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CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA

NOÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE E SEGURANÇA NO


TRABALHO VOLTADO PARA A INFORMÁTICA

Facilitadora: Mária de Araújo Rodrigues / Técnica de Seg. do Trabalho


Abreviaturas
AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
AP - Água Pressurizada (extintor)
ASO - Atestado de Saúde Ocupacional
CNAE - Código Nacional de Atividades Econômicas
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho
CBO - Código Brasileiro de Ocupações
CID - Classificação Internacional de Doenças
CO2 - Gás Carbônico (extintor)
CA - Certificado de Aprovação (ref. EPI).
DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
DRTE - Delegacia Regional do Trabalho e Emprego
DST - Doença Sexualmente Transmissível
EPI - Equipamento de Proteção Individual
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
GLP - Gases Liquefeitos de Petróleo
HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana
HPS - Hospital de Pronto-Socorro
INSS - Instituto Nacional do Seguro Social
LER - Lesões por Esforços Repetitivos
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
NRR - Norma Regulamentadora Rural
NR - Norma Regulamentadora
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção
PAIR - Perda Auditiva Induzida pelo Ruído
PAIRO - Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional
PQS - Pó Químico Seco (extintor)
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica
SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SESMT - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURANÇA
1.1 Histórico no Mundo
Desde os primórdios, o homem sempre necessitou utilizar seu esforço físico para
sobreviver, empregando-o na caça, pesca e demais atividades, mas sem se preocupar com os
males que esses esforços lhes podiam causar.
A informação sobre a necessidade de segurança do trabalho está registrada num
documento egípcio, o papiro Anastacius V, ao descrever as condições de trabalho de um
pedreiro: “Se trabalhares sem vestimenta, teus braços se gastam e tu te devoras a ti
mesmo, pois não tens outro pão que os teus dedos”.
Surgiram no Egito as primeiras minas e no ano de 2.360 a.C. houve uma insurreição
geral dos trabalhadores para evidenciar ao Faraó reinante, a necessidade de proteger e
melhorar as condições de vida dos escravos.
Na sociedade greco-romana, os soberanos exploravam seus escravos ao extremo,
pondo-os para trabalhar em minas que não ultrapassavam 1m de altura por 80 cm de largura,
causando várias mortes. Pesquisas arqueológicas localizaram esqueletos humanos
fossilizados em profundas galerias de minas em posições incríveis.
Começaram então a surgir às primeiras idéias sobre prevenção de acidentes, pois o
êxito de qualquer atividade depende das condições ótimas de saúde do trabalhador.

HIPÓCRATES - em seus escritos que datam de quatro séculos antes de Cristo, fez
menção a existência de moléstias (doenças) entre mineiros e metalúrgicos.
ARISTÓTELES - discípulo de Platão estudou as deformidades que as minas
causavam no esqueleto humano, e a maneira de como se evitar o acidente.
PLÍNIO - que viveu antes do advento da era Cristã, publicou a segurança do trabalho
com o chumbo, apontando os males que causava recomendando o uso de máscaras
protetoras, também descreveu diversas moléstias do pulmão entre mineiros, e o
envenenamento advindo do manuseio de compostos de enxofre e zinco.
GALENO - que viveu no século II, fez várias referências a moléstias entre
trabalhadores das ilhas do Mediterrâneo.

Surgem na Idade Média as primeiras ordenações aos fabricantes para a adoção de


medidas de higiene no trabalho.
A organização social da Idade Média influiu sobre segurança do trabalho, com o
levantamento das moléstias profissionais, realizado pelas associações profissionais do
período medieval.

Nos séculos XV e XVI, Georgius e Paracelso investigaram doenças ocupacionais.


Georgius, em 1556, publicava o livro “De Re Metálica”, onde foram estudados vários
problemas relacionados à extração de minerais, e a fundição da prata e do ouro.
Esta obra discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os
mineiros, dando destaque à chamada “asma dos mineiros”, provocada por poeiras
“corrosivas”.

Em 1700 foi publicado na Itália, um livro de autoria do médico Bernadino Ramazzini


conhecido como pai da medicina do trabalho, onde são descritas cerca de 100 (cem)
profissões diversas e os riscos específicos de cada uma.
Um fato importante é que muitas dessas descrições são baseadas nas próprias
observações clínicas do autor o qual nunca esquecia de perguntar ao seu paciente:
Qual a sua ocupação?

No século XVIII, a Revolução Industrial veio mudar a história da humanidade.


Nessa época o número de acidentes de trabalho se elevou de maneira assustadora
devido à invenção de diversas máquinas para substitui os trabalhos artesanais que
causavam menos acidentes.

A exploração do trabalho culmina no modo da produção capitalista para obter maiores


lucros.

O capitalismo industrial manipulava os salários dos trabalhadores a nível mínimo e


explorava ao máximo sua força de trabalho em jornadas que eram de 15 até 16 horas
diárias.

Na Inglaterra, França e Alemanha a Revolução Industrial causou um verdadeiro


massacre a inocentes e os que sobreviveram foram arrastados a locais expostos a calor,
gases, poeiras e outras condições adversas nas fábricas e nas minas.
Esses fatos logo se colocaram em evidência pelos altos índices de mortalidade entre
os trabalhadores e especialmente entre crianças.
Os empresários visando sempre mais lucro empregavam crianças com apenas 06 anos
de idade, para trabalhar em média 14 horas ao dia, em fábricas com péssimas condições,
onde tinham que se adaptar às máquinas, e assim como os mais velhos recebiam salários
miseráveis.
Por outro lado à falta de regulamentação do trabalho assalariado fazia com que os
operários dependessem do arbítrio dos patrões;
O protesto ou reivindicação por melhorias, eram motivos para que os trabalhadores
perdessem o emprego, sendo imediatamente substituídos por outros trabalhadores;
O crescimento da população e o desemprego faziam com que a oferta de mão-de-obra
fosse maior que a procura.
Assim, em 1802, o Parlamento Britânico, conseguiu que fosse aprovada a primeira lei
de proteção aos trabalhadores: “A Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o
limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, tornava obrigatória a
ventilação desta fábrica e obrigava os empregadores a lavar as paredes da fábrica duas
vezes por ano.
Em 1831, foi elaborado um relatório de inquérito, na Inglaterra que concluía da seguinte
maneira:
“Diante desta Comissão desfilou longa procissão de trabalhadores -
homens e mulheres, meninos e meninas, abobalhados, doentes, deformados,
degradados na sua qualidade humana, cada um deles era clara evidência de uma
vida arruinada, um quadro vivo da crueldade humana do homem para com o homem,
uma impiedosa condenação daqueles legisladores que, quando em suas mãos
detinham poder imenso, abandonaram os fracos à capacidade dos fortes”.

Assim devido ao impacto que o referido relatório causou na opinião pública, em 1833
surgia na Inglaterra a “Lei das Fábricas” (Factory Act), que deve ser considerada como a
primeira legislação realmente eficiente no campo da proteção ao trabalhador.

“... Proibição do trabalho noturno para menores de 18 anos; restrições das horas
de trabalho dos menores para 12 horas/dia ou 69 por semana; os trabalhadores
deveriam ser acompanhados por médico por causa do desenvolvimento físico e
mental dos trabalhadores...”.

Em 1867, na França, Engel Dollfus, empresário, criou a 1ª Associação do setor privado


para a prevenção de acidentes industriais.
Em 1877, é emitido o primeiro ato governamental no estado de Massachusets, EUA,
referente à prevenção de acidentes na indústria que exigia a aplicação de proteção de
máquinas e obrigava as fábricas a adotarem dispositivos de proteção no ambiente de
trabalho.
Em 1913, nos Estados Unidos é fundada o “National Coucil for Industrial Safety”.
Foi fundada devido à necessidade da existência de um centro especializado de
orientação aos assuntos ligados a prevenção de acidentes porque até aquele momento tais
assuntos eram tratados como problema estritamente da engenharia mecânica.
Atualmente o Conselho é tido como um dos centros prevencionistas mais importantes
do mundo. Sua denominação passou a ser “National Safety Coucil” (Conselho Nacional de
Segurança).
Após o término da II Guerra Mundial, em 1945 e com a criação da Organização das
Nações Unidas - ONU, surgiu a Organização Mundial do Trabalho - OIT e a Organização
Mundial da Saúde – OMS.
Essas entidades foram criadas para defender, estimular e apoiar os direitos dos
trabalhadores nas áreas da saúde e segurança no trabalho com base na própria
declaração dos direitos do homem.
1.2 Histórico no Brasil

“A prevenção de acidentes no Brasil foi trazida para o país na década de 40/50


através das empresas multinacionais, e até hoje a segurança do trabalho não é bem
entendida a aceita por significativa parcela da sociedade...”.

No Brasil a revolução industrial ocorreu a partir da década de 40 com a criação da


Companhia Siderúrgica Nacional e depois com a industrialização automobilística (anos 50).
Apesar da industrialização tardia, já existiam leis de prevenção anteriores a II Guerra
Mundial. Já em 1914 foi criada a Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes - ABPA,
mas que somente em 1962 foi considerada pelo Governo como de utilidade pública.
De 1919 até 1930 somente quatro leis pertinentes a segurança social dos
trabalhadores em empresas privadas podem ser relacionadas:
“Sobre acidentes do trabalho tornando compulsório o seguro contra o risco
profissional a que estavam sujeitos os empregados das indústrias que
remuneravam...” (Lei n. 3.724 de 15/01/1919).
“... Criou o Conselho Nacional do Trabalho junto ao Ministério da Agricultura,
Indústria e Comércio, com atribuições de supervisão e controle no que concerne a
previdência social...” ( Dec. n. 16.027 de 30/04/1923).
“Lei Elói Chaves, instituiu uma caixa de pensão e aposentadoria junto a cada
uma das empresas ferroviárias tornando segurados obrigatórios os respectivos
empregados. Essa lei dispunha sobre a concessão de assistência médica, de
aposentadoria por tempo de serviço e da idade, de aposentadoria por invalidez após
dez anos de serviço e de pensão aos seus beneficiários de seguro falecido...”
(Lei n. 4.682 de 24/01/1923).
“... Estendeu o regime das caixas de aposentadoria e pensão as empresas
portuárias e as de navegação marítima e fluvial...” (Lei nº. 5.109 de 20/12/1926).

