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º ano (Para)Textos
Esforça-te por:
– elaborar um discurso claro e organizado;
– utilizar uma linguagem correta e cuidada. Bom trabalho!
Grupo I
Natal é o antigo nome de uma província da África do Sul, que faz fronteira com
Moçambique, hoje chamada de KwaZulu-Natal. O nome Natal foi-lhe dado por Vasco
da Gama.
Na sua viagem de descoberta do caminho marítimo para a Índia, o grande
5 navegador português chegou à entrada da baía onde hoje se situa o porto de Durban
no dia de Natal de 1497. Daí o nome de Terra Natalis (Terra do Natal). Vasco da Gama
não desembarcou e os portugueses não se interessaram por esta região, instalando-se,
sim, numa baía próxima, num local a que deram o nome de baía da Boa Paz ou da Boa
Morte, mais tarde chamada baía da Lagoa e que veio a receber o nome de Lourenço
10 Marques (dado por D. João III, em 1544, em homenagem a Lourenço Marques, o
primeiro português que percorreu estas terras e aí se instalou), hoje Maputo.
Esta baía onde hoje se localiza Durban passou, então, a ser conhecida por Porto
Natal. Mais tarde, em 1840, constituiu-se a colónia inglesa do Natal, tendo o nome da
15 baía passado a designar todo o território.
Natal é, também, o nome de uma cidade e porto do Brasil, capital do estado do
Rio Grande do Norte. É a capital de estado brasileira mais próxima da Europa e da
África. Conhecida como a Cidade do Sol, foi fundada pelos portugueses em 25 de
dezembro de 1599. A primeira e mais antiga edificação da cidade, construída
20 originalmente pelos portugueses, é a Fortaleza da Barra do Rio Grande, popularmente
conhecida como Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos. Ergue-se no lado
direito da barra do rio Grande (hoje rio Potengi), no litoral nordeste do país, tendo sido
o marco inicial da cidade.
1. Para responderes a cada item (1.1. a 1.5.), seleciona a opção que permite obter uma
afirmação adequada ao sentido do texto.
1.1. A designação de Natal, antiga província da África do Sul, foi atribuída por
A. Lourenço Marques.
B. Bartolomeu Dias.
C. Nelson Mandela.
D. Vasco da Gama.
1.2. A cidade, atualmente designada por Maputo, tinha como designações anteriores,
por esta ordem
A. Boa Paz ou Boa Morte – Lagoa – Lourenço Marques.
B. Lourenço Marques – Boa Paz ou Boa Morte – Lagoa.
C. Boa Paz ou Boa Morte – Lagoa – Beira.
D. Lourenço Marques – Boa Paz ou Boa Morte – Moçambique.
1.5. O mais antigo edifício construído pelos portugueses em Natal, no Brasil, é chamado
A. originalmente, Fortaleza da Barragem do Rio Grande.
B. popularmente, Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos.
C. popularmente, Forte dos Reis ou Fortaleza dos Reis.
D. originalmente, Forte da Barra do Rio Grande.
2. Indica a expressão do texto a que se refere o pronome “lhe” (l. 2). [3 pontos]
Grupo II
A porta do escritório de Scrooge estava aberta para que pudesse ir vigiando o seu
empregado, que copiava cartas num exíguo1 cubículo em frente, uma espécie de
tanque. Scrooge tinha um fogo pequeníssimo, mas o do empregado era tão mais
pequeno que parecia ser apenas um carvão e não podia reabastecê-lo porque Scrooge
5 guardava a caixa do carvão no seu escritório. […] Por conseguinte o empregado pôs o
seu cachecol e tentou aquecer-se na vela. […]
– Feliz Natal, tio! Deus o salve! – gritou uma voz alegre. Era a voz do sobrinho de
Scrooge, o qual se dirigiu a ele tão rapidamente que aquilo foi o primeiro sinal da sua
aproximação.
10 – Bah!, – disse Scrooge –, aldrabices!
Este sobrinho de Scrooge aquecera de tal maneira com a caminhada apressada
pelo nevoeiro e geada que todo ele radiava calor. O rosto era rosado e bonito, os olhos
brilhavam e o seu hálito fumegava.
– O Natal é uma aldrabice, tio?! – disse o sobrinho de Scrooge. – Tenho a certeza
15 de que não fala a sério.
– Falo –, disse Scrooge. – Feliz Natal! Que direito tens tu de te sentires feliz? Que
razão tens para ser feliz? És muito pobre.
– Deixe-se disso – retorquiu o sobrinho jovialmente. – Que direito tem o tio de
estar triste? Que razão tem para estar taciturno2? É muito rico.
20 Scrooge, não tendo melhor resposta pronta de repente, disse “Bah!” outra vez e
repetiu:
– Aldrabices!
– Não esteja zangado, tio! – disse-lhe o sobrinho.
– Que mais posso eu estar – objetou3 o tio –, vivendo num mundo destes? Feliz
25 Natal! Deixa-te de Feliz Natal! O que é para ti o Natal além da época de pagar as contas
sem dinheiro, altura de dares contigo mais velho um ano, mas nem uma hora mais rico,
altura de fazeres o balanço das tuas contas e teres cada parcela delas, em todos os
doze meses do ano, com um saldo negativo? Se eu pudesse agir à minha vontade –
disse Scrooge, indignado –, todo o idiota que anda para aí com essa de “Feliz Natal” na
30 boca devia ser cozinhado com o seu pudim e enterrado com uma estaca de azevinho
espetada no coração. Isso é que devia!
– Tio! – suplicou o sobrinho.
– Sobrinho! – respondeu o tio asperamente. – Vive o Natal à tua maneira que eu
vivo-o à minha.
1. Indica a razão por que a porta do escritório do Sr. Scrooge estava aberta.
2. Identifica a característica psicológica e moral do Sr. Scrooge que explica porque têm
as lareiras de patrão e empregado fogos tão pequenos.
3. “O rosto era rosado e bonito, os olhos brilhavam e o seu hálito fumegava.” (ll. 12-13)
3.1. Relaciona as características físicas do sobrinho de Scrooge com a época do ano
em que decorre a ação.
4. O Sr. Scrooge considera que o sobrinho não tem razão para estar feliz porque é
pobre.
4.1. Explicita a resposta do sobrinho a essa declaração.
Grupo III
a. comparativo de igualdade;
b. normal;
c. superlativo absoluto analítico.
“– Eu diria que há muitas coisas das quais talvez tenha tirado algo de bom e de que
não tirei nenhum lucro – retorquiu o sobrinho.”
Grupo IV
1.1. Num texto narrativo, de 180 a 240 palavras, imagina um acontecimento que, de
súbito, possa alterar a perspetiva do Sr. Scrooge sobre o Natal.
Não te esqueças de:
– planificar o teu texto;
– fazer introdução, desenvolvimento e conclusão;
– rever o texto.
FIM
COTAÇÕES