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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 23ª REGIÃO


VARA DO TRABALHO DE SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA - MT

Aos dez dias do mês de agosto, do ano 2.007, às 17:49 horas, na VARA
FEDERAL DO TRABALHO DE SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA - MT, por determinação do
Juiz JOÃO HUMBERTO CESÁRIO, foi aberta a sessão de julgamento relativa ao
processo nº 00177.2007.061.23.00-5, onde contendem DIVINO PIRES GONTIJO
(RECLAMANTE), JOAQUIM BARBOSA DE BRITO (1º RECLAMADO) e CÉLIO ROSA
CAMPOS (2º RECLAMADO). Observada a praxe, o processo foi submetido a
julgamento, sendo prolatada a seguinte sentença.

I – RELATÓRIO

DIVINO PIRES GONTIJO (RECLAMANTE) ajuizou a presente reclamatória em


face de JOAQUIM BARBOSA DE BRITO (1º RECLAMADO) e CÉLIO ROSA CAMPOS
(2º RECLAMADO). Formulou, face aos fatos e fundamentos expendidos, os pedidos
elencados no libelo. Colacionou documentos. Regularmente citados, os reclamados
compareceram à sessão inaugural da audiência. O primeiro deles apresentou resposta
oral sem documentos. O segundo deixou de apresentar defesa, seja oral ou escrita.
Sobreveio réplica do reclamante. As partes não requereram a produção de prova oral,
razão pela qual a instrução processual foi encerrada. Este, no que importa, o relatório.
Cuidadosamente vistos e examinados, decido.

II – FUNDAMENTAÇÃO

PRELIMINARMENTE

Inépcia Parcial – Declaração de Ofício

Extingo sem exame do mérito, de ofício, em virtude de inépcia parcial da inicial,


os pedidos de restituição de bens, indenização pelas despesas com o ajuizamento da
ação e indenização pelo não cadastramento do PIS.

Ocorre que as respectivas causas de pedir não estão esboçadas de modo


satisfatório (artigo 295, parágrafo único, inciso I, do CPC).

Quanto aos dois primeiros pleitos, o reclamante não indica, com a necessária
exatidão, quais seriam os seus efetivos pertences pessoais a serem devolvidos (frise-se
que, somente na data de hoje, julgo dez processos idênticos, nos quais os vindicantes
se dizem possuidores dos mesmos bens), ainda deixando de delimitar a extensão das
despesas das quais deseja ressarcimento, dificultando, sobremodo, a entrega da
prestação jurisdicional.

No que diz respeito ao último pedido, o petitório é ainda mais lacônico, não
havendo qualquer narrativa prévia capaz de estribar a pretensão, já que nem mesmo foi

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ventilada a imprescindível assertiva de que este seria o primeiro cadastramento do
trabalhador no PIS.

MÉRITO

Delineamento do Imbróglio

Na inicial o reclamante, em síntese, noticia que: a) foi contratado pelo segundo


reclamado para prestar serviços na fazenda do primeiro reclamado; b) iniciou a labuta
na data de 15.12.2006, laborando por cinco meses; c) trabalhava das 06:00 às 18:00
horas, com intervalo intrajornada de uma hora e apenas uma folga por mês; c) jamais
recebeu qualquer pagamento; d) labutava em condições ambientais desumanas, na
medida em que a alimentação era precária e que dormia em barraco de lona, sem
contar com qualquer meio de transporte, banheiro ou água potável, fato que o obrigava
a consumir água oriunda de um riacho onde os animais da fazenda também matavam a
sede; d) que embora tenha sido contratado pelo segundo reclamado, este não passava
de um intermediador de mão-de-obra (gato no jargão popular), sendo certo que era
empregado do primeiro reclamado, a quem era subordinado e de quem deveria receber
pagamentos; e) sofreu acidente de trabalho, no qual teve decepada a ponta de um dos
dedos das mãos durante o manejo de uma foice, não recebendo qualquer tratamento
médico, além de continuar a trabalhar após o infortúnio.

