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1.

Trata­se   de   recurso   extraordinário   interposto   de


acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região assim
ementado:

“ TRIBUTÁRIO.   AÇÃO   ORDINÁRIA.


IMPOSTO   DE   RENDA.   AUTUAÇÃO   COM   BASE   EM
EXTRATOS   BANCÁRIOS   DOS   SÓCIOS   DA   EMPRESA.
SIGILO   BANCÁRIO.   QUEBRA   COM   BASE   EM
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE.
PROVA INCONCLUSIVA. TFR, SÚMULA N. 182. ”
1. Descabe admitir o lançamento do
imposto de renda por omissão de receita da empresa
se   esta   é   comprovada   pelo   Fisco   exclusivamente   a
partir de extratos bancários dos seus sócios.
2. Em   primeiro   lugar,   porque   a
prova   da   omissão,   assim   coligida,   importa   em
violação   do   sigilo   bancário,   que   a   instituição
financeira tem o dever de preservar, ex­vi dos arts.
5º, X, da CF/88, 38, caput, da Lei nº 4.595/64, e 197,
parágrafo único, do CTN.
3. Em   segundo   lugar   porque   ‘é
ilegítimo   o   lançamento   do   Imposto   de   Renda
arbitrado com base apenas em extratos ou depósitos
bancários’   (TRF,  Súmula   nº   182),   que   não  revelam
necessariamente a existência de renda tributável.
4. E,   por   fim,   porque   a
movimentação financeira dos sócios da empresa não
se   confunde   com   a   movimentação   de   receita   desta,
não   sendo   lícito   realizar,   na   hipótese,   confusão
entre as pessoas jurídicas do sócio e da empresa que
integra.
5. Apelação   improvida.   Remessa
oficial prejudicada. Sentença confirmada.” (fl. 263)
2. A parte recorrente alega, em síntese, ofensa ao artigo
97   da   Constituição   Federal,  “tendo   em   vista   que   o   art.   8º   da   Lei
8.021/90 foi considerado inconstitucional por um  órgão fracionário
simples   do   TRF/1ª   Região,   sem   que   o   processo   fosse   submetido   ao
exame da Corte Especial, existente no Tribunal de origem”.

3. Preliminarmente,   verifico   que   o   dispositivo


constitucional   mencionado   não   foi   prequestionado,  porque   não
abordado   pelo   acórdão   recorrido,   e   ao   qual   não   foram   opostos
embargos   de   declaração   para   satisfazer   o   requisito   do
prequestionamento   (Súmulas   STF   282   e   356).   Ainda   que   a   alegada
ofensa   tivesse   surgido   no   próprio   acórdão   recorrido,   far­se­ia
necessária   a   sua   provocação   por   meio   de   declaratórios.   Vejam­se   o
AI 300.772­AgR, STF, rel. Min. Moreira Alves, 1 a . Turma, unânime,
DJ de 18.05.01, e o AI 254.903­AgR, STF, rel. Min. Celso de Mello,
2 a . Turma, unânime, DJ de 09.03.01.

4. Ademais,   não   houve   qualquer   declaração   de


inconstitucionalidade   da   Lei   8.021/90   pelo   tribunal   de   origem,
conforme acórdão de fls. 254/263.

5. Ante o exposto, com fundamento no art. 557,  caput,
do   Código   de   Processo   Civil,  nego   seguimento  ao   recurso
extraordinário.

Publique­se.

Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministra Ellen Gracie
Relatora

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