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INSTITUTO TERCEIRA VISÃO

:: Auriculoterapia 1 ::

Instituto Terceira Visão


Ensino Multidisciplinar em Terapias Naturais,
Holísticas e Complementares
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1. INTRODUÇÃO AOS CONHECIMENTOS HOLÍSTICOS

A Terapia Holística se propõe a trabalhar o ser humano integral. Este é


constituído de uma fração visível, o corpo físico, e uma porção invisível, que embora não
vemos, possam entender. Fato é que devido à regeneração celular, nosso corpo é
permanentemente reconstruído. Nossas células de hoje não são as mesmas de ontem, não
serão as mesmas amanhã. Todavia nossa essência continua a mesma. Mantemos a mesma
autoconsciência, habilidades adquiridas, temos os mesmos gostos, ideais, sabemos o que
fizemos ontem e quais são os nossos planos para amanhã. Há um princípio intangível que
garante a continuidade do Ser mesmo através das mudanças que o corpo físico atravessa.
Numa graduação progressiva, podemos entender a parte intangível como, primeiro um
corpo emocional, sede dos nossos desejos, num plano imediatamente subseqüente, virá o
corpo mental, onde se desenvolve o pensamento. O corpo mental treinado consegue
controlar as emoções. Mesmo que em nível básico, todos os seres humanos impõem algum
tipo de limite, advindo de um processo mental, aos seus desejos. Ao conjunto do corpo
físico, emocional e mental chamamos de personalidade.

A grande maioria das técnicas de Terapias Holísticas desenvolve-se nos campos


mental e emocional, repercutindo sobre o campo físico. Assim, a Terapia Floral, trata das
emoções para que uma vez estas estejam equilibradas, o corpo físico também retorne ao
seu estado de equilíbrio.

As técnicas Radiestésicas e Radiônicas se desenvolvem no corpo mental, através da


imprescindível anulação dos desejos e vontades do operador, para a adequada
investigação das causas do desequilíbrio do cliente, e o foco mental na intenção, quando
se trata de transmitir a Energia sutil.

Mesmo técnicas aparentemente mais físicas, como a Cromoterapia ou a Terapia


Tradicional Chinesa também se utilizam dessa prática.

A Cromoterapia pode ser desenvolvida através da simples visualização das cores


aplicadas (nível mental), enquanto a Acupuntura, por exemplo, busca tratar os
desequilíbrios do corpo emocional. Uma conhecida técnica chinesa, o Qi Gong, busca
através do foco mental, redistribuir a Energia sutil através dos centros de energia do corpo.

Poderíamos continuar descrevendo inúmeras associações de técnicas terapêuticas e


os corpos mental e emocional. Mas nossa intenção aqui é a de entender o relacionamento
da Energia sutil com nossa constituição intangível. A Energia sutil nutre e permeia o corpo
físico e o corpo emocional. Estes dois, por sua vez, estão profundamente interligados, já
que o foco mental gera uma vontade emocional. Este está ligado ao corpo físico,
onde observamos as suas manifestações. Portanto, a maioria dos
desequilíbrios energéticos do corpo físico tem sua origem no corpo emocional ou mental.
Que assim podem ser tratados através das várias técnicas de Terapia Holísticas.

As abordagens holísticas, ou terapias complementares e alternativas, têm em


comum àquilo que a Organização Mundial da Saúde descreve como: “cuidar de modo que
as pessoas sejam vistas na totalidade dentro de um espectro ecológico amplo, que enfatize

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a visão de que a saúde ou a doença é gerada por uma pessoa em seu sistema ecológico
global, e não causada apenas pelo agente ecológico e pela evolução patogenética”.

A totalidade do indivíduo geralmente é referida como saúde holística porque


incorpora não apenas o corpo, mas os quadrantes de necessidade e função: o físico (corpo
e movimento), o intelectual (cérebro e mente), e o emocional (sentimentos). As terapias
complementares e alternativas procuram preencher os quadrantes de significado e função
e enfatizam a relação cientificamente comprovada entre mente e corpo.

Em vez da redução das variáveis, ou descoberta da pílula mágica, essas terapias são
aplicadas para atingir a integralidade do indivíduo, na tentativa de ajudar o paciente a
recuperar-se da doença e/ou lesão, facilitando o fluxo de energia natural do próprio
indivíduo. A teoria holística, que é fundamentada na medicina e no sistema de saúde
praticado na maior parte do mundo fora do ocidente, sugere que o Ki (energia) é
responsável pela saúde e homeostase quando está fluindo livremente em equilíbrio.

1.1 PARADIGMA CARTESIANO E PARADIGMA HOLÍSTICO

A palavra paradigma vem sendo usada freqüentemente desde que o filósofo e físico
Thomas S. Khun a empregou em seu livro The Structure of Scientific Revolutions,
significando modelo ou padrão a ser seguido para o estudo dos fenômenos e da realidade.

Representa um sistema de aprender a aprender e determina normas para o


desenvolvimento do conhecimento futuro. Ciência significa o
conjunto do conhecimento humano adquirido principalmente a partir da observação
dos fenômenos da natureza, da intuição humana, e mais precisamente, da pesquisa
analítica. Objetiva proporcionar ao ser humano conforto, paz e felicidade.

A ciência evoluiu relativamente pouco e desordenadamente até meados do século


XVI, sem bases bem estabelecidas de estudo e pesquisa, quando passou a ser fortemente
influenciada pelo pensamento dos grandes gênios de então, principalmente Galileo Galilei,
mestre da dedução teórica, Francis Bacon, o criador do empirismo da investigação, René
Descartes, criador da geometria analítica e Isaac Newton, criador dos princípios da
mecânica.

René Descartes desenvolveu o método científico racional dedutivo e defendeu o


dualismo da natureza – matéria, pensamento e favoreceu assim o dualismo do ser
humano – corpo e alma. Foi capaz ainda de distinguir duas fontes de conhecimento: a
intuição e a dedução.

Porém, para ele todo conhecimento humano dependeria apenas da razão ou do


pensamento e nunca da sensação ou da imaginação. Considerou que todos os corpos
materiais, incluindo o homem, são como máquinas, cujo funcionamento obedece a
princípios mecânicos.

Newton consolidou o método racional e dedutivo de Descartes, e assim surgiu o


Paradigma Newtoniano-Cartesiano, que influenciou e influencia ainda hoje, praticamente
todos os campos do conhecimento científico. Este paradigma
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simplificadamente parte do pressuposto de que, para se conhecer o todo, é preciso


fragmentá-lo em seus componentes e estudar cada um deles separadamente. O todo seria
o resultado da união e entrelaçamento dessas partes menores. Por exemplo, para
conhecer o funcionamento de uma máquina, é preciso desmontá-la em suas partes. Isto é,
dividir para conhecer. Através dos conceitos deste paradigma é que surgiram as diferentes
especialidades médicas, nas quais o médico aprofunda seu conhecimento em determinado
órgão ou sistema, quase sempre relegando o segundo plano a abordagem do ser como um
todo.

O método analítico cartesiano foi com certeza um dos pilares da fantástica evolução
do mundo moderno. Mas, igualmente contribuiu para o descaso dos sentimentos íntimos
do ser humano, em virtude da ênfase na abordagem mecanicista. Serviu, por exemplo,
para criar confusão entre riqueza material e felicidade individual, isto explica, em partes, os
desequilíbrios sociais e a destruição sistemática do nosso ecossistema, a qual, realizada em
nome do progresso, ameaça a existência da vida na terra, inclusive a humana.

Estas observações levam a uma constatação paradoxal: a ciência, apesar de seu


desenvolvimento fantástico nos últimos 150 anos e criada para oferecer ao homem
conforto, paz e felicidade, não foi capaz de fazer o homem descobrir a paz, a felicidade, e
principalmente o amor. Ao contrário, despertou um mundo dominado pelo egoísmo,
crueldade, miséria, fome, opressão, guerras, destruição indiscriminada da natureza e
descaso pelos verdadeiros valores do ser.

Em medicina algo semelhante ocorre. Os médicos modernos e conscientes convivem


simultaneamente com uma euforia e uma perplexidade: euforia por se julgarem donos de
um grande conhecimento, proporcionado pela evolução da ciência médica, e perplexidade
por se sentirem, que mesmo com tanto saber, ainda são incapazes de solucionar certas
patologias.

Diante da nossa relativa (in) eficácia no exercício da medicina, podemos ponderar


que ela se deve, pelo menos em parte, a excessiva ênfase que habitualmente dedicamos à
doença e relativo descaso para com o doente (com o todo). Enquanto procuramos
conhecer aquela em seus mais íntimos mecanismos e detalhes, não nos damos conta de
que, por trás do órgão doente, existe um ser de altíssima complexidade, possuidor de
cérebro, sentimento e mente.

Assim devido a esta tendência, esta necessidade de se conhecer o ser humano de


forma mais abrangível, de uma forma mais global, é que se deu surgimento ao Paradigma
Holístico. Paradigma que não surgiu por intervenção de nenhum grande nome, e nem com
época definida. Sempre existiu, mas nunca lhe foi dado à devida importância. Com o
renascimento das Terapias Holísticas por volta de 1970 é que foi observado com maior
freqüência. Esse paradigma é à base das técnicas e terapias complementares ou
alternativas, que vêem o ser humano por completo, como o nome já diz, holismo, significa
tudo tem a haver com tudo.

Esse paradigma surgiu principalmente das alterações das necessidades das pessoas,
uma necessidade mais natural, mais “limpa”, surgiu da falta de interesse da maioria dos

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médicos atuais com os sentimentos do ser humano, surgiu da insatisfação dos métodos e
resultados atuais, que mais provocam reações e efeitos colaterais do que efeitos de cura.

