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SMAW

Soldagem por Eletrodos


Revestidos

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A Soldagem por Eletrodos Revestidos SMAW

A soldagem ao arco elétrico com eletrodos revestidos, em inglês


SMAW – Shielded Metal Arc Welding, consiste basicamente, da
abertura e manutenção de um arco elétrico entre o eletrodo revestido e
a peça a ser soldada.

O arco funde simultaneamente o eletrodo e a peça, com auxílio do


revestimento.

O metal fundido do eletrodo é transferido para a peça, formando uma


poça fundida que é protegida da atmosfera (O2 e N2) pelos gases de
combustão do revestimento. O metal depositado e as gotas do metal
fundido que são ejetadas, recebem uma proteção adicional através do
banho de escória, que é formada pela queima de alguns componentes
do revestimento.

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O que é o Arco Elétrico?

Trata-se de um feixe, oriundo de uma


descarga elétrica, mantida através de um gás
ionizado. O mesmo é iniciado através de uma
quantidade de elétrons emitidos de um
eletrodo negativo (cátodo), a um eletrodo
positivo (anôdo), numa distância previamente
favorável, aquecido e mantido pela ionização
térmica deste gás aquecido.

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O Arco Elétrico

O que é ionização?
ELETRON
LIVRE

ELETRODO ELETRODO
NEGATIVO POSITIVO
(Catodo) (Anodo)

ION
POSITIVO

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O Arco Elétrico
CARACTERÍSTICA DO ARCO ELÉTRICO

V = A + BI + C/I
V = A + BI + C/I

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O Arco Elétrico
CONSTANTES DA EQUAÇÃO DO ARCO ELÉTRICO

COMPRIMENTO
DO ARCO A B C V I
(mm) (V) (A)

1,0 7,2 0,007 170 9,3 156

2,0 6,7 0,010 175 9,4 132

8,0 10,0 0,015 160 12,75 110

16,0 14,0 0,007 160 16,1 151

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Soldagem por Eletrodos Revestido (SMAW)

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Soldagem por Eletrodos Revestido (SMAW)
A menos que se solde em uma câmara de vácuo, o que é impensável devido
ao custo, todos os processos de soldagem por arco elétrico precisam de
algum tipo de proteção (na poça de fusão) para evitar contaminações da
atmosfera (gases redutores e/ou oxidantes).

No caso do processo de soldagem por Eletrodos revestidos, SMAW, será o


revestimento dos eletrodos que, entre outras coisas, produzirá uma proteção
gasosa através de sua queima. Antes do estudo propriamente dos
revestimentos e suas funções, são apresentados os inconvenientes da
soldagem com arames sem revestimento (e sem proteção gasosa).

Um eletrodo sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteção, após sua
fusão perde parte de seus elementos e deposita um metal nitretado e
oxidado, cujo valor das propriedades mecânicas serão relativamente inferiores
as das chapas de aço doce.

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Vantagens

 Cordão fica protegido após soldagem pela escória solidificada;


 Boa qualidade no acabamento do cordão;
 Solda a maioria dos materiais (ferrosos e não-ferrosos, ligas em geral);
 Solda em todas as posições (dependendo do eletrodo);
 Fácil regulagem dos parâmetros;
 Custo relativamente baixo do processo;
 Bom desempenho geral do processo;
 Processo altamente versátil.

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Desvantagens

 Baixa taxa de metal depositado (baixa produtividade);

 Requer considerável habilidade do soldador;

 Grande incidência de inclusões de escória;

 Alto índice de emanação de raios UV e IV;

 Não há possibilidade de automatização;

 Alto índice de desprendimento de fumos metálicos;

 Alto índice de trincas a frio (por H difundido).

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Soldagem por Eletrodos Revestido (SMAW)

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O Equipamento

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Equipamentos para a Soldagem por Eletrodos
Revestido (SMAW)
Existe basicamente 2 (dois) tipos de equipamentos, tipificados quanto ao tipo
de fonte de energia, disponível para soldagem. São elas: corrente contínua e
corrente alternada.

