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Algumas classes gramaticais (substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral e verbo) são
precipuamente variáveis, porque mudam de forma (singular, plural, masculino, feminino etc.). Já
outras (advérbio, preposição, conjunção e interjeição) são precipuamente invariáveis, porque não
mudam de forma.
Na gramatica tudo se relaciona sempre entre verbo e nome. Ou trabalha para o verbo ou
trabalha para o nome.
ESTRUTURA DAS PALAVRAS: radical, sufixo, desinência, vogal temática, vogal/consoante de ligação.
Morfema: menor parte significativa que constitui uma palavra. Exemplo: supervalorização –
super+valor+iza+ção.
Lexical: é o morfema mais importante, é o principal, sem ele a palavra não existe. O morfema lexical é
o radical. Só formo novas palavras a partir do morfema lexical.
O morfema lexical não pode ser fragmentado. Exemplo: livreiro (livr- é o morfema lexical –
radical, pois posso formar outras palavras com este pedaço, como livrinho, livraria, livrete, etc.)
Mas que tipos de outros morfemas se juntam ao lexical para formar uma palavra? Vejamos.
Derivacional: é aquele que se une ao morfema lexical para formar novas palavras. São os afixos (sufixos
e prefixos).
Falou em morfema derivacional, falou em afixos (sufixo e prefixo).
Quando dizemos que uma palavra é derivada de outra, isso significa que ela foi acrescida de um
morfema derivacional.
Exemplo: Livreiro é palavra derivada de livro porque recebeu o sufixo –eiro.
Flexional: quando não há troca de radical (morfema lexical) nem acréscimo de afixos, mas sim quando
há o uso de desinências, ou seja, morfemas que indicam o número e gênero das palavras (no caso dos
nomes) e que indicam o modo, tempo, número e pessoa (no caso dos verbos) sem mudar a classe
gramatical das palavras. É a parte da palavra que se carrega conceitos relativos a conhecimento de
mundo (gênero, quantidade, modo, tempo, número e pessoa) e sintáticos, como concordância verbal
e nominal.
Alomorfia: é uma variação de algum morfema para que a palavra seja bem pronunciada. Normalmente
ocorre nos morfemas lexicais. Exemplo: verbo fazer, apresenta alomorfia no radical faz- (faço; fez;
fizera; feito; farei). Ninguém pronunciaria “Eu fazo”. Ocorre alomorfia para que haja enfonia, ou seja,
o bom som da língua.
Vocábulos cognatos: são um grupo de palavras que apresentam o mesmo morfema lexical. Exemplo
(radical). Exemplo: corpo, corpóreo, corporal, encorpado, corporação, incorporar, incorporado; amigo,
amigote, amigueiro, inimigo. Nessas últimas, cuidado com a alomorfia, o fato de haver alomorfia não
impede que os vocábulos sejam cognatos, pois tais palavras pertencem, sim, à mesma família,
apresentando radical igual.
Radical: morfema lexical, base da palavra, parte responsável pela significação principal da palavra e
pela formação de novas palavras. Sem radical não há palavra. Exemplo para identificar o radical é
pensar em uma palavra primitiva, ou seja, que ainda não sofreu modificação alguma: casa – casarão,
caseiro, casar, casamento, descasado, casebre.. Elas têm a mesma base. Esse pedaço de morfema é o
radical!
Afixos
Desinências: são morfemas flexionais colocados após os radicais. Indicam, no caso dos nomes: gênero
e número; no caso dos verbos: modo, tempo, número e pessoa. Mudam levemente a forma da palavra,
não formam novas palavras. Eles podem ser nominais ou verbais.
Nominais: as desinências –o (masculino) e –a (feminino) indicam gênero: aluno e aluna, gato e gata,
lobo e loba, cachorro e cachorra, menino e menina, etc.
Essas desinências não aparecem só em substantivos, mas também adjetivos, pronomes,
numerais: bonito/bonita, nosso/nossa, primeiro/primeira, etc.
A desinência –s (plural) indica número.
Essas desinências não aparecem só em substantivos, mas também adjetivos, pronomes,
numerais: bonitos/bonitas, nossos/nossas, primeiros/primeiras, etc.
