Sei sulla pagina 1di 124

TOESSACEEBOSIIMEMÜMSECII-

TESOURO DA TRADIÇÃO

GUIA DA MISSA TRIDENTINA

■um
m i A I Ü N O S P W AGSIMEffií IfaÍí í í I bíís^
E
^ ste guia é um a introdução geral
I ao Rito Romano Tradicional que
li abrange minuciosamente os deta­
lhes contidos na liturgia da Missa Triden-
tina, como a sua origem e finalidade, os
aspetos da ornam entação do altar e dos
param entos sacerdotais, além de infor­
mações e ensinamentos úteis para que os
fiéis possam se preparar para viver tão su­
blime Ação Sagrada.
O Ordinário da Missa vem acompanhado
de comentários com informações históri­
cas e teológicas, além de fotos e ilustrações
que documentam o que se passa no altar
em cada parte da celebração.
J : i i ::::
l i 11111 1111 11 1 1 !

"£ isto está escrito profundamente na natureza do homem: precisamos de sinais sen­
síveis e de figuraSy pois somos em parte espirituais e em parte corporais... As verdades
de religião são espirituais, e os ritos e cerimônias são corporais; no entanto, assim como
a alma está contida no corpo, também as verdades de religião estão contidas nos ritos e
cerimônias da Igreja , ,. Mostre-me uma religião sem ritos e cerimônias, e mostrar-lhe-ei
um povo derivando rapidamente em direção à infidelidade e à negação de toda religião”

— Rev. James Luke Meagher,


''Teaching Truth by Signs and Ceremonies”
[Ensinando a Verdade com Sinais e Cerimônias]
Tesouro da Tradição: Guia da Missa Tridentina
© by Lisa Bergman Editor:
Tradução e Adaptação: Nestor Forster Jr. Diogo Chiuso
1‘ edição - setembro de 2015 - CEDET Editor-Assistente:
Impresso no Brasil Thomaz Perroni
Edição original: Treasure and Tradition: The Ultimate Guide Layout & design:
to the Latin Mass - St. Augustine Academy Press, 2014. Lisa Bergman
Copyright © 2015 by CEDET Consultoria em design:
Os direitos desta edição pertencem ao Julie Streeter
CEDET - Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico
Rua Ângelo Vicentin, 70
CEP: 13084-060 - Campinas - SP
Telefone: 19-3249-0580
e-mail: livros@cedet.com.br
^ E C C L E SIA E -w w w .e c c l e s i a e .c o m . b r

C o n s e lh o e d ito r ia l:
A delice G odov
C esar Kyn d ’Ávila
D iogo C hiuso
Silvio G rim aldo de C am argo
T hom az P erro n i

" Todas
as ilustrações
usadas neste
livro, quando não
indicadas, estão em
dom ínio público. Muitas
Todas as citações bíblicas delas foram retiradas do
foram retiradas da M y Catholic Faith, de
tradução do Pe. Matos Louis LaRevoire Morrow,
Soares. com permissão para
o uso. -•

A tradução da Missa para


o português foi retirada
do Missal de D. Gaspar
Lefebvre, O.S.B.

O Nihil Obstat e
Imprim atur (permissão
para publicar) são
declarações oficiais de
que um livro está livre de
erro doutrinai e moral.
Isto não implica que
aqueles que concederam ^ 1
0 Nihil Obstat e
Imprim atur concordam
com o conteúdo,
opiniões ou afirmações
nele expressas, e eles
não assum em qualquer
responsabilidade
legal associada com a
publicação.

IV
Apresentação da Edição Brasileira............... ix
Como Usar este Livro........................................x
Introdução........................................................ xi
As Quatro Finalidades do Sacrifício.............xii
Isto é a M issa...................................................xiii
R
As Duas Formas Principais
do Antigo Culto Judaico............................... xiv
Toda Oração tem Duas Partes........................xv
O Que Faz essa ser Missa Diferente............xvi
Formas de Celebração da Missa Tridentina.. .xvii
A Música na Missa Tridentina......................xvii
O Calendário da Igreja................................ xviii
Os Tempos Litúrgicos.....................................xix
As Cores Litúrgicas......................................... xx
Os Ministros Sagrados na M issa...................xxi
Os Paramentos do sacerdote.......................xxii
Os Paramentos Adicionais.......................... xxiii
Nós também nos Preparamos para a Missa ..xxiii
Os Vasos e Panos Sagrados.......................... xxiv
Outros Tipos de Vasos Sagrados................. xxv
O Altar e Seus Ornamentos.........................xxvi
De que Lado?................................................xxvii
Preparando-nos para a M issa.................. xxviii
M ISSA DO S CATECÚM ENOS................. 2
M ISSA D O S F IÉ IS ..................................... l 8
Um Ancestral Comum: o Ofício D iv in o .... 64
As Horas Canônicas.......................................65
A Estrutura do Ofício D ivin o........................66
Um Método em Comum de Oração.............. 67
A Bíblia Católica............................................. 68
Traduções da Bíblia para o Português............70
' Glossário e índice Remissivo.........................71
;Devoções para a Confissão............................ 87
Orações Sugeridas.......................................... 91
Bibliografia e Leituras Recomendadas........93
M ARCADORES
N ão é ra ro o íiel p e rd e r-se n o M issal d u ra n te a M issa, pois b o a p a rte d a litu rg ia tra n sc o rre em silêncio reverente. Se
isso acontecer, escute e o b serve as in d icaçõ es d esta tabela, que o a ju d arão a e n c o n tra r a p ág in a certa do M issal.
Lembre-se de que os lados do altar de Cristo são determinados por Sua Direita e Esquerda, não a nossa.
Veja a p á g in a XXV p a ra explicação sobre os lados do altar.

Altura Veja
Localização do Ações do Celebrante ou Ministros Parte da
da voz do D E Pág.
Celebrante ^ Sons, Gestos e Outras Indicações ® Missa
Celebrante n®
O celebrante in clin a-se p ro fu n d a m e n te p a ra
n o rm a l p é d o altar rezar o Confiteor, e dep o is o d iáco n o o u os Confiteor 5
acólitos fazem o m esm o

N a M issa C an tad a, o coro ca n ta o Kyrie. N a


alta c en tro d o altar M issa R ezada, ele é rezad o em voz alta pelo Kyrie 9
Padre.

N a M issa C an tad a, o C elebrante e n to a “Gloria in


alta c e n tro d o altar Gloria 11
Excelsis D eo”, seguido pelo coro.

lad o esq u erd o N a M issa Solene, o S u bdiácono c a n ta a Epístola.


alta d o altar (n o ssa N a M issa R ezada, o P adre lê a Epístola Epístola 13
d ireita) em voz alta.

lado d ireito N a M issa Solene, o D iáco n o c an ta o Evangelho.


alta d o altar (nossa N a M issa R ezada, o P ad re lê o Evangelho Evangelho 15
esq u erd a) em voz alta.

N a M issa C an tad a, o C eleb ran te e n to a “Credo


c en tro do
alta in u n u m Deurti \ seguido pelo coro. Todos se Credo 17
altar
ajo elh am n o “E t incarnatus es f .

lad o esq u erd o Mistura de


0 C eleb ran te d e rra m a v in h o n o Cálice, a que
n o rm a l d o altar (nossa Água no 21
m istu ra u m a s gotas de água.
d ireita) Vinho
N a M issa Solene, o C eleb ran te in c en sa as oblatas
am b o s os lad o s
n o rm a l e 0 altar, e o D iá co n o in cen sa o celebrante e Incensação 23
do altar
to d o s os presentes.

lad o esq u erd o


n o rm a l d o altar (n ossa O C eleb ran te lava as m ãos. Lavabo 25
direita)

c en tro O C elebrante v o lta-se p a ra o povo, co m as m ão s


alta Orate Fratres 27
do altar elevadas em fren te ao corpo.

A o ap ro x im ar-se o Prefácio, can ta-se (ou diz-se


c en tro
alta n a M issa R ezada) o re sp o n só rio que co nclui com Prefácio 29
d o altar
“D ig n u m e tju s tu m e sf.

alta
cen tro I 1 i N a M issa C an tad a, o coro
d o altar
Sanctus 29
^ ^ ^ c an ta o Sanctus.

. O C eleb ran te estende as m ão s sobre as


cen tro
secreta à oblatas, sim b o lizan d o a colocação de nossos Hanc Igitur 35
do altar
p ecad o s sobre o C o rd eiro sacrificial.

