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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA DE MÚ SICA

PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃ O

Ana Daniela S. Rufino

SEMINÁRIOS II

Os textos elencados a seguir seguem na proposta de conhecimento da história dos


estudos científicos dos materiais musicais, seus extratos e significados. Em questão temos
três trabalhos de cunho musicológico que nos trazem discussões no que tange a
categorizações, valorações e as possíveis outorgas destes.

Richard Parncutt (1957) em Musicologia sistemática: a história e o futuro do


ensino acadêmico musical no ocidente nos apresenta uma descrição e estruturação bem
detalhada sobre a Musicologia Sistemática, as principais e fundamentais diferenças das
suas irmãs Musicologia Histórica e Etnomusicologia e também do seu papel e futuro
dentro da Musicologia. Inseridas nesse contexto-mãe do universo da Musicologia
Sistemática, vamos assentir para com o local dos nossos próximos trabalhos analisados.

Tanto em The History of Musical Canon, de William Weber (1864 – 1920), como
em A New Approach: the feminist musicology studies of Susan McClary and Marcia J.
Citron, de Kimberly Reitsma, percebemos sobre dilemas e interrogações acerca de
definições e conceituações instituídas dentro de um espectro musical. Instituídas por
quem? Por qual motivo? Com qual objetivo final? E para responder essas questões é
preciso compreender alguns fenômenos concernentes à estas. No primeiro trabalho o
autor divide conosco sobre a ideologia do cânone, que se caracteriza por um conjunto de
obras e/ou signos que se estabelecem por parâmetro de valoração. Guardam em si uma
condição de universalidade quase que incontestável. Aqui, falamos do cânone musical,
as excelências artísticas atemporais no campo da música. Mas como saber as razões de
tal obra ser elevada a esse patamar de “intocabilidade”?

No artigo de Reitsma, tomamos ciência das condições desiguais das mulheres


musicistas. Em como, por muitos anos, foi negado às mulheres o devido lugar na esfera
musical bem mais além de “esposa” de compositor. Ainda que já tivéssemos mulheres
compositoras, a igualdade entre os gêneros ainda era algo intangível. O que nos leva a
pensar e indagar determinada atribuição de fragilidade à figura feminina. Quem e por qual
razão impuseram ao feminino a capa de docilidade inerente quase beirando um estado
infantil? Em qual momento da história esse quadro começa se reverter? A partir da década
de 70 começamos a ver interesse pela produção feminina. O feminismo foi um grande
divisor na luta pela igualdade de sexos. Seria, então, importante entender esse fenômeno
como também outros acontecimentos dentro desse contexto a fim de que compreendamos
esse processo dentro de uma práxis musical.

Duas situações em que para se chegar a compreensões e conclusões plausíveis é


indicado o estudo de contextos históricos sociais, como também de aspectos psicológicos,
cognitivos e toda outra disciplina que possa servir de auxílio na pesquisa científica. Mais
uma vez se comprova que a música se expande e nunca opera e se estrutura
exclusivamente sozinha. Existe uma relação de dentro para fora; e de fora para dentro,
ambas se completam, ainda que fluam de forma independente.

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