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KIT PRÁTICO DA ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA

Módulo 1 – Requerimentos Administrativos

AO ILMO(A). SR(A). GERENTE EXECUTIVO(A) DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA


SOCIAL DE

SEGURADO(A), (qualificação completa), vem, por meio de seus


procuradores, requerer a concessão de PENSÃO POR MORTE
pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos:

O Requerente foi casado com a segurada do RGPS, inscrita no RG sob o nº e


no CPF sob o nº , desde XXXXXXX, conforme certidão de casamento que acompanha
o presente requerimento.

Em XX/XX/XXXX a segurada NOME faleceu. Por tal razão, no dia 07/12/2017


foi agendado requerimento de pensão por morte, amparado no artigo 74, inciso II,
da Lei 8.213/91:

Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes
do segurado que falecer, aposentado ou não, a conta da data:
(Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no
inciso anterior; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

Com efeito, considerando que a concessão do benefício de pensão por morte


depende da ocorrência do evento morte, da demonstração da qualidade de segurada
da de cujus e da condição de dependente de quem objetiva a pensão, oportuno
analisar os requisitos exigidos para seu deferimento.

DA QUALIDADE DE DEPENDENTE DA REQUERENTE


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Nos termos do art. 16, inciso I, da Lei 8.213/91, é beneficiário do Regime


Geral da Previdência Social na condição de dependente do segurado o CÔNJUGE.
Além disso, veja-se o que dispõe o § 4º do artigo citado:

A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é


presumida e a das demais deve ser comprovada. (grifei)

Em vista disso, para comprovação de sua qualidade de dependente, o


Requerente apresenta certidão de casamento do casal, celebrado em XX/XX/XXXX

Com efeito, resta demonstrado que a extinta e o Requerente constituíram


matrimônio e uma família, de forma que viveram juntos, sem se separar, pelo menos,
desde XXXXXXX

DA QUALIDADE DE SEGURADO DO SEGURADO FALECIDO

Por sua vez, no que tange a qualidade de segurado do extinto, vislumbra-se


que a falecida, nascida em XX/XX/XXXX (vide carteira de identidade anexa), laborou
como PESCADORA ARTESANAL até a data do seu falecimento.

Para fins de comprovação do tempo de serviço como pescadora artesanal,


desempenhado pela segurada instituidora até a data do falecimento, o Requerente
apresenta, dentre outros, os seguintes documentos (em anexo):

(DOCUMENTOS APRESENTADOS)

Ademais, a instrução normativa nº 77 INSS/PRES estabelece a possibilidade


de realização de Justificação Administrativa para comprovação da atividade de
PESCADOR ARTESANAL, em caso de necessidade (grifos nossos):

Art. 39. São considerados segurados especiais o produtor rural e o


pescador artesanal ou a este assemelhado, desde que exerçam a
atividade rural individualmente ou em regime de economia familiar,
ainda que com o auxílio eventual de terceiros.
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§1º A atividade é desenvolvida em regime de economia familiar


quando o trabalho dos membros do grupo familiar é indispensável à
sua subsistência e desenvolvimento socioeconômico, sendo exercido
em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização
de empregados permanentes, independentemente do valor auferido
pelo segurado especial com a comercialização da sua produção,
quando houver, observado que:
I - integram o grupo familiar, também podendo ser enquadrados
como segurado especial, o cônjuge ou companheiro, inclusive
homoafetivos, e o filho solteiro maior de dezesseis anos de idade ou a
este equiparado, desde que comprovem a participação ativa nas
atividades rurais do grupo familiar;
[...]