Em virtude do narrado, aduz que foi reduzido a condição análoga à de escravo,


motivo pelo qual postula, em síntese: a) o reconhecimento de que o primeiro reclamado
era o seu real empregador; b) o reconhecimento da rescisão indireta; c) a condenação
do primeiro reclamado, com responsabilidade solidária ou subsidiária do segundo
reclamado, no pagamento de direitos laborais de sentido estrito (a serem calculados
com base de cálculo equivalente ao mínimo legal) e indenização por danos morais.

Em resposta, o primeiro reclamado se limitou a argumentar, em defesa oral, que


pagou os direitos do reclamante, mas que não possuía documentos para a
comprovação do adimplemento. Não contestou os fatos narrados na inicial e nem
impugnou a prova documental produzida pelo obreiro. Por fim, reconheceu que devia
R$1.080,00 ao trabalhador, pagando-os no ato da audiência, por via de cheque.

De sua vez, o segundo reclamado se limitou a asseverar que não possuía defesa
a apresentar e que não tinha documentos para carrear para os autos. Por óbvio,
portanto, não contestou os fatos narrados na inicial e também não impugnou a prova
oral trazida com a primígena.

Da Verdade dos Fatos Narrados na Inicial

Como já visto, o primeiro reclamado apresentou defesa genérica, deixando de


contestar especificamente os fatos narrados na inicial. O segundo reclamado, de seu
lado, sequer se dignou a apresentar resposta, não obstante o direito de defesa lhe
tenha sido oportunizado.

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Assim é que, respectivamente com fulcro nos artigos 302 e 319 do CPC, tenho
por verdadeiros os fatos narrados na peça de ingresso. Demais disso, é ainda de se
enfatizar que a prova documental carreada aos autos, consistente em fotografias e
boletim policial de ocorrência, de resto não impugnada pelos reclamados, corrobora
tudo aquilo que na prefacial se noticiou.

Reconhecimento do Primeiro Reclamado Como Empregador do Reclamante

Como já visto alhures, o reclamante prestava serviços pessoais e não eventuais


ao primeiro reclamado, a quem era subordinado e de quem deveria receber pagamento.
Logo, declaro que o primeiro vindicado era empregador do reclamante.

Da Configuração de Trabalho Escravo no Caso em Análise

Uma vez comprovados os fatos descritos na petição inicial, será primeiramente


necessário cotejá-los com a regra jurídica que descreve aquilo que se deve entender
por servidão contemporânea, para somente então me pronunciar acerca da sua efetiva
configuração no caso concreto.

Para tanto, trago à tona a redação do artigo 149 do Código Penal:

Artigo 149 do Código Penal – Reduzir alguém a condição análoga à


de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou jornada exaustiva,
quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo,
por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o
empregador ou preposto.
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, além de pena
correspondente à violência.
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem:
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do
trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II – Mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera
de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no
local de trabalho.
§ 2º - A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
I – contra criança ou adolescente;
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Analisada a regra retro transcrita, concluo como ocorrido o trabalho escravo no


caso concreto, haja vista que: a) A liberdade de locomoção do obreiro era restringida, já
que trabalhava em local ermo (26 km depois do povoado da Vila Campinas, seguindo à
beira da mata – vide a qualificação contida às fls. 03), sem acesso a qualquer meio de
transporte; b) A jornada de trabalho a que foi submetido o trabalhador era exaustiva
(das 06:00 às 18:00 horas, com intervalo intrajornada de uma hora e apenas uma folga
por mês); c) Havia ocorrência de truck system, pois jamais recebeu qualquer
pagamento; d) As condições de trabalho eram degradantes, já que a alimentação era
precária e que dormia em barraco de lona, sem acesso a banheiro ou água potável, fato

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que o obrigava a consumir água oriunda de um riacho onde os animais da fazenda
também matavam a sede. Ademais, sofreu acidente de trabalho, no qual perdeu a
ponta de um dos dedos das mãos, sem receber tratamento clínico adequado, sendo
obrigado a continuar a trabalhar.