Nestes 2 (dois) grandes grupos, há basicamente 4 (quatro) tipos de


máquinas, quanto ao formato construtivo eletrotécnico, para soldagem por
eletrodos revestido SMAW.

Corrente Contínua:
 GMS’s - Grupos Moto-geradores de Soldagem – Trifásicos;
 Retificadores de Soldagem – Trifásicos e Bifásicos;
 Inversores de Soldagem – Trifásicos e Bifásicos.
Corrente Alternada:
 Transformadores de soldagem – Trifásicos e Bifásicos.

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Equipamentos para a Soldagem por Eletrodos
Revestido (SMAW)

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1. Porta-eletrodos;
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2. Eletrodo revestido;
3. Cabo terra;
4. Cabo fase;
4
5. Cabo de ligação;
6. Garra terra;
7. Chave seletora de corrente;
3 5 8. Fonte de soldagem
6 (transformador/retificador/inversor);
9. Conector.

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Fontes de soldagem SMAW

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Parâmetros de Soldagem

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Parâmetros de Soldagem

O processo de soldagem por eletrodo revestido SMAW, quando comparado


com outros processos, apresenta relativamente poucos parâmetros, com
poucas possibilidade de regulagem instantânea.

A correta seleção dos parâmetros de soldagem é essencial para a obtenção de


uma junta soldada de qualidade.

O termo parâmetro de soldagem abrangerá neste documento todas as


características do processo de soldagem necessárias para a execução de uma
junta soldada de tamanho, forma e qualidade desejados que são selecionadas
pelo responsável pela especificação do procedimento de soldagem ou pelas
técnicas e/ou especificações passadas pelo fabricante.

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Parâmetros de Soldagem
Na soldagem manual com eletrodos revestidos, estas características
compreendem, entre outras:

 Tipo do eletrodo;
 Tipo de polaridade;
 Corrente de soldagem,
 Tensão de arco;
 Comprimento do arco;
 Velocidade de soldagem;
 Técnica de manipulação do eletrodo;
 Espessura da peça x diâmetro do eletrodo.

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Corrente de Soldagem

Para um dado tipo de eletrodo, o seu diâmetro define a faixa de corrente em que este
pode ser usado – estas informações são geralmente fornecidas pelo fabricante da
fonte de soldagem, dos eletrodos, ou ainda por tabelas.

A seleção deste diâmetro para uma dada aplicação depende de fatores sensíveis à
corrente de soldagem, como:

 Espessura do material;

 Posição de soldagem;

 Facilidade de acesso do eletrodo ao fundo da junta (tipo de junta e chanfro


usado).

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Relação Espessura da Peça x Diâmetro do Eletrodo

O diâmetro do eletrodo deverá ser escolhido em função de:

 Taxa de deposição que se pretende;


 Espessura da peça a ser soldada.

A tabela acima fornece valores referencias dessa relação: espessura x diâmetro


do eletrodo.

* Convém lembrar que estes valores são empíricos e não fornecidos por meio de uma métrica padrão.

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Velocidade de Soldagem

A velocidade de soldagem no processos SMAW, deve ser escolhida de forma


que o arco fique ligeiramente à frente da poça de fusão (diferentemente do
processo MIG/MAG*, a progressão sempre é positiva).

 Velocidade muito alta, resulta em um cordão estreito com um aspecto


superficial inadequado, com mordeduras, porosidades e escória de remoção
mais difícil.

 Velocidade muito baixa resulta em um cordão largo, inclusão de escória,


convexidade excessiva e eventualmente de baixa penetração.

 Velocidade mediana, a desejada, é aquela em que o eletrodo consegue,


na poça de fusão, derreter com facilidade, e depositar o material sem o
excesso de temperatura e sem o risco de depositar demais inclusões.

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Comprimento do Arco
Na soldagem manual, o controle do comprimento do arco é feito pelo soldador, refletindo
assim, a habilidade, conhecimento e experiência deste.

A manutenção de um comprimento do arco adequado é fundamental para a obtenção de


uma solda aceitável, livre de descontinuidades e com um desempenho do processo
satisfatório.

