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PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES DE ACORDO COM AS


NORMAS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR.

Bruno Silveira Lacerda1

1. INTRODUÇÃO

O presente texto tem por objetivo discutir a extrema importância da implantação


de adequações e melhorias das instalações de segurança e prevenção contra
incêndio e pânico em edificações.
O fogo é sem dúvida uma das energias mais utilizadas pela humanidade e de
acordo com a Fiocruz (2012), foi a primeira energia natural utilizada pelo homem de
forma intencional, no início quando raios incendiavam árvores, o homem pré-histórico
o usava, mas não conseguia ter controle sobre ele, portanto quando apagasse,
somente com outra tempestade.
Entre 1,8 milhões e 300 mil anos atrás continua a Fiocruz (2012), o Homo
Erectus, já com um raciocínio mais evoluído, descobriu a fricção entre duas pedras,
que este atrito gerava uma faísca que produzia fogo em contato com materiais de fácil
queima.
Ao longo do tempo, o homem utilizou o fogo para se proteger, para se alimentar,
para ampliar suas áreas de plantio, e outros fins que demandava essa energia vital a
humanidade. O fogo apesar de ser essencial à vida humana, tem sido causa de
preocupações ao longo de sua descoberta aos dias atuais, pois acidentes com sua
propagação descontrolada têm tirado muitas vidas, por isso sempre houve o cuidado
para evitar surpresas desagradáveis.
Para prevenir e conter acidentes com a propagação das chamas do fogo, foi
preciso pensar em equipamentos e pessoas treinadas para tal demanda, dessa forma
segundo o Corpo de Bombeiros do Paraná (2015), no dia 2 de julho pelo decreto
assinado pelo Imperador Dom Pedro II, que instituiu o Corpo Provisório de Bombeiros
da Corte, no Rio de Janeiro e em 1880, a Corporação passou a ter organização militar
e recursos apropriados para realização de suas atividades.

1 Acadêmico de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho da Faculdade FINOM.


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Com a evolução natural das organizações, foram criadas normas


regulamentadoras a fim de padronizar aparelhos desenvolvidos para conter incêndio
e fixado em forma de diretrizes, as exigências mínimas para adequação dos
empreendimentos para que possam ter aprovação do Corpo de Bombeiros e assim
serem utilizadas de forma segura.
Atualmente as exigências quanto à adequação das normas do Corpo de
Bombeiros, passaram a ser mais rigorosas, as fiscalizações mais rígidas, podendo
acarretar em multa e interdição feita pelo Corpo de Bombeiros. Assim, se faz
necessário legalizar as edificações e áreas de risco da entidade através de normas e
legislações específicas, compostas por Instruções Técnicas, Circulares e Anexos
dispostos pelo Corpo de Bombeiros para aprovar um empreendimento.
Hoje, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar (AVCB) é exigido em
várias repartições públicas, para que sejam liberados os alvarás. Portanto, se faz
necessário a adequação das edificações e áreas de risco quanto à prevenção de
incêndio e pânico, lembrando acima de tudo, o objetivo de preservar a vida humana.
Segundo Telles e Santana (2006), o fogo é um fenômeno que ocorre com a
reação de combustão do oxigênio com material inflamável, gerando a emissão de luz
e calor. Enquanto o incêndio é a propagação do fogo descontrolado no local, gerando
a queima de todo material presente com ação de calor e fumaça, trazendo danos ao
patrimônio e à vida. A questão central e relevância desta pesquisa está baseada na
afirmativa dos autores citados, ou seja, primeiramente é necessário o conhecimento
do problema. Conceitua-se fogo, um tipo de queima, que resulta de uma reação
química em cadeia. Já o incêndio é conceituado como a presença de fogo em local
não desejado e capaz de provocar, além de prejuízos materiais: quedas, queimaduras
e intoxicações por fumaça. Os incêndios, em seu início, são muito fáceis de controlar
e de extinguir. Quanto mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as
possibilidades de reduzi-las e eliminá-las. A principal preocupação no ataque consiste
em desfazer ou romper o tetraedro do fogo. Mas, que tipo de ataque se faz ao fogo
em seu início? Qual a solução que deve ser tentada? Que instalações de segurança
e prevenção contra incêndios, podem ser feitas em um determinado local?