Temos então um paradigma (cartesiano) que dá ênfase na doença, que precisa


fragmentar o máximo possível o ser humano para chegar ao local exato da lesão ou
doença, e um paradigma (holístico) que analisa e observa principalmente o doente, não
sua doença, que aborda o ser humano de forma global, corpo físico, mental e emocional.

1.2 A NATUREZA DO SER HUMANO

A natureza do ser humano não costuma ser abordada nas diversas disciplinas do
currículo médico, em geral, o tema só é tratado em compêndios de psicologia ou medicina
psicossomática. Entretanto, como exercer adequadamente a medicina humana, ou tratar
de doença ou lesões, se não conhecemos o homem em sua totalidade. Para a OMS -
Organização Mundial da Saúde, o homem é um ser biopsicossocial e a saúde subentende-
se por um perfeito equilíbrio entre os três componentes e não simplesmente pela ausência
de sintomas.

BIO

PSICO SOCIAL

Fig. 01. Representação esquemática do ser humano. Ser “Bio-psico-social”. Fonte: do autor (2007);

Doenças podem ser consideradas, ou pelo menos adquiridas, um resultado de


desequilíbrio em um ou mais componentes do indivíduo. Em outras palavras, significa uma
exteriorização de distúrbios íntimos da esfera física, psíquica e/ou social da pessoa. Uma
perturbação em qualquer um dos componentes vai inevitavelmente refletir, nos
outros dois, por serem inter-relacionados e indissociáveis, gerando então, uma
seqüência de eventos, que numa última análise, se manifestarão como sintomas e sinais de
uma doença. As escolas médicas, como salientamos, enfatizam a doença em detrimento do
doente e para ela direcionam os recursos diagnósticos e terapêuticos, não levam em conta
que a doença representa apenas uma manifestação exteriorizada de problemas interiores
do ser. Assim aplicam ênfase na parte e negligência no todo. A tecnologia moderna
investiga bem a doença, mas é fria, impessoal, insensível e incapaz de adentrar na alma do
paciente. Este não aguarda ansiosamente apenas pela modernidade na condução do seu
caso, mas espera encontrar diante de si alguém que seja também um confessor, um
protetor, um amigo.
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1.3 FUNDAMENTOS DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA (MTC)

A MTC é um sistema de medicina coerente e bem desenvolvido, praticado na China


por milhares de anos. O sistema considera o corpo humano como um todo e como parte
da natureza. Para manter-se saudável é preciso conservar a harmonia das funções do
corpo e entre o corpo e a natureza. A doença ocorre quando a harmonia é rompida. Para
restabelecer o estado de harmonia, são usadas várias abordagens terapêuticas: a
medicina chinesa a base de ervas, a acupuntura, massagens, exercícios corpo-mente, e a
terapia dietética chinesa. A prevenção da doença é parte integrante da MTC.

As origens da medicina chinesa estão ligadas a três imperadores lendários: Huang


Di, o Imperador Amarelo (2697 a.C.), conhecido como o fundador da medicina tradicional
da China; Shen Nong (2698-2598 a.C.), o agricultor divino, considerado o fundador da
agricultura e da medicina chinesa a base de ervas; e Fu Xi, o domesticador de bois e
foi conhecido como o criador das agulhas de acupuntura. Acredita-se que Huang Di
seja o autor do primeiro trabalho clássico sobre a MTC, o Yellow Emperor’s Inner Classic.

Os conceitos fundamentais da MTC são Yin-Yang e a Teoria dos Cinco Elementos.


Essas duas teorias explicam as mudanças e os fenômenos da natureza, inclusive os seres
humanos.

1.4 TEORIA YIN-YANG

Segundo a MTC, o universo é um todo, formado pela união de dois componentes


opostos, mas complementares, que formam todas as coisas do universo, são forças
contrárias, mas que não existem individualmente.

Fig. 02. – Yang (Branco) e Yin (Preto). Fonte: LEVIN & JONAS (2001).

Yin normalmente representa as coisas relativamente inertes, descendentes, internas,


frias e escuras. O Yang em geral representa as coisas relativamentes ativas, ascendentes,
externas, quentes e luminosas.

YIN YANG
Para baixo Para cima
Lua Sol
Noite Dia
Água Fogo
Frio Quente
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Imobilidade Movimento
Interior Exterior
Escuridão Luminosidade
Estrutura Função

Tabela 01 – Exemplo de caracteres opostos Yin-Yang. Fonte: LEVIN & JONAS (2001).

Todas as funções fisiológicas do corpo e também os sinais de alterações patológicas,


podem ser diferenciadas com base nas características Yin-Yang.

Síndromes de Yin Síndromes de Yang

Calafrio e hipofunção Febre, transpiração, hiperfunção

Índice metabólico basal reduzido Índice metabólico basal aumentado

Temperatura baixa Temperatura elevada

Transpiração reduzida Transpiração abundante

Peristalse gástrica reduzida Peristalse gástrica aumentada

Hiperatividade parassimpática Hiperatividade aumentada

Intolerância ao frio Intolerância ao calor

Palidez Pele rosada ou vermelha

Desejo por alimentos quentes Desejo por alimentos ou bebidas frias

Urina clara Urina amarela

Tabela 02 – Diferenciação de síndromes segundo o Yin e Yang; Fonte: LEVIN & JONAS (2001);

Entretanto, é importante que fique bem claro que a natureza Yin-Yang não é
absoluta, são conceitos relativos, Yin e Yang são interdependentes e podem transformar-se
um no outro. O equilíbrio Yin-Yang garante a manutenção da harmonia do corpo.
Normalmente considera-se que uma pessoa saudável, sem qualquer sintoma de doença,
tenha equilíbrio Yin-Yang.

1.5 TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS

A partir da observação da natureza os antigos chineses concluíram que todos os


fenômenos obedecem a ritmos e ciclos repetitivos, e a partir daí estabelecem as bases da
filosofia oriental, que são Yin e Yang, e os Cinco Elementos.

Segundo a concepção chinesa, os cinco elementos – água, madeira, fogo, terra e


metal não são considerados substâncias materiais, mas as cinco fases de transformação
que universalmente ocorrem em todos os fenômenos, sejam na química, na física, na
biologia ou na psicologia. Na verdade, o nome original ou tradução mais correta seria as
Cinco Transformações ou os Cinco Movimentos. A própria energia Ki, fluindo ao longo dos
meridianos, entrando e saindo de vários órgãos e exercendo diversas funções, também não

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podem fugir a lei universal da mudança ou mutação. Todas as coisas no universo


transformam-se por meio de ciclos, por exemplo, as estações do ano, os ciclos da lua, a
gestação de um bebê, o ciclo menstrual, as marés, etc.

Cada elemento se relaciona com uma parte do corpo. Saber isso será muito útil
inclusive nos diagnósticos.

- Fogo: relaciona-se com a parte superior (cabeça e região cárdio- respiratória);

- Terra: relaciona-se com a região gastro-intestinal;

- Água: relaciona-se com a parte inferior e a região genito-urinária;

- Madeira: relaciona-se com o lado esquerdo do corpo;

- Metal: relaciona-se com o lado direito do corpo;

MADEIRA FOGO TERRA METAL ÁGUA

Estações Primavera Verão Final do verão Outono Inverno

Direções Leste Sul Mediana Oeste Norte

Tempo Vento Calor Umidade Sequidão Frio

Cores Verde Vermelho Amarelo Branca Preto

Sabores Azedo Amargo Doce Picante Salgado

Órgãos Fígado Coração Baço Pulmão Rim

Órgãos Vesícula Intestino Estômago Intestino Bexiga


Zang grosso

Tecidos Tendão Vasos Músculos Pele Osso


Fu delgado
Sentidos Olho Língua Boca Nariz Ouvido

Vozes Gritar Rir Cantar Chorar Gemer

Tabela 03 – Características da Teoria dos Cinco Elementos; Fonte: do autor (2007);

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Fogo

Madeira Terra

Água Metal

Fig. 03 – Os cinco elementos; Fonte: do autor (2007);

Na teoria dos cinco elementos temos dois ciclos. O ciclo de geração representado
pelo circulo e o ciclo de controle representado pelo pentagrama.

CICLO DE GERAÇÃO

A madeira pega fogo que produz o fogo, o fogo vira cinza que forma a terra, a terra
contém no seu interior os minérios e as rochas que formam o metal, o metal ao ser
derretido forma a água, e a água faz brotar a madeira e assim por diante;

CICLO DE CONTROLE

O metal corta madeira, a madeira suga os nutrientes da terra, a terra delimita os


caminhos da água, a água apaga o fogo o fogo derrete o metal e assim por diante
novamente;

1.6 SANGUE

O sangue origina-se da essência do alimento, desenvolvido no baço e no estômago.


O sangue é dominado pelo coração, armazenado no fígado e controlado pelo baço. Tem a
função de nutrir os órgãos e tecidos do corpo. Tanto o sangue como o Ki servem de base
material para as atividades da vida.

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1.7 KI (ENERGIA)

O Ki é a energia vital de cada ser humano, ou seja, é uma substância essencial para
a manutenção das atividades da vida. As funções do Ki são: promover, aquecer, defender,
governar e transformar.

1.8 TEORIA ZANG-FU (ÓRGÃOS INTERNOS)

Essa teoria explica as funções fisiológicas e as alterações patológicas dos órgãos


internos, através da observação das manifestações externas do corpo. Os cinco zang são
os órgãos sólidos, considerados yin, que são o coração, o fígado, o baço, os pulmões e os
rins. Os seis Fu são os órgãos vazios, pertencentes à categoria Yang, constituída de
vesícula, estômago, intestino delgado, intestino grosso, bexiga e sanjião (triplo aquecedor
– formado pelo diafragma, abdômen e baixo ventre). As funções fisiológicas dos órgãos
zang são elaborar e estocar as substâncias essenciais. A função dos órgãos fu é receber e
digerir o alimento, distribuí-lo e excretar os resíduos.

