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Solos são materiais resultantes da decomposição das rochas pela ação de agentes de
intemperismo.
Para fins de pavimentação considera-se como solo todo material inconsolidado ou
parcialmente consolidado, inorgânico ou não, que possa ser escavado sem o emprego de
técnicas especiais, como por exemplo explosivos.
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– as propriedades relacionadas à compacidade, à consistência e à estrutura dos
solos
Através dos resultados obtidos com o uso dos conhecimentos provenientes da mecânica dos
solos, pode-se:
inferir propriedades mais particulares dos solos
classificar os solos em grupos, com o objetivo de inferir seu
comportamento
Propriedades Índices
Índices Físicos:
São relações entre as diversas fases do solo (sólida, líquida e gasosa) em termos de massa e
volume; procuram caracterizar as condições físicas em que um solo se encontra.
Granulometria
– um solo pode ser considerado como um conjunto formado por partículas de
diversos tamanhos
– a medida do tamanho das partículas constituintes de um solo é feita por meio
da granulometria e para representação dessa medida costuma-se utilizar uma
curva de distribuição granulométrica
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– de acordo com seu tamanho, as partículas de um solo podem ser
classificadas como:
–
pedregulho → 2,0 mm < φ < 76,0 mm
areia → 0,075 mm < φ < 2,00 mm
areia grossa → 0,42 mm < φ < 2,00 mm
areia fina → 0,075 mm < φ < 0,42 mm
silte → 0,005 mm < φ < 0,075 mm
argila → φ < 0,005 mm
Porcentagem em
peso passando
3
para frações maiores que 0,075mm (#200) realiza-se o ensaio de
peneiramento, no qual se faz passar uma certa quantidade de solo por um
conjunto padronizado de peneiras de malha quadrada. Pesam-se as
quantidades retidas em cada peneira e calculam-se as porcentagens passadas.
As peneiras geralmente utilizadas são
4 4,8 2” 50,8
18000η z 1800η z
D= D=
(γ S − γ w )g t (γ S − γ w ) t
onde
D = diâmetro equivalente da partícula (mm)
η = coeficiente de viscosidade do meio dispersor (10-4 Pa . s)
g = aceleração da gravidade, cte = 9,81 m/s2
z = altura de queda das partículas, para as leituras do densímetro (cm)
γs = massa específica das partículas (g/cm3)
γw = massa específica da água, variável com a temperatura (g/cm3)
t = tempo de sedimentação (s)
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Informações sobre a curva de distribuição granulométrica:
D60
Coeficiente de não uniformidade CNU C NU =
D10
2
Coeficiente de curvatura Cc D30
Cc =
D10 × D60
Onde
D10 = diâmetro correspondente a 10% do material que passa, tomado na curva
granulométrica
D30 = diâmetro correspondente a 30% do material que passa, tomado na curva
granulométrica
D60 = diâmetro correspondente a 60% do material que passa, tomado na curva
granulométrica
Curva suave
Curva descontínua
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Curva uniforme em seu
centro
LL LP LC
IP = LL - LP
Estado líquido - o solo apresenta as propriedades e a aparência de uma suspensão. Não
possui forma própria e não apresenta nenhuma resistência ao cisalhamento.
Estado plástico - o solo apresenta a propriedade de plasticidade. Pode sofrer deformações
rápidas, sem que ocorra variação volumétrica apreciável, ruptura ou fissuramento.
Estado semi-sólido - o solo tem a aparência de um sólido, entretanto ainda passa por
variações de volume ao ser secado (o solo ainda encontra-se saturado).
Estado sólido - o solo não sofre mais variações volumétricas por secagem.
Limite de Liquidez (LL) - é o teor de umidade que indica a passagem do estado plástico
para o estado líquido.
– Está relacionado com a capacidade do solo em absorver água.
– É realizado no aparelho de Casagrande.
– Procedimento: cuba do aparelho é preenchida como solo úmido, procurando-se
obter uma espessura constante de 1cm, aproximadamente. Com um cinzel é feita uma
ranhura no centro. Gira-se então a manivela do aparelho, com uma rotação constante de
2 golpes por segundo, até que a ranhura se feche numa extensão de 1,0 cm,
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aproximadamente. Anota-se o número de golpes até esse ponto e retira-se uma amostra
do local onde o solo se uniu, para determinação do teor de umidade.