Um comprimento muito curto causa um arco intermitente, com interrupções freqüentes,


podendo ser extinto, “congelando” o eletrodo na poça de fusão. Por outro lado, um
comprimento muito longo causa um arco sem direção e concentração, um grande
número de respingos e proteção deficiente.

O comprimento do arco correto em uma aplicação depende do diâmetro do eletrodo,


do tipo de revestimento, da corrente e da posição de soldagem.

Como regra geral, pode-se considerar o comprimento ideal do arco


variando entre 0,5 e 1,1 vezes o diâmetro do eletrodo.

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Polaridade de Soldagem

A polaridade é um outro fator de influencia direta, não sendo assim considerado um parâmetro
da soldagem por eletrodos revestidos SMAW.

A disposição da polaridade, entre a peça e o eletrodo, influencia diretamente no fluxo de


corrente (fluxo de elétrons), que conseqüentemente tem uma co-influência no aquecimento –
efeito Joule. Este aquecimento é sempre intensivo no ponto de partida recebimento do fluxo
dos elétrons (pólo positivo), o que vem a afetar, positivamente ou negativamente, no
aquecimento, na deposição e desempenho da junta.

As polaridades então são definidas como:

 Polaridade Inversa – Eletrodo positivo, peça negativa;


 Polaridade Direta – Eletrodo negativo, peça positiva.

** para uma fixação mais fácil, utilize as siglas EPI/END.

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Polaridade de Soldagem

Polaridade Inversa – Eletrodo positivo, peça negativa.

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Polaridade de Soldagem

Polaridade Direta – Eletrodo negativo, peça positiva.

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Polaridade X Penetração

Comparativo dos tipos de polaridade em razão da penetração

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Fatores de Influência

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Fatores de Influência

Eficiência de Deposição (%) = massa do metal depositado x 100


massa total do eletrodo

Na soldagem com eletrodos revestidos parte da massa do eletrodo é perdida


como escória, respingos, fumos, gases e pontas. Se um eletrodo apresenta
65% de eficiência de deposição, isso significa que, para cada 100 g de
eletrodo consumido, serão produzidos 65 g de metal depositado.

A perda com pontas — a parte do eletrodo que é descartada — não é


considerada na eficiência de deposição, visto que o comprimento da ponta
varia com o soldador ou com a aplicação.

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Relação de Parâmetros de Alguns Tipos de
Eletrodos

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Relação de Parâmetros de Alguns Tipos de
Eletrodos

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Consumíveis

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Especificações AWS para Materiais de Adição

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Classificação dos Eletrodos Quanto ao Revestimento

Os eletrodos revestidos de soldagem, são classificados quanto a


espessura de seu revestimento, basicamente como:

 Peculiar ou fino;
 Semi-espesso;
 Espesso;
 Muito Espesso.

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Classificação da Corrente Quando ao Tipo de
Revestimento

Tipo dode
Faixas Revestimento
Corrente x Tipo deFaixa de Corrente
Revestimento
Revestimento Pelicular 130 A

Revestimento Semi espesso 150 A

Revestimento Espesso 170 A

Revestimento Muito espesso 200 a 220 A

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Elementos Adicionados nos Revestimentos

Funções para Revestimento Elementos Adicionados

Formação de gases de proteção Celulose, Dolomita, CaCO3.

Formação de escória e Argila, TiO2, CaCO3, SiO2, Fe-


fundentes Mn, FO3, Asbestos, Feldspato
Estabilizadores de arco TiO2, Ilmenita, SiNa, SiK.

Desoxidantes Fe-Si, AlO3, TiO3, Fe-Mn, Fe-Cr

Elementos de Liga Fe-Si, Fe-Mn, Fe-Cr

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Revestimento do Eletrodo

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Revestimento do Eletrodo

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Funções do Revestimento do Eletrodo

Os revestimentos apresentam diversas funções, que podem ser


classificadas nos seguintes grupos:

 Funções Elétricas;

 Funções Metalúrgicas;

 Funções Mecânicas e Operatórias.

