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PORTUGUÊS PARA ENEM E VESTIBULARES- VARIEDADES LINGUÍSTICAS

Leia o texto e responda a questão 01:


Iscute o que tô dizendo, Meça desta grande terra
Seu dotô, seu coroné: Umas tarefa pra eu!
De fome tão padecendo Tenha pena do agregado
Meus fio e minha muié. Não me dêxe deserdado
Sem briga, questão nem guerra,
PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade
Federal do Ceará, 2008 (fragmento).
01. A partir da análise da linguagem utilizada no poema, infere-se que o eu lírico revela-se como
falante de uma variedade linguística específica. Esse falante, em seu grupo social, é identificado como
um falante
(A) escolarizado proveniente de uma metrópole.
(B) sertanejo morador de uma área rural.
(C) idoso que habita uma comunidade urbana.
(D) escolarizado que habita uma comunidade do interior do país.
(E) estrangeiro que imigrou para uma comunidade do Sul do país.
02. Leia os textos a seguir:
Texto I
Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar constipação; ficando perrengue, mandava o próprio
chamar o doutor e, depois, ir à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença
nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os meninos,
lombrigas [...]
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Companhia José
Aguilar, p. 1.184.
O texto acima está escrito em linguagem de uma época passada. Observe uma outra versão, em
linguagem atual.
Texto II
Antigamente Acontecia o indivíduo apanhar um resfriado; ficando mal, mandava o próprio
chamar o doutor e, depois, ir à farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença
nefasta era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os
meninos, vermes [...]
Comparando-se esses dois textos, verifica-se que, na segunda versão, houve mudanças relativas a
(A) vocabulário. (C) pontuação. (E) regência verbal.
(B) construções sintáticas. (D) fonética.
03. Analise o texto a seguir:
Venho solicitar a clarividente atenção de Vossa Excelência para que seja conjurada uma
calamidade que está prestes a desabar em cima da juventude feminina do Brasil. Refiro-me, senhor
presidente, ao movimento entusiasta que está empolgando centenas de moças, atraindo-as para se
transformarem em jogadoras de futebol, sem se levar em conta que a mulher não poderá praticar este
esporte violento sem afetar, seriamente, o equilíbrio fisiológico das suas funções orgânicas, devido à
natureza que dispôs a ser mãe.
Ao que dizem os jornais, no Rio de Janeiro, já estão formados nada menos de dez quadros
femininos. Em São Paulo e Belo Horizonte também já estão se constituindo outros. E, neste
crescendo, dentro de um ano, é provável que em todo o Brasil estejam organizados uns 200 clubes
femininos de futebol: ou seja: 200 núcleos destroçados da saúde de 2,2 mil futuras mães, que, além
do mais, ficarão presas a uma mentalidade depressiva e propensa aos exibicionismos rudes e
extravagantes. Coluna Pênalti. Carta Capital, 28/4/2010.
O trecho é parte de uma carta de um cidadão brasileiro, José Fuzeira, encaminhada, em abril de 1940,
ao então presidente da República Getúlio Vargas. As opções linguísticas de Fuzeira mostram que seu
texto foi elaborado em linguagem
(A) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.
(B) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio do futebol.
(C) coloquial, considerando-se que ele era um cidadão brasileiro comum.
(D) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
(E) informal, pressupondo o grau de escolaridade de seu interlocutor.
Texto para a questão 04:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio Para telhado dizem teiado
Para melhor dizem mió Para pior pió E vão fazendo telhados
Para telha dizem teia
ANDRADE, Oswald de. Obras completas. 5.ª ed. São Paulo: Globo, 1991, p. 80.
04. Ao explorar a emotividade da linguagem, o autor faz referência às variantes linguísticas de
natureza
(A) estilística, pois utiliza a escrita para, de certa forma, marcar uma nova época literária.
(B) regional, pois há regiões em que essa variedade linguística descrita no poema é aceita como
padrão oficial.
(C) de registro, já que as variantes são formadas pelo processo de neologismo, típico em autores
modernistas.
(D) sociocultural, pois revela o conflito social entre as variantes de uma mesma língua.
(E) temporal, pois marca a variação linguística de diferentes épocas.
05. Leia
Na parte superior do anúncio, há um
comentário escrito à mão que aborda a questão
das atividades linguísticas e sua relação com as
modalidades oral e escrita da língua. Esse
comentário deixa evidente uma posição crítica
quanto a usos que se fazem da linguagem,
enfatizando ser necessário

