ou seja, quem poderá pleitear a ação em posse em nome do nascituro. A legitimidade ativa é concedida à
mulher que possui o nascituro no ventre, não somente a ela como também ao pai do nascituro caso a mãe
esteja agindo para esconder sua gravidez com intenção de que o nascituro possa ser sucessor de outrem, com
isso, dá-se legitimade ativa ao pai para pedir a posse em nome do nascituro. Se ocorrer da mãe ser interdita
ou destituída do poder familiar, deverá ser nomeado o curador, conforme art. 1.779 do Código Civil:

"Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar.
Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro".

O fato de haver curador nos deixa duvida quanto a legitimidade do mesmo, pois o curador deverá continuar
a ser representante da gestante, com isso a gestante continua tendo legitimidade ativa, porém, será
representada por seu curador já que há o risco de faltar em juízo à capacidade processual, de acordo com
art. 8º do Código de Processo Civil:

“Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei civil”.

Se a gestante ou o pai não requerer à posse em nome do nascituro, poderá ocorrer a intervenção do
Ministério Público no pólo ativo. A legitimidade passiva recairá sobre os demais herdeiros que disputam a
herança e o doador quando houver doação em favor de prole eventual, conforme art. 542 do Código Civil:

"A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal"

Ou o testamenteiro na hipótese de legado em favor do nascituro, conforme Código Civil em seu artigo
1.799:

Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: I - os filhos, ainda não concebidos, de
pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão; (...)

A interferência do Ministério Público é necessária em razão do prescrito no artigo 877, e, mesmo que não
houvesse previsão expressa, haveria necessidade de sua interferência pelo falo de haver o interesse do
incapaz conforme art. 82, I, do CPC, como seja:

Compete ao Ministério Público intervir:


I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela,
interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade;
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais
causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte.

AJUIZAMENTO

A ação se inicia com a apresentação da petição inicial em juízo, que deverá preencher os requisitos gerais da
petição inicial, sendo requerida a declaração do estado gravídico, com a posse do demandante nos direitos
que possui o nascituro. Com isso será permitido que o nascituro seja habilitado no inventário. E
imprescindível a juntada da certidão de óbito da pessoa o qual o nascituro será sucessor se nascer com vida.
O juiz deverá citar os herdeiros do falecido, para que seja oferecida resposta, após o prazo estipulado, o
Ministério Público, deverá ser ouvido, e após, determinara o juiz a produção da prova pericial, para fins de
constatar o estado de gravidez. Após a produção da prova e da oitiva das partes sobre o laudo, o juiz
proferirá sentença se baseando nas provas que o mesmo tem em seu poder.

ATENTADO
Ocorrerá atentado quando ocorrer uma situação nova, ou uma alteração do status quo, estando pendente uma
lide, “ferida” à parte e sem razão de direito, ocorre quando alguém fere o interesse da outra parte, caso a
parte contrária venha perder a causa, deverá a mesma arcar com os prejuízos, possui como função
reorganizar a situação que tenha sido alterada de forma irregular por uma das parte unilateralmente, então
seu fim é documentar a infração e fazer com que o agente devolva a ordem de restabelecimento ao estado
anterior, lembrando que é proibido o réu de se pronunciar nos autos até que seja colocado um fim ao
atentado, o fato de se encontrar o responsável pelo atentado, ou até mesmo, qual a responsabilidade criminal
por este ato será feito pelo procedimento próprio e fora do sistema processual civil, há existência de alguns
requisitos para que o fato seja considerado atentado atentado, conforme a seguir:

• Pendência do Processo;
• Inovação do Estado de Fato Inicial;
• Ilegalidade da Inovação;
• Prejuízo para o interesse da outra parte;

A legitimidade ativa será a pessoa que sofreu o dano, e legitimidade passiva se trata do responsável por
praticar este ato, o Ministério Público quando atua como fiscal da lei, o depositário judicial, e demais
auxiliares e nem o juiz não praticam atentado e nem são prejudicados por ele, aqueles que lhe retira
legitimidade para estar em qualquer dos pólos, ocorre porém, atentado quando o ato é praticado por terceiro
a mando da parte ou seguindo suas instruções, podemos citar como exemplo o construtor que continua com
a obra mesmo ela estando embargada, com isso a parte será o sujeito passivo, e não o terceiro que praticou o
ato. O procedimento de atentado se finaliza com a pronunciação da sentença, sendo sujeito a apelação.

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