1.9 TEORIA JING (MERIDIANOS)

Descreve o sistema de energia do organismo e trata da circulação e distribuição do


Ki. Os meridianos, ou caminhos, são os principais troncos que correm pelo nosso corpo.
Existem 14 meridianos, sendo 12 os principais, que se correlacionam interiormente aos
órgãos zang-fu, e exteriormente, estão ligados as extremidades e aos pontos de
acupuntura (tsubôs), integrando assim, os órgãos e os tecidos num único sistema.

2. HISTÓRICO DA AURICULOTERAPIA

Dentro dos microssistemas da Acupuntura, a Auriculoterapia é nos dias atuais, um


dos mais populares, isso não somente na China e no Oriente, mas também em todo
Ocidente. O método sobre-saio às outras técnicas pelos seus resultados obtidos e por ser
geralmente pouco invasivo, o que agrada os pacientes.

A Auriculoterapia Chinesa tem sofrido algumas limitações no Ocidente,


principalmente pela dificuldade na tradução de textos escritos no idioma chinês sobre a
temática, o qual limita em grande parte o intercâmbio de informação entre a China e o
resto do mundo e também a incredulidade dos setores médicos ocidentais sobre a Medicina
Tradicional Chinesa e é claro, sobre a auriculoterapia.

Grande passo de extrema importância para o fortalecimento da Auriculoterapia, foi


dado pelo professor Nogier da França, que dedicou muitos anos de sua vida ao estudo do
método, publicando livros e artigos.

O nome mais recente que merece destaque dentro da Auriculoterapia é a professora


Huang Li Chun, pela sua experiência acumulada em investigações ininterrupta em busca de
resultados nessa área.

A Auriculoterapia é uma técnica da Acupuntura, que usa o pavilhão auricular para


efetuar tratamentos terapêuticos, usando do reflexo que a aurícula exerce sobre o sistema
nervoso central.

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O uso desta técnica como objetivo terapêutico vem desde a antiguidade, no


Oriente e na Europa Antiga. Existem relatos de que as mulheres do antigo Egito usavam
pontos auriculares como forma de anticoncepcionais, isto no século 2500 a. C. Outros
relatos, como os escritos por Hipócrates, e traduzidos em 1851 por Litfreé, dizem que as
incisões efetuadas no pavilhão auricular do homem produziam ejaculação escassa, inativa e
infecunda. Ainda, escreveu que existia uma região do dorso da orelha, que ao ser picada
curava a impotência masculina.

O mesmo Hipócrates ao escrever o “O Livro das Epidemias”, indicava a punção com


estiletes nos vasos auriculares para o tratamento de processos inflamatórios.

A principal obra da acupuntura, o livro “Hung Ti Nei Ching”, escrito há mais de 5000
anos, traz relatos de que o pavilhão auricular é um órgão isolado que mantém relações
com os demais órgãos e regiões do corpo através do reflexo cerebral.

A localização e a nomenclatura dos pontos foram sendo introduzidas conforme eram


intensificados os estudos e as observações aurícula-órgão, aurícula- função orgânica,
aurículas-posição anatômicas.

Houve uma época em que o Dr. Paul Nogier, introduziu alterações na localização e
no número de pontos. Passou a ser conhecida como a Auriculoterapia Francesa, mas
existem os que duvidem e não trabalham com essa nova nomenclatura, pois, o sistema
clássico chinês é fruto de observações milenares.

Fig. 01. Relação do pavilhão auricular com o ser humano.

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2.1 DESENVOLVIMENTO ATUAL

Depois da fundação da nova China, houve um amplo, forte e rápido


desenvolvimento de toda a medicina local, o que ajudou que no final dos anos 80 fosse a
Auriculoterapia intitulada como uma especialização dentro da acupuntura.

Na década de 50, o desenvolvimento da Auriculoterapia é muito fraco e pobre,


mesmo que ainda se chama bastante a atenção na época. Por volta de dezembro de 1958,
Ye Xiao Wu publicou numa revista de Shangai alguns estudos realizados pelo médico
francês Dr. Paul Nogier, sobre a relação de certas zonas do pavilhão auricular com os
órgãos internos. Foi Nogier o primeiro a representar a orelha como um feto em posição
pré-natal. Foi o surgimento deste mapa que impulsionou os médicos chineses a começar
um estudo profundo sobre a auriculoterapia.

Em 1960, o médico chinês Xu Zuo Lin, publicou um trabalho realizado com 255
pacientes, mostrando que conseguiu descobrir 15 pontos na aurícula e mostrar seus
excelentes resultados na experiência clínica.

Fig. 02. Mapa de Xu Zuo Lin. Fonte: GARCIA, 1999.

Na década de 60 até o final da década de 70, o estudo sobre a Auriculoterapia foi


aprofundado em busca da afirmação da localização dos pontos. Em 1970, foi editado um

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mapa e acupuntura juntamente com um mapa de auriculoterapia que continha 107 pontos.
Em 1971, o Instituto Científico de Investigações Biológicas da China, editou um livro que
continha um mapa de auriculoterapia com 112 pontos. Em 1972, o Dr. Wang Zhong Tang
escreve um livro em que demonstra 131 pontos. E isso foi sendo alterado constantemente
nesta época, isso, devido à quantidade de experiências que eram realizadas na época.
Eram estudos minuciosos das diferentes reações do pavilhão auricular. Esta grande
variedade de estudos teve também seu lado negativo, onde surgiam discussões e
controvérsias na localização e na função de alguns pontos. Mas por outro lado, possibilitou
a criação de um “Esquema padrão dos pontos auriculares”.

As décadas de 60 e 70 foram extremamente importantes no desenvolvimento da


auriculoterapia, não somente no que se diz respeito à localização dos pontos, mas também
na descrição das funções dos pontos. Motivo esse, que levou a validar em torno de 150
patologias como tratáveis pela auriculoterapia.

Na década de 80 foram dados novos passos nas investigações sobre o método.


Surgiram os estudos dos mecanismos fisiológicos, anatomia, do sistema nervoso, dos
fluidos corporais, entre outros.

Em 1982 surgiu na China o Grupo Nacional de Trabalho em Auriculoterapia, em


1984, em Kun Ming Shao, realizou-se a Assembléia Nacional para o estudo da
Auriculoterapia e Craniopuntura. Em 1987, com a criação do Grupo Nacional para a
Investigação em Auriculoterapia é que surgiu um mapa padrão dos pontos auriculares.

3. MECANISMOS DE AÇÃO DA AURICULOTERAPIA

Na prática clínica tem se verificado que ao estimular um ponto auricular, podemos


nos deparar com diferentes manifestações sentidas pelo paciente, como, sensação de
corrente de energia que percorre o corpo, calor que reflete em algumas partes do corpo
entre outras.

Não há dúvida que a rica inervação do pavilhão auricular tem grande peso na
obtenção de resultados terapêuticos através do uso dos pontos auriculares. O pavilhão
auricular está inervado principalmente por nervos espinhais do plexo cervical como o
auricular maior e o occipital menor e por nervos cerebrais como o auriculotemporal, facial,
glossofaríngeo, ramos do vago e simpático.

Esses nervos descritos acima se ramificam e distribuem-se por todo pavilhão


auricular, conectando assim ao sistema nervoso central:

• O nervo auriculotemporal parte do ramo inferior do trigêmeo,


apresentando relação com os movimentos de deglutição e sensibilidade da face e da
cabeça, como também se relaciona a medula espinhal;
• O nervo facial controla o movimento dos músculos superficiais da face e da região
das adenóides;
• Do bulbo raquidiano partem o nervo Vago e o Glossofaríngeo, que controlam o
centro respiratório, o centro cardíaco, o centro vasomotor e o centro das secreções
salivares;

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• O nervo auricular maior e o occipital menor comandam as atividades do tronco e os


quatro membros, os movimentos músculos-esqueléticos e os
movimentos dos órgãos e vísceras;

Assim fica claro como podemos influenciar todo o restante do corpo.

O pavilhão auricular, em suas faces anterior e posterior é sulcado por inúmeros


filetes nervosos e por uma circulação sanguínea constituída por extensa malha de vasos
capilares. Estes são mais numerosos na superfície da aurícula, enquanto que os filetes
nervosos são mais profundos.

Fig. 03. Mecanismo de ação da auriculoterapia;

Segundo Lowe (1973), cita que a orelha possui inervação abundante e significativa,
obtida através dos nervos trigêmeos, facial e vago, auricular maior e occipital maior e
menor. Estas inervações quando estimuladas por agulhas, sementes, laser, e outros
métodos, sensibiliza regiões do cérebro (tronco cerebral, córtex cerebral). Cada ponto da
aurícula tem relação direta com um ponto cerebral, o qual, por sua vez, está ligado pela
rede do sistema nervoso, a determinado órgão ou região do corpo. A relação aurícula-
cérebro-órgão é que torna a auriculoterapia compatível como tratamento de inúmeras
enfermidades.

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Essa informação dada pelo estímulo à aurícula é enviada a formação reticular, que
compreende uma estrutura formada por neurônios ao longo do tronco cerebral e que vão
do bulbo ao tálamo. Esta estrutura reticular tem uma composição característica, sendo que
este sistema neuronal possui alto grau de agrupamento dos impulsos nervosos, onde cada
impulso regulador da atividade dos órgãos internos e regulador a nível sensorial
desempenham papel fundamental.

As células do núcleo reticular estão repletas de neurônios de associação do tronco


cerebral, elas além de relacionar os impulsos do cérebro e da medula, também relacionam
as fibras aferentes dos segmentos superiores e inferiores do tronco cerebral, recebem
inúmeros impulsos dos ramos laterais do trato e volta a enviá-los deste até o córtex.
Assim, a formação reticular elabora um sistema especial de síntese de sinais, que nos
permite considerar a mesma como um viabilizador da ação da auriculoterapia no sistema
nervoso, no tratamento da dor e na regulação da atividade dos órgãos internos.