VI
Altura
Localização do Ações do Celebrante ou Ministros Parte da
da voz do D
Celebrante Sons, Gestos e Outras Indicações Missa
Celebrante

O celebrante in clin a-se p ro fu n d a m e n te


cen tro Consagração
secreta sobre o altar e profere as palavras da
d o altar da Hóstia
C onsagração, le n ta e silenciosam ente.

I I I O C elebrante eleva a ,
cen tro Elevação da
secreta H ó stia C o n sa g ra d a p a ra a ^
do altar Hóstia
ad o ração de todos.

O celebrante in clin a-se p ro fu n d a m e n te


cen tro Consagração
secreta
d o altar
sob re o Cálice e pro fere as palavras d a X
do Vinho
C o n sag ração le n ta e silenciosam ente.

cen tro O C eleb ran te eleva o Cálice I Elevação do


secreta
do altar p a ra a ad o ração de todos. 4 Cáiice

cen tro O C elebrante bate n o peito, d izendo Nobis quoque


alta
do altar “N obis quoque peccatoribus.” peccatoribus

cen tro N a M issa C an tad a, o C elebrante can ta em voz


alta Pater Noster
do altar alta o Pater Noster.

c en tro E scute com atenção e ou v irá o so m do Fração da


n o rm a l
d o altar C eleb ran te p a rtin d o a H ó stia C onsagrada. Hóstia

O C elebrante inclina-se e bate três vezes no peito.


cen tro
alta N a M issa C an tad a, o A gnus D ei é cantado Agnus Dei
d o altar
pelo coro.

cen tro O C eleb ran te bate três vezes n o peito, Comunhão


alta
d o altar d iz e n d o “D o m ine non su m d ig n u s .” do Celebrante

A ssim que o C eleb ran te conclui a sua


cen tro
n o rm a l C o m u n h ã o , o acólito in clin a-se p ro fu n d a m e n te e Confiteor
d o altar
reza n o v a m e n te o Confiteor.

O C elebrante exibe a H ó stia C onsagrada,


cen tro Comunhão
alta d iz e n d o “Ecce A g nus D e i.. ” O povo /
d o altar dos Fiéis
rep ete “D o m in e non su m ãignus...” ^

lad o esq u erd o D ep ois de co m p le tar as abluções e rezar a


n o rm a l d o altar (n ossa Pós-
A n tífo n a de C o m u n h ão , o C eleb ran te reza a Pós-
direita) comunhão
C o m u n h ã o em voz alta.

c en tro O C elebrante volta-se p a ra a assistência e d á a Ite Missa Est/


alta
d o altar b ê n çã o co m o Sinal da C ruz. Bênção Final

lad o d ireito O C elebrante lê o p rin c íp io d o E vangelho de S.


alta d o altar (nossa Último
João, ajo elh an d o -se ao d iz er “E t Verbum caro
esq u erd a) Evangelho
fa c tu m e sf.

p é do Orações no
D e jo elh o s d ian te do altar, o C elebrante reza
alta Fim da Missa
a ltar v árias preces co m os fiéis.
Rezada

Vll
T

APRESENTAÇÃO DA EDIÇÃO BRASILEIRA

obra que o leitor tem em mãos

A
é resultado de quatro anos de devotado
trabalho de um a católica americana, mãe de seis filhos, arquiteta de formação.
Com m eticulosa dedicação. Lisa Bergman conseguiu reunir, em pouco mais de
cem páginas, um a vasta quantidade de informação sobre a M issa Tridentina, belamente
ilustrada com imagens clássicas e tradicionais.
Tesouro da Tradição está dividido nas seguintes partes principais:
A primeira, até a p. xxviii, é um a introdução geral à Missa Tradicional, desde sua
origem e finalidade até aspectos da liturgia, da ornamentação do altar, dos paramentos
sacerdotais, da preparação dos fiéis para a Santa Missa.
Em seguida, tem os a parte central da obra, da página 1 à 63, com o texto do Ordinário
da M issa nas páginas ímpares, e o comentário, com inform ações históricas e teológicas,
nas páginas pares. Logo abaixo do texto em latim, há um a tradução, tão literal quanto
possível, para o português, de maneira que o leitor possa encontrar rapidamente o sig­
nificado de cada palavra isolada. N o entanto, a ordem das palavras nessa tradução em
português pode gerar alguma dificuldade de entendim ento, pois segue a ordem latina,
na qual as palavras muitas vezes vêm em posição diferente da que estamos acostumados
em nossa língua. Para ajudar o leitor, a obra traz tam bém um a tradução literária, com o
a que é usada nos missais de fiéis, logo à direita do Ordinário, nas páginas ímpares. Ela
vem acompanhada de fotos e ilustrações que docum entam o que se passa no altar a cada
parte da Missa.
A seção seguinte às orações leoninas após a Missa Rezada traz um apêndice que com ­
plem enta as inform ações sobre a Santa Missa. A primeira parte descreve o Ofício D ivino,
sua origem e suas semelhanças com a liturgia da Missa. Temos, então, um a breve história
das traduções da Bíblia, desde a Antigüidade. A lém das traduções para o inglês tratadas
na obra original, foi acrescentada breve seção sobre a história das traduções para o nosso
idioma. Por fim, entre as páginas 71 e 87, o leitor encontra detalhado glossário, que além
de trazer definições e dados adicionais sobre tudo que se relaciona à M issa Tradicional,
funciona tam bém com o índice remissivo.
C om o m uitos missais de fiéis, a obra encerra-se com seção dedicada a devoções para
a Confissão e para a preparação para a Santa Eucaristia e ação de graças após a Missa.
Por sua abrangência. Tesouro da Tradição tanto pode ser usado pelo fiel com o guia
?ara a Santa Missa, quanto com o recurso didático para a catequese de jovens e adul­
tos. Espera-se que sua publicação no Brasil, em m om ento de profunda crise espiritual,
contribua para maior conhecim ento e devoção à “M issa de todos os tem pos”, com o a
cham ou S. Pio V.
Registro m eu agradecimento, em primeiro lugar, a Lisa Bergman, por seu apoio e
entusiasm o com esta edição brasileira; a toda a equipe da editora Ecclesiae, por abraçar
este projeto com generosidade e determinação, a A ntonio Bayma Jr. por sua bondosa
colaboração. D evo especial gratidão à consultoria sacerdotal emprestada pelo Rev. Pe.
Daniel Pinheiro I.B.P., que pacientem ente reviu a tradução e indicou o melhor caminho,
sugerindo um a miríade de melhorias e correções. As im precisões que porventura per­
m aneçam são de m inha responsabilidade.
Em Jesus e Maria!
O Tradutor

IX
COMO USAR ESTE LIVRO
Este Missal é diferente de todos os que você já viu. Eis aqui uma introdução a suas partes.

TABELA COM M ARCADORES UM CURSO RÁPIDO EM PRETO E BRANCO


Q uando você se perder no As prim eiras 18 páginas deste livro são dedicadas aos
Missal durante a Missa, con­ fundam entos necessários para entender as diferenças
sulte esta tabela nas páginas entre a Form a O rdinária e a Extraordinária.
iniciais deste livro e escute e A prenda sobre a estrutura da Missa, suas origens
observe as indicações que o e objetivos, a música, o calendário (e p o r que ele
ajudarão a encontrar a pá­ é diferente do que se usa hoje), com o diferenciar a
gina certa.
Missa Rezada da Missa Cantada, com o saber quem
são aquelas pessoas todas no
0 celebrante incIina-se profundam ente para
norm al pé do altar rezar o Cotifitcor, e depois o diácono o u os C onfiteor 5 altar (inclusive o que vestem
acólitos fazem o mesm o

N a Missa Cantada, o coro canta o Kyrie. Na


e os objetos que levam).
alta centro do altar M issa Rezada, ele é rezado em v o z alta pelo
Padre.
Kyrie 9
N essa seção, discute-se ta m ­
Na M issa Cantada, o Celebrante entoa “Gloria in
bém o que você pode fazer
alta ccntro do altar G loria 11
Excelsis Deo", seguido pelo coro.
p ara se preparar para a Missa.
lado esquerdo Na Missa Solene, o Subdiácono cania a Epístola.
alta do altar [nossa Na Missa Rezada, o Padre lê a Epístola E pístola 13
direita) em voz alta.
lado direito Na Missa Solene, o D iácono canla o Evangelho.
alta do altar (nossa Na Missa Rezada, o Padre lé o Evangelho E vangelho 15
direita) em voz alta.

A M ISSA
Cada seção com posta de duas páginas explora os tem as e a história de um a parte da Missa, trazendo o texto em latim com legendas em
português, assim como o texto da tradução da Missa diretam ente em português. Fotografias e diagramas ajudam a m ostrar o que o Padre está
fazendo a cada mom ento, e diversas notas explicam as várias orações e ações, quando certas partes são omitidas, e quando são cantadas pelo
coro ou cantor.