De 1930 até 1970 a previdência social brasileira através de diplomas legislativos:


“... Cria o Ministério do Trabalho da Indústria e Comércio...” ( Dec.. n. 19.433
de 26/11/30).
“... Reorganiza o Conselho Nacional do Trabalho...”
( Dec. n. 24.784 de 14/07/34).
“... Estabelece normas mediante a qual cabe ao empregador pagar aos
empregados os primeiros 15 dias de ausência ao trabalhador por razão de
enfermidades...” (Dec. Lei n. 6.905 de 26/09/1944).
Estende o benefício de aposentadoria ordinária aos segurados de todos os
Institutos de Aposentadoria e Pensões...” (Lei n. 3.855-A de 13/05/1958).
“... Cria o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - F.G.T.S....” ( Lei n. 5.107 de
13/09/1966).
“... Autoriza a instituição da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e
Medicina do Trabalho...” (Lei n. 5.161 de 21/10/1966).
“... Integra o seguro acidente do trabalho à Previdência Social...” (Lei n. 5.316 de
14/09/1967).

No final dos anos 60 e início dos anos 70, o Brasil era o Campeão de Acidentes do
Trabalho.
Devido aos altos índices de acidentes do trabalho, o Governo Federal, integrando o
Plano de Valorização do Trabalhador, baixou a Portaria n° 3.237 de 17 de julho de 1972,
que tornava obrigatória a existência de Serviços de Medicina do Trabalho e de Segurança
do Trabalho em todas as empresas.
Os serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho -
SESMT - são compostos por médicos do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho,
técnicos de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho. Existem, de acordo com a lei,
em função do grau de risco de acidentes e do número de empregados de cada empresa.
As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes - CIPA - acentuou a visão
negativa que o empresário tem da segurança do trabalhador e do serviço especializado,
tidos como desperdício de dinheiro.
A Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho institui as Normas
Regulamentadoras (NR’s), que até hoje estabelecem os parâmetros mínimos de saúde e
segurança para as mais diversas atividades econômicas.

1.3 O que é Risco?


Risco é a probabilidade de ocorrência de um evento causador de lesões às
pessoas e ou danos ao ambiente, suas conseqüências podem ser leves ou graves,
temporárias ou permanentes, parciais ou totais.
O descumprimento das normas de segurança e a falta de organização no ambiente
de trabalho aumentam o risco de acidentes. Os cipeiros têm importância fundamental no
controle e equilíbrio dos riscos existentes no ambiente de trabalho de suas empresas.

1.4 O acidente do trabalho


Conceito Legal
Art. 19 da Lei n. 8.213/91 - Legislação Previdenciária
Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho.
 Doença Profissional
É doença produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade.
Exemplo: Tendinite em digitadores.

 Doença do Trabalho
É a doença adquirida ou desencadeada em função das condições em que o
trabalho é realizado.
Exemplo: Surdez em digitadores (a doença não é provocada pela atividade, mas
pelo ambiente).

 Acidente de Trajeto
Art. 21, inciso IV, da Lei n. 8.213/91
É o infortúnio possível de acontecer com o trabalhador no percurso de sua residência
para o local de trabalho ou deste para aquela, antes ou após o término da jornada de
trabalho, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de sua propriedade,
sendo indispensável para a sua configuração considerar-se o itinerário habitual e o tempo
normalmente gasto pelo trabalhador para seu deslocamento.

Também é acidente do trabalho


 ATO DE SABOTAGEM OU TERRORISMO DE TERCEIROS
 OFENSA FÍSICA INTENCIONAL POR MOTIVO DE TRABALHO DE TERCEIROS
 ATO DE IMPRUDÊNCIA OU NEGLIGÊNCIA DE TERCEIROS

Não é acidente do trabalho


 FORA DA ÁREA DA COMPANHIA POR MOTIVOS PESSOAIS NÃO DO INTERESSE
DA COMPANHIA
 EM ESTACIONAMENTO DA COMPANHIA NÃO ESTANDO A SERVIÇO DESTA
 RESIDINDO EM PROPRIEDADE DA COMPANHIA, EM ATIVIDADES NÃO LIGADAS A
SEU EMPREGO.

Acidente Típico
É todo acidente com lesão, exceto os de trajeto.

Documentação Legal do Registro de Acidente do Trabalho


Art. 134 do Decreto n. 2.172/97
A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social (INSS) até o
primeiro dia seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente, sob pena de multa aplicada e cobrada pela Previdência Social.
A comunicação da ocorrência de acidente do trabalho deverá ser feita por meio do
preenchimento de formulário específico, denominado Comunicação de Acidente do
Trabalho - CAT.

Direitos dos Acidentados no Trabalho


O funcionário que sofrer acidente do trabalho e ou doença do trabalho, quando
afastado do trabalho por um período superior a 15 dias, não pode sofrer despedida
arbitrária do emprego (exceto por motivos previstos na CLT) por um período de um ano
após o retorno ao trabalho.
A empresa pagará o salário do acidentado até os 15 primeiros dias de atestado médico.
A partir deste prazo, a manutenção de sua renda é de responsabilidade legal do INSS -
Instituto Nacional de Seguridade Social.
Os direitos acima citados são garantidos pelo INSS por meio do preenchimento e
entrega da CAT, que deverá ocorrer em uma das unidades da Previdência de sua cidade.

1.4.1 Tipos de Acidentes

 Acidente com Afastamento


Quando o funcionário não retoma no dia seguinte ao acidente para exercer suas
atividades laborais.
Em caso de acidente do trabalho com afastamento deve ser emitida, em 24 horas, a
CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho, devendo ser realizadas pelo SESMT e ou pela
CIPA a investigação e análise do fato ocorrido, constando às conclusões e principalmente as
providências adotadas que visem a prevenir novos acidentes.

 Acidente sem Afastamento


Quando o funcionário retoma no mesmo dia do acidente para exercer as suas
atividades laborais.
Em caso de acidente do trabalho sem afastamento deve ser emitida, em 24 horas, a
CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho, devendo ser realizadas pelo SESMT e ou pela
CIPA a investigação e análise do fato ocorrido, constando às conclusões e principalmente as
providências adotadas que visem a prevenir novos acidentes.

 Acidente sem Vítimas (Incidente)


Quando não ocorre lesão física ou perturbação de ordem funcional ao trabalhador,
denominamos incidente. O fato ocorrido gera danos materiais, perda de tempo e prejuízos
financeiros.
Não é necessária a emissão da CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho, mas,
também neste caso, o SESMT e/ou a CIPA deverão proceder à investigação e análise do fato
ocorrido, constando às conclusões e principalmente as providências adotadas que visem a
prevenir novos incidentes e possíveis acidentes, evitando também prejuízos financeiros à
empresa.

1.4.2 Porque os acidentes acontecem?

Ao avaliarmos as circunstâncias envolvidas em um acidente do trabalho, observamos a


presença de duas causas determinantes do fato:

1ª Causas Previsíveis Correspondem a 98% dos Acidentes


São os acidentes que poderiam ser evitados pela adoção de medidas preventivas, quer
pela empresa quer pelo empregado, e estão diretamente relacionadas às AÇÕES E
SITUAÇÕES de risco previsíveis de ocorrência.

Atos Inadequados:
* Ação de Risco Provocado Pelo Fator Humano
São atitudes comportamentais em que o funcionário se expõe ao risco de sofrer ou
produzir acidentes, e caracteriza-se pelo descumprimento das normas de segurança.
O fator humano corresponde a aproximadamente 70% das causas dos acidentes nas
empresas, e está relacionado direta e indiretamente com a ocorrência de atos inadequados que
podem ser assim divididos:
a) Fatores físicos e biológicos:
Incompatibilidade entre o homem e a função, pela idade, sexo, medidas
antropométricas, visão, etc.;
b) Fatores emocionais e psicológicos:
Instabilidade emocional, problemas pessoais, desajustamento social, etc.;
c) Fatores organizacionais:
Falta de programas e investimento em segurança, seleção de pessoal ineficaz, falta de
qualificação e treinamento de pessoal, etc.
Exemplos de Atos Inadequados
# Não usar os Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s;
# Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ou equipamentos;
# Operarem máquinas ou outros equipamentos sem habilitação;
# Usar roupas (uniforme) inadequadas para o trabalho;
# Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho;
# Utilizar ferramentas inadequadas;
# Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem conhecimento;
# Dirigir ou operar veículos de forma imprudente, em alta velocidade ou sem
habilitação;
# Trabalhar sob o efeito de álcool e/ou outras drogas;
# Fumar em locais impróprios e proibidos;
# Atravessar a rua sem observar a sinaleira;
# Carregar nos bolsos ferramentas cortantes ou pontiagudas;
# Usar ar comprimido para efetuar limpeza em uniforme ou no próprio corpo;
# Guardar material de limpeza, remédio, inseticidas, tintas ou combustíveis em lugar
de fácil acesso às crianças;
# Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar a visão;
# Manusear armas de fogo carregadas sem necessidade e na direção de outras
pessoas; guardar armas carregadas em local impróprio;
# Andar de motocicleta sem capacete;
# Nadar em lugar proibido e perigoso.

Condições Inadequadas:
* Situações de Risco Gerado Pelo Fator Ambiente
São situações de risco presentes no local de trabalho que podem causar acidentes e
doenças aos funcionários.
As condições inadequadas de trabalho representam aproximadamente 30% dos
acidentes ocorridos nas empresas, e estão associados à falta de planejamento, prevenção ou
omissão de providências relacionadas à organização, segurança e higiene no ambiente físico
do local de trabalho, que podem ser divididos da seguinte forma:
a) Ambiente:
Iluminação deficiente, excesso de ruído, temperaturas extremas, etc.
b) Edificações:
Colunas e vigas mal dimensionadas, piso irregular, escadas inadequadas, etc.
c) Arranjo Físico:
Equipamentos mal posicionados, falta de sinalização, falta de organização, etc.
d) Maquinário:
Falta de proteção em partes móveis, deficiência de manutenção, ferramentas
defeituosas, etc.
e) Proteção dos Funcionários:
Falta de EPI, falta de treinamento, etc.

