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Belém
2019
Pesquisa das histórias da música
Para além dos cânones artísticos e geográficos –região
Sudeste –, há uma vasta história da música ainda por ser
escrita
Integre histórias e personalidades que são vistas muitas vezes
como “regionais”
DESAFIO: Revisar a historiografia no que tange à
subvalorização da participação feminina nas práticas
musicais
Mais fontes, menos juízos de “valor artístico” documentos
musicográficos recolhidos aos acervos, periódicos, jornais
de circulação, escritos pessoais, materiais de instituições
dedicadas ao ensino da música etc.
“Uma história das mulheres na música brasileira
pode ser construída a partir da identificação das
várias mulheres compositoras, instrumentistas,
professoras de música, cantoras em espetáculos
de diversos tipos e com diversos graus de
legitimação social, cuja atuação foi
desconsiderada em uma versão da história da
música brasileira centrada em figuras
masculinas” (VERMES, 2013: 305-317).
Tema desta pesquisa
Nove composições de função ou inspiração religiosa de
Zulmira Silvany uma fonte recolhida ao Arquivo
Histórico Municipal de Salvador (Fundação Gregório de
Mattos coleção de documentos musicográficos de
Jaime Diniz? Álbum comemorativo do 1º Concurso
Nacional de Piano da Bahia: “Zulmira Silvany. mestra de
várias gerações, vive entre nós, ministrando aulas,
compondo inspiradas músicas, dando, ainda, a sua parcela
de colaboração à Música. Sua bagagem musical foi
adquirida pela Prefeitura do Salvador, em 1955 e é
vultosa” (ASSOCIAÇÃO BAIANA DE ARTE, 1958: 35).
Homogeneidade no processo de acumulação?
Problemas e metodologia
Como a obra musical sobre textos religiosos de Zulmira Silvany ([19--]) dialoga com
os paradigmas estabelecidos pela Igreja?
Quais outros dados das partituras permitem reconstituir parte da história social
deste repertório?
Como a figura da compositora permaneceu na memória coletiva e na historiografia
da música?
Qual a participação feminina no cenário musical soteropolitano na primeira
metade do século XX, para além de Zulmira Silvany?
PROCEDIMENTOS Pesquisa arquivística in loco no AHM/SSA, digitalização da
fonte, procedimentos bibliográfico e documental.
REFERENCIAIS: representatividade feminina nas práticas musicais e na
historiografia da música (VERMES, 2013; DUARTE, 2018), relação entre
memória e identidade (CANDAU, 2011) Fontes consultadas da própria
cidade natal da compositora tratamento que esta tem na memória coletiva
local. E estudo dos paradigmas musicais do catolicismo romano foram
consultados a fim de proceder à análise das obras (DUARTE, 2018).
“ZULMIRA SILVANY – (1882-1962), maestrina, poetisa e
professora,filha do Prof. Flavio Jose Silvani e D. Maria Florinda
A. Silvani [sic]. Irmã de Almiro e Isaura,esta , também musicista.
Fez os primeiros – estudos em Itaberaba com o compositor
Roberto Lídio Dantas [...] Em Salvador, para onde transferiu-se
nos primeiros anos desta centúria, estudou com o maestro
Silvio Deolindo Fróis, no Conservatório de Música da Bahia,
onde substituiu o maestro, hoje Instituto de Música da Bahia
(da Universidade Católica). Nesta instituição foi diretora até
1930, promovendo concertos para sua manutenção. Foi líder
da educação musical durante se [sic] sessenta anos, e a
primeira a empunhar uma batuta e a reger orquestras, bandas
de música e coros. Colaborou em jornais e revistas com artigos
de crítica e história da música. Compôs inúmeras peças
musicais, como ‘Valsa para Piano’, ‘Canção da pátria’ e uma
extraída do folclore de Itaberaba ‘A Caiana’” (ITABERABA
NOTÍCIAS, [s.d.]).
Heroína local, esquecida na historiografia
DEDICATÓRIAS: distintos graus de afetividade; avó e do professor de música em sua cidade natal;
um possível frade franciscano de origem alemã.
Alinhamento aos paradigmas romanos instrumentos tão somente
sustentam o canto órgão ou cordas
Idem
Exceções
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