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Funções Elétricas

Como já dito, em trabalhos com corrente alternada, utilizando-se um eletrodo


sem revestimento e sem nenhum outro tipo de proteção, não é possível
estabelecer um arco elétrico. Porém, graças à ação ionizante dos silicatos
contidos no revestimento, a passagem da corrente alternada é
consideravelmente facilitada entre o eletrodo e a peça à soldar.

Assim, a presença do revestimento no eletrodo permitirá:

 A utilização de tensões em vazio baixas, mesmo em trabalhos com


corrente alternada (40 a 80 V), possibilitando assim uma redução do
consumo de energia no primário e um considerável aumento da
segurança do soldador;

 A continuidade e conseqüentemente a estabilidade do arco.

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Funções Metalúrgicas
O revestimento ao fundir-se na poça, cria uma "cratera" e uma atmosfera
gasosa que protegem a fusão da alma contra o Oxigênio e Nitrogênio do ar.
Ele depositará "escória" que é mais leve que o metal fundido e que protegerá o
banho de fusão não somente contra a oxidação e nitretação, mas também
contra um resfriamento rápido. A escória constitui um isolante térmico que terá
as seguintes funções:

 Permitir a liberação dos gases retidos no interior do metal depositado,


evitando com isto a formação de poros;

 Minimizar o endurecimento do material depositado por têmpera.


Têmpera esta consequente de um rápido esfriamento.

 Introdução de elementos de liga adicionais.

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Função Mecânica e Operatória

Durante a fusão dos eletrodos ocorre em sua extremidade uma depressão


na ponta do eletrodo, no revestimento, que chamamos de cratera.

A profundidade desta cratera tem influência direta sobre a facilidade de


utilização do eletrodo, sobre as dimensões das gotas e a viscosidade da
escória.

Um eletrodo de boa qualidade deve apresentar a cratera mais profunda e


as gotas mais finas. Além disto, esta cratera servirá também para guiar as
gotas do metal fundido, evitando respingos em excesso e ainda proteger a
alma da exposição.

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Classificação dos Eletrodos Quanto ao Tipo de
Revestimento

Os eletrodos revestidos de soldagem, são classificados quanto ao seu tipo de


revestimento, basicamente como:

 Oxidantes;

 Ácidos;

 Rutílicos;

 Básicos;

 Celulósicos;

 Com adição de Pó de Fe (Ferro).

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Revestimento Oxidante
Este revestimento é constituído principalmente de Óxidos de Ferro (FeO3) e
Manganês (MnO3).

Produz uma escória oxidante, abundante e de fácil destacabilidade.

Este eletrodo pode ser utilizado nas correntes contínuo ou alternado, e


apresentam uma baixa penetração. O metal depositado possui baixos teores
de Carbono (C) e Manganês (Mn) e, embora os aspectos das soldagens
produzidos em geral sejam muito bons, não é o eletrodo adequado para
aplicações de elevado risco.

Atualmente, a utilização desta forma de revestimento está em


decréscimo.

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Revestimento Ácido

Este revestimento é constituído principalmente de óxido de Ferro (FeO3),


Manganês (MnO3) e sílica – Óxido de Silício (SiO3).

Produz uma escória ácida, abundante e porosa e também de fácil remoção.

Este eletrodo pode ser utilizado nos dois tipos de corrente (CC e CA),
apresenta penetração média e alta taxa de fusão, causando por um lado uma
poça de fusão volumosa, e em conseqüência disto a limitação da aplicação as
posições plana e filete horizontal.

As propriedades da solda são consideradas boas para diversas aplicações,


embora sua resistência à formação de trincas de solidificação seja baixa.
Apresentam também uma aparência muito boa no cordão.

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Revestimento Rutílico

Este revestimento contém grandes quantidades de rutilo - Óxido de Titânio


(TiO3), e produz uma escória abundante, densa e de fácil destacabilidade.

Estes eletrodos caracterizam-se por serem de fácil manipulação, e por


poderem ser utilizados em qualquer posição, exceto nos casos em que
contenham um grande teor de pó de Ferro.

Utilizados em corrente contínua ou alternada produzirão um cordão de bom


aspecto, porém com penetração média ou baixa. A resistência à fissuração a
quente é relativamente baixa, e estes eletrodos são considerados de grande
versatilidade e de uso geral.

