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::IRO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIENCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Rio de Janeiro
abril de 1983
�
SISTEMAS AGRÁRIOS EM PARJi_fBA DO SUL: (1850-1920)
um estudo de relacões não-caoitalistas de oroducão.
� - - .>
Apr�vado por:
Prof.
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(Presidente da Banca)
..........
Prof. · · · · · · · · ·
���······
FICHA CATALOG�FTCA
� 1
AGRADECIMENTOS
'
1 .
,l,
vi
RESl'MO
J..
vii.
SUMMARY
·>�
This dissertation· to be a first approach to the study
of the agrarian system that emerged from an export economy
centered on one agricultural product. The coffee County of
Paraiba do Sul on the Paraiba Valley · (Rio de Janeiro) is taken
as a case study for the period between 1850- 1920. According
to this purpose certain aspects concerned with the productive
system have been giyen a privileged treatment such as: certain
traits of its reproduction process and its relations of
production. Along this dissertation, such traits have been
associated with th� concept of freqmncy of cultivation.
On the other. hand, through the analys.:i-!;?. of such traits,
especially the extensive character of the reproduction of the
system as a whole, as well as the "association" of.direct
producers to ,the means of production,. it is intended to
demo�strate the logic of the agrarian system historically
delimited and based on a given plant�tion economy.
Ftnally 1 it is intended to demonstrate the persistency
of that form of agriclil.t.ural production, locally,along the post
-slavery period. The fact that the agricultural regime based
on free labor has. been distinguished by its non- capitalist
character results from the persistency of the above mentioned
agrarian system as part of a defined forro of agricultural
production. The�word "decadence" has been avoided as a definition
of the period post- slavery. In fact, it is here suggested that
the weathering (definhamento) of the agrarian system of the
exportation economy, regionnally, was linked with its specific
mechanisms of reproduction.
viii
:..;
fNDICE
Pág.
Lista de Quadros ix
Lista de Gráficos xi
Introdução 1
Capítulo 1 - Sistema de Uso da Terra e Instrumentos de 12
Trabalho.
1. 1. A Agricultura de Alimentos. 15
1. 2. A Agricultura do Café. 25
Conclusão 163
Bibliografia 170
!-;nexo I
Jlnexo II
ix
LISTI, [E CCP..CEOS
Pág.
1 - Agricultura de Alimentos no Vale do Paraíba 20
- século XIX e na Europa (Sistema Trienal
de Rotação de �erras}.
J -
2 - erigem da Fomaçao dos contingentes de Escra 42
vos em algumas fazendas de Faraíba do Sul
em 1872.
3 - Origem dos Escravos presentes nas Fazendas 43
de Paraíba do Sul: 1850-1860-1872
4 - Razão de masculinidade na Pooulacão Total e 44
Escrava de Paraíba do Sul em- 184Ó e 1872.
5 - Cistribuição da População Total �e Paraíba 45
do Sul por sexo e idade - 1872.
5. 1. - Cistribuição da População Escrava de 46
Paraíba do 8ul �or sexo e idade de
1872.
5. 2. - Cistribuição da �opulação Livre de 46
Paraíba do Sul por sexo e idade de
1872.
6 - Razão de masculinidade na população ce Pa 47
raíba co Sul - censo de 1872.
6. 1. - Grupos de Ilades em Paraíba do Sul 43
1872.
6. 2. - ristribuição da População de Paraíba 48
do Sul por sexo e grupos de idace
1872.
6. 3. - Grupos de idade na população masculi 49
na livre e escrava em Paraíba do Sul
1872.
7 - Rebanhos em Paraíba do Sul 1850/80 56
7. 1. - Bovinos em Paraíba do Sul - 1850/80 57
8 - Rebanhos em Fazendas com mais de 200 alquei 58
res ou coro mais de 100. 000 pés de café e 60
escravos(18so-8�)
9 - Profissões dos Escravos segundo a matrícula 62
especial de 1872.
10 - Contas da Fazenda Cachar.bú (1880-1882) e 66
Bom Sucesso (1282) .
10. 1. Compras de �li��ntos pela Fazenda Ca
cha�bú (1880-82) 68
X
Pág.
INTRODUCPD
o tema da dissertação surgiu, inicialmente, com a preocup�
ção de estudar a transição do trabalho escravo para o livre,
. das relações
ou mais precisamente, em analisar a formacão . -
so
ciais de produção que sucederam o trabalho escravo na agricul
tura do vale do Paraíba/PJ. Região que na segunda metace do
século XIX se assentava na produção de um bem primário (café)
voltado para o mercado internacional, tratando-se, portanto ,
de uma área inserida na econor.üa de exportação. E sendo que,
pós-escravidão, nesta região, iriam predominar formas de tra
balho não tipicamente assalariadas (colono-parceiro), onde o
trabalhador direto produzia parte de seus gênero s de subsis
tência sem a mediação do mercado.
As preocupações acima expostas nos levaram a entrar em co�
tato, mais demoradamente, com as teses levantadas por José de
Souza .Martins, em especial, no "Cativeiro da Terra" (l). P_p�
sar desse trabalho se referir a são Paulo, o autor se deté.m
na questão da transição para o trabalho livre numa agricultu
ra exportadora de café, assunto que deste modo nos interessa
va particularmente. Por sua vez, ao abordar tal tema, o a�
tor demonstra o caráter não-capitalista daquelas rela.ções de
produção, enunciando para isso uma forma própria de apreensao.
E é essa forma de abordagem que nos chamou mais a atenção .
Ao apreender a questão das relações de produção geradas na
crise do escravismo e que se confiquravarn no colonato, José
de Souza Martins critica as formulações que a ic.entificavam
com a feudal ou capitalista. Cescartando a ?OSsibilic.ade de
definir o colonato enquanto relação feudal ou semi-feudal, o
autor �rocura demonstrar a precariedade da tese que nele via
relações capitalistas de produção.
Para José de Souza �artins, no colonato o trabalhador dire
to (ao contrário das relações capitalistas) produzia e se a
propriava diretamente de parte de seus meios de subsistência,
sem a mediação do mercado. Apesar do colono receber tambêm
uma remuneração em dinheiro (pagamento fixo pelo trato do ca
fezal e um outro proporcional à quantidade de café colhido)
2.
/
9.
Referências
9 - E s ter Bos erup , Las Con dic ione s de l Ce s arro ;I. lo en 1 2. 1-_g ri cul
tura ( Madrid : Edi to r i a l Te cno s , 1 9 6 7 ) .
1 0 - Emi lio S e ren i , " Lo s P rob lemas Teo rices y Me todo log i co s " in :
Emi lio Se ren i , Ag ricultura y Ces arro llo ce l C ápitali smo
(I1adri d : lclbe r to Cora zon Ed. 1 9 7 4 ) .
12.
13.
)
resu l tado, pois a densa se lva, composta de vegetais de inúme
ras espécies ( . . . ) tornaria impos síve l a tarefa" ( l l ) .
Saint-Hi laire, percorrendo em princípios dos anos de 1820
o "caminho do comércio ou mais vulgarmente o caminho novo ou
estrada nova", via que l igava o Rio de Janeiro a Minas Gerais,
por diversas vezes se refere à frequência de natas virgens e do
terreno ondu lado corno sendo a característica da paisagem pe l a
qua l pas sava aque la e strada ( l2) . Criada no sécu l o XVII, o "c�
rninho novo" vinha substituir o "caminho ve l ho" ( parcia l mente �
rítirno e pas sando por são Paulo) na l igação entre a cidade do
Rio de Janeiro e a s lavras mineiras. Em função des sa estrada
surgiriam os primeiros núc l eos popu lacionais em Paraíba do
Su l .
Apesar de se encontrar nas bordas de urna importante via de
comunicação, em primórdios do sécu lo pas sado, o Curato de Pa
raíba, do Su l apresentava urna fraca densidade demográfica, ade-
mais como toda a região circunvizinha. Em suas viagens a Mi
nas G.erais, Saint-Hilaire, somente de vez por outra anota a
presença de ranchos, l ocais em que se detinham as tropas de mu
las para descansar e a l imentar tropeiros e anirnais ( l 3 ) . Luccok�
ao viajar para Minas em 1 817, escreve sobre o contraste entre
o intenso tráfego da estrada e a fragi l idade dos l ugarejos que
a margeiarn. Nenhuma igreja até o Paraíba indica a germinação
de um arraia l , nos informa o viajante inglês, mesmo o Registro
na traves sia do Paraíba, se con stitue apenas de um rancho e
{ l 4)
a l guns casebres de pa l ha .
Uma das poucas referências sobre a popu l ação da região, em
princípios do sécu lo XIX, nos é dada por Pizarro. "A jurisdi
ção paroquia l ( Freguesia de são Pedro e são Pau l o da Paraíba)
compreende, na distância de pouco mais de 7 l éguas (5 l éguas
dia a 6 0, e o tota l das pes soas adu l tas, que não pas sava muito
l5
de 500 ( segundo o ro l do Pároco)" ( ) . Tempos depois, Mi l l et
de Saint-Ado l phe ao se reportar à vi la da Paraíba do Sul (a
1 5.
1 . 1. A Agricultura de Alimentos
A baixa densidade demoqráfica,
� a disponibilidade de ma -
ta s virgens, permitiria a configuração de uma agricultura fun-
dada em um sistema de exploração do solo extensivo, em que os
t.
