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Olhares brasileiros sobre

Cervantes
Uma exposição em São Paulo mostra como é vista a
figura do autor do 'Dom Quixote' no imaginário
artístico latino-americano

EL PAÍS

São Paulo - 26 JUN 2017 - 18:24 BRT


Interpretação de Cervantes TEODORA FREIRE

Miguel de Cervantes, aquele espanhol que criou uma das


grandes personagens da literatura universal, já ocupa um lugar
no imaginário do mundo inteiro. Cada cultura se apropria de um
escritor de um jeito diferente. Por isso hoje há muitos Cervantes,
até um Cervantes específico da América Latina. Um Cervantes
que até pode ser representado com referências a Lampião, como
fez a espanhola Teodora Freire, residente há muitos anos no
Brasil. Essa obra faz parte da mostra aberta nesta sexta-feira em
São Paulo com grafites, aquarelas, pinturas, fotomontagens e
inclusive um bordado (do paulistana Julio Cesar Basle), imagens
todas que jogam com o rosto de um dos fundadores do romance
moderno.

Tudo começou nas aulas do Instituto MAIS INFORMAÇÕES


Cervantes, a instituição do Governo
espanhol que tenta espalhar essa língua pelo
mundo e que tem o nome do autor de Dom Equipe da Espanha
Quixote. Em 2016, quando foi comemorado crê ter encontrado
o quarto centenário da morte do escritor, os restos mortais de
Miguel de
estudantes brasileiros de espanhol fizeram Cervantes
como atividade a composição de dois
grandes poemas coletivos. Realismo mágico
ou mago do
realismo?
A partir desses versos, 21 artistas de vários
O grande teatro do
países da América Latina procuraram
mundo
inspiração para as suas obras. Ainda que o
rosto do escritor seja um ponto em comum Operação
‘encontrar
entre as obras, suas feições, na verdade, são
Cervantes’
um mistério: o único que se sabe dele é que
tinha um nariz grande e reto, e seis dentes,
segundo a descrição que ele fez de si mesmo em umas das suas
obras mais conhecidas, as Novelas Ejemplares,como lembram os
curadores da exposição, a cervantista espanhola Marta Pérez
Rodríguez e Carlos Jiménez, da galeria paulistana Gode. Isso
além da lenda de que ele perdeu um braço na batalha de Lepanto
contra os turcos.

A mostra, apresentada na sala de exposições do Instituto


Cervantes, na Avenida Paulista, também enseja a oportunidade
de descobrir uma das partes menos conhecidas da obra do
escritor, a sua poesia. Cada uma das obras vem acompanhada de
versos do autor de Dom Quixote colhidos pelo cervantista
espanhol José Montero Reguera. A exposição estará aberta até o
dia 29 de julho.

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