50
48
46
teor de umidade (%)
44
LL
42
40
38
36
34
32
15 20 25 30 35 40 45
número de golpes
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– O teor de umidade do rolinho, nesta condição, representa o limite de plasticidade do
solo (LP).
– Quando não é possível se obter o LP de um solo, ele é denominado não plástico
(NP)
IP = LL – LP
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– Os solos são classificados quanto ao tamanho das partículas em pedregulho, areia,
silte ou argila
os pedregulhos e as areias subdividem-se em bem graduados, mal
graduados, siltosos ou argilosos
os siltes subdividem-se em siltes de baixa plasticidade, orgânicos de
baixa plasticidade, orgânicos de alta plasticidade ou elásticos
as argilas subdividem-se em pouco plásticas, orgânicas e de alta
plasticidade
– Processo para classificação
inicialmente deve-se determinar se o solo é orgânico, de graduação
grossa ou fina
em seguida, com os dados de granulometria e com os limites de
Atterberg, define-se a que grupo pertence, consultando-se a Tabela de
Classificação USCS
para classificação da fração fina, utilizam-se os valores dos limites de
Atterberg e o chamado gráfico de plasticidade
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Tabela para classificação de solos da USCS (ASTM, 1990)
Critérios para estabelecer símbolos de grupos e nomes de grupos Classificação do solo
usando ensaios de laboratório A Grup Nome do grupo
B
o
Solos de Pedregulhos Pedregulhos Cu ≥ 4 e 1 ≤ Cc ≤ 3 E GW Pedregulho bem
granulometria Mais de 50% limpos graduado F
grossa de fração Menos de Cu < 4 e/ou 1 > Cc > 3 E GP Pedregulho mal
Mais de 50% grossa 5% de finos graduado F
C
do solo retido retidos na
na peneira nº peneira nº4
Pedregulhos Finos classificam-se GM Pedregulho
200 com finos como ML ou MH siltoso F, G, H
Mais de 12% Finos classificam-se GC Pedregulho
de finos C como CL ou CH argiloso F, G, H
Areias Areias Cu ≥ 6 e 1 ≤ Cc ≤ 3 E SW Areia bem
50% ou mais limpas graduada I
da fração Menos de Cu < 6 e/ou 1 > Cc > 3 E SP Areia mal
grossa 5% de finos graduada I
passam pela D
peneira nº4 Areias com Finos classificam-se SM Areia siltosa G, H,
I
finos como ML ou MH
Mais de 12% Finos classificam-se SC Areia argilosa G,
de finos D como CL ou CH H, I
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Considere:
A Baseado no material que passa pela peneira de 3 polegadas (75 mm).
B Se amostra de campo contém rachões, adicionar “com rachões” ao nome do grupo.
C Pedregulhos com 5 a 12% de finos requerem símbolos duplos:
GW-GM pedregulho bem graduado com silte;
GW-GC pedregulho bem graduado com argila;
GP-GM pedregulho de graduação pobre com silte;
GP-GC pedregulho de graduação pobre com argila
D Areias com 5 a 12% de finos requerem símbolos duplos:
SW-SM areia bem graduada com silte;
SW-SC areia bem graduada com argila;
SP-SM areia de graduação pobre com silte;
SP-SC areia de graduação pobre com argila
E CNU = D60/D10 Cc = (D30)2/(D10 × D60)
F Se o solo contém 15% ou mais de areia, adicionar “com areia” ao nome do grupo.
G Se os finos se classificam como CL ou ML, usar símbolos duplos GC-GM, ou SC-SM.
H Se os finos são orgânicos, adicionar “com finos orgânicos” ao nome do grupo.
I Se o solo contém 15% ou mais de pedregulho, adicionar “com pedregulho” ao nome do grupo.
J Se os limites de Atterberg recaem sobre a área hachurada, o solo é uma argila siltosa, CL-ML.
K Se os solos contêm de 15 a 29% de material retido na #200, adicionar “com areia” ou “com
pedregulho”, aquele que for predominante.
