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Diferença entre linguagem humana e comunicação animal

Para entendermos como a linguagem humana se diferencia da


comunicação animal, precisamos diferenciar linguagem de comunicação.

Comunicação: Ao falar de comunicação falamos de um processo


complexo onde ocorre a troca de informação que visa influenciar o comportamento
do outro. Por exemplo: o bebé chora quando tem fome ou sono, ainda que
inicialmente não o faça de forma intencional, os pais acabam por dar um significado
àquele comportamento. A comunicação pode ser realizada de diversas formas e
através de combinações verbais (uso da linguagem – oral ou escrita) e não-verbais
(olhar, expressão facial, postura, gestos e linguagem corporal).

Linguagem: Por sua vez, exclusivamente humana, a linguagem é o


instrumento de comunicação mais importante e poderoso. É através da linguagem
que conseguimos desenvolver competências linguísticas de recessão, transformação
e transmissão de informações. Para haver recepção de informação tem de se
conseguir compreender a linguagem – linguagem compreensiva; e para que haja
transmissão tem de ser capaz de formular a linguagem – linguagem expressiva. A
linguagem diferencia-se em três componentes principais: a forma – regras que gerem
os sons, bem como todas as suas possíveis combinações (fonologia), formação e
estrutura interna das palavras (morfologia), e organização das palavras numa frase
(sintaxe); o conteúdo – significado das palavras e interpretação das suas
combinações (semântica); e o uso – adaptação e adequação da linguagem ao tipo de
contexto social (pragmática).

Contudo podemos dizer que comunicação é uma forma de trocar


informações que visa influenciar o comportamento do outro, já a linguagem podemos
dizer que é uma a forma de se comunicar mais complexa que existe por não só
transmitir uma informação mas também de transformar e retransmitir essa
informação.

Sabendo que comunicação é inerente a todo ser vivo e a linguagem está


atrelada somente a espécie humana, vamos tentar provar como essa comunicação
animal se diferencia da linguagem humana através de um estudo feito pelo etologista
alemão karl ritter von Frisch, agraciado pelo Nobel de fisiologia ou medicina de 1973,
por estudar o comportamento dos insetos em especial as abelhas .

Conforme os dados da pesquisa de von Frisch, a abelha comunica-se


através de uma (dança) na colmeia. Quando uma delas encontra flores com pólen,
retorna imediatamente para sua colmeia e começa a (dança). Para indicar a posição
das flores em relação a colmeia, em relação ao sol e a distância em que as flores com
o pólen se encontram, o inseto realiza uma série de movimentos curtos e rápidos, de
acordo com a informação com que quer passar às demais. Na medida em que suas
colegas operárias percebem o movimento, elas (decodificam) as informações e
descobrem imediatamente onde está a fonte de pólen. Os movimentos são variados,
mostrando que há diferentes combinações entre eles, para indicar diferentes
locações.

Embora seja bem preciso o sistema de comunicação das abelhas – ou


seja de qualquer outro animal cuja forma de comunicação já tenha sido analisada –
ele não constituem uma linguagem no sentido em que o termo é empregado quando
se trata de linguagem humana, como se pretende demonstrar a seguir.

1)As abelhas são capazes de compreender uma mensagem com muitos


dados e de armazenar na memória informações sobre a posição e a distância

2)As abelhas são capazes de produzir uma mensagem simbolizando –


representando de maneira convencional – esses dados por diversos comportamentos
somáticos.

Essas verificações que esse sistema de comunicação cumpre as


condições necessárias à existência de uma linguagem, assim como a linguagem
humana, esse sistema é válido no interior de uma comunidade e todos os seus
membros são aptos a emprega-lo e compreendê-lo a mesma forma. No entanto, as
diferenças entre o sistema de comunicação das abelhas e a linguagem humana são
consideráveis, conforme a seguir:

1)A mensagem se traduz pela dança exclusivamente, sem intervenção de


um aparelho vocal, condição essencial para a linguagem.
2)A mensagem da abelha não provoca uma resposta, mas apenas uma
conduta, o que significa que não há diálogo entre elas. As respostas são sempre as
mesmas, o que se diferencia da linguagem humana.

3)A comunicação se refere a um dado objetivo, fruto da experiência. A


abelha não constrói uma mensagem a partir de outra mensagem. A linguagem
humana caracteriza-se por oferecer um substituto à experiência, apto a ser
transmitido infinitamente no tempo e espaço.

4)O conteúdo da mensagem é único – o alimento, sendo que a única


variação possível se refere à distancia e a direção. O conteúdo da linguagem humana,
por sua vez, é ilimitado.

5)A mensagem das abelhas não se deixa analisar, decompor em


elementos menores.

A última característica mais marcante se opõe à linguagem humana. No


enunciado (quero água), se nota dois elementos portadores de significado: quero e
água. Pronunciando os dois, tem-se o enunciado quero água também se podem
decompor, cada um em dois elementos portadores de significado: águ- (radical
nominal) + -a (vogal temática nominal). Esses elementos são conhecidos como
morfemas. Prosseguindo a decomposição, pode-se chegar a elementos menores
ainda. No enunciado (quero água), a menor unidade, os segmentos sonoros
denominados fonemas (/a/, /g/, /u/, /a/), permitem diferenciar o significado, como se
pode observar na substituição de (á) por (é) em água/égua.

Essa separação de elementos comprova que as unidades são articuladas


umas com as outras, o que é fundamental na linguagem humana, pois permite uma
variação infinita de mensagens novas a partir de um número limitado de elementos
distintivos.

Notamos que a comunicação das abelhas não é uma linguagem


propriamente dita, mas um código de sinais, como se pode observar pelas suas
características: conteúdo fixo, mensagem invariável, relação a uma só situação,
transmissão unilateral e enunciado indecomponível.

Portanto podemos sintetizar as características acima, no quadro abaixo.

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