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Introdução
Por ter um caráter introdutório aos conceitos de um laboratório de química analítica este experimento
foi dividido em duas partes: calibração da pipeta volumétrica e do balão volumétrico (parte A) e
amostragem (parte B).
Materiais e métodos
O primeiro procedimento a ser realizado foi o teste do tempo de escoamento para verificar se a pipeta
estava realmente limpa, conforme nos foi falado. Este teste foi realizado transferindo um volume de
água para a pipeta volumétrica com o auxílio do pipetador e, na ausência deste, verificando-se o tempo
de escoamento da água. O tempo ideal não deve ultrapassar um minuto nem ser inferior a dez
segundos.
Após verificar que a pipeta estava suficientemente limpa, o erlenmeyer foi pesado e a balança analítica
tarada. A água destilada foi pipetada, observando-se com o máximo de precisão possível a leitura do
menisco e depois disso transferida para o erleynmeyer na balança. A massa de água foi registrada. O
procedimento descrito foi repetido duas vezes.
Os materiais necessários para a realização da parte B foram: miçangas coloridas, dois recipientes
diferentes para amostragem (um grande e outro pequeno) e um quarteador. A parte B do experimento
por sua vez foi dividida em outras 3 partes: representatividade da amostragem, amostragem
considerando um analito e influência do tamanho das partículas.
A amostragem foi realizada utilizando ambos os amostradores, primeiro o pequeno e depois o grande.
As miçangas foram contadas e os dados registrados na forma de tabelas. Posteriormente, as miçangas
contadas foram devolvidas ao pote denominado amostra bruta. Essa foi então quarteada, ou seja, foi
reduzida a 1/8 da amostra total. Na segunda atividade da parte B foram adicionadas miçangas rosas
(analito de interesse) em uma quantidade para que a concentração destas na amostra bruta fosse de
1%. A amostragem foi realizada apenas com o amostrador grande e com o quarteador e os dados
registrados em outras tabelas. Por fim, uma amostra contendo miçangas de vários tamanhos foi
observada para predizer a influência do tamanho dessas na amostragem.
Resultados e discussão
Após a cuidadosa execução do experimento em replicata foram obtidos três valores para a massa de
água transferida pela pipeta e três valores para a massa de água armazenada pelo balão. A partir desses
valores, usando que V = mH2Otransf/dH2O conhece-se o volume de água transferido. Como a densidade da
água é função da temperatura, é importante conhecer a temperatura da água no momento das medidas.
O erro associado ao volume transferido/armazenado pelas vidrarias pode ser calculado por meio de
ferramentas estatísticas. As fórmulas para o cálculo deste foram apresentadas ao final do roteiro do
experimento, razão pela qual não serão apresentadas neste relatório. As tabelas 1, 2, 3 e 4 sintetizam
os dados obtidos.
Tabela 1 – Temperatura e densidade da água utilizada para calibração da pipeta.
Temperatura (°C) 20
Densidade (g/mL) 0,9982
O volume de água transferido pela pipeta volumétrica foi 10,0128 ± 0,0005 mL, este é ligeiramente
superior aos 10 mL esperados. [Q.3] Se a pipeta não fosse calibrada, o volume real de solução
utilizada nas práticas que se seguem seria maior que o esperado e as medidas seriam imprecisas. [Q.2]
Para o volume calibrado, o coeficiente de variação calculado por meio da equação 1.
𝑆𝐻2𝑂
𝐶𝑉 = (1)
𝑉𝑚𝐻2𝑂
Para o volume calibrado da pipeta o coeficiente de variação obtido foi de 0,0020. O resultado é
satisfatório visto que para uma calibração confiável este deve ser menor que 1%.
