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Universidade de Brasília

Química Analítica Experimental

Experimento 1 – Calibração de vidraria e amostragem

Aluna: Letícia Sousa Borges


Matrícula: 12/0125226
Professor: Jez Willian Batista Braga

Introdução

Por ter um caráter introdutório aos conceitos de um laboratório de química analítica este experimento
foi dividido em duas partes: calibração da pipeta volumétrica e do balão volumétrico (parte A) e
amostragem (parte B).

A calibração de vidrarias é um procedimento importante em qualquer laboratório de análise visto que


ela permite fazer uma estimativa do erro de medida da vidraria, ou seja, ela verifica o quanto a medida
de volume do recipiente é confiável. Os objetivos dessa parte do experimento eram introduzir algumas
ferramentas que serão utilizadas ao longo do semestre como a realização de medidas de massa e
volume além de calibrar a pipeta e o balão volumétrico que serão utilizados em práticas subsequentes,
assim como o cálculo da estimativa do erro associado a essas vidrarias.

Partindo do pressuposto de que a amostragem é um conjunto de operações realizadas para se chegar a


uma pequena porção representativa da composição média da amostra bruta a partir de uma grande
quantidade de material, pode-se dizer que a validade das conclusões derivadas da análise de uma
amostra depende muito das técnicas utilizadas na amostragem. Essa pode ser uma das maiores fontes
de erro em uma análise química. Dessa forma, a parte B do experimento tem pode objetivo mostrar a
importância da amostragem realizando um plano de amostragem e definindo as condições
experimentais para reduzir a amostra bruta para a amostra laboratorial.

Materiais e métodos

Para o desenvolvimento da parte A foram utilizados um erlenmeyer, uma pipeta volumétrica de


10,0mL, um balão volumétrico de 100 mL, termômetro, um pipetador, uma balança analítica, um
becker, uma pipeta de Pasteur, água destilada, acetona.

O primeiro procedimento a ser realizado foi o teste do tempo de escoamento para verificar se a pipeta
estava realmente limpa, conforme nos foi falado. Este teste foi realizado transferindo um volume de
água para a pipeta volumétrica com o auxílio do pipetador e, na ausência deste, verificando-se o tempo
de escoamento da água. O tempo ideal não deve ultrapassar um minuto nem ser inferior a dez
segundos.

Após verificar que a pipeta estava suficientemente limpa, o erlenmeyer foi pesado e a balança analítica
tarada. A água destilada foi pipetada, observando-se com o máximo de precisão possível a leitura do
menisco e depois disso transferida para o erleynmeyer na balança. A massa de água foi registrada. O
procedimento descrito foi repetido duas vezes.

Para a calibração do balão volumétrico, primeiramente mediu-se a massa do balão volumétrico.


Depois, colocou-se água destilada até a marca de leitura do menisco. A massa foi novamente pesada.
Esse procedimento foi realizado outras duas vezes, sendo que, entre uma vez e outra o balão foi lavado
com acetona para acelerar sua secagem.

Os materiais necessários para a realização da parte B foram: miçangas coloridas, dois recipientes
diferentes para amostragem (um grande e outro pequeno) e um quarteador. A parte B do experimento
por sua vez foi dividida em outras 3 partes: representatividade da amostragem, amostragem
considerando um analito e influência do tamanho das partículas.

A amostragem foi realizada utilizando ambos os amostradores, primeiro o pequeno e depois o grande.
As miçangas foram contadas e os dados registrados na forma de tabelas. Posteriormente, as miçangas
contadas foram devolvidas ao pote denominado amostra bruta. Essa foi então quarteada, ou seja, foi
reduzida a 1/8 da amostra total. Na segunda atividade da parte B foram adicionadas miçangas rosas
(analito de interesse) em uma quantidade para que a concentração destas na amostra bruta fosse de
1%. A amostragem foi realizada apenas com o amostrador grande e com o quarteador e os dados
registrados em outras tabelas. Por fim, uma amostra contendo miçangas de vários tamanhos foi
observada para predizer a influência do tamanho dessas na amostragem.

Resultados e discussão

Parte A – Calibração de vidrarias.