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Revestimento Básico

Este revestimento contém grandes quantidades de carbonatos (Carbonato de Cálcio


(CaO3) ou outro material) e Oxido de Fluor ou “Fluorita” (FlO3). Estes componentes são
os responsáveis pela geração de escória com características básicas que, em adição
com o dióxido de Carbono gerado pela decomposição do carbonato, protege a solda do
contato com a atmosfera. Esta escória exerce uma ação benéfica sobre a solda
dessulfurando-a e reduzindo o risco de trincas de solidificação.

Este revestimento desde que armazenado e manuseado corretamente, produzirá soldas


com baixos teores de hidrogênio minimizando com isto os problemas de fissuração e
fragilização induzidos por este elemento.

A penetração é média e o cordão apresenta boas propriedades mecânicas,


particularmente em relação a tenacidade. Os eletrodos com este revestimento são
indicados para aplicações de alta responsabilidade, para soldagens de grandes
espessuras e de elevado grau de travamento.

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Revestimento Celulósico

Este revestimento contém grandes quantidades de material orgânico (como por exemplo
celulose), cuja decomposição pelo arco gera grandes quantidades de gases que
protegem o metal líquido. A quantidade de escória produzida é pequena, o arco é muito
violento causando grande volume de respingos e alta penetração, quando comparado a
outros tipos de revestimentos.

O aspecto do cordão produzido pelos eletrodos com este tipo de revestimento não é dos
melhores, apresentando escamas irregulares. As características mecânicas da solda são
consideradas boas, com exceção da possibilidade de fragilização pelo Hidrogênio. Estes
eletrodos são particularmente recomendados para soldagens fora da posição plana,
tendo grande aplicação na soldagem circunferencial de tubulações e na execução de
passes de raiz em geral.

Devida sua elevada penetração e grandes perdas por respingos, não são recomendados
para o enchimento de chanfros

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Revestimentos com Adição de Pó de Fe
Nos casos das soldagens de aços, podemos ainda ter os tipos acima com adição de
outros elementos de liga que teriam funções especiais durante a deposição. O caso mais
comum destes é a adição de pó de Ferro (Fe).

Durante a soldagem, o pó de Ferro é fundido e incorporado à poça de fusão, causando


as seguintes conseqüências:

 Melhora o aproveitamento da energia do arco;

 Aumenta a estabilização do arco (pelo menos em adições de até 50% em peso


no revestimento);

 Torna o revestimento mais resistente ao calor, o que permite a utilização de


correntes de soldagem com valores mais elevados;

 Aumenta a taxa de deposição do eletrodo.

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Material da Almas dos Eletrodos

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Codificação Conforme AWS

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Codificação Conforme AWS

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Codificação Conforme AWS

Revestimento do eletrodo para aço carbono e condições de soldagem

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Codificação Conforme EM (DIN)

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Características dos Eletrodos Mais Usados
E 6010 (Na).
E 6011 (K).

Grande penetração, solda em todas as posições, facilidade a produzir transferência


metálica por spray (desde que se utilize valores de corrente adequados), escória de
pequeno volume e aspecto vítreo, boas propriedades mecânicas, alto teor de umidade:
E 6010 => 3 a 5% ;
E 6011 => 2 a 4%, principal constituinte: celulose.

E 6012.
E 6013.

Média penetração, escória viscosa e densa, o E 6012 pode ser utilizado em correntes
relativamente altas já que seu revestimento possui pequenas proporções de celulose e
uma grande proporção de materiais refratários, o E 6013 possui mais K que torna o arco
mais estável. O revestimento contém grandes quantidades do mineral rutilo (dióxido de
titânio, TiO2).

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Características dos Eletrodos Mais Usados

E 6020.

Média a profunda penetração, transferência por spray, escória espessa e de fácil


remoção, revestimento ricas em óxido de Ferro e Manganês, altas taxas de deposição e
poça de fusão com metal muito fluido, o que obrigará operar nas posições plana ou filete
horizontal.

E 7016.

