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a.1) As partes
Autor e réu
a.2)Jurisdição
a.3) Pedido
Demanda. Condenação
Perempção : Só atinge a ação penal privada. É a desídia, punição processual pela desídia
da parte que não que não praticou o ato processual que deveria praticar, só incide nas
ações de natureza privada.
Neste citado artigo, a doutrina majoritária entende que a enumeração ali exposta é
taxativa e não exemplificativa, pois caso fosse, não haveria necessidade de ser
elencarem todas as hipóteses previstas neste artigo.
Ocorre que em 1984 a Lei de Execuções Penais entrou em vigor, mas o novo CPP não.
Diante disso, temos a convivência do recurso em sentido estrito e do recurso de agravo
em execução (art. 197 da LEP)
Dessa forma, nas hipótese previstas no art. 581, em que a decisão couber ao juízo das
Execuções Penais (incisos XII, XVII, XIX, XX, XXI,XXII e XXIII deste artigo), o
recurso será o agravo.
2. Apelação
Será oponível se a pena imposta, por um só crime ou por um só dos crimes, for igual ou
superior a 20 anos. Dessa forma, para efeito do protesto, não se somam as penas. Na
hipótese de concurso formal ou crime continuado, a doutrina majoritária entende que a
pena imposta ensejará o protesto se satisfeito o pressuposto objetivo: pena igual ou
superior a 20 anos; quanto ao crime continuado, por ser considerado, por um crime só; e
quanto ao concurso formal, em face da sua unidade delitual, considerada pelo art. 77, II
do CPP.
Oponíveis contra decisão não unânime de 2ª instância e desfavorável ao réu. Não basta,
a falta de unanimidade. Também é necessário que a divergência do voto vencido seja
favorável ao réu. Apreciando uma apelação ou um recurso em sentido estrito, a Câmara
ou Turma, por maioria, decidir contra o réu, e o voto dissidente lhe for favorável,
cabíveis serão os embargos.
5. Embargos de Declaração
Embora o texto da lei prescreva apenas em Tribunais de Justiça, tal recurso pode ser
oposto aos acórdãos proferidos por outros Tribunais, pela Seção Criminal, pelos Grupos
de Câmaras, pelas Câmaras, Turmas ou Plenário. Contudo, seu requisito principal é que
esteja satisfeito seu pressuposto: obscuridade;omissão, quando o acórdão deixa de
apreciar algum ponto do recurso; contradição, ou seja, quando no acórdão alguma coisa
das suas proposições é inconciliável, no todo ou em parte, com a outra.
6. Carta Testemunhável
É bom lembrar que este recurso não possui efeito suspensivo (art. 646) dependendo da
decisão recorrida, os autos do processo-crime terão seu andamento normal.
7. Correição Parcial
Não é medida para combater error in judicando, e sim aqueles despachos de Juízes que,
por abuso ou erro, constituírem inversão tumultuaria da ordem legal dos atos
processuais, vale dizer, error in procedendo.
Dessa forma, se a defesa apresentar rol de testemunhas fora do prazo assinalado pelo
art. 395 do CPP e o Juiz vier a aceitá-lo, cabível será a correição, pois, se houve
preclusão do direito de arrolar testemunhas, não deixaria de haver um verdadeiro
tumulo processual, em decorrência do despacho do Magistrado permitindo ele fosse
oferecido fora do tempo permitido.
8. Recurso Extraordinário
9. Recurso Especial
Tal recurso foi criado pela CF/88 e substituiu o recurso anterior nas questões federais
atinentes à uniformização da interpretação das leis federais infraconstitucionais.
Oponível em relação às causas decididas em única ou última instancia pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos Tribunais Estaduais, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão recorrida: a) contrariar ato ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal; c) der à lei
federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro Tribunal.
A Lei de Execuções Penais (nº 7210/84) introduziu em seu art. 197: “ das decisões
proferidas pelo Juiz (das execuções) caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo.
Tal agravo, doutrinariamente ficou conhecido como agravo em execução, porquanto
admitido, apenas nas hipóteses ali tratadas. O legislador, contudo, não disciplinou seu
procedimento.
Com previsão no art. 102, II. A da Carta Magna, este recurso está em oposição ao
extraordinário, neste, ele é oponível contra as “decisões de única instancia proferidas
pelos Tribunais Superiores, denegatórias de habeas curpus, mandado de
segurança, habeas data e mandado de injunção”.
É uma garantia constitucional que se obtém por meio do processo. É remédio destinado
a tutelar, de maneira eficaz e imediata, a liberdade de locomoção, o direito de ir e ver,
o jus manendi, ambulandi, eundi, veniendi, ulro citroque.
Tutela o direito de não ser preso, a não ser em flagrante ou por ordem escrita e
fundamentada da autoridade judiciária competente; o direito de não ser preso por dívida.
