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I reformulado
Competência Internacional e Reconhecimento de
Decisões
1
Caso
A sociedade comercial Livros Bons, SA, com sede em Lisboa,
pretende accionar um dos seus fornecedores, a Paper Basket
limited, sociedade constituída em Inglaterra (local onde consta a
sua sede estatutária), embora gerida a partir de escritórios em
Amesterdão, por responsabilidade contratual. De acordo com a
Livros Bons, o papel entregue em Lisboa não tinha a especificação
acordada.
Quid iuris?
• Vigora a Convenção de
• Regulamento Bruxelas I-bis Lugano: a primeira foi
(Regulamento UE 1215/2012): celebrada em 1988, mas foi
substituída pela Convenção
• Estabelece a competência de Lugano de 2007.
e o reconhecimento de
decisões entre 27 Estados- • Tem soluções idênticas às
do Regulamento Bruxelas I
Membros da UE (44/2001)
Excepção: • Celebrada entre os Estados-
A Dinamarca só está vinculada ao
Membros da UE e Suíça,
Regulamento Bruxelas I (Regulamento CE
44/2001) — continua a aplicar-se este quanto
Islândia, Noruega.
ao reconhecimento de decisões da Dinamarca • Se o Brexit vier a
e para estabelecer a competência dos tribunais suceder, está prevista a
dinamarqueses. adesão do RU.
Afonso Patrão — 2019
Sistema Bruxelas I
• Em Portugal, pode assistir-se à aplicação de três actos Nota genérica:
normativos (muito similares, quanto ao conteúdo): O Regulamento
Bruxelas I-bis é mais
• À partida: Regulamento UE 1215/2012 generoso do que os
(Regulamento Bruxelas I-bis). Determina no seu outros actos.
âmbito de aplicação, a competência dos tribunais Sobretudo em
portugueses e o reconhecimento das decisões dos matéria de
outros Estados-Membros da UE. reconhecimento de
decisões judiciais
• Dinamarca: Regulamento CE 44/2001 (Regulamento estrangeiras.
Bruxelas I). Estabelece o regime de reconhecimento
das decisões judiciais emitidas pelos tribunais
Vamos analisar o
dinamarqueses.
Bruxelas I-bis,
traçando as
• Convenção de Lugano II (2007): Estabelece o diferenças para os
regime de reconhecimento das decisões judiciais demais actos
emitidas pelos tribunais suíços, islandeses e normativos
noruegueses.
Afonso Patrão — 2019
Regulamento Bruxelas I-bis
Abrange 2 dos problemas do DIP: os do processo civil internacional
• Competência internacional dos Tribunais;
• Reconhecimento de Sentenças estrangeiras
É uma regra bilateral: ao invés de determinar quando é que os nossos tribunais são
competentes (unilateralismo),escolhe o país competente.
Por isso, o critério só se aplica quando o réu seja domiciliado na UE: só aí é que é
viável a regra bilateral — pois os Estados-Membros comprometeram-se a esta regra.
Afonso Patrão — 2019
Excepção — A dispensa do
requisito do domicílio
• O Regulamento, porém, Art. 24.º Competências Exclusivas
aplica-se
independentemente de o Art. 25.º Pactos de Jurisdição
domicílio do réu ser num
Estado-Membro nos casos Art. 18.º/1 Litígios de Consumo
mencionados no art. 6.º.
Art. 21.º/2 Alguns litígios laborais
• Isto é, há casos em que se
determina a competência Os litígios de consumo e os laborais são
dos tribunais de um uma novidade do Bruxelas I-bis.
No anterior Bruxelas I, estavam submetidos
Estado-Membro
à regra geral — apenas podendo aplicar-se
independentemente de o quando o réu estava domiciliado num
réu residir na UE Estado-Membro da UE