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APRESENTAÇÃO
“O uso da energia e sua sustentabilidade, tem sido a grande preocupação do homem no último século.
Racionamentos e apagões tem sido a rotina de muitos povos ao longo dos últimos anos. Para isso, é de
suma importância o desenvolvimento e aplicação de alternativas para uso sustentável dessa fonte
imprescindível á sobrevivência da vida humana. O objetivo dessa disciplina é apresentar de que forma o uso
da energia pode ser maximizado nos projetos elétricos para edificações prediais e industriais. Nós, como
profissionais da área de eletrônica, podemos e devemos trabalhar na elaboração de projetos para tornar o
uso da energia mais racional através da pesquisa e aplicação dos nossos conhecimentos”.
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Sumário
1. Noções de Eletricidade 6
1.1 Energia e Energia Elétrica 6
1.2 Tensão e Corrente Elétrica 7
1.3 Resistência Elétrica – Lei de Ohm 8
1.4 Potência e Energia Elétrica 8
1.5 Aparelhos de Testes 9
1.6 Aparelhos de Medição 9
1.7 Corrente Alternada 11
1.8 Potência em Corrente Alternada (CA) 12
1.9 O Fator de Potência 13
2. Os Circuitos Elétricos Residenciais e Diagramas de Ligações 15
2.1 Tipos de Instalações Elétricas 15
2.2 Símbolos e Convenções 17
2.3 Dimensionamento de Carga e Fator de Demanda 17
2.4 Divisão de Circuitos e Seção Mínima dos Condutores 19
2.5 Interruptores e Tomadas 20
2.5.1 Número de Tomadas por Cômodo 21
2.6 Esquemas de Ligações 21
2.7 “Three Way” (paralelo) e “Four Way” (intermediário) 22
2.8 Cálculo de Corrente 23
2.9 Outros Circuitos 23
3. Dimensionamento de Condutores 23
3.1 Tipos de Condutores 23
3.2 Maneiras de Instalar 26
3.3 Cálculo dos Condutores 28
3.3.1 Limite de Condução de Corrente 28
3.3.2 Limite de Queda de Tensão 31
3.4 Exemplos de Cálculos de Condutores 34
4. Proteção dos Circuitos Elétricos 35
4.1 Elementos Básicos 35
4.1.1 O Neutro 36
4.1.2 O Aterramento 36
4.1.3 Distúrbios nas Instalações Elétricas 36
4.1.4 Fugas de Corrente – Perdas – Sobrecarga 36
4.1.5 Curto – Circuito 37
4.2 Distúrbios nas Instalações Elétricas 37
4.2.1 Fugas de Corrente – Perdas - Sobrecargas 37
4.2.2 Curto – Circuito 38
4.3 Equipamento de Proteção 38
4.4 Dispositivo Diferencial Residual 38
4.4.1 Contato Direto 41
4.4.2 Contato Indireto 41
4.4.3 Fuga de Corrente 41
5. Projeto das Instalações 43
5.1 Importância do Projeto 43
5.2 O Traçado do Diagrama – Convenções 44
5.3 Exemplo de Projeto 44
5.4 Circuitos Especiais 52
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6. Execução das Instalações Residenciais
52
6.1 Instalações em Linhas Aéreas 53
6.2 Instalações em Eletrodutos 53
6.3 Algumas Observações Importantes sobre Instalações Elétricas 55
7. Segurança 57
7.1 Prevenção 57
7.2 Tensão de Contato 58
7.2.1 Choque Elétrico 58
7.3 Isolação e Classes de Proteção 59
7.3.1 Condutores de Proteção 60
7.4 Situações nas quais as Pessoas possam estar Imersas 60
8. Conservação de Energia Elétrica na Residência 60
8.1 Medidas de Conservação de Energia Elétrica na Residência 61
8.2 Luminotécnica e Iluminação 61
8.3 Recomendações Úteis para Utilização Adequada das Lâmpadas 68
8.4 Geladeira ou Freezer 68
8.5 Aquecimento de Água 71
8.6 Televisor 72
8.7 Ferro Elétrico 72
8.8 Condicionador de Ar 72
8.9 Máquina de Lavar Louça 72
8.10 Máquina de Lavar Roupa 73
8.11 Secadora de Roupa 73
8.12 Horário de Ponta ou Pico 73
8.13 Leitura e Controle do Consumo de Eletricidade 73
8.14 Dicas de Segurança 77
Bibliografia 75
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1. Noções de Eletricidade
1.1 Energia e Energia Elétrica
Energia é a capacidade de produzir trabalho e apresenta-se sob várias formas.
Energia Térmica;
Energia Mecânica;
Energia Elétrica;
Energia Química;
Energia Atômica, etc.
Uma das mais importantes características da energia é a possibilidade de sua transformação de uma forma
para outra. Por exemplo, a energia térmica pode ser convertida em energia mecânica (motores de explosão),
energia química em energia elétrica (pilhas) etc. Entretanto na maioria das formas em que a energia se
apresenta, ela não pode ser transportada, ela tem que ser utilizada no mesmo local em que é produzida.
Energia Elétrica
A energia elétrica é uma forma de energia que pode ser transportada com facilidade. Para chegar à sua casa,
às ruas, ao seu trabalho, ela percorre um longo caminho desde a usina. A energia elétrica passa pelas
seguintes fases:
Geração: A energia elétrica é produzida a partir da energia mecânica de rotação de um eixo de uma turbina
que movimenta um gerador. Esta rotação é causada por diferentes fontes primárias, como a força de água
que cai (hidráulica), a força do vapor (térmica) que pode ter origem na queima do carvão, óleo combustível
ou, ainda, na fissão do urânio (nuclear).
A CEMIG valendo-se das características do Estado de Minas-Gerais onde são inúmeras as quedas d’água
tem, na força hidráulica, a sua fonte de energia primária. Portanto, as nossas usinas são hidroelétricas.
Transmissão: As usinas hidroelétricas nem sempre se situam próximas aos centros consumidores. Por isto é
preciso transportar a energia elétrica produzida nas usinas até os locais de consumo: cidades, indústrias e
fazendas. Para realizar este transporte é que são construídas as subestações e as linhas de transmissão.
Distribuição: Nos centros consumidores, são construídas as subestações transformadoras. Sua função é
baixar a tensão do nível de transmissão (muito alto) para o nível de distribuição. A rede de distribuição recebe
a energia em um nível de tensão adequado à sua distribuição por toda a cidade, porém inadequada para sua
utilização imediata. Assim, os transformadores instalados nos postes das cidades fornecem a energia elétrica
diretamente para as residências, para o comércio e outros locais de consumo no nível de tensão adequado a
utilização.
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1.2 Tensão e Corrente Elétrica
Chamamos de elétrons as partículas invisíveis existentes nos fios, que estão em constante movimento
desordenado. Para que estes elétrons se movimentem de forma ordenada nos fios é necessário ter uma força
que os empurre. A esta força chamamos de tensão elétrica (U).
Este movimento ordenado de elétrons, provocado pela tensão, forma então uma corrente de elétrons. A esta
corrente de elétrons chamamos de corrente elétrica (I).
Para fazermos idéia do comportamento da corrente elétrica, podemos compará-la com uma instalação
hidráulica. A pressão que a água faz depende da altura da caixa. A quantidade de água que flui pelo cano vai
depender desta pressão, da grossura do cano, e da abertura da torneira.
De maneira semelhante, no caso da energia elétrica, temos: A pressão da energia elétrica é chamada tensão
e sua unidade é o Volt (V): a corrente elétrica que circula pelo circuito e que depende da tensão e da
resistência, tem como unidade o Ampére (A): e a resistência que o circuito oferece à passagem da corrente
é medida em Ohms (Ω).
A energia elétrica é transportada sob a forma de uma corrente elétrica e esta se apresenta sob duas formas:
CORRENTE CONTÍNUA – CC
CORRENTE ALTERNADA – CA
A corrente contínua é aquela que mantém sempre a mesma polaridade, fornecendo uma tensão constante,
como é o caso das pilhas e baterias. Temos um pólo positivo e um negativo. A corrente alternada tem a sua
polaridade invertida certo número de vezes por segundo. Ao número de variações que a corrente faz por
segundo dá-se o nome de freqüência e a sua unidade é Hertz (Hz).
Um Hertz corresponde a um ciclo completo de variação da corrente, daí ser comum falar em “ciclo por
segundo” ao invés de Hz.
Dependendo do tipo de trabalho que temos de executar, podemos necessitar de corrente continua (CC) ou
corrente alternada (CA).
A maioria dos equipamentos elétricos funciona em corrente alternada (CA), como os motores de indução, os
eletrodomésticos, iluminação, etc. A corrente continua (CC) é pouco utilizada.
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Como exemplo, temos: sistema de segurança,
equipamentos que funcionam com pilhas ou baterias,
motores de corrente continua, etc.
Chamamos de resistência elétrica a oposição que o circuito oferece à circulação da corrente elétrica.
Lei de Ohm
Assim chamada devido ao físico que a descobriu, estabelece que: Se aplicarmos a um circuito, uma tensão
de 1V, cuja resistência seja de 1Ω, a corrente que circulará pelo mesmo será de 1A.
Assim:
U
I=
R
U
P = (R x I) x I → P = R x I2 e P = U x → P = U2 / R
R
Energia Elétrica (E): é a potência vezes o tempo de utilização (em horas, por exemplo).
E = U x I x h ou E = P x h
Quando se tratar de circuito alimentado por corrente continua ou de circuito composto somente de resistência,
alimentado por corrente alternada, a potência encontrada é medida em Watts (W).
Sendo que 1W equivale a 1V x 1A. Outras unidades de potência, também muito usadas, são o HP (Horse
Power) que equivale a 746W e o cv (Cavalo Vapor) que equivale a 735,5W.
A unidade de energia elétrica é o Wh (Watt – hora). Todas as unidades citadas até o momento, possuem
múltiplos e submúltiplos.
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Todas as unidades de medidas elétricas possuem múltiplos
de submúltiplos, que já foram estudados em eletricidade I.
Antes de falarmos sobre os aparelhos que medem as grandezas elétricas vejamos alguns instrumentos
simples, que nos ajudam a verificar defeitos em instalações elétricas assim como nos auxiliam a identificar o
fio fase (tais aparelhos não medem os valores das grandezas elétricas, mas simplesmente testam a
existência ou não das mesmas).
Teste da Lâmpada
Para identificarmos os fios fase e neutro de uma instalação elétrica, podemos fazê-lo através de uma
lâmpada incandescente de 220 volts. Um dos seus terminais é posto em contato com um dos fios e o outro
terminal é posto em contato com um condutor devidamente aterrado (uma haste de terra cravada no chão).
Se a lâmpada acender significa que o fio utilizado é o fio fase. Caso contrário, se a lâmpada permanecer
apagada, significa que o fio utilizado é o neutro.
Importante: a lâmpada incandescente utilizada tem que ser para a tensão de 220V, pois pode ser que os
dois fios sejam fase-fase (220V) ou que o transformador que alimenta a instalação elétrica seja de 220V entre
fase e neutro. Daí, se a lâmpada for de 127V, ela poderá estourar no teste, provocando um acidente com o
eletricista.
Lâmpada néon
Trata-se de uma lâmpada que tem a característica de acender quando um dos seus terminais é posto em
contato com um elemento energizado e outro é posto em contato com a terra. Normalmente, é apresentada
sob a forma de uma caneta ou chave de parafusos onde um dos terminais é a ponta da caneta (ou da chave)
e o outro faz terá através do corpo do próprio operador.
Devido a grande resistência interna da lâmpada, a corrente circulante não é suficiente para produzir a
sensação de choque, entretanto seu uso é restrito a circuito de baixa tensão. A grande vantagem deste
instrumento é a sua robustez e o fato de indicar, de maneira simples, a presença de tensão no local
pesquisado.
Um exemplo de sua utilização é a pesquisa de fase em uma instalação, em sistemas de neutro aterrado
(quando se encosta a ponta na fase, a lâmpada acende e o neutro não).
Lâmpada série
Os aparelhos de medição são instrumentos que, através de escalas, gráficos ou outros recursos semelhantes
(por ex.: dígitos), nos fornecem os valores numéricos das grandezas que estão sendo medidas.
As ligações desses medidores são feitas de duas maneiras: em série com a carga, quando se deseja saber a
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corrente (A) circulante (amperímetro): e em paralelo com a
carga, quando se deseja conhecer a tensão (V) aplicada
(voltímetro).
Obs.: O uso do instrumento de medida deve obedecer todos os procedimentos operacionais a fim de evitar
possíveis danos materiais.
A medição de potência elétrica (W) é feita por um aparelho, o wattímetro, que associa as funções do
voltímetro e do amperímetro (este aparelho tem indicações de qual deve ser o terminal comum que deve ser
ligado ao lado da carga). As figuras abaixo mostram o esquema de ligação:
Indicadores
São aparelhos que, através do movimento de um ponteiro em um quadrante com escala (ou de uma tela
digital), nos dão os valores instantâneos das grandezas medidas. Estes instrumentos possuem uma bobina
que, ao ser percorrida por uma corrente, provoca a deflexão de um ponteiro (a deflexão é proporcional a
corrente que passa). Este sistema é adotado tanto para medir corrente, como para medir tensão, sendo que,
para cada caso utilizam-se resistências em série ou em paralelo com a bobina de tal forma que só circula na
mesma, no máximo, a corrente máxima que a (bobina) suporta. O wattímetro é uma aplicação do mesmo
principio somente que neste caso, a deflexão do ponteiro se deve a duas bobinas (uma de tensão e outra de
corrente) ligadas convenientemente.
Um tipo desses instrumentos, largamente utilizado, é o medidor de corrente e tensão, tipo alicate. Ele possui
garras que abraçam o condutor onde passa a corrente elétrica a ser medida. Essas garras funcionam como
núcleo de um transformador em que o primário é o condutor, o qual estamos realizando a medida, e o
secundário é uma bobina enrolada que está ligada ao medidor propriamente dito, conforme indica a figura.
Obs.: O amperímetro deverá abraçar apenas o(s) fio(s) da mesma fase.
No caso de se medir tensão, esse instrumento possui dois terminais nos quais são conectados os fios que
serão colocados em contato com o local a ser medido.
Nota: esse instrumento possui escalas para corrente e tensão. Deverá ser ajustado antes de ser feita a
medição. Geralmente a escala de corrente esta escrita na cor preta e a escala de tensão na cor vermelha. Se
não temos uma idéia do valor da corrente ou da tensão a ser medida, devemos ajustar o aparelho para a
maior escala de corrente ou tensão e se for o caso, ir diminuindo a escala para efetuarmos a medição
corretamente.
Registradores
Têm o principio de funcionamento idêntico ao dos instrumentos indicadores, tendo sido adaptada à
extremidade do ponteiro uma pena, onde se coloca tinta: sob a pena corre uma tira de papel com graduação
na escala conveniente: a velocidade da tira de papel é constante e dada por um mecanismo de relojoaria.
Deste modo, teremos os valores da grandeza medida a cada instante e durante o tempo que quisermos.
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Alguns instrumentos deste tipo utilizam um disco ao invés de
tira (rolo) de papel, neste caso o tempo da medição é
limitado a uma volta do disco.
Integradores
São aparelhos que somam os valores instantâneos e dão, a cada instante, os resultados acumulados em um
sistema registrador que pode ser de ponteiros ou de ciclômetro (o medidor tem janelinhas onde aparecem os
números) um exemplo, são os medidores de energia de nossas residências.
O medidor convencional de energia elétrica compõe-se de duas bobinas: uma de tensão, ligada em paralelo
com a carga e uma de corrente, ligada em série com a carga. As duas bobinas são enroladas sobre o mesmo
núcleo de ferro.
Um disco colocado junto ao núcleo, por força dos campos magnéticos formados (de tensão e de corrente)
quando a carga esta ligada, passa a girar com velocidade proporcional a energia consumida. Através de um
sistema de engrenagens, a rotação do disco é transportada a um mecanismo integrador.
Nesses medidores o valor relativo a certo período de tempo corresponde à diferença entre as duas leituras
realizadas, uma no final e outra no inicio do respectivo período. A leitura destes medidores é feita seguindo a
seqüência natural dos algarismos, ou seja, se forem quatro ponteiros, ou quatro janelas, o primeiro a
esquerda indica os milhares, o segundo as centenas e assim por diante. Deve-se tomar cuidado, entretanto,
no caso dos medidores de ponteiro: uma vez que cada ponteiro gira quase sempre em sentido inverso ao de
seus vizinhos.
Nota: o número que se deve considerar é aquele pelo qual o ponteiro acabou de passar, isto é, quando o
ponteiro esta entre dois números, considera-se o de menor valor.
Obs.: Quase todos os medidores existentes se baseiam em um dos tipos citados com adaptações no seu
sistema de ligações. Por exemplo, o ohmímetro (medidor de resistência), nada mais é do que um medidor de
corrente ligado em série com uma pilha. Observe a figura abaixo:
Como temos a tensão constante, a corrente vai variar de acordo com a resistência que ligarmos ao circuito.
Assim, para cada valor de resistência, circulará certa corrente no circuito (I = U/R) de tal forma que basta
construir a escala convenientemente e, quando ligarmos uma resistência ao circuito, teremos o seu valor em
ohm (Ω) na escala. O ohmímetro também é frequentemente usado para se verificar a continuidade de um
circuito, podendo neste caso, ser substituído pela “lâmpada série” uma vez que os circuitos internos são
semelhantes e na verificação de continuidade não nos interessam valores de corrente.
Até agora os raciocínios foram feitos considerando-se somente a corrente continua, entretanto, a forma mais
comum em que a corrente elétrica se apresenta é a corrente alternada. Os circuitos de corrente alternada
são, nas instalações residenciais, de modo geral, monofásicos e circuitos de duas fases e neutros,
impropriamente chamados de bifásicos.
Circuitos Monofásicos
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Se tivermos um gerador com uma só bobina que ao
funcionar gera uma tensão entre seus terminais, chamamos
a este gerador de “gerador monofásico”.
Nos geradores de corrente alternada monofásicos convencionou-se chamar um dos terminais deste
gerador de neutro (N), e o outro de fase (F). Se ligarmos este gerador a um circuito, teremos um circuito
monofásico. Portanto, um circuito monofásico é aquele que tem uma fase e um neutro (F e N) e a tensão no
circuito é igual à tensão entre fase e neutro, também chamada de tensão de fase (VFN ou VF).
Circuitos Trifásicos
Quando temos um gerador com três bobinas, ligadas conforme a figura, ele é um gerador trifásico e da
origem a um circuito trifásico.
Podemos ter os circuitos trifásicos a três fios (F1, F2 e F3) e a quatro fios (F1, F2, F3 e N).
No circuito trifásico aparecem, com relação às tensões, a tensão entre fase e neutro, ou tensão de fase (VFN
ou VF) e a tensão entre fases ou tensão de linha (VFF ou VL).
Demonstra-se que:
V
VL = 3 × VF ou VF = L sendo que 3 = 1,732
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Os circuitos trifásicos são mais usados em indústrias e grandes instalações.
Obs.: Usa-se chamar os geradores de corrente alternada de “alternadores”.
Quando fazemos passar por uma bobina uma CC, verificamos que praticamente não há queda de tensão, a
não ser a queda devido à resistência do fio com que foi construída a bobina (∆U = RI. Entretanto, quando
circula pela bobina o mesmo valor de CA verifica-se uma queda de tensão. Se substituirmos a bobina por um
condensador ou capacitor, verificaremos que não haverá nenhuma circulação de CC: entretanto, quando
ligamos a CA aparecerá uma corrente circulando por ele (pode-se demonstrar que, quanto maior a
capacidade, maior a corrente alternada circulante). Verifica-se, então, que as bobinas e capacitores se
comportam de maneira diferente em relação à CA.
A esta oposição à passagem da corrente dá-se o nome de reatância indutiva, quando se tratar de bobinas, e
reatância capacitiva, quando se tratar de capacitor. A soma vetorial das reatâncias com a resistência, dá-se o
nome de “impedância” (Z).
Assim temos:
Resistência R
Reatância Indutiva (bobinas) XL
Reatância Capacitiva (capacitores) XC
Impedância (soma vetorial) Z
A reatância capacitiva opõe-se à indutiva. Assim a reatância total do circuito (X) é dada pela diferença entre
XL e XC (o maior destes dois valores determina se o circuito é indutivo ou capacitivo).
X = XL - XC
XL > XC Circuito Indutivo
XC > XL Circuito Capacitivo
Os valores da resistência, das retas e da impedância podem ser representados graficamente através de um
triangulo retângulo, como abaixo:
Onde:
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Uma carga ligada a um circuito de corrente alternada é, quase sempre, constituída de resistência e reatância,
ou seja, temos sempre uma impedância. Assim, a expressão de potência W = U x I, em geral não é válida
para circuitos de corrente alternada, devendo ser acrescida à expressão um outro fator, conforme veremos.
Pela Lei de Ohm, temos que a potência desenvolvida em um circuito é:
R x I2 = W (Watts)
Por outro lado se substituirmos na expressão acima a resistência pela reatância total, termos:
X x I2 = VA
Expressão da potência reativa desenvolvida no circuito e que depende das reatâncias existentes.
Ao produto V x I (ou Z x I2) = VA chamamos de potência aparente, que é a soma vetorial das duas potências
ativa e reativa.
Assim temos:
W = R x I2 Var = X x I2 VA = Z x I2 = U x I
Onde:
W = potência ativa (ou kW, que corresponde a 1000W)
VAr = potência reativa (ou kVAr, que corresponde a 1000Var)
VA = potência aparente (ou kVA, que corresponde a 1000VA)
Assim como no caso anterior, podemos tomar as três acima e construir um triangulo com seus valores, ou
seja:
Este triângulo é chamado, normalmente de “triângulo das
kVA potências”, o ângulo Ø é o ângulo do fator de potência (cos Ø = FP).
Partindo do triângulo das potências, podem-se obter as seguintes
kVAr expressões matemáticas:
90°
Ø
kW
kVA2 = kW2 + kVAr2 cos Ø = kW / kVA tg Ø = kVAr / kW
Pelo exemplo, verifica-se que quanto menor o FP mais problemas trará o circuito transformadores maiores,
fiação mais grossa, etc. Logo, é interessante corrigirmos o fator de potência de uma instalação para os
valores mais próximos possíveis da unidade (as companhias de energia elétrica cobram um ajuste sobre o
FP, quando o mesmo é inferior a 0.92, de acordo com a legislação do FP).
As causas mais comuns do baixo FP são:
1. Qual a potência do transformador necessária para se ligar um motor de 7,5cv com FP = 0.6, e qual a
corrente que circula pelo circuito para tensão igual a 220V?
2. Um transformador de 15kVA trabalhava a plena carga (100%), alimentando uma carga de 7,5kW.
Qual o fator de potência do sistema?
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As instalações elétricas de baixa tensão são regulamentadas
pela Norma Brasileira NBR – 5410/90 “Instalações Elétricas
de Baixa Tensão” da ABNT – Associação Brasileira de
Normas Técnicas.
As concessionárias de energia elétrica, por sua vez, classificam os consumidores de acordo com a carga
instalada, de conformidade com a legislação sobre “Condições Gerais de Fornecimento” (Portaria DNAEE –
Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica), que estabelecem os seguintes limites para
atendimento:
Tensão secundaria de distribuição: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior
a 50kW:
Tensão primaria de distribuição: quando a carga instalada na unidade for superior a 50kW e a demanda
contratada ou estimada pelo concessionário para o fornecimento for igual ou inferior a 2500kW:
Tensão de transmissão: quando a demanda contratada ou estimada pelo concessionário para o
fornecimento for superior a 2500kW.
Obs.:
1. O atendimento poderá ser feito fora dos limites requeridos, desde que atenda a conveniências especificas
do concessionário e/ou do consumidor e que seja obtida autorização do DNAEE.
2. Para efeito da classificação acima, são considerados os seguintes limites:
As unidades consumidoras ligadas em baixa tensão podem ser atendidas das seguintes maneiras:
A tabela abaixo mostra o exemplo de uma norma que classifica os consumidores em 6 tipos:
Obs: Essa norma não é um padrão, pois cada concessionária pode estabelecer critérios didferentes para
classificar os consumidores.
Uma vez pronto o padrão de entrada estando ligados o medidor e o ramal de serviço, a energia elétrica
entregue pela concessionária estará disponível para ser utilizada. Essa entrada de energia fornecida pela
concessionária e denominada de ENTREGA DE ENERGIA.
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A tabela a seguir mostra a simbologia utilizada nas
instalações prediais:
Exemplo: Qual a potência mínima de iluminação incandescente a ser instalada num quarto de 3m de largura
e 4m de comprimento?
Área do quarto: 3m x 4m = 12m2
Iluminação mínima: 20W/m2 (tabela acima)
Potência total de iluminação: 20 x 12 = 240W
Obs: Para que cada consumidor possa ter a instalação elétrica dentro dos padrões estabelecidos pela
concessionária, é necessário que seja obedecido o critério do FATOR DE DEMANDA (FD), onde se utiliza
duas tabelas: A primeira relaciona o consumo em Kilowatts com o FD, para iluminação e tomadas elétricas. A
Segunda relaciona a quantidade de circuitos especiais, como chuveiro elétrico, com o fator de demanda.
Fatores de demanda para iluminação e tomadas Fator de demanda para as tomadas de uso
de uso geral (TUG´S) especial (TUE´S) em relação ao número de
circuitos
Potência (W) Fator de Demanda 1 1,00
0 a 1000 0,86 2 1,00
1001 – 2000 075 3 0,84
2001 – 3000 0,66 4 0,76
3001 – 4000 0,59 5 0,70
4001 – 5000 0,52 6 0,65
5001 – 6000 0,45 7 0,60
6001 – 7000 0,40 8 0,57
7001 – 8000 0,35 9 0,54
8001 – 9000 0,31 10 0,52
9001 – 1000 0,27 11 0,49
Acima de 10000 0,24 12 0,48
13 0,46
14 0,45
15 0,44
16 0,43
17 0,40
18 0,40
19 0,40
20 0,40
21 0,39
22 0,39
23 0,39
24 0,38
25 0,38
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2.4 Divisão de Circuitos e Seção Mínima dos
Condutores
A norma NBR 5410/90 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, determina que os circuitos elétricos de
tomada, iluminação e equipamentos de corrente nominal superior a 10A (1270W em 127V) como chuveiros
elétricos, fornos, etc. devem ter seus circuitos elétricos independentes.
Divide-se uma instalação elétrica em circuitos parciais para facilitar a manutenção, para que a proteção possa
melhor dimensionada e para reduzir as quedas de tensão.
Sabe-se que o disjuntor (ou fusível) é calculado para toda a carga dói circuito. Ora, se temos um só circuito,
teremos um disjuntor de grande capacidade e um pequeno curto-circuito não será percebido por ele.
Entretanto, se tivermos vários circuitos, com vários disjuntores de capacidades menores, aquele curto poderá
ser percebido por um desses disjuntores que desligará somente o circuito parcial onde estiver ocorrendo um
curto-circuito (ver item 4.3).
A seção mínima dos condutores deverá ser especificada de acordo com as referencias abaixo:
Iluminação 1,5mm2
Tomadas de correntes em quartos, salas e similares 2,5mm2
Aquecedor de água (boiler) 2,5mm2
Chuveiro elétrico 4,0mm2
Aparelhos de ar condicionado 2,5mm2
Fogões elétricos 6,0mm2
Nos cordões flexíveis para ligação de aparelhos eletrodomésticos, abajures, lustres e aparelhos semelhantes,
pode ser usado um condutor de 0,75mm2.
Nos circuitos de controle e sinalização (campainha) a bitola do condutor pode ser reduzida até 0,5mm2. Os
circuitos deverão partir de um quadro de distribuição, onde serão instalados os dispositivos de proteção
(independentes para cada circuito).
Quadro de distribuição de circuitos (QDC) é
o centro de distribuição de toda a instalação
elétrica de uma residência.
Modelos de QDC
Como podemos observar, o interruptor tem que resistir a 40.000 mudanças de posição (manobras), com
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tensão e corrente nominal, bornes enclausurados, evitando
contatos acidentais e a resistência a impactos. Tomadas –
10.000 mudanças de posição (inserção e retirada do
plugue), bornes enclausurados, evitando contatos acidentais, resistência a impactos.
Plugues monoblocos – 10.000 mudanças de posição (inserção e retirada da tomada) prensa cabo que não
permite que o cabo solte quando puxado.
Disjuntor – 20.000 mudanças de posição (manobras), sendo 12.000 com corrente e tensão nominal 8.000
em vazio (sem carga), atuação imediata contra curto-circuito.
Cada cômodo de uma residência deverá ter tantas tomadas quantos forem os aparelhos a serem instalados
dentro do mesmo. Uma sala de estar, por exemplo, deve ter tomadas para: televisor, aparelho de som, vídeo,
abajures, enceradeira, etc.
A norma NBR 5410/90 determina as seguintes quantidades mínimas para instalação de tomadas:
Nota: o perímetro de um cômodo, e calculado somando o comprimento de cada lado deste cômodo.
O fio neutro deve estar sempre ligado à boquilha da lâmpada, e o fio fase ao interruptor.
Esta medida evita que você tome choque quando for tocar a lâmpada, mesmo que o interruptor esteja ligado.
T – Terra F – Fase N – Neutro
22
Consideremos um cômodo tem o interruptor ao lado da porta
com uma tomada abaixo dele (a 30cm do piso) e uma
tomada adicional. O fio fase nunca deve ser ligado à
lâmpada e sim ao interruptor. Isto se faz em obediência à norma (NBR5410) que diz que o neutro
nunca deve ser seccionado. Com defeito, se uma instalação em eletrodutos metálicos aterrada houver um
curto circuito, ao energizarmos o circuito, a lâmpada permanecerá acesa, mesmo com o interruptor desligado.
Este curto circuito pode ocorrer quando ao enfiar os fios na tubulação, o fio raspa na entrada do tubo
danificando o isolamento e fazendo o contato e o condutor e o eletroduto.
Esquema de instalação de um sistema “Three Way” para acionamento de uma lâmpada incandescente
É usado quando se deseja usar uma lâmpada, ou conjunto de lâmpadas de mais de dois pontos. Funciona
invertendo as ligações entre dois interruptores no sistema “Three Way” que ficam nas extremidades.
3. Dimensionamento de Condutores
3.1 Tipos de Condutores
Todo metal é condutor de corrente de corrente elétrica. Entretanto, alguns conduzem melhor que outros, ou
seja, alguns oferecem menor resistência à passagem de corrente elétrica.
A resistência de um condutor depende de 4 fatores: material, comprimento, área de seção e temperatura.
Onde: Unidade
R = Resistência Ω
r = Resistividade (varia com o material empregado) Ωmm2/m
L = Comprimento do condutor m
S = Seção (área) transversal do condutor mm2
Nos metais, a resistividade aumenta com a temperatura, sendo essa variação expressa pela formula:
p2 = p1 [1 + αθ2 – θ1)]
sendo p2 a resistividade à temperatura θ2 . p1 a resistividade à temperatura θ1 e α1 o coeficiente de
temperatura relativo a θ1. normalmente a resistividade é referida a 20°C.
A condutividade σ é definida como o inverso da resistividade, sendo medida em siemens por metro (s/m).
1
σ = ( s / m)
P
Os metais mais usados para condução de energia elétrica são:
Cobre – utilizado na fabricação de fios em geral e equipamentos elétricos (chaves, interruptores, tomadas,
etc.);
Resistividade – cobre duro 0,0179 Ωmm2/m a 20°C
cobre recozido 0,0172 Ωmm2/m a 20°C
24
Bronze – liga de cobre e estanho, utilizada em
equipamentos elétricos e linhas de tração elétrica;
Resistividade – bronze silício 0,0246 Ωmm2/m a 20°C
Latão – liga de cobre e zinco, utilizada em aparelhagem elétrica;
Resistividade – aproximadamente a mesma do cobre.
Alumínio – utilizado na fabricação de condutores para linhas e redes por ser mais leve e de custo mais baixo.
Os fios e cabos de alumínio podem ser de:
CA – alumínio puro
CAA – alumínio enrolado sobre um fio ou cabo de aço (alma de aço)
Resistividade – 0,028 Ωmm2/m a 20°C
Os fios e cabos utilizados em instalações elétricas podem ser de alumínio ou cobre, com isolação
normalmente feita por compostos orgânicos.
De acordo com o tipo de isolante utilizado os condutores podem ser:
Características
Tipo de Condutor Isolação
Vo / V t
PVC / A Cloreto de polivinila 0,6 / 1 70
PVC / B Cloreto de polivinila 12 / 20 70
PE Polietileno Termoplástico 12 / 20 70
Borracha Etileno-
EPR 27 / 35 90
Propileno
Polietileno reticulado
XLPE 27 / 35 90
quimicamente
Onde:
De acordo com a construção, os condutores podem ser formados por um único fio sólido, nas seções
menores (até 16mm2), ou por um encordoamento de fios sólidos, formando um cabo. Sobre o condutor assim
formado é aplicada uma camada de isolação, seja por termoplásticos como o PVC e o PE, seja por termofixos
(vulcanização) como o EPR e o XLPE.
È conveniente aqui estabelecer a diferença entre os termos isolação e isolamento.
“Isolação” é um termo qualitativo referindo-se ao produto que cobre o condutor “isolamento” é quantitativo,
referindo-se à tensão para a qual o condutor foi projetado.
Os condutores são construídos em dois tipos: “à prova de tempo” e para instalações embutidas. Os
primeiros só podem ser utilizados em instalações aéreas, uma vez que a sua isolação não tem a resistência
mecânica necessária para a sua instalação em dutos. Os outros podem ser usados em qualquer situação. A
escala de fabricação dos condutores adotada no Brasil é a “serie métrica” onde os condutores são
representados pela sua seção transversal (área) em mm2. Normalmente são fabricados condutores de
0,5mm2 a 500mm2 (para transporte de energia).
As normas brasileiras só admitem, nas instalações residenciais, o uso de condutores de cobre, salvo para o
caso de condutores de aterramento e proteção, que tem especificações próprias.
A NBR – 5410/90 prevê em instalações de baixa tensão o uso de condutores isolados, cabos unipolares,
cabos multipolares, cabos multiplexados e cabos nus. Um condutor isolado é constituído por um fio ou
cabo recoberto apenas por isolação.
25
Cabo isolado por borracha
Cabo múltiplo blindado com trança metálica Cabo múltiplo blindado com fita de alumínio
- Condutores isolados (cabos flexíveis)
Um unipolar é constituído, em sua forma mais simples, por um condutor isolado recoberto por uma
cobertura (também de material isolante, usada para proteger a isolação. Um cabo multipolar é constituído,
em sua forma mais simples, por dois ou mais condutores isolados envolvidos por uma capa interna (de
material isolante, que da a forma redonda a seção do cabo) e com uma cobertura, conforme mostramos na
ilustrações anteriores.
A seguir apresentamos as definições e comentários relativos aos componentes das chamadas “linhas
elétricas”.
Conduto (elétrico) – canalização destinada a conter condutores elétricos. A NBR 5410/90 prevê, nas
instalações elétricas de baixa tensão, o uso de vários tipos de condutos, a saber, (eletrodutos, calhas,
molduras, blocos alveolados, canaletas, bandejas, escadas para cabos, poços e galerias).
Linha elétrica – conjunto constituído por um ou mais condutores, com os elementos de sua fixação e
suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, destinado a transportar energia elétrica ou a transmitir
sinais elétricos. As linhas elétricas podem ser constituídas apenas por condutores com os respectivos
elementos de fixação e/ou de suporte, como é o caso de condutores fixados em paredes ou tetos e de
condutores fixados sobre isoladores (em postes ou mesmo em paredes ou tetos). Podem também ser
constituídos por condutores contidos em condutos.
Eletroduto – elemento de linha elétrica fechada, de seção circular ou não, destinado a conter produtos
elétricos, permitindo tanto a enfiação, como a retirada destes por puxamento. Na pratica o termo se refere
tanto ao elemento (tubo), como ao conduto formado por diversos tubos. Os eletrodutos podem ser
27
metálicos (aço, alumínio) ou de material isolante (PVC,
polietileno, fibra-cimento, ferro, etc.), são usados em
linhas elétricas embutidas ou aparentes. Deve ser
evitado o uso do termo conduite.
Os eletrodutos podem ser rígidos, curváveis, transversalmente elásticos ou flexíveis, como definimos a seguir.
Eletroduto rígido – eletroduto que não pode ser curvado, a não ser com ajuda mecânica.
Eletroduto curvável – eletroduto que pode ser curvado com a mão, usando uma força razoável, mas
sem qualquer outra ajuda.
Eletroduto transversalmente elástico – eletroduto curvável que, deformado sob ação de uma força
transversal aplicada durante um curto intervalo de tempo, retoma sua forma original logo após a cessação
da força.
Eletroduto flexível – eletroduto curvável que pode ser dobrado com a mão, com uma força
razoavelmente reduzida, mas sem a ajuda de um outro meio e que é destinado a ser frequentemente
dobrado em serviço.
Numa linha elétrica constituída por condutores contidos em eletrodutos encontra-se alem das curvas (de 45°
e 90°), usadas como eletrodutos rígidos, caixas de derivação (também usadas em linhas com calhas e
molduras), conduletes, luvas, buchas, arruelas e boxes, como definimos a seguir.
Caixa de derivação – caixa (metálica ou isolante) utilizada para passagem e/ou ligação de condutores
entre si e/ou com dispositivos nela instalados, tais como interruptores e tomadas de corrente.
Condulete – caixa de derivação usada em linha aparente e dotada de tampa própria.
Luva – peça cilíndrica rosqueada internamente, usada em eletrodutos rígidos destinada a unir dois tubos
ou um tubo e uma curva.
Bucha – peça de arremate das extremidades dos eletrodutos rígidos, instalada na parte interna da caixa
de derivação, destina-se a evitar danos à isolação dos condutores por eventuais rebarbas, durante o
puxamento.
Arruela – peça rosqueada internamente (porca), colocada na parte externa da caixa de derivação,
complementando a fixação do eletroduto a caixa.
Box – peça destinada a fixar um eletroduto flexível a uma caixa de derivação ou a um eletroduto rígido.
Duto – eletroduto utilizado em linhas subterrâneas.
Calha – conduto fechado utilizado em linhas aparentes, com tampas desmontáveis em toda a sua
extensão, para permitir a instalação e a remoção de condutores.
As calhas podem ser metálicas (aço, alumínio) ou isolantes (plásticos) suas paredes podem ser maciças ou
perfuradas e a tampa pode ser simplesmente encaixada ou fixada com auxilio de ferramenta.
Canaleta – conduto com tampas, ao nível do solo, removíveis e instaladas em toda sua extensão,
podendo ser maciças e/ou ventiladas.
Bandeja – suporte de cabos constituído por uma base continua com rebordos e sem cobertura, podendo
ou não ser perfurada; é considerada perfurada se a superfície retirada da base for superior a 30% do
total.
Escada para cabos – suporte constituído por uma base descontinua, formada por travessas ligadas a
duas longarinas longitudinais, sem cobertura. As travessas devem ocupar menos de 10% da área total da
base.
As bandejas, bem como as escadas para cabos, são em geral metálicas (aço, alumínio).
Os termos “leito de (para) cabos” e “eletrocalha”, ambos não constantes da terminologia oficial, e usado
muitas vezes para designar bandejas ou escadas para cabos, devem ser retirados.
28
A Norma NBR 5410/90 define, para a determinação da
seção dos condutores, dois critérios básicos a serem
observados:
Após a analise, observados os dois critérios separadamente, deverá ser adotado o resultado que levou ao
condutor de maior seção.
Observe que a seção mínima admissível, para instalações prediais, é aquela definida no item 2.4, portanto,
caso chegue a um condutor mais fino do que aquele, deverá ser adotado o fio ali indicado.
A seção dos condutores só poderá ser inferior a 1,5mm2 nos seguintes casos:
Nos cordões flexíveis para a ligação de aparelhos domésticos e aparelhos de iluminação (nas ligações
internas dos lustres), a seção dos condutores poderá ser reduzida, de acordo com a potência exigida, ate
0,75mm2;
Nos circuitos de sinalização e controle (campainhas, etc.) onde poderão ser utilizados condutores de
0,5mm2.
Nos casos de redução da seção, os dispositivos de proteção deverão estar dimensionados de forma a operar
(abrir o circuito), no caso de um defeito, antes de causar danos aos condutores.
29
Eletrodutos aparentes ou embutidos em
Ao ar livre
alvenaria, pisos, lajes, paredes
Seção Nominal mm2
2 condutores 3 condutores 2 condutores 3 condutores
carregados carregados carregados carregados
1,0 13,5 12,0 15,0 13,5
1,5 17,5 15,5 22,0 18,5
2,5 24,0 21,0 30,0 25,0
4,0 32,0 28,0 40,0 34,0
6,0 41,0 36,0 51,0 43,0
10,0 57,0 50,0 70,0 60,0
16,0 76,0 68,0 94,0 80,0
25,0 101,0 89,0 115,0 101,0
35,0 125,0 111,0 148,0 126,0
50,0 151,0 134,0 181,0 153,0
70,0 192,0 171,0 232,0 196,0
95,0 232,0 207,0 282,0 238,0
120,0 269,0 239,0 328,0 276,0
Condutores de cobre com isolamento de PVC, temperatura 70°C no condutor
Quando o número de condutores instalados no mesmo eletroduto for superior a 3 e/ou a temperatura
ambiente for superior a 30°C os valores da tabela de limites de condução de corrente (coluna “2 condutores
carregados”) deverão ser multiplicados pelos seguintes fatores de redução indicados:
O número de condutores a considerar num circuito é o dos condutores efetivamente percorridos por
correntes. Assim temos:
30
Notas:
1. Quando num circuito trifásico com neutro as correntes
são consideradas equilibradas, o condutor neutro não deve
ser computado, considerando-se, portanto, 3 condutores carregados.
2. Serão aplicados simultaneamente os dois fatores (temperatura e número de condutores) quando as duas
condições se verificarem ao mesmo tempo.
Exemplo:
Determinar o condutor capaz de transportar, com segurança, uma corrente de 35 A nos três casos indicados
a seguir:
a - dois condutores instalados em eletroduto e temperatura ambiente de 30º C;
b - seis condutores instalados em eletroduto e temperatura ambiente de 30º C;
c – seis condutores instalados em eletroduto e temperatura ambiente de 45°C.
35A
I= = 63,6A
0,55
Consultando agora a mesma tabela, verifica-se que é necessária a utilização do fio de 16mm2 (poderia ser
feita também a multiplicação do fator de redução pelos valores tabelados, ate se obter um número compatível
com a corrente a ser transportada, entretanto, este método é mais trabalhoso);
35A 35A
I= = = 80,5A
0,55 x 0,79 0,435
Consultando agora a tabela, ainda na mesma coluna verifica-se que o condutor apropriado é o de 25mm2.
Ao final deste volume encontra-se uma tabela para condutores em eletrodutos, na qual já foram considerados
os fatores de redução relacionados ao número de condutores.
A B
V (tensão)
A resistência dos condutores depende de uma serie de fatores, tais como, qualidade do material, espessura
do fio, temperatura de trabalho, freqüência da rede, etc.
Na tabela, anexa, de características dos condutores, encontra-se os valores de resistência dos tipos mais
comuns de condutores utilizados em instalações prediais.
A queda de tensão é, normalmente, expressa em percentagem (%) e seu valor é calculado da seguinte
maneira:
32
U de entrada = 100V
∆U na carga = 10V
U na carga = 1000 – 10 = 90V
A queda de tensão:
100 – 90 x 100
∆U (%) = = 10%
100
A NBR 5410/90 determina que a queda de tensão entre a origem de uma instalação e qualquer ponto de
utilização não deve ser maior que 4% para as instalações alimentadas diretamente por um ramal de baixa
tensão a partir de uma rede de distribuição pública de baixa tensão.
Esses 4% de queda de tensão admissíveis serão assim distribuídos:
O calculo da queda de tensão através dos dados do circuito é relativamente complexo, envolvendo fatores
que nem sempre estão definidos no mesmo.
Para maior facilidade foram organizadas tabelas que, para uma dada tensão aplicada ao circuito (U de
entrada) e considerando-se a queda de tensão admissível (%), dão os valores do momento elétrico para cada
condutor.
Momento elétrico (Me) é igual ao produto da corrente (A) que passa pelo condutor, pela distancia, (m) desde
o ponto de entrada de energia ate o final do circuito:
Me = A.m
As tabelas a seguir foram calculadas para condutores com isolamento em PVC/70°C. para instalações
elétricas e em eletrodutos.
33
1 37 74 149 65 130 259 76 152 304
1,5 55 110 221 96 192 383 110 220 440
2,5 91 182 363 157 314 628 183 366 733
4 146 292 584 253 506 1012 293 586 1173
6 219 438 876 379 758 1517 431 862 1725
10 363 726 1451 395 790 1581 733 1466 2933
16 552 1104 2208 957 1914 3867 1128 2256 4513
25 847 1694 3386 1467 2934 5867 1732 3464 6929
35 1146 2292 4586 2000 4000 8000 2316 4632 9263
50 1530 3060 6121 2651 5302 10603 3056 6112 12223
70 2082 4164 8328 3607 7214 14427 4151 8302 16604
95 2702 5404 10809 4681 9362 18724 5366 10732 21464
A – determinar a bitola dos condutores aéreos a serem ligados a uma carga trifásica situada a 130m de
distancia e cuja corrente é de 20A, sabendo-se que a tensão do circuito é de 220V e a queda de tensão não
pode ultrapassar a 4%.
Solução:
Solução:
Como o momento elétrico calculado (2600A.m) é menor que o do circuito utilizado (2664A.m) a queda de
tensão será menor e, para determinar o seu valor, basta realizar uma regra de três:
Me do cond. 2664A.m V% = 4%
Me calculado 2600A.m V% = ?
2600 x 4
∆V% = = 3,90%
2664
Exemplo 1:
Uma residência, com carga a seguir, deverá ser alimentada através de uma rede monofásica de 127V.
Dimensionar e escolher os condutores para o ramal aéreo de 5m.
Carga da residência:
RAMAL
1 chuveiro: 4400W
10 lâmpadas de 60W 600W
1 ferro elétrico: 1000W 5m
1 TV: 100W
Outros: 600W
Total: 6700W
Calculo da corrente:
W 6700
I= I= = 52.8A
U 127
Consultando a tabela de momentos elétricos (127V – 1%), verifica-se que o fio indicado é o de 10mm2.
Consultando a tabela de limites de condução de corrente, verifica-se que a corrente máxima admissível para
o fio de 10mnm2, em instalação ao ar livre (2 condutores carregados) é de 70A, portanto, superior a 52.8A,
que é a corrente que a instalação irá apresentar, calculada acima. Desta forma, o fio 10mm2 satisfaz
perfeitamente.
Resposta: 10m de fio de 10mm2, com isolamento a prova de tempo.
Exemplo 2:
Uma instalação de carga trifásica, de 14kW, 220V, deve ser ligada a partir do QDC, por um alimentador
situado a 10m de distancia, devendo a fiação ser instalada em um eletroduto. Dimensionar os condutores.
∆U = 2%
Carga: 14kW = 14000W c
10m
Calculo da corrente:
W 14000
I= I= = 36.8A
√3 x U √3 x 200
Consultando a tabela “condutores em eletrodutos” do momento elétrico, verificamos que o fio indicado é o de
4,0mm2. Entretanto, pela tabela de limites de condução de corrente, a corrente máxima admissível para o fio
de 4,0mm2 instalado em eletroduto é de 28A. Para a corrente calculada (36.8A) deveremos utilizar o fio de
10mm2, cuja corrente máxima admissível é de 50A.
Resposta: 30m de fio de 10mm2.
Exercícios
1 – Determinar o condutor capaz de transportar ema corrente de 50A nos 3 casos a seguir:
2 – Determinar a bitola dos condutores aéreos a serem ligados a uma carga trifásica localizada a 80m de
distancia e cuja corrente é de 15A. Sabe-se que a tensão é de 220V e a queda de tensão não pode
ultrapassar 4%.
3 – Dimensionar os condutores que deverão atender uma instalação com uma carga trifásica de 20kW, 220V.
A carga deverá ser ligada a um alimentador situado a 18m de distancia devendo a fiação ser instalada em
eletroduto. Queda de tensão máxima de 1%.
ALIM.
18m
O neutro;
O aterramento.
4.1.1 O Neutro
36
O condutor neutro é o elemento do circuito que estabelece o
equilíbrio de todo o sistema, assim, o mesmo não poderá
ser seccionado por chaves, fusíveis ou de qualquer outra
forma.
O neutro, como sabemos, é aterrado. Se a tubulação for metálica e aterrada, haverá um ponto comum
entre a tubulação e o condutor neutro. Se houver uma passagem de corrente (fio desencapado) entre o
condutor e a tubulação, conforme o indicado em A, quando desligarmos a lâmpada, o circuito se fará
entre os pontos A, B e C, mantendo-a acesa.
Devera haver um condutor neutro para cada circuito parcial, partindo do quadro de distribuição.
4.1.2 O Aterramento
Denomina-se aterramento a ligação intencional com a terra, isto é, com a massa condutora da Terra.
Todo equipamento elétrico devera, por razões de segurança, ter o seu corpo aterrado. Também as
instalações (eletrodutos metálicos, caixas, quadros de derivação, etc.) deverão ser bem aterradas.
Isto é necessário porque poderá haver circulação de corrente entre a parte elétrica e a parte mecânica do
aparelho (o caso mais comum é o do fio desencapado encostado na estrutura). Estando o aparelho aterrado
esta corrente será desviada para a terra e poderá operar o dispositivo de proteção do circuito, mas se o
aparelho não estiver aterrado, o caminho mais fácil para esta corrente poderá ser o corpo do próprio
operador, causando danos às vezes irreparáveis.
Dois são os tipos de aterramento a considerar:
Um sistema aterrado possui o neutro ou outro condutor intencionalmente ligado a terra, diretamente ou
através de uma impedância (resistência ou reatância).
O aterramento de um equipamento de uma instalação elétrica consiste na ligação a terra, através dos
condutores de proteção, de todas as massas (condutos metálicos, armações de cabos, carcaças de motores,
caixas metálicas de equipamentos, etc.) e dos elementos condutores estranhos a instalação.
Algumas maquinas elétricas portáteis vem com uma tomada de 3 pinos (um para aterramento), sendo comum
colocar um adaptador que elimina o pino de aterramento. Isto não deve ser feito porque o aterramento, como
foi dito anteriormente, evita que o operador venha a se acidentar quando utilizar o aparelho.
Os aterramentos são efetuados com eletrodos de aterramento que podem ser: hastes, perfis, barras, cabos
nus, fitas, etc. O termo eletrodo refere-se sempre ao condutor ou ao conjunto de condutores em contato com
a terra e, portanto, abrange desde uma simples haste isolada até uma completa “malha de aterramento”,
constituída pela associação de hastes com cabos.
O “padrão” devera ser aterrado através de haste de terra de comprimento não inferior a 2,4m observadas as
instruções da Norma ND – 5.1 – “Fornecimento em Tensão Secundária – Rede de Distribuição Aérea”.
37
4.2 Distúrbios nas Instalações Elétricas
Os principais distúrbios de natureza elétrica que podem ocorrer em uma instalação são:
Proteção Carga
Fugas de corrente:
Se numa instalação uma fase estiver mal isolada e fizer contato com a terra (a tubulação, por exemplo), por
esse ponto fluirá uma corrente de fuga que poderá causar problemas a instalação.
Se, por exemplo, numa instalação tivermos uma fuga de corrente entre a proteção e a carga, a corrente de
fuga se somara a corrente de carga e poderá fazer com que a proteção atue, desligando o circuito.
Para verificarmos se existem fugas de corrente em uma instalação devemos desligar todos os equipamentos
elétricos ligados ao circuito e verificar se circula, ainda, alguma corrente (isto pode ser feito através do próprio
medidor de energia). Verifique se o disco do medidor continua girando. Se estiver, é porque existe fuga de
corrente na instalação elétrica.
Procedendo desta maneira e desligando os circuitos parciais gradualmente, conseguimos determinar em qual
circuito e em que ponto esta acontecendo a fuga.
Uma das causas mais comuns de fugas são as emendas, por isso não se deve passar em uma tubulação fios
emendados, as emendas deverão ser feitas nas caixas próprias e deverão ser isoladas. Também deverão ser
verificados os bornes de ligação dos aparelhos e equipamentos, para evitar a possibilidade de contato com
partes metálicas.
Perdas:
As perdas de energia se caracterizam por só surgirem quando há carga ligada ao circuito, ou seja, quando há
circulação de corrente. Assim, quando circula por um condutor uma corrente, o mesmo aquece e o calor
despendido por ele será a perda, que é igual a R x I2 (R = resistência ao condutor). Quando a queda de
tensão R x I for superior ao limite admissível, deve-se redimensionar o condutor para evitar que a perda assim
provocada tenha valor significativo.
Quando os terminais de um aparelho não estiverem firmemente ligados ao circuito, poderá haver um
faiscamento, com conseqüente produção de calor e, portanto, perda de energia.
Sobrecarga:
Se ligarmos a um circuito cargas acima do limite para o qual o mesmo foi dimensionado, a sobrecorrente que
circulara, produzira perdas e danificara os equipamentos (interruptores, tomadas, etc.) existentes e, se a
proteção não estiver bem dimensionada poderá criar problemas como perdas de energia, queda de tensão,
mal funcionamento dos aparelhos ligados ao circuito. A solução, neste caso, seria: ou retirar as cargas em
excesso ou redimensionar o circuito.
O curto – circuito é como o próprio nome indica um caminho mais curto (ou mais fácil) para a corrente elétrica.
38
V Carga
Na primeira figura a corrente que circulava pela carga, passa a circular pelo ponto onde houve o curto –
circuito; na segunda figura, a corrente que circulava pelas duas lâmpadas colocadas em serie, passa somente
a circular somente pela segunda lâmpada, como indicam as setas. Em ambos os casos, a corrente passou a
circular pelo caminho de menor resistência.
A corrente de um circuito é determinada pela expressão I = U / R, assim a corrente de curto – circuito tem o
seu valor limitado pela resistência do circuito por onde ela passa (resistência dos condutores, resistências dos
contatos e das conexões, etc.).
No circuito da figura anterior, se a instalação fosse feita com fio de 0,5mm2, cuja resistência é igual a
27,8Ω/km, tem-se:
Icc = U / R
Esse valor de curto – circuito para o cabo de 0,5mm2 implica na sua fusão com os riscos de incêndio.
Deve-se observar que os efeitos elétricos de um curto – circuito só atinge a região entre o local do curto e a
fonte de energia. Assim, um curto – circuito na rede de distribuição da rua, não atinge a instalação elétrica do
consumidor.
Para se evitar a possibilidade de curto – circuito deve-se manter a instalação sempre em bom estado,
evitando-se emendas malfeitas, ligações frouxas, etc. Também, o dispositivo de proteção deverá estar bem
dimensionado, a fim de, quando ocorrer o curto – circuito, ser desligada a energia elétrica.
- Fusíveis
São elementos de proteção contra curto – circuitos. O elemento fusível é constituído de um material mais
fraco do que o circuito onde o mesmo esta ligado e quando ocorre o curto – circuito a corrente circulante
provoca o aquecimento e consequentemente, a fusão do elemento fusível interrompendo o circuito. Se
39
lançarmos em um gráfico o tempo que o fusível gasta para
abrir um circuito para determinados valores de corrente,
teremos a curva “Tempo x Corrente” do mesmo. Os
fabricantes de fusíveis fornecem estas curvas, em catálogos de seus produtos, de tal maneira que
podemos especificar a proteção de um circuito através das mesmas.
- Disjuntores
São dispositivos “termomagnéticos” que fazem a proteção de uma instalação contra um curto – circuito e
contra sobrecargas.
Componentes de um disjuntor de proteção
- Contato fixo
- Contato móvel
- Corpo ou encapsulamento isolante
- Mola
- Trava
Acionador
a) disparador térmico – consiste em uma lâmpada bimetálica (dois metais de coeficientes de dilatação
diferentes), que ao ser percorrida por uma corrente elevada aquece e entorta, destravando a alavanca do
contato móvel, que é puxado pela mola, desligando o circuito.
b) disparador magnético – é formado por uma bobina intercalada ao circuito, que ao ser percorrida por uma
corrente, atrai a trava, liberando a alavanca do contato móvel.
A combinação dos disparadores protege o circuito contra correntes de alta intensidade e de curta duração,
que são as correntes de curto – circuito (disparador magnético) e contra as correntes de sobrecarga
(disparador térmico).
Uma das vantagens evidentes do disjuntor sobre o fusível é a durabilidade (quando o mesmo opera,
desligando o circuito, basta liga-lo novamente). Em contrapartida o seu preço é mais elevado que o do fusível.
As curvas “tempo x corrente” dos disjuntores são semelhantes as dos fusíveis e também são fornecidas pelo
fabricante. Características de atuação com partida a frio a uma temperatura ambiente de θ a = 20°C.
Disjuntores de 10 a 60A.
Características de atuação com partida a frio a uma temperatura ambiente de θ a = 40°C. Disjuntores de 70 a
100A.
I = corrente efetiva
IN = corrente nominal do disjuntor
Observações:
Os fusíveis e disjuntores deverão ser instalados em painéis, de tal forma que se possa identificar
rapidamente qual o equipamento desligado;
Os fusíveis queimados deverão ser substituídos por outros iguais e nunca “consertados”. Isso porque se o
40
fusível for substituído por outro de capacidade maior,
poderá causar danos ao circuito que ele esta
protegendo;
Nos dispositivos porta – fusíveis só poderão ser colocados os fusíveis de capacidade
recomendada e nunca de capacidade superior.
Numa instalação, os dispositivos de proteção (disjuntores, fusíveis, etc.) têm por finalidade principal proteger
os condutores dos respectivos circuitos contra sobrecargas (correntes de sobrecarga e correntes de curto –
circuito) e, por extensão, os equipamentos de utilização ligados ao circuito. Nessas condições, tais
dispositivos devem ser dimensionados de acordo com os dispositivos e condutores a proteger. A proteção de
uma instalação deverá ser coordenada de tal forma que atuem em primeiro lugar as proteções mais próximas
às cargas e as demais seguindo a seqüência. Caso contrário um problema em um ponto da instalação poderá
ocasionar uma interrupção no fornecimento geral de energia. Assim, não poderemos ter no quadro de
distribuição de um circuito de uma residência disjuntores de 50A, se o disjuntor geral instalado no “padrão” for
de 40A. Nas instalações residenciais são usados em geral disjuntores em caixa moldada, calibrados a 20 ou
40°C, instalados em quadro de distribuição. Neles a temperatura ambiente (interna) é geralmente superior a
do local onde estão instalados os condutores; como regra básica admiti-se uma diferença de 10°C. Assim, se
os condutores forem considerados a 30°C, o quadro será considerado a 40°C. A tabela a seguir da as
correntes nominais dos disjuntores que atendem à NBR 5361 em função de temperatura ambiente. A tabela
abaixo nos informa, por exemplo, que um disjuntor unipolar de 30A, que é calibrado a 20°C, se instalado num
quadro a 40°C atuará a partir de 27A. Por outro lado, um disjuntor tripolar de 70A, que é calibrado a 40°C, se
instalado num quadro de 30°C, atuará a partir de 72,8A e se instalado num quadro a 50°C, a partir de 67,9A.
Entende-se por contato direto o contato acidental, seja por falha do isolamento, por ruptura ou remoção
indevida de partes isolantes, ou por atitude imprudente de uma pessoa com uma parte elétrica normalmente
energizada (parte viva).
Exemplo: uma pessoa em contato com um fio energizado e desencapado.
É o contato entre uma pessoa e uma parte metálica de uma instalação ou de um componente normalmente
sem tensão, mas que pode ficar energizada por falha de isolamento ou por uma falha interna (curto). É
perigoso, em particular, porque o usuário não suspeita de energização acidental e não esta em condições de
evitar um acidente.
Exemplo: encostar-se à carcaça de uma maquina de lavar.
Vamos imaginar a parte hidráulica de uma residência, que é composta por encanamentos, joelhos,
derivações, torneiras, etc. Em condições normais a água circulará pelos canos ate a torneira, mas se ocorrer
um vazamento, um pouco de água se perderá pelo caminho, ou seja, ocorrerá uma fuga de água do
encanamento. Podemos fazer uma analogia com o circuito elétrico e concluir que a fuga de corrente é uma
perda de energia devido a uma falha no isolamento da instalação ou por uma falha interna nos equipamentos.
Esta fuga de corrente é prejudicial porque pode causar curto – circuitos, perda desnecessária de energia,
choque elétrico e incêndios. O efeito do choque elétrico nas pessoas e animais pode causar conseqüências
graves e irreversíveis, como parada cardíaca e respiratória. Causa o efeito tetanização, onde os músculos se
contraem e as pessoas ou animais ficam “agarrados” não conseguindo se soltar. Podemos verificar que se
uma pessoa for vitima de um choque de 50mA em 2s, estará sujeita a efeitos fisiológicos irreversíveis, como
fibrilação cardíaca e parada respiratória (Conforme Zona 4). Na NBR 5410/90 foi destacada e ampliada e
proteção contra choques elétricos, com o objetivo de tornar cada vez mais seguras e confiáveis às
instalações elétricas de baixa tensão.
A proteção contra choques elétricos poderá ser feita através de DISPOSITIVOS DIFERENCIAIS RESIDUAIS
– DR.
Mas, afinal, o que é um DR?
Dispositivos Diferenciais Residuais são equipamentos que garantem a qualidade da instalação, pois tais
dispositivos não admitem correntes de fugas excessivas, o que por outro lado, contribui pela redução das
perdas, para a conservação da energia das instalações.
Os DR’s podem ser de acordo com as funções:
São dispositivos que protegem contra sobrecargas, curtos – circuitos, fugas de corrente, choque elétrico e
incêndios de origem elétrica, salvando vidas. Esses equipamentos possuem disjuntores acoplados ao
Diferencial, portanto fazem também a proteção das instalações.
Proteção de aparelhos: O neutro passa por dentro dos DR’s se o condutor de proteção (PE) não passa pelo
equipamento. O condutor PE não é seccionado. Devemos estar atentos para algumas observações na
instalação para o correto funcionamento.
Atenção: em nenhum caso interligar o terra ao neutro após o DR.
Torneiras elétricas ou chuveiros com carcaça metálica e resistência nua, apresentam geralmente fugas
de corrente elevadas que não permitem que o DISPOSITIVO DIFERENCIAL RESIDUAL fique ligado.
Isto significa que estes equipamentos de resistência nua, representem um risco a segurança do usuário e
devem ser substituídos por um com carcaça plástica ou com resistência blindada, ou seja, utilizar o DR
apenas com chuveiros de carcaça de plástico ou resistência blindada.
Banheiras de hidromassagem – devem utilizar os DR’s nos aquecedores com resistência blindada.
Nas instalações já existentes podemos instalar já nos quadros de distribuição tanto o DDR quanto o IDR,
ligado aos disjuntores conforme configuração da tabela passada.
É bom lembrar que o quadro de distribuição normalmente está com sua capacidade física quase no limite,
não sobrando espaço físico. Portanto, o IDR, por ter uma dimensão menor, é o mais viável. Os DR’s ocupam
normalmente no quadro de distribuição um espaço de três disjuntores, ou de um disjuntor tripolar (DR com
sensibilidade de 30mA). Existem disjuntores diferenciais residuais que ocupam um espaço de 5 disjuntores.
Ele deve ser instalado no quadro de distribuição de circuitos, no lugar da chave geral ou em serie com a
mesma.
Nesta situação, se houver qualquer problema de fuga de corrente, o DDR ou IDR atuam, desligando todo o
circuito, não há seletividade.
Para obter seletividade, deve-se colocar um DDR ou IDR para cada circuito.
Nas instalações a projetar (não executadas), pode-se fazer uma seletividade nos circuitos mais críticos, como
por exemplos: circuitos do chuveiro, da área de serviço, cozinha, e banheiras de hidromassagem, etc.
Projeta-se um quadro maior e instala-se um DR para cada circuito escolhido.
Obs.: o mais utilizado é um DR para todos os circuitos.
Para a instalação dos DR’s é necessário que exista um aterramento na instalação e o fio terra não passe pelo
equipamento (ao contrario do neutro), conforme a configuração dada no item anterior.
As sensibilidades dos DR’s são de 30mA, 300mA e 500mA.
Os de 30mA são chamados de alta sensibilidade e protegem as pessoas e animais contra choques elétricos,
além de proteger contra incêndios de origem elétrica, trazendo segurança e economia para o usuário.
Já as sensibilidades de 300mA e 500mA, protegem as instalações contra fugas de correntes excessivas e
incêndios de origem elétrica trazendo economia para o usuário, estes DR’s ocupam um espaço de 8
disjuntores no quadro de distribuição.
Para calcular qual o DDR a ser utilizado, é só verificar a corrente total do circuito.
Por exemplo:
1) quadro geral (somatório das correntes de todos os circuitos) com 60A = DDR de 60A
2) chuveiro 35A = DDR de 35A
3) se tivermos uma corrente de 50A, pois o IDR protege apenas contra fugas de corrente. A proteção
contra sobrecargas e curto – circuitos, fica por conta do disjuntor.
43
Enfim, o DDR e o IDR são equipamentos de suma
importância que devem estar sempre presentes na
instalação elétrica, conforme a NBR 5410/90, para garantir a
qualidade e segurança, controlando o isolamento da instalação, impedindo o desperdício de
energia por fuga excessiva de corrente e salvando vidas.
Exercícios:
1) Calcular a corrente do circuito que deverá alimentar 3 tomadas especiais de 600VA e 1 tomada de 100VA
em uma cozinha. Dimensionar a proteção a ser utilizada sabendo-se que a tensão é de 127V.
2) Dimensionar a proteção necessária para proteger um circuito elétrico dos seguintes elementos:
Projetar uma instalação elétrica de uma edificação predial ou industrial consiste em:
· Quantificar e determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de energia elétrica;
· Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e condutos;
· Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de proteção, de comando, de medição de
energia elétrica e demais acessórios.
Partes componentes de um projeto elétrico: O projeto é a representação escrita da instalação e deve conter
no mínimo:
· Plantas;
· Esquemas (unifilares e outros que se façam necessários);
· Detalhes de montagem, quando necessários;
· Memorial descritivo;
· Memória de cálculo (dimensionamento de condutores, condutos e proteções);
· ART. Atestado de Responsabilidade técnica
5.2 O Traçado do Diagrama – Convenções
Para facilitar o entendimento do projeto, é necessário traçar-se um diagrama com a disposição física dos
elementos da instalação. Neste diagrama deverão ser anotados todos os detalhes necessários a perfeita
execução do mesmo, utilizando-se as convenções definidas pela NBR 5410.
Total (VA)
Varanda
Garagem
Total (VA)
Sala
45
Banho social
Quarto 1
Quarto 2
Quarto 3
Banho suíte
Total (VA)
Deposito
46
Área de serviço
Cozinha
Corredor
Alem destas cargas deverá ser considerada, ainda, a carga de dois chuveiros elétricos, de aproximadamente
4400W para cada um.
Com base no item 2.4, a instalação deverá ser dividida em dois circuitos de iluminação, dois circuitos para
tomadas comuns, um circuito para tomadas especiais da cozinha e área de serviço e dois circuitos para
chuveiro elétrico, somando 7 circuitos, assim distribuídos:
Totais
Circuito 1 (iluminação)
Varanda 100VA
Garagem 80VA
Sala 600VA
Banho social 120VA
Cozinha 53VA
Área de serviço 53VA
Deposito 27VA 1033VA
Totais
Circuito 2 (iluminação)
Quarto 1 200VA
Quarto 2 200VA
Quarto 3 220VA
Banho suíte 120VA
Corredor 100VA 840VA
Quarto 1 300VA
Quarto 2 300VA
Quarto 3 300VA
Banho suíte 100VA
Sala 100VA 1100VA
Cozinha 1200VA
Área de serviço 600VA 1800VA
Totais (VA)
Circuito 7 (chuveiro elétrico)
o traçado do circuito deverá, sempre que possível, seguir o caminho mais curto, evitando-se o retorno
dos condutores no sentido do QDC;
a interligação entre os diversos trechos dos circuitos, sempre deverá ser feita através das caixas para
luminárias, situadas no teto (lembrando-se que estas caixas são feitas, normalmente, com oito furos, de
duas dimensões diferentes);
o cruzamento entre os eletrodutos deve ser evitado, para não comprometer a rigidez estrutural da lage;
a distancia máxima entre duas caixas consecutivas não deverá ultrapassar 15m nos trechos retos. Esta
distancia deverá ser reduzida para 3m para cada curva de 90° intercalada no trecho
48
Nesta ocasião deverão ser lançados também os
interruptores e demais elementos necessários, tais como as
campainhas e os condutores que passarão em cada trecho do circuito. Caso passem pelo mesmo
eletroduto condutores de dois ou mais circuitos diferentes, os mesmos deverão ser identificados.
Exercício: Executar o traçado de cada circuito a fim de fazer a conexão com o distribuidor geral
Para a determinação de seção dos condutores a serem usados, deve-se calcular a corrente circulante em
cada trecho do circuito e medir o comprimento dos mesmos e, depois, pelos dois processos já vistos
(momento elétrico e máxima corrente admissíveis), verificar qual o fio indicado. Devem ser considerados
ainda os condutores mínimos especificados por norma para cada tipo de instalação (ver item 2.4). O calculo
das correntes é feito a partindo-se do ponto mais distante do quadro de distribuição e somando-se os valores,
à medida que se aproxima do mesmo. Assim, no primeiro trecho do circuito, ou seja, entre o QDC e a primeira
luminária, deverá ser considerada a corrente de todas as cargas do circuito. É conveniente, antes de começar
os cálculos, fazer uma tabela com os valores das correntes das cargas de trecho do circuito para evitar que, a
todo o momento, seja necessário calcular novamente valor já existente. Assim tem-se:
Deve-se lembrar que, nos circuitos residenciais monofásicos, todos os condutores instalados em um
eletroduto devem ser considerados como condutores carregados. Ao tomar as medidas de comprimento dos
circuitos, não pode ser esquecido o trecho do fio que é vertical e, portanto, na aparece no desenho. Por
exemplo, na ligação de uma tomada baixa ( ≅ 30cm), para o “pé direito” igual a 3m devem ser acrescidos
mais 2,70m (3,00 – 0,30) de fiação. Para facilitar o entendimento e o calculo, usa-se desenhar o diagrama por
partes, cada circuito separadamente.
Neste desenho, colocam-se somente as cargas do circuito, deixando de fora toda a parte de comando
(interruptores) e o circuito da campainha, que deve ser feito com fio de 0,5mm2.
Exercício: Desenhar um único traçado, com todos os cômodos e as respectivas correntes e potências de
consumo:
Para acompanhar o processo de calculo, tome como exemplo o trecho que vai desde o QDC até a luminária
da varanda. No primeiro trecho, que vai da luminária da sala até a luminária da varanda, a corrente circulante
é de 0,79 A, sendo a distancia entre as luminárias, igual a 3,5m: o momento elétrico resultante será de
2,77ª.m (0,79A x 3,5m). O condutor mínimo admissível por norma para esta situação é o de 1,5mm2 que, para
o caso de 2 condutores no eletroduto, admite uma corrente máxima de 17,5 A, superior aquela calculada. O
momento elétrico deste condutor, para uma queda de tensão de 2% em que 127V é de 110 A.m, também
superior ao valor calculado. Assim sendo, deve ser adotado para esse trecho, condutor de 1,5mm2 de
49
seção (normalmente indica-se #1,5 ou deixa-se sem
qualquer indicação por se tratar do condutor mínimo
admissível). Quando considerado o ultimo trecho, a corrente
circulante será a soma de todas as correntes que chegam a luminária mais a corrente da própria
luminária (8,13A): a distância considerada será a do QDC ao teto (1,5m) mais a distância até a luminária
(2,5m). Fazendo os cálculos e considerando 8 condutores carregados (corrente máxima admissível = 8,75 A),
verifica-se que o condutor é de seção 1,5mm2.
Como já citado anteriormente, a queda de tensão máxima admissível a partir do QDC é de 2%. Para se fazer
a verificação é necessário calcular essa queda de tensão total em todos os ramos do circuito (a partir do
QDC). Entretanto, a pratica recomenda fazer esse calculo somente para os maiores trechos, ou seja, trechos
de maior carga. Se não forem ultrapassados os limites, entende-se por analogia, que os limites nos outros
ramais também não serão ultrapassados. Para o calculo dos condutores, deve-se começar pelo ponto mais
distante em relação ao QDC para que se possa levantar a corrente total do circuito, que percorre o seu
tronco. Assim, podemos avaliar as quedas de tensão.
Exemplos de cálculos:
Os cálculos dos outros circuitos são feitos usando a mesma metodologia do circuito 1, de acordo com as
tabelas a seguir:.
Para o circuito 2:
Para o circuito 3:
Para o circuito 4:
Para o circuito 5:
Para o circuito 6:
Para o circuito 7:
Calculo da Proteção
Para proteção dos circuitos serão usados disjuntores termomagnéticos. Deve-se ressaltar que a função do
disjuntor, neste caso, é proteger a instalação, e não as cargas instaladas, assim, a corrente do mesmo nunca
poderá ser superior a corrente máxima admissível para o condutor do circuito.
Circuito 1 (1033VA)
Circuito 2 (840VA)
Circuito 3 (1200VA)
Circuito 4 (1100VA)
Circuito 5 (1800VA)
Circuito 6 (4400VA)
Circuito 7 (4400VA)
Eletrodutos
Os eletrodutos a serem utilizados deverão ser especificados de acordo com o item 6.2.
Apresentação do Projeto:
52
O projeto deverá ser apresentado em escala usual, contendo
todos os dados necessários a sua boa execução, inclusive a
seção dos condutores e o diâmetro dos eletrodutos (desde
que seja ressalvado na legenda, não é necessário indicar o diâmetro dos eletrodutos de 16mm e a
seção dos condutores de 1,5mm2).
Observações:
Projeto: Pesquisar sobre a ligação de uma bomba d’água com chave bóia (bóia automática de mercúrio).
Exercícios:
1) Dimensionar a iluminação incandescente e o número mínimo de tomadas necessárias para atender uma
sala de 4m de comprimento e 3,6m de largura.
2) Dimensionar a iluminação fluorescente e o número mínimo de tomadas para atender uma cozinha de 4m
de comprimento e 3m de largura.
Assim, recomenda-se a instalação dos cabos de tal maneira que os mesmos não sofram qualquer dano em
função de bordas cortantes ou superfícies abrasivas, para tanto, devendo ser usado, nas entradas de
condutos em caixas de derivação ou equipamentos, um embuchamento ou adaptador para proteger os cabos.
Os cabos ao serem instalados em eletrodutos não podem ficar sujeitos a esforços maiores do que aqueles
para o qual foram projetados. Caso contrário, o cabo poderia ficar sujeito à tração, mudando assim todas as
suas características quanto à condução de corrente. Os condutos, caixas de derivação, conexões, etc. devem
ser constituídos de materiais não suscetíveis a corrosão ou protegidos contra elas.
- Toda curva de cabo deve ser feita de forma a evitar qualquer dano ao cabo.
- Todos os condutores vivos, inclusive o neutro (se existir), do mesmo circuito devem ser agrupados no
mesmo conduto.
53
É comum o uso de linhas aéreas quando se deseja ligar
cargas fora do corpo da residência, tais como dependências
de serviço, iluminação, áreas de lazer, etc. Deve-se ter em
mente que estas ligações devem corresponder a cargas de um mesmo consumidor, uma vez que
as normas das concessionárias não permitem as interligações entre consumidores. Os condutores aéreos,
em vãos de até 15m, devem ter seção superior a 4mm2 e, em vãos maiores, seção superior a 6mm2. Podem
também ser utilizados condutores de menor seção, desde que, presos ao fio ou cabo mensageiro com
resistência mecânica adequada. Em qualquer caso, o espaçamento entre os suportes deve ser igual ou
inferior a 30m. Os condutores devem ser isolados. Os cabos devem encontrar-se, em relação ao solo, a uma
altura igual ou superior a:
Os cabos devem encontrar-se fora do alcance de janelas, sacadas, escadas, etc. e, para tanto, devem
obedecer a uma das seguintes condições:
Em todos os pontos de entrada e saída dos condutores da tubulação, exceto nos pontos de transição ou
passagem de linhas abertas para linhas em eletrodutos, os quais, nestes casos, devem ser arrematados
com buchas;
Em todos os pontos de emendas ou derivação de condutores;
Para dividir a tubulação em trechos não maiores que os especificados.
54
Os condutores devem ser contínuos de caixa a caixa, as
emendas e conexões devem ser feitas dentro das caixas: os
condutores só deverão ser enfiados depois que a rede de eletrodutos estiver concluída, assim
como todo o serviço de construção que os possa danificar. Podem ser utilizados eletrodutos metálicos
flexíveis para a ligação de motores ou aparelhos sujeitos a vibração e em maquinas que necessitam ser
deslocadas para o uso. Entretanto, esses eletrodutos não devem ser embutidos, nem utilizados nas partes
externas das edificações ou, de qualquer forma, expostos ao tempo.
A quantidade de condutores que podem ser enfiados em um eletroduto depende do tipo de condutor
(diâmetro externo) e do diâmetro interno do eletroduto. A única restrição imposta pela norma é relativa a
parcela da área interna do eletroduto que pode ser ocupada (no máximo 55% - para um só condutor); esta
providencia é tomada com a finalidade de facilitar a enfiação, ou reenfiação nos casos de modificações dos
condutores nos eletrodutos.
A taxa máxima de ocupação (relativa a área) dos eletrodutos por cabos isolados é dada pela tabela a seguir:
Considerando-se as expressões matemáticas que relacionam o diâmetro e a área de uma seção circular e as
taxas citadas na tabela, pode-se deduzir a expressão que da o diâmetro do eletroduto necessário, ou seja:
d2 ×N
D=
K
Onde:
Por exemplo, o diâmetro interno de um eletroduto capaz de conduzir dois condutores de 10mm2 isolados em
PVC, cujo diâmetro externo é de 6,1mm, será:
d2 ×N (6,1) 2 × 2
D= = = 15,5mm
K 0,31
Consultando uma tabela de eletrodutos rígidos de aço carbono, tipo LEVE 1, verifica-se que o indicado é o
eletroduto de 20mm2.
Anexo a este trabalho encontram-se tabelas para condutores e eletrodutos normalmente utilizados em
instalações residenciais que dão o número máximo de condutores, que podem ser enfiados em um
eletroduto. Estas tabelas foram calculadas de tal maneira que, mesmo quando houver condutores de seções
diferentes no mesmo duto, é possível o dimensionamento.
No caso de ter condutores com bitolas diferentes para serem instalados no mesmo eletroduto, utilizamos a
tabela, “Relação entre as áreas dos condutores”.
Esta tabela nos permite “transformar” as diferentes bitolas dos condutores em uma única para que possamos
55
dimensionar o eletroduto a ser utilizado. Para melhor
entendimento vamos fazer o seguinte exemplo:
Dimensionar o eletroduto que deverá conter 3 cabos de
bitola 4mm e 5 cabos de bitola 10mm .
2 2
Através desta tabela procuramos a interseção entre o cabo de seção 10mm2 e o de 4mm2, encontramos o
valor 2,11.
Multiplicamos então o numero de cabos de 10mm2 por 2,11 para se achar o seu equivalente em:
4mm2 = 5 x 2,11 = 10,55
Total de cabos de 4mm2 = 10,55 + 3 = 13,55 cabos.
Agora que já temos condutores de mesma bitola, basta consultar a outra tabela. “Número máximo de
condutores instalados em um eletroduto”. O eletroduto escolhido foi o de 31mm2.
Na tabela “Relação entre as áreas dos condutores”, a interseção entre o cabo de 4mm2 e o de 10mm2 nos
fornece o valor 0,47.
3 x 0,47 = 1,41 cabos de 10mm2
Total = 1,41 + 5 = 6,41 cabos de 10mm2
A tabela “Número máximo de condutores instalados em eletrodutos”, nos fornece então o eletroduto de
31mm2.
Emende os condutores, cruzando as pontas dos mesmos, conforme mostrado na próxima figura e em seguida
torça uma sobre a outra em sentido oposto. Cada ponta deve dar aproximadamente seis voltas sobre o
condutor, no mínimo. Complete a torção das pontas com ajuda de um alicate, como mostrado. As pontas
devem ficar completamente enroladas e apertadas no condutor, evitando-se assim que estas pontas
perfurem o isolamento.
56
Quando os condutores são de diâmetro pequeno, usa-se torcer um condutor sobre o outro. Quando se trata
de condutores maiores, usa-se um fio mais fino enrolado sobre a emenda, a fim de melhorar a resistência
mecânica. Em ambos os casos, deve-se cobrir a emenda com solda, a fim de garantir uma perfeita
continuidade elétrica ao circuito. Para a ligação de aparelhos com cordões flexíveis, deve-se usar um nó de
segurança nas extremidades do condutor, a fim de evitar que qualquer esforço mecânico efetuado sobre o
condutor seja transmitido para os contatos elétricos. Observe abaixo uma emenda típica:
Ao efetuarmos a ligação de um condutor em um terminal com o parafuso, deve-se fazer a volta no condutor
no mesmo sentido da rotação do parafuso ao ser apertado, para evitar que o condutor escape debaixo da
cabeça do parafuso. Quando o condutor for flexível (tipo cabo), deve-se tornar rígida a sua extremidade com
solda, ou então, usar um terminal apropriado.
Lâmpadas Fluorescentes
Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente (maior rendimento luminoso, menor perda em forma
de calor, luz mais branca, etc.), vem sendo largamente adotada a iluminação fluorescente, principalmente nas
instalações comerciais. Para analisarmos o seu funcionamento, vamos considerar uma lâmpada
convencional, com starter: Quando fechamos o interruptor S. o starter fecha e abre rapidamente, quando ele
está fechado os filamentos são aquecidos ionizando o vapor de mercúrio existente dentro do tubo e quando
abre é dada a partida na lâmpada, ou seja, passa a circular corrente entre os filamentos. A função do reator é
provocar uma sobretensão durante a partida e depois evitar que a corrente atinja valores elevados. Depois
que a lâmpada esta acesa pode-se retirar o starter do circuito, uma vez que não circula corrente pelo mesmo.
A função do capacitor ligado em paralelo com o starter é evitar o faiscamento entre os seus terminais durante
a partida.
São interruptores que, através de uma resistência ou de um circuito eletrônico variam a intensidade luminosa
da lâmpada instalada em seu circuito, sendo muito pratico, principalmente para instalação em quartos de
crianças. A instalação do dimmer é do mesmo modo do interruptor simples.
Chaves de 3 posições
57
Chaves de uso difundido em aparelhos de aquecimento
(chapas térmicas, máquinas de coar café, etc.) que
determinam a quantidade de calor (fraco, médio e forte) que se deseja obter. O esquema básico de
funcionamento destas chaves é o demonstrado no desenho.
2
Ao fechar a chave 1 é ligada a resistência R1 (maior) que corresponde à temperatura menor (MIN). Ao fechar
a chave 2 é ligada a resistência R2 (menor) que corresponde a temperatura intermediaria (MED). Quando se
aciona as duas chaves simultaneamente, obtém-se a maior temperatura (MAX). Os modelos existentes no
comercio, são do tipo “chaves rotativas”, cujo esquema de ligações é, em principio, o seguinte:
Exercícios:
1. Dimensionar o eletroduto que deverá conter 12 condutores de seção 6,0mm2, isolados em PVC cujo
diâmetro externo é µ 47mm.
2. Dimensionar o eletroduto que deverá conter 6 condutores de seção 2,5mm2 e 4 condutores de 4mm2.
7. Segurança
7.1 Prevenção
Uma das características importantes da NBR – 5410/90 alem da garantia de um bom funcionamento da
instalação elétrica, é a segurança das pessoas e animais que possam ter contato com a mesma. E, para
garantia desta segurança, nada melhor que a prevenção dos acidentes.
Assim, as pessoas ocupadas em serviços elétricos deverão:
Os componentes da instalação elétrica deverão ser construídos e instalados de forma a evitar danos às
pessoas, devendo para tanto, ser observadas algumas precauções, tais como:
Instalação dos interruptores de lamina (chaves de faca) de tal forma que seus contatos abram para baixo,
a fim de evitar ligações acidentais;
Dotar as ferramentas (alicates, chaves de parafusos, etc.) de isolamento compatível com a tensão da
instalação;
As ferramentas elétricas portáteis deverão ser dotadas de isolação dupla ou reforçadas a fim de prevenir
acidentes por falha na isolação básica.
Os tempos de duração do contato estão limitados aos valores da tabela seguinte, após o qual a corrente deve
ser interrompida.
Duração Máxima da Tensão de Contato Presumida
Tempo máximo de atuação do
Tensão de Contato Presumida +
dispositivo de proteção (s)
(V)
Situação 1 Situação 2
25 ∞ 5
50 5 0,47
75 0,60 0,30
90 0,45 0,25
110 0,36 0,18
150 0,27 0,10
220 0,17 0,35
180 0,12 0,20
350 0,08 -
500 0,04 -
Tais medidas devem ser tomadas para evitar a ocorrência de “choques elétricos” perigosos.
Choque elétrico é a perturbação, de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano
quando este é percorrido por uma corrente elétrica.
Os efeitos da perturbação produzida pelo choque elétrico variam e dependem de certas circunstancias, tais
como:
Inibição dos centros nervosos, inclusive os que comandam a respiração, com possível asfixia;
Alterações no ritmo de batimento do coração, podendo produzir tremulação (fibrilação) do músculo
cardíaco, com conseqüente parada cardíaca;
Queimaduras de vários graus;
Alterações do sangue causadas por efeitos térmicos e eletrolíticos da corrente.
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Essas perturbações podem se manifestar todas de um a vez
ou somente algumas.
As sensações produzidas nas vitimas de choque elétrico variam desde uma ligeira contração
superficial, até uma contração violenta dos músculos. Quando esta contração atinge o músculo cardíaco,
pode paralisá-lo. Quando o choque é em baixa tensão, pode se dar a crispação muscular, fazendo com que a
vitima se agarre ao condutor sem conseguir soltar-se.
O homem é mais sensível a CA de freqüência industrial (50-60Hz), do que a CC. Assim, o limite de sensação
para CC é da ordem de 5mA e para CA é da ordem de 1mA. Quanto maior a freqüência, mais elevado será o
limite de sensação da corrente, conforme se pode notar no quadro abaixo:
Como nas instalações comuns lidamos com CA 60Hz, devemos anotar principalmente, os efeitos dessas
correntes sobre o ser humano. Pode-se dizer:
No segundo e terceiro casos, o processo de salvamento seria a respiração artificial. No quarto (mais de
100mA) o salvamento seria muito difícil e no ultimo casos praticamente impossível.
Os choques elétricos numa instalação podem provir de dois tipos de contatos:
Contatos diretos que são os contatos de pessoas ou animais com partes vivas (condutoras) sob tensão
(item 4.4.1);
Contatos indiretos que são contatos de pessoas ou animais com massas que ficarão sob tensão devido
a uma falha de isolamento (item 4.4.2).
Isolação básica é uma camada simples, aplicada sobre as partes vivas para assegurar uma proteção
básica contra choques elétricos.
Isolação suplementar é uma camada adicional, distinta, aplicada sobre a básica, para aumentar a
proteção. Uma isolação que compreenda a básica e suplementar é chamada isolação dupla.
Isolação reforçada é o sistema de isolação único aplicado as partes vivas que asseguram um grau de
proteção equivalente ao da isolação dupla.
De acordo com o tipo de isolação aplicada e as características de utilização, os equipamentos são
classificados em quatro tipos (classe 0, I, II, III) cujas características são:
De acordo com o sistema de aterramento adotado, para efeito de proteção, os sistemas de distribuição se
classificam em TN, TT e IT.
O sistema TN tem um ponto diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a este ponto através de
condutores de proteção. De acordo com a disposição dos condutores, neutro e de proteção, este sistema se
subdivide em: TN – S, onde os condutores neutros (N) e de proteção (PE) são distintos; TN – C no qual as
funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor (condutor PEN) e TN – C – S,
quando somente em parte dos sistema as funções de neutro e proteção são combinadas em um só condutor.
O sistema TT tem um ponto diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a eletrodos de aterramento,
eletricamente independentes do eletrodo de aterramento da alimentação. O sistema IT não tem nenhum
ponto de alimentação diretamente aterrado, estando as massas aterradas. A existência do condutor de
proteção tem a finalidade de fornecer um melhor caminho para a corrente de falta, evitando que a mesma
circule pelo corpo da pessoa que vier tocar no aparelho, facilitando a operação do dispositivo de proteção.
Nas instalações residenciais são utilizados, normalmente, os sistemas TN – C ou TN –C – S, sendo que os
condutores de proteção devem ser dimensionados pela tabela:
Seção (S) dos condutores fase da instalação (mm2) Seção mínima dos condutores de proteção (mm2)
S ≤ 16 S
16 < S ≤ 35 16
S > 35 S
2
Quando a tabela conduzir a uma seção não normalizada, adotar a seção logo acima na escala.
Conservar energia elétrica é utilizá-la de forma a obter o máximo beneficio com um menor consumo, evitando
os desperdícios ou o uso não adequado, sem, no entanto, diminuir qualidade, o conforto e a segurança.
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Os custos crescentes, a escassez de recursos, a baixa
remuneração, a disponibilidade de recursos hídricos, a
otimização dos investimentos, o custo de kWh conservado,
sendo cerca de 6 vezes mais barato do que o kWh gerado, e os grandes desperdícios fazem com
que seja importante a conservação de energia elétrica, para o nosso País, e acarreta uma conta menor de
energia a ser paga pelo consumidor.
O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL foi criado pela portaria Interministerial
nº 1877, em 30/12/85, pelos Ministérios das Minas e Energias e o da Industria e Comercio, com o objetivo de
otimizar o uso de energia elétrica, sem que a produção, conforto e segurança sejam afetados.
O que é Luz ?
Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas possuem diferentes comprimentos e o olho
humano é sensível a somente alguns. Luz é, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma
sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não só de acordo com o comprimento de onda da
radiação, mas também com a luminosidade. Há uma tendência em pensarmos que os objetos já possuem
cores definidas.Na verdade, a aparência de um objeto é resultado da iluminação incidente sobre o mesmo.
Sob uma luz branca, a maçã aparenta ser de cor vermelha pois ela tende a refletir a porção do vermelho do
espectro de radiação absorvendo a luz nos outros comprimentos de onda. Se utilizássemos um filtro para
remover a porção do vermelho da fonte de luz, a maçã refletiria muito pouca luz parecendo totalmente negra.
Podemos ver que a luz é composta por três cores primárias. A combinação das cores vermelho, verde e azul
permite obtermos o branco. A combinação de duas cores primárias produz as cores secundárias - margenta,
amarelo e cyan. As três cores primárias dosadas em diferentes quantidades permite obtermos outras cores de
luz. Da mesma forma que surgem diferenças na visualização das cores ao longo do dia (diferenças da luz do
sol ao meio-dia e no crepúsculo), as fontes de luz artificiais também apresentam diferentes resultados. As
lâmpadas incandescentes, por exemplo, tendem a reproduzir com maior fidelidade as cores vermelha e
amarela do que as cores verde e azul, aparentando ter uma luz mais “quente”.
Grandezas e conceitos
As grandezas e conceitos a seguir relacionados são fundamentais para o entendimento dos elementos da
luminotécnica. As definições são extraídas do Dicionário Brasileiro de Eletricidade, reproduzidas das normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. A cada definição, seguem-se as unidades de
medida e símbolo gráfico do Quadro de Unidades de Medida, do Sistema Internacional - SI, além de
interpretações e comentários destinados a facilitar o seu entendimento.
Vejamos algumas delas:
Fluxo Luminoso
Fluxo Luminoso é a radiação total da fonte luminosa, entre os limites de comprimento de onda mencionados
(380 e 780m). O fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte, medida em lúmens, na tensão
nominal de funcionamento.
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Símbolo:
Unidade: lúmen (lm)
Intensidade Luminosa
Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo Luminoso se distribuiria na
forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela qual é necessário medir o
valor dos lúmens emitidos em cada direção. Essa direção é representada por vetores, cujo comprimento
indica a Intensidade Luminosa. Portanto é o Fluxo Luminoso irradiado na direção de um determinado ponto.
Símbolo: I
Unidade: candela (cd)
A luz que uma lâmpada irradia, relacionada à superfície a qual incide, define uma nova grandeza
luminotécnica, denominada de Iluminamento ou Iluminância. Expressa em lux (lx), indica o fluxo luminoso de
uma fonte de luz que incide sobre uma superfície situada à uma certa distância desta fonte. Em outras
palavras a equação que expressa esta grandeza é:
Símbolo: E
Unidade: lux (lx)
Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de um luxímetro.
Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a mesma em todos os pontos
da área em questão. Considerase por isso a iluminância média (Em). Existem normas especificando o valor
mínimo de Em, para ambientes diferenciados pela atividade exercida relacionados ao conforto visual.
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Luminância
Das grandezas mencionadas, nenhuma é visível, isto é, os raios de luz não são vistos, a menos que sejam
refletidos em uma superfície e aí transmitam a sensação de claridade aos olhos. Essa sensação de claridade
é chamada de Luminância. Em outras palavras, é a Intensidade Luminosa que emana de uma superfície, pela
sua superfície aparente. equação que permite sua determinação é:
onde
L = Luminância, em cd/m²
I = Intensidade Luminosa,em cd
A = área projetada, em m²
a = ângulo considerado, em graus
Eficiência Luminosa
As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos diferentes Fluxos Luminosos que elas irradiam, mas
também pelas diferentes potências que consomem. Para poder compará-las, é necessário que se saiba
quantos lúmens são gerados por watt absorvido. A essa grandeza dá-se o nome de Eficiência Energética
(antigo “Rendimento Luminoso”). É razão entre o fluxo luminoso (em lúmen) e a potencia elétrica absorvida
(em watt). Expressa o rendimento de uma lâmpada ou de um aparelho de iluminação. Por conseguinte,
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quanto maior a eficiência luminosa, mais econômico é o uso
da fonte de luz. A Unidade de medida é lúmen por watt
(lm/W). Fazendo uma analogia hidráulica, seria relação da
quantidade de água que sai de uma bomba ate um certa cota e a potencia elétrica necessária. A
tabela abaixo mostra o comparativo entra alguns tipos de lâmpadas comerciais.
Incandescentes
Operam através do aquecimento de um fio fino de tungstênio pela passagem de corrente elétrica. Embora
seja a mais comum, é a menos eficiente dos tipos encontrados usualmente. São utilizadas na iluminação
geral. As lâmpadas halógenas são lâmpadas incandescentes construídas num tubo de quartzo com vapor de
metal halógeno no bulbo, o que permite ao filamento atingir temperaturas mais elevadas, sem diminuição da
vida útil, resultando em maior eficiência luminosa maior do que das incandescentes comuns, alem de
proporcionar excelente reprodução de cores e ter dimensões reduzidas. A vida media de uma lâmpada
incandescente é de 1000h. Para que isso ocorra, a lâmpada tem que ser usada na tensão certa. Se você ligar
uma lâmpada de tensão 115/120 volts em rede de 127 volts, a vida media da lâmpada cai para cerca de
350h. A tensão e a potencia das lâmpadas podem ser identificadas através do valor nominal e da potência de
consumo, inscritas no bulbo de vidro que envolve o argônio e o tungstênio. As potenciais mais usadas das
lâmpadas incandescentes para uso domestico, nas diversas tensões, são de 40, 60, 100 e 150 watts.
Fluorescentes
São lâmpadas que usam descargas elétricas através de gás. Consistem em um bulbo cilíndrico de vidro
revestido de material fluorescente (cristais de fósforo), contendo vapor de mercúrio a baixa pressão em seu
interior e, portanto em suas extremidades eletrodos de tungstênio. Com relação a cor irradiada podem ser
encontradas em diversas tonalidades, dependendo do fabricante. Dessa forma, conforme a finalidade deverá
ser aplicado o tipo de lâmpada adequado. As lâmpadas fluorescentes são usadas na iluminação geral e
necessitam, para o seu funcionamento, de dois equipamentos auxiliares.
Em locais como cozinha, banheiro, lavanderia e garagem, é melhor utilizar lâmpadas fluorescentes que duram
e iluminam mais que as incandescentes. Uma lâmpada fluorescente tem uma vida media de ate 10000h, ou
seja, dura dez vezes mais que a incandescente. Inicialmente tem-se um gasto maior, mas, em compensação,
não é necessário troca-la tantas vezes, alem disso economiza energia elétrica e, portanto, reduz o valor da
conta.
Reator
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Usado para produzir a sobretensão necessária ao inicio da
descarga e para limpar a corrente.
Existem dois tipos:
Convencional e o de Partida Rápida (não necessita de starter).
Starter
Usado para ligar e desligar os eletrodos (em caso de reatores de partida convencional).
Apesar das lâmpadas fluorescentes compactas serem mais caras que as incandescentes, elas são bem mais
econômicas e sua utilização se justifica quando são usadas por mais de 3h por dia.
Exemplo: A área da varanda é de 12m2 (3m de largura e 4m de comprimento). Pela tabela, a lâmpada
incandescente indicada é de 100 watts ou lâmpada fluorescente de 40 watts.
Os tetos e as paredes internas devem ser pintados com cores claras, para evitar, assim o uso de
lâmpadas de maior potencia e maior consumo de energia elétrica;
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Deve ser evitado acender lâmpadas durante o dia,
deixando que a luz natural ilumine o ambiente;
Não devem ser deixadas lâmpadas acesas em
cômodos desocupados;
Devem ser usados lustres ou globos de maior rendimento. Poe exemplo: um lustre de vidro claro
(transparente) ilumina mais que um de vidro leitoso ou de cor;
Os locais onde estão instaladas as lâmpadas, como globos, lustres, arandelas, etc., devem ser sempre
limpos. A sujeira diminui o nível de iluminação.
Sempre que possível, devem ser usadas lâmpadas de maior potencia para a mesma quantidade de watts
necessários. Por exemplo: uma lâmpada incandescente de 100W ilumina tanto quanto duas lâmpadas
incandescentes de 60W cada.
Sempre que for possível, substitua as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas.
Uma lâmpada fluorescente compacta de 9W tem iluminação equivalente a uma incandescente de 60W e
dura cerca de 8 vezes mais.
Onde for maior iluminação (para leitura, trabalhos manuais, etc.) devem ser utilizados abajures,
arandelas, etc., ou seja, iluminação localizada. Ela poderá oferecer maior conforto e economia, pois as
lâmpadas serão ligadas quando realmente necessário.
Aquisição
Deve ser observada a etiqueta laranja fixada na parte frontal, pois estes aparelhos possuem o seu
consumo sob controle governamental;
A temperatura do congelador e o volume interno devem ser adequados as necessidades do consumidor;
Para a decisão da aquisição, deve-se comparar os aparelhos de mesma faixa de volume, optando-se pelo
de menor consumo de energia elétrica (número estampado em evidencia na etiqueta) e dentro das
possibilidades financeiras do interessado.
A seguir estão representadas tabelas com dados de geladeiras de 1 porta, 2 ou 3 portas e freezer, contendo;
a capacidade em litros (amanho), modelo, marca e o consumo médio de energia por mês (kWh/mês).
Geladeira 1 porta
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Capacidade
Tensão Temperatura Consumo de energia
interna Modelo Marca
(volts) congelador (°C) (kWh/mês)
(em litros)
230 RG2801 Esmaltec -12,0 36,5
250 SL2285 Steigleder -6,0 44,3
253 RU-26 Cônsul -12,0 40,7
254 BRA-26 Brastemp -12,0 36,6
270 01310-D Prosdócimo -12,0 28,0
127 Continental
290 RDC300 -12,0 37,6
2001
294 BRA-30 Brastemp -12,0 38,7
307 01341-D Prosdócimo -12,0 37,5
310 RU-31 Cônsul -12,0 49,3
324 BRA-33 Brastemp -12,0 42,9
230 RG2801 Esmaltec -12,0 31,3
253 RU-26 Cônsul -12,0 37,3
254 BRA-26 Brastemp -12,0 33,6
270 01310-D Prosdócimo -12,0 28,0
220 286 SL2285 Steigleder -6,0 50,0
Continental
290 RDC300 -12,0 38,7
2001
294 BRA-30 Brastemp -12,0 38,4
307 01341-D Prosdócimo -12,0 36,6
310 RU-31 Cônsul -12,0 45,0
Fonte: PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
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Tempo
Temperatura
Capacidade Capacidade máximo de Consumo
Tensão do
interna (em Modelo Marca congelamento conservação de energia
(volts) congelador
litros) (kg/24h) sem energia (kWh/mês)
(ºC)
(horas)
172 04180C Prosdócimo -22,0 11,70 9,00 57,0
172 04180S Prosdócimo -22,0 11,70 9,00 57,0
180 VU-18 Cônsul -20,0 11,00 11,00 38,0
W.
210 CW21SL -21,0 11,70 7,00 57,0
Westinghouse
210 04220C Prosdócimo -21,0 11,70 7,00 57,0
210 04220S Prosdócimo -21,0 11,70 7,00 57,0
230 VU-23 Cônsul -20,0 14,00 12,00 42,0
127 248 04260C Prosdócimo -20,0 13,64 6,00 66,0
248 04260S Prosdócimo -20,0 13,64 6,00 66,0
W,
248 CW25SL -20,0 13,64 7,00 66,0
Westinghouse
254 BCA-26 Brastemp -18,0 12,00 8,75 69,0
Continental
265 VFC-280 -22,0 20,00 11,00 57,0
2001
274 VU-28 Cônsul -20,0 15,00 11,00 47,0
Continental
277 VFC-300 -22,0 21,00 11,00 57,0
2001
172 04180C Prosdócimo -22,0 11,70 9,00 50,0
172 04180S Prosdócimo -22,0 11,70 9,00 50,0
180 VU-18 Cônsul -20,0 11,00 11,00 37,0
W.
210 CW21SL -21,0 11,70 7,00 53,0
Westinghouse
210 04220C Prosdócimo -21,0 11,70 7,00 53,0
210 04220S Prosdócimo -21,0 11,70 7,00 53,0
230 VU-23 Cônsul -20,0 14,00 12,00 41,0
220 248 04260C Prosdócimo -20,0 13,64 6,00 55,0
248 04260S Prosdócimo -20,0 13,64 6,00 55,0
W.
248 CW25SL -20,0 13,64 7,00 55,0
Westinghouse
254 BCA-26 Brastemp -18,0 12,00 8,75 66,0
Continental
265 VFC-280 -22,0 20,00 11,00 52,0
2001
274 VU-28 Cônsul -20,0 15,00 11,00 46,0
Continental
277 VFC-300 -22,0 21,00 11,00 55,0
2001
Fonte: PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica
Observação: se você não encontrar uma geladeira ou um freezer com os modelos acima mencionados,
procure os modelos com o selo de identificação e faça as comparações de capacidade em litros com o
consumo de energia (kWh).
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Utilização
Chuveiro Elétrico
Assim como os refrigeradores/freezers, os chuveiros elétricos possuem uma etiqueta amarela mostrando o
seu consumo.
Cada tipo de chuveiro apresenta um consumo de energia em kWh de acordo com os seus valores de tensão
e potencia.
A etiqueta acima apresenta os dados de um chuveiro elétrico, com uma potencia de 4400W, tensão de 127V.
O consumo médio mensal mínimo é de 13,8kWh e o máximo de 19,4kWh para cada banho de duração de 8
minutos.
No verão, regule o termostato do aquecedor para uma temperatura menor, reduzindo, assim, seu tempo de
funcionamento;
Cuidado com o vazamento de água quente. Isto pode representar mais de mil litros de água e dezenas de kWh por
mês;
Instale o aquecedor central no local mais próximo dos pontos onde você ira utilizar a água quente, sempre
aplicando isolamento em todas as canalizações para conservação da temperatura.
Em caso de viagem, desligue o aquecedor central;
Antes de adquirir um aquecedor elétrico central, certifique-se que sua capacidade de corresponde, realmente, as
necessidades e ao tamanho de sua família. Consulte o fabricante.
Torneira elétrica
72
É um conforto que consome bastante energia, quase a
mesma que um chuveiro elétrico comum, portanto deve ser
usada racionalmente. No verão, quando a água, em geral, já é quente, deve ser evitado o seu uso.
A utilização da energia solar, através de coletores solares para o aquecimento de água, tem
proporcionado economia significativa de energia elétrica, mantendo-se o mesmo conforto;
Se a residência tiver aquecedor central elétrico de água, a energia solar poderá ser uma boa opção;
Para tanto, existem diversas firmas especializadas e com experiência comprovada.
8.6 Televisor
Os televisores modernos apresentam um consumo bem inferior aos antigos (a válvula);
Não deixe o televisor ligado sem necessidade;
Evite o habito de dormir com o televisor ligado.
8.8 Condicionador de Ar
O aparelho deve ser instalado em local com boa circulação de ar e abrigado da incidência de raios
solares;
As portas e janelas devem ser mantidas bem fechadas, para evitar a entrada de ar do ambiente externo;
Os filtros devem ser limpos periodicamente. Filtros sujos impedem a circulação livre de ar e forçam o
aparelho a trabalhar mais;
O condicionador de ar deve ser desligado sempre que o ambiente ficar vazio por tempo prolongado;
No verão, o ambiente não deve ser refrigerado excessivamente, ou seja, regulando o termostato
adequadamente;
Locais refrigerados ou aquecidos com temperaturas muito deferente da ambiente gastam muita energia e
são prejudiciais à saúde.
Porque é nesse período que aumenta o consumo de eletricidade. Alem das luzes das resistências, dos
escritórios continuarem ligadas, as industrias, os hospitais e o comercio continuarem funcionando, é o horário
em que as luzes das casas e das ruas se acendem, e que as pessoas tomam banho e ligam a televisão.
Sempre que ocorre aumento de consumo as concessionárias são obrigadas a ampliar o sistema elétrico
construindo novas usinas, linhas de transmissão, subestações e redes de distribuição, para que todos os
consumidores continuem a desfrutar o conforto e a segurança oferecidos pela eletricidade.
No horário de ponta, deve ser evitado o uso de determinados aparelhos, como chuveiro elétrico, ferro elétrico,
máquina de lavar roupa, secadora, etc., que podem ser utilizados em um outro período do dia, contribuindo
para, que se reduzam os investimentos no sistema elétrico, o que ira refletir na tarifa.
O leiturista da CEMIG passa em sua residência uma vês por mês e faz a leitura no medidor de energia
elétrica. A CEMIG acha importante você acompanhar o seu próprio consumo para saber controlá-lo.
Existem dois tipos de relógio ou medidor.
1º tipo: aquele que funciona como um medidor de quilometragem de automóvel. Nesse caso, os números
que aparecem no visor já indicam a leitura -16754.
2º tipo: aquele que tem 4 ou 5 círculos com números, sendo que cada circulo é semelhante a um relógio.
Nesse caso, o ponteiro existente dentro de cada circula indicam a leitura. Quando estão entre dois
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números, deve-se considerar sempre o número menor.
No exemplo a seguir o medidor marca 16754
O seu consumo de energia elétrica pode ser verificado em qualquer período: por hora, dia, semana ou mês. A
leitura da CEMIG é mensal, mas vamos supor que você deseje saber quanto consumiu em determinada
semana. Anote, então, os valores indicados da seguinte forma:
A diferença entre estes valores multiplicada pela constante do medidor (normalmente igual a 1 – confira na
sua conta) vai ser o equivalente ao seu consumo da semana.
Consumo = (12219 – 12197) x 1 = 22kWh (quilowatt-hora).
O consumo mensal de sua residência pode ser estimado observando o tempo de uso dos eletrodomésticos e
suas respectivas potências. A tabela abaixo fornece alguns exemplos de potencias encontradas nos
principais eletrodomésticos, bem como uma estimativa de consumo para um tempo de uso médio.
Para calcular o consumo de energia elétrica de cada eletrodoméstico, primeiro verifique a potencia em watts
na placa de identificação do aparelho; em seguida multiplique a potencia encontrada pelo número de horas
em que o aparelho foi utilizado por mês. Para isso, aplique a seguinte expressão:
Exemplo: Um ferro elétrico de 1000W, que é utilizado 1h por dia, 3 vezes por semana:
1.000W × 1h × 12 Dias (no mês)
Consumo (kWh ) = = 12 kWh / mês
1.000
Some os resultados encontrados para cada aparelho e lâmpadas, a fim de obter o consumo mensal
aproximado de sua residência.
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Bibliografia
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