2ª Causas Imprevisíveis Correspondem a 2% dos Acidentes


São causas de acidentes que não podem ser desconsideradas, porém sua prevenção
é de difícil adoção, haja vista que as causas imprevisíveis normalmente superam o
dimensionamento e planejamento preventivos.

Os principais exemplos são relacionados a fenômenos naturais, tais como:


- Descarga elétrica de um raio em quantidade superior à dimensionada pelo dispositivo de
pára-raios da empresa, provocando choque elétrico em funcionários.
- Excesso de chuvas, em quantidade superior à capacidade da rede de esgoto fluvial da
empresa, provocando inundação e suas conseqüências.

- Vendaval, quando o telhado não suporta a força do vento, que lança telhas que acabam
atingindo.
1.0 Conceito
Os Riscos Ambientais estão presentes em todos os segmentos empresariais,
compreendendo situações, condições e substâncias que, conforme a natureza do produto, o
tempo de exposição, a concentração e intensidade do RISCO, possuam potencial para
provocar danos à saúde, acidentes, doenças, limitações, incapacidade e morte.

2.0 Classificação
Os Riscos Ambientais são classificados de acordo com a sua
origem, ou seja, a fonte potencialmente capaz de provocar danos à
saúde do funcionário, conforme abaixo ilustrado:

RISCOS FISICOS São os riscos gerados por agentes que atuam por
transferência de energia sobre o organismo. Quanto maior a
quantidade e velocidade desta transmissão, maiores serão os danos à
saúde.

O RUÍDO se divide em três situações, conforme a sua freqüência sonora: IMPACTO


(explosões), INTERMITENTE (marreta) e CONTÍNUO (motosserra).
A unidade de medida da intensidade sonora é o decibel (dB), cujos equipamentos de
medição são decibelímetro, audiosímetro e dosímetro.
A exposição a níveis de ruído fora dos Limites de Tolerância pode provocar: surdez,
estresse e suas conseqüências (cansaço, irritação, pressão alta, problemas digestivos e
impotência).

A Norma Regulamentadora - NR-15 estabelece os Limites do Tolerância - LT para os


ruídos Contínuo e Intermitente, conforme tabela abaixo:
A quantificação do ruído no ambiente de trabalho deve constar no PPRA - Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, e os funcionários expostos a Ruído deverão realizar
periodicamente exame de acuidade auditiva (Audiometria), conforme o previsto pelo Programa
de Controlo Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.
Em empresas onde exista a presença de várias fontes de ruído, sugere-se à CIPA que
elabore e divulgue o Mapa do Ruído da empresa, mencionando o local, a fonte e intensidade
do ruído, bem como a obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção.

VIBRAÇÕES são observadas principalmente pelo uso de máquinas e equipamentos,


em que podemos destacar o martelete pneumático, o Compactador pneumático e a
motosserra.
Entre as principais conseqüências para a saúde do funcionário, as mais comuns são
dores na coluna, problemas renais e circulatórios e comprometimento das articulações. A
vibração normalmente vem associada a um outro risco ambiental, o ruído; portanto, somam-se
as conseqüências do risco.

RADIAÇÕES IONIZANTES são formas de energia que possuem potencial para


provocar alteração em uma célula; suas conseqüências no organismo humano são graves e
muitas vezes irreversíveis.

Exemplos: mutações genéticas, anemia, leucemia, catarata.


Esta forma de energia encontra-se presente nas atividades em que há utilização de
raios X, Gama, Beta, Alfa, entre outros. Portanto, são necessários; muita responsabilidade e
controle sobre o uso de tais energias.

RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES são formas de energias que não possuem potencial
para alterar uma célula. Suas conseqüências no organismo, embora também graves, são mais
amenas que na radiação ionizante.
Exemplos: dor de cabeça, catarata, câncer de pele e queimaduras.
Esta forma de energia se encontra presente quando da utilização de:
MICROONDAS: ondas de rádio, radares e fornos de microondas.
RAIOS INFRAVERMELHOS: luz solar.
RAIOS ULTRAVIOLETAS: luz solar, soldas elétricas.
RAIOS LASER: trabalhos especiais.
TEMPERATURAS EXTREMAS

FRIO: o organismo humano mantém sua temperatura interna constante em torno de


37º Celsius (homotérmico), e quando exposto a uma temperatura ambiental muito inferior,
reage primeiramente por meio de tremores (tiritar) e, depois, através de doenças do frio.

Exemplos: resfriados, gripes, dermatites, problemas circulatórios, entre outros.


Este tipo de risco está normalmente presente nas empresas de esterilização de
alimentos, pescados, frigoríficos e congelados.

CALOR: o calor se torna um risco à saúde do trabalhador quando ocorrer uma


diferença elevada (positiva) de temperatura ambiente em relação à temperatura corpórea.

As principais conseqüências da exposição ao excesso de calor são: a desidratação,


cãibras, problemas cardiovasculares e problemas oculares. As conseqüências do excesso de
calor somam-se às da radiação conforme a fonte de aquecimento.

Exemplos: trabalhos em fundição, trabalhos em siderúrgicas e trabalhos a céu aberto.

PRESSÕES ANORMAIS: as variações acentuadas da pressão atmosférica podem


causar sérios riscos à saúde. O nível de oxigênio presente no ar se altera conforme a pressão
atmosférica do ambiente. Como nosso organismo depende de uma quantidade definida e
pouco variável de oxigênio, estas mudanças agridem nossas funções vitais; portanto, devem
ser adotados sérios e rigorosos procedimentos para a realização de trabalhos em ambientes
com pressões atmosféricas anormais para os seres humanos.
Pressões atmosféricas elevadas: situação de trabalho comum aos mergulhadores
profissionais.

Baixas pressões atmosféricas - situação de trabalho comum aos Alpinistas e


Aeronautas profissionais.
UMIDADE: é comum em atividades realizadas em locais alagados ou encharcados,
como as efetuadas dentro de esgotos fluviais. Tem como conseqüência expor o trabalhador a
microorganismos, de maneira a deixá-lo suscetível a resfriados, gripes, pneumonias e
dermatoses.

RISCOS QUIMICOS São os riscos decorrentes da exposição a substâncias químicas, as quais


podem provocar sérios riscos à saúde, inclusive a morte, quando excedem o limite de
tolerância de um organismo.

AS VIAS DE PENETRAÇÃO DOS PRODUTOS QUÍMICOS NO


ORGANISMO HUMANO SÃO:
• Via Respiratória (pulmões)
• Via Cutânea (pele)
• Via Digestiva (estômago)

OS PRODUTOS QUÍMICOS, QUANTO AO SEU EFEITO SOBRE O ORGANISMO


HUMANO, CLASSIFICAM-SE EM:
 Produtos Irritantes - possuem ação corrosiva sobre o tecido humano, causando
inflamações no organismo.
Exemplos: cloro, iodo, ácidos, etc.
 Produtos Asfixiantes - reduzem a concentração de oxigênio no ar, podendo causar a
morte por asfixia.
Exemplos: monóxido de carbono, gás sulfídrico, cianureto, etc.
 Produtos Narcóticos - possuem ação depressora do Sistema Nervoso Central,
produzindo efeito anestésico.
Exemplos: éter etílico, acetona, etc.
 Intoxicantes Sistêmicos - atingem vários órgãos vitais do organismo humano,
destacando-se o sistema nervoso central e o sistema circulatório.
Exemplos: benzeno, tolueno, álcool metílico, mercúrio, etc.

PARA FINS DE ESTUDO E PROTEÇÃO, OS PRODUTOS


QUÍMICOS SÃO DIVIDIDOS EM TRÊS TIPOS:
Aerodispersóides
São partículas respiráveis, sólidas ou líquidas, dispersas na atmosfera que, devido a seu
tamanho bastante reduzido, podem ficar bastante tempo em suspensão no ar, e são divididas
em quatro categorias:

 POEIRAS: são partículas produzidas pela ruptura mecânica de um sólido.


Exemplos: uso de lixadeiras, polimentos, escavações, explosões e colheita.
Principais doenças: pneumoconioses (caso da sílica - silicose) e tumores de pulmão
(caso amianto - asbestose).

 NÉVOAS: são partículas produzidas pela ruptura mecânica de líquidos.


Exemplos: processos de pulverização.

Principais doenças: dermatites e problemas pulmonares.

 FUMOS: são partículas produzidas pela condensação de vapores metálicos.


Exemplos: processos de fundição e soldagem de metais.
Principais doenças: satumismo (fundições com chumbo).

 NEBLINAS: São partículas líquidas dispersas no ar, originadas da condensação de


gases provenientes de algum processo térmico.
Exemplos: cozimento de produtos alimentícios, fenômenos meteorológicos. Principais
doenças: irritações dos olhos, pele e vias respiratórias.
Obs.: A unidade de medida da granometria dos aerodispersóides é a micra. A dimensão
respirável que pode atingir os alvéolos pulmonares é normalmente inferior a 0,5 micra.
Gases
São substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão atmosférica,
apresentam-se no estado gasoso, dividindo-se em:
 Produzidos pela Natureza: nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, ozônio, etc.
 Produzidos pelas Máquinas: monóxido de carbono, dióxido de enxofre, metano,
etc.
Vapores
São substâncias gasosas que podem retornar ao seu estado normal (líquido ou
sólidos), destacando-se os vapores produzidos por solventes, tintas, água e derivados de
petróleo em geral.

RISCOS BIOLÓGICOS São os riscos originados pela presença de microorganismos, que


podem provocar graves doenças aos seres humanos.

O risco de contaminação por agentes biológicos pode ser reduzido por meio da
manutenção de uma boa higienização e ventilação do local de trabalho. Destaque-se os
cuidados no destino e manuseio dos dejetos (lixos) de origem orgânica (alimentos, sangue,
papéis servidos, etc.).

EXEMPLOS DE ATIVIDADES COM GRANDE RISCO BIOLÓGICO:


- Funcionários da área de saúde;
- Funcionários de abatedouros de aves, bovinos e ovinos;
- Funcionários de empresas de coleta de lixo urbano.