16.
FIGURA N9 1
f
tt
T
MG - Meio Geográfico
P - População
A - Ãrea do Solo Cultivado
T- Técnicas e Conhecimentos Agrícolas
FIGURA N9 2
MG
i )A/t
t�
MG - Meio Geográfico
P - População
A- Ãrea Cultivada
T - Técnicas e Conhecimentos Agrícolas
CG - Contingente de Gado
E - Estrume
Slicher Van Both, op. cit. p. 21
tas que se desejam cultivar; dá-se aos galhos tempo para secar
27
e ateia-se fogo antes que as chuvas recomecem". ( >
"Quando já fizeram", continua o autor, "duas colheitas
em um solo outrora coberto de matas virgens, deixa-se o terre
no repousar um pouco; brotam aí árvores muito mais delgadas q:e
as primeiras (. . . ) deixam-se estas crescerem durante cinco,
seis ou sete anos, segundo as regiões; cortam-se novamente
queimam-se em seguida, e faz-se a plantação nas cinzas. Depois
de uma única colheita, deixa-se a terra repousar novamente; no
vas árvores aí tornam a crescer, e se continua da mesma manei
ra até que o solo fique inteiramente esgotado" ( 2B) . E quando
isto ocorre após "sete ou oito colheitas em um mesmo campo, e
às vezes menos ele* @griculto:fL o abandona, e queima outras ma
9
tas, que em breve têm a mesma sorte". ( 2 )
Pelos trechos acima, percebe-se que o proces so de pro
dução na agricultura de alimentos (milho, feijão e mandioca)
se fundamentava num sistema de uso da terra em que a presença
e a disponibilidade das matas substituem a aplicação de um
trabalho adicional na refertilização dos solos . A frágil den
sidade demográfica frente à extensão territorial permitia que
periodicamente a terra, que antes tinha sido utilizada na pla�
tação dos alimentos, ficas se durante um período de sete a oito
anos em pousio, tempo em que se revertia em vegetação secundá
ria, para a recuperação de sua fertilidade. E deste modo nao
se neces sitava, desde que se mantives se constante a relação d�
rnografia-terra, recorrer a outras técnicas de ·recuperação da
terra, corno a aplicação de adubos, que correspondem a um tra
balho adicional.
Nesta forma de agricultura, o preparo da terra é feito
mediante urna pequena inversão de trabalho, que se resumia na
derrubada e queimada das matas, cabendo às cinzas o "trabalho"
de fertilização. Segundo Ester Boserup, "as cinzas deixarn,rne
diante a cowbustão da vegetação natural, suficientes princí
pios nutritivos na terra para garantir altas colheitas" ( 30).
Conforme dados fornecidos por Saint-Hilaire, o feijão planta
do em terras de boa qualidade, dá quarenta por grão semeado; o
milho, em solo ingrato, não dá mais que oitenta; em terras
* As palavras entre barras ([ ] ) foram por nós incorporadas
ao texto original.
2O.
QCJ_DRO N9 1
Fontes :
1) Augu s t e de Saint-Hi l aire , Viagens pelas Provínc ias do Rio . de Jane iro
a Minas Gerai s , op . c i t . p . 90 .
2 ) John Luccok , No tas sobre o Rio de Jane iro em partes meri d ionai s do
Bras i l , op . c i t . p . 2 5 5 .
3 ) Inventários - Cartório do 1 9 O f í c io de No tas - Paraíba do Sul .
4 ) George s Duby , Guerreiros e Camponeses , op . c it . p . 208-2 1 0 .
5 ) S l icher Van Bath , Hi s tória Agrár ia da Europa Ocidental , op . c i t . p . 30 .
21.
FIGURA N9 3
�t( >1 :�
T
F
Te
1�
M - Matas
A - Ãrea de empresa ( em culturas e Pousio)
T
A1, A2 , � - Ãreas em cultivo anual
p.- População
T - Técnicas
1. 2. A Agricultura do Café
Retendo- nos agora na agricultura de exportação do café
percebe-se que a nível das forças produtivas, ou melhor, das
técnicas de produção, a lavoura de exportação é uma lavoura de
alimentos alargada ou, mais precisamente, voltada para extor
são do sobre-trabalho. Em outras palavras, observa-se em am
bas 'as mesmas técnicas de preparo do solo, os mesmos instru -
mentos de trabalho e um sistema de uso da terra semelhante.
45
Pelo censo de 18 4 0 ( ) , período em que o café j á come
çava a dominar a paisagem rural da região, a densidade demo
gráfica em Paraíba do Sul era de mais ou menos 9 habitantes
(46)
por kilôrnetro quadrado . E sta baixa relação homem-terra
permitiria a persistência dos métodos de trabalho da agricult�
ra de alimentos na lavoura do café e, de um sistema de uso da
terra em que as matas substituem a aplicação de um trabalho a
dicional para a recuperação dos solos. Sendo que, pelo fato
do café ( ao contrário da agricultura de alimentos ) ser uma c ul
tura permanente, podendo ter uma vida produtiva de mais ou me
nos 25 anos, a existência e disponibilidade das matas ocupavam
o lugar de um longo . período de pousio.
Considerando que, corno nos informa Waibel, a "capoeira
- - 47 -
e a melhor prova da rotaçao de terras" ( ) , i. sto e, de um si. s-
tema de uso da terra em que as matas ocupam o lugar da aduba
ção, verificamos que no Registro de Terras de 18 56 e 18 57 rea
liz ado em Paraíba do Sul ( naquelas declarações mais completas)
- . 48
ao lado das plantaçoes e matas aparecem as capoeiras ( ) . Co-
rno é o caso da declaração de F�tônia Joaquina de Nativida-
( 4 9 ) - - .
de , feita em Sao Pedro e Sao Paulo, cuJ as terras correspo�
2 6.
("
29.
2. 1. A População Escrava
1 . 000
A - Popul. ação to tal
1
Hab .
B - Popul ação l ivre
C - Popul �ção es crava 3 0 . 985
30
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"Dll"\Nff17. 1 840 ./ 1 872
l . Rio de Janeiro , " Quadro Es tatis tico de Popul a ç ao do Rio d e
L" \..1 • - -' • •
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�TF C PO :-9 2
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1 Inventár io Cri.as 7. Herdados % Comprado s 7o Total
1
4 1 85 0 88 18 20 , 5 70 79 , 5
13 1 860 529 232 43 , 9 297 56 , 1
9 1 87 2 1015 745 73,4 270 26 , 6
QUi\D RO N9 4
Razão de Razão de
Homens Mu lheres Mascul inidade Homens Mu lheres Mas cu l inidade
1 840 7 . 1 56 4 . 430 1 6 1 ,53 4 . 449 1 . 91 7 232 , 08
1 87 2 1 7 . 525 1 3 . 46 1 1 07 , 90 8 . 548 6 . 333 1 34 , 9 7
Font e s : 1 . Rio d e Jane iro , "Quadro E s tat í s t ico d a População d o Rio d e Ja-
neiro de 1 840" , in : Re latório do Pres idente da Provínc ia do
Rio de Jane iro , 1 84 6 . op . c i t .
2 . Bras i l , Minis tério da Indús tria , Vi ação e Obras Púb l icas , Dep t9
Geral de E s tat í s t ica , Censo Geral , 1 8 7 2 . op . c i t .
4 5.
QUADP.O N9 5
Fonte : Censo de 1 87 2 .
QUADRO N9 5 . 1 .
Font e : Censo de 1 87 2
QUADRO N Q 5 . 2 .
QUADRO N9 6
Razão de mas culinidade na populaç ão de Paraíba do Sul
- censo de 1872 -
Fonte : Censo ae 1 8 7 2
QUADRO H9 6 . 1 .
Grupo s de Idade s em Paraíba do Sul
- 1872 -
Fonte : Censo de 1 8 7 2
QUADRO N9 6 . 2 .
Fonte : Censo de 1 87 2 .
49.
QUAtRO NQ 6 . 3 .
(: uACRO r79 7
QUA DRO 7 . 1 .
e.;
58.
QUADRO NC? 8
Rebanhos em Fazenda• d• Cafã com maia de 100 a lqueires ou com 11131s d• 100.000 pés de café • 60 eacrnvo•
lnvant.icio• Ano Be 1cu Cavalo• �ois de• Touro• Vnc e/ Suinos �rn•iros Escravo•
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Jumento• e t:guu c1rro
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zen.t. Cantagalo)
48
BarÃo
t.uiza
de Parnhyba 1864
Maria D ' Auua,p- 1870
162
17
14
- 45
a
-- 2
1 6
1
-
- -- -- 383.000
1 13 . 000
364
101
ra
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l,Stf Juata(S,Fidelis
HAriona Cindida Oli-
187)
1874
11
23
- 60
43
-
2
48
17
41
10
-
212
-
57
- 3 1 4 . 000
600.000
140
240
veira
12 18
30 636.000 166
Manoel Collll!!S Vieira
Francieco Collll!!e d• A-
1880
1880 1
6 -
2 14 -1 -2 3
10
-
23
-- --
169.000 81
Antonio Jacinto
guiar
Çouto
do 1 880 4 - 12 - 3 9 - - - 228.000 88
..
59.
rIGURA N9 4
....
