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Maria João Lopes Outubro de 2019

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Mestrado em Ensino de Música


Disciplina de Didática Específica de Ensino Vocacional da Música III

Ansiedade e Desempenho Escolar no Processo de


Ensino de Aprendizagem

Introdução:

A ansiedade tem duas vertentes: a boa, onde é classificada necessária para nos ajudar
a identificar e a responder ao perigo em momentos de fight ou flight
(MentalHealthFoundation.org.nz, 2014). Nesta vertente, a ansiedade pode também auxiliar-nos
em momentos de tensão, através da hiper-excitação e do aumento da adrenalina, que causam
um impacto positivo na nossa performance, desaceralando o aparelho digestivo, aliciando os
restantes processos biológicos a trabalharem conjuntamente (Weinberger, 2018). A segunda
vertente: a má, conota a ansiedade como uma emoção caracterizada por sentimentos de tensão,
pensamentos de preocupação, e mudanças físicas que agravam a tensão arterial (Felman,
revisto por Browne, 2018).

Tipos de Ansiedade:

A ansiedade é vista por Ting (2019) como algo recíproco e determinista da


causalidade. A autora descreve que as causas da ansiedade provêm de fatores internos,
variáveis externas, ou uma combinação de ambas. Desta forma, Ting (2019, p.1) denomina os
fatores externos como Tipo I, exemplificando que:

Many students are growing up in stressful and anxiety provoking conditions (e.g.,
impoverished, disorganized, hostile, and abusive environmental circumstances). This includes

home, neighbourhood, and school. Such conditions should be considered first in hypothesizing

what initially caused the individual's behavioural, emotional, and learning problems.

O Tipo II refere-se conversamente às elementos internos, associados às vulnerabilidades


que os alunos possuem e às suas capacidades a nível de resposta, motivação, formas de
aprendizagem e as características de personalidade dessa pessoa. O Tipo III retrata a
ansiedade como um problema psicopatológico, sendo que após de todas as hipóteses do
Tipo I serem colocadas, o tipo III poderá estar na origem da ansiedade.

Ansiedade na Performance:

Na performance, a ansiedade refere-se a um conjunto de distúrbios que afetam


indivíduos em várias proporções, desde a realização de testes, desempenho e a apresentação
de capacidades perante um público (Kenny, 2006). A ansiedade sentida na aprendizagem
musical apresenta uma evolução singular, Kenny (2006) afirma que as crianças não
reconhecem os erros da mesma forma que os adultos, sendo que estão mais à vontade em
palco. O agravamento da ansiedade deriva do temperamento do indivíduo; o aumento da
capacidade cognitiva; a função de auto-reflexão; a educação dada pelos progenitores ou
encarregados de educação; as experiências interpessoais; a perpeção e interpretação do
mundo em redor; as capacidades motoras; e as experiências de performance que podem ter
uma impacto negativo ou positivo na forma de recordar a ansiedade (Kenny, 2006).

A preocupação causada pela ansiedade, segundo Eynseck & Calvo (2008, p.1), poderá
dificultar a performance, no sentido de “(1) a reduction in the storage and processing
capacity of the working memory system available for a concurrent task; and (2) an
increment in on-task effort and activities designed to improve performance.”.

Várias investigações asseveram que ansiedade é positiva desde que seja balanceada, ou seja,
que a sua intensidade não atrapalhe a fala nem os movimentos (Diller, 2013). A ansiedade
pode ser contrabalanceada através:
- Da diminuição de antecipação através de distrações que nos levem a pensar menos
no momento de performance.

- Da preparação eficaz e ensaio da nossa apresentação, e até das primeiras palavras


que irão ser ditas em palco. A ansiedade negativa é maior nos primeiros momentos em
palco, e por isso se deve investir tempo na preparação da abertura.

- Do conhecimento do ambiente que nos rodeia, familiarizando-nos com o local


onde irá decorrer a performance, desde o layout, às cores e até cheiros.

- “Breaking the ice” através de humor poderá dissipar alguns constrangimentos e


criar uma ligação entre performer e público (Diller, 2013).

Conclusão:

A ansiedade reflete um medo sobre uma situação, ou competência que tenhamos


que apresentar. Através da compreensão desta emoção poderemos atingir uma colmatação
das causas negativas, e sobrepôr o que esta traz de benéfico para a performance. A ansiedade
demonstra ser susceptível às mudanças internas e externas, mas não deverá nunca soerger
às nossas intenções e controlo sobre nós próprios.
Referências

Diller, V. (2013) Performance Anxiety. Ease Your Fears Using Tips Based on Cognitive Behavioural
Theory. PsychologyToday.com. [online] Disponível em:
https://www.psychologytoday.com/intl/blog/face-it/201304/performance-anxiety (Acedido a 13 de
Outubro de 2019)

Felman, A., revisão de Browne, D. (2018) What to Know About Anxiety. MedicalNewsToday.com.
[online] Disponível em: https://www.medicalnewstoday.com/articles/323454.php (Acedido a 13 de
Outubro de 2019)

Kenny, D. (2006). Music Performance Anxiety: Origins, Phenomenology, Assessment and Treatment.
University of Sidney.

Michael W. Eysenck & Manuel G. Calvo (1992) Anxiety and Performance: The Processing Efficiency
Theory, Cognition and Emotion, 409-434.

MentalHealth.org.nz (2014) Mental Health Awareness Week, Living with Anxiety. [online]
https://www.mentalhealth.org.nz/assets/A-Z/Downloads/Living-with-anxiety-report-MHF-UK-
2014.pdf (Acedido a 13 de Outubro de 2019)

Ting, S. (2019) Students and Anxiety Problems. Centre for Mental Health in Schools. University of
California.

Weinberger, J. (2018) The Upside to Anxiety: 3 Reasons Why Anxiety is Actually Good for You.
TalkSpace.com. [online] Disponível em: https://www.talkspace.com/blog/upside-to-anxiety-reasons-
why-good/ (Acedido a 14 de Outubro de 2019)

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