AGENTES BIOLÓGICOS NO AMBIENTE DE TRABALHO


VÍRUS, BACTÉRIAS, PROTOZOÁRIOS, FUNGOS, PARASITAS, BACILOS.
a) A presença de água parada (não tratada) favorece a ocorrência de:
- Mosquitos (através da larva do mosquito da dengue);
- Ratos (através da urina dos ratos - leptospirose).
b) Presença de pombos e morcegos no telhado da empresa, cujos resíduos de suas fezes
poderão causar doenças.
c) O consumo de água não tratada provoca doenças, como, por exemplo:
- Febre tifóide;
- Hepatite A.
d) Presença de cães de guarda não vacinados e tratados:
- Raiva;
- Pulgas.
e) A falta de higiene nos refeitórios:
- Moscas;
- Ratos;
- Baratas.
f) Falta de higiene nos banheiros:
- Fungos;
- Bactérias.
g) Falta de higiene nos alojamentos:
- Piolhos (Pediculoses);
- Sarna (escabiose);
- Micoses.
h) Ventilação inadequada:
- Vírus da gripe;
- Meningite.
i) Falta de higiene nos filtros de ar (central ou condicionado):
- Ácaros.
j) Presença de pregos e ferros enferrujados:
- Tétano.
RISCOS ERGONÔMICOS São riscos gerados pela desarmonia entre o trabalhador e seu
ambiente de trabalho. Refere-se à falta de conforto, segurança e eficiência em uma atividade.

Ergonomia - do grego ERGON (trabalho) e NOMOS (leis).


A ergonomia é uma ciência multidisciplinar que, baseando suas teorias na
antropometria, fisiologia, psicologia e engenharia, tem por principal objetivo a adaptação das
condições de trabalho às características físicas e psicológicas do homem.

A ergonomia busca ELEVAR AO MÁXIMO POSSÍVEL O NÍVEL DE QUALIDADE DO


TRABALHO HUMANO, VISANDO À EXECUÇÃO DAS MESMAS TAREFAS COMO O MÍNIMO
DE RISCO, ERRO E ESFORÇO.

Principais áreas de atuações da ergonomia


- Na área industrial.

Projetos de postos de trabalho;


Concepção de máquinas e ferramentas;
Sinalização interna e externa de circulação;
Layout de locais de trabalho.
- Nas atividades esportivas:
Projetos de utensílios (tênis, meias, camisas, bolas, etc.);
Aprimoramento de métodos e técnicas (busca de melhores resultados e recordes).
- Área hospitalar.
Projetos de equipamentos e utensílios cirúrgicos;
Projeto de mobiliários para funcionários e pacientes.
- Na área militar.
Concepção de veículos;
Concepção de armamentos;
Desenvolvimento de técnicas de combate;
Desenvolvimento de uniformes.
- Nos transportes:
Projeto de veículos mais adaptados ao ser humano;
Processos de sinalização;
Projetos de rodovias mais seguras;
Projeto de sistemas viários das cidades;
Desenho de cabines de ônibus, caminhões e aviões.
- Nas escolas:
Projetos de edificações (prédios);
Projetos de sala de aulas: cores, iluminação, pisos, mobiliários;
Sistemas de sinalização e informações em geral.
Os casos mais comuns de problemas ergonômicos, nos diversos ramos de atividades
empresariais, são:
- Esforço físico intenso;
- Levantamento e transporte manual de peso;
- Exigência de postura inadequada;
- Controle rígido de produtividade;
- Imposição de ritmos excessivos;
- Trabalhos em revezamento de turnos;
- Jornadas de trabalho prolongadas;
- Monotonia e repetitividade;
Observamos, nos itens anteriormente relacionados, a ocorrência de uma sobrecarga do
limite de trabalho do ser humano. É justamente esta sobrecarga a responsável pela ocorrência
das DORT- Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, em que se destaca a LER -
Lesões por Esforços Repetitivos.
A LER resume uma série de doenças que atingem principalmente os músculos e
tendões. É uma inflamação provocada por atividades de trabalho que exigem movimentos
repetitivos, continuados, rápidos, ou esforço físico durante um longo período de tempo,
destacando-se as seguintes:
-TENOSSINOVITE: inflamação do tecido que reveste os tendões;
-TENDINITE: inflamação dos tendões;
- EPICONDILITE: inflamação das estruturas do cotovelo;
- BURSITE: inflamação das bursas (pequenas bolsas que se situam entre os ossos e tendões
das articulações);
-MIOSITES: inflamação dos músculos;
- SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: Compressão do nervo mediano ao nível do punho.
Além das manifestações físicas no organismo, a sobrecarga profissional poderá
provocar o ESTRESSE Ocupacional, diminuindo em muito a capacidade produtiva e de
concentração do trabalhador.
Formas de prevenir a LER e o ESTRESSE Ocupacional
- Estudo ergonômico do posto de trabalho;
- Máquinas, equipamentos e ferramentas adequadas à atividade;
- Respeito ao limite de capacidade produtiva do trabalhador;
- Implantação de Programa de Ginástica Laboral;
- Fornecimento de EPIs e Uniformes confortáveis e compatíveis com a função;
- Proporcionar condições ambientais de trabalho adequadas a cada atividade.
RISCOS DE ACIDENTES São os riscos existentes pela falta de organização e segurança do
ambiente e / ou dos processos de trabalho, em razão da falta de manutenção predial,
manutenção de máquinas e equipamentos e falhas de procedimentos.

Principais Riscos de Acidentes nas Empresas


Arranjo físico inadequado:
- Máquinas e equipamentos mal localizados;
- Móveis em geral com disposições inadequadas.
Falta de Ordem e Limpeza:
- Obstáculos que dificultem o acesso à saída, entrada e circulação de pessoas;
- Chão sujo e escorregadio. Máquinas e equipamentos sem proteção:
- Falta de proteção em correias, polias, correntes, esteiras, etc.;
- Esmeril sem coifa protetora;
- Equipamentos de solda oxi-acetilênica sem válvula corta chamas.
Ferramentas inadequadas ou defeituosas:
- Levantar um veículo com um macaco hidráulico defeituoso;
- Fixar um prego na parede utilizando um alicate;
- Usar o disco de corte como esmeril.
Iluminação inadequada:
- Dirigir à noite sem faróis;
- Realizar serviços de conferência de documentos na penumbra;
- Trabalhar sob iluminação intensa (holofotes).
Eletricidade:
- Extensões com emendas e fios expostos;
- Disjuntores mal dimensionados;
- Equipamentos energizados com falta de aterramento;
- Manutenção elétrica realizada por pessoas sem conhecimento e formação;
- Falta de sinalização que o equipamento elétrico está em manutenção.
Probabilidade de incêndio ou explosão:
- Realizar serviços de solda próximos a depósito de inflamáveis;
- Fumar em depósitos de papéis, madeiras, GLP, e postos de combustíveis;
- Manusear ou transportar dinamite e outros explosivos;
Armazenamento inadequado:
- Empilhamento de caixas em quantidade e altura superiores ao limite estabelecido;
- Sobrecarregar de peso apenas uma das extremidades de um depósito;
- Armazenar produtos incompatíveis no mesmo local.
Presença de animais peçonhentos (venenosos):
- Aranhas;
- Escorpiões;
- Cobras;
1. OBJETIVO

O Mapa de Riscos tem como objetivo identificar e qualificar a presença dos riscos
ambientais na empresa, mas também envolver direta e indiretamente todos os funcionários
quanto a sua elaboração e cumprimento das normas de segurança.

2. CONCEITO
O Mapa de Riscos é uma forma de comunicação visual que, simbolicamente, através
de círculos coloridos, identifica a presença de determinado risco ambiental no local de trabalho.

3. LEGISLAÇÃO

A Portaria n. 5, de 17.8.1992, do Ministério do Trabalho, determina a obrigatoriedade


da elaboração do Mapa de Riscos Ambientais, delegando à CIPA a responsabilidade da
elaboração, divulgação e fixação.

4. GRADUAÇÃO DOS RISCOS ENCONTRADOS


A mensuração da gravidade da exposição aos riscos ambientais é dividida em 3
graduações: Pequeno, Médio e Grande. É informado no interior do círculo o número de
funcionários expostos.
Classificação:
 Risco Pequeno - possibilidade remota de incidentes ou acidentes.
 Risco Médio - possibilidade real de incidentes ou acidentes com conseqüências leves.
 Risco Grande - possibilidade iminente de incidente ou acidentes com conseqüências
graves.
Exemplos:
5. ETAPAS DO MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS
Para que o Mapeamento de Riscos de sua empresa tenha finalidade prática, deve-se
planejar as etapas de sua ELABORAÇÃO, EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO, pois pouco
vale o tempo e envolvimento despendidos pela elaboração de um Mapa de Riscos em que a
qualidade das informações e a forma de divulgação não sejam eficazes.

Primeira Etapa
Elaboração
Todo trabalho planejado e organizado quanto aos seus objetivos e forma de atuação
tem grande possibilidade de êxito, ou seja, o atendimento dos objetivos a que se propõe.
Ao elaborar um Mapa de Riscos, precisamos seguir uma ordem de informações, um
roteiro, conforme sugerido abaixo:
Roteiro da Elaboração
a) Definir o objetivo do trabalho - levantamento de riscos ambientais de um setor.
b) De que forma realizar - entrevistando os funcionários, pesquisando os acidentes e
doenças profissionais ocorridas nos últimos meses e realizando inspeções de segurança.
c) Dividir o trabalho em grupos - considerar o número de cipeiros e setores da
empresa.
d) Definir as ferramentas de trabalho - modelo sugerido: “ANEXO. 1 ".
e) Definir os prazos para o levantamento - utilizar o modelo sugerido: "ANEXO. 02".
f) Marcar nova reunião dos cipeiros para discutir as informações obtidas, identificando
os riscos quanto a sua gravidade e dificuldade de solução, ordenando-os, assim, quanto a sua
prioridade de resolução utilizar o modelo sugerido: "ANEXO. 03”.
g) Definir as possíveis soluções para os riscos ambientais encontrados e encaminhar
relatório à Diretoria da empresa.

