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Prova escrita de Português, 7.

º ano (Para)Textos

Prova Escrita de Português


7.º ano

Duração da Prova: 90 minutos novembro de 2016

Esforça-te por:
– elaborar um discurso claro e organizado;
– utilizar uma linguagem correta e cuidada. Bom trabalho!

Lê o texto. Se necessário, consulta o vocabulário.

Grupo I

Natal – Em África e no Brasil

Natal é o antigo nome de uma província da África do Sul, que faz fronteira com
Moçambique, hoje chamada de KwaZulu-Natal. O nome Natal foi-lhe dado por Vasco
da Gama.
Na sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, o grande
5 navegador português chegou à entrada da baía onde hoje se situa o porto de Durban
no dia de Natal de 1497. Daí o nome de Terra Natalis (Terra do Natal). Vasco da Gama
não desembarcou e os portugueses não se interessaram por esta região, instalando-se,
sim, numa baía próxima, num local a que deram o nome de baía da Boa Paz ou da Boa
Morte, mais tarde chamada baía da Lagoa e que veio a receber o nome de Lourenço
10 Marques (dado por D. João III, em 1544, em homenagem a Lourenço Marques, o
primeiro português que percorreu estas terras e aí se instalou), hoje Maputo.
Esta baía onde hoje se localiza Durban passou, então, a ser conhecida por Porto
Natal. Mais tarde, em 1840, constituiu-se a colónia inglesa do Natal, tendo o nome da
15 baía passado a designar todo o território.
Natal é, também, o nome de uma cidade e porto do Brasil, capital do estado do
Rio Grande do Norte. É a capital de estado brasileira mais próxima da Europa e da
África. Conhecida como a Cidade do Sol, foi fundada pelos portugueses em 25 de
dezembro de 1599. A primeira e mais antiga edificação da cidade, construída
20 originalmente pelos portugueses, é a Fortaleza da Barra do Rio Grande, popularmente
conhecida como Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos. Ergue-se no lado
direito da barra do rio Grande (hoje rio Potengi), no litoral nordeste do país, tendo sido
o marco inicial da cidade.

Maria Regina Rocha e José Mário Costa,


Cuidado com a língua!, Oficina do Livro, 2008

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Responde às perguntas que se seguem, de acordo com as orientações dadas.

1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto.

1.1. A designação de Natal, antiga província da África do Sul, foi atribuída por
A. Lourenço Marques.
B. Bartolomeu Dias.
C. Nelson Mandela.
D. Vasco da Gama.

1.2. A cidade, atualmente designada por Maputo, tinha como designações anteriores,
por esta ordem
A. Boa Paz ou Boa Morte – Lagoa – Lourenço Marques.
B. Lourenço Marques – Boa Paz ou Boa Morte – Lagoa.
C. Boa Paz ou Boa Morte – Lagoa – Beira.
D. Lourenço Marques – Boa Paz ou Boa Morte – Moçambique.

1.3. A atual cidade de Durban situa-se


A. na baía onde Vasco da Gama desembarcou em 1497.
B. na baía antes designada como baía da Boa Paz ou Boa Morte.
C. na baía onde Vasco da Gama chegou no dia de Natal de 1497.
D. na baía onde os ingleses instalaram a sua capital.

1.4. Natal é, também, o nome de uma cidade e porto do Brasil, sendo


A. a capital do Rio Grande do Sul, o estado brasileiro mais próximo da Europa e da
África.
B. a capital do Rio Grande do Norte, o estado brasileiro mais próximo da Europa e
da África.
C. a capital do Rio Grande do Norte, o estado argentino mais próximo da Europa e
da África.
D. a capital do Rio Grande do Norte, o estado brasileiro mais afastado da Europa e
da Ásia.

1.5. O mais antigo edifício construído pelos portugueses em Natal, no Brasil, é chamado
A. originalmente, Fortaleza da Barragem do Rio Grande.
B. popularmente, Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos.
C. popularmente, Forte dos Reis ou Fortaleza dos Reis.
D. originalmente, Forte da Barra do Rio Grande.

