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Enzimas e vitaminas hidrossolúveis

A vida pode ser definida como o resultado da ação de um somatório de milhares de reações enzimáticas (3.106 enzimas
descritas, segundo o relatório da Enzyme Comission de 1992) atuando conjunta e equilibradamente durante o processo
de nascimento, crescimento e fase adulta do organismo, parte importante das quais quando desativadas resultam em
morte. Este princípio simplista vale tanto para uma bactéria quanto para um elefante. Se claudicante ou não mais
funcional a célula, a inatividade metabólica se estende ao(s) tecido(s) e daí a falência dos órgãos e do modelo biológico
como um todo. É o ônus da velhice. Mesmo nos acidentes tissulares (infarto; neoplasia) as enzimas e seu
funcionamento inadequado desempenham um papel decisivo.

Há enzimas de mecanismo reacional extremamente simples como a ptialina ou amilase salivar que para atuar necessita
nada mais que o substrato sobre o qual atua, no caso o amido (e preferencialmente pré-cozido) já que o pH (potencial
hidrogeniônico) da saliva (em torno de 7; neutro) é o adequado para seu grau de ionização ideal, completando a
condição reacional ótima para gerar os produtos (maltose : glucose). Há outras enzimas mais complexas que além de
substrato, temperatura e pH ótimos, requerem a co-participação de co-enzimas (geralmente derivados de vitaminas da
dieta) e de outros co-fatores (ex., cátions estratégicos como o magnésio).

Um conjunto destas vitaminas são aquelas ditas hidrossolúveis.

1. Ácido ascórbico ou Vitamina Ca: é um derivado lactonizado da glucose. Muito comum em frutas, sobretudo as
cítricas e em hortaliças. Excepcionalmente presente no tomate, groselha, kiwi, acerola (1,7 g%) e ainda mais no camu-
camu (pequena fruta amazônica). É uma molécula fortemente redutora (doadora de hidrogênio) e intervém na
interconversão do aminoácido prolina a seu derivado hidroxiprolina. A deficiência na dieta causa o escorbuto (antiga
enfermidade de marinheiros).

2. Tiamina ou Vitamina B1 e sua forma ativa pirofosfato (co-carboxilase): essencial para o metabolismo energético e
para o funcionamento dos tecidos nervosos. As melhores fontes são grãos inteiros de cereais, soja, ervilhas, nozes, leite
e tecidos animais tais como fígado, rins. Dentre as reações em que co-participa, a tiamina-PP, através de seu anel
sulfurado tiazol (uma base quaternária) converte um derivado importante da glucose, piruvato, em acetaldeído que por
sua vez pode gerar etanol nas leveduras ou ácido láctico nos músculos. Outro destino do ácido pirúvico é o ácido acético
ativado (acetil-CoA), bloco central do metabolismo dos açucares, lipídios e aminoácidos (v. figura).

3. Riboflavina ou Vitamina B2: também essencial para o metabolismo energético, adensamento dos tecidos e boa
visão. Quimicamente: FAD – Flavina Adedina Dinucleotídio, fortemente colorida em amarelo quando privada de
hidrogênio (forma oxidada). Boas fontes são os produtos lácteos, carnes magras, frangos, peixes, brocoli, aspargo e
espinafre. Tem seletiva capacidade receptora de hidrogênio razão pela qual é absolutamente necessária para a
conversão do ácido succínico em fumárico através da desidrogenase succínica, uma etapa do ciclo de Krebs, do qual o
organismo se vale para a coleta do energético hidrogênio a ser proximamente "queimado" nas mitocôndrias. O FAD-H2
atua então como um carreador.

