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ESCOLA DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

A Organização dos Poderes

Diego Ribeiro Guimarães da Silva


Gabriella Desiderio de Britto
Valeria Cristina Ribeiro

Rio de Janeiro
2019
Diego Ribeiro Guimarães da Silva
Gabriella Desiderio de Britto
Valeria Cristina Ribeiro

Organização dos poderes

Trabalho referente à disciplina de Didática,


apresentado como exigência de conclusão de
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Escola
da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
Professores Orientadores:
Lucas Tramontano de Macedo
Nelson C. Tavares Junior

Rio de Janeiro
2019
CASO
CONCRETO
Tema: Direito Constitucional – Organização dos Poderes
Caso concreto
Tendo em vista situação extraordinária decorrente dos índices de queimadas mais altos
já vistos na Floresta Amazônica nos últimos 4 anos e, na urgência de controle das referidas
queimadas, observado o relevante caráter de Patrimônio ambiental atribuído à Floresta, o
Presidente da República editou a Medida Provisória - MP 16/2019 para prever situação
excepcional, permitindo que forças estrangeiras transitem pelo território nacional e nele
permaneçam temporariamente a fim de contribuir no combate às queimadas na região.
Posteriormente, com o escopo de dar cumprimento ao art. 62, caput e §2º, da
Constituição Federal, a referida Medida Provisória foi remetida à deliberação do Congresso
Nacional para analisar o cumprimento do pressuposto de relevância e urgência, bem como, para
deliberar sobre o mérito da referida medida.
Contudo, enquanto a MP tramitava no Congresso, houve a propositura de uma Ação
Direta de Inconstitucionalidade – ADIN, no Supremo Tribunal Federal – STF, tendo como
legitimado ativo o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, com o escopo de
questionar a constitucionalidade da referida MP 16/2019. Outrossim, aduz, dentre os
argumentos, que o Chefe do Poder Executivo Federal estava agindo com abuso na edição de
medidas provisórias e, solicitando que o STF, como figurante do ápice do poder judiciário,
controlasse tal excesso.
Não obstante, antes do julgamento da ADIN, a MP foi convertida em lei pelo
Congresso Nacional.
Sendo assim, decida fundamentadamente a questão abordando a possibilidade de
um poder se imiscuir na competência do outro, bem como eventuais vícios existentes no caso
em análise.

Questões abordadas no caso, as quais serão respondidas ao longo da aula:

1) No que concerne a possibilidade de realização de contenção entre os poderes? Ela é legitima


em um Estado Democrático de Direito?
2) De onde advém a legitimidade democrática do poder judiciário?
3) A edição de Medida Provisória consiste em uma função típica ou atípica do poder executivo?
Quais os possíveis vícios existentes na medida provisória impugnada?
4) Qual a natureza jurídica da Medida Provisória?
5) As emendas na Medida Provisória devem guardar pertinência temática?
6) Por que a edição de Medidas Provisórias devem passar por posterior deliberação do
Congresso Nacional?
7) A transformação da Medida Provisória em Lei tem o condão de convalidar eventual vício de
iniciativa existente?
PLANO
DE
AULA
PLANO DE AULA

Disciplina: Direito Constitucional


Professoras: Diego Ribeiro Guimarães da Silva, Gabriella Desiderio de Britto e Valeria
Cristina Ribeiro

TEMA DA AULA
Organização do Poder Político: As Instituições Democráticas

OBJETIVOS
O aluno deverá ser capaz, ao final da aula, do seguinte:
- Ter uma percepção do contexto histórico no qual se deu o surgimento da ideia de divisão
funcional do Poder do Estado;
- Entender a finalidade do sistema de freios e contrapesos e a legitimidade democrática do Poder
Judiciário;
- Compreender a estrutura basilar do Poder Judiciário;
- Compreender a dinâmica da jurisprudência e pressupostos da Medida Provisória;
- Ter a capacidade de distinguir as principais diferenças entre imunidades material e formal;
- Difundir o conhecimento das normas de reprodução obrigatórias, facultativas e proibidas na
seara dos Estados;

CONTEÚDO
- Análise histórica do Princípio da Separação dos Poderes
- O sistema de freios e contrapesos
- Funções típicas e atípicas
- Princípios norteadores
- Estrutura e atribuição de cada Poder
- Autonomia administrativa e financeira dos poderes
- Questões controvertidas

METODOLOGIA DE ENSINO
Metodologia do caso concreto, com ênfase na aula dialogada. São privilegiadas as estratégias
que ofereçam condições necessárias à aprovação dos alunos em concursos públicos.