;._ f\ B !\ C
A - Produção de Cafâ
B - P rodução de Alimentos
e - Rebanhos
QUADRO N 9 9
("
PROFISSÕES DOS ESCRAVOS SECUNDO A MATR(CULA ESPECIAL DE 1872
Total Jos
Inventário Ano Lavoura e Pecuária Acessório• Transporte Saúde Casa de Vivenda e Outras Escravos
Roca
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1 1 107
Ana Theodoro da Silva 1850 4 2
4 402
Barão de Entre Rios 1863 4 J 3 5 2 1 1
)64
1 Barão de Parayba 1864 1 1 6 1 1 2 2
40 40 39,6 1 ) 1 1 6 6 7 7 7 5 4 1 ) 9 1 2) 2 2 , 7 25 24 , 7 101
l.u i u Maria de Assumpção 1872 39, 6
Rat �P Jc Santa Justa( ! ) 1872
7 5· 17 12,5 149
Fa,cuda Sio Fidelis 1872 1 1 13 75 ,E 1 1 1.f 76,5 1 6 1 8 5,4 2 2 1 2 1 1 1 1
f31�nd3 Sant 'Anna 1872 1 99 77 , J 77,J 2 2 1 ,6 2 1 1 1 0.8 25 19,5 �
10J
Fazenda Serra 1872 1 88 83
..,
8� 83 1 1 1 1 2 1 4 3,7 1 1 1 12 10,)
da•
O�s: ( 1 ) O Uarão de Santa Justa é o propri etário
tr�• faz�ndas 1cgu ince1. ada para e feito doa c ál cu loa efetua1o a, aó levamo& em conta os l.. seguinte s.
( 2 ) A• tr ês primeiras fazendaa não foram consider s
de Paraíba do Sul.
Fonte: Inventário• - Cartór io de 19 Ofício de Notaa •·--··---r- • •--- ---• ·- -
'
O\
1\.)
\
63.
�
..
64.
;::,os suiam profis são ; e ss e grupo e forr..ado por crianças (r.:enos c1.e
1 4 anos ) .
Em outm s inventários , nota-se que a l i s tagem acima
incompleta . há ainêa pro f i s sões como enferme iro , parteira , co-
.
eheiro. e mesmo ourivere s ( 3 9 ) Contudo , aque l a lis tagerr. corr.bi -
n ada aos equipamentos presentes nas fazendas de café nos suge
re algumas conclusõe s , como que a fazenda da região se repro
duz i a parci almente à narqerr. ê.o re rcado . A exis tênc ia àos �a
�uini snos de bene fici ar.en�o de alimentos , nos incuz a acreci
tar que a força ce trabalho tinha �arte da sub s i s tência asseg�
raca no próprio interior caque la unifaee de procução . Por ou
tro lado , a pre sença de r.aquini smos e profissões ce e scravos �
ce ssórios à produção da lavoura , nos in for�a que na manutenção
de parte dos r:i.e ios de produção ( corr.o con struçõe s ) não se neces
- s i tava recorrer ao mercado .
For filtiMo , a reprocução anual da fazenea e , portant o ,
o seu func ionamento , tanto n o que d i z re spe ito à con fi quração
� í
do proce s so de produção agrícola a ?artir co s i stema de uso da
terra , corro as re l acões entre a lavoura e o bene ficiarnento , po
dem ser apreendidos através d a " contabil idade " da fazend a .
O quadro nQ 1 0 , re trata a s contas de duas fazendas : " Ca
chambu" ( 1 8 8 0 - 8 2 ) e " I3or:i. Suce s so " ( 4 0 ) ( 1 8 82 ) . A prirre i ra un icla=
de possuia em 1 8 8 0 uma exten são de 1 3 0 al�ueire s ( 2 8 e� �atas
e capoeiras e o restante ero cultura) , 3 6 0 . 0 0 0 pés ce café e
8 1 e scravo s . � segunda , 6 8 , 5 al�ue ires dis tribuidos err cultu
ras , matas virgen s , capoeiras e pasto s , 1 3 6 . 0 0 0 pés de café e
.. 3 6 e s cravos .
•
6 7.
'
•
produto.
6 8.
t- I'.,
CUADRO N9 10.1
..
1
26/2/81 10 .145$000
�
9/4/8.1 20 360$000
-- - -
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..
-.
30/5/81 30 185$000-
hQsem. T.:.;. 36 590$000 60 369$060 959$060
22/8/81 43 258$000 10/10/81 776$753
hQsem. T.S. 43 258$000 776$753 1:034$753
1881 T • ,\ • 36 590$000 29,6 103 627$060 31 ,4 776$753 39 1:993$813
14/2/82 30 300$340
31/5/82 30 288$760 5/5/82 40 60$000
1 Qsem. 1'. s. 60 589$100 40 60$000 649$100
1
19/7/82 20 260$500 18/7/82 850$000
14/9/82 20 190$700
.. ·�
�Qscm.
27/11/82
T .S.
20
60
200$620
651$820 850$000 1,501$82�
882 T.A. 120 1240$920 58 40 60$000 3 850$000 39 2:150$920.
Fonte': Conta de Tutela de 1882. Menores de Maria Tavares Monteiro, Maço 199, CPS.
Obs: T.S. - Total do Semestre.
T.A. - Total Anual.
t, _i;::
69.
t,
.. ;
Portanto, além de se constatar a"EZ'esença do milho en
tre os produtos vendidos pelos escravos, gênero que não apare
ce nas compras da fazenda no mercado, observa-se que conside-
rando apenas o arroz, o volume vendido pelos escravos é supe
rior ao volume comprado fora da fazenda em 1880 e é mais do
que a metade do adquirido no mercado em 1881.
Por sua vez, considerando em conjunto os produtos de o
rigem vegetal (excluído o açPcar) adquiridos no mercado e aque
les ,vendidos pelos escravos, observamos que (quadro n9 10.1
esses últimos correspondem a mais ou menos 40% das despesas a:m
4,.; ·�
aqueles produtos. Em outras palavras, utilizando como crité
rio o preço dos gêneros (o que não é o melhor critério para o
caso dos escravos, na medida em que não "negociavam" propria -
mente em um "mercado"), percebe-se que os mantimentos vendidos
pelos escravos respondiam por mais ou menos 40% das necessida
des da fazenda em produtos vegetais, e isso excluido o que es
tes consumiam ou seja, o que não era vendido.
Do que dissemos depreende-se que apesar do dispêndio da
fazenda ser grande na aquisição de alimentos no mercado, parte
•
do o seu administrador, "também cultiva cereais para o consu
mo". Essa informação talvez esclareça a não presença do milho
e da mandioca, alimentos fundamentais da dieta da época, e
também explique o fato de que o arroz e o feijão entrem
com uma participação conjunta, na formação das despesas deste
item, em 34, 5% (302$ 500} . Por sua �;ez estas a:r.p:r:as se concentraram em
uma parte do ano (janeiro a março) , sendo pouco expressivo o
seu volume.
•
No interior das despesas com a força de trabalho, ao�
do daquelas ligadas ao escravo há as dispendidas com o pessoal
livre, seja com os feitores ou com a contratação temporária à:>.5
serviços como de carpinteiros, trabalhadores para derrubadas etc
Em ambas as fazendas, observa-se que no caso dos empregados fEE
manentes, como feitores de roça, os pagamentos dos salários nro
são efetuados mensalmente mas sim de tempos em tempos, podendo
esse período ultrapassar mais de um ano, tempo em que era est�
belecido uma conta própria (dever-haver) entre o fazendeiro e
.. o empregado.
Geraldo Luiz Ferreira, foi feitor de roça da fazenda
Cachambú de 31 de outubro de 1881 até 26 de abril de 1882, se�
do o total de sua remuneração anual estabelecido em 600$000.Du
rante os cinco meses e 26 dias que trabalhou, "pediu" dinheiro
ao fazendeiro em janeiro (45$000) e em 24 de abril (24$000).
Descontadas aquelas somas, esse empregado recebeu, em 26/4/88Z
228$316, dia em que também foi despedido. Outro caso é do fe�
tor da fazenda Penedo, que após 14 mese·s e 15 dias recebia a
metade de seu salário.
• Durante este período de "não pagamento monetário", as
despesas pessoais do empregado são computadas como "deve" ao
fazendeiro. Entre essas despesas encontramos, compras de ro�
pas, alimentos, e há ainda os pedidos de dinheiro. Do lado do
Haver, além do "salário" do empregado, são computados os servi
ços extras que esse realiza na fazenda. <42) Nesta medida, no=
ta-se que o tipo de relação estabelecida entre o fazendeiro e
os empregados não consiste propriamente em relação assalaria
da em strito - sensu e, por outro lado, observa-se a fragilid�
de do mercado e da circulação monetária presente na região nes
te período (anos de 1880) .
•
71.
•
Outro tópico presente nas despesas das duas fazendas
diz respeito aos custos na compra de animais utilizados no
transporte, a exemplo de bois para carro, e daqueles para cri
ação, corno po�cos. No tratamento deste item devemos levar em
consideração que ambas as fazendas possuem um pequerPcontinge�
te de animais.
1,
,.J:
no quadro a seguir possuem um caráter meramente ilustrativo,não
tendo assim nenhuma pretensão maior.
74.
v
QUADRO N9 10. 2.
Amortiza
çao dÕ Lucro
Fazenda Ano Despesas Receitas Lucro % preço dos com Alnorti 7.