4. Niacina ou Ácido Nicotínico (nada a ver com a nicotina do tabaco!): encontrada nas mesmas fontes apontadas para 2.
e 3. Coenzima essencial para a atuação das enzimas ditas desidrogenases (exceto a succínica). Combina-se
quimicamente com nucleotídios de piridina (um dos blocos de construção do próprio DNA) para gerar os co-enzimas
plenos, NAD e NADP (Nicotinamida Adenina Dinucleotídios). Capta hidrogênio em numerossísimas reações do
metabolismo dentre as quais aquelas da via glicolítica e do ciclo de Krebs (e.g., glucose -: ácido pirúvico; ácido cítrico -:-:-
: ácido oxaloacético + hidrogênio + "ATP"), endereçando-o, também, à matriz mitocondrial.

5. Piridoxina ou Vitamina B6 – (também fosfatos de piridoxal e piridoxamina)

Também obtida de alimentos vegetais e animais. É também essencial para o crescimento celular, pois co-participa das
reações catalizadas pelas transaminases, enzimas que fazem a interconversão entre aminoácidos e ceto-ácidos. Estas
enzimas são indicadores clínicos muito utilizados em medidas laboratoriais para acompanhamento de distúrbios
hepáticos e patologias musculares (e.g., infarto de miocárdio).

6. Ácido pantotênico e Coenzima A (CoA): obtido da gema de ovo, levedura, batata doce, melaço e levedura, além de
fígado e rins. A coenzima plena, CoA, é estruturada em 3 segmentos: adenosina (comum no DNA), ácido pantotênico e
mercaptoetilamina (braço terminal doador de hidrogênio). Gera o ácido acético "ativado" ou Acetil-CoA, bloco central
do metabolismo de todos seres vivos.

7. Biotina e Biocitina (biotinil-lisina): maiormente sintetizada pelas bactérias (benéficas) intestinais. O consumo de clara
de ovo não cozida causa sua depleção pela existência, na clara, de avidina, uma proteína que seqüestra e inativa a
biotina. É uma coenzima essencial na fixação de gás carbônico, o que ocorre durante a biossíntese de lipídios.

8. Ácido fólico (FH4): coenzima co-atuando no transporte e transferência de fragmentos metabólicos que contém um
único átomo de carbono (C1 = CH2OH ou CHO ou CH3), tal como ocorre na biossíntese da metionina, um aminoácido
essencial e sulfurado. Fígado e levedura são boas fontes.

9. Ácido lipóico: é um engenhoso doador / receptor de hidrogênio. Co-participa na descarboxilação do ácido pirúvico
transformando-o em Acetil-CoA e gás carbônico. Esta é uma das mais formidáveis reações bioquímicas do organismo
vivo requerendo um complexo de 3 enzimas e 5 coenzimas (v figura). O Acetil-CoA é a matéria prima fundamental para
a biossíntese de lipídios (triglicerídios e colesterol, dentre outros).

9. Cobalamina ou Vitamina B12: de importância na formação dos glóbulos vermelhos. Uma boa fonte é o iogurte.
Somente é biossintetizada por alguns microrganismos e depende de proteínas especiais para ser captada nos intestinos
e ser internalizada à corrente sanguínea. Contém cobalto na estrutura e daí a coloração avermelhada. Envolvida na
troca de hidrogênio por outros grupos químicos simples.

10. ATP ou Adenosina-Tri-Fosfato: é a "moeda energética" das células e principal produto da oxidação fosforilativa nas
mitocôndrias ou "queima metabólica suave" do hidrogênio.

José Domingos Fontana (jfontana@ufpr.br) é professor emérito da UFPR junto ao Departamento de Farmácia,
pesquisador 1A do CNPq e 11.º Prêmio PR em C&T (1996).
Micronutrientes
São nutrientes necessários para a manutenção do organismo, embora sejam requeridos em pequenas quantidades, de
miligramas a microgramas. Fazem parte deste grupo as vitaminas e os minerais. São nutrientes essenciais e devem estar
presentes na alimentação diariamente. O déficit pode provocar doenças ou disfunções e o excesso, intoxicações. Por isso, a
dieta deve ser sempre equilibrada e variada.