Parte B – Amostragem
Representatividade da amostragem
Para a verificação da efetividade da técnica de amostragem utilizada foram calculadas as médias, erros
relativos, desvio padrão, desvio padrão relativo e definidos os intervalos de confiança com base no
teste t de student. O valor obtido no teste t, em módulo, comparado com os valores de t (de student)
críticos com 95% de confiança e três graus de liberdade permitem predizer a efetividade da técnica. Se
o valor encontrado for menor que o tabelado, aceita-se a hipótese nula H0 a um nivel de significância
de 95%.
As tabelas 5 e 6 se referem aos dados colhidos e respectivas estatísticas com o amostrador pequeno.
Estas permitem dizer que a amostragem representou bem o nível de significância requerido.
Possivelmente, uma amostra maior pode ser mais representativa por conter uma fração maior da
amostra bruta e erros de homogeneização tem o menor impacto no resultado dos testes de hipótese.
As tabelas 7 e 8 se referem aos dados colhidos e respectivas estatísticas com o amostrador grande.
Para o amostrador grande só não foi aceito o teste de hipótese para as miçangas azuis. Pelo resultado
obtido infere-se que o tamanho da amostra influencia a sua qualidade como amostra representativa.
Uma amostra muito grande podem se tornar inconveniente, pois pode exigir muito trabalho, energia e
tempo.
As tabelas 9 e 10 se referem aos dados colhidos e as respectivas estatísticas com o amostrador grande.
Para a amostragem com o quarteamento o teste de hipóteses evidenciou que para as miçangas azuis e
verdes a amostragem não foi representativa. O resultado obtido vai contra o esperado, uma vez que a
homogeneidade das miçangas após o quarteamento é maior. E quanto melhor a homogeneidade,
teoricamente, melhor a técnica de amostragem.
Tabela 9 – Amostragem por quarteamento:
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Vermelha 18 13,33% 20 14,29% 21 14,48% 15 11,36%
Azul 27 20,00% 30 21,43% 29 20,00% 29 21,97%
Verde 33 24,44% 34 24,29% 28 19,31% 37 28,03%
Preto 17 12,59% 16 11,43% 17 11,72% 11 8,33%
Amarelo 23 17,04% 22 15,71% 26 17,93% 16 12,12%
Branco 17 12,59% 18 12,86% 24 16,55% 24 18,18%
Total 135 100,00% 140 100,00% 145 100,00% 132 100,00%
Considerando que o método do quarteamento é capaz de reduzir o tamanho da amostra mantendo sua
homogeneidade, este é o mais representativo para amostras com concentrações no nível de ng/L. [Q.1]
Nessa etapa do experimento foi realizada a amostragem com o amostrador grande e com o quarteador,
sabendo-se que na amostra tinha 1% de miçangas rosas que eram o analito de interesse. Os dados
obtidos foram organizados nas tabelas abaixo.
Sr ou
Miçangas Média Er S RSD Ic 95 % Teste t Ho aceita ?
Rosa 1,14% 14,05 0,006 0,488 0,72 0,505 SIM
A amostra bruta contendo o analito também foi quarteada e, os dados dessa técnica foram registrados
nas tabelas 13 e 14.
Tabela 13 – Dados da amostragem realizada com o quarteador considerando um analito.
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Rosa 2 1,38% 0 0,00% 2 1,79% 1 0,79%
Total 145 100,00% 141 100,00% 112 100,00% 126 100,00%
Ambas as hipóteses nulas foram aceitas o que evidencia que as duas técnicas de amostragem
empregadas são representativas.
Conclusão
Terminada a parte A do experimento, tem-se que a pipeta volumétrica transfere um volume estimado
de 10,0128 ± 0,0005 mL o balão volumétrico armazena aproximadamente 99,7730 ± 0,2322 mL, até
suas respectivas marcas do menisco. Os resultados obtidos nesse experimento serão utilizados nas
próximas análises clássicas tendo por objetivo diminuir as fontes de erro encontradas.
Bibliografia
Skoog, Douglas A. ; West, Donald M. Holler F. James; “Fundamentos de Química Analítica” 8ª. Ed.
(2008), Cengage Learning. P. 164-171.