RECURSOS
Power Point, caso concreto, mapa conceitual, legislação, doutrina, jurisprudência, questão
discursiva e questões objetivas.

REFERÊNCIAS
BRANCO, Paulo Gustavo; Mendes, Gilmar Ferreira. Curso de Direito Constitucional. 8ª ed.
São Paulo: Saraiva, 2018.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 17ªed. São Paulo: Saraiva, 2018.

BARROSO, Luiz Roberto. Curso de Direito Constitucional Contemporâneo. 4ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2013.

MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. Salvador: JusPODIVM, 2017. 5ª ed.


ver. Ampl. e atual.

SILVA, Roberto Baptista Dias, Manual de Direito Constitucional. 1ª ed. Barueri, SP: Editora
Manoele Ltda, 2007.
BRASIL. Constituição da República. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> Acesso em:
10 set. 2019.

CAVALCANTE, Marcio André Lopes. Fornecimento de medicamentos pelo Poder Judiciário.


Disponível em: < https://www.dizerodireito.com.br/2019/06/fornecimento-de-medicamentos-
pelo-poder.html >. Acesso em: 13 set. 2019

BRASIL. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ADI 5526, relator: Ministro EDSON FACHIN,
Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=358853>. Acesso em:
13 set. 2019.
SLIDES
UTILIZADOS NA
APRESENTAÇÃO
DA AULA
QUESTÕES
OBJETIVAS
QUESTÃO OBJETIVA
1ª Questão

Disciplina Direito Constitucional


Banca IBFC
Concurso CGE - RN - Analista Contábil
Ano da prova: 2019
Transcrição da questão:
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
(A) exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União
(B) comprovar a regularidade, quanto ao exercício do poder discricionário, relativo à
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas organizações não governamentais
(C) apoiar o controle interno das Organizações Sociais, no exercício de sua missão
regulamentar
(D) avaliar o cumprimento das metas previstas no plano de diretrizes orçamentárias, a
realização dos programas governamentais e a execução dos orçamentos públicos
Gabarito: Letra A
Instituto aplicado ao caso – Tema amplo Sistema de controle interno dos Poderes
da questão:
Conteúdo específico Exercício do controle interno
Habilidades indispensáveis à solução da Conhecimento das normas constitucionais.
questão:
Fontes que deveriam ser conhecidas As fontes que deveriam ser conhecidas
para responder a questão: para resolver a questão são: art. 74, CF/88.,
o qual estabelece, em seu inciso III,
dentre outras, a finalidade do sistema de
controle interno é de exercer o controle
das operações de crédito, avais e garantias,
bem como dos direitos e haveres da União.
O conhecimento da norma positivada O candidato precisava ter conhecimento do
era relevante? As assertivas exigiam teor do dispositivo para acertar a questão.
apenas o conhecimento da letra fria da O conhecimento da letra de lei fria era
lei ou o conhecimento do teor do suficiente
dispositivo era suficiente?
QUESTÃO OBJETIVA

