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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PROGRAMA DE PÓS­GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA ­PPGS 

DOUTORADO

Plano de Aula 

Data: 27.11.2019

Profa.Rachel D`Amico Nardelli

Disciplina: Estágio Docência

I. Tema

­  O dispositivo da sexualidade como ferramenta da analise do poder  em Michel Foucault

II.Objetivos

Geral

­ A aula tem como objetivo abordar o modo como Michel Foucault analisa o poder utilizando a

idéia de dispositivo da sexualidade desenvolvida pelo autor.

Específicos

­  Compreender  sobre o dispositivo da sexualidade como exercício de poder

­  Entender o conceito de Poder em Michel Foucault (como exercício e dentro das relações)

IV. Conteúdo

­ O que é um dispositivos

­ Dispositivo da sexualidade em Foucault
­ Poder como exercício, em relação

V. Desenvolvimento do tema

­ aula expositiva

VI. Bibliografia

DELEUZE,   Gilles.   Qué   es   un   dispositivo?   In:   BALBIER,   E.   et   al.   Michel   Foucault   Filósofo.

Barcelona: Gedisa, 1990. Pp.155­163.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I : a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1990.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

 
Michel Foucault (1979) nomeia dispositivo “um conjunto decididamente heterogêneo que engloba

discursos,   instituições,   organizações   arquitetônicas,   decisões   regulamentares,   leis,   medidas

administrativas, enunciados científicos, proposições filosófi cas, morais, filantrópicas. Em suma, o

dito e o não dito são os elementos do dispositivo. O dispositivo é a rede que se pode estabelecer

entre   esses   elementos”   (p.   244).   Foucault   afirma,   ainda,   que   a   relação   entre   os   elementos   do

dispositivo indica a existência de mudança de posições e modificação de funções. Para ele um

dispositivo responde sempre a uma urgência, que se revela por sua função estratégica ou dominante.

Comentando esse conceito de Foucault, Deleuze indica a composição de qualquer dispositivo: ele

“é de início um novelo, um conjunto multilinear. Ele é composto de linhas de natureza diferente”

(Deleuze, 1990). Destaca, assim, quatro tipos de linha: a de visibilidade, a de enunciação, a de força

e a de subjetivação. Os dispositivos são, por um lado, “máquinas que fazem ver e falar”. Com isso,

Deleuze   indica   que   em   cada   formação   histórica   há   maneiras   de   sentir,   perceber   e   dizer   que

conformam   regiões   de   visibilidade   e   campos   de   dizibilidade   (linhas   de   visibilidade   e   de

enunciação). Isso quer dizer que em cada época, em cada estrato histórico, existem camadas de

coisas e palavras. O método, portanto, não consiste numa luminosidade geral capaz de iluminar

objetos preexistentes, assim como não existem enunciados que não estejam enviados a linhas de

enunciação, elas mesmas compondo regimes que fazem nascer os enunciados. A realidade é feita de

modos de iluminação e de regimes discursivos. O saber é a combinação dos visíveis e dizíveis de

um estrato, não havendo nada antes  dele, nada por debaixo dele. Trata­se, então, de extrair as

variações que não cessam de passar. Como ele nos diz em outro texto: “É preciso pegar as coisas

para extrair delas as visibilidades... é necessário rachar as palavras ou as frases para delas extrair os

enunciados” (Deleuze,1992). Um dispositivo comporta, ainda, linhas de força. Aqui se destaca a

dimensão do poder­saber. Essas linhas levam as palavras  e as  coisas  à luta incessante por sua

afirmação. Elas operam “no vai­evem do ver ao dizer e inversamente, ativo como as flechas que não

cessam de entrecruzar as coisas e as palavras sem cessar de levá­las à batalha” (Deleuze,1990).

Essas linhas passam por todos os pontos do dispositivo e nos levam a estar em meio a elas o tempo

todo.  Mas, um  dispositivo também   é composto  de linhas  de  subjetivação, linhas  que inventam


modos   de   existir.   A   dimensão   do   si   não   está,   portanto,   determinada   a   priori:   “A   linha   de

subjetivação é um processo, uma produção de subjetividade, num dispositivo: ela deve se fazer,

para que o dispositivo a deixe ou a torne possível...” (Deleuze, 1990). Deleuze questiona se as

linhas de subjetivação não seriam a borda extrema de um dispositivo, podendo vir a delinear a

passagem de um dispositivo a outro. Nesse caso, a ação do dispositivo se apresenta em seu maior

grau de intensidade, franqueando  limiares variados de desterritorialização nos modos dominantes

de subjetivação. 

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