L Se os solos contêm mais de 30% de material retido na #200, predominantemente arenoso,
adicionar “arenoso” ao nome do grupo.
M Se os solos contêm mais de 30% de material retido na #200, predominantemente pedregulhoso,
adicionar “pedregulhoso” ao nome do grupo.
N IP ≥ 4 e recai sobre ou acima da linha “A”
O IP < 4 e recai abaixo da linha “A”
P IP recai sobre ou acima da linha “A”
Q IP recai abaixo da linha “A”
CH ou
40 argilas OH
30
MH ou
CL ou OH
20 OL siltes
Linha B
10 ML ou
CL - M L OL
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
limite de liquidez (LL) %
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Classificação HRB (Highway Research Board)
– É a classificação tradicionalmente mais empregada na caracterização de solos para uso em
estradas
– Critérios baseados na granulometria e plasticidade:
menos de 35% de material passando pela #200: solo é classificado como material
granular; compreendem os grupos A-1, A-2 e A-3
mais de 35% de solos passando pela #200: solo é classificado como material argiloso
ou siltoso; compreendem os grupos A-4, A-5, A-6 e A-7
– Para a classificação devem ser realizados os ensaios de granulometria por peneiramento e
limites de liquidez e de plasticidade. Deve também ser determinado o índice de grupo IG. De
posse desses dados consulta-se a tabela de classificação HRB, sempre da esquerda para a
direita.
IG = 0,2 a + 0,005 a c + 0,01 b d
onde
a = % de material que passa pela #200 menos 35; se % > 75 adota-se a = 40; se % < 35,
adota-se a = 0 (a varia de 0 a 40)
b = % de material que passa pela #200 menos 15; se % > 55 adota-se b = 40; se % < 15,
adota-se b = 0 (b varia de 0 a 40)
c = valor do LL menos 40; se LL > 60% adota-se c = 20; se LL < 40% adota-se c = 0
(c varia de 0 a 20)
d = valor do índice de plasticidade menos 10; se IP > 30% adota-se d = 20; se IP < 10%
adota-se d = 0 (d varia de 0 a 20)
Caso o solo se enquadre no grupo A-7, deve-se verificar se ele pertence ao subgrupo A-7-5 ou A-7-6.
Se IP ≤ LL - 30 : solo pertence ao subgrupo A-7-5
Se IP > LL - 30 : solo pertence ao subgrupo A-7-6
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Classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical)
– foi proposta em 1981, por NOGAMI & VILLIBOR
– critérios classificatórios relacionados com as propriedades mecânicas e hidráulicas dos
solos compactados
– agrupa os solos tropicais em duas classes principais:
solos de comportamento laterítico (L)
solos de comportamento não laterítico (N)
– procedimento para classificação:
ensaio mini-MCV (mini- Moisture Condition Value)
ensaio de perda de massa por imersão
– os solos são classificados através de dois índices, determinados através da realização dos
ensaios citados
c’ e e’
c’ traduz a argilosidade do solo em análise e é obtido através do ensaio de mini-MCV
e’ expressa o caráter laterítico do solo e é calculado mediante o uso da seguinte
expressão:
20 Pi
e' = 3 +
d ' 100
onde
Pi = perda de massa por imersão (%)
d’ = inclinação do ramo seco da curva de compactação (Kg/m3 %)
c’ ábaco de classe previsão das
e’ classificação MCT propriedades
MCT geotécnicas do solo
2,0 L = laterítico
N = não laterítico
1,75 NS' A = areia
A'= arenoso
NA G'= argiloso
1,5 NG'
índice e '
0,5
0,0 0,5 0,7 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0
coeficiente c'
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Quadro das propriedades dos solos de cada classe MCT
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Ensaio mini-MCV - executado com energia de compactação variável e massa úmida de solo
constante
– pesar no mínimo 5 porções de solo, cada uma com 1 Kg
– adicionar água a cada porção, de modo que a umidade seja crescente
– colocar cada porção de solo umedecido e homogeneizado em um saco plástico hermeticamente