Escr;wos z:.ic.io
em 1 5 anos
Cachnmbu 1 880/82 5):?72$577 70: 150$660 16: 1 78$08) 29,97 4:740$000 11:438$08) 19,48
Cachambú 188) 1 7:810$116 31: 140$970 13:)30$854 74,84 1:580$000 11:750$854 65,97
Cachambú 1884 11:019$075 1 7:476.$100 6:457$025 58,59 1:580$000 4:877$025 44,25
)
C.ichambü 1 885 15: 1 56.$598 26:896$100 11 :7)9$502 77 ,45 1:580$000 10: 159$502 67,0)
Bom Sucesso 1 882 J:855$764 6: 199$7 10 2:)4)$946 60, 79 1 :020$000 1 : J23$946 27 ,15
Fonte: 1. Inventário, 1880, Falecido - Maria Tavares l-bntciro ,Maço 199, CPS.
COnta de Tutela, 1882, M:nores de Maria Tavares 1'tlnte.iro, M.lco 199,CPS.
11 ,16Sl 1'
l({Cunha) ,Maço 125.CPS.
2. Conta de Tutela 1883 Menor do Barão do Rio do Ouro (Lia Pereirilda.
!J
�;-)
75.
QUADRO NQ 11
Valor do cafezal segundo a sua idade
Idade Valor Altura
(em anos) (em mil reis) (em centímetros)
1 $060 14
2 a 3 $100 24
3 a 5 $160 38
5 a 8 $200 48
8 a 16 $280 68
16 a 20 $180 44
20 a 25 $160 30
..... 9
125 $060 14
,.,-,
iI
��
QUADRO N9 12
Tr:msformac;:io Je �atas em Cafe::ais em duas f:ut>nda:.-187.',/SO
Francisco Barboza Teixeira-Fazenda Santo Ale1xo-1880
1
ldad 1 �·9 Idad N9 Idad N9 Idad N9 IJad '19 tdad N9 l 1ct..1ct2 j �19 1
1
PP* JS 1 JS 2 35 J JS PP 20 1 20 1 1 20
2 25 J 25 4 25 s zs .:+ JS 5 35 6 JS
dO 80 7 80 8 80 25 7 25 8 25
1�:
5 b 6 1
17 17 8 17 17 80 80 l 11
1
7 9 9 10 1 ao 1
70 10 1 17 11 17 1 12 1 17
1
'J
Ano 1874 1875 1876 1877 1878 1879 1880
N9 Total de Pés de Café 88 98,5 98,5,98,5 93,S 53,S 54,5
Em Idade Produtiva 88 86,S 86,S 86,S 81 ,s 53,S 53,5
(4 - 24 anos)
Idadt •_Pfgd��� j 20 20 20 22,5 35,5 15 ,s 15,5
8 X
Cafezal em Formação - - 12 12 12 - -
Sem Produção(+ 24 anos) - 1 .s - - 5 - 40
Transformação �tas/Cafezal - 12 - - - - -
Fonte: Inventário, 1880, falecido - Francisco Barboza Teixeira,
maço s/n9, CPS.
Inventário, 1880, falecido - Major Manoel Luís dos Santos
Werneck, maço n9 97,CPS.
*PP- plantado a pouco
** nO - em 1000 péa de café
78.
•
debaixo" da reprodução anual da fazenda, que é feita com os
antigos cafezais, é a reprodução anual que " sustenta" aquilo
que chamamos de segundo movimento; a realização do segundo
quando este é ampliado, implicando assim numa série de despe
sas, em tese, ele deve ser precedido de um certo número de re
produções anuais. Em outras palavras, percebe-se, por conse -
guinte, urna relação íntima entre aquilo que chamamos de 19 e
29 movimento processo de reprodução. Ao mesmo tempo em que o
1
29, ao transformar matas em cafezais e ao repor ou ampliar o
contingente de trabalhadores, permite a continuidade da repro
dução anual da fazenda, por sua vez, aquele 29 movimento é sus
tentado pela reprodução.anual.
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83.
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7
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, GRÍl?IOO N2 2
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7
'"r.E� Inv::int�rios - ca.rtÓrio do 10 Oficio da Notas - Pl3.raÍba do �
84.
�
QUADRO N9 13
N9 de
Ano Fazenda % Monte Mór Inventários
-l
1850
1860
262:399$100
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)_'. J.. 4 o. +-6 '.5 4 C{
'3: 075. 2'.H· r3-7-5-
92 283:339$156
73 3:075:237$375
12
14
1870 1:676:271$000 84 1:979:986$558 9
1880 1:825:542$000 94 1:939:813$864 22
.
GRÍFIOO N e 3
VALOR (�) dos Escravos , Terras e Equipamentos de Beneficiamento .
· · nos Inventários de Paraíba do Sul - 1850 - 1 880
� .
escravos � terras + equipamentos • cultura� + edificaçÕe!!., = 100 <
...-t "l,TI iM'li�
B 1c. Terras
A. <fo Es cravos ,.._
e 1( Equipamentos
l
l ( 60,.2 )
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( 47 ) { 44 )
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(1 7 , 6 ) (16 , 5 )
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10 1
( 4, 3 )
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( 3 ·, 3 ) e . C 3 ,3 ) -
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º! i ·--· -· · · · ·---- -·.-- ·----
1850
-
1 ,1
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1860
····---------------
1870 1 880
,
FONT.1: Inven tarios cartório do 1 2 Oficio de Notas - Paraíba do Sul
·,
'J /"
Fazenda, de Café com a.,l1 de 200 Alsue ir•• de Terra, ou com mai1 de 100.000 Pée dd Café e 60 Escravo,
Terras + Cafeza i 1 • Equipamencos + Edificações* + Animai, + Escravos• 100
lO
Cl
Equ1paiaen- 1Ed1fica- Casa de
lnvencido Ano Terras :r Cafezais z [0$ z cõcs % Vivenda z Animais z Escravos % Tocal �
Domingo, Teixeir� Alve1 . 1 850 9:610$000 1 2 ,6 1 9 : 920$000 26,2 2 :000$000 2 ,6 1 :970$000 2 ,6 2 :400$000 3,2 1 : 353$600 1 , 8 38: 736$0ú0 5 1 7 5 : 989$600 �
Cuilherwic Francisco Rodrigue1 1860 53:000$000 35,8 1 4 :080$000 9 , 5 4 : 100$000 2 ,8 5 : 700$000 3 , 9 4 :000$000 2 , 1 1 : 900$000 1 , 3 65: 144$00C 44 147: 924$000
Ana Lima Machado 1860 18:000$000 16 I ) ; 600$000 1 2 , I 1 : 300$000 1 ,2 10: 160$000 9 3 :000$000 2 , 7 Sl5$000 K> . 5 65: 765$000 58,5
z
-O
1 12 : 360$000
Baroneza da Parahyba 1864 75:000$000 15,8 58:912$000 1 2 , 4 1 1 : 350$000 2 ,4 7 : 2 70$000 1 ,6 1 2 :000$000 2 , 5 7 :000$000 1 , 5 302 :225$000 63,8 4 7 3 : 75 7 $000 1-'
Luiz• Maria d 1 A11u""'cio ll\70 25: 984$000 19, I 1 4 : 520$000 10,7 5:620$000 4 , I 3:560$000 2 ,6 7 :000$000 5 , 2
1 :090$000 0 ,8 77 :930$000 57,4 135: 704$000 """
HagdJlena Maria Pereira 1870 53: 356$000 23 47: 150$000 20 , 3 5:540$000 2 , lo 13: 505$000 5,8 10:000$000 4 , 3 8: 1 30$000 3,5 94 : 336$000 40, 7 232:01 7$000
Barão de s. Ju1ca(Fa z . S . F{11 � 1873 30:000$000 6 , 6 4 2 : 200$000 9,2 1 8 : 770$000 4 , I 9,330$000 2 1 2 : 000$000 2 , 6 4 , 805$000 1 , 1 340: 7 54 $000 74,4 457: 859$000
Mariana Cândida Oliveira 1874 321 950$000 8 , 2 133: 440$000 33, I 24,990$000 6,2 1 1 : 8 )0$000 2 , 9 2 1 1 325$000 5 , 8 9:077$500 2 , 3 166: 865 $000, 4 1 ,5 402 :477 $500
1
Franci,co Co...,, de A1ul1r 1880 37: 550$000 2 1 4 2 : 360$000 23,6 1 5 : 4 36$000 8,6 10: 560$000 5 , 9 1 : 600$000 f(l , 9 2 : 4 13$000 1 ,3 69, 300$000, 38,7 119: 2 1 9iooo
Franc isco Barbota Teixeira 1880 30:310$000 1 4 , 2 64, 550$000 30,3 3 : 180$000 1 ,5 6; )95$000 3 3 :000$000 1 ,4 3,460$000 1 ,6 102: 350$000 48 2 1 3: 245$000
Hanoi!l Cocnea Vieira 1880 53:7S0$000 15 5 209 : 2 10$000 38 7 24: 890$000 4 6 10: 400$000 1 9 8:000$000 1,5 3 : 19 1 $000 O 6 200: 900$ood 37,2 540 : ) 4 1 $000
00
co
89.