Fotografias mostram as ações do


Padre durante a Missa Cantada
Notas explicam as orações
e ações da Missa
Investigação dos temas e
da história da Missa
A Missa em latim com legendas
Indicações para a
música da Missa
A Missa em português
O Próprio da Missa é destacado em
um quadro (os exemplos usados são
da Missa do Domingo da Santíssima
Trindade)
Diagramas mostram a posição do
Padre na Missa Rezada
Partes da Missa que ás vezes
são omitidas vêm entre colchetes ou
com esse ícone

A P E N D IC E
Aqui se pode encontrar ainda mais informações sobre a Missa. Comparamos o seu desenvolvimento com a liturgia do Oficio Divino (também
conhecido como a Liturgia das Horas); explicamos a história das várias traduções da Bíblia; incluímos um glossário (e um a Hsta com sugestão de
leituras) para ajudá-lo a descobrir mais sobre os conceitos que aprendeu; finalmente, apresentamos várias orações e um a preparação para a confissão.

BIBLIOGRAFIA E LEITURAS RECOMENDADAS


ilcminglü.-
40 lASS [■CüNUT.Ca a S.UAMISSVI, Ft. Dtnwru! Míhouhk, -i O
IH ACATKCHISMIN

..........
m

INTRODUÇÃO
DE rzoLisr.

maioria dos católicos hoje tem


uma vaga noção de que em certo
A : -tempo a Missa era rezada em latim,
com o Padre voltado para o altar. No entanto,
muitos simplesmente não conseguem imagi­
nar-se participando de uma cerimônia celebra­
da em uma língua morta por um homem com
as costas voltadas para eles. Mencione-se o fato
de que as partes mais cruciais desse rito são
inaudíveis, e que o canto do Próprio na Missa
Cantada tende a abafar a maior parte das de­
mais, e subitamente esta Missa parece menos a
“Forma Extraordinária” (como em “graças aos
céus que não é a Forma Ordinária!”) e mais um
ritual irremediavelmente anacrônico, inacessí­
vel, e proibitivo - em uma palavra, morto.
Mas essas são apenas as limitações hum a­
nas de uma liturgia que, através de seus milhares de anos de uso, chega a nós dire­
tamente do próprio Cristo, e das práticas religiosas que ele seguia no templo e na
sinagoga. Na verdade, podemos retornar até Adão e Abel para encontrar o mais
antigo ancestral do sacrifício que oferecemos em nossos altares. As práticas trans­
mitidas a Abraão, Isaac e Jacó foram aperfeiçoadas por Moisés e os Profetas. Davi
escreveu os Salmos para acompanharem os serviços do Templo. Todos eles estavam
dando forma a um a herança de culto divinamente inspirada. Embora a morte de
Cristo tenha substituído os sacrifícios sangrentos da Velha Aliança por Seu próprio
sacrifício, os Apóstolos pouco mudaram as práticas antigas de sua fé na celebração
da Missa antiga, exceto para acrescentar o rito instituído por Cristo na Última Ceia.
Assim, à medida que exploramos profundamente os tesouros que guarda a Missa,
descobrimos que ela não é um mero vestígio da pompa de clérigos medievais, mas
uma tradição viva que incorpora toda a história da salvação. Este livro pretende
remover o véu de tempo e desuso e revelar essa rica herança, de maneira que
nenhuma barreira de língua, costume ou entendimento impeça-nos de rejubilarmo-
nos em seu esplendor.
“Imagine então o Sumo Sacerdote Cristo saindo da sacristia do céu para o altar
do Calvário. Ele já traja a vestimenta de nossa natureza humana, o manipulo de
nosso sofrimento, a estola do sacerdócio, a casula da Cruz. O Calvário é sua cátedra;
a rocha do Calvário é a pedra dara; o sol que se avermelha é a lâmpada do santuá­
rio; Maria e João são os altares laterais vivos; a Hóstia é o Seu Corpo; o vinho é o
Seu Sangue. Ele está de pé como Sacerdote, mas prostrado como Vítima. Sua Missa
está prestes a começar”.
—Bispo Fulton Sheen, O Calvário e a Missa.

XI
AS QUATRO FINALIDADES DO SACRIFÍCIO
A SANTA MISSA É A MAIS PERFEITA REALIZAÇÃO DESSAS QUATRO FINALIDADES:

ADORAÇÃO PROPICIAÇÃO
O sacrifício do Filho único de Deus Pelo Sacrifício da Missa,
é o único dom verdadeiramente aplicamos o Sangue de Cristo ao
digno que podemos oferecer-Lhe perdão de nossos pecados.
em honra e adoração.

AÇAO DE GRAÇAS PETIÇÃO


Por Cristo oferecemos
eficientissimamente nosso Pela intercessão de Cristo, espe­
agradecimento e louvor por O SACRIFÍCIO DA MISSA É O FERECIDO ramos obter a assistência da graça
PARA QUATRO FINALIDADES
todos os muitos benefícios que de Deus para as nossas intenções.
recebemos.

Na Lei Antiga, distintos Aqueles sacrifícios foram Esse Sacrifício Perfeito é


sacrifícios eram prescritos para substituídos pelo sacrifício renovado na Missa, onde Cristo
cada uma dessas finalidades. perfeito de Cristo na cruz. é sacerdote e vítima.

X ll
ISTO É A MISSA
A Missa não é um ‘serviço religioso” ou uma aula de Sagrada Escritura.
Ela é o Céu na Terra, é nela que nosso Deus vem a nós.

Q
uando falamos da Missa Tradicional (ou da Forma Extraordinária da Missa), referi-
mo-nos ao que é conhecido como a M issa Tridentina. Ela foi promulgada em 1570, pelo
Papa Pio V, como parte das reformas do Concilio de Trento, com o objetivo de padronizar
a liturgia, que havia incorporado variações vindas de tradições locais, e de protegê-la da introdução
de quaisquer erros protestantes. Foi realizado um cuidadoso estudo dos manuscritos antigos, com
o propósito de restaurar a liturgia o mais próximo possível à “forma pristina e ao rito dos santos
Padres.” {Quo Primum, 1570). Desde aquela época, edições revistas do Missal foram publicadas em
1604, 1634, 1884, 1920 e 1962,
Extraordinária é uma boa expressão para a Missa Tridentina, pois ela possui três camadas de
mistério que a singularizam: primeiro, ela é celebrada em uma língua que não é mais falada; segun­
do, o Padre está voltado ao altar e não ao povo; terceiro, as partes mais importantes são ditas em voz
baixa demais para que qualquer um ouça! No entanto, a sabedoria de todo esse mistério pode ser
encontrada na ilustração acima.
“Todos os anjos estavam de pé, em volta do Aqui, sobre o altar, está o Santíssimo.
À medida que o sacerdote eleva a Hóstia
trono, dos anciões e dos quatro animais, e - que agora é o corpo de Cristo -, anjos,
prostraram-se sobre os seus rostos, diante santos e homens correm para adorá-Lo,
como naquele primeiro Natal, quando
do trono, e adoraram a Deus, dizendo: Ele se tornou homem para nos salvar.
Amém! Bênção, glória, sabedoria, ação de Em toda Missa, vivemos esse grande
graças, honra, poder e fortaleza, ao nosso privilégio de estar em Sua presença. E
são essas camadas de mistério e beleza
Deus, pelos séculos dos séculos! Amém!” solene na liturgia que servem para lem­
(A p 7, il~
brar-nos de que, por esse breve momen­
to, experimentamos o Céu na Terra.
m,

xni
AS DUAS FORMAS PRINCIPAIS DO ANTIGO CULTO JUDAICO

ORAÇÃO E LOUVOR s a c r if íc io s e o f e r e n d a s

acrifícios só podiam ser oferecidos ão, vinho, óleo e incenso

S
eram
diante do Templo em Jerusalém, mas
para muitos judeus essa era uma viagem
longa demais. A maioria vinha apenas uma
vez ao ano ao Templo para satisfazer sua obri­
P oferecidos a Deus no Templo em
Jerusalém. Contudo, na antiga aliança,
somente o derramamento de sangue podia
remover a culpa do pecado, e por isso o sangue
gação pascal Porém, uma fé que é praticada de animais era oferecido a Deus em lugar do
apenas uma vez ao ano é facilmente esquecida. sangue dos pecadores. Esses holocaustosy
rA'* Por isso, toda cidade de certo tamanho possuía especialmente a renovação anual do sacrifício
uma sinagoga (do grego synagõgé, que signi­ pascal, eram a marca necessária do judeu
fica assembléia), um local de encontro onde praticante, como o sangue sobre a verga das
judeus devotos reuniam-se para cantar os Sal­ portas que os salvara do anjo exterminador
mos e aprender sobre a Sagrada Escritura. no Egito.