Segunda Etapa
Execução
Concluída a primeira etapa de elaboração do mapa de riscos, precisamos transformar
os dados obtidos em informações para os demais funcionários.
A fixação do Mapa de Riscos deve ser em local de fácil visualização dos funcionários,
sendo indispensável o esclarecimento a todos quanto aos objetivos e informações contidas no
Mapa de cada Setor:
MAPA DE RISCOS- GERAL

É a representação dos riscos ambientais informados nas entrevistas e pesquisas sobre


o layout (planta baixa) de todos os departamentos da empresa.
Exemplo:
MAPA DE RISCOS - SETORIAL

É a representação dos riscos ambientais informados nas


entrevistas e pesquisas sobre o layout (planta baixa) de um
determinado setor da empresa.
Acompanhamento
Atendidas as etapas anteriores, precisamos verificar periodicamente a situação dos riscos
mapeados, pois o Mapa de Riscos abrange uma série de informações DINÂMICAS (que
podem ser modificadas). As verificações podem seguir o exemplo abaixo:

As verificações no Mapa de Riscos devem constar no Programa


de Trabalho da CIPA, em que será decidida a periodicidade do
acompanhamento (Trimestral, Quadrimestral, Semestral).
O trabalho dos cipeiros deve ser voltado a diminuir e, se
possível, eliminar os riscos constantes no Mapa de Riscos, conforme a
representação gráfica, abaixo, no mapa.
1. OBJETIVO
As atividades profissionais, em seus diversos segmentos, apresentam riscos peculiares
(próprios da atividade), que, conforme sua intensidade, concentração e tempo de exposição,
serão neutralizados ou amenizados com a utilização dos equipamentos de proteção
adequados.
Os equipamentos de proteção ao trabalhador dividem-se, quanto a sua aplicação, em
EPC’s - Equipamentos de Proteção Coletiva e EPI’s - Equipamentos de Proteção Individual,
mas seu objetivo principal é comum: proteger a integridade física do funcionário.
O dimensionamento e seleção dos equipamentos de proteção a serem utilizados
devem ter a orientação de um profissional da área de segurança do trabalho, pois o
desconhecimento dos agentes agressivos e dos meios corretos de proteção colocam em risco
a saúde do funcionário.
O reconhecimento dos riscos é documentado no PPRA - Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais (obrigatório em todas as empresas que tenham empregados, conforme a
NR-9), que prevê, nas medidas de controle dos riscos existentes, quais as melhores formas de
eliminar, minimizar ou controlar os riscos ambientais.

2. EPC - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA


Conceito
São dispositivos, equipamentos e providências adotadas com o objetivo de prevenir
acidentes e preservar a saúde de vários indivíduos, e não apenas de um funcionário.
Exemplos de EPC’s - Dispositivos e Equipamentos:
- Corrimão de escadas;
- Extintores de incêndio;
- Exaustores;
- Iluminação de emergência;
- Ventiladores;
- Pára-raios;
- Aterramento elétrico;
- Coifa de proteção de esmeril e serra circular;
- Piso antiderrapante;
- Sinalização de pedestres;
- Sinalização viária de circulação;
- Limitadores de contato em prensas;
- Isolamento de fontes de ruído e vibração;
- Isolamento de fontes de calor e frio;
- Isolamento de fontes de produtos tóxicos e radiações.

Exemplos de EPC’s - Providências:


- Substituição de produtos tóxicos;
- Alteração de métodos e processos de trabalho;
- Redução do tempo de exposição;
- Treinamento de condições de emergências;
- Treinamento de condições especiais;
- Alterações nas instalações.

Implantação
Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s, devido a sua importância na proteção
do trabalhador, devem ser inspecionados periodicamente, e sua implantação deve ser
acompanhada por um profissional da área de Segurança do Trabalho: Técnicos, Engenheiros
ou Médicos do Trabalho.

Os EPC’s eficientes são:


1) adequados ao risco;
2) dependem o menos possível da ação humana;
3) são resistentes;
4) de fácil manutenção e limpeza;
5) não criam outros tipos de riscos.
Para fins de controle dos EPC’s disponíveis e planejamento da implantação dos EPC’s
indisponíveis, sugerimos o modelo abaixo:
3. EPI - EOUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Conceito
São dispositivos de uso individual que têm como objetivo proteger a saúde dos
funcionários expostos a riscos ambientais.

Legislação
Art. 166 - CLT
"A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados".
Art. 167 - CLT
"O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação
do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho".

Norma Regulamentadora - NR-6, Portaria n. 3.214/78.


6.3 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado
ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
6.4 - Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o
disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de
acordo com o disposto no ANEXO I desta NR".

ANEXO I
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA


A.1 – Capacete
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elétricos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra riscos provenientes de
fontes geradoras de calor nos trabalhos de combate a incêndio.
A.2 – Capuz
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem
térmica;
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra respingos de
produtos químicos;
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos onde haja risco de
contato com partes giratórias ou móveis de máquinas.

B – EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE


B. 1 - Óculos
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impactos de partículas
volantes;
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação infra-vermelha;
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respingos de produtos
químicos.

B. 2 – Protetor facial
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas
volantes;
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos
químicos;
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra radiação infra-vermelha;
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra luminosidade intensa.

B. 3 – Máscara de Solda
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra impactos de
partículas volantes;
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação
ultravioleta;
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra radiação
infra-vermelha;
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra luminosidade
intensa.
C – EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA
C. 1 – Protetor auditivo
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR – 15, Anexos I e II.

D – EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA


D. 1 – Respirador purificador de ar
a) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras e
névoas;
b) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas e fumos;
c) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra poeiras,
névoas, fumos e radionuclídeos;
d) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra vapores
orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração inferior a 50 ppm (parte por
milhão);
e) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra gases
emanados de produtos químicos;
f) respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra partículas e
gases emanados de produtos químicos;
g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das vias respiratórias contra
poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.

D. 2 – Respirador de adução de ar
a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em
ambientes confinados;
b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias
respiratórias em atmosferas com concentração Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em
ambientes confinados;

D. 3 – Respirador de fuga
a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes químicos em
condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com
concentração de oxigênio menor que 18 % em volume.
E – EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
E. 1 – Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra riscos de
origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de
operações com uso de água.

F – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES


F. 1 – Luva
a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações ionizantes.

F. 2 – Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos, de acordo com a Portaria SSST nº. 26, de 29/12/1994.

F. 3 – Manga
a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra choques
elétricos;
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
abrasivos e escoriantes;
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
cortantes e perfurantes;
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra umidade
proveniente de operações com uso de água;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra agentes
térmicos.

F. 4 – Braçadeira
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.

F. 5 – Dedeira
a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e
escoriantes.
G – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

G. 1 – Calçado
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os
artelhos;
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques elétricos;
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes cortantes e
escoriantes;
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente
de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos
químicos.

G. 2 – Meia
a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.

G. 3 – Perneira
a) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes abrasivos e
escoriantes;
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respingos de produtos
químicos;
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agentes cortantes e
perfurantes;
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umidade proveniente de
operações com uso de água.

G. 4 – Calça
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes abrasivos e
escoriantes;
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respingos de produtos
químicos;
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umidade proveniente de
operações com uso de água.
H – EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
H. 1 – Macacão
a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra chamas;
b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra agentes térmicos;
c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra respingos de produtos químicos;
d) macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e inferiores
contra umidade proveniente de operações com uso de água.

H. 2 – Conjunto
a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para
proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos;
b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para
proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para
proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de
operações com uso de água;
d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, para
proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra chamas.

H. 3 – Vestimenta de corpo inteiro


a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra respingos de
produtos químicos;
b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente
de operações com água.

I – EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL


I.1 – Dispositivo trava-queda
a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de
segurança para proteção contra quedas.
I.2 – Cinturão
a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos
em altura;
b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda no
posicionamento em trabalhos em altura.
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria específica a ser expedida pelo
órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após observado o
disposto no subitem 6.4.1.
6.5. Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas
empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao
risco existente em determinada atividade.
6.5.1 Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado, mediante
orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI adequado à proteção do
trabalhador.
6.6. Cabe ao Empregador
6.6.1. Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c ) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;


e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
6.7. Cabe ao Empregado
6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) Usar, utilizando-se apenas para a finalidade a que se destina;


b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso;e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

4. EPI: UTILIZAÇÃO, QUALIDADE E ENTREGA


Cada empresa, dependendo de sua atividade produtiva, matéria-prima utilizada e
processos de trabalhos empregados, possui riscos ambientais específicos. Portanto, os EPis -
Equipamentos de Proteção Individual serão dimensionados e entregues aos funcionários de
acordo com as características do risco.
O tempo de troca (substituição) dos EPIs deve ser observado conforme a sua vida útil
e desgaste natural. Para fins deste controle utilizamos o modelo abaixo:
A durabilidade do EPI está diretamente relacionada à sua qualidade e
utilização.

Portanto, o acompanhamento da satisfação do funcionário quanto ao seu


equipamento de proteção individual deve ser periodicamente consultado.

A entrega do EPI - Equipamento de Proteção Individual ao funcionário deve ser seguida


das orientações de uso e conservação, bem como devidamente protocolada para fins de
controle e amparo legal da empresa.
1. OBJETIVO

A inspeção de segurança busca a identificação dos riscos existentes no ambiente de


trabalho, e é uma fonte importante de informação para a elaboração do mapa de riscos.

As inspeções quanto a sua abrangência dividem-se em:


 Gerais - são inspecionados todos os setores da empresa.
 Setoriais - são inspecionados apenas setores específicos.
A CIPA deverá definir um cronograma das inspeções de segurança, prevendo a data,
local, horário, objetivo e o responsável pela inspeção. O relatório contendo os riscos
identificados será apresentado aos demais cipeiros, quando, após discutido pela comissão,
serão tomadas as providências necessárias para cada situação.
Modelo sugerido do cronograma de inspeções:

O acompanhamento de representantes do SESMT - Serviços Especializados em


Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho nas inspeções irá reforçar o
reconhecimento dos riscos e adoção de possíveis soluções.

2. ETAPAS DA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA


1º) Observação detalhada de todo o processo de trabalho e
senso crítico da avaliação dos riscos.
2º) Informações imparciais e precisas dos fatos observados.
3º) Providências Urgentes, sempre que identificadas situações
de risco grave e iminente de acidentes:
 Solicitação da parada do serviço ou atividade, até que seja
corrigida a situação de risco;
 Comunicação imediata ao encarregado do setor e gerência
da empresa.
4º) Registro detalhado de todos os itens observados, bem como
as possíveis medidas corretivas e preventivas.
5º) Encaminhamento de um relatório detalhado para o
departamento ao qual cabem as providências necessárias.
6º) Acompanhamento do atendimento ao relatório enviado até
a solução dos riscos relacionados.