Acolhimento da Rescisão Indireta

Diante dos fatos retro reconhecidos como verdadeiros, devo acolher o pleito de
rescisão indireta veiculado no libelo, pois: a) do reclamante foram exigidos serviços
superiores à suas forças e defesos por lei (art. 483, “a”, da CLT); b) o empregado foi
tratado pelo empregador com rigor excessivo (art. 483, “b”, da CLT); c) o empregado
corria perigo manifesto de mal considerável (art. 483, “c”, da CLT); d) o empregador não
cumpria com as obrigações do contrato (art. 483, “d”, da CLT).

Dessarte, considerando que o reclamante aduz que foi admitido na data de


15.12.2006 e que trabalhou por cinco meses, considero o contrato indiretamente
rescindido, por culpa do empregador, na data de 15.05.2007.

Acolhimento dos Pedidos Trabalhistas de Sentido Estrito

Lastreado nos elementos fáticos veiculados na inicial, acolho o pedido cognitivo


executivo lato sensu, para ordenar à Secretaria que proceda a anotação da CTPS do
autor (artigo 39 da CLT, §§ 1o e 2o da CLT), para nela constar os seguintes dados:
admissão em 15.12.2006; saída em 15.06.2007 (tendo em vista a projeção do aviso
prévio); salário equivalente ao mínimo legal (fixado com base na inteligência do artigo
460 da CLT) e função de lavrador.

Outrossim, considerando que nos autos não existem notícias do pagamento das
verbas trabalhistas postuladas, condeno o primeiro reclamado a pagar ao reclamante,
com correção monetária e juros de mora ex lege, no prazo de 48 horas após o trânsito
em julgado da presente, as seguintes verbas: salários de todo o período trabalhado;
aviso prévio indenizado; 05/12 férias proporcionais + 1/3 (respeitado o princípio da
adstrição da sentença aos limites do pedido); 05/12 de 13º salário (respeitado o
princípio da adstrição da sentença aos limites do pedido); FGTS de todo o período
trabalhado + 40%; multa do artigo 477 da CLT (um salário de sentido estrito); horas
extras e dobras pela labuta em domingos e feriados (artigo 9º da Lei 605-49 e S. 146 do
TST), com os respectivos reflexos, observadas as médias duodecimais pertinentes e os
parâmetros da S. 347/TST, em repouso semanal remunerado, aviso prévio indenizado,
13º salário proporcional, férias proporcionais + 1/3 e FGTS + 40%.

Como extraordinárias são tidas as horas que, considerado o horário algures


estabelecido, foram laboradas além da 8 a diária e 44a semanal, que deverão ser
acrescidas do adicional constitucional de 50%, sendo calculadas a partir dos
parâmetros preconizados pela S. 264 do TST, observado o divisor de 220. Na apuração
dos feriados labutados observar-se-á o calendário civil. De sua vez, os repousos e
feriados serão calculados a partir dos parâmetros estatuídos no artigo 9º da Lei 605-49
e da súmula 146 do TST.

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Rejeito o pedido de incidência das disposições contidas no artigo 467 da CLT,
pois embora a defesa do primeiro reclamado tenha sido lacônica, a sua assertiva de
que já havia pagado os direitos do autor foi hábil a estabelecer controvérsia sobre os
pleitos postulados, com a extensão dos efeitos ao seu litisconsorte, na medida em que
comuns os seus interesses.

Por fim, ordeno ao primeiro reclamado que entregue ao vindicante, no prazo de


48 horas após o trânsito em julgado da presente, as guias CD/SD relativas ao seguro-
desemprego, sob pena de, em não o fazendo, ou no caso de restar obstada a
percepção do benefício por sua culpa exclusiva, converter-se, oportunamente, a
obrigação de fazer ora determinada, em obrigação de indenizar as perdas e danos, ex
vi dos artigos 927 do Código Civil e 633 do codex adjetivo comum.