2ª Questão

Disciplina Direito Constitucional


Banca CESPE
Concurso Auditor de Controle Interno da
Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado
do Ceara
Ano de aplicação da prova: 2018
Transcrição da questão:
Acerca da repartição de poderes, assinale a opção correta.
(A) No Estado democrático, a existência de instância acima dos Poderes e incumbida de
impedir a prevalência de um sobre os demais é condição necessária para assegurar a
efetiva separação e independência dos Poderes.
(B) A independência dos Poderes é pressuposto próprio do federalismo enquanto forma
de organização do Estado.
(C) A existência de mecanismos de promoção de equilíbrio entre os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário favorece a estabilidade política no Estado democrático.
(D) A separação dos Poderes tem como objetivo fundamental assegurar a independência
do Legislativo e do Judiciário e protegê-los da hipertrofia e incontrastável influência do
Executivo.
(E) A doutrina da separação dos Poderes rompeu com a noção de unicidade e
indivisibilidade do poder do Estado, enfraquecendo-o enquanto forma de organização
política e jurídica.
Gabarito: Letra C
Instituto aplicado ao caso – Tema amplo Princípio da Separação dos Poderes
da questão:
Conteúdo específico Tripartição dos poderes: possibilidade e
finalidade do controle recíproco entre os
poderes
Habilidades indispensáveis à solução da Conhecimento doutrinário acerca do tema
questão: Organização dos Poderes.

Fontes que deveriam ser conhecidas Doutrinária e jurisprudencial.


para responder a questão:
O conhecimento da norma positivada O candidato precisava ter conhecimento da
era relevante? As assertivas exigiam ideia que fundamenta o sistema de freios e
apenas o conhecimento da letra fria da contrapesos e que complementa a lógica da
lei ou o conhecimento do teor do separação de poderes.
dispositivo era suficiente?
QUESTÃO OBJETIVA

3ª Questão

Disciplina Direito Constitucional


Banca IADES
Concurso VUNESP – Órgão: AL-GO - Procurador
Ano de aplicação 2019
Transcrição da questão:
A Constituição Federal de 1988 estabelece que são Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Em relação ao princípio
da separação dos Poderes, assinale a alternativa correta.
(A) A Constituição Federal de 1988 prevê um conjunto de matérias que são da iniciativa
legislativa privativa do presidente da República. Com base nesse pressuposto, quanto
aos projetos de lei de iniciativa parlamentar, a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal (STF) é no sentido de que qualquer projeto de lei que crie despesa só poderá ser
proposto pelo chefe do Executivo.
(B) Quanto à escolha dos dirigentes de autarquias ou fundações públicas, a
jurisprudência do STF é no sentido da validade de normas estaduais que subordinam a
nomeação de tais dirigentes à prévia aprovação da Assembleia Legislativa.
(C) O STF, após a criação do Conselho Nacional de Justiça, tem declarado a
constitucionalidade da criação, por Constituição estadual, de órgão de controle
administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros Poderes
ou entidades.
(D) Não tem fundamentação no princípio da separação dos Poderes o requisito previsto
na jurisprudência do STF de que a emenda parlamentar apresentada em projeto de lei de
iniciativa privativa dos demais Poderes deve ter pertinência temática com a matéria
contida no projeto de lei original.
(E) A separação dos Poderes não é considerada uma cláusula pétrea da Constituição
Federal de 1988.
Gabarito: Letra B
Instituto aplicado ao caso – Tema amplo Organização dos Poderes
da questão:
Conteúdo específico Princípio da Separação dos Poderes
Habilidades indispensáveis à solução da Conhecimento da legislação aplicável: Lei
questão: 8.112/90
Fontes que deveriam ser conhecidas Entendimento jurisprudencial do Supremo
para responder a questão: Tribunal Federal, bem como entendimento
sumulado
O conhecimento da norma positivada As assertivas exigiam o conhecimento de
era relevante? As assertivas exigiam entendimento jurisprudencial, vem como
apenas o conhecimento da letra fria da da Súmula 649, do STF.
lei ou o conhecimento do teor do
dispositivo era suficiente?
QUESTÃO OBJETIVA
4ª Questão

Disciplina Direito Constitucional


Banca FCC
Concurso FCC - TRT – 15ª Região (SP) – 2ª REGIÃO
- Analista Judiciário
Ano de aplicação 2018
Transcrição da questão:
O Princípio da Separação de Poderes é compatível com a atribuição de poder normativo
ao Executivo, tendo em vista que no exercício dessas funções,