A aplicação de um estímulo auricular, mesmo sendo débil, acelera uma série de


reflexos que provocam reações imediatas ou demoradas, temporárias ou permanentes,
passageiras ou definitivas, todas elas de natureza terapêutica.

RESUMO:

Qualquer estímulo ao pavilhão auricular envia uma informação ao tronco cerebral,


mais exatamente na formação reticular, esta que por sua vez, faz o reconhecimento do
ponto estimulado enviando uma informação terapêutica até o órgão estimulado. AURÍCULA
→ CÉREBRO → ÓRGÃO

4. ANATOMIA DA ORELHA

O pavilhão auricular tem uma anatomia específica, muitos ensinam que ela tem
semelhança ao feto de cabeça para baixo, mas devemos sempre usar como base a relação
existente entre a aurícula e organismo humano as terminações nervosas da orelha com o
cérebro.

Nossa orelha apresenta-se como uma lâmina dobrada sobre si mesma, nos mais
variados sentidos, sendo no geral, na forma de corneta musical, devido a sua principal
função, a de captar os sons.

A aurícula é constituída por tecido fibrocartilaginoso, ligamentos, tecido adiposo e


músculos. A região inferior é rica em nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, mas a região
central e superior é formada principalmente por cartilagem. A região que contém a maior
quantidade de tecido adiposo é o lóbulo.

4.1 NOMENCLATURA

• Hélix:

A hélix é a mais excêntrica das proeminências da orelha. Estende-se desde a


concha por uma crista oblíqua para cima e para frente, a raiz da hélix. Contorna a metade
superior da circunferência da aurícula, primeira frente, depois para cima e logo para trás, e
por último, termina na parte superior do lóbulo.
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• Raiz da Hélix:

É uma proeminência horizontal que divide as conchas cava e cimba;

• Tubérculo de Darwin:

É uma pequena proeminência na região póstero-superior da hélix;

• Anti-Hélix:

Está localizada internamente a hélix, paralelamente ao segmento posterior desta, e


na sua porção superior se divide em dois ramos que limitam uma depressão;

• Cruz superior da anti-hélix:

Ramo superior formado da divisão da anti-hélix;

• Cruz Inferior da anti-hélix:

Ramo inferior formado da divisão da anti-hélix;

• Fossa Triangular:

É a depressão que se forma entre a cruz superior e a cruz inferior da anti-hélix.

• Fossa Escafóide:

Surge entre a hélix e a anti-hélix, apresenta-se como um sulco curvilíneo;

• Trago:

É uma proeminência triangular que surge antes da concha e abaixo da hélix, que se
projeta para frente e por fora do orifício do conduto auditivo externo.

• Incisura do Supratrago:

É uma depressão que se forma pela hélix e pelo bordo superior do trago,
praticamente dentro do ouvido;

• Antítrago:

É uma pequena proeminência triangular, localizada abaixo da anti-hélix e da concha


cava;

• Incisura do Intertrago:

É a depressão formada entre o trago e o antítrago, abaixo da concha cava;

• Fossa superior do antítrago:

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É a depressão formada entre o antítrago e anti-hélix;

• Lóbulo:

É a porção mais carnosa, localizada na extremidade inferior do pavilhão auricular;

• Concha Cimba:

É uma profunda escavação ou cavidade, superior a raiz da hélix e inferior a cruz


inferior da anti-hélix;

• Concha Cava:

É uma profunda escavação ou cavidade, inferior a raiz da hélix e superior a incisura


do intertrago e ao antítrago;

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Fig. 04. Anatomia da Orelha; Fonte: VIEIRA (2002).

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Fig. 05. Anatomia da Orelha. Fonte: GARCIA (1999).

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Fig. 06. Anatomia da orelha – região dorsal. Fonte: VIEIRA (2002).

4.2 CORRELAÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

• Hélix:

Contém pontos relacionados aos órgãos genitais externos;

• Raiz da Hélix:

Sistema digestivo e diafragma;

• Anti-Hélix:
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Corresponde a coluna, as vértebras, tronco, pescoço, abdômen, tireóide, mamas e


tórax;

• Cruz Superior da Anti-Hélix:

Corresponde aos membros inferiores: pé, tornozelo, joelho, cóccix, quadril;

• Cruz Inferior da Anti-Hélix:

Corresponde a região glútea, nervo ciático, e o ponto simpático;

• Fossa Triangular:

Corresponde ao sistema reprodutor e o ponto Shen Men;

• Fossa Escafóide:

Corresponde aos membros superiores: dedos, punho, cotovelo e ombro;

• Trago:

Corresponde aos pontos do nariz, supra-renal e dos vícios;

• Incisura do Supratrago: Corresponde ao ponto boca;


• Antítrago:

Corresponde a cabeça, a fronte, o tronco cerebral, córtex, ao sistema nervoso em


geral;

• Incisura do Intertrago:

Correspondem as glândulas endócrinas, ovário e testículos;

• Lóbulo:

Corresponde a face, olhos, maxilar, mandíbula, cavidade oral, amígdalas, língua e


dentes;

• Concha Cimba:

Corresponde a todos os órgãos abdominais;

• Concha Cava:

Corresponde a todos os órgãos da região torácica;

4.3 ESTRUTURAS ANATÔMICAS DO PAVILHÃO AURICULAR

• Vascularização:
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As principais artérias que fazem à irrigação da orelha procedem da artéria temporal


superficial e da artéria auricular posterior. A artéria temporal superficial ramifica-se para
frente do conduto auditivo externo em três ramos: superior, médio, e inferior, as quais
irrigam fundamentalmente a face anterior da aurícula. A artéria auricular posterior irriga
principalmente a parte posterior da aurícula.

• Vasos Linfáticos:

Estes partem da região anterior da hélix e do trago procedente do gânglio pré-


auricular. Os da face anterior do pavilhão auricular e os que nascem em sua face posterior
na região da concha, são procedentes dos gânglios mastóideos, parótidas e
subesternomastóideo.

Fig. 07. Principais artérias que irrigam o pavilhão auricular. Fonte: GARCIA (1999).

• Músculos:
o Músculo maior da hélix: estende-se verticalmente sobre a parte anterior da
hélix;
o Músculo menor da hélix: situa-se sobre o bordo livre da raiz da hélix;
o Músculos transverso e oblíquo: situa-se na face interna do pavilhão auricular
e se estendem desde a concha até as convexidades determinadas pela fossa
escafóide.
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Fig. 08. Músculos do pavilhão auricular. Fonte: GARCIA (1999).

• Inervação:

No pavilhão auricular possuímos nervos cranianos e nervos espinhais. Os nervos


espinhais incluem o nervo auricular maior e o nervo occipital menor. Os nervos cerebrais
incluem o nervo aurículotemporal e o nervo vago.

- Nervo Auricular Maior: Origina no segundo e terceiro pares do plexo cervical,


passando por trás do músculo esternoclidomastóideo até atingir a orelha, onde se divide
em dois ramos.

Nervo Occipital Menor: também se origina no segundo e terceiros pares do plexo


cervical, sobem por trás do músculo esternoclidomastóideo até atingir a raiz da hélix.
Abrange a parte superior anterior e posterior da aurícula.

- Nervo Auriculotemporal: procede do ramo inferior do trigêmeo e corre para a face


anterior e superior do pavilhão auricular, dividindo-se em ramos que irão inervar a parede
anterior do conduto auditivo externo, o trago, o lado superior da raiz da hélix, até a fossa
triangular.

- Nervo Vago: sai um ramo do nervo vago que se une com o nervo glossofaríngeo e
com fibras do nervo facial que penetram na orelha. Abrange a concha cava, a raiz da hélix,
estendendo-se até a fossa escafóide.

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Fig. 09. Inervação do pavilhão auricular. Fonte: GARCIA (1999).

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Fig. 10. Metâmeros auriculares. Fonte: GARCIA (1999).

Fig. 11. Visão da região anterior da orelha. Fonte: GARCIA (1999).

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5. LOCALIZAÇÃO E FUNÇÃO DOS PONTOS AURICULARES

5.1 LÓBULO

Para facilitar a localização dos pontos do lóbulo da orelha, dividimos o mesmo em


nove quadrantes (zonas), começando a enumerar desde a incisura do intertrago e
seguindo uma ordem de localização de dentro para fora e de cima para baixo.

• Ponto Dente ou Analgésico para Exodontia:

Localização: está localizado no centro da primeira zona do lóbulo;

Função: tratamento das odontalgias, periodontites, exodontia de superiores;

• Ponto Língua:

Localização: está localizado no centro da segunda zona do lóbulo;

Função: Tratamento de afecções da língua, glossite, fissuras, úlceras, infecções e


outros distúrbios da mesma;

• Ponto Paladar Inferior ou Assoalho Bucal:

Localização: Se dividirmos a segunda zona do lóbulo em outras três zonas


horizontais, o ponto está no início primeira zona superior;

Função: Tratamento das afecções inflamatórias dos lábios, como também da


cavidade bucal, e neuralgias do trigêmeo.

