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TEXTO DE APOIO
2018
Luís Magalhães, 2018.
Departamento de Engenharia Mecânica
Instituto Superior de Engenharia
Politécnico do Porto
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Maquinagem
introdução
MAQUINAGEM
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Maquinagem
arranque de apara
ARRANQUE DE APARA
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MAQUINAGEM
arranque de apara
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Maquinagem
arranque de apara
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MAQUINAGEM
arranque de apara
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Maquinagem
parâmetros de corte
PARÂMETROS DE CORTE
Os três parâmetros de corte principais são a profundidade de corte (p) (o
penetramento), o avanço (a) e a velocidade de corte (Vc). Estes parâmetros são
definidos para cada instante de uma operação de corte e são necessários para
calcular as forças entre a peça a ferramenta.
Durante o torneamento a peça encontra-se em rotação e a ferramenta pode ter
dois movimentos: o penetramento, que é perpendicular ao eixo da peça, e o
avanço, paralelo a esse eixo, ao longo da superfície da peça. A velocidade de
corte é a velocidade linear com que o material atinge a ferramenta por efeito da
rotação da peça (n) e, portanto, depende também do diâmetro da própria peça.
No exemplo da Figura 10 o penetramento (p)
é uma quantidade fixa (é a espessura
retirada à peça, ao longo de todo o seu
comprimento, de forma que o diâmetro inicial
é reduzido de 2p) enquanto o avanço (a) é o
movimento longitudinal da ferramenta, ao
longo da peça. De forma empírica, pode-se
interpretar o avanço como um movimento
“necessário para não ficar a cortar no mesmo
sítio...”.
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MAQUINAGEM
parâmetros de corte
A área de corte (Ac) é o produto do penetramento (p) pelo avanço (a). Sabendo
a pressão específica de corte do material a cortar (Kc) [N/m2], então a força de
corte (Fc) é o produto dessa pressão pela área de corte: Fc = Kc p a [N].
FORÇAS DE MAQUINAGEM
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Maquinagem
forças de maquinagem
As hélices das brocas não cortam, servem apenas para remover a apara que é
arrancada no fundo do furo. O uso um fluido de corte facilita imenso a
extracção das aparas, sobretudo quando é injectado no interior do furo.
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MAQUINAGEM
geometria de corte
GEOMETRIA DE CORTE
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Maquinagem
geometria de corte
Como regra geral para obter bom acabamento sugere-se que rp seja sempre
maior que p/4 e aproximadamente igual a 4a. Nessas condições, a rugosidade
total (Rt) é cerca de az2 / ( 8 rp ), em que (az) é o avanço por dente. O valor da
rugosidade superficial aritmética (Ra), que é o mais utilizado industrialmente
para caracterização das superfícies, pode ser estimado como sendo
aproximadamente 1/3 da rugosidade total.
Fig. 22 – Ângulos λ e γ .
- ângulo de ataque (γ)
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MAQUINAGEM
geometria de corte
- ângulo de saída (α) e de gume (β)
α β γ λ A tabela na Figura 24
Aços de construção 5-7 63-79 12-20 4 apresenta, a título de exemplo,
Aços ligados 5-7 69-79 6-14 4 valores correntes de ângulos
Aços INOX 5-7 71 14 4 em ferramentas de metal duro e
Aço temperado 4 82 4 4 de aço rápido usadas para
Ferro fundido cinzento 5-7 73-83 4-10 4 torneamento.
Ferro maleável 5-7 73-75 10 4
Latão 5-7 75-85 0-10 4 Devem sempre adoptar-se os
Bronze 5-7 73-85 0-10 4 valores recomendados pelo
Alumínio 10 50 30 4 fabricante das ferramentas, de
Ligas de Alumínio 6-10 62-70 14-18 4 acordo com os materiais a
Ligas de Magnésio 10 74 6 4 maquinar e com as restantes
Ligas de Zinco 12 68 10 4 condições de trabalho.
Fig. 24 – Exemplos de ângulos usados em torneamento.
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Maquinagem
ferramentas de corte
FERRAMENTAS DE CORTE
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MAQUINAGEM
ferramentas de corte
MATERIAIS PARA FERRAMENTAS
- aços rápidos
As ferramentas em aço ao carbono (sem elementos de liga ou com baixos
teores de Cr e V) adequam-se apenas a trabalhos pouco exigentes e de baixa
qualidade. Como necessitam de ser afiadas frequentemente, a sua geometria
de corte tende a ser pouco rigorosa, sobretudo quando o afiamento é feito à
mão. Actualmente estão ultrapassadas pelas ferramentas de aço rápido (em
inglês “High Speed Steel” - HSS - ligas com 0.7 a 1.55 % de carbono com altos
teores de W, Mo, V e Cr).
