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GRUPO I - PARTE A

Leia o excerto da Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, que se apresenta de seguida. Em caso de necessidade, consulte
as notas.

Lianor Vaz: Leixemos1 isto, eu venho


com grande amor que vos tenho
porque diz o exemplo2 antigo
que amiga e bom amigo
(1) leixemos: deixemos.
5 mais aquenta3 que o bom lenho.
(2) exemplo: provérbio.
(3) aquenta: aquece.
Inês está concertada
(4) pera: para.
(5) nam é ela
pera4 casar com alguém?
embaraçada: não está Mãe: Até ‘gora com ninguém
comprometida. nam é ela embaraçada.5
(6) praz: apraz, agrada. 1 Lianor Vaz: Em nome do anjo bento
(7) senam com homem 0 eu vos trago um casamento
avisado: senão com
homem conveniente,
filha nam sei se vos praz.6
ajuizado.
(1) leixemos: deixemos.
Inês Pereira: E quando Lianor Vaz?
(8) exemplo:
(2) pelado: sem dinheiro.
provérbio. Lianor Vaz: Já vos trago aviamento.
(9) aquenta:
(3) discreto: aquece.
inteligente,
sensato. Inês Pereira: Porém nam hei de casar
(4) pera: para.
(10) em camisa: sem
(5) nam é ela 1 senam com homem avisado7
roupa (sem dote).
embaraçada: não está 5 inda que pobre e pelado8
(11) veredes: vereis.
comprometida.
(12)praz:
discrição:
seja discreto9 em falar
(6) apraz, agrada.
inteligência, sensatez. que assi o tenho assentado.
(7) senam com homem
(13) alfaqui:
avisado: senãosacerdote
com Lianor Vaz: Eu vos trago um bom marido
ou legista,
homem entre os
conveniente, rico, honrado, conhecido.
muçulmanos.
ajuizado. 2 Diz que em camisa10 vos quer.
(8) pelado: sem dinheiro. 0 Inês Pereira: Primeiro eu hei de saber
(9) discreto: inteligente,
se é parvo se é sabido.
sensato.
(10) em camisa: sem
roupa (sem dote). Lianor Vaz: Nesta carta que aqui vem
pera vós filha d’amores
veredes11 vós minhas flores
2 a discrição12 que ele tem.
5 Inês Pereira: Mostrai-ma cá quero ver.
Lianor Vaz: Tomai. E sabeis vós ler?
Mãe: Ui e ela sabe latim
e gramáteca e alfaqui13
e sabe quanto ela quer.
3
0

Lê Inês Pereira a carta, a qual diz assi:

Senhora amiga Inês Pereira:


3 Pero Marques vosso amigo
5 que ora estou na nossa aldea
mesmo na vossa mercea14
me encomendo e mais digo:
digo que benza-vos Deos
que vos fez de tam bom jeito
4 bom prazer e bom proveito
0 veja vossa mãe de vós.
E de mi também assi
ainda que eu vos vi
estoutro dia de folgar
e nam quisestes bailar
nem cantar presente mi.
4 Inês Pereira: Na voda15 de seu avô
5 ou donde me viu ora ele?
Lianor Vaz este é ele?
Lianor Vaz: Lede a carta sem dó
que inda eu sam contente dele.

5
0

Torna Inês Pereira a prosseguir com a carta:

Nem cantar presente mi


pois Deos sabe a rebentinha16
5 que me fizestes então.
5 Ora Inês que hajais benção
de vosso pai e a minha
que venha isto a concrusão.17
E rogo-vos como amiga
que samicas18 vós sereis
que de parte me faleis
6 antes que outrem vo-lo diga.
0 E se nam fiais de mi
esteja vossa mãe aí
e Lianor Vaz de presente.
Veremos se sois contente
que casemos na boa hora.
6 Inês Pereira: Dês19 que nasci até agora
5 nam vi tal vilão com’este
nem tanto fora de mão.
(14) mercea: mercê. Lianor Vaz: Nam queiras ser tam senhora
(15) voda: boda. casa filha que te preste
(16) rebentinha: raiva,
nam percas a ocasião.
fúria.
Queres casar a prazer
(17) concrusão:
conclusão. 7 no tempo d’agora Inês?
(18) samicas: talvez, 0 Antes casa em que te pês20
porventura. que não é tempo d’escolher.
(19) dês: desde. Sempre eu ouvi dizer:
ou seja sapo ou sapinho
(20) pês: custe,
desagrade. ou marido ou maridinho
(21) mister: 7 tenha o que houver mister21
necessidade. 5 este é o certo caminho.

Apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.

1. Explique o motivo que traz Lianor Vaz até à casa de Inês Pereira e mostre qual é a função que aquela
personagem tem na farsa.
2. Descreva o modelo de marido ideal que Inês Pereira apresenta a Lianor Vaz. Justifique a sua resposta com três
citações do texto.
3. A carta de Pero Marques mostra bem o objetivo do pretendente. Explicite os elogios que são apresentados à
destinatária da missiva.
4. Inês não reage de forma positiva à carta que leu. Descubra as estratégias persuasivas que as falas de Lianor
Vaz apresentam e relacione-as com a intenção da personagem.

PARTE B

Leia o excerto da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, que se apresenta de seguida.

Inês Pereira: Enfim que novas trazeis?


Vidal: O marido que quereis
de viola e dessa sorte
nam no há senam na corte
5 que cá não no achareis.
[...]
Inês Pereira: Tudo é nada enfim.

Vidal: Esperai, aguardai ora.


Soubemos dum escudeiro
de feição de atafoneiro1
10 que virá logo essora.
Que fala e com’ora fala
estrogirá2 esta sala
e tange e com’ora tange
alcança quanto abrange
15 e se preza bem da gala.
[...]

Vidal: Filha Inês assi vivais


que tomeis esse senhor
escudeiro cantador
20 e caçador de pardais
sabedor, rebolvedor3
falador, gracejador
afoitado4 pela mão
e sabe de gavião.
Tomai-o por meu amor.
25 Podeis topar5 um rabugento
desmazalado, baboso
descancarrado,6 brigoso
medroso, carrapatento.7
Este escudeiro aosadas8
30 onde se derem pancadas
(1) atafoneiro: moleiro. ele as há de levar
(2) estrogirá: fará boas senam apanhar.
estrondo, atroará. Nele tendes boas fadas.
(3) rebolvedor: valente,
brigão.
Mãe: Quero rir com toda a mágoa
(4) afoitado: ousado.
35 destes teus casamenteiros
(5) topar: encontrar.
nunca vi judeus ferreiros
(6) descancarrado:
descarado, aturar tam bem a frágua.
desavergonhado. Não te é milhor mal por mal
(7) carrapatento: Inês um bom oficial
embusteiro. 40 que te ganhe nessa praça
(8) aosadas: sem
que é um escravo de graça
dúvida.
e casarás com teu igual?
(9) tolher: impedir
(10) quam sois fora de
feição: Que tolice!
Latão: Senhora perdei cuidado.
O que há de ser há de ser
45 e ninguém pode tolher9
o que está determinado.
Vidal: Assi diz rabi Zarão.
Mãe: Inês guar-te de rascão
escudeiro queres tu?
50 Inês Pereira: Jesu nome de Jesu
quam fora sois de feição.10
Já minha mãe adevinha.
Houvestes por vaidade
casar à vossa vontade
eu quero casar à minha.
55 Mãe: Casa filha muito embora.
Escudeiro: Dai-me essa mão senhora.
Inês Pereira: Senhor de mui boa mente.

Apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.

1. Neste excerto surgem duas personagens curiosas: os judeus Vidal e Latão.


1.1 Comente o papel destas personagens e o tipo de linguagem que utilizam, tendo em conta o momento da farsa
em que surgem.