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2. DESENVOLVIMENTO

Segundo Telles e Santana (2006), o fogo é um fenômeno que ocorre com a


reação de combustão do oxigênio com material inflamável, gerando a emissão de luz
e calor. Enquanto o incêndio é a propagação do fogo descontrolado no local, gerando
a queima de todo material presente com ação de calor e fumaça, trazendo danos ao
patrimônio e à vida.
O fogo consiste em uma reação química que recebe o nome de combustão,
onde é necessário existir as três vértices do triangulo a seguir (FREIRE, 2009).

Figura 1: Elementos básicos para existir o fogo


Fonte: Freire (2009)

Conforme Sossígenes et. al. (2006), o calor é a energia que pode causar,
propagar e intensificar incêndios, conhecer como é transmitido é essencial para saber
como controlar um incêndio. O controle é o primeiro passo para extingui-lo. Para
compreender como o calor se transfere e necessário entender as três formas
fundamentais:

 Condução: É a transmissão de calor que se faz de molécula para


molécula de um material.
 Convecção: Método de transmissão de calor característico dos líquidos
e gases. A convecção ocorre de um fluído em movimento até a superfície
solida de um material ou para outro fluído, observando que a convecção,

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não há passagem de energia de um corpo para o outro, mas apenas


mudam de posição.
 Radiação: Transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas
que se deslocam em todas as direções. Essas ondas podem ser
refletidas ou absorvidas por uma superfície, radiação é a única forma de
transferência de calor que não depende de objeto material para se
propagar e pode aquecer materiais mais distantes de um ambiente.

O processo de queima do incêndio ocorre em estágios ou fases claramente


definidas. Segundo Telles (2006), o incêndio pode ser melhor compreendido se
estudarmos seus estágios de desenvolvimento, que pode ser caracterizada por quatro
fases:

Fase Inicial: Na fase inicial o fogo está restrito ao objeto inicialmente em queima, o
calor gerado evoluirá com o aumento do fogo, caracterizando-se por variações de
temperatura de ponto a ponto no ambiente, por consequência da inflamação
sucessiva dos objetos existentes no recinto, conforme a alimentação de ar no
ambiente. Dessa forma, os focos de incêndio originam-se em locais onde as fontes de
calor e materiais combustíveis encontrados em um só lugar, de forma que ocorrendo
a decomposição do material pelo calor, são desprendidos gases que podem se
inflamar, assim gerando o início de um incêndio (TELLES, 2006).

Fase crescente: trata-se da propagação do calor gerado no foco inicial, aquecendo


gradativamente todo o ambiente. Os gases aquecidos que se formam no foco inicial,
determinarão a transmissão de calor, que poderá ocorrer por condução, radiação ou
convecção. O calor aquece gradativamente todos os materiais combustíveis presente
no ambiente, alcançando assim seu ponto de ignição, causando a queima
instantânea, isso corre porque cria-se no teto gases aquecidos durante a fase do
crescimento do fogo, irradiando calor para os materiais combustíveis que estão
situados longe da origem do fogo. Nessa fase, o oxigeno está normatizado
relativamente, mas está sendo produzido vapor d’agua (H2O), dióxido de carbono
(CO2), monóxido de carbono (CO) e outros gases (OLIVEIRA, 2005).

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Fase totalmente desenvolvida: Trata-se de uma fase de transcrição entre o


crescimento e o desenvolvimento completo. É nesse estágio que o fogo entra na fase
crescente, quando o suprimento combustível ou oxigênio começa a ser limitado. A
partir daí vai se propagar e espalhar para outros ambientes, objetos e locais por meio
de convecção de gases quentes, na medida em que as chamas que saem pelas
aberturas (portas e janelas) podem transferir o fogo para os demais locais, quando
esse existir. Havendo oxigenação adequada o incêndio irá progredir para uma ignição
súbita e generalizada, ao contrário pode-se progredir para uma ignição explosiva
(OLIVEIRA, 2005).

Fase final: Seu início ocorre quando o incêndio já consumiu a maior parte do oxigênio
e as chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las se a
concentração de oxigênio chegar aos 15% no ambiente, permanecendo assim
somente as brasas. A temperatura ainda permanece alta e com muita concentração
de gases e fumaça densa que tendem a se expandir devido a pressão interna ser
maior que a pressão externa os gases saem por todas as aberturas do local (TELLES,
2006).