Os HSS são aços relativamente fáceis de forjar
ou de maquinar e são temperáveis. Uma vez
endurecidos, mantêm a dureza (800 - 900 HV)
até temperaturas de cerca de 500 a 600ºC. A
Figura 27 compara um ferro de corte de aço
rápido (à esquerda) com um com pastilha de
aparafusar, com a chave respectiva (à direita).
Fig. 27 – Ferros de corte.
Estes são os produtos mais usados para ferramentas. São fabricados a partir
da sinterização de carbonetos duros (WC) numa matriz aglomerante (Co).
Exibem dureza entre os 1700 e os 3000 HV. A ISO classifica-os em grupos
conforme a aplicação:
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Maquinagem
ferramentas de corte
- cermets
Os cermets (abreviatura de cerâmico-metal) são produtos sinterizados
(fabricados por pulverometalurgia) constituídos por agregados de cerâmica
numa matriz metálica de Co, Ni ou Mo. Contêm compostos refractários, como o
TiC, TiN, TaC, NbC e o WC, e têm algumas vantagens relativamente aos
carbonetos sinterizados: são mais duros a quente, resistem melhor à oxidação
e à adesão e cortam com um coeficiente de atrito mais baixo.
- diamante policristalino
Esta forma de diamante sintético (PCD) apresenta dureza
até 5000 HV (é o material de ferramentas mais duro) e,
por ser frágil, usa-se muitas vezes soldado numa base de
metal duro, que lhe confere resistência ao choque (ver
Fig. 30). Proporciona excelente acabamento superficial e
grande vida da ferramenta, mas tem afinidade química
com metais ferrosos (pode formar grafite).
Fig. 30 – Pastilha de PCD.
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MAQUINAGEM
ferramentas de corte
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Maquinagem
ferramentas de corte
Muitas vezes as ferramentas sofrem desgaste rápido porque não são utilizadas
de acordo com as indicações do fabricante. Dada a especificidade dos
produtos modernos, é muito importante respeitar os parâmetros de corte que
são por eles indicados, e usar as ferramentas apenas para os materiais que
são recomendadas. As condições de maquinagem variam muito de caso para
caso. Por exemplo: algumas pastilhas não resistem ao choque térmico,
portanto não podem ser arrefecidas, enquanto outras aquecem de tal modo
que avariam rapidamente se não forem usados fluidos de corte …
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MAQUINAGEM
ferramentas de corte
ENTALHES
- reduzir o avanço
- reduzir a velocidade de corte
- baixar o ângulo de posição
CRATERA NA FACE DE ATAQUE
- reduzir o avanço
- reduzir a velocidade de corte
- usar uma pastilha mais resistente
APARA ADERENTE (ARESTA POSTIÇA)
- aumentar a velocidade de corte
- aumentar o avanço
- usar quebra-aparas
- usar fluido de corte mais viscoso
ARESTA MARTELADA
- alterar o avanço
- alterar o penetramento
- alterar o ângulo de posição
- usar outro quebra-aparas
FISSURAS TÉRMICAS
- reduzir o avanço
- reduzir a velocidade de corte
- aumentar a quantidade de fluido de corte
FRAGMENTAÇÃO DA ARESTA DE CORTE
- reduzir o avanço
- aumentar a velocidade de corte
- usar quebra-aparas mais forte
- usar pastilha mais tenaz
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Maquinagem
fluidos de corte
FLUIDOS DE CORTE
Usam-se fluidos de corte na maquinagem
não para diminuir exageradamente o atrito
(o que poderia evitar o arranque de apara
fazendo a ferramenta “patinar” na peça)
mas sobretudo para arrefecer a ferramenta
e a peça, evitando a adesão, e também
para remover as partículas de desgaste
formadas (aparas e pequenas limalhas). Os
“óleos de corte” injectados nas zonas de
maquinagem (ver Figura 36) são sobretudo
líquidos de arrefecimento e de limpeza, e
não produtos viscosos. Como excepção,
usam-se óleos gordurosos em algumas
operações lentas de extremo esforço (por
exemplo, quando se faz uma rosca usando
um “macho“ de roscar).
Fig. 36 – Fluidos de corte numa furação.
- sólidos
São muito usados a grafite e o bissulfureto de molibdénio (MoS2) na forma de
pastas (pó misturado com massa ou óleo). São aplicados na face de ataque
das ferramentas, onde preenchem as rugosidades superficiais. Destinam-se a
reduzir o atrito e a pressão nas rugosidades mais salientes, evitando a adesão.
Por vezes incorporam-se elementos químicos nos metais para facilitar o corte
(agentes sólidos de melhoria de corte). São aditivos metalúrgicos, como
enxofre, selénio e chumbo, que dão origem a ligas como os aços de corte fácil,
por exemplo.