(A) as autoridades devem praticar atos que produzam efeitos internos à Administração
pública, não disciplinando as relações individuais dos administrados
(B) os usuários não podem ser instados a seguir as ordens e regras emanadas da
Administração pública, considerando que somente a lei pode ter caráter autônomo.
(C) a Administração pública deve respeitar a repartição constitucional de competências,
somente podendo editar atos normativos de caráter geral e abstratos nos casos
expressamente autorizados ou diante de lacunas legislativas.
(D) a edição de decretos deverá observar os limites expressamente estabelecidos na
Constituição para implicar caráter autônomo às suas disposições.
(E) as disposições de cunho regulamentar não podem ter conteúdo inovatório, devendo
ser homologadas pelo órgão legislador competente para a expedição do diploma
regulamentado.

Gabarito: Letra D
Instituto aplicado ao caso – Tema amplo Organização dos Poderes
da questão:
Conteúdo específico Compatibilidade da Separação dos Poderes
e a atribuição do poder normativo do
Executivo.
Habilidades indispensáveis à solução da A questão trata do exercício do poder
questão: regulamentar, em especial da edição dos
decretos autônomos, o aluno deve ter
conhecimento das hipóteses restritivas
previstas constitucionalmente.
Fontes que deveriam ser conhecidas Art. 84, da CRFB.
para responder a questão:
O conhecimento da norma positivada As assertivas exigiam o conhecimento da
era relevante? As assertivas exigiam letra fria da lei e conhecimento doutrinário
apenas o conhecimento da letra fria da sobre o assunto.
lei ou o conhecimento do teor do
dispositivo era suficiente?
QUESTÃO
DISCURSIVA
QUESTÃO DISCURSIVA
1ª QUESTÃO

Disciplina: Direito Constitucional


Banca: ESAF
Concurso: Auditor-Fiscal do Trabalho
Questão da prova: 6ª questão

Transcrição da questão:
O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim dispõe: “São Poderes
da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
A partir do dispositivo constitucional supra, deve o candidato discorrer sobre o tema IN-
DEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente
os seguintes tópicos:
a) harmonia entre os poderes - divisão de funções entre os órgãos de poder - princípio da
indelegabilidade de funções - absoluta ou relativa?
b) independência entre os poderes - absoluta ou relativa?
c) sistema de freios e contrapesos;
d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes - Exemplos
Extensão: de 15 a 30 linhas.

Resposta Longa sugerida pelo grupo:


A Constituição Federal de 1988 (CF/1988), visando, principalmente, evitar o arbítrio e o
desrespeito aos direitos fundamentais do homem, previu a existência dos Poderes do Es-
tado, independentes e harmônicos entre si, repartindo entre eles as funções estatais.
De acordo com a clássica Tripartição dos Poderes, as funções estatais legislativa, judicial
e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou absoluta por órgãos distintos e
independentes, sem a usurpação e abuso de funções, permitindo-se assim a harmonia entre
eles, num típico sistema de freios e contrapesos, garantidor do princípio da separação dos
Poderes.
A CF/1988, apesar de alinhada à doutrina clássica da tripartição de Poderes, estabelece
que não é a exclusividade no exercício das funções o que caracteriza a independência
entre os órgãos do Poder, mas sim a predominância do interesse, ou seja, a divisão de
poderes adotada por nós é relativa. Assim, ao lado das funções típicas, os Poderes realizam
funções atípicas, como a edição de medidas provisórias pelo Chefe do Executivo, de na-
tureza legislativa, e a licitação pela Câmara dos Deputados, administrativa.
No entanto, no que concerne às atribuições primordiais, o texto constitucional veda im-
plicitamente a delegação de Poderes, conforme o princípio da separação de Poderes, no
art. 60, §4º, III, da CF/1988. Contudo, essa indelegabilidade não é absoluta, isso porque
o Presidente da República poderá elaborar a Lei Delegada, devendo a delegação ser soli-
citada ao Congresso Nacional, que a outorgará por resolução, por maioria absoluta, com
ou sem reserva de apreciação do projeto do Executivo.
Por fim, há, na CF/1988, diversas prerrogativas, imunidades e garantias repartidas pelos
Poderes para o equilíbrio, o controle e a harmonia do Estado democrático, consagrando a
Teoria dos Freios e Contrapesos. São exemplos de controles recíprocos: a declaração de
inconstitucionalidade das leis pelo Judiciário e o poder de veto de projetos de leis pelo
Chefe do Executivo e a fiscalização do Legislativo sobre os atos do Executivo. Tais con-
troles recíprocos reforçam o caráter relativo da independência entre os Poderes.