Condenação Por Danos Morais

Como não é difícil de se extrair do presente caso - no qual o reclamante foi


reduzido a condição análoga à de escravo, além de sofrer acidente de trabalho, no qual
perdeu parte de um dos dedos das mãos e continuou a laborar sem qualquer
atendimento médico -, a conduta do empregador se encontra irremediavelmente
maculada pelo dolo, ferindo letalmente os fundamentos republicanos da dignidade da
pessoa humana e dos valores sociais do trabalho, reconhecidos no artigo 1 o, III e IV, da
Magna Carta Política.

De tal arte, não posso chegar a conclusão diversa, senão àquela de que o
trabalhador esteja sofrendo indisfarçável sofrimento íntimo, suscetível de reparação nos
termos do inciso X, do artigo 5o da CRFB e do artigo 927 do Código Civil.

Tudo articulado, estando reconhecida a dor moral suportada pelo reclamante e


mais ainda a obrigação do empregador em indenizá-lo, devo estabelecer, por
arbitramento racional, norteado pela razoabilidade, a extensão da compensação.

Tenho para comigo que são pelo menos dois os elementos balizadores de um
arbitramento equânime, quais sejam, a intensidade da dor íntima suportada, bem como
a capacidade econômica do ofensor, de tal forma que o montante indenizatório não
sirva de fonte de enriquecimento da vítima, não deixando de ter, entrementes, um
contundente caráter pedagógico para quem o suporta.

Estabelecidas tais premissas, penso que a dor sofrida pelo reclamante deva ser
bastante intensa.

Por outro lado, não me parece que a capacidade econômica do ofensor seja
desprezível, haja vista que as circunstâncias dos autos demonstram ser ele um
fazendeiro de posses razoáveis. Com efeito, arbitro as indenizações perseguidas pelo
autor a título de danos morais em R$20.000,00 (vinte mil reais), nas quais o
empregador fica assim condenado.

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Honorários Advocatícios

Indefiro, à míngua dos requisitos das súmulas 219 e 329 do TST.

Responsabilidade Solidária do Segundo Reclamado

Dos fatos narrados na petição inicial, sobre os quais os reclamados não firmaram
maiores controvérsias, extrai-se, nitidamente, que o segundo vindicado participou
ativamente de toda a trama que redundou no reconhecimento do vínculo empregatício,
bem como no sofrimento moral suportado pelo reclamante.

Com efeito, nos termos do artigo 942 do Código Civil 1, tenho-no como
solidariamente responsável por todas as obrigações pecuniárias que emanam ou
emanarão da presente decisão (como no caso da oportuna convolação da obrigação de
fazer, relativa às guias CD/SD, em obrigação de indenizar).

III – DISPOSITIVO

Assim sendo, resolvo, nos autos do processo nº 00177.2007.061.23.00-5, onde


contendem DIVINO PIRES GONTIJO (RECLAMANTE), JOAQUIM BARBOSA DE
BRITO (1º RECLAMADO) e CÉLIO ROSA CAMPOS (2º RECLAMADO):

1 – Extinguir sem exame do mérito os pedidos de restituição de bens,


indenização pelas despesas com o ajuizamento da ação e indenização pelo não
cadastramento do PIS;

2 – Declarar que o primeiro vindicado era empregador do reclamante;

3 – Declarar, para efeitos trabalhistas e civis, que o reclamante foi reduzido a


condição análoga à de escravo;

4 – Declarar que o contrato empregatício foi indiretamente rescindido na data de


15.05.2007;

5 - Acolher integralmente o pedido cognitivo executivo lato sensu, para ordenar à


Secretaria que proceda a anotação da CTPS do autor (artigo 39 da CLT, §§ 1 o e 2o da
CLT), para nela constar os seguintes dados: admissão em 15.12.2006; saída em
15.06.2007 (observada a projeção do aviso prévio); salário equivalente ao mínimo legal
e função de lavrador.