- líquidos
Arrefecem a zona do corte, removem a apara e as partículas de desgaste, e
reduzem o atrito. Nalguns casos os líquidos contêm aditivos químicos que
reagem com as superfícies e formam óxidos que se destinam a reduzir o atrito
ou a evitar a adesão e a gripagem (estes óleos dizem-se "activos" e usam-se
em para maquinagem em condições muito severas - por exemplo quando se
maquinam aços duros). Os aditivos do tipo EP (Extrema Pressão) formam
compostos de cloro, enxofre ou fósforo que impedem a adesão. Deve
seleccionar-se correctamente o óleo de corte para que reaja convenientemente
com os metais (muitos aditivos são incompatíveis com ligas de cobre e outros
metais não ferrosos).
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MAQUINAGEM
fluidos de corte
Os óleos podem ser usados sem diluição ou misturados com água (as
emulsões com proporção de 1 a 20% de óleo são usualmente chamadas “óleos
de corte”). A maioria são produtos de base mineral, mas também se usam
óleos gordos (de origem animal), óleos vegetais e ésteres. Os fluidos de corte,
mesmo os que só limpam e arrefecem, não podem oxidar as máquinas nem as
ferramentas com que contactam (é por isso que não se usa apenas água...).
- gases
A injecção de fluidos sob a forma de gás pode ser feita quando só se pretende
lubrificar ou arrefecer ligeiramente o corte. Nestes casos o fluido é projectado
sob a forma de névoas ou sprays. Isto permite usar baixo caudal (< 50 ml/h),
com respectiva redução de custos e de danos para o ambiente, e melhora a
visibilidade da zona do corte, apesar de exigir um sistema de exaustão
adequado.
Os lubrificantes são produtos que se degradam com o tempo e podem desenvolver fungos e
bactérias que provocam doenças de pele difíceis de tratar. Por isso não se deve tocar
directamente com a pele em chapas armazenadas ou noutras superfícies que foram oleadas
há muito tempo: o óleo quase não se vê e pode já estar muito degradado...
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Maquinagem
torneamento
TORNEAMENTO
O torneamento é um processo de maquinagem por arranque de apara em que
se mantém a peça a rodar sobre si própria. Esta rotação da peça [rpm] é
responsável pelo movimento que gera o corte, portanto a velocidade de corte
(Vc) [m/s] (linear) depende do diâmetro da peça.O penetramento e o avanço são
feitos por movimentos da ferramenta de corte.
O movimento de avanço pode ocorrer
paralelamente ao eixo de rotação da
peça (torneamento paralelo, longitudinal
ou, simplesmente, torneamento), ou
segundo a perpendicular a esse eixo
(quando este movimento é feito no topo
da peça chama-se facejar). A Figura 38
mostra estes dois casos: em
torneamento (A), o penetramento é
perpendicular ao eixo da peça, mas em
facejamento (B) ele é paralelo a esse
eixo.
Fig. 38 – Tornear e facejar
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MAQUINAGEM
torneamento
Muitas pastilhas têm mais do que uma aresta de corte, pelo que podem ser
usadas em várias posições até gastar todas as arestas. Conforme a direcção
para onde está orientada a aresta de corte, relativamente à ferramenta, esta
diz-se “esquerda” ou “direita”. No entanto, uma dada ferramenta pode facejar “à
esquerda” ou “à direita”, conforme a direcção para onde está orientada a face a
maquinar relativamente ao eixo da peça (esta nomenclatura presta-se a
confusões, porque nos tornos convencionais a ferramenta está colocada em
posição oposta à que se encontra nos tornos de controlo numérico...).
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Maquinagem
torneamento
(A) - ferro esquerdo com pastilha quadrada para tornear e facejar à esquerda;
(B) - ferro esquerdo com pastilha afiada em ângulo, colocado numa posição em
que consegue tornear e facejar à direita;
(C) - ferro com pastilha redonda, utilizada para maquinar superfícies com bom
acabamento, consegue gerar concordâncias cujo raio nunca pode ser
menor que o raio da pastilha. Neste exemplo, dada a forma e a posição do
suporte, consegue facejar topos pouco profundos à esquerda e à direita;
(D) - ferro direito colocado para tornear e facejar à esquerda;
(E) - pastilha pontiaguda num ferro interior direito, consegue tornear e facejar à
esquerda, e produzir o pormenor no fundo do furo (rasgo ou canal);
(F) - idêntico ao caso anterior mas com pastilha triangular, demasiado grande
para conseguir fazer o mesmo trabalho;
(G) - ferro direito com pastilha quadrada numa posição semelhante aos casos
(E) e (F). Esta pastilha tem maior ângulo de ponta, portanto é mais
adequada para fazer desbastes com maior profundidade de corte.
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MAQUINAGEM
torneamento
O torneamento com ferros de forma é muito usado para gerar superfícies com
geometria predefinida. Na maior parte dos casos estes ferros têm avanço
radial, perpendicular ao eixo de rotação da peça, e maquinam de uma vez toda
a sua forma, que fica “impressa” na peça. São muito usados para fazer canais
em semi-círculo para alojar o-rings (vedantes), chanfros, rasgos, nervuras, etc.