2. Mostre que existe uma oposição entre o discurso da Mãe de Inês e dos judeus.

GRUPO II

As alcoviteiras vicentinas
Criticando lucidamente o mundo que o rodeou, não escapou Gil Vicente de retratar, em seus Autos e Farsas,
uma das figuras sociais mais atraentes e combatidas desde os mais remotos tempos: a Alcoviteira. [Afirmam-se],
assim, definitivamente, os contornos dessa singular personalidade que é a alcoviteira: mulher madura,
experimentada, dona de uma astuta sabedoria prática, conhecedora profunda de todos os desvãos das paixões
5 humanas e convicta de que, no fundo, são estas que regem a vida. Acreditamos que é a crença na legitimidade
dos fins a que se devota em seu ofício, a pedra básica da estrutura psicológica da alcoviteira; e dela decorre,
sem dúvida alguma, a falta de censura moral com que ela age, no encalço de seus objetivos: vencer a resistência
da mulher cobiçada para agradar ao homem apaixonado.
Vemo-la agir sempre tranquilamente, com a segurança moral que lhe deve vir dessa crença no valor positivo
10 e quase sagrado das paixões, cuja força (sabe-o ela bem) uma vez desencadeada nada consegue deter. Desse
conhecimento do coração humano lhe vêm, pois, as manhas e as artes que caracterizam o seu ofício. E daí…a
continuidade da função básica da alcoviteira: satisfazer as paixões ou caprichos amorosos dos homens que
solicitam seus serviços ou procurar enamorados para as mulheres que os desejam e não os podem encontrar
diretamente.
15 Ao tentarmos analisar-lhes a personagem (que, sem seus pontos básicos, se repete nas demais), verificamos
que a primeira linha a firmar seus contornos é a da procura de que a alcoviteira é objeto, por parte dos
enamorados. Não é ela que atrai as suas «vítimas», mas sim estas é que a solicitam ardorosamente.
Outra das características marcantes da alcoviteira é a sua sagacidade. Uma espécie de saber que
poderíamos chamar de sabedoria prática. Suas reflexões acerca dos homens, do amor, da justiça, etc., são tão
20 lúcidas e hábeis que, se às vezes são repelidas pela nossa moral, dificilmente a nossa lógica as rejeita.
Não é, contudo, por pura generosidade que assim agem as alcoviteiras. Cooperam para a felicidade de seus
clientes, mas cobram bem pelos seus serviços. Aliás, a ambição de ganho é dos defeitos de que mais são
acusadas pelos seus «beneficiados». É outra característica comum a todas elas, a cobrança de seus favores,
que, como são favores para alma, para o coração, não têm preço limitado.
25 O que se nos torna patente quando as analisamos por esse prisma é que elas agem como justos e honestos
negociantes, preparando habilmente o terreno para os negócios e só falando em preço no fim das conversações:
o que não deixa de ser um traço de elegância de atitude. As alcoviteiras vicentinas não demonstram em absoluto
a avidez pelo dinheiro como, por exemplo, o faz o judeu.
Qual teria sido a intenção de Gil Vicente ao introduzir em seu teatro a representação de tão desonrosa
30 atividade? A primeira ideia que nos ocorre é a da intenção moralizante, que parece ser a base de seu teatro. Isto
é, a intenção de mostrar o MAL, suas consequências, inconvenientes e castigos. E isso, de uma maneira geral,
realiza genialmente o Mestre da Balança; pois, com o «à vontade» com que vai jogando com as suas
personagens e pequeninas intrigas, nos dá ele uma esplêndida visão da sua época.
NELLY COELHO NOVAES, «As alcoviteiras vicentinas», Alfa — Revista de Linguística, v. 4,
35 São Paulo, FCLA — UNESP, 1963 (com adaptações).

1. Para responder a cada um dos itens, de 1.1 a 1.5, selecione a opção correta.
1.1 O excerto apresentado centra-se na noção de que
(A) a figura das alcoviteiras vicentinas é um dos alvos da crítica às mulheres.
(B) a figura das alcoviteiras vicentinas da Farsa de Inês Pereira não inclui os judeus.
(C) a figura das alcoviteiras vicentinas é um exemplo de crítica de carácter.
(D) a figura das alcoviteiras vicentinas é um dos alvos da crítica de costumes.
1.2 Na expressão «Criticando lucidamente o mundo que o rodeou» (linha 1) o advérbio destacado é sinónimo de
(A) rigorosamente.
(B) sagazmente.
(C) evidentemente.
(D) claramente.
1.3 Nos dois primeiros parágrafos do texto, a autora pretende
(A) demonstrar que a presença da alcoviteira nas peças de Gil Vicente tem uma intenção moralizante.
(B) apresentar os contornos do carácter desta personagem-tipo nas obras de Gil Vicente.
(C) mostrar que as alcoviteiras vicentinas regem a sua atuação por avareza e ambição.
(D) enumerar as características negativas da personalidade das alcoviteiras vicentinas.
1.4 De acordo com o texto, as principais características das alcoviteiras vicentinas consistem
(A) na atração dos clientes, na imoralidade que as guia e na orientação para o lucro.
(B) na intensa solicitação de que são alvo, na imoralidade que as orienta e no requinte com que exigem o
pagamento.
(C) na procura de que são alvo, na sabedoria que possuem e na sua orientação para o lucro, requerido apenas
quando cumprida a missão.
(D) na solicitação de que são alvo, na lucidez com que agem e na sua avidez pelo lucro.
1.5 A interrogação das linhas 32 e 33
(A) separa a análise do carácter das alcoviteiras vicentinas da apresentação da posição do dramaturgo face às
mesmas.
(B) introduz uma mudança radical no tratamento do tópico apresentado, mostrando que a interrogação é uma
estratégia discursiva.
(C) manifesta uma dúvida da autora em relação às personagens que Gil Vicente caracteriza.
(D) anuncia a continuação da análise ao carácter das alcoviteiras vicentinas que a autora desenvolve.

FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA 1

GRUPO I

PARTE A

1. Lianor Vaz vem até à casa de Inês Pereira pois quer propor à protagonista da peça um casamento.
O pretendente é Pero Marques, um jovem lavrador que escreveu uma carta de proposta a Inês.
A função de Lianor na farsa é, assim, de intermediária entre alguém que solicitou os seus serviços (Pero Marques) e o
alvo do seu afeto (Inês Pereira); é a alcoviteira que facilita os encontros e dá
a conhecer os sentimentos e as intenções dos apaixonados.

2. O modelo de marido ideal que Inês Pereira apresenta a Lianor Vaz corresponde às seguintes características: bom
senso, sensatez («homem avisado», v. 16) e inteligência e eloquência («seja discreto em falar», v. 18). Não é
necessário que possua riqueza, desde que seja sensato («inda que pobre e pelado», v. 17).

3. Na carta de Pero Marques, os elogios que são apresentados à destinatária da missiva são muito simples: Pero
Marques afirma que a viu numa festa e salienta a sua beleza. De facto, associa a beleza de Inês a uma bênção de
Deus e à possibilidade de a sua mãe se sentir honrada e feliz por ter uma filha assim.

4. A intenção de Lianor Vaz é levar Inês a casar com o pretendente que lhe apresentou. Uma vez que Inês rejeita a
proposta de Pero Marques, por o considerar idiota, rude e simples (além de achar que ele teria mentido ao afirmar que
a tinha visto numa festa), Lianor é obrigada a reforçar uma visão positiva do apaixonado. Começa por afirmar que Inês
não se deveria achar superior a Pero («tam senhora») apenas por este ser «vilão» (não era nobre), chama Inês de
«filha» (reforçando a ternura que sente por ela) e aconselha-a a não perder a oportunidade de casar naquele momento,
uma vez que seria difícil escolher um melhor pretendente na altura. Note-se a repetição da forma verbal no modo
imperativo «Casa» (vv. 69 e 74). Para concluir o seu discurso de forma convincente, Lianor relembra um provérbio
popular que indica que o essencial é que o marido tenha «o que houver mister» (v. 83), isto é, tenha o que é necessário
manter uma casa — dinheiro. E remata com uma afirmação assertiva (forma verbal «é» e adjetivo «certo» como
sinónimo de «correto») que pretende convencer Inês do valor de verdade da declaração.

PARTE B

1. 1.1 Os judeus Vidal e Latão surgem na peça após o encontro de Inês e Pero Marques, encontro que confirmou a
opinião de Inês em relação a este pretendente. Uma vez que este não seria o marido ideal e Inês pretende casar
rapidamente com um marido que corresponda às suas expectativas, os judeus tinham sido contactados para
descobrirem um pretendente adequado. São personagens uma função semelhante à de Lianor Vaz, dois alcoviteiros
cuja missão é procurar o par acertado para Inês. Apresentam, então, um Escudeiro da corte que é eloquente, canta e
toca viola, convencendo Inês
a tomá-lo por marido.
Tal como Lianor Vaz, também os judeus utilizam linguagem persuasiva: Vidal chama Inês de «filha Inês» e pede-lhe
que aceite o escudeiro «por meu amor» (reforçando a ternura que sente por ela), além de listar as qualidades do
Escudeiro através de uma enumeração de adjetivos (vv. 18-21) que contrasta com a enumeração de adjetivos
depreciativos que logo se seguem, mostrando os perigos
de aceitar outro pretendente menos digno. Latão, para terminar o seu discurso de forma convincente, relembra a
fórmula utiliza pelo rabi Zarão (vv. 44-46 — um argumento de autoridade que pretende convencer Inês da verdade da
afirmação), mostrando que, fatalmente e por destino, já não poderá haver outra decisão senão o casamento com o
Escudeiro.