• Ponto Paladar Superior:

Localização: se dividirmos a segunda zona do lóbulo em outras três zonas


horizontais, o ponto está no final da terceira zona;

Função: as mesmas funções do ponto anterior;

• Ponto Maxilar:

Localização: está localizado no centro da terceira zona do lóbulo;

Função: Tratamento de odontologia, subluxação da articulação têmporo- mandibular


e neuralgias do trigêmeo;

• Ponto Lóbulo Anterior, Neurastenia ou Nevralgia:

Localização: está localizado no centro da quarta zona do lóbulo;

Função: Neurastenia, nevralgias, dores orofaciais e transtornos do sono;

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• Ponto Olho:

Localização: está localizado no centro da quinta zona do lóbulo;

Função: Usado para tratar qualquer distúrbio oftalmológico, entre eles, a


conjuntivite, ametropia, glaucoma, ceratite, entre outras, além de atuar em casos de
paralisia facial;

• Ponto Ouvido Interno:

Localização: está localizado no centro da sexta zona do lóbulo;

Função: usado no tratamento de distúrbios correspondentes a área, hipoacusia,


otite, vertigens, labirintites e zumbidos;

• Ponto Amígdala:

Localização: encontra-se localizado no centro da oitava zona do lóbulo; Função:


Usado somente nos tratamentos de amidalite e faringite;

• Ponto Face:

Localização: Compreende a área do centro da quinta zona até o centro da sexta


zona do lóbulo;

Função: Dores orofaciais, paralisia facial, acne, tratamentos estéticos da face;

Fig. 01. Lóbulo 1) Dente; 2) Paladar Inferior; 3) Paladar superior; 4) Língua; 5) Maxilar; 7) Lóbulo Anterior; 8) Olho; 9) Ouvido
interno; 10) Amígdala; 11) Face; Fonte: GARCIA, 1999.

5.2 ANTÍTRAGO

• Ponto Parótida:

Localização: no ápice do antítrago;

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Função: É utilizado no tratamento de parotidite, dermatites neurogênicas,


dermatites em geral, e doenças cutâneas e da mucosa bucal;

• Ponto Ping Chuan:

Localização: No ápice do antítrago, 2 mm lateral e posterior ao ponto da parótida;

Função: Tratamentos de asma, bronquites, dispnéia e alergias respiratórias;

• Ponto Temporal ou Tai Yang:

Localização: Localizado no lado externo do antítrago, mais abaixo do ponto asma,


no centro da linha em forma de arco traçada do bordo superior ao bordo inferior do
antítrago;

Função: cefaléia, enxaquecas, analgésico, pode-se associar ainda aos tratamentos


de visão e audição;

• Ponto Fronte:

Localização: localizado no lado externo do antítrago, na extremidade anterior e


inferior do mesmo;

Função: fortalece e estimula a mente, casos de falta de concentração, sonolência,


hipertensão arterial, e ainda atua como analgésico para as cefaléias de origem frontal;

• Ponto Occipital:

Localização: localizado no lado externo do antítrago, na extremidade posterior e


superior da linha traçada em forma de arco;

Função: vertigens, sedativo, usado em convulsões e síndromes do pânico, e ainda


para acalmar a tosse e a dispnéia;

• Ponto Hipófise:

Localização: localizado no bordo superior do antítrago, próximo a fossa superior do


antítrago;

Função: Atua sobre os distúrbios ginecológicos de origem endócrina: menstruação


irregular e amenorreia; Tratamentos de hiper ou hipotireoidismo, e tratamento de
enfermidades hemorrágicas;

• Ponto Cérebro:

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Localização: Encontra-se no lado interno e superior do antítrago;

Função: Usado nos tratamentos das enfermidades cerebrais, como,


insuficiência cérebro vascular, ataxia, epilepsia e hipercinesia;

• Ponto Tálamo:

Localização: encontra-se no lado interno do antítrago, no extremo interno de uma


linha traçada entre os pontos parótida e pulmão, imediatamente por baixo deste último;

Função: Atividade neurovegetativa, regulação da fisiologia dos órgãos internos;

• Ponto Subcórtex;

Localização: Está localizado no lado interno do antítrago, na metade da distância de


uma linha que une os pontos tálamo e ovário;

Função: regula a função do córtex cerebral; trata transtornos neurovegetativos,


neuroses, afecções do sistema digestivo, e afecções do sistema cardiovascular;

Fig. 02. Antítrago ((parte externa) – 1) parótida; 2) ping chuan; 3) temporal; 4) fronte; 5) occipital; 7) hipófise; 8) cérebro;
Fonte: GARCIA, 1999.

Fig. 03. Antítrago ((parte interna) – 11) (Tálamo; 13) Subcórtex; Fonte: GARCIA, 1999.

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5.3 FOSSA SUPERIOR DO ANTÍTRAGO

• Ponto Tronco Cerebral:

Localização: está localizado no bordo superior da fossa do intertrago; Função:


Estimula a mente, acalma o pânico, a convulsão, tratamento de tosse, febre e bronquites;

• Ponto Laringe:

Localização: encontra-se no bordo externo e inferior da fossa do intertrago, 2mm


abaixo do ponto tronco cerebral;

Função: tratamentos das afecções da orofaringe e das odontalgias;

Fig. 04. Fossa Superior do (Antítrago – 1) Tronco cerebral; 2) Laringe; Fonte: GARCIA, 1999;

5.4 TRAGO

• Ponto Ápice do Trago:

Localização: localizado na metade superior do trago no lado externo, por cima da


proeminência central do ápice;

Função: antiinflamatório, antipirética, sedante e analgésica; Muito utilizado nos


tratamentos febris;

• Ponto Supra-Renal:

Localização: situa-se sobre a metade inferior do lado externo do trago, por baixo da
proeminência deste;

Função: tonifica e ativa as funções das glândulas supra-renais; possui propriedades


antialérgicas, anti-infecciosa, antiinflamatória, e é contra-indicado em pacientes com

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hipertensão arterial; ainda pode ser utilizado como complemento nos tratamentos de asma
e bronquite;

• Ponto Nariz Externo:

Localização: situa-se sobre a face externa do trago, formando um triângulo com os


pontos supra-renal e ápice do trago;

Função: Inflamações do nariz, máculas e acne;

• Ponto Laringe-Faringe:

Localização: situa-se na face interna do trago, na metade superior; Função:


faringites, amigdalites, traqueite e bronquites;

• Ponto Nariz Interno:

Localização: situa-se na face interna do trago, na metade inferior; Função: rinites


alérgicas, resfriados sinusites e obstrução nasal;

• Ponto Fome:

Localização: situa-se na metade da distância da linha que conecta o ponto nariz


externo ao ponto supra-renal;

Função: regular a apetite e tratamento da obesidade;

• Ponto Sede:

Localização: situa-se na metade da distância da linha que une os pontos nariz


externo e o ápice do trago;

Função: regula o mecanismo da sede, empregado no tratamento da diabete e


enurese;

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Fig. 05. Trago; 1) ápice do trago; 2) supra-renal; 3) nariz externo; 5) laringe-faringe; 6) nariz interno; 8) ponto fome; 9) ponto
sede; Fonte: GARCIA, 1999.

5.5 INCISURA DO SUPRATRAGO

• Ponto Ouvido Externo:

Localização: está situado sobre a área que forma a depressão entre a fossa do
supratrago e o hélix;

Função: usado em tratamentos de distúrbios do ouvido, como: tinido, hipoacusia,


surdez, labirintites e vertigens;

Fig. 06. Trago; 4) Ouvido Externo; Fonte: GARCIA, 1999.

5.6 ANTI-HÉLIX

Dividimos a anti-hélix do seu início até onde se divide em raiz superior e raiz inferior
em cinco partes.

• Ponto da Região Cervical:

Localização: abrange o primeiro quinto (o mais inferior) da anti-hélix;

Função: Qualquer disfunção relacionada à área. Desde dores musculares, espasmos


e torcicolos;

• Ponto da Região Dorsal:

Localização: está região percorre o segundo e o terceiro quinto da anti-hélix, de


baixo para cima;

Função: Atua sobre qualquer disfunção ou patologia localizada na coluna dorsal;

• Ponto da Região Lombar:

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Localização: irá abranger o quarto quinto, estando entre a coluna dorsal e a região
sacra;

Função: atua sobre qualquer disfunção ou patologia localizada na coluna lombar,


principalmente as lombalgias;

• Ponto da Região Sacra;

Localização: abrange o quinto final, mais próximo da ramificação em cruz superior e


inferior;

Função: qualquer patologia ou disfunção local.

• Ponto Pescoço:

Localização: está localizado na área da região cervical, no início e mais


internamente;

Função: torcicolos, hipo ou hipertireoidismo, inflamações musculares, espasmos, etc.

• Ponto Tórax:

Localização: está localizado no início e no bordo interno da região dorsal; Função:


Para tratamentos de patologias específicas da zona, como: angina, herpes zoster, sensação
de opressão torácica, etc.

• Ponto Abdômen:

Localização: está localizado no início e no bordo interno da região lombar; Função:


Tratamento de enterite, constipação, dor pós-parto, dismenorréia, e também pode ser
utilizado como complemento no tratamento da obesidade;

• Ponto dos Músculos Lombares:

Localização: Está situado na região lombar da anti-hélix, mas ao nível do bordo


externo (em direção a escafa);

Função: Todas as alterações da musculatura paravertebral; Lombalgias e hérnias


discais;

• Ponto Tireóide:

Localização: este está localizado entre a região cervical e o ponto do tronco


cerebral;

Função: tratamento das patologias de tireóide;

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Fig. 07. Anti-Hélix; 1) região cervical; 2) região dorsal; 3) região lombar; 4) região sacra; 6) pescoço; 7) tórax; 8) abdômen;
11) músculos lombares; 15) tireóide; Fonte: GARCIA, 1999.