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Maquinagem
torneamento
TORNOS
Um torno é uma máquina tem por objectivo fazer rodar a peça a trabalhar e
que, ao mesmo tempo, é capaz de movimentar a ferramenta de corte
relativamente à peça. A versão mais comum destas máquinas é o torno
paralelo horizontal, ou torno “universal”, idêntico ao da Figura 47.
Os tornos modernos têm um motor eléctrico interno que gera todos os seus
movimentos (em instalações industriais mais antigas o movimento tinha origem
noutra máquina, por exemplo a vapor, e era distribuído por veios, polias e
correias para as diferentes máquinas da fábrica). Este motor está acoplado a
uma caixa de velocidades que tem duas saídas principais: a árvore (eixo de
rotação da peça) e o conjunto vara e fuso (elementos que transmitem
movimento para o carro porta-ferramentas) (ver Figura 48). A regulação destes
movimentos é separada: a árvore atinge mais de 2000 rpm, enquanto o avanço
linear do carro porta-ferramentas é lento, da ordem dos m/min.
A bucha é um elemento de fixação que segura as peças por aperto e roda
solidária com a árvore. O carro (ou mesa) porta-ferramentas move-se ao longo
do barramento e é constituído por um conjunto de suportes onde se montam as
ferramentas de corte. O ponto móvel é um elemento auxiliar, que também se
move sobre o barramento, que serve para apoiar a extremidade das peças, ou
para montar algumas ferramentas (como brocas, mandris, etc.). O ponto só se
move manualmente.
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MAQUINAGEM
torneamento
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Maquinagem
torneamento
Manivelas:
B – movimento rápido em Z
C – movimento em X
D – movimento lento (usualmente é feito em
Z, mas aqui está rodado para um dado
ângulo, fazendo torneamento cónico).
Fig. 52 – Elementos de um torno convencional.
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MAQUINAGEM
torneamento
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Maquinagem
fresagem
FRESAGEM
A Figura 59 mostra uma fresa radial de aço rápido (à esquerda), e várias fresas
radiais de pastilhas. As fresas com forma de disco usam-se para abrir rasgos
ou canais (podem ser fresas de forma) e também servem para cortar.
Fig. 59 – Fresas radiais de aço rápido e de pastilhas para cortar e abrir rasgos e canais.
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MAQUINAGEM
fresagem
Quando uma fresa de topo está em rotação a zona cortada tem a forma
descrita pela trajectória das pastilhas. Por isso, mesmo que a fresa só tenha
uma pastilha, a zona do corte é circular. Usualmente evitam-se as fresas de
pastilha única para evitar flexão rotativa do suporte (há menos equilíbrio radial,
o esforço é sempre feito no mesmo ponto da fresa).
A Figura 62 mostra, do lado esquerdo, uma fresa radial que está a cortar com a
parte lateral das pastilhas (por baixo da peça) e três fresas de topo usadas em
desbaste; no lado direito há apenas fresas de topo, uma de suporte longo, para
fresar em profundidade (faz passagens horizontais sucessivas), uma pequena
fresa helicoidal de aço rápido a trabalhar à sua profundidade máxima, uma
fresa equipada com uma pequena pastilha helicoidal que tem várias arestas de
corte (capaz de maquinar esquinas, um corte interrompido com choques) e,
finalmente, uma fresa com muitas pastilhas aparafusadas numa geometria
helicoidal (para fazer um grande desbaste lateral numa só passagem).
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Maquinagem
fresagem
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MAQUINAGEM
fresagem
Na fresagem de topo a pastilha pode cortar com a parte de baixo e com a parte
lateral. A aresta de corte, na parte de baixo da pastilha na Figura 67, tem um
raio de ponta (rp), e a fresa tem um raio (R) desde o eixo de rotação até à
aresta lateral da pastilha. Conforme exposto na página 12, a rugosidade total
(Rt) será dada por az2 / ( 8 rp ), em baixo, e por az2 / ( 8 R ) na parede lateral. Se
o raio da fresa for muito maior que o raio de ponta da pastilha, então a
rugosidade resultante da fresagem radial (com a parte cilíndrica da fresa)
também é muito menor do que a rugosidade do fundo.
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Maquinagem
fresagem
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MAQUINAGEM
fresagem
FRESADORAS
Uma fresadora é uma máquina que
tem por objectivo fazer rodar uma
ferramenta de corte (fresa) e que, ao
mesmo tempo, consegue movimentar
a peça a maquinar segundo qualquer
direcção do espaço, em movimentos
lineares simples ou compostos, de
modo a aproximá-la de forma
controlada das arestas de corte da
ferramenta. A peça a maquinar está
presa na mesa da máquina
(directamente ou através de um
dispositivo de aperto), portanto é
necessário que a mesa se desloque
ao longo dos eixos X, Y e Z. A Figura
70 mostra uma pequena fresadora
aberta, de eixo vertical, com comando
numérico. Fig. 70 – Fresadora vertical aberta.