3. MODELOS DE FORMULÁRIOS DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

MODELO A
MODELO B

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
COLETIVA – EPC
DATA DEPARTAMENTO EQUIPAMENTO

ITENS SATISFATÓ INSATISFAT OBSERVA


AVALIADOS RIO ÓRIO ÇÃO
1.
Disponibilidade
2. Qualidade
3 .Manutenção
4. Treinamento
5. Utilização

OBS:
SESMT

CIPA

MODELO C

MODELO D
MODELO E
MODELO F
1. OBJETIVOS

Os principais objetivos da investigação e análise de um acidente do trabalho são:


1º) Esclarecer a causa do acidente;
2º) Definir a adoção de medidas preventivas e corretivas, de forma a prevenir a
ocorrência de novos acidentes.
A Investigação e Análise de Acidentes deve ser realizada pelos membros da CIPA em
conjunto com o SESMT, sendo necessária a comunicação imediata do acidente aos
representantes de tais serviços.
Para que a fase de investigação seja ampla em detalhes, o ideal é que se realize logo
após a ocorrência, observando-se a seguinte ordem:
a) Presença no local do acidente dos membros designados para a investigação, tanto
da CIPA quanto do SESMT;
b) Se necessário, interditar temporariamente a área do acidente;
c) Quando possível, escutar a versão do(s) acidentado(s);
d) Colher informações da chefia do setor e dos colegas de trabalho;
e) Inspecionar as máquinas ou equipamentos envolvidos;
f) Observar a presença de sinalização, EPCs e EPIs;
g) Descrever outros motivos que possam ter colaborado para a ocorrência do acidente:
- Falta de treinamento,
- Uso de álcool ou drogas,
- Ritmo ou forma de trabalho,
- Outros riscos ambientais.
Após a fase de investigação do acidente e colhidas todas as informações necessárias,
deve-se analisar as causas de sua ocorrência, pois delas surgirão também as possíveis
medidas preventivas e corretivas a serem adotadas.
Todas as conclusões sobre o fato devem ser descritas em relatório enviado às chefias
competentes, definindo claramente os motivos do acidente e as possíveis soluções para evitar
novas ocorrências.
Os documentos gerados da investigação, análise, conclusão e relatório final devem ser
arquivados juntamente com a cópia da CAT Comunicação de Acidente do Trabalho, pois estes
documentos poderão posteriormente ser solicitados pela DRT - Delegacia Regional do
Trabalho, bem como servir de elementos de defesa à empresa, no caso de processos de
reparação movidos pelo acidentado.
2. DOCUMENTAÇÃO DO ACIDENTE
1. OBJETIVO

A CAT é um documento da Previdência Social, cujo objetivo é registrar a ocorrência de


acidente ou doença ocupacional sofrido por um empregado (sob o regime de trabalho regido
pela CLT), sendo também um dos principais documentos que garantem a manutenção de
salário ao acidentado:

 Nos 15 (quinze) primeiros dias do acidente, o pagamento do salário é de


responsabilidade da empresa.
 A partir do 16º (décimo sexto) dia, a manutenção do pagamento de salários (seguro
acidente do trabalho) é da Previdência Social até a alta médica do acidentado.

2. EMISSÃO
Quanto à emissão, a CAT divide-se em três tipos:
 CAT inicial
 CAT de reabertura
 CAT de comunicação de óbito

3. PREENCHIMENTO

Quanto ao preenchimento, a CAT divide-se em três partes distintas:


I – EMITENTE: o responsável pelo preenchimento (empresa, sindicato, outros) irá
completar todos os campos desta parte da CAT, identificando os seguintes itens:
 A empresa,
 O acidentado,
 O acidente ou doença,
 As testemunhas.
II - ATESTADO MÉDICO: o preenchimento desta parte da CAT é de responsabilidade
do médico que atendeu o acidentado, e busca identificar os seguintes itens:
 Quanto ao atendimento,
 À lesão,
 Ao diagnóstico.

III - INSS: esta parte da CAT destina-se ao protocolo de recebimento desta pela
Previdência Social.
4. OBSERVAÇÕES

A Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT deverá ser feita até o 1° dia útil após o
acidente. Quando ultrapassado este prazo, a empresa poderá justificar oficialmente o motivo do
atraso ao INSS Instituto Nacional do Seguro Social, que julgará a procedência da justificativa.
O descumprimento do prazo legal e a falta de justificativa são passíveis de multa à empresa.
Mesmo que o acidente do trabalho não provoque afastamento do funcionário, a
empresa deve emitir e enviar ao INSS a Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT, para fins
de notificação, segundo a Lei n. 8.213, art. 22.
Quando a CAT não for emitida pela empresa, o próprio acidentado poderá fazê-lo,
solicitando ao médico que o atendeu ou ao sindicato da categoria. A CAT deve ser preenchida
em formulário específico e com todos os seus campos completados com exatidão de
informações, em 06 (seis) vias, assim destinadas:
 1ª via, destinada ao INSS;
 2ª via, destinada à Empresa;
 3ª via, destinada ao Segurado;
 4ª via, destinada ao sindicato de classe do trabalhador;
 5ª via, destinada ao SUS,
 6ª via, destinada à DRT.
O funcionário encaminhado ao Seguro do Acidente de Trabalho, por meio da CAT, terá
garantida a estabilidade do emprego por 12 meses a contar da data de cessação do benefício
acidentário, caso o tempo de afastamento seja superior a 15 (quinze) dias.
Deve-se salientar que a CAT deverá ser precedida da investigação e análise do acidente.
1. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA – CLT

LEI Nº. 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977


Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a
segurança e medicina do trabalho e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo
Decreto-lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redação:

CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO

SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 154 A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capitulo,
não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria,
sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios
em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas
oriundas de convenções coletivas de trabalho.
Art. 155 Incumbe ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de segurança
e medicina do trabalho:
I - estabelecer, nos limites de sua competência, normas sobre a aplicação dos
preceitos deste Capítulo, especialmente os referidos no art. 200;
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a fiscalização e as demais atividades
relacionadas com a segurança e a medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive
a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho;
III - conhecer, em última instância, dos recursos, voluntários ou de ofício, das decisões
proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e medicina do
trabalho.
Art. 156 Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de
sua jurisdição:
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do
trabalho;
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste
Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam
necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste
Capítulo, nos termos do art. 201.
Art. 157 Cabe às empresas:
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.
Art. 158 Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de
que trata o item II do artigo anterior;
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do
artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
Art. 159 Mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, poderão ser
delegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições de fiscalização ou
orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.

SEÇÃO II
Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição
Art. 160 Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia inspeção
e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho.
§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial nas
instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a comunicar, prontamente, à
Delegacia Regional do Trabalho.
§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia Regional do
Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.
Art. 161 O Delegado Regional do Trabalho, à vista do laudo técnico do serviço
competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá interditar
estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou embargar obra, indicando na
decisão, tomada com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser
adotadas para prevenção de infortúnios de trabalho.
§ 1º - As autoridades federais, estaduais e municipais darão imediato apoio às medidas
determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho.
§ 2º - A interdição ou embargo poderão ser requeridos pelo serviço competente da
Delegacia Regional do Trabalho e, ainda, por agente da inspeção do trabalho ou por entidade
sindical.
§ 3º - Da decisão do Delegado Regional do Trabalho poderão os interessados recorrer,
no prazo de 10 (dez) dias, para o órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e medicina do trabalho, ao qual será facultado dar efeito suspensivo ao recurso.
§ 4º - Responderá por desobediência, além das medidas penais cabíveis, quem, após
determinada a interdição ou embargo, ordenar ou permitir o funcionamento do estabelecimento
ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento, ou o prosseguimento de
obra, se, em conseqüência, resultarem danos a terceiros.
§ 5º - O Delegado Regional do Trabalho, independente de recurso, e após laudo
técnico do serviço competente, poderá levantar a interdição.
§ 6º - Durante a paralisação dos serviços, em decorrência da interdição ou embargo,
os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo exercício.

SEÇÃO III
Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas
Empresas
Art. 162 As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do
Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do
trabalho.
Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão:
a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco
de suas atividades;
b) o numero mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo
o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior;
c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho;
d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e
em medicina do trabalho, nas empresas.
Art. 163 Será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos
estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas.
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho regulamentará as atribuições, a
composição e o funcionamento das CIPA (s).
Art. 164 Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados,
de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o
parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
designados.
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente
os empregados interessados.
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida
uma reeleição.
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que,
durante o seu mandato, tenha participado de menos da metade do número de reuniões da
CIPA.
§ 5º - O empregador designará, anualmente, dentre os seus representantes, o
Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre eles, o Vice-Presidente.
Art. 165 Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão
sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo
disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de
reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos
mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.

SEÇÃO IV
Do Equipamento de Proteção Individual
Art. 166 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de
proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos empregados.
Art. 167 O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação
do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

SEÇÃO V
Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
Art. 168 Será obrigatório o exame médico do empregado, por conta do empregador.
§ 1º - Por ocasião da admissão, o exame médico obrigatório compreenderá
investigação clínica e, nas localidades em que houver, abreugrafia.
§ 2º - Em decorrência da investigação clínica ou da abreugrafia, outros exames
complementares poderão ser exigidos, a critério médico, para apuração da capacidade ou
aptidão física e mental do empregado para a função que deva exercer.
§ 3º - O exame médico será renovado, de seis em seis meses, nas atividades e
operações insalubres e, anualmente, nos demais casos. A abreugrafia será repetida a cada
dois anos.
§ 4º - O mesmo exame médico de que trata o § 1º será obrigatório por ocasião da
cessação do contrato de trabalho, nas atividades, a serem discriminadas pelo Ministério do
Trabalho, desde que o último exame tenha sido realizado há mais de 90 (noventa) dias.
§ 5º - Todo estabelecimento deve estar equipado com material necessário à prestação
de primeiros socorros médicos.
Art. 169 Será obrigatória a notificação das doenças profissionais e das produzidas em
virtude de condições especiais de trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de
conformidade com as instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho.
SEÇÃO VI
Das Edificações
Art. 170 As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam
perfeita segurança aos que nelas trabalhem.
Art. 171 Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-direito,
assim considerada a altura livre do piso ao teto.
Parágrafo único - Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do trabalho,
sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
Art. 172 Os pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências nem
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais.
Art. 173 As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que impeçam a
queda de pessoas ou de objetos.
Art. 174 As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,
coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições de segurança e
de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e manter-se
em perfeito estado de conservação e limpeza.