5.7 ANTI-HÉLIX – CRUZ INFERIOR

• Ponto da Região Glútea:

Localização: representa o primeiro terço da cruz inferior;

Função: para tratamento de algias da região glútea, sacro-ilíaco e ciático;

• Ponto do Nervo Ciático:

Localização: representa o segundo terço, ou o central, da cruz inferior da anti-hélix;

Função: tratamento das ciatalgias. Nesse caso, utiliza-se estimular esse ponto via
anterior e posterior, de tal forma em que fiquem em oposição direta;

• Ponto Simpático:

Localização: representa o terceiro terço da cruz inferior da anti-hélix;

Função: regular a função do sistema neurovegetativo, relaxar os espasmos da


musculatura lisa, tem ação vasodilatadora e regula as secreções internas;

5.8 ANTI-HÉLIX – CRUZ SUPERIOR

• Ponto Dedos:

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Localização: encontra-se na parte mais alta do bordo externo da cruz superior;

Função: indicado para os casos de entorses de qualquer um dos dedos, debilidades


vasculares e micoses;

• Ponto Calcâneo;

Localização: encontra-se na parte mais alta do bordo interno da cruz superior;

Função: utilizado nos tratamentos de esporão de calcâneo, dor no calcâneo e


deficiência do rim;

• Ponto da Articulação do Tornozelo:

Localização: Situa-se na metade de uma linha lançada entre o ponto calcâneo e


joelho;

Função: entorses de tornozelo, inflamações da articulação, subluxação da


articulação;

• Ponto da Articulação do Quadril:

Localização: situa-se bem no centro da linha inicial da cruz superior;

Função: atua sobre dores lombares, dores do quadril, ciatalgias, espondilolistése;

• Ponto da Articulação do Joelho:

Localização: situa-se exatamente no centro da cruz superior;

Função: para o tratamento de todas as afecções do joelho, principalmente em casos


de reumatismos;

• Ponto dos Músculos Gastrocnêmicos:

Localização: no bordo externo da cruz superior, na região central; Função:


espasmos da panturrilha, cãibras, até ciatalgias;

• Ponto do Músculo Quadríceps;

Localização: situa-se entre a articulação do joelho e a articulação do quadril;


Função: qualquer disfunção ou patologia localizada na coxa;

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Fig. 08. Cruz Inferior e Superior da Anti-Hélix. a) região glútea; b) nervo ciático; c) simpático; 1) dedos; 2) calcâneo;
3) tornozelo; 4) quadril; 5) joelho; 8) gastrocnêmico; Fonte: GARCIA, 1999.

5.9 FOSSA ESCAFÓIDE OU ESCAFA

• Ponto Falanges:

Localização: situa-se na extremidade superior da escafa;

Função: usada em qualquer alteração dos dedos da mão, hiperidrose, dermatites,


formigamentos, luxações, etc.

• Ponto Clavícula:

Localização: situa-se na extremidade inferior da escafa;

Função: atua em dores da região cervico-braquial, luxações da clavícula, etc.

• Ponto da Articulação do Punho:

Localização: situa-se a mais ou menos 5 mm abaixo do ponto falanges;

Função: usado em tratamentos de síndrome do túnel do carpo,


tendossinovites, quervain, etc.

• Ponto Cotovelo

Localização: situa-se 2 mm abaixo do ponto da articulação do punho;

Função: para todas as afecções do cotovelo, epicondilites, reumatismos, etc.

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• Ponto Ombro:

Localização: situa-se a 3 mm abaixo do ponto cotovelo;

Função: para todas as disfunções ou patologias do ombro;

• Ponto Alergia ou Urticária:

Localização: situa-se entre os pontos falanges e articulação do punho;

Função: todas as patologias alérgicas como, asma, dermatites, rinites, urticária, etc.

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Fig. 08. Fossa Escafóide. 1) falanges; 2) clavícula; 3) punho; 4) cotovelo; 5) ombro; 7) Fonte: GARCIA, 1999.

5.10 FOSSA TRIANGULAR

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• Ponto Hipotensor:

Localização: está localizado no bordo interno e superior da fossa triangular, próxima


a hélix;

Função: Usado nos tratamentos de hipertensão arterial;

• Ponto Pelve:

Localização: encontra-se na junção da cruz superior com a cruz inferior, pelo bordo
interno, na fossa triangular;

Função: Utilizado nos tratamentos de dores na região do baixo ventre, dismenorréia,


prostatite e dores locais;

• Shen Men:

Localização: situa-se a 2 mm do ponto pelve em direção ao ponto hipotensor, no


bordo superior interno da fossa triangular;

Função: É analgésico para qualquer tipo de dor; sedante para qualquer patologia
respiratória e/ou alérgica; e ainda age com antiinflamatório;

É considerado o ponto mais importante da auriculoterapia, sendo que o mesmo é


utilizado em todo e qualquer tratamento;

• Ponto Útero;

Localização: está localizado na linha do ponto hipotensor, na outra extremidade da


fossa triangular;

Função: usado em tratamentos de menstruação irregular, dismenorreias,


amenorreias hemorragias, endometriose e disfunções sexuais.

• Ponto Constipação:

Localização: esse ponto forma um triangulo com os pontos do nervo ciático e


simpático, mas o ponto constipação está localizado dentro da fossa triangular, próximo ao
bordo inferior;

Função: usado nos tratamentos de constipação;

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Fig. 09. Fossa Triangular 1) Hipotensor; 2) Pelve; 3) Shen Men; 5) Útero; 9) Constipação; Fonte: GARCIA, 1999.

5. 11 CONCHA CIMBA

• Ponto Estômago:

Localização: situa-se no final da raiz da hélix, exatamente no local em que ela


termina;

Função: indicado em todos os tratamentos que envolvam a região do estômago,


gastrite, azia, espasmos estomacais, úlceras gástricas, etc.

• Ponto Duodeno:

Localização: situa-se 2 mm acima do ponto estômago, pelo bordo superior da raiz


do hélix, na mesma direção do ponto cárdia;

Função: usado nos tratamentos da duodenite e úlceras do duodeno;

• Ponto Intestino Delgado:

Localização: encontra-se no bordo superior da raiz do hélix, na mesma direção do


ponto esôfago;

Função: nos tratamentos de constipação, má absorção de alimentos, diarréias,


distensão abdominal e transtornos gastrointestinais em geral;

• Ponto Intestino Grosso:

Localização: encontra-se no bordo superior da raiz do hélix, na mesma direção do


ponto boca;
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Função: Constipação, transtornos intestinais, diarreias, e distensão abdominal;

• Ponto Apêndice:

Localização: também se encontra no bordo superior da raiz do hélix, entre os pontos


do intestino grosso e delgado;

Função: indicado somente para casos de apendicite aguda;

Fig. 10. Concha Cimba ((bordo inferior) – 4) Estômago; 5) duodeno; 6) intestino delgado; 7) intestino grosso; 8) apêndice -
Fonte: GARCIA, 1999.

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• Ponto Rim:

Localização: situa-se na mesma direção do ponto pelve, mas na concha cimba, no bordo
superior por baixo de uma cavidade formada pela cruz inferior da anti-hélix;

Função: manutenção e conservação do estado de saúde geral do paciente; usado para


fortalecer a região lombar, a medula espinhal e a função cerebral; ajuda a manter a harmonia na
circulação dos líquidos corporais e é considerado como o segundo ponto mais importante da
auriculoterapia;

• Ponto Próstata:

Localização: situa-se no bordo superior da concha cimba, muito próximo ao hélix, na


cavidade por baixo da cruz inferior da anti-hélix;

Função: indicado para os tratamentos da próstata e transtornos da função sexual;

• Ponto Bexiga:

Localização: situa-se a 2 mm ao lado do ponto próstata em direção ao ponto rim;

Função: indicado para todos os tratamentos relacionados à bexiga e a retenção ou


eliminação dos líquidos do corpo;

• Ponto Fígado:

Localização: o ponto fígado apresenta-se no bordo posterior e inferior da concha cimba;

Função: ajuda a fortalecer as funções do baço e do estômago; atua sobre todas as afecções
do fígado; controla os ligamentos e tendões; é também indicado sobre distúrbios do sangue;

• Ponto Vesícula Biliar e Pâncreas:

Localização: situa-se na borda superior da concha cimba, na meia distância entre os pontos
fígado e rins;

Funçã do ponto Vesícula: herpes zoster, distensão abdominal e consistência de sabor amargo
na boca por vários dias;

Função do ponto Pâncreas: diabetes e pancreatites;


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Fig. 11. Concha Cimba ((bordo superior) – 1) rim; 2) próstata; 3) bexiga; 4) fígado; 5) vesícula e pâncreas - Fonte: GARCIA, 1999.

5. 12 CONCHA CAVA

• Ponto Boca:

Localização: situa-se na região do conduto auditivo externo, na borda superior, mais


exatamente dentro da incisura do supratrago, por baixo da raiz do hélix;

Função: para o tratamento de qualquer afecção da boca: úlceras, glossite, gengivite, dores
na ATM (articulação têmporo-mandibular), infecções e inflamações da laringe e da faringe;

• Ponto Esôfago:

Localização: encontra-se no bordo inferior da raiz do hélix, na mesma direção do ponto


coração;

Função: indicado para o tratamento de hérnia de hiato, esofagite, disfagia e alguns


transtornos digestivos;

• Ponto Cárdia:

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Localização: situa-se no bordo inferior da raiz da hélix, entre os pontos do estômago e do


esôfago;

Função: indicado para os casos de refluxo gastroesofágico e náuseas;

Fig 12. Concha Cava ((bordo superior) – 1) Boca; 2) esôfago; 3) cárdia; Fonte: GARCIA, 1999.