Resposta Curta sugerida pelo grupo:


No Estado de Direito contextualizado atualmente a tripartição de poderes foi relativizada
a fim de permitir que esferas de poder atuem atipicamente, de forma excepcional, em
outras funções, contudo, a harmonia existente entre os poderes deve ser lida de forma
absoluta.
Outrossim, o sistema de freios e contrapesos é o que permite o controle recíproco entre os
poderes, evitando abusos.
Por fim, são exemplos de exceções a separação dos poderes: a declaração de
inconstitucionalidade das leis pelo Judiciário e o poder de veto de projetos de leis pelo
Chefe do Executivo e a fiscalização do Legislativo sobre os atos do Executivo.

QUESTÃO DISCURSIVA
2ª QUESTÃO

Disciplina: Direito Constitucional


Banca: Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro
Concurso: Promotor de Justiça MPRJ – XXXV
CONCURSO
Questão da prova: 11ª questão

Transcrição da questão:
O Tribunal de Justiça do Estado Alfa, no exercício regular de sua competência, ao
reconhecer a ocorrência de mutação constitucional do art. X, da Constituição de Alfa,
deliberou um novo sentido a esse enunciado, recusando o sentido anteriormente adotado.
No entanto, houve uma manifestação contrária por parte de membros da Assembleia
Legislativa do Estado Alfa, que, entendendo que o instituto da mutação estaria sendo
utilizado em desconformidade com as balizas traçadas pelo sistema jurídico-
constitucional brasileiro, defendeu a inconstitucionalidade da referida mutação
constitucional. Nesse sentido, responda de forma justificada, e em consonância com a
inteligência do sistema jurídico-constitucional brasileiro, as questões que seguem:
a) no processo de reconhecimento da existência de mutação constitucional, haveria limites
ao Poder Constituinte difuso do Estado Alfa? Justifique.
b) no âmbito das discussões sobre a legitimidade constituinte, havendo discrepância entre
o texto constitucional e a nova norma estabelecida pelo Poder Constituinte difuso, em que
sentido o princípio da conformidade funcional ou justeza pode ser suscitado? Justifique.

Resposta Longa sugerida pelo grupo:


Os limites ao reconhecimento da mutação constitucional são as possibilidades semânticas
do texto, respeito aos princípios fundamentais que concedem identidade àquela específica
Constituição, observância às normas de reprodução obrigatória, sem desconsiderar que a
mesma deve se adequar aos princípios estabelecidos pela Constituição Federal de 1988.
O princípio da conformidade funcional tem por objetivo impedir que os órgãos
encarregados em realizar a interpretação constitucional cheguem a um resultado que
subverta o esquema organizatório funcional estabelecido pela Constituição, sob pena de
usurpação de competência. Nesse sentido, interpretação de norma constitucional pelo
poder constituinte difuso que ultrapasse os limites textuais constitucionais expressos,
evidencia invasão na esfera competencial de um poder por outro (do Legislativo pelo
Judiciário), desequilibrando o sistema de divisão de poderes (artigo 2º da CR/88) e
violando o mencionado princípio o que acarreta colisão entre as Instituições
Democráticas.
Resposta Curta sugerida pelo grupo:
Os limites ao reconhecimento da mutação constitucional são as possibilidades semânticas
do texto, sem desconsiderar que a mesma deve se adequar aos princípios estabelecidos
pela Constituição Federal de 1988. O princípio da conformidade funcional tem por
objetivo impedir que os órgãos encarregados em realizar a interpretação constitucional
cheguem a um resultado que subverta o esquema organizatório funcional estabelecido
pela Constituição, sob pena de usurpação de competência.
MAPA
MENTAL

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