Atenção! Algumas palavras apresentam –es na terminação do plural: hambúrgueres, flores,
veze, males, cônsules.. Porém só a desinência –s é considerada de número, o –e é apenas uma vogal
temática.
Mas o que é uma vogal temática?
Vogal Temática: A vogal temática (VT) vem imediatamente após o radical para ligá-lo à desinência de
número ou aos sufixos.
VT nominal - O conjunto radical+vogal temática recebe o nome de tema: beij+o=beijo (tema).
As VTs -a, -e, -o, quando átonas finais, como em “casa, leve, povo”, são vogais temáticas
nominais. É a essas VTs que se liga a desinência indicadora de plural ou sufixos: povo-s, leve-s, casa-s;
povo-ado, leve-mente, casa-mento.
VTs verbais: vogal que vem após o radical (a, e, i), formando o tema e permitindo uma boa pronúncia
do verbo.
Vejamos as VTs verbais: amar: Eu amei, tu amaste, ele amou, nós amamos, vós amastes, eles amaram
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Diversos modos de se formar uma palavra. Os principais processos são: derivação, composição,
onomatopeia, abreviação, siglonimização, hibridismo, palavra-valise.
Palavra primitiva – aquela que não resulta de outra, ou seja, que não sofreu processo de
derivação: cadáver, flor, pedra, casa, verde, sol, etc.
Palavra derivada – aquela que resulta de outra na língua portuguesa, ou seja, que sofreu
processo de derivação: cadavérico, florista, empedrado, descasamento, esverdeado, solar, etc,
Palavra simples – aquela que só tem um radical, ou seja, que não sofreu processo de
composição: flor, pedra, casa, sol, etc.
Palavra composta – aquela que tem mais de um radical, ou seja, sofreu processo de composição:
flor-amarela, pedra-sabão, casa-comum, verde-água.
Prefixal: se dá quando um prefixo é colocado junto à palavra primitiva ou é colocado como último
elemento de uma palavra que já havia sofrido algum processo de formação (nesse caso há derivação
prefixal e sufixal - Por exemplo, a palavra reprodução segue este passo a passo: produzir > reproduzir >
reprodução.).
Sufixal: se dá quando um sufixo é colocado junto à palavra primitiva ou é colocado como último
elemento de uma palavra que já havia sofrido algum processo de formação.
– sexo > sexual > bissexual > bissexual + -ismo > bissexualismo
ATENÇÃO! Normalmente palavras terminadas em sufixo -mento sofreram derivação sufixal a partir de
verbos: discernir + mento = discernimento; adiar + mento = adiamento.
Nenhuma palavra da língua portuguesa terminada em -mento pode ser encarada como parassintética,
pois esse sufixo é formador de substantivos a partir de verbos, logo: alinhar + mento = alinhamento;
desmatar + mento = desmatamento.
Normalmente a parassíntese forma verbos (1). Mas há alguns nomes, adjetivos (2). Exemplo:
1) envelhecer (en + velho + ecer), aterrar (a + terra + ar), abençoar (a + bênção + ar), amanhecer
(a + manhã + ecer), apedrejar (a + pedra + ejar), esfoliar (es + fólio + ar), embarcar (em + barco + ar),
emagrecer (e + magro + ecer), amamentar (a + mama + entar), desterrar (des + terra + ar), emudecer
(e + mudo + ecer), apadrinhar (a + padrinho + ar) etc.
2) desalmado (des + alma + ado), desbocado (des + boca + ado), desbundado (des + bunda +
ado), subterrâneo (sub + terra + âneo), conterrâneo (con + terra + âneo), ensonado (em + sono + ado),
descampado (des + campo + ado), envernizado (em + verniz + ado), acebolado (a + cebola + ado),
avermelhado (a + vermelho + ado), abatatado (a + batata + ado) etc.