Vitaminas
São compostos orgânicos, que não podem ser sintetizados pelo organismo. Encontram-se em pequenas
quantidades na maioria dos alimentos. São essenciais para o bom funcionamento de processos fisiológicos
do corpo. São substâncias extremamente frágeis, podendo ser destruídas pelo calor, ácidos, luz e certos
metais. Suas principais propriedades envolvem dois mecanismos importantes: o de coenzima (substância
necessária para o funcionamento de certas enzimas que catalisam reações no organismo) e o de
antioxidante (substâncias que neutralizam radicais livres).

Hipovitaminose: Carência parcial de vitaminas.


Avitaminose: Carência extrema ou total de vitaminais.
Hipervitaminose: Excesso de ingestão de vitaminas.
Pró-vitaminas: Substâncias a partir das quais, o organismo é capaz de sintetizar vitaminas. Ex: carotenos (pró-vitamina A) e
esteróis (pró-vitamina D).
Complexo vitamínico: Conjunto de diversas vitaminas.

Classificação:

Vitaminas lipossolúveis: São as vitaminas A, D, E e K, solúveis em gorduras. São encontradas em alimentos essencialmente
lipídicos. Necessitam da bile para sua absorção e são transportadas via circulação linfática. Podem ser armazenadas e suas
funções são geralmente estruturais.

Vitaminas hidrossolúveis: São as vitaminas solúveis em água. Fazendo parte deste grupo as vitaminas do complexo B e a
vitamina C. Apresentam menos problemas de absorção e transporte. São conduzidas via circulação sistêmica e excretadas
pelas vias urinárias. Não podem ser armazenadas, exceto no sentido geral de saturação tecidual. As vitaminas do complexo
B funcionam principalmente como coenzimas no metabolismo celular. Já a vitamina C é um agente estrutural vital e
antioxidante.

Vitaminas Lipossolúveis:

Vitamina A:
Pode ser encontrada na forma de retinol (pré-formada), que é a sua forma natural. Sendo encontrada apenas em alimentos
de origem animal e usualmente associada ás gorduras. Ou na forma de beta-caroteno (pró-vitamina A). É o precursor da
vitamina A, encontrado nos alimentos de origem vegetal.

Funções: Crescimento e desenvolvimento dos tecidos, capacidade antioxidante, funções reprodutivas, integridade dos
epitélios e importante para a visão.

Carência: Queratinização das membranas de mucosas que revestem o trato respiratório, tubo digestivo e trato urinário.
Queratinização da pele e do epitélio do olho. Alterações na pele, insônia, acne, pele seca com descamações, diminuição do
paladar e apetite, cegueira noturna, úlceras na córnea, perda de apetite, inibição do crescimento, fadiga, anormalidades
ósseas, perda de peso nos últimos 3 meses e aumenta a incidência de infecções.

Excesso: Dores nas articulações, afinamento de ossos longos, perda de cabelo e icterícia.

Fontes alimentares: Disponível em retinol no fígado, rim, nata, manteiga, leite integral, gema de ovo, queijo e peixes
oleosos. Fontes de carotenos presentes na cenoura,, abobrinha, moranga, batata doce, manga, melão, mamão, pimentão
vermelho, brócolis, vegetais verdes folhosos, agrião, espinafre e etc.

Necessidades diárias: 900µg RAE para homens e 700µg RAE para mulheres.

Vitamina D:
É um pré-hormônio do tipo de esterol e sua base precursora na pele humana é o lipídeo 7-deidrocolesterol. É fabricada
principalmente quando há exposição do corpo ao sol.
Funções: Fundamental para a absorção de cálcio e fósforo. Ajuda no crescimento, resistência
dos ossos, dos dentes, dos músculos e dos nervos.
Carência: Formação anormal dos ossos. Raquitismo e osteomalácia.
Excesso: Hipercalemia, dor óssea, enfraquecimento e falhas no desenvolvimento e depósito de
cálcio no tecido renal.
Fontes alimentares: Leite e derivados, margarinas enriquecidas, peixes gordos, ovos, levedo
de cerveja e etc.
Necessidades diárias: 5 a 10mcg para homens e mulheres.