Ambas essas formas de culto eofatiwOT a figura do Messias que viiía


Missa, assistimos à conclusão e realização daquela promessa em tudo o que

ESSAS FORMAS DE CULTO REALIZAM-SE NAS


DUAS PARTES PRINCIPAIS DA MISSA

MISSA DOS CATECUMENOS MISSA DOS FIEIS

*
Das Orações ao Pé do Altar até o Credo Do Ofertório até o Ültimo Evangelho

ESSA É A MISSA DA PREPARAÇÃO: ESSA É A MISSA DA REALIZAÇÃO:


Baseada na prática da Sinagoga Baseada na celebração da Páscoa
Nela oferecemos orações e louvor a Deus e d’Ele Nela renovamos o sacrifício do Calvário e
recebemos instrução. recebemos Nosso Senhor em Comunhão.

Catecúmenos (aqueles que estão sendo instruídos Apenas os batizados são admitidos
na fé), são bem-vindos a esta parte da Missa à Missa dos Fiéis

xiv
TODA ORAÇAO TEM DUAS PARTES
NOS DAMOS A DEUS DEUS NOS DA

a:
o ra ç ão é o m eio pelo qual m a vez que te n h a m o s c o m ­
n o s co m u n icam o s com D eus. p letad o essa obrigação, p e d i­
-C o m o em q u alq u er conversa, m o s h u m ild e m e n te a D eus
ela vai e volta en tre n ós e Ele. D eus nos ■ p elo que p recisam os. N osso S en h o r
crio u p a ra conhecê-Lo, am á-L o e ser- n o s d e u o m o d e lo ideal p a ra essa c o n ­
vi-Lo, e a m e lh o r fo rm a de fazer isso é v ersa n o Pai N osso. E m cad a u m a das
oferecen d o -L h e a glória que Lhe é devida. orações d a M issa, e n c o n tra m o s esse m o ­
v im e n to p a ra o alto e p a ra baixo.

A ESTRUTURA D A MISSA SEGUE ESSE M ESM O M O V IM E N T O PARA O ALTO E PARA BAIXO,


C O M O OS A R C O S D E U M A CATEDRAL;

d am o sad eü s
MEIO DECRISl!

XV
o QUE FAZ ESSA MISSA SER DIFFERENTE?
P ara q u e m n ã o te m fam ilia rid a d e co m a M issa T rid en tin a, é ú til e n te n d e r estas diferenças.
■K
P O R Q U E A M IS S A É R E Z A D A E M L A T IM ?

m a io r p a rte d a M issa é em latim , m as h á ta m b é m elem en to s em grego (o Kyrie) e

A h eb raico (as palav ras Amém, Aleluia, Hosana, e Sabaoth). L em bre q u e essas são as três línguas
u sa d a s n a in scrição d a C ru z. Ao u sar o latim , estabelecem os c o n tin u id a d e co m u m a lín g u a
q u e o p ró p rio C risto co n h eceu , e estab elecem os u n id a d e n a litu rg ia - in d e p e n d e n te m en te de tem p o
e lugar. O la tim ta m b é m é u m a lín g u a b ela e b e m o rd e n a d a , m as o que o to rn a id eal p a ra a M issa é o
fato d e q u e ele não é mais uma língua viva sujeita a mudanças ãe significado.

“Pilatos redigiu u m título, que m a n d o u colocar sobre a cruz.


Estava escrito nele: Jesus N azareno, Rei dos Judeus. M uitos
Judeus leram este título, p o rq u e se achava p erto da cidade o
lugar onde foi crucificado. E stava redigido em hebraico,
em la tim e em grego”. (jo 19,19-20)

P O R Q U E O SA C ER D O TE N Ã O ESTÁ V O LTA D O PARA O PO V O ?

a M issa, o sacerd o te serve in p e rso n a C h risti - n a pesso a

-ê N de C risto - e nesse p ap el ele ren o v a o sacrifício d o C alvário.


Ele in terce d e p o r nó s ju n to a D eus, e é n a tu ra l que ele se volte
p a ra a m e sm a d ireção p a ra a q u a l nó s estam o s voltados; e m d ireção a
D eu s, a q u e m se d irig em nossas orações. Q u a n d o o sacerd o te se dirige
d ire ta m e n te a nós, ou q u a n d o deseja especialm ente que n o s ju n te m o s a
ele e m o ração, ele se volta b rev em en te em direção a n ó s, m a s n o te que,
cad a vez q u e o faz, ele primeiro beija o altar, como se se desculpasse antes
de virar as costas para Nosso Senhor.
P O R Q U E T A N T O S IL Ê N C IO ?
A C O N G R E G A Ç Ã O N Ã O D E V E R IA PARTICIPA R?

esde as é p o ca s m a is an tigas, o h o m e m associa

D silên cio a p ro fu n d a re v e rê n cia . A ssim , p a re c e a p ro ­


p ria d o q u e as p a rte s m ais so len es d a M isssa sejam
re z a d a s sile n c io sa m e n te . É p o r essa m e sm a raz ão q u e o acólito
está lá p a ra d iz e r as re sp o sta s em n o sso lugar, d e m a n e ira que
p o ssa m o s a p ro v e ita r o silên cio p a ra u n ir-n o s to ta lm e n te c o m o
sacrifício n o altar.

“P orém o S en h o r está n o seu santo tem plo: cale-se to d a a te rra d iante dele.’
(Hb 2, 20)

P O R Q U E O C A L E N D Á R IO D E FESTAS É D IFE R E N T E ?

esd e q u e a M issa T rid e n tin a foi su plantada pela

D M issa d e Paulo V I (agora co n h ecid a com o Forma Ordiná­


ria) em 1969, a m aio r p a rte das p aró q u ias que oferecem
a M issa L atina usa ó M issal de 1962, o que significa que tam b ém
celebra as festas do ano litúrgico de acordo co m o calendário de
1962. Veja a p. xviii p a ra u m a expHcação m ais com pleta.

xvi
FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA TRIDENTINA
Há distintas formas de celebrar a Missa, que diferem sobretudo quanto ao grau de elaboração das cerimônias
utilizadas. Se você é novo na Missa Tradicional, a Missa Rezada será mais fácü de acompanhar, pois a música
da Missa Cantada pode dificultar a percepção das indicações do que está acontecendo no altar.

M issa Solemnis M issa C antata M issa Lecta


M is sa S o l e n e M is sa C a n t a d a M is s a R e z a d a

O Celebrante é assistido por O Celebrante é assistido por acó- • O Celebrante é assistido apenas
um diácono e um subdiácono. itos, e não por um diácono e um oor um acólito.
Quase todas as partes da Missa subdiácono. • Nenhuma parte da Missa é
ditas em voz alta são cantadas. Quase todas as partes da Missa cantada, mas podem ser cantados
Todas as partes com canto são ditas em voz alta são cantadas. linos enquanto o Padre entra
cantadas pelo coro. Todas as partes com canto são can­ e sai do Presbitério e durante o
Incenso é usado. tadas pelo coro ou por um cantor. Ofertório e a Comunhão.
Acendem-se seis ou mais velas. Incenso pode ser usado. • Incenso não é usado.
Acendem-se seis ou mais velas. • Acendem-se apenas duas velas.

Há ainda a M issa Cantada Poktifical, que é uma Missa Solene,


Se for o Bispo local, com jiirisidição sobre â paroquia, uma sétima é ;

A MÚSICA NA MISSA TRIDENTINA


m a d a s mais evidentes diferenças entre essas formas da Missa é a música. Enquanto há

U pouca ou nenhuma música na Missa Rezada, há partes da Missa Cantada que devem ser
cantadas por um cantor e/ou coro. Essas partes são de dois tipos: o Ordinário e o Próprio,
Como sugerem os nomes, as partes do Ordinário são sempre as mesmas, enquanto o Próprio muda
de acordo com a Festa celebrada.
As partes do Ordinário são: As partes do Próprio são:
Kyrie • Asperges me ou Vidi Aquam
Gloria (somente aos domingos)
>Credo (omitido na maioria • Intróito
dos dias da semana) • Gradual
• Sanctus e Benedictus • Aleluia ou Tracto
• Agnus Dei • Seqüência (em certas festas)
Muitos compositores escreveram “Missas’ • Antífona de Ofertório
para a Igreja. Normalmente, essas compo­ • Antífona de Comunhão
sições incluem apenas essas cinco partes.

xvn
o CALENDÁRIO DA IGREJA
FESTAS M Ó V E I S
DOMINGO DEPOIS DA CIRCUNCISÃO DO SENHOR 4° DOMINGO ANTES DO NATAi.