Salvo os casos do depositário infiel e do alimentante inadimplente; o direito de não ser
recolhido à prisão nos casos em que permite fiança ou liberdade provisória; o direito de
não ser extraditado, a não ser nas hipóteses previstas na Constituição Federal; o direito
de freqüentar todo e qualquer lugar, ressalvadas aquelas restrições que podem ser
impostas quando da concessão de susrsi ou suspensão condicional do processo: o direito
de viajar ausentando-se de sua residência, ressalvadas as restrições de que tratam os
artigos 328 e 367 do CPP.
JURI
b) Decisão de impronúncia – Esta decisão está prevista no art. 414 do CPP, e ocorre
quando o juiz não se convence da prova da materialidade nem sobre a presença de
indícios suficientes de autoria. Esta decisão, no entanto, permite que, uma vez
descobertas novas provas antes da ocorrência da prescrição, seja ofertada nova denúncia
contra o acusado. Esta decisão acarreta o término do processo sendo cabível o recurso
de apelação.
Não se deve confundir impronúncia com a despronúncia. A despronúncia ocorre quando
a decisão de pronúncia, após recurso em sentido estrito, é reformada pelo Tribunal.
d) Absolvição sumária – Inserta no artigo 415, CPP, ocorre quando o juiz verificar,
pela prova colhida, as situações a seguir:
1) provada a inexistência do fato (provada a ausência de materialidade);
2) provado que o réu não concorreu para o fato como autor ou partícipe (provada a
inocência do réu);
3) Não constituir o fato infração penal (flagrante atipicidade);
4) existir circunstância que isente o réu de pena, exceto inimputabilidade
(descriminantes putativas, obediência hierárquica, coação irresistível, embriaguez
fortuita);
5) existir circunstância que exclua o crime (legítima defesa, estado de necessidade,
exercício regular de um direito ou estrito cumprimento do dever legal).
Trata-se de decisão terminativa, que pode ser desafiada pelo recurso de apelação.
Emendatio libelli E Mutatio libelli
Interrogatório: é ato processual, no qual o juiz ouve o acusado, perguntando acerca dos
fatos que lhe são imputados, dando a este último oportunidade para que, se quiser, deles
defenda, pois, optando pelo silêncio, o réu estará assegurado constitucionalmente, não
sendo tomado como prova.
Exceção
Havendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente (art.191,CPP)
Se o interrogando for surdo, as perguntas serão apresentadas por escrito e respondidas
oralmente (art. 192, I, CPP)
Se o interrogando for mudo, as perguntas serão feitas oralmente e respondidas por
escrito (art.192,II, CPP).
Mas, se o interrogando for surdo-mudo, as perguntas serão formuladas por escrito e do
mesmo modo serão dadas as respostas (art. 192, III, CPP).
Nestas hipóteses, se o interrogando não souber ler, muito menos escrever, intervirá no
ato, como intérprete, pessoa habilitada a entendê-lo (art. 192, parágrafo único, CPP). Do
mesmo modo, se quando o interrogando não falar o idioma oficial de nosso País, caberá
um intérprete ser capaz de entendê-lo. (art. 193, CPP)
Se o interrogando não souber escrever, não puder ou não quiser assinar, tal fato será
consignado no termo (art. 195, CPP).
Em quaisquer das exceções expostas acima, o não acatamento ferirá o principio da
ampla defesa, direito constitucional assegurado.
Ausência de interrogatório no curso da ação: há dois posicionamentos, a nulidade
relativa a nulidade absoluta. Este último é prevalecente, pois que viola a ordem
constitucional da ampla defesa.
Interrogatório do réu menor: Juntamente com o Código Civil, ou seja, que trata a
maioridade de 18 anos de idade, portanto, para fins de interrogatório, se menor de 18
anos proceder-se-á na presença de curador.
Confissão: É a aceitação pelo réu da acusação que lhe é dirigida em um processo penal,
ou seja, admissão por parte do acusado da veracidade da imputação que lhe foi feita
pelo acusador, total ou parcialmente.
Espécies de confissão:
*Não há confissão ficta ou presumida, pois como diz: “Quem cala não diz nada”, ou
seja, o silêncio não gera o efeito de confissão.
Conceito: Toda prova é uma testemunha, pois atesta a existência do fato. Porém, em
sentido estrito, testemunha é todo estranho, eqüidistante das partes, chamado ao
processo para falar sobre os fatos perceptíveis a seus sentidos relativos ao objeto do
litígio. É convocada pelo juiz, por iniciativa própria ou a pedido das partes, para depor
em juízo sobre os fatos sabidos e concernentes à causa.