Art. 579. Para a comprovação de atividade rural em qualquer


categoria, caso os documentos apresentados não sejam
suficientes, por si só, para a prova pretendida, mas se
constituam como início de prova material, a pedido do
interessado, poderá ser processada JA, observando que:
I - servem como prova material, dentre outros, no que couber,
os documentos citados nos arts. 47 e 54;
II - deverá ser observado o ano de expedição, de edição, de emissão
ou de assentamento dos documentos referidos no inciso I deste
artigo; e
III - os documentos dos incisos I e III a X do artigo 47, quando em
nome do próprio requerente dispensam a realização de JA para
contagem de tempo rural em benefício urbano e certidão de
contagem recíproca.
§1º Tratando-se de comprovação na categoria de segurado especial,
o documento existente em nome de um dos componentes do grupo
familiar poderá ser utilizado como início de prova material, por
qualquer dos integrantes deste grupo, assim entendidos os pais, os
cônjuges, companheiros, inclusive os homoafetivos e filhos solteiros
ou a estes equiparados.
§2º Caso os documentos apresentados não sejam suficientes para a
comprovação da área, contínua ou descontínua, ou da embarcação
utilizada, para o desenvolvimento da atividade, assim como a
comprovação da identificação do proprietário por meio do nome e
CPF, deverá ser apresentada a declaração do segurado constante do
Anexo XLIV.

Saliente-se, ainda, que para o reconhecimento do tempo de serviço do


pescador artesanal (segurado especial) não há exigência legal de que o documento
apresentado como início de prova material abranja todo o período que se quer
comprovar. É preciso, no entanto, que o início de prova material seja
contemporâneo aos fatos alegados e referir-se, pelo menos, a uma fração
daquele período(STJ – AgRg no Resp. 1.320.089/PI 2012/0082 553-9, Rel. Min.
Castro Meira, DJ 09/10/2012, T2 – Segunda Turma, Dje 18/10/2012).
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Por oportuno, REQUER a produção de prova testemunhal, com o


processamento de Justificação Administrativa, para que não pairem dúvidas
acerca do exercício da atividade de pescador artesanal em regime de economia
familiar. Nesse sentido:
PREVIDENCIÁRIO. REMESSA NECESSÁRIA - NÃO CABIMENTO.
ATIVIDADE DE PESCA ARTESANAL EM REGIME DE ECONOMIA
FAMILIAR. RAZOÁVEL INÍCIO DE PROVA MATERIAL CORROBORADO
PELA PROVA TESTEMUNHAL. QUALIDADE DE SEGURADO ESPECIAL
COMPROVADA. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE.
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. CONDENAÇÃO -
CONSECTÁRIOS LEGAIS (ART. 1º, LEI Nº 94.94/97, COM REDAÇÃO
PELA LEI Nº 11.960/09). IMPLANTAÇÃO IMEDIATA DO BENEFÍCIO.
1. É excluída da ordem do duplo grau de jurisdição a sentença contra
a União e respectivas autarquias e fundações de direito público que
esteja a contemplar condenação ou proveito econômico na causa por
valor certo e líquido inferior 1.000 (mil) salários mínimos, ex vi do
artigo 496, parágrafo 3º, inciso I, do Código de Processo Civil. 2. Para
a concessão de aposentadoria rural por idade, disciplinada nos
parágrafos do artigo 48 da Lei 8.212/91, deve o beneficiário
demonstrar a sua condição de segurado especial, atuando na
produção rural em regime de economia familiar, pelo período de 180
meses (para os casos em que implementadas as condições a partir de
2011, conforme tabela progressiva constante no artigo 142
combinado com o artigo 143, ambos da Lei de Benefícios) e o
requisito idade, qual seja, 60 anos para homens e 55 para mulheres.
Para este benefício, a exigência de labor rural por, no mínimo, 180
meses (tabela do artigo 142 da Lei 8.212/91) é a carência, não se
exigindo prova do recolhimento de contribuições. 3. O pescador
artesanal, para efeitos previdenciários, é considerado segurado
especial, nos termos do art. 11, inciso VII, da Lei n.º 8.213/91,
recebendo disciplina semelhante a do trabalhador rural para
cômputo do tempo de serviço. Uma vez comprovado o exercício
de atividade na condição de segurado especial, a implementar a
carência exigida por Lei, mediante início de prova material
corroborada por robusta prova testemunhal, não há óbice à
concessão do benefício de aposentadoria por idade rural.4. A
fixação dos índices de correção monetária e de juros moratórios deve
ser diferida para a fase de cumprimento de sentença, a iniciar-se com
a observância dos critérios da Lei 11.960/2009, de modo a
racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedição de
precatório pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo
Tribunal Federal, decisão sobre o tema com caráter geral e
vinculante. Precedentes do STJ e do TRF da 4ª Região. 5.
Considerando os termos do art. 497 do CPC/2015, que repete
dispositivo constante do art. 461 do Código de Processo Civil/1973, e
o fato de que, em princípio, a presente decisão não está sujeita a
recurso com efeito suspensivo (Questão de Ordem na AC nº
2002.71.00.050349-7/RS - Rel. p/ acórdão Desemb. Federal Celso
Kipper, julgado em 09/08/2007 - Terceira Seção), o presente julgado
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deverá ser cumprido de pronto quanto à implantação do benefício