Dias de
Dreceito são
marcados com m g§
este símbolo: ^ I l i i t Bi
P R I N C I P A I S DI AS S A N T O S FI XOS

A
Páscoa é o centro do calendário litúrgico. Desde os primórdios da Igreja, a gloriosa
ressurreição de Nosso Senhor dos mortos é considerada como a mais importante de todas
as festas. A Sua ressurreição no primeiro dia da semana é a razão pela qual nós cristãos
observamos o dia de culto e descanso {Shubatt) no Domingo, e não no sábado, o sétimo dia.
Mas enquanto a celebração do Natal é fixa no dia 25 de dezembro, o costume da Igreja antiga era o
de comemorar a Ressurreição de Cristo dois dias depois da Páscoa judaica, cuja data era definida
de acordo com o calendário lunar. Isso significa que a festa nem sempre caía em um domingo. Foi
então estabelecido (muito provavelmente no Concilio de Nicéia) que a Páscoa deveria ser celebrada
no domingo seguinte à primeira lua cheia do equinócio de primavera do hemisfério norte. A partir
dessa data, calculamos então as demais festas, desde a Septuagésima em fevereiro até a Festa do
Sagrado Coração em junho. Essas festas sem data fixa são chamadas de festas móveis,
Mas nem todas as festas são determinadas pela data da Páscoa A comemoração dos Santos ocorre
tradicionalmente na data de sua morte - seu 'nascimento para o céu”. No entanto, o número de
festas observadas e a data em que é conveniente celebrá-las está sob a autoridade da Igreja, e ela
ocasionalmente as modifica,
Como a Missa Tridentina caiu em desuso na maior parte das paróquias quando a Missa de Paulo VI m
foi introduzida, em 1969, os missais publicados desde então contêm apenas a Missa nova. Assim, até o
momento em que a Igreja decida atualizar o Missal Tridentino para refletir as mudanças de calendario
ocorridas desde então, aqueles que celebram a Missa Tridentina continuarão a seguir o calendário
como consta do Missal de 1962 (ou, em alguns casos, de missal ainda mais antigo). É por essa razão
que os nomes e datas de algumas festas no calendário acima podem parecer~lhe desconhecidos.

xvni
OS TEMPOS LITÚRGICOS
N R _ iy g
k^^vvxxxxxxxxxxxvc^

E
sta ilustração mostra as três festas principais do ano eclesiástico: o Natal, a Páscoa, e
Pentecostes. Cada uma dessas festas possui um tempo anterior de preparação e um tempo
posterior de comemoração, formando os seis tempos do ano eclesiástico: Advento, Tempo
do Natal, Septuagésima, Quaresma, Tempo da Páscoa, e Tempo depois de Pentecostes.

O ano eclesiástico começa com o primeiro do­ A Quaresma (do latim Quadragésima) é o tempo
mingo do Advento. O Advento é um tempo de peni­ de penitência em preparação para a Páscoa que
tência, semelhante à Quaresma, durante o qual nos começa na Quarta-Feira de Cinzas. Esse período de
preparamos para o Natal. As suas quatro semanas 40 dias, que representa a vida pública e o sofrimento
representam os 4000 anos de espera pelo Messias de Nosso Senhor, dura na verdade 46 dias, porque
prometido. não contamos os seis domingos como dias de jejum
e penitência.
O Tempo do Natal é o período de celebração de­
pois do dia de Natal. Ele inclui a Circuncisão, a Epi- As últimas duas semanas da Quaresma são o
;'ania, e a Festa da Sagrada Família, e termina 40 dias Tempo da Paixão e a Semana Santa, durante as
depois do Natal com a Festa da Purificação de Nossa quais seguimos de perto os eventos que levaram à
Senhora (também conhecida como Festa das Can­ morte de Nosso Senhor.
deias ou Candelária). Esse período representa a ju­ O Tempo da Páscoa é o período de júbilo depois da
ventude e a vida oculta de Nosso Senhor em Nazaré. Páscoa. Os primeiros 40 dias representam o período
Septuagésima é o período de duas semanas e que Nosso Senhor passou com Seus discípulos antes
meia de sobriedade que separam a alegria do Tem- de Sua Ascensão ao Céu. Os dez dias seguintes são a
?o do Natal da penitência da Quaresma. Na Igreja preparação para Pentecostes.
antiga, muitos começavam o jejum 70 dias antes da O Tempo depois de Pentecostes é o mais longo,
Páscoa, em memória dos 70 anos do exílio babilô- estendendo-se desde o Domingo da Santíssima
nico. Os domingos da Septuagésima, Sexagésima Trindade (o domingo depois de Pentecostes) até o
e Qüinquagésima representam esses dias extras de Advento. Esse período representa o tempo em que
jejum voluntário. esperamos pelo Juízo Final.

XIX
AS CORES LITÚRGICAS
C a d a u m d os te m p o s litú rg ico s com suas festas especiais está associado a u m a de cinco cores.
Essas cores d eriv am d as cores tra d ic io n a is usadas pelos sacerdotes ju d e u s n o Tem plo, e cada
u m a te m seu p ró p rio se n tid o sim bólico, com o se vê abaixo:

I$

BRANCO VERMELHO VERDE ROXO PRETO


Pureza Amor/Sofrimento Esperança Penitência Pesar
Usado em festas Usado em festas Usado nos dias em Usado nos tempos Usado na Sexta-
de Nosso Senhor, do Espírito Santo, que nenhum a outra de penitência, Feira da Paixão e
Nossa Senhora, e de do Preciosíssimo cor é prescrita. especialmente nas Missas de Fiéis
santos que não sejam Sangue, e de mártires. no Advento e na Defuntos.
mártires. Quaresma.

E 1 xistem algumas exceções ao uso dessas cores:


O prateado pode ser usado em vez de branco;
J • O dourado pode ser usado em vez de vermelho, branco ou verde; e
• O roxo pode ser clareado para rosa no Domingo Gaudete, no
Advento, e no Domingo Laetare, na Quaresma.

Devem ser feitos na cor prescrita:

• O frontal (ou antipendium, o tecido que pende em frente ao altar);


• o véu do tabernáculo;
• o véu do cálice e a bolsa do corporal; e
• todos os paramentos que não sejam de linho branco, incluindo a casula,
estola, manipulo, o pluvial (capa de asperges), o véu umeral e outros
usados pelo diácono e subdiácono na Missa Solene (v. p. seguinte).
os MINISTROS SAGRADOS NA MISSA
Há muita gente no altar em uma Missa Solene. Embora possam ser todos sacerdotes,
há uma hierarquia entre eles, e seus paramentos e acessórios podem ajudar a
identificar o seu papel na liturgia.
CELEBRANTE DIÁCONO SUBDIÁCONO ACÓLITOS

O celebrante celebra A dalm ática usada pelo diácono e a túnica usada Várias outras
a Missa Solene e age pelo subdiácono são muito parecidas, às vezes funções, incluindo
in persona ChristU até a mesma, mas o diácono assiste o celebrante, o cerimoniário, o
vestindo a casula^ enquanto o subdiácono assiste o diácono. Além turiferário, serventes e
paramento que disso, o diácono canta o Evangelho e o subdiácono o ceroferário vestem a
simboliza o jugo canta a Epístola. batina e a sobrepeliz.
de Cristo.

CELEBRANTE OU BISPO O CERIMONIÁRIO


PADRE ASSISTENTE
? n tre o s minis­
tros que usam
batina é sobrepeliz,
há um que orquestra
os movimentos dos
demais, o cerimoniá-
rio. Sua função é co­
nhecer bem a Missa
e assegurar que to­
dos os participantes
desempeíihem seus
papéis correta e har-
monicamente. Como
essa função requer
um conhecimento ín­
timo da Missa, ela é
Antes de começar a Missa, durante o Sabemos que o celebrante frequentemente de­
Asperges, o celebrante traja op/wv/aZ. é um bispo por sua sempenhada por um
Depois, ele o substitui pela casula para m itra e báculo. Ele usa a sacerdote, mas pode ser
começar a Missa. Nas Vésperas ou em dalm ática e a casula para desempenhada por
grandes festas, pode-se ter de quatro a seis exibir a plenitude de seu leigo.
assistentes usando o pluvial. sacerdócio.