Possui pouco ou nenhum elemento gerador de hidrogênio no arco (celulose, asbestos),


são cozidos em temperaturas entre 500 a 600° C para minimizar a retenção de água
pelo revestimento, por isto, são recomendados para a soldagem de aços susceptíveis à
trinca a frio.

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Características dos Eletrodos Mais Usados

E 7018.

Média a profunda penetração, transferência por spray, escória espessa e de média


facilidade de remoção, revestimento básico de carbonato de cálcio e fluorita, altas taxas
de deposição e poça de fusão com metal muito fluido. A adição de quantidades
consideráveis de pó de ferro ao revestimento resulta num arco mais suave e com menos
respingos.

Eletrodos com pó de Ferro: E 7014, E 7024, E 7027, E 7028, etc.

Elevadas taxas de deposição, trabalha com elevados valores de corrente, quando o teor
de pó de Ferro ultrapassa os 40% a soldagem só é recomendada na posição plana,
revestimento espesso => melhor proteção e técnica de soldagem por arraste.

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Características dos Eletrodos Mais Usados

E 7014 .

Eletrodos de média penetração. São parecidos com os eletrodos E6013, exceto que foi
adicionado o pó de ferro e é aplicado à alma do eletrodo um revestimento mais
espesso. Isso resulta em taxas de deposição mais altas com o eletrodo E7024 que com
o E6013.

E 7018 G.

Eletrodos idênticos ao E 7018, porem com pequenas adições de Cu e de Mn. Estes


eletrodos são indicados para soldagem de aços ARBL, da série SAC, CORTEN,
COSARCOR, CORDUR, etc. São aços chamados patináveis, comumente utilizados na
construção civil, na ferrovia e na industria naval pluvial.

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Características dos Eletrodos Mais Usados

E6027

São também do tipo de alto teor de pó de ferro, consistindo o revestimento de 50% de


pó de ferro em peso. As correntes de soldagem podem ser CA, CC+ ou CC-. A
penetração é média e os cordões de solda são levemente côncavos com boa fusão nas
paredes laterais do chanfro. Como em todos os eletrodos de alto teor de pó de ferro, a
taxa de deposição desses eletrodos é alta.

E7048

São bem similares aos do tipo E7018, exceto que são desenvolvidos para condições de
soldagem excepcionalmente boas na progressão vertical descendente.

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Eletrodos Inoxidáveis

Tipos de revestimento – propriedades – nomenclatura

Eletrodos inoxidáveis podem ter tipos diferentes de revestimento:

 Básicos,
 Rutílico;
 Misto rutílico-básico.

As diferenças entre eletrodos básicos inoxidáveis e eletrodos rutílicos


inoxidáveis não são as mesmas se comparadas com eletrodos de aço
carbono básico e rutílico.

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Eletrodos Inoxidáveis

Principais Diferenças Entre os Eletrodos para Aços Inox X Carbono

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Eletrodos Inoxidáveis

Tipos de Eletrodos Inoxidáveis

Eletrodos inoxidáveis sintéticos possuem a alma do eletrodo de aço carbono e


os elementos de liga no revestimento. Pelo fato de a condutividade da alma de
aço carbono ser mais elevada do que a de aço inoxidável, os eletrodos
inoxidáveis sintéticos podem ser soldados com corrente mais elevada, resultando
em uma taxa de deposição maior.

Eletrodos inoxidáveis são os mais recomendados para soldagem nas posições


plana e horizontal, onde é possível utilizar elevadas intensidades de corrente. Em
função da espessura maior do revestimento desses eletrodos, tem-se uma poça
de fusão maior, o que limita sua soldagem fora das posições plana e horizontal.

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Armazenagem e Manutenção dos Eletrodos

Caso não sejam tomados os adequados cuidados no armazenamento e manuseio,


os eletrodos revestidos podem se danificar. Parte ou todo o revestimento pode se
danificar, principalmente nos casos de dobra ou choque do eletrodo. Sempre que
se observar qualquer alteração no estado do eletrodo, este não deve ser utilizado
em operações de responsabilidade.

A umidade em excesso no revestimento dos eletrodos (principalmente os básicos),


é de uma forma geral, prejudicial a soldagem. Ela pode levar a instabilidade do
arco, formação de respingos e porosidades principalmente no início do cordão e a
fragilização e fissuração pelo Hidrogênio.