ATENÇÃO! Uma maneira clássica de perceber se a palavra sofreu derivação parassintética é retirar o
prefixo ou o sufixo. Se alguma palavra sobrar com a retirada de um dos afixos e fizer sentido, existindo
na língua portuguesa, mantendo o sentido do radical, aí não houve derivação parassintética. Caso
contrário, derivação parassintética certa! Exemplo: enegrecer: enegro (?) / negrecer (?); descerebrado
(idiota, imbecil): descérebro (?) / cerebrado (?). Percebe que não é possível retirar os afixos dessas
palavras, senão elas deixarão de existir? Logo, sofreram derivação parassintética.
ATENÇÃO! Temos de tomar muito cuidado com as palavras que sofreram derivação parassintética
terminadas em -ado, pois este “sufixo” pode ser confundido com uma “desinência” de particípio. E,
como já sabemos a esta altura do campeonato, desinência serve à flexão, não à derivação. Em outras
palavras, se a palavra terminar em -ado e, no contexto, for um particípio, ela não sofreu derivação
parassintética; não obstante, se -ado for um sufixo formador de adjetivo, a palavra sofreu derivação
parassintética. Uma maneira fácil de perceber se a palavra é tomada como adjetivo no contexto, para
que digamos que ela sofreu derivação parassintética, é perceber seu sentido (adjetivo indica estado,
característica, qualidade; verbo no particípio indica ação praticada por alguém).
Analise comigo: sobre o verbo desalmar, o dicionário Aulete diz: “tornar desalmado; desumanizar,
perverter: “A política do heroísmo desalmou os seus chefes. Transpondo para a voz passiva tal frase
de Rui Barbosa teríamos: “Os seus chefes foram desalmados pela política do heroísmo”. Percebe que
desalmados é um verbo no particípio? Portanto não há derivação na palavra, mas sim flexão, pois ela
recebeu uma desinência de particípio (desalmar + ado). Se a palavra está no particípio, então -ado é
uma desinência, e não um sufixo! Particípio é flexão do verbo, não derivação. Então, quando
desalmado será palavra formada por derivação parassintética? Desalmado só é formado por derivação
parassintética como adjetivo: “Você é um homem muito desalmado!” Pronto. Agora desalmado (des
+ alma + ado) é um adjetivo. E -ado é um sufixo formador de adjetivo, e a palavra sofreu derivação
parassintética (desalmado é aquele que não tem alma, figurativamente falando (sem compaixão, sem
empatia).
Regressiva: quando um verbo que indica ação serve de base para a formação de um substantivo
abstrato que igualmente indica ação ou resultado de uma ação – tal substantivo é chamado de
deverbal (pois é derivado do verbo). A ideia da regressão ocorre pois o verbo perde sempre sua
terminação (vogal temática + desinência de infinitivo: -ar, -er, -ir) dando lugar à vogal temática nominal
(-a, -e, -o).
Por exemplo:
Imprópria (Conversão): mudança de classificação morfológica de uma palavra. A palavra não muda em
absolutamente nada, o que muda é sua classificação morfológica. Por isso é chamada de imprópria,
não há propriamente uma derivação, pois não se usam afixos (morfemas) para formar uma palavra.
Exemplo:
Substantivação
– Você tem aracnofobia? (radical) / Eu tenho muitas fobias. (substantivo)
– Sou muito pró-ativo. (prefixo) / Esta questão só tem um pró. (substantivo)
– Aquela blusa é preta? (adjetivo) / Preta, você me ama? (substantivo)
– A casa foi comprada ontem. (artigo) / Esse a da frase anterior é um artigo. (substantivo)
– Eu me amo, não posso mais viver sem mim. (pronome) / O me, o te e o se também funcionam como
objetos diretos. (substantivos)
– Tenho dois filhos. (numeral) / O dois é um numeral cardinal. (substantivo)
– Habite-se! (verbo) / O habite-se foi concedido. (substantivo)
– Eu vou amar você e depois vou partir (verbos no infinitivo). / O amar e o partir fazem parte da vida.
(substantivos)
– Havia feito uma prova dificílima. (verbo no particípio) / Mahatma Gandhi realizou um feito inédito
na história! (substantivo)
– Amanhã te ligo. (advérbio) / Espero sempre por um amanhã melhor. (substantivo)
– Só ela me faz feliz. (palavra denotativa de exclusão) / O só pertence ao grupo de palavras denotativas.