postulado, observando-se o prazo de 30 (trinta) dias úteis. (TRF4, AC
5018186-17.2017.404.9999, TURMA REGIONAL SUPLEMENTAR DO
PR, Relator AMAURY CHAVES DE ATHAYDE, juntado aos autos
em 11/10/2017, grifos acrescidos).

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE.


SEGURADO ESPECIAL. PESCADOR ARTESANAL. EXISTÊNCIA
DE INÍCIO DE PROVA MATERIAL. TRABALHO
COMPROVADO. 1. Atingida a idade mínima exigida e
comprovado o exercício da atividade rural pelo período
exigido em lei, mediante a produção de início de prova
material, corroborada por prova testemunhal idônea, o
segurado faz jus à aposentadoria por idade, como
segurado especial, na condição de pescador atesanal..2. A
relação de documentos referida no art. 106 da Lei n.º
8.213/1991 é exemplificativa. Admitidos, como início de prova
material, quaisquer documentos que indiquem, direta ou
indiretamente, o exercício da atividade rural no período
controvertido, inclusive em nome de outros membros do grupo
familiar. 3. Em decisão proferida no Recurso Especial
1.348.633/SP, o qual seguiu o rito dos recursos repetitivos,
firmou-se entendimento de que as provas testemunhais, tanto
do período anterior ao mais antigo documento quanto do
posterior ao mais recente, são válidas para complementar o
início de prova material do tempo de serviço rural. A prova
testemunhal, desde que robusta, é apta a comprovar os claros
não cobertos pela prova documental. 4. Nos casos dos
trabalhadores pescadores artesanais especificamente,
considerando a informalidade com que é exercida a profissão,
o entendimento pacífico desta Corte é no sentido de que a
exigência de início de prova material, embora subsistente, deve
ser abrandada. (TRF4, AC 0015459-10.2016.404.9999,
QUINTA TURMA, Relatora TAÍS SCHILLING FERRAZ, D.E.
23/05/2017)

Destarte, diante da prova documental apresentada, resta demonstrado


o exercício da atividade de pescadora artesanal pela segurada instituidora. De
qualquer forma, requer a produção de prova testemunhal mediante processamento
de Justificação Administrativa.

Portanto, faz jus o Requerente, Sr. LOURIVAL à pensão por morte


requerida, tendo em vista que comprovada a qualidade de segurada de sua
falecida esposa quando do óbito, em XX/XX/XXXX
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Quanto à data de início do benefício, considerando o disposto no inciso I, do


art. 74 da Lei 8.213/91, o benefício deverá ser concedido desde a data do
agendamento do requerimento administrativo, em XX/XX/XXXX.

Aliás, deverá ser concedido de forma vitalícia, nos termos do número “6”,
da alínea “c”, do inciso V, do artigo 77, da Lei 8.213/91, considerando que o
Requerente contava com 54 anos de idade por ocasião do óbito.

DOS REQUERIMENTOS

ANTE O EXPOSTO, requer:

1. O recebimento do presente requerimento;

2. A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial


documental e testemunhal. Em caso de necessidade de dilação probatória,
requer seja aberto prazo para cumprimento das exigências pertinentes;

3. A concessão do benefício de PENSÃO POR MORTE ao Requerente, em razão


do óbito da Sra. MARIA DE LOURDES, a contar da data do agendamento do
requerimento administrativo XX/XX/XXXX, com fulcro nos artigos 74 e
seguintes da Lei 8.213/91.

4. Não sendo reconhecido o direito ao benefício de pensão por morte para o


Sr. LOURIVAL, que imediatamente seja agendada cópia do processo
administrativo deste benefício, devendo correr o prazo recursal somente
após a entrega da cópia do processo. Requer que agendamentos sejam
informados para o procurador no momento do indeferimento do pedido.

Nestes Termos, pede Deferimento.

Local e data

Advogado

OAB Nº

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