,,,
Valor (X) doe Inatrumento1 de Trabalho (Enxadaa, foice,, Cavadeira• a Machado,) ea difarente1 Uoidade1 da Produção 'i
0
Terras+ Cultura•+EdiflcaçÕe1 +Equi pamento•+ Instrumento• de Trabalho+Ani ..i1 + E1cravoa•IOO
1
Inventário Ano Terras % Culturas X Editicaçõea X Equipamento• %
Instr. X Aniuil X Eacravo1 X 1 Total 1 1�
Trab.
Anlonio Ãlvarea de Queiroz 1850 2:700$000 27,2 2:070$000 20,9 600$000 6, I - - l1$800 O,l 123$000 1,2 4:)90$000 44,3 9:914$800 �
Joaquina Ro•� de Je5u1 1850 l:936$000 27,418 120$000 0,8Ju l:f.10$000 25,146 120$000 0,8)6 1$320 o· °" � )18$000 2,215 6:250$000 43,538 14: 355$ )2()
Domingos TeiKeira Alve1 1850 9:610$000 12,64 19:920$000 26,20 4:l70$COO 5, 75 2:000$000 2,6) )4$600 0,04 11 )57$600 1,79 )8: 736$000 50,95 76:028$200 •O
�lant,el Pedro de Olivei.ra 1856 8:4)2$000 11,5 5:732$000 7,8 4:460$000 6, I 2:950$000 4 110$000 0,2 11727$000 2,4 4j:730$000 68 73: 14 ISOOO .__.
lJ1
J�sê ��ria Ncvca 1860 1:500$000 12,04 1:000$000 8,0) 1:250$000 10,0) - - 6$920 0,06 - - 8:700$000 69,84 12:456$!1�0
ilaxiano t.ntonio da Silva 1860 )8:400$000 55,72 2: !00$000 ),05 2:050$000 2,98 1;400$000 2,0) 14$000 0,02 800$000 l, 16 24: 1�6$000 35 .o� 68:910$000
Quinlilhiana Maria de Juu1 1870 4:421$000 29,38 5:175'000 )4,)9 1:245$000 8,27 625'000 4,15 11$2�0 0,07 �73$000 ),81 1,oooiooo 19,9) 15:0501150
Magdalena Ha.ria Pereira 1870 5):)56$000 22,98 H:150$000 20,ll 2): 505$000 10, 1l 5:590$000 2,41 88$)91 0,04 8: 130$000 ),5 94:))6;000 40,6) 232:145$391
�Wn��l francisco Ribeiro 1880 2:778$000 7,4 8:)80$000 22,3 410$000 1,1 500$000 0,1 l8$b00 0, I 123$000 0,9 25:52J$000 68, 1 37: 502$600
francisco Com<!s de ARuiar 1880 )7:550$000 20 95 �2:)60$000 �l.6� 12:180$000 6 79 15:�)6$000 8 61 57$000 O 03 2:413$000 1 )4 69:lOOfOOO )8,65 179: 27t>$00C
\D
N
93.
QUADRO N9 16
19 Grupo
1850/60 3 721 ll8 217.000 81 :000$000 38:836$000 27:426$000 7:095$000 ):865$000 ll9: 997 $000 298:219$000 91,4
27 ,ll 13% 9,2% 2,4% 1,3% 46,9% 100%
29 Grupo
1874/81
L,t 713 583 1317.000 84:8� 0!�º 26 7: �º!�ºº 67 :1� $000 s 1: 9 0 00 15: 0 ��'ºº
� 418, Hº'�ºº 904:��,!,!5ºº 90
� ; �� �
j
94.
produção do primeiro.
Outro espaço ocupado pela produção de mantimentos era
7l
o das capoeiras. Tschudi ( ) faz referência ao fato de que os
fazendeiros na região do Rio consideravam que as terras em ca
poeiras, onde já existiu um cafezal, não se prestavam mais pa
ra o mesmo fim sendo, contudo,_utilizadas após um certo perío-·
do de pousio para outras culturas. A mesma indicacão encontra
> -
•
GÚl'ICO NO 4
• •arço
Abril
1880
1880
93036
asooo
79
70
�osto 1880 93007 79
Janeiro 1881 14$167 124
Fevereiro 1881 15$500 135
Abril 1881 18$000 157
P0vereiro 188� 10$014 87
M,iio 188� -· _ 9$625 84
Agosto 1882 131025 114
Outubro 1882 98535 83
Novembro 188� 10$031 88
•
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157
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,10! '
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1880 1881 1882
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·.�..1T}: Conta de Tutela, 1882, Menores de Maria Tavares Mont::!iro, maço
102.
NOTAS - 29 CAP!TULO
1 - Emilio Sereni, "Los Problemas Teóricos y r=etodologicos",in:
Emilio Sereni et. al. , Aqricultura y Desarrollo del Capita
lismo (Madrid: Alberto Corazon Editer, 1974) , pp. 43-111-
2 - Pierre Vilar, "Crecimiento Económico y Análisis Histórico,
in: Crecimiento y Desarrollo - Economia e História, Refle
xiones sobre el Caso Espanol, 29 ed. (Barcelona: Editorial
Ariel s.A., 1974) , p. 19.
GRÍ.PI 00 NQ 5
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G.RÍFICO N2 6
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de Par�Íba do Sul { 1850 - 1880 - 1910 )
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113.
te" (22) .
Pelas linhas acima, percebe-se que entendemos que a
crise da agricultura extensiva deve ser procurada nos pr�
prios mecanismos de reprodução do sistema agrário que lhe da
va vida, nas mudanças direcionais e acUinulativas qeradas por
esses mecanismos. Deste modo, compreendemos que a crise por
que passa o Vale do Paraíba (em particular, Paraíba do Sul,no
final do século XIX) não pode ser interpretada como uma decor
rência de uma crise do " produto" café e nem como uroa _ conse
quência em si da crise do trabalho escravo. Entendemos que a
crise de Paraíba do Sul é resultante do definhamento, na re
crião, do sistema agrário, mediante o qual era realizada a pro
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123 •
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observa�os que segunco o �ráfico n9 8 , a participação desse con
tinqente na população total de 1 840 a 1 9 2 0 diminui significati
vamente. Em 1840 ele corresponce a 62% da população total , em
1 8 90 cairia para 52% e trinta anos depois para 5 1%. Verifica
se assim que apesar da população masculina de 1 8 90 para 1 920
ter aumentado a sua presença relativa diminui. Por outro lado ,
a diminuição do contingente masculino de 1 8 4 0 a 1920 , e canse -
quentemente o aumento do feminino , demonstra a quebra de uma a-
gricultura cuj a reposição e aumento de trabalhadores se fazia
parcialmente ã margem do crescimento natural da população loca],
o que levava a uma desproporção significativa entre os sexos em
favor ào masculino.
Quanto a população na faixa de 16 a 40 anos , faixa es
sa que no período da escravidão era considerada como a mais pr�
dutiva , de 1872 para 1 920 , vê a sua participação relativa na
população total cair de 47% para 40%.
Outrossim , nos relatórios da Secretaria de Obras Públi
cas e Agricultura , do final do século , há referências ao declí
nio demográfico presenciado no Vale do Paraíba , sendo este fenô
meno associado ao definhamento da economia de exportação.
O Ciretor da Estação Agronômica do Rio de Janeiro , loca
lizada em Paraíba do Sul , em seu relatório de 1 8 94 , coloca que
a produção do café "virá a desaparecer do Estado do Rio , se se
guir o syste�a de lavoura até hoj e empregado" isto porque 11
as
mattas estão quasi exterminadas". t1ais adiante se referindo a
evolução da lavoura do café na Serra-Acima: " Foram os fazendei
ros emigrando para Serra !.cima , once o café enriquecia o fazen
deiro , e onde o machado , fouce e o fogo transformaram mattas
virgens em explendidas fazendas (.. � ) Vemos hoj e municípios de
riqueza extraordinária , COITO Vassouras , Valença , Farahyba do
Sul etc , reduzidos a imensos terrenos em pastos (...) Os fazen
deiros , donos desses palácios , têm em parte ido em busca de no
vos mattas e das férteis terras ce s. Paulo (...) Cuide o lavr�
dor de sua terra , empregue adubos chímicos , cultura intensiva e
apparelhos modernos , e verá , que não necessitará de emigrar em
procura e.e mattas para derrubar". (27)
No ano seguinte , 1 8 9 5 , o secretário de obras públicas ,
124.
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FONTE, Inventarios - Oartorio do 1 2 Ofic io de Notas - Para {ba do Sul
127.
GRÁPICO Ni 10
� do valor dos Cafezais e »zuipamentos de Beneficiamento nas /
P�zendas de Paraíba do Sul - 1 850 - 1905
oafezais + equipamentos + edificações . terras + animais � 100 (
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137 .
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pulsão dos libertos " desordeiros " , ou seja, dos possuidQ:r ': S da
terra. Tempos mais tarde as terras daquilo que deveria ser
(57 )
uma colôni a agrícola eram arrendadas. E xpulsos das terras
de que detinham o direito de posse, os libertos, para reprodu
zirem a sua vida material, teri am que se transformar em traba
lhadores diretos das fazendas da região sem nenhum direito
sobre a terra e assim se submeterem a "ordem do trabalho " pre
sente n aquele sistema agrário .