Vitamina E:
É conhecida com tocoferol. É um óleo amarelo, estável em ácidos e no calor, insolúvel em
água. Oxida muito lentamente, o que lhe dá um papel importante antioxidante.
Funções: Antioxidante.
Carência: Anemia hemolítica, distúrbios neurológicos, neuropatia periférica e miopatia
esquelética.
Excesso: Não existe toxicidade conhecida.
Fontes alimentares: Óleos vegetais (milho, oliva e algodão), nozes, amêndoa, avelã, gérmen
de trigo, abacate, aveia, batata doce, vegetais verdes e frutas.
Necessidades diárias: 15mg para homens e mulheres.

Vitamina K:
Filoquinona é o seu nome químico básico e é encontrado nas plantas. A menaquinona é sintetizada pela flora bacteriana do
intestino e contribui com a metade do nosso suprimento diário.

Funções: Catalisar a síntese dos fatores de coagulação do sangue no fígado. A vitamina K produz a
forma ativa de precursores, principalmente a protombina, que combina com cálcio para ajudar a
produzir o efeito coagulante. É necessária para manter a saúde dos ossos.
Carência: Tendência a hemorragias.
Excesso: Dispnéia e Hiperbilirrubinemia.
Fontes alimentares: Vegetais verdes folhosos, fígado, feijão, ervilha e cenoura.
Necessidades diárias: 70 a 80mcg para homens e 60 a 65mcg para mulheres.

Vitaminas Hidrossolúveis:

Vitamina C:
Ácido instável e facilmente oxidado. Pode ser destruída pelo oxigênio, álcalis e altas temperaturas.
Funções: Antioxidante, cicatrizante, crescimento e manutenção dos tecidos corporais, incluindo matriz
óssea, cartilagem, colágeno e o tecido conjuntivo.
Carência: Pontos hemorrágicos na pele e ossos, capilares fracos, articulações frágeis, dificuldade de
cicatrização de feridas e sangramento de gengivas.
Excesso:
Fontes alimentares: Frutas cítricas, tomate, batata inglesa, batata doce, repolho, brócolis e ouro vegetais
e frutas amarelas e verdes.
Necessidades diárias: 90mg para homens e 75mg para mulheres.

Vitaminas do complexo B:

Tiamina (B1):
Hidrossolúvel e levemente estável. Absorvida por transporte ativo no duodeno.
Funções: Está envolvido na liberação de energia dos carboidratos, gorduras e álcool.
Carência: Beribéri (dor e paralisia das extremidades, alterações cardiovasculares e edema),
anorexia, indigestão, constipação, atonia gástrica, secreção insuficiente de ácido clorídrico, fadiga,
apatia geral, enfraquecimento do músculo cardíaco, edema, insuficiência cardíaca e dor crônica no
sistema músculo-esquelético (fibromialgia).
Excesso: Pode interferir na absorção de outras vitaminas do complexo B.
Fontes alimentares: Gérmen de trigo, ervilha, levedura, cereais matinais fortificados, amendoim,
fígado, batata, carne de porco e gado, fígado, grãos e leguminosas.
Necessidades diárias: 1,2mg para homens e 1,1mg para mulheres.

Riboflavina (B2):
É um pigmento fluorescente amarelo esverdeado que forma cristais de agulhas amarelo
amarronzadas. É solúvel em água relativamente instável ao calor, mas facilmente destruída pela luz
e irradiação.
Funções: Disponibiliza a energia dos alimentos, crescimento em crianças, restauração e manutenção
dos tecidos.
Carência: Queilose (rachaduras nos cantos da boca), glossite (edema e vermelhidão da língua),
visão turva, fotofobia, descamação da pele e dermatite seborréica.
Excesso: Não existe toxicidade conhecida.
Fontes alimentares: Iogurte, leite, queijo, fígado, rim, coração, gérmen de trigo, cereais matinais
vitaminados, grãos, peixes oleosos, levedura, ovos, siri, amêndoa, semente de abóbora e vegetais.
Necessidades diárias: 1,3mg para homens e 1,1mg para mulheres.