2. Indica a expressão do texto a que se refere o pronome “lhe” (l. 2). [3 pontos]

3. Aponta o antecedente do pronome relativo “onde” (l. 5) [2 pontos]

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Grupo II

Lê o texto atentamente. Se necessário, consulta o vocabulário.

O Natal do Sr. Scrooge

A porta do escritório de Scrooge estava aberta para que pudesse ir vigiando o seu
empregado, que copiava cartas num exíguo1 cubículo em frente, uma espécie de
tanque. Scrooge tinha um fogo pequeníssimo, mas o do empregado era tão mais
pequeno que parecia ser apenas um carvão e não podia reabastecê-lo porque Scrooge
5 guardava a caixa do carvão no seu escritório. […] Por conseguinte o empregado pôs o
seu cachecol e tentou aquecer-se na vela. […]
– Feliz Natal, tio! Deus o salve! – gritou uma voz alegre. Era a voz do sobrinho de
Scrooge, o qual se dirigiu a ele tão rapidamente que aquilo foi o primeiro sinal da sua
aproximação.
10 – Bah!, – disse Scrooge –, aldrabices!
Este sobrinho de Scrooge aquecera de tal maneira com a caminhada apressada
pelo nevoeiro e geada que todo ele radiava calor. O rosto era rosado e bonito, os olhos
brilhavam e o seu hálito fumegava.
– O Natal é uma aldrabice, tio?! – disse o sobrinho de Scrooge. – Tenho a certeza
15 de que não fala a sério.
– Falo –, disse Scrooge. – Feliz Natal! Que direito tens tu de te sentires feliz? Que
razão tens para ser feliz? És muito pobre.
– Deixe-se disso – retorquiu o sobrinho jovialmente. – Que direito tem o tio de
estar triste? Que razão tem para estar taciturno2? É muito rico.
20 Scrooge, não tendo melhor resposta pronta de repente, disse “Bah!” outra vez e
repetiu:
– Aldrabices!
– Não esteja zangado, tio! – disse-lhe o sobrinho.
– Que mais posso eu estar – objetou3 o tio –, vivendo num mundo destes? Feliz
25 Natal! Deixa-te de Feliz Natal! O que é para ti o Natal além da época de pagar as contas
sem dinheiro, altura de dares contigo mais velho um ano, mas nem uma hora mais rico,
altura de fazeres o balanço das tuas contas e teres cada parcela delas, em todos os
doze meses do ano, com um saldo negativo? Se eu pudesse agir à minha vontade –
disse Scrooge, indignado –, todo o idiota que anda para aí com essa de “Feliz Natal” na
30 boca devia ser cozinhado com o seu pudim e enterrado com uma estaca de azevinho
espetada no coração. Isso é que devia!
– Tio! – suplicou o sobrinho.
– Sobrinho! – respondeu o tio asperamente. – Vive o Natal à tua maneira que eu
vivo-o à minha.

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35 – Vive-o! – repetiu o sobrinho de Scrooge. – Mas o senhor não o vive.


– Então deixa-me não o viver – disse Scrooge. – Vale de muito! Sempre te valeu
de muito!
– Eu diria que há muitas coisas das quais talvez tenha tirado algo de bom e de
que não tirei nenhum lucro – retorquiu o sobrinho. – Entre elas o Natal. Mas sei que
40 sempre pensei no Natal – não falando na veneração4 devida ao seu sagrado nome e
origem, se é que algo a ele ligado pode estar afastado dela-, pensei nele sempre como
uma época boa; uma época de perdão, de caridade e de alegria; a única época de todo
o ano, que eu saiba, durante a qual homens e mulheres parecem abrir, de comum
acordo e livremente, os seus corações fechados e pensar nos que estão abaixo deles
45 como se de facto fossem seus companheiros de viagem para a sepultura e não uma
outra raça de seres destinados a outras viagens. E por isso, meu tio, ainda que ele não
me tenha metido ao bolso uma só migalha de ouro ou de prata, acredito que me tem
feito bem e me fará… bem e digo: bendito seja!
O empregado que estava no cubículo aplaudiu involuntariamente. Apercebendo-
50 se imediatamente da inconveniência, atiçou o lume e apagou definitivamente a última e
ténue5 centelha 6.