6 – Acolher em parte os pedidos condenatórios veiculados na reclamação, para


condenar os reclamados, solidariamente responsabilizados, a pagarem ao reclamante,
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Artigo 942 - Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente
pela reparação. Parágrafo único. São solidariamente responsáveis com os autores os co-autores e as
pessoas designadas no art. 932. (sem destaques no original)

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com correção monetária e juros de mora ex lege, observadas as súmulas 200 e 381 do
TST, no prazo de 48 horas do trânsito em julgado da presente, as seguintes verbas:
salários de todo o período trabalhado; aviso prévio indenizado; 05/12 férias
proporcionais + 1/3; 05/12 de 13º salário; FGTS de todo o período trabalhado + 40%;
multa do artigo 477 da CLT; horas extras e dobras pela labuta em domingos e feriados,
com os respectivos reflexos em repouso semanal remunerado, aviso prévio indenizado,
13º salário proporcional, férias proporcionais + 1/3 e FGTS + 40%; indenização por
danos morais.

7 – Rejeitar os demais pedidos de cunho condenatório contidos no libelo, para


deles absolver os reclamados;

8 - Acolher o pedido mandamental veiculado na inicial, para ordenar ao primeiro


reclamado que entregue ao vindicante, no prazo de 48 horas após o trânsito em julgado
da presente, as guias CD/SD relativas ao seguro-desemprego, sob pena de, em não o
fazendo, ou no caso de restar obstada a percepção do benefício por sua culpa
exclusiva, converter-se, oportunamente, a obrigação de fazer ora determinada, em
obrigação de indenizar as perdas e danos, ex vi dos artigos 927 do Código Civil e 633
do codex adjetivo comum, pela qual o segundo reclamado responderá solidariamente.

Tudo nos termos da fundamentação, que passa a fazer parte do presente


dispositivo, para todos os fins que se fizerem necessários.

Liquidação por cálculos, observados os parâmetros contratuais e contábeis


esmiuçados no corpo da sentença. Dos montantes apurados deverão ser deduzidos
R$1.080,00, pagos em audiência.

Para efeitos do parágrafo 3 o, do artigo 832 da CLT, declaro que as parcelas


“salários de todo o período trabalhado; 05/12 de 13º salário; horas extras e dobras pela
labuta em domingos e feriados, com os respectivos reflexos em repouso semanal
remunerado e 13º salário proporcional” possuem natureza salarial, sendo devidos os
recolhimentos previdenciários que lhe são pertinentes, a cargo das respectivas partes,
observadas as regras legais atinentes, bem como o provimento 01/96 da e.
Corregedoria do TST, inclusive para efeitos de imposto de renda.

Os reclamados, solidariamente responsabilizados, deverão proceder ao


recolhimento das contribuições sociais previstas no artigo 195, I, ‘a’ e II da CRFB, no
prazo de 48 horas após o trânsito em julgado da presente, sob pena de execução.

Custas pelas reclamados, solidariamente responsabilizados, no importe de


R$500,00, calculadas sobre R$25.000,00, valor ora arbitrado à condenação.

Diante do reconhecimento da prática de trabalho escravo, oficie-se o Ministério


Público do Trabalho, com cópia autenticada da presente sentença, para que tome, no
plano dos interesses civis difusos e coletivos, as medidas que entender adequadas.

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Do mesmo modo, oficie-se o Ministério Público Federal, para que tome, na seara
criminal, as medidas que julgar necessárias.

Por fim, oficie-se o Sr. Secretário da Inspeção do Trabalho em Brasília – DF,


remetendo-lhe cópia autenticada da presente sentença, para que tome as medidas que
julgar necessárias com vistas à inclusão do réu no “Cadastro de Empregadores que
Tenham Mantido Trabalhadores em Condições Análogas à de Escravo”.

Cientes as partes (S. 197/TST).

Juiz JOÃO HUMBERTO CESÁRIO

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