(substantivo)
– Precisamos fazer uma ação contra a violência. (preposição) / Estes contras que você está expondo
não procedem. (substantivo)
– Estudo muito, porém não gosto, porque cansa. (conjunções) / Só tenho um porém a dizer; deixe o
porquê para depois. (substantivo)
– Ai! Deixa de ser chato! (interjeição) / Nunca se ouviu sequer um ai naquela casa. (substantivos)
– O rapaz só abre a boca para falar: “Fala sério!” (frase) / É um fala sério para cá, um fala sério para lá...
Que chatice! (locução substantiva)
Outras conversões
– Substantivo se torna adjetivo: Ele tem um jeito moleque.
– Adjetivo se torna advérbio: Esta cerveja desceu redondo.
– Adjetivo se torna preposição acidental: Todos se salvaram, salvo o idoso.
– Particípio se torna adjetivo: Vocês são muito fingidos
– Advérbio se torna preposição acidental: Afora isso, estou de acordo com a decisão.
– Conjunção se torna preposição acidental: Tenho-o como amigo.
– Pronome se torna preposição acidental: Tenho que tomar uma decisão.
– Substantivo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio se tornam interjeições: Misericórdia!, Bravo!, Qual!,
Viva!, Avante!
– Substantivo abstrato para concreto: A pintura da parede demorou duas horas. (abstrato) / A pintura
da parede está descascando. (concreto)
– Substantivo comum para próprio e vice-versa: O planalto tinha quase nenhuma ondulação. (comum)
/ O Planalto está cercado de corrupção. (próprio) / Judas traiu a Cristo por 30 moedas de prata.
(próprio) / Você é um judas safado! (comum)
– Mudança de gênero/mudança de sentido: Comemos uma banana a cada três horas. (feminino/fruto)
/ Tu não passas de um banana. (masculino/covarde).
Aglutinação: há perda de elementos estruturais e fonéticos nos radicais (não são separados por hífen):
boquiaberto (boca+aberta), mundividência (mundo + vidência), alvinegro (alvo + negro), fidalgo (filho
de algo), embora (em + boa + hora), aguardente (agua + ardente), petróleo (pedra + óleo), noroeste
(norte + oeste), vinagre (vinho + acre), lobisomem (lobo + homem), planalto (plano + alto), pernilongo
(perna + longa) etc.
3. ONOMATOPEIA
4. ABREVIAÇÃO (Redução)
5. SIGLONIMIZAÇÃO: sigla, ex. ONU, CESPE, FCC, ESAF, PETROBRAS, PIB, EsPCEx, EMBRATEL...
6. HIBRIDISMO
Formação de palavras com morfemas de línguas diferentes: socio/logia (latim e grego),
auto/móvel (grego e latim), tele/visão (grego e latim), buro/cracia (francês e grego), banan/al (africano
e latim), sambó/dromo (africano e grego), micro-ônibus (grego + latim), report/agem (inglês + latim),
bi/cicleta (latim + grego), saga/rana (alemão + tupi), ciber/nauta (inglês + latim) etc.
8. NEOLOGISMO
Neologismo é uma palavra nova, uma palavra inventada, que pode ou não ser dicionarizada.
Neologismo mórfico: falantes se valem de vários processos de formação de palavras já existentes para
a criação de novas palavras. Exemplo: amasso, agito, aperto (derivação regressiva); superfeliz, antigay,
desorgulhoso, (derivação prefixal); djavanear, viralizar, internetismo, obrigadaço, baba-ovice
(derivação sufixal); boa (boa tarde), tarde (boa tarde), apê (apartamento) (abreviação), etc.
Neologismo semântico: vocábulo que adquire novo significado, como em palavras metafóricas
(sentido conotativo) ou em gírias, diz-se que ela é neologismo de sentido. Exemplo: gato (ligação
elétrica ilegal), mala (pessoa chata), laranja (intermediário em negócios ilícitos), arroz (rapaz que
acompanha moças, mas não namora nenhuma), rede (internet), partidão (não é uma partida grande,
mas sim um homem digno, bonito e bem-sucedido), zebra (resultado inesperado) etc.