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Maquinagem
fresagem
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MAQUINAGEM
furação
FURAÇÃO
A furação é um processo de maquinagem que usa
ferramentas próprias (brocas) animadas de movimento
de rotação (que gera o corte) e cujo avanço é feito ao
longo do eixo de rotação (Z). O penetramento coincide
com o raio da broca (ver Figura 74). A maioria das
brocas tem duas arestas de corte (mas pode ter mais).
As brocas possuem hélices cuja função não é cortar
mas sim extrair as aparas cortadas no fundo do furo.
Fig. 74 – Furação.
As brocas mais comuns são as helicoidais de aço rápido (ver Figura 76).
Podem ter cabos de vários tipos (cilíndricos, cónicos, com chavetas, planos,
etc., conforme o dispositivo de fixação) e têm um dado comprimento de
trabalho (corpo) que limita a profundidade do furo possível. A maioria das
brocas têm uma ângulo de ponta (geometria que fica no fundo do furo), mas
algumas são planas (o fundo do furo fica liso, sem ângulo).
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Maquinagem
furação
Uma broca pode oscilar em torno do local de início do furo, furando fora do
sítio, avançando desalinhada com o eixo de rotação (eventualmente pode partir
por flexão rotativa). Por isso, usam-se muitas vezes brocas de pequeno
diâmetro para iniciar o furo (brocas de ponto) e só depois se usa a broca com o
diâmetro final. Este procedimento é sobretudo recomendado quando a
superfície é inclinada (também se pode abrir um pequeno orifício com um
punção para apoiar o vértice da broca). Por vezes é necessário aplainar
superfícies curvas antes de as furar (fresando-as, por exemplo).
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MAQUINAGEM
furação
Outro exemplo comum de brocas de forma são as brocas de ponto (8-9, Fig.
77, pág. 38) que fazem um pequeno orifício com paredes com ângulo
determinado (45º, por exemplo, para peças que vão ser apoiadas no ponto
móvel dos tornos - Fig. 48, pág. 26).
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Maquinagem
furação
FURADORAS
Uma furadora é uma máquina que faz rodar uma ferramenta de corte
(usualmente uma broca) enquanto a desloca ao longo do eixo de rotação (Z)
para efectuar o avanço. Estas máquinas têm uma mesa para fixação das
peças. Quando estas são pequenas, e em furadoras de pequeno porte, é
normal que a mesa possa ser deslocada em altura e radialmente, de forma a
fazer coincidir o centro do furo com eixo da broca, que é fixo. Quando as peças
são grandes e pesadas, torna-se mais simples fazer o posicionamento da
broca movendo toda a cabeça da máquina radialmente e em altura. Estas duas
soluções podem ver-se na Figura 82.
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MAQUINAGEM
furação
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Maquinagem
sistemas de fixação
SISTEMAS DE FIXAÇÃO
A maquinagem de qualidade exige que a fixação e posicionamento das
ferramentas e das peças a maquinar sejam feitos de forma segura e rigorosa.
Para garantir o toleranciamento dimensional e geométrico das peças é
necessário assegurar as posições relativas destes elementos durante o
processo de fabrico, evitando vibrações, flexão e movimentos indesejados quer
das peças quer das ferramentas.
- fixação de ferramentas
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MAQUINAGEM
sistemas de fixação
Chama-se cone Morse a uma geometria cónica de baixo ângulo que é feita
numa peça exterior (macho) e numa interior (fêmea). Uma vez encaixados
estes dois elementos atritam de tal forma que prendem, ficando cada vez mais
presos quanto mais força se faz para os soltar (para desencaixar um cone
Morse é preciso fazer uma força axial a partir do topo). Isto
proporciona adaptadores excelentes para ferramentas, que
funcionam com uma simplicidade extrema.
A Figura 89 mostra dois adaptadores com cones Morse. O
da esquerda tem superfícies cónicas no interior e no
exterior. O rasgo lateral que se vê no corpo deste
adaptador serve para introduzir a chave que retira o cone
macho que estiver encaixado na parte inferior. O adaptador
na imagem da direita tem dois cones Morse machos, um
em cima outro em baixo. Estas peças tanto podem ser
usadas para fixar ferramentas a porta-ferramentas como
para unir diferentes tipos de dispositivos e/ou ferramentas
(às vezes usam-se como elementos intermédios, por
exemplo para apertar uma broca de pequeno diâmetro
num porta ferramentas mais largo).
