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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6

21/10/2014 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.731 MINAS


GERAIS

RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO


AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DIOGO JUNIOR
ADV.(A/S) : FÁBIO DE SOUZA DE PAULA

EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO


EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO CONSUMIDOR.
DANO MORAL. ESPERA EXCESSIVA EM FILA DE INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. SÚMULAS 282 E 356/STF. CONTROVÉRSIA QUE
DEMANDA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL.
NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO PROBATÓRIO.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
Temas constitucionais do apelo extremo não foram objeto de análise
prévia e conclusiva pelo Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282
e 356/STF.
O Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o ARE
687.876-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Presidente, à época o
Ministro Ayres Britto, decidiu pela ausência de repercussão geral a
questão sobre danos morais por espera excessiva em fila de instituição
financeira, por demandar a análise da legislação local pertinente, bem
como o reexame do material fático-probatório dos autos (Tema 623).
O art. 543-A, § 5º, do CPC, bem como os arts. 326 e 327 do RI/STF,
dispõe que a decisão desta Corte quanto à inexistência de repercussão
geral valerá para todos os casos que versem sobre questão idêntica.
Agravo regimental a que se nega provimento.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da


Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de julgamento e das

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ARE 696731 AGR / MG

notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao


agravo regimental, nos termos do voto do relator.
Brasília, 21 de outubro de 2014.

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - RELATOR

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Relatório

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21/10/2014 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.731 MINAS


GERAIS

RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO


AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DIOGO JUNIOR
ADV.(A/S) : FÁBIO DE SOUZA DE PAULA

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):

1. Trata-se de agravo regimental cujo objeto é decisão que


conheceu do agravo e negou seguimento ao recurso extraordinário (art.
544, § 4º, II, b, do CPC), tendo em vista que: (i) a alegada ofensa ao
dispositivo constitucional tido por violado não foi apreciada pelo acórdão
recorrido. Tampouco foram opostos embargos de declaração para sanar
eventual omissão (Súmulas 282 e 356/STF); (ii) a jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmada no sentido da ausência de repercussão
geral a questão sobre danos morais por espera excessiva em fila de
instituição financeira, por demandar a análise da legislação local
pertinente, bem como o reexame do material fático-probatório dos autos
(ARE 687.876-RG, julgado sob a relatoria do Ministro Presidente, à época
o Ministro Ayres Britto).
2. A parte agravante afasta as razões da decisão agravada e
reafirma as razões do recurso extraordinário.
3. É o relatório.

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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO

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21/10/2014 PRIMEIRA TURMA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.731 MINAS


GERAIS

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO (Relator):

1. O agravo não deve ser provido, tendo em vista que a parte


recorrente se limita a repetir as alegações do recurso extraordinário, sem
trazer novos argumentos suficientes para modificar a decisão ora
agravada.
2. No caso, a Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais
da Comarca de Lavras/MG manteve sentença que julgou procedente
pedido de indenização, formulado em razão do excesso de tempo que o
consumidor aguardou em fila até o atendimento pela instituição bancária,
ora agravante.
3. O recurso extraordinário é inadmissível, tendo em vista
que o art. 5º, XXXV, da Constituição Federal não foi objeto de apreciação
pela Turma de origem. Tampouco foram opostos embargos de declaração
para sanar eventual omissão quanto ao tema. O recurso extraordinário
carece, portanto, de prequestionamento (Súmulas 282 e 356/STF).
4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal afasta o
cabimento de recurso extraordinário para o questionamento de alegadas
violações à legislação infraconstitucional sem que se discuta o seu sentido
à luz da Constituição. Nessa linha, veja-se a seguinte passagem da
ementa do AI 839.837-AgR, julgado sob a relatoria do Ministro Ricardo
Lewandowski:

“[...]
II - A jurisprudência desta Corte fixou-se no sentido de
que a afronta aos princípios constitucionais da legalidade, do
devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, se
dependente de reexame prévio de normas infraconstitucionais,
em regra, seria indireta ou reflexa. Precedentes.”

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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO

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ARE 696731 AGR / MG

5. Ademais, o Plenário virtual do Supremo Tribunal Federal,


ao apreciar o ARE 687.876-RG, julgado sob a relatoria do Ministro
Presidente, à época o Ministro Ayres Britto, assentou entendimento pela
ausência de repercussão geral a questão sobre danos morais por espera
excessiva em fila de instituição financeira, por demandar a análise da
legislação local pertinente, bem como o reexame do material fático-
probatório dos autos. Nessa linha, veja-se a ementa do julgado (Tema
623):

“DIREITO DO CONSUMIDOR. ESPERA EXCESSIVA EM


FILA DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. DANOS MATERIAIS E
MORAIS. NECESSIDADE DE REEXAME DA LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO DOS AUTOS. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL.
A questão atinente à responsabilidade por danos materiais
e morais decorrentes da espera excessiva em fila de instituição
financeira não tem estatura constitucional, fazendo-se
necessário o exame da legislação infraconstitucional e do
conjunto fático-probatório dos autos (Súmulas 280 e 279 do
STF).
Inexistência de repercussão geral da matéria suscitada.
Recurso extraordinário não conhecido.”

5. O art. 543-A, § 5º, do CPC, bem como os arts. 326 e 327 do


RI/STF, dispõe que a decisão desta Corte quanto à inexistência de
repercussão geral valerá para todos os casos que versem sobre questão
idêntica.
6. Diante do exposto, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.

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Supremo Tribunal Federal
Extrato de Ata - 21/10/2014

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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.731


PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : JOSÉ ROBERTO DIOGO JUNIOR
ADV.(A/S) : FÁBIO DE SOUZA DE PAULA

Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos


termos do voto do relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Marco Aurélio. Primeira Turma, 21.10.2014.

Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à


Sessão os Senhores Ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Rosa Weber e
Roberto Barroso.

Subprocuradora-Geral da República, Dra. Déborah Duprat.

Carmen Lilian Oliveira de Souza


Secretária da Primeira Turma

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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