Charles Dickens, O Natal do Senhor Scrooge,


Coleção Mil Folhas, Público, 2002 (com supressões)
VOCABULÁRIO
1. exíguo: muito pequeno; 3. objetou: contrapôs; 5. ténue: fraca;
2. taciturno: tristonho; 4. veneração: adoração; 6. centelha: faúlha.

1. Indica a razão por que a porta do escritório do Sr. Scrooge estava aberta.

2. Identifica a característica psicológica e moral do Sr. Scrooge que explica porque têm
as lareiras de patrão e empregado fogos tão pequenos.

3. “O rosto era rosado e bonito, os olhos brilhavam e o seu hálito fumegava.” (ll. 12-13)
3.1. Relaciona as características físicas do sobrinho de Scrooge com a época do ano
em que decorre a ação.

4. O Sr. Scrooge considera que o sobrinho não tem razão para estar feliz porque é
pobre.
4.1. Explicita a resposta do sobrinho a essa declaração.

5. Para tio e sobrinho, o Natal representa realidades muito diferentes.


5.1. Expressa, por palavras tuas, a visão do tio sobre o Natal.
5.2. Refere duas qualidades contrárias sustentadas pelo sobrinho.

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6. De acordo com a tua opinião, qual das posições, a do tio ou a do sobrinho,


relativamente ao Natal, te parece mais adequada? Justifica a tua resposta.

Grupo III

1. Reescreve as seguintes frases, substituindo as expressões sublinhadas pelos


pronomes pessoais corretos. [4 pontos]

a. Scrooge disse ao sobrinho que não gostava do Natal.


b. O velho avarento não teve uma resposta pronta.
c. Eu penso que esse ponto de vista está errado.
d. Desejo que todos tenham um Feliz Natal!

2. Indica a classe e subclasse a que pertencem as palavras sublinhadas na frase:

“– Vive o Natal à tua maneira que eu vivo-o à minha.”

3. Indica o antecedente do pronome relativo sublinhado na seguinte oração:


“que copiava cartas num exíguo cubículo em frente”

4. Identifica o grau do adjetivo presente na seguinte frase:

“Scrooge tinha um fogo pequeníssimo”

4.1. Reescreve a frase, colocando o adjetivo no grau indicado, procedendo às


transformações necessárias.

a. comparativo de igualdade;
b. normal;
c. superlativo absoluto analítico.

5. Reescreve a seguinte frase no discurso indireto:

“– Eu diria que há muitas coisas das quais talvez tenha tirado algo de bom e de que
não tirei nenhum lucro – retorquiu o sobrinho.”

6. Reescreve as frases seguintes, substituindo os verbos sublinhados pelo verbo haver,


no tempo correspondente.

a. Os empregados tinham aplaudido aquela declaração.


b. Existem muitas pessoas boas nesta quadra natalícia.

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Grupo IV

1. No conto “O Natal do Sr. Scrooge” salienta-se a avareza e a má índole da personagem


que dá o título ao texto, em contraponto com os sentimentos de nobreza e bondade
manifestados pelo sobrinho.

1.1. Num texto narrativo, de 180 a 240 palavras, imagina um acontecimento que, de
súbito, possa alterar a perspetiva do Sr. Scrooge sobre o Natal.
Não te esqueças de:
– planificar o teu texto;
– fazer introdução, desenvolvimento e conclusão;
– rever o texto.

Observações relativas ao Grupo IV:


1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por
espaços em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /di-lo-ei/).
Qualquer número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o
constituam (ex.: /2016/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 180 e um máximo


de 240 palavras –, há que atender que a um texto com extensão inferior a 100 palavras é
atribuída a classificação de 0 (zero) pontos e que nos outros casos, um desvio dos limites de
extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até três pontos) do texto produzido.

FIM

COTAÇÕES

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo


1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 2. 3. 1. 2. 3.1. 4.1. 5.1. 5.2. 6. 1. 2. 3. 4. 4.1 5. 6. IV
Pontos 3 3 3 3 3 3 2 2 2 5 5 5 5 6 4 4 2 1 3 4 2 30

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