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vencendo o medo
Salmo 27
INTRODUÇÃO
Davi não era criança, mas assim como um acriança pequena e indefesa,
parecia ter uma confiança inabalável quando estava na presença do pai – não o
carnal, mas o Pai celestial.
O Salmo 27 não foi escrito em uma situação de paz para o salmista.
Como nos salmos precedentes, aqui Davi estava sofrendo por causa da fúria e
das tramas dos seus inimigos.
Entretanto, o tom que prevalece nesse salmo não é de clamor ou angústia,
mas de confiança e ânimo, por incrível que pareça. Todo o salmo se deixa guiar
pela disposição demonstrada desde seu início (v.1): “O Senhor é a minha luz
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e a minha salvação; a quem temerei? ”. “A quem temerei? ”, é uma pergunta
retórica, e a resposta óbvia para ela é: NINGUÉM.
Não preciso temer a nenhum dos meus inimigos, pois o meu protetor é
maior que qualquer um deles, mais do que isso, o maior dos inimigos é feito de
“bobo” ao lidarem com o meu Senhor, quando vierem sobre mim, tropeçarão e
cairão... como um vilão ao estilo de “Esqueceram de mim” ou “Coyote e Papa-
léguas”
Davi que escreveu este salmo tinha autoridade sobre o assunto. Fico
pensando na história de Davi e Golias. Quando o pequeno jovem hebreu venceu
o gigante filisteu no campo de batalha. A batalha mais famosa descrita no Antigo
Testamento não foi travada entre dois exércitos, mas entre duas pessoas. Foi a
batalha no Vale de Elá, entre Davi e Golias.
Mais do que "Davi versus Golias", esse enredo passa a ser "o foco em Deus
versus o foco no gigante".
Davi vê o que os outros não vêem e se recusa a ver o que os outros vêem.
Todos os olhos, exceto os de Davi, voltam-se para o brutal grandalhão que
irradia ódio. As pessoas sabem de seus insultos, de suas exigências, de seu
tamanho e de seu andar altivo. Todos eram especializados em Golias. Davi não,
Davi estava com os olhos em Deus.
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“Você vem contra mim com espada, lança e dardos, mas eu vou contra
você em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel,
a quem você desafiou. Hoje mesmo o SENHOR o entregará nas minhas
mãos, eu o matarei e cortarei a sua cabeça. Hoje mesmo darei os cadáveres
do exército filisteu às aves do céu e aos animais selvagens, e toda a terra
saberá que há Deus em Israel. Todos os que estão aqui saberão que não é
por espada ou por lança que o SENHOR concede vitória; pois a batalha é
do SENHOR, e ele entregará todos vocês em nossas mãos” (17:45-47).
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nos indicam que seu interesse maior não era o local em si, mas a presença de
Deus. Ele queria se sentir acolhido pelo Senhor.
Os motivos de se assentar diariamente na casa do Senhor são expostos:
“A fim de contemplar a beleza do Senhor e para refletir no seu templo”.
“Contemplar” e “refletir” implicam a ideia da busca de um relacionamento íntimo
com Deus. O salmista quer meditar sobre quem Deus é e sentir-se em comunhão
com Ele. Quer que sua felicidade venha do fato de ser amado pelo Senhor.
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Davi conta (v.8) que do seu íntimo surgia um convite divino que lhe
apontava o caminho da presença do Senhor: “A teu respeito diz meu coração:
‘Busque a minha face’”. O ensino do Novo Testamento sobre a atuação do
Espírito Santo como guia (João 16.13) parece encontrar, nesse texto, a
comprovação da ação correspondente no período vétero-testamentário.
Como não nos sentir seguros ao nos escondermos em braços paternos tão
poderosos, amáveis, constantes e fiéis? Não é sem motivo que Davi esperava
ser cuidado pelo Senhor, em quem se refugiava e se escondia do mal. Davi
imagina o contrário e não vê esperanças (v.13): “Que seria se eu não tivesse
crido que iria ver a bondade do Senhor na terra dos vivos? ”.
A resposta natural que nós mesmos podemos dar é: “Não haveria
esperanças”. Entretanto, a realidade é que ele – e nós, que cremos no Senhor
Jesus – temos, ao nosso redor, braços que podem nos tomar como pequenos
bebês e nos dar o cuidado necessário. Basta lembrarmos que nosso Pai nos
estende as mãos e diz: “Confie em mim”.