Em 1898, não e xistiam terras devolutas em Paraíba do
( 58
Sul. > A classe dominante local " empobrece " com o seu siste
ma agrário, contudo, permanece dominante, dificultando o desen
volvimento de outros grupos sociais.
Estudando a organização do trabalro agrícola pós-escra
vidão da cidade de Vassouras, Stein escreve que : " Após os me
ses de agi tação que se segue à abolição e à improvisação de
turmas de trabalhadores com camaradas, colonos-camaradas, tur
mas dirigidas por empreiteiros, a organização do trabalho nas
fazendas cristalizou-se sob a forma de parceria, suplementada
-
pelo emprego de camaradas� ( 5 9 ) Nao nos parece que esta situa-
ção tenha sido muito di ferente em Paraíba do Sul. No inquéri
to agrícola de 1898, a Câmara Municipal dest a oid�de coloca que
a agricultura era explorada pelo sistema de parceria e pelo sa
lário. (60) Quinze anos depois, segundo o inquérito de 19 13,o
sistema de trabalho do pessoal agrícola na região se resumia na
meiação, salário e contrato. (6l ) E no estudo feito em 1922 s�
bre a organização do trabalho agrícola do Est ado, feito pelo
Ministério da Agricultura, conclui-se que : "na cultura do café
é commum a meiação,cabendo porém ao colono a plantação, por o-
. .- (62 )
casião de cultivar o milho e o f e1.J ao.
A nível das fontes locais podemos ter uma idéia das re
lações de produção na agricultura do café pós-escravidão atra
vés de contratos de trabalho registrados em cartório.
Em 1888, Amélia de Azevedo Silva Abrahão, como tutora
de seu filho pede ao Juiz de Õrfãos licença para con tratar co
.
lonos. "Em virtude da nova lei de libertacão dos escravos é
indispensável providenciar no sentido de serem as terras cult!
vadas por homens livres. Na qualidade de tutora não pode a
/
138.
que mais cedo ou mais tarde teriam que ser substituidos por
outros. Entretanto, deve-se ter em mente a longevidade do c a
fezal o que podia permitir a sobrevivência, a reprodução anual,
das fazendas por um certo tempo . E ainda que, devido ao seu
modo de cul tivo, tinham os seus custos de produção reduz idos.
I sto é, não invertiam um trabal ho adic ional na recuperação dos
so los o que diminui os gastos com os " insumos", e possuiam uma
despesa pequena com os instrumentos de trabalho .
Quanto à mão de obra, podemos ter uma idéia aproximada
do nível de vida do s colonos no interior da faz enda e, ainda ,
dos custos com a força de trabal ho através do V?lor rel ativo d:s
casas de colonos e equipamento s para o preparo dos al imentos zu;
investimentos da faz enda. As c asas de colonos, geralmente de
pau a pique e co m cobertura de sapê, aparecem no quadro n9 17
co m u m valor rel ativo nunca superior a 7 % , e a soma desse va
lor com aquele dos equipamentos corresponde a um valor rel ati
vo que não ultr apassa 1 0 % do total do s investimentos. No ca
so da fazenda Boa Esperança ( 1 8 94 ), onde a participação daque
la soma ( 3 : 950 $ 0 0 0 ) é a maior que nas demais faz endas, ele fica
abaixo do valor da casa de vivenda que é de 4 : 10 0 $ 0 0 0 ( 7 ,3% )
Isso vem confirmar os baixos custos da fazenda com a mão de
o br a.
Por outro l ado, o caráter não capitalista das rel ações
de produção permitia, por exemplo, que as fazendas Independên
cia e do Matto Alegre se apropriassem a título de meiação, re�
pectivamente, de 30 0 ( 2 : 4 0 0 $ 0 0 0 ) e 1 . 2 00 ( 4 : 2 0 0 $ 0 0 0 ) arrobas
de café com poucos custos com mão de obra. Isto porque aque
les colonos reproduziam parcial mente a sua vida material à mar
gero do mercado, e em vista disso es.sas arrobas de café surgem
para as faz endas como a expressão do so br e-trabal ho extorquido .
A vivência da repro dução anual da fazenda de café pode
ser vista no caso da faz enda Santa Thereza da Cachoeira, que
mesmo incapacitada de renovar os seus 331 . 5 0 0 pés de café com
a pl antação de novos pés, na medida em que não po ssuia mais um
alqueire em mata virgem, nos anos de 1891 e 1 8 92 fecha o seu
balanço com lucro . Nos dois anos as despesas so ma:am 4 0 : 7 15 $000
e as receitas 53: 2 90 $ 0 0 0 , o que representava um lucro de
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J
QUADRO N9 1 7
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NVl:STIHEl<TOS EII CASAS DE COLONOS E EQUIPAKENTOS DE BENEFIClAKENTO DE ALiHENTOS EH ALCIJMAS FAZENDAS DE CAF{�. ; VALORES DAS TEIUlAS,CAJ'EZAlS,EDIFICAÇÔtS E [OUJPAIIENTOS-1001
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1890 Capitão Lúcio Corrda da Cutro ( 1 ) - 75 2001000 45,5 3001000 - - 10 1501000 129,S 15:0001000 )99.000 20 CUH 4: 0001000 ) , l 4001000 4 , 4001000 l,6 120: 1151000
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1890 H.arh Cindida de Caapello Couto (2) Canelh 57 801000 - - - - - - - - 70 5: 8601000 82.000 colonia - - 801000 - 22;7901000
11894 Vicente rern-.odu de Carva lho (J) Boa Eapenoça 15,5 2501000 - 15,5 1501000 51 8 :8701000 104.000 19 CHU l: 1501000 6 6001000 l: 9501000 7,1 55:9101000
- -
- - - - -
1895 Eloi1a Faliaberto Delh Cella (4) lndepeodiocia 40 55:4451000
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1897 Joaquia Joaé Kedairo1 (S) 2301000 2301000 0,9 24: 7501000
Boa Viau 15 2001000 3001000 2001000 8 2001000 30 6:3001000 46. 500 12 caa aa -
90: 1601000
- -
1 :8201000 2
1900 Clotilde da Cru& Outra (6) - 20:8001000 150.000 26 caua
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Palayra
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)5 2001000 2 600$000 15 150$000
-
49 1501000 101
8801000 l,2 27: )751000
-
8: 5SOIOOO 22.000 9 casas 3201000 1,2 5601000
1905 Joio Carlos Pe reira Jrfunu Fo rtaleza 5 901000 12 1201000
- 90 801000 107
1905 D. Anna Penir a de Oliveira Ca.apoe 1701000 0,6 1001000 2701000 1 2 7 : 54Sl000
Sincorã 18 1001000 5 4001000 45 801000 68 7: 4001000 )).OOC 4 casa•
1915 Capitão Frenei aco de ca,! ilho hrbo�a(7) 1 : 236� 1,4 2so1000 l : '861000 1.7 88:4231000
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GRÍFICO N 2 11
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147
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GRÍFICO NO 1 2
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da ( 1 880 - 1920 )
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PONT ..; : Inven tarios - Oartorio do l Q Oficio de ?fotas - Paraiba do Sul
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GRÁFICO N'2 13 PREÇO % das Terras em culturas e Pastos nos Inventários (1880 - 1895 - 1905 - 1915 - 1920)
Terras em cultura• + Pastos . 100 %
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FONTE : Inventários - Cart6rio do 1ª Ofício de Notas - Paraíba do Sul
150.
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do, na presença, nos inventários de passagens como "cafezais
muito velhos e em completa decadência'1 ( !
85
Ou ainda, nas re�!
rências aos maquinismos de preparo do café. Como é o caso ea
fazenda Bella Vista que, em 1910, não possuia nenhum pé de ca
fé, mas ainda detinha um burmidor, um descascador, três vent!
ladores "tudo em mão estado" e mais adiante se vê que "estes
mecanismos serviam para preparar café ". Nessa última fazenda,
junto a plantação de um alqueire de planta de milho, encontra
mos 6 juntas de bois, 6 vacas com crias, 3 sem crias, 8 garro
tes, 1 novilho, 15 capados, 2 2 porcos, 1 égua, 1 cavalo de se
la, 2 burros novos e 1 poldro ; o valor desses animais corresp:n
-
dia a 32% da soma dos investimentos na fazenda. (86)
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153.
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�;9 S:l� Ca 7a:.e:ida Doenç�s Infecto-Contagiosas Ooentas Par4S4târias Outra• Doenças Ectoparasitas Pastagens
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Carro.paticida
l São !ento Cost.A;,. \1)Aftosa e Manguei ra Cos t . Ap. Sarn·as Não Verificadas 1 �ª �ª5gfiáaâe I Não Exi�te C . (3) Gordura Roxo
2 Cõrreso lo Tenente Cost.Ap.Aftosa, Xa ngueira,Batedeira
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deira.
São José Aftosa �unca foram observadas QUADRO N9 1 8
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- Obs . (2) Pneumo-ente rite,Carbunculo
e Aftosa.
Sarnas Carrapatos e Bernas
em pequena quantida
- �aaendas d e Paraíba do
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Cost. Ap. Aftosa, l'.angueira, Carbun - Verificados u 1 v i s i t ad as pelo ser-
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10 Cor.ceição Cose. Ap. Aftosa, Mangueira e Car Já existiram casos de Sarnas Já existi r ac Pretende cons- � .Gordura Roxo
bunculo. truir. fÍço de Indústria Pasto
11 Sar.ta Thereza Raros Casos de Pneumo-enterite,Aft.!!_ I Vár ios Endopa ra sitores Nio Verificadai Não Existe c . Gordurà �i l 1 9 25 .
sa.