Segundo Bertoline (2010) a perda de resistência da estrutura em aço durante


o incêndio pode levar rapidamente ao colapso de uma estrutura, devido ao fato dos
materiais em aço terem um comportamento em relação ao fogo, quando entra em
contato com o incêndio, o calor gerado consegue se propagar rapidamente, não se
limitando apenas ao foco inicial, mas estendendo rapidamente a todo elemento
estrutural. Portanto, mesmo que o aquecimento não seja suficiente para danificar o
elemento metálico, a transmissão de calor pode permitir a degradação de outros
materiais em contato com o aço. Dessa forma, um aumento progressivo da
temperatura na estrutura gera uma resistência menor do aço a resistir aos esforços,
analisando que o aço sobre a ação do fogo aumenta sua deformação em todo o
elemento estrutural.
Segundo Sossígenes et. al. (2006) a classificação do incêndio e feita de acordo
com as características dos materiais combustíveis predominante na edificação,
conforme pode ser observado no quadro abaixo.

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Quadro 1: Classes de incêndio


TIPO CARACTERÍSTICAS
representa a combustão de todos os combustíveis sólidos comuns,
Classe A exemplo: madeira, papel, tecido, borracha, etc.
representa queima em materiais combustíveis inflamáveis líquidos e
Classe B gasosos.
Classe C representa fogo em equipamentos energizados.
Classe D representa a queima de metais combustíveis, em sua maioria alcalinos.
Classe K prevê fogo em óleos e gorduras de cozinha.

Fonte: Elaborado pelo autor.

2.2 Proteção contra incêndio

O termo prevenção contra incêndio está relacionado tanto à educação pública


quanto a instalação correta de medidas de proteção contra incêndio em uma
edificação. Tal prevenção se faz através de atividades que visem evitar o surgimento
do fogo, a possibilidade de sua extinção e a redução dos seus efeitos antes de os
bombeiros cheguem (CBMSP, 2018).
Segundo Oliveira (2005) a prevenção contra incêndios pode ser tão antiga
quanto a própria humanidade, tendo em vista que o fogo sempre representou uma
séria ameaça à vida. O autor defende que quando o homem ainda era nômade, ou
seja, não vivia em somente uma localidade, ele podia fugir do fogo e dos seus efeitos,
após se fixar em um só local passou sendo obrigado a encontrar meios de proteger a
vida e o patrimônio. Estima-se que a evolução dos serviços prestados pelos bombeiros
está ligada as grandes tragédias vividas pela humanidade.
Com base em resumo histórico da atuação do corpo de bombeiros realizado
pelo Corpo de Bombeiros Civil de São Paulo (2018) e a legislação que decorre a
respeito da segurança e prevenção de incêndios pode-se observar no quadro abaixo
a linha do tempo a respeito das conquistas tidas hoje em sociedade como medidas de
prevenção a tragédias provocadas pelo fogo.

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Quadro II: Evolução da prevenção de incêndios


Ano Fato
1988 Promulgação da Constituição Federal de 1988 que
estabelece que a segurança é um direito social
Atuando na prevenção de incêndio, o Corpo de Bombeiros
1909 auxiliou na edição Regulamento para os locais de
divertimentos públicos
1936 Houve um aumento da fiscalização e o Corpo de Bombeiros
passou a integrar o Departamento de Obras
1942 Surgimento da primeira Seção técnica
1947 Emissão dos primeiros Atestados de vistoria
Editada a primeira Especificação para Instalações de
1961 Proteção contra Incêndio
1961 a 1980 A atuação do Corpo de Bombeiros exigindo somente
extintores, hidrantes e sinalização de equipamentos.
1983 Surgimento da primeira especificação Corpo de Bombeiros
anexa a um Decreto
2001 Entrou e vigor Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros
2004 e 2011 Aprimoramento da Instrução Técnica do Corpo de
Bombeiros
Fonte: Elaborado pelo autor

Ono (2007) defende que o Estado de São Paulo foi o impulsionador da área de
segurança contra incêndio no país, mais especificamente, na década de 1970, em
decorrência de dois incêndios de enorme proporção e repercussão, nos Edifícios
Andraus e Joelma.
A Constituição Federal de 1988 compreende em seu Art. 5º que “Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL, 1988). Dessa é dever e direito
de todos o acesso a segurança, incluindo aqui, a proteção contra incêndio.
Para Freire (2009) a prevenção constitui um conjunto de medidas que busca
evitar uma ocorrência indesejável, nessa premissa, busca-se o estabelecimento de

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ações que visem minimizar ou evitar os danos causados pelas consequências trágicas
de acidentes que possam ocorrer, através de estratégias ou instrumentos.
De acordo com o CBMSP (2018) os objetivos da prevenção de incêndios são:

 Proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em


caso de incêndio;
 Dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio
ambiente e ao patrimônio;
 Proporcionar meios de controle e extinção do incêndio;
 Dar condições de acesso para as operações do Corpo de Bombeiros;
 Proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações e áreas de
risco.