Após a cuidadosa execução do experimento em replicata foram obtidos três valores para a massa de
água transferida pela pipeta e três valores para a massa de água armazenada pelo balão. A partir desses
valores, usando que V = mH2Otransf/dH2O conhece-se o volume de água transferido. Como a densidade da
água é função da temperatura, é importante conhecer a temperatura da água no momento das medidas.

O erro associado ao volume transferido/armazenado pelas vidrarias pode ser calculado por meio de
ferramentas estatísticas. As fórmulas para o cálculo deste foram apresentadas ao final do roteiro do
experimento, razão pela qual não serão apresentadas neste relatório. As tabelas 1, 2, 3 e 4 sintetizam
os dados obtidos.
Tabela 1 – Temperatura e densidade da água utilizada para calibração da pipeta.
Temperatura (°C) 20
Densidade (g/mL) 0,9982

Tabela 2 – Calibração da pipeta volumétrica. [Q.1]


Massa (g) Volume calculado (mL)
9,9950 10,0130
9,9948 10,0128
9,9946 10,0126
VH2O médio 10,0128
S(V H2O) 0,0002
IC 95% 0,0005
Nenhuma réplica foi descartada após a realização do teste Q, ou seja, não foram observados valores
muito discrepantes dos demais ou sem sentido físico-químico.

O volume de água transferido pela pipeta volumétrica foi 10,0128 ± 0,0005 mL, este é ligeiramente
superior aos 10 mL esperados. [Q.3] Se a pipeta não fosse calibrada, o volume real de solução
utilizada nas práticas que se seguem seria maior que o esperado e as medidas seriam imprecisas. [Q.2]
Para o volume calibrado, o coeficiente de variação calculado por meio da equação 1.
𝑆𝐻2𝑂
𝐶𝑉 = (1)
𝑉𝑚𝐻2𝑂

Para o volume calibrado da pipeta o coeficiente de variação obtido foi de 0,0020. O resultado é
satisfatório visto que para uma calibração confiável este deve ser menor que 1%.

Tabela 3 - Temperatura e densidade da água utilizada para calibração do balão volumétrico.


Temperatura (°C) 23
Densidade
(g/mL) 0,997538

Tabela 4 – Calibração do balão volumétrico. [Q.1]

mv (g) mc (g) mH2O (g) VH2O (mL)

54,2559 153,6826 99,4167 99,6721

54,2751 153,8198 99,5447 99,7904

54,2181 153,8288 99,6107 99,8565

VH2O médio (mL) 99,7730


S(V H2O) 0,0934
O volume de água armazenado no balão volumétrico, 99,7730 ± 0,2322 mL, foi um pouco inferior ao
esperado. Entretanto, o coeficiente de variação, calculado também pela equação 1, CV= 0.09365,
indica que a calibração está dentro do aceitável visto que este é menor que 1%. Valores superiores a
1% indicariam erros, no caso da pipeta volumétrica, relacionados a acuidade visual do analista que não
foi capaz de observar corretamente a marca do menisco ou com a lentidão ao registrar a massa de água
medida pela balança o que pode ter levado à perda de água por evaporação. No caso do balão
volumétrico, os erros também podem estar associados à acuidade visual do analista assim como no
caso da pipeta, mas também com a falta de cuidado no momento da realização das replicatas como
deixar resíduo de acetona. [Q.4]

Parte B – Amostragem

 Representatividade da amostragem

Para a interpretação dos resultados obtidos é importante ter em mente o conceito de


representatividade. Diz-se que uma amostra de laboratório é representativa quando suas propriedades
são similares as da amostra de onde foi retirada. No experimento em questão, será representativa a
amostragem que mantiver as proporções de bolinhas coloridas: 14% vermelhas, 21% azuis, 22%
verdes, 14% pretas, 15% amarelas e 14% brancas (ou algo, muito próximo disso). A quantidade de
material que representará a redução da amostra bruta para a amostra laboratorial não é decidida por
meio de uma fórmula quantitativa ou algo do tipo. Para evidenciar essa característica da amostragem
foram utilizadas três maneiras de reduzir o tamanho da amostra e através dos dados obtidos e da
análise estatística desses podemos inferir qual técnica é mais indicada conforme a situação.