(A) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua.
(B) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação
oral e escrita.
(C) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com
adequação, eficiência e correção.
(D) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma-padrão da língua em se tratando da
modalidade escrita.
(E) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade-padrão da língua para se
expressar com alguma segurança e sucesso.
06.
Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?
Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.
Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?
Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.
Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê tá em Brasília? Pensei que você inda tivesse na
agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.
BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).
Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que
a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido
(A) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.
(B) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.
(C) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (Minas Gerais).
(D) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.
(E) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.
07. Aumento do efeito estufa ameaça plantas, diz estudo. O aumento de dióxido de carbono na
atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter consequências
calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas.
Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja
essencial para o crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das
plantas e têm efeitos incalculáveis na agricultura de vários países. O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.
O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa
perspectiva, conclui-se que
(A) a palavra "mas", na linha 3, contradiz a afirmação inicial do texto: linhas 1 e 2.
(B) a palavra "embora", na linha 4, introduz uma explicação que não encontra complemento no
restante do texto.
(C) as expressões: "consequências calamitosas", na linha 2, e "efeitos incalculáveis", na linha 6,
reforçam a ideia que perpassa o texto sobre o perigo do efeito estufa.
(D) o uso da palavra "cientistas", na linha 3, é desnecessário para dar credibilidade ao texto, uma vez
que se fala em "estudo" no título do texto.
(E) a palavra "gás", na linha 5, refere-se a "combustíveis fósseis" e "queimadas", nas linhas 1 e 2,
reforçando a ideia de catástrofe.
08. Texto I
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos
homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse
uma tosse de riso irresistível. CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira
dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
Texto II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos já
morreram e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade
interior, mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a arcada. FERNANDES, Millôr. Ser
gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da vida, entre eles,
(A) expressões coloquiais com significados semelhantes.
(B) ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
(C) recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
(D) termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
(E) metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.
09. A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do
homem moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet. Entretanto,
parcelas significativas da população não têm acesso a tais tecnologias. Essa limitação tem pelo menos
dois motivos: a impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso, e a
impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. A essa
problemática, dá-se o nome de exclusão digital.
No contexto das políticas de inclusão digital, as escolas, nos usos pedagógicos das tecnologias de
informação, devem estar voltadas principalmente para
(A) proporcionar aulas que capacitem os estudantes a montar e desmontar computadores, para
garantir a compreensão sobre o que são as tecnologias digitais.
(B) explorar a facilidade de ler e escrever textos e receber comentários na internet para desenvolver
a interatividade e a análise crítica, promovendo a construção do conhecimento.
(C) estudar o uso de programas de processamento para imagens e vídeos de alta complexidade para
capacitar profissionais em tecnologia digital.
(D) exercitar a navegação pela rede em busca de jogos que possam ser "baixados" gratuitamente para
serem utilizados como entretenimento.
(E) estimular as habilidades psicomotoras relacionadas ao uso físico do computador, como mouse,
teclado, monitor etc
10. Leia:

Folha de S. Paulo, 12/4/2003.


Considerando a fala dos interlocutores, pode-se concluir que
(A) o uso de “excelência” denota desrespeito, pois o depoente não reconhece no deputado uma
autoridade.
(B) o efeito humorístico é provocado pela passagem brusca da linguagem formal para a informal.
(C) o uso da linguagem formal e da informal evidencia a classe social a que pertencem as personagens.
(D) a linguagem empregada no texto serve apenas para compor as imagens do deputado e do
depoente.
(E) o pronome “seu” foi usado pelo depoente como sinal de respeito para com o parlamentar ilustre.

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