12 Sa::ta Thereza Raiva , }!angueira e Pneuco-enter it e Não forao Verificadas Pretende cons- !loas
truir.
13 P.osa
Boa s
Santa Mangueira, Pneu::io-e nt erite e Batede� Sarnas
ra .
Aftosa, Pneumo-enterite ,Mangueira Muito poucos carr� Boas
1 4 1 Capuaba Não Ve rificadas
15
patos e be rnas.
- Boas
�etiro
1
24 Mangueira Poucos carrapatos
25 S . José do, Bairro Alto Aftosa e Mangueira Muitos carrapatos
1
26 �:tosinhos Poucos carrapatos
e bernas.
77 Poucos carrapatos
.
: s.,lu::aris
1 •
�.a ng•� eira
28 j Cta�ara las Ros a s Y.an&ueira, Pneumo-enterite,Aftosa Poucas bernas lc. Gordura Roxo
29 Gloria d o Mundo Mangueira e Aftosa Poucas bernas e car
rapatos.
30 ?ros;,eridade Aftosa Sarnas Muitas bernas
31 S:,cego Af:osa e Batedeira �ão Verificadas Poucos carrapatos e
. Bcr�as e carrapatos
bcrna s .
V,
I _'·'�reio
33 ! 3� a (:,ião ca��unculo, Aftosa, Pneumo-ente ..,..
34 s . ;oão da Bella Vista
r it e e Batedeira
�ar.gue ira ,Aftosa,Pneumó-en ter�te Verificadas >
Não Vf•ri ficadas
35
e Batedeira .
X.,r ce Hespanha Aftosa e Ba�edeira
36 S.!:l ?os�.:i Aftosa e Pneuoo-cnterite Existe
! �} 't
"jf '
º
ª r r a a ic 1
�9 ·:;o:e da 1'a�enda t>oenças Infecco-Contagíosas l>ocnçns Parasitárias Banhcu.· : .
-t-
I Outras Doenç.as j 'Ectoparasitas
---------+-----------...+= � Pastagens
""'a.1,.-----------1·
t :,;::;l,l
�:.::.::..::..::.,p:.:=
1
37 !lo: Jarc!i,o IA!:osa e Y.angueira Não Verificadas Não Veriíicac!as Bernas e carrapatos. , Não existe e.Gordura Roxo
1 Poucos carrapatos.
38 S.i,,:a Rita Aftosa
39 Ccn�eição da Aparecida "-.ão Ve:::ific adas Carrapatos e bernas
40 Ribeirão �tosa, Mangueira, Pneumo-entérite - , Verificad as Poucos carrapatos e
bernas.
C-. Gordura e Jaraguá
1
4 1 , :-1.o:-ro Grande �ftosa e Mangueira Sarna Não Verifieadas
42 �arra !Aftos a Não Verificadas C. Gordura Roxo
e. Gordura e Jaragua
- 1,
43 Rio Preto Aftosa e Mangueira
44 C . 3 • . de E. Electrica !Aftosa C. Gordura
·,
' 11
(Alberto Torres)
45 ! 5. A..'ltO!\io ' Carbunculo
e. Gordura Roxo
4!, 1 Sa:i:a Clara �ftosa e Pneumo-enterite
47 Si:o José �!tosa, Y.angueira e ?neumo-enterite Verificadas .
48 Ca=Po c!a Paz "rbunculo e Aftos a Não Verifica-:las Muitos cartapatos e C. GorduraBranco 1·.
1
" bernas.
1,
�9 ( �zcnas Pneu=o-enterite e Aftos a Carrapatos Existe e. Gordura Roxo
50 Gentio ' IPneumo-enterite e Mangueira Poucos carrapatos e Não existe
l bernas.
5 1 : Soa \"!sta �ngueira e Aftosa Poucos carrapatos
52 :..ara:1jeira -;angueira , Aftos a e Pneumo-enterite Sarna Poucos carrapatos e
'.i 3
bernas
Portas \Aftosa e Pneumo-enterite Não Verificadas
5� S;nt a Victoria Verific adas
1
55 '- �.angueira Não Verificadas
5!, ( Inc!epe:idê:ida �ftosa,Y.angueira e Pneumo-enterite
1
57 ! Laranjeira. :-1.angueira Carrapatos e bernas
em grad. quantidade
58 Paloeira �nguei ra , Pneumo-enterite e Batedei Poucos carrapatos e
ra bernas.
53 Santa C�ara ,Xangue ira,C- ,rbuncu lo ,Batedeira, e ..
�() .. ?{ás
pneu=o-enterite.
1
São José �.2.ngueira Carrapatos
1
61 Chacrinha iMangueira e Aftosa Poucos carrapatos e Muito secas
bernas.
62 Engenho de Cana !'1.angueira Sarnas Poucas bernas C. Gordura Roxo
63 Retiro Xangueira e Pneumo-enterite -r
!,�
Poucos carrapatos
C arbunculo, M.angueira,Aftosa,Batedei_ l Sarnas e.Gordura Roxo e Ja-
1 ?aiol raguá
ra.
65 :-'..:ingueira e Aftosa Não Verificadas Carrapatos e bernas Capins (vários)
66 1 �ão Bento !'1.angueira,Aftosa.Carbunculo e Pneum2_
I
- - em quanti�ade -
ente ri te.
67 1 Retiro Mangueira e Pneu:no-enterite Sarnas Verificadas Poucos carrapatos e Não existe C . Gordura Roxo ri
�'! ! S:2.:-'.a da �.agdalena !1:lngueira, Pneumo-enterite e Aftosa Não Verificadas bernas.
Nãc Verificadas
t:9 A?areciGa �1a�gueira Sarn�s
f
V,
lc. �rdu�a Roxo e Jar!
.&:-
;o 3arrinha ?neuc,.�-enterite e Aftosa Sarnas
gua.
71 Santa Victoria �ngueira, Pneumo-enterite,Aftosa e Não Verificadas Verificada Poucos carrapatos e
Carbunculo. ttl
72
b<'rnas.
Cachoei ra �angucira,Pneu:no-enterite,Aftosa e Não Verificc.das . Muitos carrapatos e e.Gordura Roxo .
- Bc.tedcira.
1
bcrnas
-- � ,..,__._,..
Banhc 1.ro.
Cutras Doenças Ectopa-rasitas Pastagens
!i9 �ooe: da Fazenda Doenças lnfecto-Cont4giosa, �oenças Parasitárias ·, Carrapaticida
li
" patos. " " "
74 1 Sio Lourenço
li li
" "
Y.angueira, Aftosa,Carbunculo e Pneu- Não Verificadas
"
75 Ca;:·Jaba
oo-enterite
Xuitos carrapatos e Existe
li
76 .1 tatanjeira Y.angueira, Aftosa e Pneumo-enterite S2rnas
cernas
77 !oa Esperança Não Verificadas Carrapatos e bernas Não existe
li
Aftosa e Pneu:no-enterite
li
"
em pequena quantidade
7� Carioca Mangueira, Aftosa,Pneumo-enterite e Poucas bernas e carra e.Gordura Rox<>
"
li li
Batedeira. patos.
P:,.eu::30-enterite '
li
" "
79 Sossa Senhora do Can,,o
"
se -
" '
PneutlO-enterite e Y.angueira
" " "
81 Liberdade Sarnas
" e. Gordura Roxo e
Pneumo-enterite, Mangucira,Aftosa
" "
Jaraguá.
82 - Não Verificadas !Não Verificadas e . Gordura Roxo
"
i:ão verificadas
"
83 �wngueira e Pneumo-enteite Poucos cariapatos e " "
Sitio elo Salino
" "
54 1
bcrnas. "
,- ! Mangueira e Batedeira
"
" " "
i
"
85 Boa Es2erança 1 �n5ueira " Poucos carrapatos " r
Fon:e: Rio ele Ja:1eiro. ReJ.atôrio ele Obras Públicas e Agricult'-*'ª• Anexo n9 1 2 , 1923.
.
2 . Obs. - Observadas
3. C - Capic.
V,
C")
�
.
155.
NOTAS - 39 CAP!TULO
são Paulo dos anos de 1350, Davatz coloca que estes consistiam
em devastar parte cas matas com o emprego do machado e foices,
e passadas duas ou três semanas, quando as ervas ficavam compl�
tamente secas, iniciava-se a queimada. "E consurnado o incêndio
pouco mais restará a fazer, na plantação em perspectiva, do
que amontar aqui e ali os destroç os de mais fácil transporte " .
Mais adiante, in forma-nos que , quando os terrenos não eram uti
lizados para a plantação e.o café ; " as terras cansam em cinco,
seis, oito anos de uso e deixam e.e produzir. são então abando
nadas e o brasileiro trata de desbravar as suas vastas flores
tas de acordo com o método acima descrito". ( 1)
Quanto à combinação da agricultura de alimentos com a
de café, Van Delden Laerne, esclarece que a prática de se pro
duzir mantimentos (milho, feijão e mandioca) nas fazendas de
café era comum tanto na região do Rio como em são Paulo. (2)
Referências
FONTES E B IB LIOGRJI..FIA
.