• Ponto Coração:

Localização: situa-se exatamente no centro da concha cava, na mesma direção do ponto do


esôfago;

Funções: Melhora a capacidade funcional do coração; regular a pressão arterial; ajuste no


metabolismo da transpiração; insônia; e para regular o metabolismo da circulação sanguínea;

• Ponto Pulmão:

Localização: esse ponto situa-se por cima e por baixo do ponto do coração. O ponto pulmão
por baixo na orelha tratada coincide com o pulmão do lado da orelha tratada, já o ponto pulmão
acima do coração, representa o pulmão do lado contrário da orelha tratada;

Função: Tem a função de controlar a respiração; dispnéia; indicado em todos os distúrbios


e/ou patologias do sistema respiratório; ajuda a controlar a pele e os pêlos;

• Ponto Traqueia:

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Localização: situa-se na direção do conduto auditivo externo, na meia distância entre esse e
o coração;

Função: usado nos tratamentos de laringites e epiglotites;

• Ponto Brônquios:

Localização: situa-se na meia distância entre os pontos traquéia e pulmão; Função: diminui a
tosse, a dispnéia, as crises de asma, e atua sobre a bronquiectasia e a bronquite;

→ Ponto Baço:

Localização: situa-se na concha cava em direção a anti-hélix, a meia distância entre os


pontos estômago e tronco cerebral;

Função: Atua sobre os quatro membros, podendo tratar as algias lombares e dos membros,
casos de atrofia muscular e perda de força muscular nos membros;

Ajuda a combater afecções do sistema digestivo; e pode atuar ainda sobre enfermidades
hemorrágicas;

• Ponto San Jiao:

Localização: situa-se por baixo do conduto auditivo externo, no bordo interno do antítrago,
na meia distância entre o bordo inferior do conduto e o ponto subcórtex;

Função: Analgésico, tonificante do coração, fortalece o baço, estômago e rim, e também


pode ser usado nos tratamentos que envolvem o aparelho genital;

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Fig. 13. Concha Cava 1) coração; 2) pulmão; 3) traquéia; 4) brônquios; 5) baço; 6) san jiao. Fonte: GARCIA, 1999.

5. 13 INCISURA DO INTERTRAGO

• Ponto Endócrino:

Localização: está situado exatamente na parte mais baixa e interna da incisura do intertrago;

Função: usado para regular as funções do sistema endócrino; possui propriedades


imunológicas e anti-inflamatórias; e pode ser usado ainda como complemento nos tratamentos da
função digestiva e em casos de obesidade;

• Ponto Hipertensor:

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Localização: encontra-se no bordo inferior da incisura do supratrago; Função: tratamento de


hipotensão arterial (pressão baixa);

• Ponto Ovário:

Localização: situa-se dentro da incisura do intertrago, próximo ao início do antítrago;

Função: transtornos menstruais, hemorragias uterinas e infertilidade;

Fig. 14. Incisura do intertrago 1) endócrino, 4) hipertensor, 5) ovário; Fonte: GARCIA, 1999.

5. 14 HÉLIX

• Ponto Ápice do Hélix:

Localização: é o ponto mais alto da hélix, ou pode-se encontrar esse ponto dobrando o
pavilhão auricular para frente, sendo o ponto a ponta mais alta que se forma na orelha;

Função: antiinflamatório, antipirética, hipotensora e antialérgica;

• Ponto Ânus:

Localização: este se localiza na hélix, na linha do bordo inferior da cruz superior da anti-
hélix;

Função: tratamento de hemorróidas, prolapso retal e prurido anal;

• Ponto Órgãos Genitais Externos:

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Localização: na hélix seguindo a linha do bordo superior da cruz inferior da anti-hélix;

Função: uretrites, prurido genital, coceiras e micoses na região genital;

• Ponto Uretra:

Localização: na hélix, na mesma linha do ponto próstata;

Função: prostatite, enurese noturna, poliúria e afecções da própria uretra;

• Ponto Reto:

Localização: na hélix, na linha do ponto intestino grosso;

Função: tratamento de hemorróidas, prolapso retal e incontinência fecal;

Fig. 15. Hélix 1) ápice da orelha; 2) ânus; 3) órgãos genitais externos; 4) uretra; 5) reto; Fonte: GARCIA, 1999.

• Ponto Diafragma:

Localização: situa-se na raiz da hélix, sobre o conduto auditivo externo; Função: tem a
função de manter a homeostase sanguínea, diminuir os espasmos musculares e do diafragma, além
de ser muito importante no tratamento das afecções dermatológicas;

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Fig. 16. Raiz da Hélix 2) diafragma. Fonte: GARCIA, 1999.

6. DIAGNÓSTICO

Podemos estar utilizando tanto os diagnósticos clínicos como os alternativos para criarmos
nossos programas de tratamento.

O pavilhão auricular é considerado uma parte muito importante do corpo humano, por
conformar um microssistema. Possui a capacidade de funcionar como um receptor de sinais de alta
especificidade, podendo assim, refletir todas as mudanças dos órgãos e vísceras, membros, tecidos,
ou seja, de todo o organismo.

• Diagnóstico Clínico:

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São muito importantes os dados fornecidos pelos examesl laboratoriais, raio-x,


eletrocardiograma, anamnese, palpação, pois todos trazem informações relevantes sobre a
patologia ou a disfunção do paciente;

• Pulsologia:

O diagnóstico de energia fornecido pelo exame do pulso e da língua é necessário somente


quando houver a associação da auriculoterapia com a acupuntura sistêmica.

• Auriculodiagnóstico:

Quando certo órgão ou suas funções apresentam algum distúrbio, a área auricular
correspondente sofre certas alterações, podendo ser estas alterações pigmentarias, alterações da
vascularização, aparecimento de protuberâncias ou de cavidades, maior ou menor secreção, etc.

E também, os pontos auriculares correspondentes a algum problema, tornam-se


extremamente sensíveis ao toque. Ocorre uma diminuição do limiar doloroso, ou seja, o ponto
estará mais sensível a dor. Isto pode ser mais frequentemente observado nas enfermidades agudas
e tumores.

Este método é o mais utilizado, realizando-se com a ponta romba de um lápis, ou palpadores
específicos que são vendidos para esse procedimento.

Deve-se realizar pressão, sempre de mesma magnitude sobre todos os pontos relacionados
com a patologia, sendo necessário tratar todos os pontos com maior sensibilidade a palpação.

6.1 DIAGNÓSTICO – CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS

Nesse tipo de diagnóstico, poucas informações temos a respeito do que indica cada tipo de
reação. O mais importante, e sabermos que qualquer que seja o encontrado, é saber o local, a
anatomia, porque qualquer uma dessas reações vão nos indicar que naquele ponto existe algum
distúrbio.

• Mudanças da Coloração:

- Vermelho brilhante: geralmente observa-se nas patologias agudas, recém começadas e até
mesmo nos episódios que não é possível tolerar a dor;

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- Vermelho Pálido ou escuro: observado nas afecções com um período evolutivo crônico, e
também em afecções recidivantes, aqueles que costumam desaparecer e reaparecer com o passar
do tempo.

- Cor Cinza-Escuro: geralmente relacionadas a tumores e câncer.

• Mudanças Morfológicas:

- Proeminências: apresentam-se na forma de nós ou nódulos, podendo variar muito no seu


tamanho. Estas elevam a pele para cima, e pode ser isolados ou em vários nós.

- Depressões: Essas podemos observar em forma de pontos, de gomos, sulcos ou linhas.

• Descamações:

Apresentam-se como uma alteração de cor esbranquiçada na pele do ponto que ao ser
raspada desprende-se com facilidade. Nas enfermidades dermatológicas e alérgicas é muito mais
frequente encontrarmos essas reações.

7. INDICAÇÕES

Podemos utilizar a auriculoterapia como método de tratamento para todos os problemas


físicos e psíquicos, abrangendo uma vasta relação de tratamentos. Tendo sempre como
fundamento o reflexo direto sobre o cérebro e, através deste, sobre todo o nosso organismo.
Podendo ser associado ou não a outro tipo de tratamento.

Além de alcançarmos com essa técnica efeitos curativos imediatos, podemos ainda realizar
tratamentos preventivos.

Aplica-se principalmente em todos os distúrbios do sistema músculo-esquelético, cólicas e


dores menstruais, constipação, dores relacionadas ao sistema nervoso, problemas respiratórios e
dermatológicos.

Podemos aplicar em pacientes de qualquer idade, recém-nascidos, crianças, adultos e idosos.

Não existem contra-indicações, mas sim, fenômenos adversos ou de rejeição. Rejeição a dor,
excesso de sensibilidade, náuseas, sudorese e inflamação do ponto.

As reações adversas podem apresentar-se de três maneiras diferentes:

- Nível Leve: no momento em que se está fazendo a aplicação, o paciente refere tontura,
visão turva, incômodo no peito, mas com respiração e pressão normal;

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- Nível Médio: o paciente sente palpitações difíceis de controlar, desejos de vomitar e suor
frio nas extremidades;

- Nível Severo: o paciente desmaia de maneira súbita;

Em todos os casos, retiramos as agulhas, deixamos o paciente deitado o mais


confortavelmente possível, afrouxam-se as roupas e espera o tempo necessário para que o
paciente volte à normalidade.

A auriculoterapia é realizada uma vez por semana. Cada atendimento duro aproximadamente
40 minutos.

Após selecionar os pontos relacionados à patologia, aplica- se as agulhas no pavilhão


auricular as deixando de 20 a 30 minutos, após isso, coloca-se as sementes de mostarda nos
mesmos pontos e o paciente permanece com elas até caírem ou por no máximo até 7 dias.

8. TRATAMENTO

• Tratamento com Agulhas Filiformes:

Desde as primeiras aplicações de auriculoterapia na China, sempre


foi recomendado o uso de agulhas filiformes nos pontos auriculares.

O tamanho da agulha pode ser variável, variando no comprimento, e


variando no calibre, podendo ser de 26, 28, 30 ou 32 mm. Todas as agulhas
possuem cabo e ponta como as agulhas usadas na acupuntura sistêmica. As
agulhas faciais são as melhores para aplicação no pavilhão auricular.

Devemos sempre garantir que as agulhas estejam esterilizadas, para


que não haja o risco de contaminação ou infecção.