Características
a) Numerarias: são aquelas arroladas pelas partes de acordo com o numero máximo
previsto em lei
b) Extranumerárias: ouvidas por iniciativa do magistrado
c) Informantes: não prestam compromisso algum, portanto, haverá irregularidade se
prestar algum compromisso
d) Referidas: ouvidas pelo juiz, quando por outras partes já dispuseram
e) Próprias: dispõem sobre o fato objeto do litígio
f) Impróprias: prestam depoimento sobre um ato do processo, como a instrumentária do
interrogatório, do flagrante
g) Diretas: são aquelas que falam sobre um fato que presenciaram
h) Indiretas: são aquelas que depõem sobre conhecimentos adquiridos por terceiros
i) Antecedentes: são aquelas que depõem a respeito das informações relevantes por
ocasião da aplicação e dosagem da pena (CP, Art. 59)
Acareação: Trata-se de ato processual que, consiste em colocar face a face de duas ou
mais pessoas que fizeram declarações substancialmente diferentes acerca de um mesmo
fato. Poderá ser requirida por qualquer das partes ou de oficio pelo juiz ou autoridade
policial
Produção:
PROVA ILÍCITA
A Constituição Federal de 1988 determinou claramente no inciso LVI do art. 5º que são
inadmissíveis as provas obtidas por meio ilícito no processo penal. No mesmo sentido, o
CPP, em seu art. 157, com redação dada pela Lei 11.690/08, determina: "São
inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais".
A prova ilícita configura-se quando sua obtenção infringir direito material ou principio
constitucional, como por exemplo a prática de tortura para conseguir alguma
informação, a escuta telefônica ou a quebra de sigilo bancário sem autorização judicial.
Além da prova ilícita em si, há também a que decorre dela chamada prova ilícita por
derivação, existente no processo penal brasileiro, inspirada no direito norte-americano
que criou a teoria fruits of the poisonous tree (frutos da arvore envenenada). A
construção doutrinária consiste na inadmissão de prova, ainda que produzida
licitamente, mas que decorra de uma prova considerada ilícita. Tal teoria encontra-se
positivada no § 1º do art. 157, do CPP que dispõe que "São também inadmissíveis as
provas derivadas das provas ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma
fonte independente das primeiras". Havendo prova ilícita esta deve ser inadmitida, sem
obstaculizar a continuidade regular do processo criminal que contenha provas livres de
ilicitude e que não tenham sido contaminadas por aquela.
Uma segunda teoria que se encontra no CPP trata da prova autônoma definindo que será
apta a prova obtida por fonte independente da que originou a prova ilícita. Nesse caso
não será aplicada a teoria dos frutos da arvore envenenada. Nos termos do § 2o do
artigo 157 “Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites
típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de
conduzir ao fato objeto da prova”. Tourinho Filho diz: [...] “se a despeito de ter havido
prova ilícita existirem outras provas autônomas e independentes e que por si sós
autorizam um decreto condenatório, não há cuidar de imprestabilidade da prova. A
ilicitude de uma não contamina a outra, se esta, óbvio, tiver origem
independente”. (TROURINHO FILHO, Fernando da Costa, Código de Processo Penal
Comentado. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. Volume 1).
A doutrina também elenca outras teorias que visam flexibilizar a teoria dos frutos da
árvore envenenada, entre elas, a teoria da descoberta inevitável. Conforme Nestor
Távora e Rosmar Rodrigues Alencar se a prova, que circunstancialmente decorre de
prova ilícita, seria conseguida de qualquer maneira, por atos de investigação válidos, ela
será aproveitada, eliminando-se a contaminação. A inevitabilidade da descoberta leva ao
reconhecimento de que não houve um proveito real, com violação legal. (TÁVORA,
Nestor e Rosmar Rodrigues Alencar. Curso de Direito Processual Penal. 4. ed. Salvador:
Jus Podium, 2010)
Conforme ensina Alexandre de Moraes “essa atenuação prevê, com base no Princípio da
Proporcionalidade, hipóteses em que as provas ilícitas, em caráter excepcional e em
casos extremamente graves, poderão ser utilizadas, pois nenhuma liberdade pública é
absoluta, havendo possibilidade, em casos delicados, em que se percebe que o direito
tutelado é mais importante que o direito à intimidade, segredo, liberdade de
comunicação, por exemplo, devendo permitir-se sua utilização”. (MORAES, Alexandre
de. Direito Constitucional. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2006).
Nestor Távora, na bibliografia já citada acima, considera que esse entendimento deve
ser empregado para preservar os interesses do acusado. Assim, afirma que “nesta linha,
se de um lado está o jus puniendi estatal e a legalidade na produção probatória, e o do
outro o status libertatis do réu, que objetiva demonstrar a inocência, este último bem
deve prevalecer, sendo a prova utilizada, mesmo que ilícita, em seu benefício”. É o caso
de convalidação de provas ilícitas em prol do principio da presunção da inocência.
Muitas vezes a discussão residirá no âmbito de ser aquela prova ilícita ou não. E em
certos casos será admitida ao considerá-la lícita em prol da caracterização e repressão de
uma ação delituosa, conforme se apreende no julgado abaixo: