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aula 4

A LEI PENAL no TEMPO


CONFLITO DAS LEIS PENAIS NO TEMPO

• Princípio “tempus regit actum” – a lei rege, em geral, os fatos


praticados durante sua vigência, que se
harmoniza com o princípio da reserva
legal. Art. 1º do CP: Não há crime sem
lei anterior que a defina. Não há pena
sem prévia cominação legal – princípios
da reserva legal (legalidade) e da
anterioridade da lei penal. – Art. 5º,
XXXIX da CF.

• Há possibilidade, conforme expressa disposição legal, de


retroatividade ou ultratividade da lei.

Retroatividade: a norma jurídica é aplicada a casos ocorridos


antes do início de sua vigência.

incípios da lei penal no tempo

• Pelo princípio da anterioridade da lei penal (ed. 1ª), a regra é a


irretroatividade da lei penal.

• Se a lei posterior for benéfica (lex mitior) vai alcançar o fato


praticado antes do início, ocorrendo a retroatividade da lei mais
benigna (art. 5º, XL, da CF).

• Entrando em vigor lei mais severa que a anterior (lex gravior),


não vai alcançar o fato praticado anteriormente, continuando a ser
aplicada a lei anterior, ocorrendo a ultratividade da lei penal mais
benigna (art. 5º, XL, da CF).

Será sempre aplicada a lei mais favorável.


- A lei penal mais benigna tem extratividade (é retroativa e
ultrativa);
- A lei penal mais severa não tem extratividade (não é retroativa
nem ultrativa).

Solução legal das hipóteses de conflito de leis penais no


tempo:

1) Novatio legis incriminadora: não aplica – irretroativa – face


o princípio da legalidade.
- arts. 1º e 5º, XXXIX, da C.F.
A lei nova torna típico (crime) fato anteriormente não incriminado.

2) Abolitio criminis: a lei nova não mais considera crime fato que
anteriormente era considerado ilícito penal. Faz
desaparecer todos os efeitos penais da sentença
penal condenatória, permanecendo os efeitos
cíveis. Haverá extinção da punibilidade nos
termos do art. 107, III, do CP.
- art. 2º do C.P.
- “retroatividade da lei mais benigna”.

3) Novatio legis in pejus: a nova lei é mais severa que a


anterior – irretroativa
- art. 5º, XL, da C.F. – A lei penal não
retroagirá, salvo para beneficiar o réu (lex
gravior);
- Lei 10.826 – porte ilegal de arma;
- Lei 8072/90 – que fixou aumento de pena.
Haverá ultratividade da lei penal mais
benigna.
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4) Novatio legis in mellius: a nova lei é mais favorável que a


anterior (lex-mitior)
- retroatividade da lei mais benigna
- art. 2º, parágrafo único, do CP e art. 5º, XL,
da CF.
- Ex.: Alterações da Lei 9.714/98, que
instituiu as “penas alternativas” (Art. 44, I, do CP).
- arts. 7º e 8º da Lei 8.072/90, que prevêem
redução de pena aos associados ou partícipes dos crimes de quadrilha
ou bando/ extorsão mediante seqüestro (159 do CP), no caso de delação
e desmantelamento das quadrilhas.

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I . Lei intermediária:
No caso de 03 leis sucessivas, aplica-se a lei mais
benigna.
Art. 2º, parágrafo único, do Código Penal.1

II . Conjunção de leis:
É a combinação de duas leis para favorecer o agente.
Art. 281 – revogado: pena – 01 a 06 anos de reclusão – 50
salários mínimos.
Art. 12 da Lei 6.368/76: pena – 03 a 05 anos de reclusão –
50 dias-multa.

III . Competência para aplicação da lei mais benéfica:


Cabe ao Juiz que
preside o processo ou ao
Tribunal, se estiver em
recurso.
Se em execução, ao
Juízo das Execuções Criminais
– Art. 66, I, da LEP (Lei de
Execução Penal).

IV . Leis temporárias e excepcionais (Art. 3º do CP):

• Lei temporária: tem vigência previamente fixada pelo legislador


– art. 246 – 07 / 14 anos;

• Leis excepcionais: são as que vigem durante situações de


emergência.

Essas leis tem ultratividade, pois aplicam-se ao fato ocorrido na sua


vigência, mesmo depois de auto-revogada. Não se trata de “obolitio
criminis”, ou desinteresse pela punição do agente e sim da necessidade
de vigência da lei após aquela situação excepcional ser superada.

A retroatividade e lei penal em branco

• Revogada a norma complementar (decreto, portaria,


regulamento), não desaparece o crime. O que foi revogada é a norma
complementar e não a lei.
Aplica-se o art. 3º do CP – possui caráter de ultratividade –
desobediência no Cód. Eleitoral.
Ex.: revogação da tabela de preços em crimes contra a economia
popular – desobediência ao congelamento.

• Não terá ultratividade, porém, se a norma complementar não


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estiver ligada a uma circunstância temporal ou excepcional, mas sim ao


aperfeiçoamento da legislação.
Ex.: exclusão de moléstia que complementa o art. 269 do CP
(notificação da omissão de doença) – a moléstia não era infecto-
contagiosa – aplica-se o art. 2º, parágrafo único.

Ex.: Art. 269 – “omissão notificação doença”: postura do Ministério


da Saúde (1.100/96) – cólera – dengue – coqueluche – poliomelite – raiva
humana.

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