2.3 Segurança contra incêndio

Segurança contra incêndio e pânico visa proteger a vida humana e o


patrimônio, para isso e necessário uma série de atividades para evitar o incêndio e ou
reduzir seus efeitos através de ações rápidas de combate ao incêndio. Atividades das
quais se enquadra ao projeto de combate ao incêndio e pânico (PSCIP), onde propõe
soluções técnicas retirada de normas, assim possibilita a escolha de materiais e
atividades de combate ao incêndio e pânico.
Segundo Telles (2006), as medidas de proteção contra incêndio e pânico
podem ser classificadas em duas categorias: proteção passiva e medidas de proteção
ativa. Proteção Passiva seria métodos de prevenção ao incêndio e o controle do seu
crescimento, tais como resistências dos elementos construtivos ao fogo, propor
métodos para dificultar a propagação de fumaça nos ambientes, correto
dimensionamento das rotas de fuga e fácil acesso dos bombeiros a edificação.
Proteção Ativa: São medidas relacionadas a ocorrência do incêndio (sinistro) através
de combate pelos meios de proteção instalados na edificação ou local.
Portanto, um sistema de segurança contra incêndio é composto de um conjunto
de meio ativos (sistema de detecção e alarme de incêndio, de extintores, de hidrantes
e mangotinhos, de chuveiros automáticos, etc.) e passivos de proteção (rotas de fuga,

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compartimentação, resistência ao fogo das estruturas, etc.). O nível esperado de


segurança contra incêndio pode ser obtido pela integração dos sistemas de proteção
ativa e passiva no projeto da edificação.
Segundo Silva, Vargas e Ono (2010), a principal finalidade da “segurança
contra incêndio em edificações” é minimizar o risco à vida das pessoas expostas ao
sinistro. Uma vida humana é perdida a cada dez minutos devido a incêndios, segundo
estatísticas internacionais. A principal causa desses óbitos é a exposição à fumaça
tóxica que ocorre nos primeiros momentos do sinistro. Entende-se, portanto, como
risco à vida, a exposição severa dos usuários da edificação à fumaça, ao calor e aos
gases quentes, e em menor nível, à falência de elementos construtivos. Dessa forma,
a segurança à vida depende prioritariamente da boa concepção do projeto, a fim de
permitir a rápida desocupação dos ambientes atingidos e ameaçados pelas chamas.
Edifícios de pequeno porte, de fácil desocupação, exigem menos dispositivos
de segurança e a verificação do comportamento da estrutura em situação de incêndio
pode ser dispensada. Edifícios de maior porte, onde sua complexidade pode dificultar
a desocupação rápida e que um eventual comprometimento estrutural devido ao
incêndio pode pôr em risco a vizinhança ou a própria equipe de salvamento e combate
ao fogo, exigem maior nível de segurança contra incêndio, incluindo a verificação das
estruturas, pois o aço, o concreto, a madeira, assim como outros materiais estruturais,
tem sua capacidade, portanto, reduzida quando submetido a altas temperaturas.
Assim, o nível mínimo de segurança contra incêndio em edificações, para fins
de segurança à vida ou ao patrimônio é geralmente estipulado em códigos e normas
que incluem requisitos que devem ser atendidos tanto no projeto arquitetônico, como
no projeto hidráulico, elétrico, de ar-condicionado e de estruturas.
Segundo Fernandes (2010) a responsabilidade sob aspecto legal é do Corpo
de Bombeiros Militar, conforme art.144 da CF/88, adotando métodos de combate e
prevenção ao incêndio e pânico através das normas brasileiras para a execução e
análise de projetos (PSCIP). Dentre as normas brasileiras utilizadas pelo Corpo de
Bombeiro Militar de Minas gerais vale destacar:

 NBR 14323 - Dimensionamento de estrutura do aço em situação de


incêndio.
 NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios.

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 NBR 13434 - Sinalização de segurança contra incêndio e pânico.


 NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência.
 NBR 14276 - Programa de brigada de incêndio.
 NBR 9050 - Acessibilidade e Edificações, Mobiliários Espaços e
Equipamentos Urbanos.
 NBR 13714 - Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos para combate
a incêndio.
 NBR 12693 - Sistema de proteção por extintor de incêndio.
 NBR 15808 - Extintores de incêndio portáteis.
 NBR 15809 - Extintor de incêndio sobre rodas.
 NBR 9441 - Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio.
 NBR 13848 - Acionador manual para utilização de sistemas de
detecção e alarme de incêndio.
 NBR 10897 - Proteção contra incêndio por chuveiros automático.