W1
os PARAMENTOS DO SACERDOTE
Ao preparar-se para a Missa, o sacerdote é como um soldado de Cristo trajando sua armadura para a
batalha. Ele recita uma oração especial ao vestir cada paramento sagrado.

“Colocai, Senhor, “Revesti-me, Senhor,


na minha cabeça o com a túnica da
eltno da salvação, pureza e limpai o
para que possa meu coração, para
repelir os golpes de que, banhado no
Satanas Sangue do Cordeiro,
mereça gozar das
O amito é um retângulo de linho alegrias eternas.”
fino. O sacerdote coloca-o sobre a
cabeça e deixa-o repousar sobre seus A alva é uma larga túnica
ombros. Originalmente, tratava-se de uma de linho que chega até os pés e cobre todo o corpo.
cobertura para a cabeça e o pescoço, usada como Ela simboliza a pureza da alma cristã, tendo sido
um capuz. embranquecida no sangue do Cordeiro (Ap 7,14).

Cingi-me, Senhor, “Fazei, Senhor, que


com 0 cíngulo da mereça trazer o
pureza e extingui manipulo do pranto
nos meus rins o fogo e da dor, para que
da paixão, para que receba com alegria a
resida em mim a recompensa do meu
virtude da continência trabalho.”
e da castidade.” O manipulo é uma faixa de seda
usada no braço esquerdo.
Originalmente, era uma pequena
toalha ou lenço usado sobre o
o cíngulo é um cordão de linho braço, como a que usaria um serviçal. É um símbolo
apertado na altura da cintura para da servidão e dos cuidados deste mundo, e representa
ajustar a alva. É um símbolo da castidade. a Paixão de Nosso Senhor.

Cf
“Restitui-me, Senhor, a Senhor, que
estola da imortalidade dissestes: O
que perdi na prevaricação meu jugo é
do primeiro pai, e, ainda suave e o meu
que não seja digno de peso é leve,
me aheirar dos Vossos fazei que o
sagrados mistérios, fazei suporte de
que mereça alcançar as maneira a
alegrias eternas.” alcançar a
Vossa graça. Amém.
A estola é xima longa faixa de
seda, de mesma cor e iargura que o Casula significa “casinha”. É o principal paramento
manipulo, mas três vezes m^s longa. O sacerdote exterior do sacerdote, geralmente ornamentada com
usa-a em volta do pescoço e cruzada sobre o peito. uma grande cruz na parte de trás e às vezes também
Ela representa a imortalidade. na frente. Simboliza o jugo de Cristo.

X X ll
os PARAMENTOS ADICIONAIS
Ocasionalmente, pode-se ver o sacerdote trajando esses paramentos.

A batina é o vestimenta comum O sacerdote usa uma


de todos os clérigos. Geralmente vestimenta como essa
preta, ela significa que estão durante o Asperges
mortos para o mundo. No e a Bênção do
entanto, a cor depende da Santíssimo. Essa
ordem religiosa e da posição capa ondulante
na hierarquia da Igreja, chama-se pluvial
(ou capa de
Esta é uma casula asperges), e o
romanãy mais firme e grande lenço
menos ondulante do que a usado para segurar
casula gótica mostrada na o ostensório chama-
página anterior. se véu umeral.

Nós TAMBÉM NOS PREPARAMOS PARA A MISSA


ís o rei para ver estavam à mesa e viu lá
ffs ■
estava vestido com veste nupcial como ,1
a

amos muita atenção à nossa aparência em ocasiões importantes de nossa vida,

D especialmente em eventos como casamentos^ ou a visita de uma pessoa importante ou querida.


Quando Cristo, nosso Rei, vem a nós no Sacramento da Eucaristia, será que Ele nos encontrará
Drontos? Podemos preparar a nossa veste nupcial interior por meio do Sacramento da Penitência, mas
vamos honrá-Lo também usando uma veste nupcial exterior - isto é, roupa que seja ao mesmo tempo
modesta e digna. Eis aqui algumas regras básicas sobre como devemos nos vestir para a Missa:

A roupa deve cobrir até os joelhos, tanto de


pé quanto sentado;
Deve cobrir também, ao menos, os ombros e a parte de cima u a n d o pensatnos nas
do braço, de preferência até os cotovelos; coisas mais sm
Os decotes não devem ser cavados ou reveladores;
É costume que os homens mostrem respeito removendo
seus chapéus; assim, sua
cabeça deve estar véu; o tabernácuio é coberto
descoberta dentro por um véu^ e veladta €ra a Arca
da igreja; da Aliança. Em rCíSpeíto aos fiéis
As mulheres, defuntos, cobrioids o seu rosto;
por sua vez, no começo
cobrem a ocultos no ventre luie.
cabeça na Nossa Senhora, o vaso saí
igreja como
sinal de carne e
modéstia e nimca é vista
pureza. criou a
/■
0 sagrado
trazer vida nova ao

mú usaro veu iM

X X lll
I (á # > )

OS VASOS E OS PANOS SAGRADOS


Os vasos que contêm o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor são feitos sempre de metal precioso.
Da mesma forma> os panos e os paramentos do sacerdote são feitos de fino linho branco.
O linho significa o trabalho e a mortificação necessários à nossa purificação, pois as fibras dessa planta
têm de ser batidas, purificadas e descoradas para que fiquem brancas.
ãí i

.......... u,t>íu„wnuuutttíii}iíinii

,W\yAU\\\,VVUV\\VVittlUft«ÚWttl«UutV1íUttIíl}ÍÍÍB!ílHJÍÍ

O cálice é uma taça especial feita de 'Dobrado sobre o cálice há um pano A patena é um prato de ouro
metal precioso, recoberta de ouro de linho chamado purificador^ ou feito na medida para cobrir
puro. Como contém o vinho que sanguinho. O Padre usa este pano para o cálice. A hóstia repousa na
se tornará o sangue de Jesus, ele é enxugar sua boca e a borda do cálice patena até o Ofertório
o mais sagrado de todos os vasos. depois de beber o Precioso Sangue.

A pala é um quadrado de linho, engomado rigidamente, O véu do cálice é um pano quadrado feito do
usado para cobrir o cálice de modo a evitar que nele mesmo tecido dos paramentos do Padre. Ele
caia pó ou outra matéria. recobre os vasos sagrados até o Ofertório e
depois das Abluções.

O corporal é o mais importante dos panos sagrados,


pois o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor repousam O corporal é dobrado em três a partir dos lados
sobre ele> e quaisquer partículas são guardadas e guardado dentro de uma bolsa quadrangular
seguramente nele para que sejam depois purificadas. É chamado bolsa de corporal, que é colocada
um tecido quadrangular de linho fino, com uma cruz sobre os vasos, como mostrado na figura acima.
bordada ao centro na parte dianteira.

XXIV
OUTROS TIPOS DE VASOS SAGRADOS
O cálice e a patena são os vasos mais importantes,
mas há vários outros que são necessários à Missa e à Benção do Santíssimo.

O cihório ou àmhula é semelhante ao cálice As galhetas são guardadas sobre uma bandeja
e feito dos mesmos materiais, mas possui especial na credência ao lado esquerdo do altar
uma tampa. Ele contém as hóstias que serão (o lado da Epístola). Elas contêm a água e o
distribuídas aos fiéis, ou as hóstias extras que vinho usados na Consagração, no Lavabo e nas
serão guardadas no tabernáculo. Abluções.

O relicário é um vaso, ricamente


ornamentado, usado para expor
as relíquias de um santo. Pode ser
encontrado na decoração do altar.

A caldeirinha contém água benta, e o hissope é


o bastão que o sacerdote usa no rito de aspersão
(o Asperges) no início da Missa.

O turíbulo ou incensório é o vaso especial para a O ostensório ou custódia é semelhante ao


queima do incenso. Ele é balançado de um lado relicário, mas sua finalidade é expor a Hóstia
a outro por uma corrente para espalhar a fumaça consagrada. A Hóstia é colocada em um pequeno
aromática. A seu lado está a naveta, onde é suporte, em forma de meia-lua, chamado luna
guardado o incenso. ou luneta, que por sua vez é colocada dentro da
abertura de vidro do ostensório.

XXV
o ALTAR E SEUS ORNAMENTOS
A palavra altar vem do Latim altuSy alto', e a base ou supedâneo, na qual se assenta o altar,
geralmente se eleva acima do piso por três degraus, representando as
virtudes da Fé, da Esperança, e da Caridade.^

s ão OS seguintes os requisitos para que um altar


possa ser usado para o Santo Sacrifício da Missa:

1. Deve ser consagrado com uma pedra d'ara no


centro, contendo as relíquias de santos mártires;
2. A mensa ou topo do altar deve ser coberta com
três toalhas de altar;
3. Deve ter um crucifixo;
4. Deve ter pelo menos duas velas.
Sobre um pano de linho encerado, que se
ajusta exatamente no topo do altar, são
colocadas as três toalhas de altar:
1. Duas de linho do mesmo tamanho do
pano encerado; e
2. Por cima de todas, vai uma toalha
da mesma largura do altar, feita de
linho fino, mas que se estende em
comprimento até supedâneo nas
laterais do altar.