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Maquinagem
sistemas de fixação
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MAQUINAGEM
sistemas de fixação
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Maquinagem
sistemas de fixação
2m
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MAQUINAGEM
sistemas de fixação
- fixação de peças
A maioria das máquinas têm mesas com rasgos próprios para facilitar a fixação
de dispositivos e peças (permitem introduzir parafusos com a cabeça para
baixo, ficando a rosca de fora, na parte de cima da mesa). A mesa que se vê
na Figura 100 tem três destes rasgos longitudinais. Eles estão rodeados de
paredes laterais, criando um tabuleiro que se destina a recolher o fluido de
corte e as aparas resultantes da maquinagem.
Para que o fluido escorra para um dos lados da mesa, as máquinas são
montadas com um pequeno ângulo relativamente ao nível horizontal (aprox. 3 a
6º). Usualmente estão montados filtros à entrada dos tubos de recolha do fluido
para dificultar a entrada de aparas (às vezes usam-se ímanes). Nas máquinas
modernas existem sempre resguardos laterais que impedem que o líquido e as
aparas saltem para fora da mesa, e que também protegem o operador contra a
projecção violenta de objectos (pedaços de peças ou de ferramentas partidas,
aparas muito quentes, etc.).
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Maquinagem
sistemas de fixação
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MAQUINAGEM
sistemas de fixação
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Maquinagem
sistemas de fixação
A Figura 107 mostra uma mesa articulada em dois eixos equipada com um
prato magnético. Isto permite trabalhar peças inclinadas relativamente à mesa
da máquina, como mostra o exemplo na imagem do lado direito, em que se vê
uma peça a ser rectificada com uma mó abrasiva.
As buchas de grampos, idênticas às que se usam nos tornos (pág. 45) também
são muito usadas para segurar peças nas mesas das máquinas. Estas buchas
servem apenas para fixar a peça, proporcionando-lhe um eixo de rotação, mas
não se destinam a grandes velocidades de rotação (por isso não precisam de
ser equilibradas como as dos tornos). Depois de uma operação de
maquinagem (fresagem, por exemplo, feita com a bucha parada) a bucha pode
rodar um dado ângulo e a operação de maquinagem é repetida, gerando perfis
multifacetados (quadrados, hexágonos, etc.). Também é possível maquinar
enquanto a bucha roda lentamente, gerando superfícies cilíndricas na peça.
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MAQUINAGEM
sistemas de fixação
Fig. 111 – Geração de secção triangular usando cabeçote divisor com bucha.
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Maquinagem
sistemas de fixação
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MAQUINAGEM
sistemas de fixação
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
SEQUÊNCIAS DE FABRICO
Uma sequência de fabrico é um conjunto estruturado das operações
necessárias para a produção de uma peça ou conjunto de peças. É um
documento fundamental para a produção e para o planeamento porque prevê a
utilização de materiais, ferramentas, máquinas e mão-de-obra. É também um
auxiliar precioso para a gestão dos processos porque permite estimar os
tempos e os custos de fabrico, o consumo energético, etc.
Quando os meios de produção são convencionais (fresadoras e tornos
manuais, por exemplo), a sequência de fabrico proporciona aos operadores
das máquinas um trabalho rápido e seguro, sem necessidade de interrupções
para efectuar cálculos ou seleccionar parâmetros de corte ou ferramentas.
Quando as máquinas são programáveis, as sequências de fabrico são parte
integrante do processo de programação. Elas incluem toda a estratégia de
fabrico, incluindo as operações de maquinagem, as trocas de ferramentas,
operações de aperto, etc.
Os parâmetros que constam numa
sequência de fabrico dependem
dos processos usados e da própria
empresa, que as adapta às suas
máquinas e organização industrial.
Incluem-se parâmetros básicos de
maquinagem (velocidade de corte,
avanço, penetramento, dimensões,
tempo, etc ...) e outras informações
sobre regulações de equipamentos
da máquina (rotações da árvore,
por exemplo), dispositivos e modos
de fixação das peças, lubrificação,
troca de ferramentas e tarefas
auxiliares que demoram tempo
significativo (pausas, medições,
limpeza, etc.) (ver Fig. 117).
Fig. 117 – Página de uma sequência de fabrico.
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
- exemplo 1
material: varão de aço, Ø30x50mm, Kc = 1000 MPa
máquina: torno, P = 2 kW, n = 500, 600, 700, 800 rpm
40 Ø20 a = 0.2, 0.4, 0.8, 1.0 mm/rot
ferramenta: ferro de corte, Vcmax= 60 m/min, pmax= 2 mm
1º - Observar cuidadosamente
o desenho, entender bem a
peça e identificar todas as
superfícies (talvez fazer um A B
esboço 3D...). C
Superfície
Superfície C: para passar de Ø 30 para Ø 20 (R15 → R10) R10) é necessário tornear 5 mm
ao cilindro exterior,
exterior, ou seja, são requeridos 2 passes de 2 mm + 1 passe de 1 mm.