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Armazenagem e Manutenção dos Eletrodos

O nível de umidade pode ser medido em laboratórios conforme estipulado na norma


AWS A5.5-81. Pode também ser estimado praticamente, quando o teor de umidade for
suficientemente alto, por duas diferentes maneiras:

 Verificação do comportamento do eletrodo durante a soldagem. Os eletrodos


úmidos, em geral, geram um som explosivo e, quando a umidade for excessiva,
haverá, no início da soldagem, desprendimento de vapor d'água do eletrodo. Além
disto, ocorrendo a interrupção da soldagem com um eletrodo úmido, o
revestimento tende a trincar longitudinalmente.

 Verificação do som produzido pelo choque de dois ou mais eletrodos. Dois


eletrodos úmidos ao se tocarem geraram um som mais abafado e grave do que
eletrodos secos, que por sua vez produzem um som mais agudo e metálico.

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Armazenagem e Manutenção dos Eletrodos

O período máximo que se recomenda para que um eletrodo permaneça fora


da estufa é 2 (duas) horas. Após este tempo, há o risco de ocorrer absorção
excessiva de umidade. Caso isto venha a acontecer, os eletrodos básicos
devem ser recondicionados por um tratamento de ressecagem, devendo em
seguida retornarem as estufas.

Como os eletrodos são produzidos por diferentes fabricantes, é normal se


encontrar diferenças nos tempos e temperaturas considerados ideais para a
manutenção e ressecagem. Por isto as empresas devem ter procedimentos
específicos para a correta armazenagem dos eletrodos levando em conta
estas diferenças.

Na ausência destes, as recomendações do fabricante podem ser aplicadas


diretamente.

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Armazenagem e Manutenção dos Eletrodos

Todos os tipos de eletrodos inoxidáveis têm que ser cuidadosamente


protegidos contra a umidade, principalmente após a abertura do pacote.

Em climas úmidos os eletrodos devem ser preferencialmente retirados dos


pacotes de plástico e armazenados em uma estufa elétrica na faixa de
temperatura 125-150°C.

As embalagens abertas contendo eletrodos secos podem ser estocadas em


estufas elétricas na faixa de temperatura 70-80°C.

Observe que as embalagens de plástico não devem ser aquecidas a uma


temperatura acima de 100°C, visto que o plástico derrete a uma
temperatura de aproximadamente 120°C.

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Armazenagem e Manutenção dos Eletrodos

cochicho

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O Processo

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Abrindo o Arco
Para a abertura do arco, o eletrodo é rapidamente encostado e
afastado da peça em uma região que será refundida durante a
soldagem e fique próxima ao ponto inicial do cordão.

A abertura fora de uma região a ser refundida pode deixar na peça


pequenas áreas parcialmente fundidas, com tendência a serem
temperadas e de alta dureza. Este tipo de defeito é conhecido como
“marca de abertura do arco”, e deve em alguns tipos de materiais, de
media e alta ligas, serem evitados severamente.

Além de seu aspecto pouco estético, estas áreas podem originar


trincas, pela concentração de tensões.

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Abrindo o Arco

O agarramento do eletrodo na superfície da peça é comum em


tentativas de abertura do arco por soldadores menos experientes.

Neste caso, o eletrodo pode ser removido com um rápido movimento


de torção da ponta do eletrodo. Caso este movimento não seja
suficiente, o fonte deve ser desligada ou o eletrodo separado do porta
eletrodo (menos recomendável) e então, removido com auxílio de uma
talhadeira.

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Soldando
Os parâmetros regulados, consumíveis selecionados, entraremos agora no
objetivo final, na soldagem.

Durante a deposição do cordão, o soldador deve executar 3 (três) movimentos


principais:

1. Movimento de mergulho do eletrodo em direção à poça de fusão de


modo a manter o comprimento de arco constante. Para isto, a
velocidade de mergulho deve ser igualada à velocidade de fusão do
eletrodo, a qual depende da corrente de soldagem.