ém desses requisitos, a
maioria dos altares permanentes
traz também:

a O tabernáculo ou sacrário localiza-se no ^ Uma sineta é mantida na credencia


centro do altar. Neste precioso lar, as Hóstias e trazida ao pé do altar para ser locada;
consagradas são mantidas guardadas a chave. pelo acólito na Consagração e em outros
Ele é geralmente coberto com um véu, branco momentos cruciais da Missa.
ou da mesma cor dos paramentos. Este altar tem duas banquetas: a mais
baixa abriga as duas velas que são acesas para;
Três sacras ou cartões de altar. Uma maior,
a Missa Rezada; a de cima, as seis velas acesas
no centro, contém o Gloria^ o Munda cor meum,
para a
0 CredOy as Orações do Ofertório, e as palavras
da Consagração, e as duas, menores localizam-se fj Alguns altares apresentam um baldaquino.
O ostensório pode ser colocado neste loca!
uma do lado da Epístola, contendo as orações do
para exposição do Santíssimo Sacramento
Lavabo e da mistura da água e vinho, e outra do
durante a Bênção.
lado do Evangelho, contendo o Último Evangelho.
A lâmpada do santuário, que contém
- O M issal contém todas as orações da azeite de oliva puro, é mantida sempre acesa
Missa, tanto do Ordinário quanto do Próprio. próxima ao altar para lembrar-nos
Cristo está presente no Tabernáculo.

Outras coisas que podem ser encontradas em um altar e que não são mostradas aqui:
« Um pano pode pender em frente ao altan É • Flores, estátuas, relicários, e y à m adicicmal
chamado fron tal (ou antepêndio) e segue a podem ser usadas para tornar o altar ainda
cor dos paramentos. mais belo para Nosso Senhor.

XXVI
DE QUE LADO?
N a M issa, C risto é sacerd o te e vítim a, e este é o altar do Seu sacrifício. A m a io r p a rte d a M issa é
rezad a n o c e n tro d o altar, o n d e a está a sacra p rin cip a l, que tra z b o a p a rte do O rd in ário . N o en tan to ,
c h am am o s o lado à Sua d ire ita de “lad o direito,” e aquele à Sua esq u erd a, de “lado esquerdo”.

O la d o d ire ito é O lado esquerdo é


c h a m a d o de ch am ado de
LADO D O EVANGELHO LADO DA EPÍSTOLA

la d o d ire ito é lad o esq u erd o

O o lugar de h o n ­
ra: é o assen ­
to que C risto o c u p a ao
lado de seu Pai n o Céu.
O é onde ocorre a
m aior parte da
M issa dos C atecúm enos,
durante a qual nos p re­
É deste lado q u e p ro cla­ param os para a vinda de
m am o s sua Palavra n o N osso Senhor, ouvindo os
Evangelho, n a rra n d o a
Seus servos n a Epístola
realização d a p rom essa
e nos Salmos do Velho
da Salvação. O M issal
Testamento. M ovem o-nos
p erm an ece deste lado
então para o lado do Evan­
d u ran te to d a a M issa dos
Fiéis, até depois d a C o ­ gelho no altar, para ouvir a
m u n h ão , q u a n d o re to r­ palavra do próprio Deus.
n a ao lado d a Epístola. As p artes d a M issa que
envolvem água (o Lavabo,
a m istu ra de água e vinho,
“D isse o S e n h o r ao m e u e as abluções) o co rrem
S enhor: ‘S en ta-te à todas do lado esquerdo
m in h a direita, até q u e do altar, on d e está a sacra
p o n h a os teu s in im ig o s com as orações corres­
p o r escabelo d e teus pondentes.
pés”! (Salm o 109)

EM VERMELHO
As ru b ric a s d e te rm in a m co m o a M issa é rezad a e no s aju d a m a e n te n d e r o que está acontecendo.

e rc e b e -s e , o lh a n d o q u a lq u e r M is­

P sal, q u e o tex to d a C e rim ô n ia está em


p re to , m a s h á ta m b é m in s tru ç õ e s em
v e rm e lh o , c h a m a d a ru b ric a s. E sse n o m e v em
d o la tim rubrica, o giz v e rm e lh o u sa d o p a ra
E 1 sses sím b o lo s em v er­
m elh o são en co n trad o s
i&vcí to d o M issal. E ssa letra
V u m p o u c o e stra n h a significa
versículo e o R, resposta. Juntos, eles fo r­
g rafar os títu lo s d a lei ro m a n a so b re os m o ­
n u m e n to s. C o m o te m p o , esse te rm o to rn o u - m a m u m tip o de oração c h a m a d a respon-
se sin ô n im o d a p ró p ria lei, e a Ig reja a d o to u sório, geralm en te re tira d a dos Salm os. O
o c o stu m e de ta m b é m e screv er as suas leis verso é dito pelo líd e r - o m ais das vezes
litú rg ic a s e m v erm elh o . o sacerdote, ao q u al a congrega-
As ru b ricas, p o rta n to , são reg ras q u e g o ­ I * ção re sp o n d e (rep re se n tad a pelo
v e rn a m to d a s as ações n o culto público, d e s­ acólito). Veja a p. 67 p a ra m ais
de a h o ra, local e fo rm a de u m a d e te rm in a d a I in fo rm ação so b re resp o n só rio s.
c e rim ô n ia até as ações d a p ró p ria cerim ô n ia.
____________________________

xxvn
CORPO E ALMA: O JEJUM EUCARÍSTICO

A
o nos aproximarmos

E
do início da nquanto isso, preparamos o nosso corpo
Missa, devemos fazer uma pausa para oara o Sacramento por meio do jejum
considerar a grandeza do Sacramento no eucarístico. Com a disciplina de negar
qual estamos prestes a participar. Não devemos nosso corpo, mostramos nossa humildade e nossa
receber levianamente o grande dom da Eucaristia, fome espiritual do que vamos receber. Até 1964, o
para não arriscarmos perder as graças que jejum começava à meia-noite da noite anterior ao
receberemos por estar bem preparados. Podemos recebimento da Comunhão. No entanto, na maior
nos preparar espiritualmente afastando nossas parte das localidades, hoje o jejum está reduzido a
preocupações e distrações, e voltando nossa uma hora. Durante esse período, podemos beber
atenção a Ele que estaremos logo vendo sobre o água, mas não tomar nenhum alimento sólido ou
altar, Você pode preparar-se rezando uma das líquido. Os doentes, anciãos, gestantes, e mães que
orações encontradas ao final deste livro. amamentam estão dispensados dessa exigência.

PREPARANDO-NOS PARA A MISSA


O Asperges é cantado, aos domingos, durante a aspersão de água benta em preparação
para a Missa Solene ou a Missa Cantada.t Se você está assistindo a uma Missa Rezada,
pule a página seguinte e vá direto à p. 2.
t O Asperges é cantado sempre antes da Missa principal do domingo.
Como a Missa Tradicional raramente é celebrada mais de uma vez no domingo em cada paróquia, em algumas
paróquias ele é usado somente em circunstâncias especiais, Se você tem a bênção de freqüentar uma paróquia
onde ele é usado regularmente, esta página é para você!

Ao entrar na Igreja, devemos nos | Para recebermos a Comunhão dig­ A melhor forma de nos unirmos ao
benzer com água benta, um sacra- I namente, devemos estar em estado oferecimento do Santo Sacrifício
mental que limpa nossos pecados I de graça. A melhor forma de termo da Missa é seguindo as orações
veniais pela contrição que desperta I certeza disso é recorrermos regular­ no MissaL No entanto, isso não é
em nós, como nas palavras da antí- | mente ao sacramento da Penitência. obrigatório: desde que assistamos
fona Asperges me, A água benta tam- I Embora pecados veniais não nos à Missa com reverência, atenção, e
bém nos lembra do que fomos liber- | impeçam de receber a Comunhão, devoção, estamos livres para rezar
tos da escravidão do pecado pelas I cometemos sacrilégio se consciente­ da forma que mais nos ajude.
águas do batismo. mente recebermos Nosso Senhor es­
tando em estado de pecado mortal.

xxvni
o ASPERGES E O VIDI AQUAM de PÉ^
Em Missas Solenes e Missas Cantadas
O celebrante asperge os fiéis antes da Missa
enquanto se canta a seguinte Antífona:

S P É R G E S me, Dómine, hyssópo, et mundábor:


Asperge-me Senhor, com o hissope e ficarei limpo.f
lavábis me, et super nivem dealbábor.
lavai - me e mais do que a neve alvo ficarei.