Para a verificação da efetividade da técnica de amostragem utilizada foram calculadas as médias, erros
relativos, desvio padrão, desvio padrão relativo e definidos os intervalos de confiança com base no
teste t de student. O valor obtido no teste t, em módulo, comparado com os valores de t (de student)
críticos com 95% de confiança e três graus de liberdade permitem predizer a efetividade da técnica. Se
o valor encontrado for menor que o tabelado, aceita-se a hipótese nula H0 a um nivel de significância
de 95%.

As tabelas 5 e 6 se referem aos dados colhidos e respectivas estatísticas com o amostrador pequeno.
Estas permitem dizer que a amostragem representou bem o nível de significância requerido.
Possivelmente, uma amostra maior pode ser mais representativa por conter uma fração maior da
amostra bruta e erros de homogeneização tem o menor impacto no resultado dos testes de hipótese.

Tabela 5 – Dados para o amostrador pequeno:


Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Vermelha 9 12,33 11 15,94 9 12,50 4 5,88
Azul 18 24,66 8 11,59 13 18,06 17 25,00
Verde 10 13,70 18 26,09 14 19,44 18 26,47
Preto 13 17,81 10 14,49 20 27,78 7 10,29
Amarelo 11 15,07 11 15,94 7 9,72 11 16,18
Branco 12 16,44 11 15,94 9 12,50 11 16,18
Total 73 100,00 69 100,00 72 100,00 68 100,00
Tabela 6 – Análise estatística para replicatas do amostrador pequeno:
Miçangas Média Er S Sr ou RSD Ic 95 % Teste t Ho aceita ?
Vermelha 11,66% -16,69% 0,042 0,360 6,68% 1,11 SIM
Azul 19,83% -5,59% 0,064 0,320 10,10% 0,37 SIM
Verde 21,43% -2,61% 0,061 0,284 9,67% 0,19 SIM
Preta 17,59% 25,67% 0,075 0,424 11,86% 0,96 SIM
Amarelo 14,23% -5,15% 0,030 0,214 4,84% 0,51 SIM
Branco 15,26% 9,03% 0,019 0,121 2,95% 1,36 SIM

As tabelas 7 e 8 se referem aos dados colhidos e respectivas estatísticas com o amostrador grande.
Para o amostrador grande só não foi aceito o teste de hipótese para as miçangas azuis. Pelo resultado
obtido infere-se que o tamanho da amostra influencia a sua qualidade como amostra representativa.
Uma amostra muito grande podem se tornar inconveniente, pois pode exigir muito trabalho, energia e
tempo.

Tabela 7 – Dados para o amostrador grande:


Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Vermelha 33 16,02 27 12,50 16 8,94 17 8,42
Azul 44 21,36 41 18,98 43 24,02 41 20,30
Verde 36 17,48 46 21,30 30 16,76 55 27,23
Preto 30 14,56 40 18,52 21 11,73 30 14,85
Amarelo 31 15,05 34 15,74 34 18,99 39 19,31
Branco 32 15,53 28 12,96 35 19,55 20 9,90
Total 206 100,00 216 100,00 179 100,00 202 100,00

Tabela 8 – Análise estatística para replicatas do amostrador grande:


Miçangas Média Er S Sr ou RSD Ic 95 % Teste t Ho aceita ?
Vermelha 11,47% -18,08% 0,035 0,308 5,62% -1,43 SIM
Azul 21,17% 0,79% 0,021 0,101 3,40% 0,15 SIM
Verde 20,69% -5,96% 0,048 0,232 7,62% -0,55 SIM
Preta 14,92% 6,54% 0,028 0,187 4,43% 0,66 SIM
Amarelo 17,27% 15,15% 0,022 0,127 3,49% 2,07 SIM
Branco 14,49% 3,48% 0,041 0,282 6,50% 0,24 SIM

As tabelas 9 e 10 se referem aos dados colhidos e as respectivas estatísticas com o amostrador grande.
Para a amostragem com o quarteamento o teste de hipóteses evidenciou que para as miçangas azuis e
verdes a amostragem não foi representativa. O resultado obtido vai contra o esperado, uma vez que a
homogeneidade das miçangas após o quarteamento é maior. E quanto melhor a homogeneidade,
teoricamente, melhor a técnica de amostragem.
Tabela 9 – Amostragem por quarteamento:
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Vermelha 18 13,33% 20 14,29% 21 14,48% 15 11,36%
Azul 27 20,00% 30 21,43% 29 20,00% 29 21,97%
Verde 33 24,44% 34 24,29% 28 19,31% 37 28,03%
Preto 17 12,59% 16 11,43% 17 11,72% 11 8,33%
Amarelo 23 17,04% 22 15,71% 26 17,93% 16 12,12%
Branco 17 12,59% 18 12,86% 24 16,55% 24 18,18%
Total 135 100,00% 140 100,00% 145 100,00% 132 100,00%