Niacina (B3):
A niacina (ácido nicotínico) é convertida para nicotinamida, que é solúvel em água, estável em ácido e ao calor.
Funções: Necessário para a produção de energia nas células. Está envolvida nas ações das
enzimas, incluindo o metabolismo dos ácidos graxos, respiração dos tecidos e para expelir toxinas.
Carência: Fraqueza, pelagra, anorexia, indigestão, erupções na pele, confusão mental, apatia,
desorientação e neurite.
Excesso: Não existe toxicidade conhecida.
Fontes alimentares: Carnes magras, fígado, peixes oleosos, amendoim, cereais matinais
vitaminados, leite, queijo cogumelo, ervilha, vegetais folhosos verdes, ovos, alcachofra, batata e
aspargos.
Necessidades diárias: 16mg para homens e 14 mg para mulheres.
Ciclo do Ácido Cítrico ou de Krebs

Oxidação do Ácido Pirúvico

As moléculas de ácido pirúvico resultantes da degradação da glicose penetram no interior das mitocôndrias, onde ocorrerá a
respiração propriamente dita. Cada ácido pirúvico reage com uma molécula da substância conhecida como coenzima A,
originando três tipos de produtos: acetil-coenzima A, gás carbônico e hidrogênios.

O CO2 é liberado e os hidrogênios são capturados por uma molécula de NADH2 formadas nessa reação. Estas participarão,
como veremos mais tarde, da cadeia respiratória.

Em seguida, cada molécula de acetil-CoA reage com uma molécula de ácido oxalacético, resultando em citrato (ácido cítrico)
e coenzima A, conforme mostra a equação abaixo:

1 acetil-CoA + 1 ácido oxalacético 1 ácido cítrico + 1 CoA


(2 carbonos) (4 carbonos) (6 carbonos)

Analisando a participação da coenzima A na reação acima, vemos que ela reaparece intacta no final. Tudo se passa,
portanto, como se a CoA tivesse contribuído para anexar um grupo acetil ao ácido oxalacético, sintetizando o ácido cítrico.
Cada ácido cítrico passará, em seguida, por uma via metabólica cíclica, denominada ciclo do ácido cítrico ou ciclo de
Krebs, durante o qual se transforma sucessivamente em outros compostos.

Analisando em conjunto as reações do ciclo de Krebs, percebemos que tudo se passa como se as porções correspondentes
ao grupo acetil, anteriormente transferidas pela CoA, fossem expelidas de cada citrato, na forma de duas moléculas de CO2 e
quatro hidrogênios. Um citrato, sem os átomos expelidos, transforma-se novamente em ácido oxalacético.

Os oito hidrogênios liberados no ciclo de Krebs reagem com duas substâncias aceptoras de hidrogênio, o NAD e
o FAD, que os conduzirão até as cadeias respiratórias, onde fornecerão energia para a síntese de ATP. No
próprio ciclo ocorre, para cada acetil que reage, a formação de uma molécula de ATP.

Cadeia respiratória e liberação de energia


O destino dos hidrogênios liberados na glicólise e no ciclo de Krebs é um ponto crucial no processo de obtenção de energia
na respiração aeróbica.

Como vimos, foram liberados quatro hidrogênios durante a glicólise, que foram capturados por duas moléculas de NADH2.
Na reação de cada ácido pirúvico com a coenzima A formam-se mais duas moléculas de NADH2. No ciclo de Krebs, dos
oito hidrogênios liberados, seis se combinam com três moléculas de NAD, formando três moléculas de NADH2, e dois se
combinam com um outro aceptor, o FAD, formando uma molécula de FADH2.
Através de sofisticados métodos de rastreamento de substâncias, os bioquímicos demonstraram que os hidrogênios liberados
na degradação das moléculas orgânicas e capturados pelos aceptores acabam por se combinar com átomos de oxigênio
provenientes do O2 atmosférico. Dessa combinação resultam moléculas de água.