2. Nota-se uma oposição entre o discurso sensato da Mãe de Inês e a persuasão dos judeus, pois aquela personagem
tenta alertar Inês para os perigos de um casamento desigual. A mãe de Inês tem uma perspetiva pragmática da vida.
Em vez de utilizar linguagem retórica, utiliza o seguinte raciocínio:
a atuação diligente dos judeus deve-se à recompensa financeira que receberão se cumprirem o seu objetivo, logo, o
seu discurso não tem uma base honesta; Inês deverá interrogar-se acerca da possibilidade de casar com alguém que
trabalhe para sobreviver. A mãe tenta que seja a filha a refletir racionalmente na situação que se apresenta. Os judeus,
no entanto, não aconselham a prudência porque apenas se orientam para o lucro.

GRUPO II
1. 1.1 (D); 1.2 (B); 1.3 (B); 1.4 (C); 1.5 (A).

2. 2.1 a) Prótese.
b) Apócope.

2.2 Outra das características marcantes da alcoviteira: sujeito; marcantes: modificador restritivo do nome; da
alcoviteira: complemento do nome (dependente de «características»); é a sua sagacidade: predicado nominal; a
sua sagacidade: predicativo do sujeito.

2.3 que a primeira linha a firmar os seus contornos é a da procura de que a alcoviteira é objeto: oração
subordinada substantiva completiva dependente da forma verbal «verificamos»; de que a alcoviteira é objeto:
oração subordinada substantiva completiva dependente do nome «procura» com a função de complemento do
nome.

FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA 2

GRUPO I

PARTE A

1. 1.ª sequência — Diálogo entre Inês e o Escudeiro acerca do comportamento e da condição de Inês enquanto mulher
casada (vv. 1-48);
2.ª sequência — Diálogo entre o Escudeiro e o Moço, em que aquele lhe comunica a partida para
a guerra para se tornar cavaleiro e o criado o confronta com as dificuldades com que se vai deparar (vv. 49-76);
3.ª sequência — Curto diálogo entre Inês e o Moço (vv. 77-80).

2. Escudeiro: opressor — «Vós não haveis de falar / com homem nem molher que seja / nem somente
ir à igreja / nam vos quero eu leixar» (vv. 22-25) ou outro exemplo semelhante; violento — «quando eu vier / de fora
haveis de tremer» (vv. 44-45)
Inês: obediente — «se vós disso sois servido / bem o posso eu escusar» (vv. 11-12); espantada/intimidada — «Que
pecado foi o meu? / Por que me dais tal prisão?» (vv. 31-32);
Moço: crítico em relação ao desejo do Escudeiro partir para a guerra e em relação à sua avareza — «Se vós tivésseis
dinheiro / nam seria senam bem» (vv. 51-52) ; irónico — «eu vos guardarei oitavas» (v. 76).

3. Nos versos 77-80 encontramos ironia, que realça bem a crítica que Inês faz ao seu esposo, denunciando a sua
pobreza disfarçada, a vida de aparência que levava (não tinha dinheiro mas conservava um criado). Claramente, o
Moço sabe que o Escudeiro não zela pela sobrevivência nem
do criado, nem da esposa, logo, a sua obediência nunca poderia ter por base essa relação de causa-consequência.
GRUPO II
1. 1.1 (B); 1.2 (C); 1.3 (D); 1.4 (A); 1.5 (C).

2. 2.1 a) Prótese do ‹a›; b) Síncope do ‹d›; sinérese.


2.2 Marido: vocativo; aquele ermitão: sujeito; é um anjinho de Deos: predicado nominal; um anjinho de Deos:
predicativo do sujeito; de Deos: modificador restritivo do nome.
2.3 Se eu disser isto é novelo: oração subordinada adverbial condicional; havei-lo de confirmar: oração
subordinante.

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