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
n a p nº de
# Operação
(rpm) (mm/rot) (mm) passes
1 Montar
Montar ferro de corte esquerdo - - - -
2 Apertar por B (bucha autocentrante) - - - -
3 Facejar A 600 man. (1) (1)
4 Tornear C (l>20) 30 → Ø26
Ø30 26 ‘’ 1 2 1
5 ‘’ 26 → Ø22
Ø26 22 700 1 2 1
6 ‘’ 22 → Ø20
Ø22 20 800 1 1 1
7 Apertar por A (bucha autocentrante) - - - -
8 Tornear C 30 → Ø26
Ø30 26 600 1 2 1
9 ‘’ 26 → Ø22
Ø26 22 700 1 2 1
10 ‘’ 22 → Ø20
Ø22 20 800 1 1 1
11 Facejar B ‘’ man. 2 4
12 ‘’ (até l=40 mm) ‘’ ‘’ (1) (1)
2,3:
2,3: apertar por B 4,5,6
4,5,6:
,6: tornear C 7: apertar por A 8,9,10:
8,9,10: tornear C 11 facejar B
e facejar A
2,3:
2,3: apertar por B 4,5,6
4,5,6:
,6: tornear C 7: sangrar B
e facejar A
Vantagens: o nº de operações foi reduzido, a face C foi toda maquinada no mesmo aperto,
sem alteração do eixo de fixação, permitindo obter uma superfície uniforme.
Desvantagens:
- o excesso de comprimento da matéria-prima fornecida (10mm) pode não ser suficiente para
um bom aperto na bucha e ainda dar espaço para a ferramenta de sangrar; isso poderia ser
resolvido usando material com maior comprimento;
- a face B terá uma pequena saliência no centro, devida ao sangramento, o que pode não ser
admissível em termos de qualidade das superfícies; resolve-se acrescentando uma operação
de acabamento dessa face (que pode ser feita no torno ou manualmente, com uma lima...)
Mudança de rotações:
É importante não exceder a velocidade de corte máxima das ferramentas, mas nem sempre é
necessário maquinar exactamente a essa velocidade. A maioria das pastilhas corta numa
gama de velocidades (min-max) que permite evitar mudanças frequentes da rotação da
máquina. Neste exemplo, se todas as operações fossem realizadas com n = 600 rpm, teriam
sido evitadas 5 mudanças de velocidade !
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
2
7º - Incluir passes de acabamento:
exemplo para a solução anterior, considerando um raio de
ponta da ferramenta rp = 1 mm:
op. 3,
3, facejar:
facejar: Lmax= 15 mm mas o avanço é manual , por isso não se sabe ao certo.
certo...
..
Supondo a ≈ 0,1 mm/rot, o tempo de facejamento seria 15 / (0.1 x 600 /60) = 15 s
notas importantes:
1) deve manter-se a velocidade de corte recomendada para o par ferramenta-material,
modificando-se preferencialmente os valores do penetramento e do avanço conforme
necessário;
2) a ordem pela qual são maquinadas as faces tem consequências ao nível da orientação das
rebarbas resultantes nas arestas;
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
- exemplo 2
1º - Interpretar o desenho, entender bem a peça e identificar as superfícies:
Ø10
19
40
Furadora:
Furadora: Apertar pelas faces A e furar C (pode necessitar de traçagem prévia e
marcação de ponto para iniciar o furo com a broca...).
30 mm 30 mm
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
lados A:
A: faz-
faz-se um penetramento de 5 mm em cada face, a largura de corte é 25 mm.
mm.
A1
25
n
a
Sabendo que a potência de corte são 4 kW, que Vc= 3.1 m/s e que p= 5 mm, então
(Pc = Kc p az zc Vc): 4000 = 2500x106 x 0,005 x az x 2 x 3,
3,1 az = 0.0516
0.0516 mm/rot/z
(avanço máx. dentes, logo a = 4 x 0.0516 = 0.224 mm/rot
máx. por dente); a fresa tem 4 dentes, mm/rot.
usando o avanço imediatamente inferior disponível na fresadora a = 0.2 mm/rot,
portanto o avanço por dente será 0.05 mm/rot/z. Assim, a potência de corte
efectivamente usada será Pc = 2500 x 106 x 0,005 x 0.05 x 10-3 x 2 x 3.1 = 3875 W.
W.
lados B:
B: 2 passes de 20 mm de largura em cada face,
face, com 40
Por convenção, o sistema de referência em fresagem com fresas de topo faz coincidir o
eixo Z com o eixo de rotação da fresa, sendo X e Y eixeixos
os do plano da mesa de trabalho.
Neste exemplo consideramos X paralelo a uma das faces laterais, o "zero" "zero" da
ferramenta no centro da base da fresa,
fresa, e o "zero" da peça no centro da peça.
peça. Assim,
antes de fresar B pode fazer-
fazer-se o posicionamento da fresa em X35, 35, Y15, Z9.5, e o
trajecto correspondente será X-
X-70, Y-
Y-25, X70.
