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As zonas de vertente são locais de desnível da topografia terrestre.

Podem possuir
maior ou menor declive e estão muito expostas à ação intensa e rápida dos fenómenos
erosivos. Devido às suas características, nestas zonas é frequente a ocorrência de
movimentos descendentes de materiais do solo ou de materiais rochosos.

As modificações verificadas nas zonas de vertente devem-se, essencialmente, a duas


causas naturais: à erosão hídrica, provocada pela água da chuva, e aos movimentos
de terrenos, também chamados movimentos em massa.

Para prevenir estes dois tipos de ações e, principalmente, os movimentos de terrenos,


que inspiram maior cuidado por serem mais destruidores, é necessário efetuar
avaliações rigorosas do impacto das atividades humanas numa determinada região,
bem como terem o conhecimento geológico dessa mesma região.

Causas dos movimentos em massa

As causas que podem condicionar a ocorrência destes fenómenos são de dois tipos:
as causas naturais e as causas antrópicas; e podem estar relacionadas com
diferentes conjuntos de fatores: os fatores condicionantes e os fatores
desencadeantes.

Fatores condicionantes:
correspondem às condições mais ou menos permanentes que podem influenciar os
movimentos de terrenos, retardando ou acelerando a sua ocorrência;

relacionam-se com o contexto geológico e com as características geomorfológicas


de um local.

No contexto geológico:

o tipo e as características das rochas;

a disposição das rochas nos terrenos;

a orientação e inclinação das camadas;

o grau de alteração e fracturação das camadas rochosas.

No contexto geomorfológico:

o declive dos terrenos;

a força de gravidade;

a força de atrito.

Erosão hídrica:
processa-se de forma mais ou menos lenta e gradual e resulta do desgaste dos
solos provocado pelo impacto das gotas de chuva e pela escorrência das águas;

os materiais arrancados às vertentes são quase sempre de pequenas dimensões e


em pequenas quantidades.

Movimentos de terrenos:

correspondem a situações em que se movimenta uma grande massa de materiais


sólidos, ou de forma muito lenta e quase impercetível ou, como acontece quase
sempre, de forma brusca e inesperada;

podem provocar grandes catástrofes.

Fatores desencadeantes:

Estes fatores resultam de alterações que foram introduzidas numa determinada vertente
e que podem despoletar movimentos em massa; são muito variados:

a precipitação – elevada durante um período curto de tempo ou moderada durante


um prolongado período, altera o equilíbrio dos solos, provocando instabilidade;

a ação humana – pode ser de vários tipos, mas a mais frequente é a destruição da
cobertura vegetal. As plantas, com as suas raízes, fazem a fixação dos solos;
quando a cobertura vegetal é destruída, a erosão processa-se mais rapidamente e
com efeitos mais devastadores, porque os solos ficam mais instáveis. Outra ação
humana que pode desencadear movimentos em massa é a remoção de terrenos
para a abertura de estradas, para a construção ou para a agricultura;
a ocorrência de sismos e vibrações – podem levar a que as formações rochosas
instáveis possam sofrer derrocadas;

as tempestades nas zonas costeiras – o continuado e violento movimento das


ondas vai desgastando as paredes rochosas das escarpas, podendo provocar a
queda de grandes blocos;

as variações de temperatura – provocam a contração e a dilatação dos materiais


rochosos, gerando instabilidade, que pode causar derrocadas.

Medidas de prevenção

Para minimizar os riscos associados às zonas de vertente, pode implementar-se uma


série de medidas que permitam a sua estabilização e evitem consequências drásticas,
como a perda de bens materiais e humanos.

A primeira medida deveria ser efetuar um estudo das características geológicas e


geomorfológicas de um local para avaliar o potencial de ocorrência de um
movimento em massa.

A elaboração de cartas de ordenamento do território com a definição das áreas


onde possam ser exercidas as diferentes atividades humanas, como os locais de
habitação, os locais próprios para a agricultura, as zonas de interesse ecológico e
os locais indicados para a construção de vias de comunicação.

A elaboração de cartas de risco geológico onde se evidenciem as áreas com


diferentes graus de probabilidade de ocorrência de movimentos em massa: se a
probabilidade for elevada, não deve ser autorizada qualquer tipo de construção; se
a probabilidade for menor, o projeto elaborado já deve contemplar essa
possibilidade e deve diminuir a probabilidade de ocorrência deste fenómeno.

A remoção ou contenção dos materiais geológicos que possam constituir perigo,


através de pregagens, muros de suporte, canais de drenagem e a plantação
de cobertura vegetal de crescimento rápido.
Pregagens
Muros de suporte com sistema de drenagem

Cobertura vegetal

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