SEÇÃO VII
Da Iluminação
Art. 175 Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada, natural ou
artificial, apropriada à natureza da atividade.
§ 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim de evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
§ 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento a serem
observados.

SEÇÃO VIII
Do Conforto Térmico
Art. 176 Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível com o serviço
realizado.
Parágrafo único - A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natural não
preencha as condições de conforto térmico.
Art. 177 Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em virtude de
instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de vestimenta adequada para
o trabalho em tais condições ou de capelas, anteparos, paredes duplas, isolamento térmico e
recursos similares, de forma que os empregados fiquem protegidos contra as radiações
térmicas.
Art. 178 As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser mantidas
dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho.

SEÇÃO IX
Das Instalações Elétricas
Art. 179 O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as
medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas, em qualquer das
fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.
Art. 180 Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou
reparar instalações elétricas.
Art. 181 Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas
devem estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.

SEÇÃO X
Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Art. 182 O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre:
I - as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais de trabalho,
os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condições especiais a que estão
sujeitas a operação e a manutenção desses equipamentos, inclusive exigências de pessoal
habilitado;

II - as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de materiais,


inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos recipientes e locais de
armazenagem e os equipamentos de proteção individual;
III - a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equipamentos de
transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência quanto à natureza perigosa ou
nociva à saúde das substâncias em movimentação ou em depósito, bem como das
recomendações de primeiros socorros e de atendimento médico e símbolo de perigo, segundo
padronização internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias armazenados ou
transportados.
Parágrafo único - As disposições relativas ao transporte de materiais aplicam-se,
também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de trabalho.
Art. 183 As pessoas que trabalharem na movimentação de materiais deverão estar
familiarizados com os métodos raciocinais de levantamento de cargas.

SEÇÃO XI
Das Máquinas e Equipamentos
Art. 184 As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositivos de
partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção de acidentes do
trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental.
Parágrafo único - É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e o uso
de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.

Art. 185 Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com as
máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do ajuste.
Art. 186 O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre proteção e
medidas de segurança na operação de máquinas e equipamentos, especialmente quanto à
proteção das partes móveis, distância entre estas, vias de acesso às máquinas e equipamentos
de grandes dimensões, emprego de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção
exigidas quando motorizadas ou elétricas.

SEÇÃO XII
Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão.
Art. 187 As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob pressão
deverão dispor de válvula e outros dispositivos de segurança, que evitem seja ultrapassada a
pressão interna de trabalho compatível com a sua resistência.
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho expedirá normas complementares quanto
à segurança das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, especialmente quanto ao
revestimento interno, à localização, à ventilação dos locais e outros meios de eliminação de
gases ou vapores prejudiciais à saúde, e demais instalações ou equipamentos necessários à
execução segura das tarefas de cada empregado.
Art. 188 As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de segurança, por
engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministério do Trabalho, de conformidade
com as instruções que, para esse fim, forem expedidas.
§ 1º - Toda caldeira será acompanhada de "Prontuário", com documentação original do
fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação técnica, desenhos, detalhes, provas e testes
realizados durante a fabricação e a montagem, características funcionais e a pressão máxima
de trabalho permitida (PMTP), esta última indicada, em local visível, na própria caldeira.
§ 2º - O proprietário da caldeira deverá organizar, manter atualizado e apresentar,
quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança, no qual serão anotadas,
sistematicamente, as indicações das provas efetuadas, inspeções, reparos e quaisquer outras
ocorrências.
§ 3º - Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão deverão
ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em matéria de segurança do
trabalho.
SEÇÃO XIII
Das Atividades Insalubres ou Perigosas
Art. 189 Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do
agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 190 O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de
tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do
empregado a esses agentes.
Parágrafo único - As normas referidas neste artigo incluirão medidas de proteção do
organismo do trabalhador nas operações que produzem aerodispersóides tóxicos, irritantes,
alérgicos ou incômodos.
Art. 191 A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites
de tolerância;
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a
insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização,
na forma deste artigo.
Art. 192 O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do
salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Art. 193 São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da
regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em
condições de risco acentuado.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de
30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe


seja devido.
Art. 194 O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade
cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e
das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Art. 195 A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade,
segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico
do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento
ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres
ou perigosas.
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por
Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste
artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério

do Trabalho.
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do
Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.
Art. 196 Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de insalubridade
ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva atividade nos
quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, respeitadas as normas do artigo 11.
Art. 197 Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transportados nos
locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua
composição, recomendações de socorro imediato e o símbolo de perigo correspondente,
segundo a padronização internacional.
Parágrafo único - Os estabelecimentos que mantenham as atividades previstas neste
artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou cartazes, com advertência quanto
aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à saúde.

SEÇÃO XIV
Da Prevenção da Fadiga
Art. 198 É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode
remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor
e da mulher.
Parágrafo único - Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de
material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer
outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites
diversos, que evitem sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças.
Art. 199 Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura correta ao
trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas, sempre que a execução da
tarefa exija que trabalhe sentado.
Parágrafo único - Quando o trabalho deva ser executado de pé, os empregados terão
à sua disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o serviço permitir.
SEÇÃO XV
Das Outras Medidas Especiais de Proteção
Art. 200 Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições complementares às
normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiaridades de cada atividade ou setor
de trabalho, especialmente sobre:
I - medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção individual em
obras de construção, demolição ou reparos;
II - depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e explosivos,
bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas;
III - trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo quanto à
prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterramentos, eliminação de poeiras,
gases, etc. e facilidades de rápida saída dos empregados;
IV - proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com
exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra-fogo,
diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores de acesso
e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização;
V - proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no trabalho a
céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento profilaxia de endemias;
VI - proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radiações
ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões anormais ao ambiente
de trabalho, com especificação das medidas cabíveis para eliminação ou atenuação desses
efeitos limites máximos quanto ao tempo de exposição, à intensidade da ação ou de seus
efeitos sobre o organismo do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade
controle permanente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam
necessárias;
VII - higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, instalações
sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários e armários individuais,
refeitórios ou condições de conforto por ocasião das refeições, fornecimento de água potável,
condições de limpeza dos locais de trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos
industriais;

VIII - emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de perigo.
Parágrafo único - Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as normas a que
se referem este artigo serão expedidas de acordo com as resoluções a respeito
adotadas pelo órgão técnico.

SEÇÃO XVI
Das Penalidades

Art. 201 As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão
punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de referência previsto no artigo 2º,
parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à segurança do
trabalho com multa de 5 (cinco) a 50 (cinqüenta) vezes o mesmo valor.
Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização,
emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu
valor máximo."
Art. 202 A retroação dos efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de
insalubridade ou periculosidade, de que trata o artigo 196 da Consolidação das Leis do
Trabalho, com a nova redação dada por esta Lei, terá como limite a data da vigência desta Lei,
enquanto não decorridos 2 (dois) anos da sua vigência.
Art. 203 As disposições contidas nesta Lei aplicam -se, no que couber, aos
trabalhadores avulsos, as entidades ou empresas que lhes tomem o serviço e aos sindicatos
representativos das respectivas categorias profissionais.
§ 1º - Ao Delegado de Trabalho Marítimo ou ao Delegado Regional do Trabalho,
conforme o caso, caberá promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e
medicina do trabalho em relação ao trabalhador avulso, adotando as medidas necessárias
inclusive as previstas na Seção II, do Capítulo V, do Título II da Consolidação das Leis do
Trabalho, com a redação que lhe for conferida pela presente Lei.
§ 2º - Os exames de que tratam os §§ 1º e 3º do art. 168 da Consolidação das Leis do
Trabalho, com a redação desta Lei, ficarão a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica
da Previdência Social - INAMPS, ou dos serviços médicos das entidades sindicais
correspondentes.
Art. 204 O Ministro do Trabalho relacionará o artigos do Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho, cuja aplicação será fiscalizada exclusivamente por
engenheiros de segurança e médicos do trabalho.
Art. 205 Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogados os
artigos 202 a 223 da Consolidação das Leis do Trabalho; a Lei nº 2.573, de 15 de agosto de
1955; o Decreto-lei nº 389, de 26 de dezembro de 1968 e demais disposições em contrário.
Brasília, em 22 de dezembro de 1977; 156º da Independência e 89º República.
ERNESTO GEISEL
ARNALDO PRIETO

2. LEGISILAÇÃO PREVIDENCIÁRIA - INSS

LEI N. 8.213/91
Art. 19 Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do Art. 11 desta
Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais
de proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da
operação a executar e do produto a manipular.
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e
entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos
parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20 Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as
seguintes entidades mórbidas:
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente
do trabalho.
Art. 21 Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade
para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência
de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de
trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao
trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força
maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de
sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou
proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio
de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é
considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão
que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências
do anterior.
Art. 22 A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o
1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade
competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-de-
contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou
seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou
qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade
pela falta do cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a
cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
Art. 23 Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do
trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o
dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este
efeito o que ocorrer primeiro.