Tabela 10 – Análise estatística para replicatas da amostragem por quarteamento:


Miçangas Média Er S Sr ou RSD Ic 95 % Teste t Ho aceita ?
Vermelha 13,37% -4,53% 0,014 0,107 2,27% 0,89 SIM
Azul 20,85% -0,72% 0,014 0,068 2,27% 0,21 SIM
Verde 24,02% 9,17% 0,010 0,042 1,60% 4,01 NÃO
Preta 11,02% -21,29% 0,036 0,325 5,70% 1,66 SIM
Amarelo 15,70% 4,67% 0,019 0,118 2,96% 0,75 SIM
Branco 15,05% 7,47% 0,026 0,170 4,06% 0,82 SIM

Considerando que o método do quarteamento é capaz de reduzir o tamanho da amostra mantendo sua
homogeneidade, este é o mais representativo para amostras com concentrações no nível de ng/L. [Q.1]

 Amostragem considerando um analito:

Nessa etapa do experimento foi realizada a amostragem com o amostrador grande e com o quarteador,
sabendo-se que na amostra tinha 1% de miçangas rosas que eram o analito de interesse. Os dados
obtidos foram organizados nas tabelas abaixo.

Tabela 11 – Dados do amostrador grande considerando um analito:


Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Rosa 4 1,73 3 1,41 2 0,98 1 0,45
Total 231 100,00 213 100,00 205 100,00 224 100,00

Tabela 12 – Análise estatística para as replicatas:

Sr ou
Miçangas Média Er S RSD Ic 95 % Teste t Ho aceita ?
Rosa 1,14% 14,05 0,006 0,488 0,72 0,505 SIM

A amostra bruta contendo o analito também foi quarteada e, os dados dessa técnica foram registrados
nas tabelas 13 e 14.
Tabela 13 – Dados da amostragem realizada com o quarteador considerando um analito.
Réplica 1 Réplica 2 Réplica 3 Réplica 4
Miçangas Unidade % Unidade % Unidade % Unidade %
Rosa 2 1,38% 0 0,00% 2 1,79% 1 0,79%
Total 145 100,00% 141 100,00% 112 100,00% 126 100,00%

Tabela 14 – Estatística da amostragem realizada com o quarteador considerando um analito.


Sr ou Ic 95 Ho
Miçangas Média Er S RSD % Teste t aceita ?
Rosa 0,99% -1,03% 0,008 0,783 1,23% 0,027 SIM

Ambas as hipóteses nulas foram aceitas o que evidencia que as duas técnicas de amostragem
empregadas são representativas.

 Influência do tamanho das partículas

O tamanho da partícula influenciará a determinação da quantidade de amostra a ser considerada, uma


vez que, um dos fatores a serem considerados no dimensionamento de uma amostra bruta é o tamanho
das partículas além da incerteza tolerável entre a composição da amostra bruta e do todo e do grau de
heterogeneidade do todo. [Q.2]

Conclusão

Terminada a parte A do experimento, tem-se que a pipeta volumétrica transfere um volume estimado
de 10,0128 ± 0,0005 mL o balão volumétrico armazena aproximadamente 99,7730 ± 0,2322 mL, até
suas respectivas marcas do menisco. Os resultados obtidos nesse experimento serão utilizados nas
próximas análises clássicas tendo por objetivo diminuir as fontes de erro encontradas.

A parte B exemplificou bem a importância da amostragem realizada de forma correta e os possíveis


erros associados a uma amostragem indevida. Ou seja, a amostragem deve ser feita de modo a
assegurar que a parcela em análise é correspondente à composição do todo que se deseja adquirir
informação.

Bibliografia

Skoog, Douglas A. ; West, Donald M. Holler F. James; “Fundamentos de Química Analítica” 8ª. Ed.
(2008), Cengage Learning. P. 164-171.

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