Antes de reagirem como o O2, porém, os hidrogênios, percorrem uma longa e complexa trajetória, na qual se combinam
sucessivamente com diversas substâncias aceptoras intermediárias. Ao final dessa trajetória, os hidrogênios se encontram
seus parceiros definitivos, os átomos de oxigênio do O2. Esse conjunto de substâncias transportadoras de hidrogênio
constitui a cadeia respiratória.

Se os hidrogênios liberados na degradação das moléculas orgânicas se combinassem direta e imediatamente com o O2,
haveria desprendidamente de enorme quantidade de energia em forma de calor, impossível de ser utilizada. Para contornar
esse problema, as células utilizam um mecanismo bioquímico que permite a liberação gradual de energia. Tudo se passa
como os hidrogênios descessem uma escada, perdendo energia a cada degrau. Liberada em pequenas quantidades, a
energia pode ser, então, utilizada na síntese de moléculas de ATP, a partir de ADP e fosfatos.

Aceptores de hidrogênio da cadeia respiratória

As moléculas de NAD, de FAD e de citocromos que participam da cadeia respiratória captam hidrogênios e os transferem,
através de reações que liberam energia, para um aceptor seguinte. Os aceptores de hidrogênio que fazem parte da cadeia
respiratória estão dispostos em sequência na parede interna da mitocôndria.

O ultimo aceptor de hidrogênios na cadeia respiratória é a formação de moléculas de ATP, processo chamado
de fosforilação oxidativa. Cada molécula de NADH2 que inicia a cadeia respiratória leva à formação de três moléculas de
ATP a partir de três moléculas de ADP e três grupos fosfatos como pode ser visto na equação a seguir:

1 NADH2 + ½ O2 + 3 ADP + 3P 1 H2O + 3 ATP + 1 NAD

Já a FADH2 formado no ciclo de Krebs leva à formação de apenas 2 ATP.

1 FADH2 + ½ O2 + 2 ADP + 2P 1 H2O + 2 ATP + 1 FAD

Contabilidade energética da respiração aeróbica

Na glicólise há um rendimento direto de duas moléculas de ATP por moléculas de glicose degradada. Formam-se,
também, duas moléculas de NADH2 que, na cadeia respiratória, fornecem energia para a síntese de de seis moléculas
de ATP.

Durante o ciclo de Krebs, as duas moléculas de Acetil-CoA levam a produção direta de duas moléculas de ATP. Formam-
se, também, também, seis moléculas de NADH2 e duas moléculas de FADH2 que, na cadeia respiratória, fornecem
energia para a síntese de dezoito moléculas de ATP (para o NAD) e quatro moléculas de ATP (para o FAD).

A contabilidade energética completa da respiração aeróbica é, portanto: 2 + 6 + 6 + 2 + 18 + 4 = 38 ATP. O resumo de


todas as etapas resulta na seguinte equação geral:

1 C6H12O6 + 6 O2 + 38 ADP + 38 P 6 CO2 + 6 H2O + 38 ATP

A importância metabólica do ciclo de Krebs

Ao estudarmos a respiração aeróbica, partimos de moléculas de glicose. Outras substâncias, porém, como proteínas e
gorduras, também podem servir de combustível energético. Depois de devidamente transformadas, essas substâncias
produzem moléculas de acetil, o combustível básico do ciclo de Krebs.
O ciclo de Krebs é a etapa da respiração em que a acetil-CoA oriunda das moléculas alimentares é “desmontada” em CO2 e
H2O, e a energia produzida é usada na síntese de ATP.

Porém o ciclo de Krebs não participa apenas do metabolismo energético: à medida que as diversas substâncias
do ciclo vão se formando, parte delas pode ser “desviada”, indo servir de matéria-prima para a síntese de
substâncias orgânicas (anabolismo).

Por exemplo, uma parte das substâncias usadas pelas células para produzir aminoácidos, nucleotídeos e gorduras provém do
ciclo de Krebs.

Veja na figura abaixo as etapas da respiração celular e a sua localização:

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