3. NORMAS REGULAMENTADORAS – NR’s

Aprova as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V,


Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Segurança e Medicina do Trabalho.
O Ministro de Estado do Trabalho, no uso de suas atribuições legais, considerando o
disposto no art. 200, da consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n.º
6.514, de 22 de dezembro de 1977,
resolve:
Art. 1º - Aprovar as Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:

NORMAS REGULAMENTADORAS
NR- 1 - Disposições Gerais
NR- 2 - Inspeção Prévia
NR- 3 - Embargo e Interdição
NR- 4 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT
NR- 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
NR- 6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI
NR- 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO
NR- 8 - Edificações
NR- 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
NR- 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade
NR- 11- Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR- 12- Máquinas e Equipamentos
NR- 13- Caldeiras e Vasos Sob Pressão
NR- 14- Fornos
NR- 15- Atividades e Operações Insalubre
NR- 16- Atividades e Operações Perigosas
NR- 17- Ergonomia
NR- 18- Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR- 19- Explosivos
NR- 20- Combustíveis Líquidos e Inflamáveis
NR- 21- Trabalhos a Céu Aberto
NR- 22- Trabalhos Subterrâneos
NR- 23- Proteção Contra Incêndios
NR- 24- Condições Sanitárias e de conforto no locais de Trabalho
NR- 25- Resíduos Industriais
NR- 26- Sinalização de Segurança
NR- 27- Registro profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho
NR- 28- Fiscalização e Penalidades
NR- 29- Segurança e saúde no trabalho portuário
NR-30- Segurança e saúde no trabalho aquaviário
NR-31- Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aqüicultura.
NR-32- Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.
NR-33 - Espaço Confinado
NORMA REGULAMENTADORAS NR- 17

17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a

adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de


modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

17.1.1. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento,


transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais
do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características


psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do
trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme
estabelecido nesta Norma Regulamentadora.

17.2. Levantamento, transporte e descarga individual de materiais.

17.2.1. Para efeito desta Norma Regulamentadora:

17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da


carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento
e a deposição da carga.

17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de


maneira contínua ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de
cargas.

17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a 18


(dezoito) anos e maior de 14 (quatorze) anos.

17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um
trabalhador cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
(117.001-5 / I1)

17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que
não as leves, deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos
de trabalho que deverá utilizar com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir
acidentes. (117.002-3 / I2)

17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser
usados meios técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens foram designados para o
transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente
inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer a sua saúde ou sua
segurança. (117.003-1 / I1)

17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de


vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão
ser executados de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja
compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou sua
segurança. (117.004-0 / I1)

17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de


ação manual deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo
trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa a sua
saúde ou sua segurança. (117.005-8 / I1)

17.3. Mobiliário dos postos de trabalho.

17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho
deve ser planejado ou adaptado para esta posição. (117.006-6 / I1)

17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de


atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do
assento; (117.007-4 / I2)

b) ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; (117.008-2 /


I2)

c) ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação


adequados dos segmentos corporais. (117.009-0 / I2)

17.3.2.1. Para trabalho que necessite também da utilização dos pés, além dos
requisitos estabelecidos no subitem 17.3.2 os pedais e demais comandos para
acionamento pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil
alcance, bem como ângulos adequados entre as diversas partes do corpo do
trabalhador em função das características e peculiaridades do trabalho a ser
executado. (117.010-4 / I2)

17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes
requisitos mínimos de conforto:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
(117.011-2 / I1)

b) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;


(117.012-0 / I1)

c) borda frontal arredondada; (117.013-9 / I1)

d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região


lombar. (117.014-7 / I1)

17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a


partir da análise ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés que
se adapte ao comprimento da perna do trabalhador. (117.015-5 / I1)

17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os
trabalhadores durante as pausas. (117.016-3 / I2)

17.4. Equipamentos dos postos de trabalho.

17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar


adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado.

17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve:

a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado
proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando movimentação
freqüente do pescoço e fadiga visual; (117.017-1 / I1)

b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a
utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
(117.018-0 / I1)

17.4.3. Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com


terminais de vídeo devem observar o seguinte:

a) condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do equipamento


à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e proporcionar corretos
ângulos de visibilidade ao trabalhador; (117.019-8 / I2)

b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador


ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; (117.020-1 / I2)
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira
que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam aproximadamente
iguais; (117.021-0 / I2)

d) serem posicionados em superfícies de trabalho com altura ajustável. (117.022-8 /


I2)

17.4.3.1. Quando os equipamentos de processamento eletrônico de dados com


terminais de vídeo forem utilizados eventualmente poderão ser dispensadas as
exigências previstas no subitem 17.4.3 observada a natureza das tarefas executadas e
levando-se em conta a análise ergonômica do trabalho.

17.5. Condições ambientais de trabalho.

17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características


psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto:

a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira


registrada no INMETRO; (117.023-6 / I2)

b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus
centígrados); (117.024-4 / I2)

c) velocidade do ar não-superior a 0,75m/s; (117.025-2 / I2)

d) umidade relativa do ar não-inferior a 40 (quarenta) por cento. (117.026-0 / I2)

17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem


17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na
NBR 10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a
curva de avaliação de ruído (NC) de valor não-superior a 60 dB.

17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos
de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as
demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.

17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou


artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1. A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.

17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma


a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.

17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de


trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira
registrada no INMETRO. (117.027-9 / I2)

17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve


ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de
luxímetro com fotocélula corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do
ângulo de incidência. (117.028-7 / I2)

17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem
17.5.3.4, este será um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.

17.6. Organização do trabalho.

17.6.1. A organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas


dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no
mínimo:

a) as normas de produção;

b) o modo operatório;

c) a exigência de tempo;

d) a determinação do conteúdo de tempo;

e) o ritmo de trabalho;

f) o conteúdo das tarefas.

17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do


pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte:

a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de


remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as
repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; (117.029-5 / I3)
b) devem ser incluídas pausas para descanso; (117.030-9 / I3)

c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou


superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno
gradativo aos níveis de produção vigente na época anterior ao afastamento. (117.031-7
/ I3)

17.6.4. Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o


disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:

a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos


trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número individual de
toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e
vantagens de qualquer espécie; (117.032-5 / I3)

b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser
superior a 8 (oito) mil por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito
desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; (117.033-3 / I3)

c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite


máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o
trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da
Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos,
nem esforço visual; (117.034-1 / I3)

d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10


(dez) minutos para cada 50 (cinqüenta) minutos trabalhados, não deduzidos da jornada
normal de trabalho; (117.035-0 / I3)

e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou


superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques
deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser
ampliada progressivamente. (117.036-8 / I3)

Entendendo Melhor a LER/ DORT

LER/DORT é a designação de qualquer doença causada por esforço repetitivo


enquanto DORT é o nome dado às doenças causadas pelo trabalho. Alguns especialistas e
entidades preferem, atualmente, denominar LER por DORT ou ainda LER/DORT.
Em casos extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de
movimentos. A LER/DORT inclui várias doenças entre as quais, tenossinovite, tendinites,
epicondilite, síndrome do túnel do carpo, bursite, dedo emgatilho, síndrome do desfiladeiro
torácico e síndrome do pronador redondo. A LER/DORT também é conhecida por L.T.C. (Lesão
por Trauma Cumulativo).

Algumas Doenças

• TENOSSINOVITE: inflamação do tecido que reveste os tendões.


• TENDINITE: inflamação dos tendões.
• EPICONDILITE: inflamação das estruturas do cotovelo.
• BURSITE: inflamação das bursas (pequenas bolsas que se situam entre os ossos e
tendões das articulações do ombro).
• MIOSITES: inflamação dos músculos.
• SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: compressão do nervo mediano na altura do
punho.
• SÍNDROME CERVICOBRAQUIAL: compressão dos nervos em coluna cervical.
• SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO: compressão do plexo (nervos e vasos)
• SÍNDROME DO OMBRO DOLOROSO: compressão de nervos e vasos em região do
ombro.

A quem a LER ataca? A LER é contagiosa?

As principais vítimas são digitadores, publicitários, jornalistas, bancários e todos os


profissionais que têm o computador como companheiro de trabalho.
Não é contagiosa, pois não é causada por bactérias, fungos ou vírus, mas sim por
movimentos repetitivos.
LER é a designação de qualquer doença causada por esforço repetitivo enquanto
DORT é o nome dado às doenças causadas pelo trabalho. Alguns especialistas e entidades
preferem, atualmente, denominar LER por DORT ou ainda LER/DORT.

Quais os sintomas da LER?

Em geral dores nas partes afetadas. A dor é semelhante à dor de reumatismo ou de


esforço estático, como por exemplo, a dor causada quando se segura algo com o braço, por
longo tempo, sem movimentá-lo. Há formigamentos e dores que dão à sensação de
queimadura ou às vezes frio localizado.

A LER é uma doença nova?

Não. Já na idade média era conhecida sob outros nomes, como por exemplo, a "Doença
dos Escribas", que nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo
depois da invenção da imprensa por Gutemberg. Ramazzini, em 1700, também, descreve a
doença dos escribas e notórios. Em 1895 o cirurgião suíço Fritz de Quervain descrevia o
"Entorse das Lavadeiras", atualmente conhecida como Tenossinovite de Quervian, um tipo de
doença causada por esforço repetitivo.
A LER, entretanto, acentuou-se demasiadamente na década de 1990, com a
popularização dos computadores pessoais.

A LER é causada somente pelo trabalho na informática?

Não, também podem ser causa de LER atividades esportivas que exijam grande esforço.
Da mesma forma a má postura ou postura incorreta, compressão mecânica das estruturas dos
membros e outros fatores podem causar LER.

Quais as possíveis causas das lesões por esforços repetitivos?

Podemos citar entre tantas outras,

1. posto de trabalho inadequado e ambiente de trabalho desconfortável;


2. Atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos;
3. Posturas inadequadas e desfavoráveis às articulações;
4. Repetição de um mesmo padrão de movimento;
5. Tempo insuficiente para realizar determinado trabalho com as mãos;
6. Jornada dupla ocasionada pelos serviços domésticos;
7. Atividades esportivas que exijam grande esforço dos membros superiores;
8. Ritmo intenso de trabalho;
10. Pressão do chefe sobre o empregado;
11. Metas de produção crescente e pre-estabelecidas;
12. Jornada de trabalho prolongada;
13. Falta de orientação de profissional de segurança e ou medicina do trabalho;
14. Mobiliário mal projetado e ergonomicamente errado;
15. Postura fixa por tempo prolongado;
16. Tensão excessiva e repetitiva provocada por alguns tipos de esportes;
17. Desconhecimento do trabalhador e ou empregador sobre o assunto.

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