fechado e deixar por no mínimo 10 horas
– iniciar a compactação pelo ponto mais úmido, pesando 200 g de solo
– posicionar o cilindro no pistão inferior do aparelho de compactação, colocando um disco de
polietileno no topo desse pistão
– colocar os 200 g de solo no cilindro, apertando o topo dessa porção de solo com um
dispositivo adequado
– colocar outro disco espaçador de plástico sobre a parte superior do corpo de prova a ser
compactado
– aplicar o primeiro golpe e medir a altura A1 do corpo de prova, utilizando um extensômetro
posicionado na vertical
– aplicar números de golpes sucessivos, de forma que totalizem, somados com os golpes
anteriormente aplicados, números de golpes n iguais a 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16, 24, 32, 48, 64, 96,
128, 192, 256
– após totalizar cada uma dessas quantias de golpes, fazer as leituras das alturas correspondentes
– o processo de compactação termina quando:
(An - A4n) < 0,1 mm
ocorrência de exsudação
total de golpes = 256
– repetir o processo de compactação para as cinco porções de solo, com teores de umidade
decrescentes
– montar planilha de cálculo do ensaio mini-MCV
– para cada teor de umidade, traçar uma curva de afundamento ou curva de mini-MCV. Essas
curvas são lançadas em um diagrama onde o eixo das abscissas está em escala logarítmica e
representa o número de golpes, e o eixo das ordenadas representa o valor correspondente à
diferença de leitura An - A 4n, sendo n o número de golpes aplicados ao corpo de prova.
– determinação do coeficiente c’:
c’ = coeficiente angular (sem o sinal -) da parte mais inclinada e retilínea da curva mini-MCV,
correspondente à condição mini-MCV = 10 (ou ao teor de umidade que resulta em mini-
MCV=10)
mini-MCV = 10 × log10 (Bi)
sendo Bi = nº de golpes quando a curva de afundamento intercepta a reta de equação a = 2mm
– determinação do coeficiente d’
d’ = coeficiente angular da parte mais inclinada do ramo seco da curva de compactação (teor
de umidade × massa específica aparente seca máxima) correspondente a 12 golpes, devendo
ser expresso em Kg/m3 %
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EXEMPLO:
6 46,77 0,59 1,959 47,7 3,14 1,941 49,56 3,86 1,897 52,56 4,97 1,815
200.000 8 46,27 0,09 1,980 46,88 2,32 1,975 48,6 3,60 1,935 51,25 4,47 1,862
γd =
(100 + w) 19,56 An 12 46,18 0,00 1,984 45,76 1,20 2,023 47,38 3,10 1,985 49,67 3,63 1,921
16 45,08 0,52 2,054 46,58 2,85 2,019 48,77 3,37 1,956
DE
PESO SOLO SECO + TARA (g) 56,33 56,33 72,67 56,47 56,18
TARA (g) 20,94 21,49 24,97 23,87 23
SOLO SECO (g) 35,39 34,84 47,7 32,6 33,18
ÁGUA (g) 5,02 4,04 4,98 2,85 2,38
UMIDADE (%) 14,18 11,60 10,44 8,74 7,17
MASSA EXTRUDADA (Me) = A×1×γd (g) 36,16 38,81 40,64 42,86 43,22
PERDA
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Exemplo - determinação dos coeficientes c’ e d’.
12
10
AFUNDAMENTO (mm)
6
c' = 0,63
4
0
1 10 100
NÚMERO DE GOLPES
2,100
Massa Específica Aparente Seca
d' = 39,7
2,050
24 golpes
2,000
(g/cm3)
16 golpes
1,950
12 golpes
1,900
8 golpes
1,850
6 golpes
1,800
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Teor de Umidade (%)
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Ensaio mini-MCV – Aparelho de compactação e medidor de altura
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– Com os valores de P para cada teor de umidade, traça-se a curva mini-MCV × P
– Coeficiente Pi do solo é retirado dessa curva, para:
–
mini-MCV = 10 (quando os solos são de densidade baixa, ou seja, a altura final do
corpo de prova para mini-MCV = 10 é maior que 48 mm)
300
250
Perda por Imersão (%)
200
150 Pi = 117,5%
100
50
0
0 5 10 15
Mini - MCV
Com d’ e Pi calcula-se e’
20 Pi 20 117,5
e' = 3 + =3 + = 1,19
d ' 100 39,7 100
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