De acordo com Telles (2010) a escolha adequada dos dispositivos de proteção


deve ser feita sob classificação feita pelas tabelas do anexo A da IT 01 do Corpo de
Bombeiros Militar de Minas gerais, contendo as exigências de proteção para cada
ocupação e grupo da edificação. Dentre essas proteções pode-se destacar:

Saídas de Emergência: Em caso de incêndio e pânico sua função e proteger a


integridade física da população proporcionando um caminho devidamente protegido e
dimensionado para um escoamento seguro dos ocupantes, e permitir acesso rápido a
guarnição do Corpo de Bombeiros Militar.

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Figura 2: Abertura de portas de saída


Fonte: ABNT (2001)

Sinalização de Emergência: Sua função e informar o usuário sobre alertas,


orientação de sistemas e equipamentos de combate a incêndio e orientar a população
a rota de saída de emergência da edificação.

Figura 3: Exemplos de sinalização de emergência


Fonte: CBMGO (2014).

Iluminação de Emergência: Tem por finalidade iluminar os ambientes afim de facilitar


o escoamento da população e ação da guarnição do Corpo de Bombeiros Militar sobre
o local quando este estiver ausente de iluminação.

Figura 4: Exemplo de instalação de luminária de iluminação de emergência


Fonte: ABNT (1999)

Extintores de Incêndio: Aparelho utilizado para combate inicial ao incêndio, a


escolha da sua classe e quantidade varia de cada projeto tendo como referência a

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norma NBR 12.693 e a instrução técnica 16 do corpo de bombeiros militar de Minas


Gerais.

Figura 5: Simbologia para extintores de incêndio


Fonte: ABNT (1993)

Hidrantes e Mangotinhos: Equipamento construído por uma rede de tubulações que


distribuem água pressurizada para todo o sistema afim de combater o incêndio
quando este não for contido por extintores.

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Figura 6: Exemplo de instalação de sistema de mangotinho com válvula globo angular prumada
Fonte: CBMGO (2014)

Sistema de Detecção e alarme de incêndio: São dispositivos instalados de forma


interligada a uma central e com elementos manuais para detectar início de incêndio e
através de sinal sonoro avisar toda a população da edificação, dessa forma e um
sistema que se faz muito importante para ações iniciais para combater o incêndio.

Figura 7: Símbolos de sistemas de detecção e alarmes de incêndio


Fonte: ABNT (2010)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, onde mostrou-se a


importância de um projeto de prevenção e combate a incêndio e pânico, para a
preservação da vida e do patrimônio, baseando-se nas normas do Corpo de Bombeiro
Militar.
Portanto, entende-se que para ter um sistema de proteção contra incêndio e
pânico eficaz, são necessários diversos fatores, conforme apresentado no trabalho.
As questões referentes à segurança da vida e do patrimônio, no contexto da
prevenção e combate ao incêndio, deverão sempre estar na pauta das discussões do
Poder Público, Corpo de Bombeiros e entidades de classe como o CREA.
Conclui-se que a engenharia possui papel importante no que tange às questões
relacionadas a projeto, tecnologia, construção, normas e leis que vão de encontro à
preservação da vida e do patrimônio e precisam estar atualizadas à realidade urbana
e social.

REFERÊNCIAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 9077: Saídas de emergência


em edifícios. Rio de Janeiro, 2001.

______. NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro, 1999.

______. NBR 12693: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro,
1993.

______. NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto,


instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de
incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro, 2010.

BERTOLINI, L. Materiais de construção: patologia, reabilitação, prevenção – São


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CBMGO. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Norma técnica 20/2014:


Sinalização de emergência. 2014. Disponível em:
https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2014/03/nt-20_2014-
sinalizacao-de-emergencia.pdf. Acesso em: 14/07/2019.

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CBMGO. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. Norma técnica 22/2014:


sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. 2014. Disponível
em: https://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2014/10/nt-22_2014
sistemas-de-hidrantes-e-de-mangotinhos-para-combate-a-incendio.pdf. Acesso em:
14/07/2019.

CBMPR. Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Paraná. Histórico do corpo de


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em:<http://www.bombeiros.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2>.
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CBMSP. Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo. Instrução Técnica Nº


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Disponível em: https://www.unicesumar.edu.br/biblioteca/wp-
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FERNANDES. I. R. Engenharia de segurança contra incêndio e pânico. 1º ed.


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