- BELISÂRIO, "A Situacão �ctual da Cultura do Café no Bra -
sil" in: r-evista Agrícola ao Imperial Instituto
Fluminense de Agricultura (Rio de Janeiro: Irnp�
rial Instituto Flwninense de l>.gricultura, outu
bro de 1882 ) •
- BURT0!'-1, Richard, Viaqem do Rio de Janeiro a r.�orro Velho
(Belo Horizonte: Ed. Itatiaia ; são Paulo: Ed. da
Universidade ce são Paulo , 1975 ) .
.
- CASTEU,TAU, Francis, Expedi cão às Regiões Centrais da l\mé -
rica do Sul, 2 tomos (Rio de Janeiro: Cia Ed.
Nacional, 194 9 ) .
- DAVATZ, Thomas, Memórias de un Colono (São Paulo: Livr�
ria Martins Editora/Editora da Universidade de
são Paulo, 1972 ) .
- GAIOSO, Rairnunco José de Souza. Compêndio HistÓ Eico-Polf
co dos Princípios da Lavoura do Maranh�o, Cole
174 .
/ic.
..
I O X '.3: N V
)} ç
QUADRO 119 I
,·
1850 Luciano Vieira Affonso 1 Data de Terras Milho 4 . 000 "Fábrica de Fari - 2 2 4 Besta 1 Porco 1
com 1 05 Braços de Tes Feijão nha" com Forno-
tado e 667 braços de Arroz de torrar Fari-
fundo. nha, Pilão, Roda
de Serra de Man-
'
dioca.
1850 Antonio Alvez de Quei- 180 Braços Milho 3 . 300 - Enxada 6 6 2 8 Cavalo 1 Porcos 10
roz. Feijão Machados 3
Mandioca Cavad!!iras 4
Pequeno Canavial Foices 5
Bananeiras
1 860 Pedro Gomes de Evange- 1 Sorte de Terras com Milho 6 . 000 - - 8 3 11 - - -
lho. 233 Braços de Testado Arroz
500 de Fundos . Pequeno Canavial
N ,O
...."'' ...."
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(X) Q. e:,
. _ . • Engenhoca Bestas de 1 9 Carneiro 27 -V, °'"' " e:>
• . . - 4 1 6 . 500 Engenho de Piloe s Moinho de fuba �e Cana
1863 Barao de Entre-Rios(2 1 Sesmaria de Tropa
1
C asa de farin
. ha º º .."' o"'
Q.
Ventila
. dor •
Terra. Be s ta s de 3 Porco& 84
(X) o,
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Fazenda da Ca- Lavad�r de Cafe 25 l ances de s,an Sela de crias
ex, n
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choeira Terre1,ro s . zalas.
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Bestas 17 º "'"'
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...
Bois de 7 Porcos d• 8 ...."''.. ...
C arro Serra . n
-o
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I Sesmaria de - 7 0 . 000
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Fazenda Rua Direita !Moinho de fubá 1
Terra .
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------l--ll---l---+-----1- 1-----+---;
Q.
1 Engenho de
... �....
630.000 Engenho de Filões Moinho de fubá 241 1 6 1 402 Bestas 48 Vacas c/ 1 1
Fazenda Catangal o 1 Sesmaria de
'1'
,; Lavador d e Café Casa de farinha Cana crias .... "
Terra
..."' .,
Alambique Jumentos 9 " _;;
Q.
Terreiro Monjol o
- Engenho de Bois de 48 Vacas si 22 o
40 l ances de sen o
zalas. Serra Carro. rias
e
o
Enfermaria €guas c/ 13 ... o
cr'.:i.as
"' o
· Olaria Novilhos 17
Tenda d e Fer
reiro Bezerros 13
Touro s 3
Carneiro 73
I Cabras c 4
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crias.
Porcos 181
. • Engenho de 364 Be s tas de 152 Novilhos 6
1864 Baroneza de Parahyba Mais de 4 se_s - 382.000 Enge
_ nho de Pi+
Moinho de fub. a Açúcar Tropas
, . loe s . ( 2 )
Roda de mandioca Engenho de
marias de te.!.
n
Bestas de 10 Vacas 7
2 2 lance s de s e -
Ventiladores Serra
ras . Sela
zalas. Tulhas Boi· s de 48
::..::J
Hosoital carro
1--�---��-----+-------1------+-----11--------- ---!f-"- '"'-'==------��
1870 Luiza Ma.D 'Aasumpção 580 braços de - 1 1 3 .000 Engenho de Pi- Moinho de fubâ Engenho de . 50 39 89 Best as de 16 Vac� c/ 1
te stado com lÕes. 7 lanc,es de sen- Cana Carros cria
934 braços de C asas p/Café zalas. Engenho de Bcs ta de 1 Bezerro 1
fundo • :,erra
_
Se 1 a
638 braços de Te nda de .
Bois de 8 Vaca . 1
testado com Ferreiro Carro
] .
900 de fundo .
1
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,.,,,, 1 /9 d: l<;utp..l""l('ntOI t Ed1-
I
DiHribui E,r:u,r;smcntes a
l::.qu�;ua�nt,u Escravos
lr.veatâciado l.rea ! 1caçõt-a 1 i&•d•• dQ Anim.ai•
Edi!icacõc, u..
c.io d.u
�:re • C.if{i
e Edi!ic.scõ�s
...
117D lrerru •• h2s.soo �ns•nho d• Pilõu !:Soinho Engenho de S0 3S as Bettu s �tlvi lh., 3'1
ra que:1re, jculturaa .ca Besta de 1 2Õ 1
3 lanc:11 dt H:::1- cana
V�C.1S
Ena:anho de Carroc.a VJ.
, CH
8il
boeira, ,ru-:
1
taba.
serra Ju�nto1 cria
s1 e/
M.Jcho de 8earros
Carroca Ti,>ur.:,1
Bois de 18 CJ.rnt!i-
C.irro roo
l1A ÍlÓe1 90
' lca!:>rat
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,. c.�rito• 2
1
1 ,
,.,
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1 •
187) lariio e aaroneta de r.ngenho te Boia te ; 60 iVaca• 48
r�:·
77 72
)7) D6 .1- )14 .000 Ensenho por cafi Moinho• de fubá c.an.a carro t�%.e:rro1 4t
Sta. Justa ())
que!_ .S9 lances de nu t,,,;cnho de Anicaia 9 ;
1 re•. r:alne . - ,,erra de corg• \
-
1) 94 ID7
0 r.
ui..tn:i Cãndida. de 01 1 sumaria e
IS7.:. �.. lbOO.OOD ngc nho de P1 loe• !'101 nho eh.: (ub.i tcnLl.1 (!.,, fr-r- , � b ' ' " 2•0 c.:.....:110• 3 �;ov i :t.01 7
veira. c,cia de terras �ent i lador C,ua de !a:inha reiro. P.iulh•s f :? -Zo..iro, 2
1 l7
"".:ic.&s
!
rT"e rrr i ros de Pedras 24 h1 nce1 de u� "lna.<.: nto de de cava-
1ulha1 i..iihs ,, serra l o• 1 8cnrro1, l
1 Olaria Bc1tas ;,) C.a:-n"!' lrca Hl
. t•l�r�, \"''°º" ••
i G:i'
P:.rt 1'1�._ : :.? i,::.\r,11. IJ)
i. l.nct·nho de Ji• ',t· '>l ·•·· 1 I' 1 .r ,�
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1 j t. Ca;..at;.i I
1 íKJh 1 L< : t C: , ,
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Ju:,.,.·o:,,s !
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to1 l c!t.· t
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bcspolp.o.dor df" C-'f� ub.l
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�:aro1drücs <S<arooador
errei ro.s. de pedra de aela
(20) ;capo•i
r.:1sOO) :raa f
j·:�cu
:,,, 1
'º' (7 , ) )
,aso Antonio Jacinto do 156 alqueires - �28.000 táqu ina1 de ca!é mo- Moinho de fubá 38 2S 63 Bo i e de , 2
carro ,
Couto de terra,. idaa a ,·apo r. EníerQ.1:-ia
�!'lgenho de e.atê. ·1 I
Bcn.11 1 :. 1S:>vilto1
u l
guiar. �ueinia. cultur3(S0) ;
1189.000 Entenho c!e c.:1fé e
1880 fr.Jnci1co Cou::t-1 de A- t.iis de 7S al• Tt'rras CCII
lseut pertence.,.
'°'.oin'io de !ubá
Rod.1. , pren:la e
Enscnho de
cano.
)9 81 acua
Ca ·1.alos.
' "-"<�O
2 ,,.ovi. t..c.-1
� ·..
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aoia Je: \ 2)
t!atu ( 1 0 ) : l.,orno de !ubâ
r;
Pastos ( 7 ) ; t5 lances de se:-11! Carro
I Alquel- ha1. de Clc;)O
rei.
�ão discrio}
66 174
n.i�:as.
. 1681 Sarao do l.io c!o Ouro 158 Alqueires ferras co 12) .000 �quinis=aoa d• cafi !".o inho de !ubá Tenda C:e 10! t.oia C:e :.iica1
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cu l turas (42 Tulha1 Roda de ma,dioca ferro carro arnt i roa
M.ttas04); Quadr:ado dt 1en- Cav.a lo, Por co a al
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Crossas (4) Beatas
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Capoe i r•• s
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