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Soldando
2. Translação do eletrodo ao longo do eixo do cordão com a velocidade de soldagem. Na
ausência do terceiro movimento (tecimento), a largura do cordão deve ser cerca de 2 a 3
mm maior que o diâmetro do eletrodo quando uma velocidade de soldagem adequada é
usada.

3. Deslocamento lateral do eletrodo em relação ao eixo do cordão (tecimento). Este


movimento é utilizado para se depositar um cordão mais largo, fazer flutuar a escória,
garantir a fusão das paredes laterais da junta e para tornar mais suave a variação de
temperatura durante a soldagem. O tecimento deve ser, em geral, restrito a uma
amplitude inferior a cerca de 3 vezes o diâmetro do eletrodo.

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Ponteamento

A finalidade do ponteamento é permitir uma fácil, correta e econômica fixação


das peças a soldar.

Ele consiste em executar cordões curtos e distribuídos ao longo da junta,


sendo sua função básica manter a posição relativa entre as peças, garantindo
a manutenção de uma folga adequada. O ponteamento pode ser aplicado
diretamente na junta, nos casos em que é prevista a remoção da raiz. A
geometria da peça e a seqüência de pontos devem ser estudados de forma a
evitar ,ou minimizar, as distorções ou o fechamento das bordas. Se isto não for
evitado, viria a prejudicar a penetração e precisaria uma remoção excessiva de
raiz, sob risco de vir a causar a inclusão de escória.

Para evitar estes inconvenientes, a técnica recomendável é partir do centro


para as extremidades, conforme mostrado na Figura - Técnica de
ponteamento.

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Ponteamento

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Passe de Raiz

A folga na montagem é fator determinante para a boa penetração do primeiro


passe. Ela é diretamente ligada ao diâmetro do eletrodo utilizado.

Para além deste fator, é importante verificar também a influência da polaridade,


sendo que para o primeiro passe, em especial em fundo de chanfro, é
recomendado utilizar polaridade direta, ou seja, o eletrodo no pólo negativo,
pois neste caso, além de termos uma temperatura menor na peça, temos ainda
uma convergência do arco elétrico, que do ponto de vista da penetração é
bastante benéfica.

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Execução dos Passes de Enchimento

Para a execução dos passes de enchimento são possíveis 3 (três) diferentes métodos de
trabalho que são descritos à seguir:

1. ENCHIMENTO POR FILETES

Este método é o que introduz o maior tensionamento transversal, e uma maior


probabilidade de inclusão de escória quando comparado com os demais métodos. Por
outro lado, é o método que permite uma melhoria das características mecânicas, devido
sua menor introdução de calor, evitando desta forma o crescimento dos grãos. Por
crescimento de grão podemos entender o aspecto metalúrgico que introduz fragilidade na
junta.

Devido a esta característica, e principalmente, a possibilidade de poder-se utilizá-lo em


todas as posições, este é o método mais comumente utilizado. Este método é
representado na posição 1 da Figura - Diferentes formas de enchimento na posição
vertical ascendente.

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Execução dos Passes de Enchimento

2. ENCHIMENTO POR PASSES LARGOS

Este método é recomendado para eletrodos de grande fluidez, onde torna-se difícil o
controle da poça de fusão. Pode ser aplicado em todas as posições com exceção da
horizontal. A técnica de trabalho consiste em imprimir uma oscilação lateral ao eletrodo,
normalmente limitada em no máximo 5 vezes o seu diâmetro.

3. ENCHIMENTO POR PASSES TRIANGULARES

Este último método é uma derivação do anterior. Neste, o ciclo do movimento é alterado,
assumindo a forma triangular. Com isto temos uma velocidade de deposição ainda
maior.
É um método para ser utilizado na posição vertical ascendente, com eletrodos básicos e
chapas grossas. É importante destacar que neste método ocorrerá uma diminuição da
resistência mecânica da junta.

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Posicionamento do Eletrodo

Soldagem Vertical Soldagem Vertical


Ascendente Descendente

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Posicionamento do Eletrodo

Soldagem Horizontal

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Posicionamento do Eletrodo

Soldagem Plana

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Fim!!!

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