X70
Furadora:
A velocidade máxima de corte
corte da broca é 2.5 m/s, pelo que nmax será:
n = 60 x 2,5 / (π
( x 0.01) = 4774.6 rpm, portanto adopta-
adopta-se 3000 rpm.
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
6º - Complementos à sequência:
exemplos de cálculo de tempos de fresagem
Op. 9 (a = 0,2 mm/rot, n= 2000 rpm)
Op.
Va = 2000 x 0,
0,2 = 400 mm/min 10,5 10,5 s para fresar 70 mm
13: (a = 0,6 mm/rot, n= 2000
Op. 13 2000 rpm)
Va = 2000 x 0,
0,6 = 1200 mm/min 3,3 s para fresar 70 mm
Ou seja, metade de cada superfície B terá rugosidade 10x superior à outra metade...
Para evitar isto, toda aface B deveria ser fresada com o mesmo avanço. Mesmo assim,
havendo sobreposição dos passes, a superfície não ficaria
ficaria toda igual (ver pag. 34).
34).
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MAQUINAGEM
sequências de fabrico
7º - Estudar alternativas
Exemplo: Começar por furar
furar C, usar o furo para fixar
usando um gabarit (magnético
na fresadora usando (magnético,
magnético, por
exemplo), fresar as faces B e depois as 4 faces A.
# Operação n a p nº de
(rpm) (mm/rot) (mm) passes
FURADORA
1 Montar broca (diâmetro 10) - - - -
2 Apertar por A (apoiar em B2
B2) - - - -
3 Furar C 3000 manual - -
FRESADORA
4 Montar fresa (topo diâmetro 30) - - - -
5 Apertar por C (gabarit)
(gabarit) apoiada em B2 - - - -
6 B1:
B1: pos. X35, Y15,
Y15, Z9.5 2000 0,2 3 2
Fresar X-
X-70, Y-
Y-25, X70
7 Apertar por C (gabarit) apoiada em B1
8 B2: pos. X35, Y15,
Y15, Z9
Z9.5 2000 0,2 3 2
Fresar X-
X-70, Y-
Y-25, X70
9 A1-
A1-A4: pos. X35, Y40
Y40,
40, Z-10 2000 0,1 19 4
Fresar Y-75, X-70, Y70, X70
notas importantes:
1) o posicionamento relativo de furos e arestas é prioritário, devendo evitar-se sempre as
mudanças de aperto da peça (é preferível recorrer a “gabarits”);
3) a rebarba restante é sempre a da última operação de fresagem, o que pode ser decisivo na
ordem das operações de maquinagem.
questões:
a) O estado superficial e a orientação das rebarbas é diferente em cada caso estudado.
Qual seria preferível se o furo fosse um elemento funcional?
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MAQUINAGEM
bibliografia
Este texto é apenas para uso didáctico, e destina-se ao apoio a aulas no Departamento de
Engenharia Mecânica do Instituto Superior de Engenharia do Politécnico do Porto, Portugal. Os
dados técnicos (gráficos, tabelas e equações) e as fotografias de máquinas, ferramentas e
equipamentos industriais foram obtidas a partir de textos de apoio do DEM e da seguinte bibliografia:
● A anatomia dos tornos automáticos de accionamentos mecânicos, A. Ferrari, Ergomat Ind. e Com. Ltda.
● ASM Metals Handbook Volume 16 of the 9th Edition, 1995 - Machining - S.L. Semiatin et.al.
● Handbook of Manufacturing Processes, Industrial Press Inc. , New York, 2006 - James G. Bralla.
● Machining forces and Merchant’s Circle Diagram (MCD), Version 2, ME IIT, Kharagpur.
● Manufacturing Engineering and Technology, 6th ed., Prentice Hall, 2009 - S. Kalpakjian, S. Schmid, H. Musa.
● Manufacturing Processes for Engineering Materials, 5th ed., Pearson Education., 2008 - Kalpakjian, Schmid.
● MITSUBISHI Materials Corporation, MMC Metal do Brasil LTDA, Catálogo geral 2011-21012.
► MAQUINAGEM, texto de apoio às aulas de Luís Magalhães, Prof. Adjunto do DEM-ISEP [23.06.2018, 63 páginas]
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MAQUINAGEM
índice
MAQUINAGEM 3
ARRANQUE DE APARA 4
PARÂMETROS DE CORTE 8
FORÇAS DE MAQUINAGEM 9
GEOMETRIA DE CORTE 11
FERRAMENTAS DE CORTE 14
MATERIAIS PARA FERRAMENTAS 15
AVARIAS E DESGASTE DE FERRAMENTAS 18
FLUIDOS DE CORTE 20
TORNEAMENTO 22
TORNOS 26
FRESAGEM 30
FRESADORAS 35
FURAÇÃO 37
FURADORAS 40
SEQUÊNCIAS DE FABRICO 54
BIBLIOGRAFIA 62
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