Primeiramente iniciamos a observação e palpação dos pontos a fim de


determinar quais os pontos auriculares que iremos aplicar a puntura. Passamos ao processo de
assepsia do pavilhão auricular com álcool 70%, também para evitarmos as reações inflamatórias e
infecções. Essa assepsia é feita com algodão embebido em álcool 70% realizando de dentro para
fora, de cima para baixo e da parte da frente para trás. Assim, estaremos prontos a realizar a
inserção das agulhas.

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A inserção da agulha pode variar. Podemos inserir a agulha rodando-a, realizando


movimentos de rotação rápidos, harmônicos e contínuos. Outro método, podemos estabilizar a
orelha do paciente com uma das mãos e com a outra mão aproximamos a ponta da agulha até o
ponto selecionado, procedendo a introdução da agulha em um só movimento rápido e seguro.

A profundidade da puntura deve levar em


consideração a espessura do pavilhão auricular que
varia de individuo para individuo. Normalmente aplica-
se a agulha numa profundidade de 2 ou 3mm. É
necessário que a agulha chegue até a cartilagem,
aderindo-se firmemente sem balanceios ou
movimentos. Nunca se deve aplicar uma agulha que
atravesse o pavilhão auricular como um todo.

Devemos realizar a puntura nos pontos


localizados na concha cimba, concha cava e fossa
triangular, sempre na inclinação de 90 graus. Nos
pontos localizados na fossa escafóide na anti-hélix e
no lóbulo devemos aplicar a agulha a uma inclinação
de 15 graus. Já nos pontos do trago, supratrago,
intertrago, antítrago, hélix, cruz superior e inferior
aplicamos a agulha a 45 graus.

Para retirarmos a agulha, devemos fixar bem o pavilhão auricular com uma das mãos, e com
a outra mão retira-se a agulha. Retiramos segurando pelo cabo, com rapidez, em um movimento
único para que cause o mínimo de dor ao paciente.

• Tratamento com colocação de Esferas (de Cristal):

É o método mais simples utilizado na auriculoterapia, mas sem duvidas, muito eficaz e bem
aceito pelos pacientes, além de não ter altos custos ao terapeuta.

Consiste na seleção de materiais esféricos, de superfície lisa, que realizem pressão sobre os
pontos auriculares. Indicamos utilizar esferinhas imantadas, esferas de cristal devido ao seu
formato que se adapta muito bem sobre o ponto.

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É um método muito novo, desenvolvido há mais ou menos uns


25 anos na China, sendo que esse apresenta vantagens como sendo
menos doloroso que as agulhas intradérmicas que permaneciam nos
pacientes, o que se torna mais aceito pelos mesmos.

Também inicialmente realiza-se a exploração dos pontos


dolorosos, marcando os pontos auriculares a serem tratados. Realiza-
se normalmente a assepsia do pavilhão auricular e procede-se com a
aplicação das sementes com o auxílio de uma pinça. Essas esferas vêm em placas especiais onde
cada esfera possui um pedacinho de esparadrapo o qual irá ajudar na fixação das mesmas na
aurícula.

O paciente permanece com as sementes por até 7 dias, devendo estimular esses pontos
diariamente, várias vezes ao dia.

Os cristais de quartzo além de não se tratar de matéria orgânica, não precisam ser
manipulados pelo paciente. Ao serem colocados, eles ativam os pontos de acupuntura sem causar
lesões e ainda oferecendo os mais variados benefícios do cristal.

IMPORTANTE:

Não aconselhamos o uso de sementes, muito menos as ditas esferas de prata ou


de ouro, muito conhecidas na Auriculoterapia. Veja nos anexos no final da apostila e
saberá o porquê.

8.1 TÉCNICAS DE TRATAMENTO

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Os antigos mestres da acupuntura chinesa mantinham sob hermetismo algumas técnicas de


tratamento, que eram repassadas somente a discípulos especiais, ou privilegiados.

Na auriculoterapia, um desses segredos era o uso de três pontos, utilizando-os sempre, não
importante qual a patologia. Isso ficou conhecimento como o programa de auriculo-cibernética, que
consiste na aplicação dos pontos: Shen Men, Rim e Simpático, sempre nesta ordem, partindo ai
sim, para os pontos selecionados pelo terapeuta.

Esses três pontos são considerados os mais importantes da auriculoterapia, por isso,
devemos por costume sempre aplicá-los, independente do tipo de enfermidade a ser tratada.

Aplicam-se no máximo até 10 pontos somando-se as duas orelhas. Geralmente aplica-se na


orelha do mesmo lado do problema. Mas o mais importante é procurar em ambas as orelhas por
sinais ou pontos dolorosos.

8.2 KIT AURICULAR

O kit auricular que todo terapeuta deve ter é composto por:

• 1 aplicador auricular com imã


• Micropore ou esparadrapo – aconselhamos usar micropore
• 1 placa para as esferas de cristal
• 1 apalpador ou detector de pontos
• 1 pinça com ponta fina
• Agulhas auriculares
• Mapa Auricular Chinês
• Esferas de cristal
• Tesoura para cortar o micropore
• Estilete para cortar o micropore sobre a placa separadora das esferas
• Algodão,
• Álcool 70% para assepsia
• Detector eletrônico de pontos (opcional)

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BIBLIOGRAFIA

AUTEROCHE, B.; NAVAILH, P. O diagnóstico na Medicina Chinesa. São Paulo: Andrei, 1986.

CESE, Adriano F. Apostila do Curso de Auriculoterapia. Toledo, 2003.

DAVIS, Carol. Fisioterapia e Reabilitação: Terapias Complementares. 2. ed. Rio de Janeiro: LAB, 2006.

GARCIA, Ernesto G., Auriculoterapia. São Paulo: Roca, 1999.

LEVIN, J.; JONAS, W. Tratado de Medicina Complementar e Alternativa. 1. ed. São Paulo: Manole, 2001.

SOUZA, Marcelo P., Tratado de Auriculoterapia. Brasília: FIB, 2001.

VIEIRA, Antônio. Apostila do Curso Profissionalizante de Auriculoterapia. Rio de Janeiro: Espaço Cultural
Antônio Vieira, 2002.

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ANEXOS:

CUIDADOS A SEREM TOMADOS NA AURICULOTERAPIA

A auriculoterapia é uma prática que vem sendo difundida de forma desordenada e desqualificada
atualmente.

Não se pode confundir um trabalho sério e embasado em estudos complexos, com práticas sujas e
que colocam em risco a saúde daquele que busca nessa alternativa uma possibilidade de melhorar
algum problema de saúde.

Um exemplo bem prático disso é o uso de sementes de mostarda fixadas na orelha como forma
de terapia.

Vale lembrar algumas colocações para entender porque esta prática oferece riscos não só à saúde
como conseqüentemente à vida deste paciente.

- A semente de mostarda é uma matéria orgânica. E matéria orgânica é matéria que


pode entrar em DECOMPOSIÇÃO, mofar, exalar e acumular bactérias, e, acreditem,
“podem até germinar...”

- O pavilhão auricular (orelha) é muito rico em inervações e altamente vascularizada.


Sem dizer que em se tratando de Brasil, país tropical, torna-se também um ambiente
bastante úmido.

Não bastasse afixar matéria orgânica em território rico em umidade, vasos e nervos, é comum os
"terapeutas" ainda pedirem para os pacientes APERTAREM bem as sementes várias vezes ao dia.

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A semente é dura o suficiente para machucar o tecido da orelha a ponto de fazer sangrar ou até
mesmo provocar pequenas lesões que inicialmente podem parecer pequenas, mas que por estarem
em contato com material orgânico de procedência duvidosa, fica propenso a lesões e inflamações
as mais variadas.

Você sabe de onde vem a semente que você está botando na sua orelha ou na orelha de
seus pacientes?

A semente de mostarda é embalada quase que do jeito que vem da planta. Comumente não há
tratamento da semente para seu uso medicinal. Isso sem falar em seu armazenamento.

Por ser material de custo baixíssimo e irrisório, os "terapeutas" compram aos quilos e vão usando
até acabar. Esquecendo que matéria orgânica pode acumular os mais diversos tipos de
microorganismos que podem causar as mais diferentes doenças da orelha.

Cuidado também com ditas esferas de prata ou ouro. Elas não são nem de prata e muito menos de
ouro. Se fossem, teriam um custo bastante elevado e não é o que ocorre. Esse material é feito de
alguma liga desconhecida e que recebe um "banho" de tinta para imitar prata ou ouro. E essa tinta
descasca facilmente podendo causar lesões do mesmo tipo que a semente de mostarda que pode
"germinar" dentro de sua orelha.

Um material bastante seguro são as esferas de cristal

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Os cristais de quartzo além de não se tratar de matéria orgânica, não precisam ser manipulados
pelo paciente. Ao serem colocados, eles ativam os pontos de acupuntura sem causar lesões e ainda
oferecendo os mais variados benefícios do cristal.

Você pode estar se perguntando porque seu "terapeuta" utiliza sementinha de mostarda enquanto
pode utilizar esferas de cristal.

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O problema é que as esferas de cristal têm um custo pelo menos 8 vezes maior que o das
sementes. E uma pessoa que não está preocupada com possíveis lesões na sua orelha, não vai se
preocupar em gastar 8 vezes mais para supostamente fazer o mesmo trabalho. E acredite; ele
comumente cobra de você o mesmo valor que um terapeuta responsável cobra para tratar você
com cristais de quartzo. E enquanto isso quem sofre é o paciente que busca numa terapia
alternativa, a solução para seus problemas de saúde.

As doenças da orelha são as mais variadas. Inflamações na orelha causam desde coceira, lesão
tecidual, surdez, e casos mais graves como algum microorganismo penetrar pelo ouvido chegando
até o cérebro e até mesmo, em casos mais graves, ocorrer a amputação da orelha quando houver
alguma lesão grande o suficiente. Veja exemplos abaixo:

Existem cuidados que você pode tomar antes de submeter a terapias que podem oferecer riscos à
sua saúde.

Faça a coisa certa.

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