Ps. 50: Miserére mei. Deus,


Tende piedade de mim, ó Deus,
secúndum magnam misericórdiam tuam.
pela grande misericórdia vossa.

Y. Glória Patri et Filio et Spirítui Sancto.


Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.
R Sicut erat in princípio et nunc et semper.
Assim como era no principio, e agora e sempre:
et in saécula saeculórum. Amen.
epor todos os séculos dos séculos. Amém.

A n t : A sp érg es m e ...(c o m o acim a)

V. Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam.


Mostrai-nos, Senhor, a misericórdia Vossa.
R Et salutáre tuum da nobis. O ASPERGES E O VIDI AQUAM
E a salvação Vossa dai-nós.
S P E R G i-M E , Senhor, co m o hisso p e e ficarei
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
Senhor, escutai
R Et clamor meus ad te véniat.
a oração minha. A
neve.
lim po; lavai-m e e ficarei m ais alvo do que a

E 0 clamor meu até Vós suba.


W. Dóminus vobíscum. Sl. 50: C o m p ad ecei-v o s de m im , ó D eus, pela
o Senhor [seja] convosco. V ossa g ran d e m isericórdia.
R Et cum spíritu tuo. V G lória ao Pai e ao F ilho e ao E spírito Santo.
E com 0 espírito Vosso.
R A ssim co m o era n o p rin cíp io , agora e sem pre,
O rém u s :
Oremos: e p o r to d o s os séculos dos séculos. A m ém .

Exáudi nos, Dómine sancte, Pater omnípotens, aetérne Deus, A n t : Aspergi-m e...(com o acima)
Escutai-nos, Senhor, santo Pai onipotente eterno Deus:
V M o strai-n o s, Senhor, a vossa m isericórdia.
et mittere dignéris sanctum Angelum tuum de coelis,
e enviar dignai-Vos o santo Anjo Vosso do céu, R D ai-n o s, Senhor, a vossa Salvação.
qui custódiat, fóveat, prótegat, vísitet atque deféndat V E scutai, Senhor, a m in h a oração.
que guarde, sustente, proteja, visite e defenda R Até Vós su b a o m e u clam or.
omnes habitántes in hoc habitáculo. V O S en h o r seja convosco.
todos os habitantes nesta habitação.
R E ta m b é m co m o te u espírito.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen.
Por Cristo Senhor nosso. Amém. O rem os:
Da Páscoa até Pentecostes, em vez do Asperges me, canta-se a antífona O u v i-n o s, Senhor, Pai santo, D eus o n ip o te n te
seguinte, acrescentando-se Aleluias ao Ostende Nobis e seu E t Salutare. e eterno, e dignai-V os enviar do céu o vosso
ViDi A Q U A M e g re d ié n te m d e te m p lo a látere d ex tro , san to A njo, que guarde, sustente, proteja, visite
Vi água que saía do templo do lado direito,
e d efenda to d o s os que se e n c o n tra m n esta
allelúia; et omnes ad quos pervénit aqua ista m o rad a . P o r Jesus C risto S en h o r N osso.
aleluia e todos a quem chegou a água esta
salvi facti sunt et dicent; allelúia, allelúia.
salvos foram e dizem: aleluia, aleluia.
Vi sair água do lad o d ireito do Tem plo,
jLPs. 117: Confitémini Dómino, quóniam bonus:
í. Bendizei ao Senhor, porque [é] bom
aleluia; e to d o s aqueles a q u e m chegou esta
água foram salvos e dizem : aleluia, aleluia.
W quóniam in seèculum misericórdia ejus.
Al porque eterna [é] a misericórdia dele.
Sl. 117: B endizei ao Senhor, p o rq u e é b o m , e
Glória Patri... e te rn a a sua m isericó rd ia.
'V. Ostende nobis... {como acima, com Aleluia.) G loria ao Pai...

''Como não há rubricas para osfiéis no Missal, a postura depende do costume de cada lugar, podendo V M ostrai-nos... {como acima, com Aleluia.)
haver variações - NT.
r A tradução do ordinário apresentada aqui é literal e tem apenas o propósito de permitir ao leitor identi­
ficar 0 sentido de cada palavra isolada, e não o da frase completa. Para uma tradução litúrgica, veja o 1
texto á direita da página - NT.
O Intróito começa a
M ISSA D O S C A T E C U M E N O S ser cantado assim que
o Padre chega ao pé do altar,
Ao to q u e d o sino, ficam os de pé, em sin al de reverência, e n q u a n to o C elebrante
seguido pelo Kyrie.
a d e n tra o presb itério . D ep o is de e ste n d e r o c o rp o ra l sobre o altar e d isp o r os vasos
sagrados, ele re to rn a ao p é d o altar e co m eça a M issa c o m o sinal d a cruz.
cc Esta é um a antífona,

S
u b ire i ao a lta r de D e u s”. Q u e fo rm a excelente de com eçar a M issa! N o topo que será repetida ao
do m o n te M oriá, a m o n ta n h a santa em Jerusalém , ficava o Templo, no m esm o final do Salmo. Você
local o n d e A braão recebera o rd e m de sacrificar seu ú n ico filho. D iante do Templo, encontrará essa estrutura
o altar de holocaustos ard ia dia e noite, e som ente ali se p o d ia m oferecer sacrifícios novamente em muitas partes
a D eus. D iz-se que o au to r desse salm o foi u m levita que viveu no exílio, longe de da Missa. Mais informações
Jerusalém , e ele suspira de saudades. N o entan to , m esm o n a h o ra m ais difícil, ele coloca sobre antífonas e seu uso, nas
pp. 18 e 67.
sua confiança n o S en h o r e se apega à esperança de que sua oração logo será atendida.

Por causa da alegria expressa


OS SALM OS:
nesse Salmo, ele é omitido
U M A A N T IG A F O R M A D E O RAÇÃO nas Missas de Fiéis Defuntos
e durante o Tempo da Paixão
p a la v ra s a lm o v em

A
(do Domingo da Paixão até
do grego p salm oi, que Quinta-Feira Santa).
significa ‘m ú sic a de
h a rp a , m as a p a lav ra h eb ra ica
o rig in a l p a ra esses verso s sa g ra ­
dos é Tehillim, o u “lo u v o res”. D e
a c o rd o co m a trad ição , q u ase t o ­
das essas can çõ es de louvor, ação
de graças, e la m e n ta ç ã o fo ram
escritas p elo Rei D avi p a ra uso
n o s serviços do Tem plo. M as esse
h in á rio oficial do cu lto h e b re u A o a p ro x im a rm o -
ta m b é m resu m e, em fo rm a p o é ­ n o s d o altar p a ra a
tica, a to ta lid a d e d a fé de Israel. S anta M issa, devem os
P o r essa razão, ju d e u s devotos esfo rçar-nos p a ra
rezavam to d o o ciclo de 150 sa l­ se p a ra rm o -n o s do
m o s a c ad a sem ana, u m a tra d iç ã o m u n d o e d e suas
q u e c o n tin u o u n o O fício D iv in o , distrações.
a o ração oficial d a Igreja CatóU-
ca, q u e m ais ta rd e d e u o rig em às
q u in ze d ezenas do R osário.

O Q U E É UM L E V IT A ? Esta é a doxologia,
que dizemos ao final
aCÓ receb eu de D eu s o n o m e de Israel após lu ta r
Í co m o A n jo e vencê-lo. Seus doze filhos tiv eram
ta m b é m m u ito filhos, e deles d e sc e n d e ram as
D oze T ribos de Israel, cad a u m a n o m e a d a seg u n d o
do Salmo, antes de
repetir a antífona. Veja a p.
10 para aprender mais sobre
doxologias.
u m dos doze filhos.
O s d escen d en tes de Levi fo ram separad o s
das o u tra s tribos: eles n ã o p o d ia m p o ssu ir Agora a antífona é
te rras e, em vez disso, su sten tav am -se com repetida.
dízim os. E m c o n tra p a rtid a, d e se m p e n h a ­
vam certas fu n çõ es religiosas, com o can tar
A seguir vamos examinar a
os salm os n o s serviços do Tem plo, auxiliar nossa consciência e confessar
em sua m an u ten ção , o u serv ir com o p ro fes­ nossos pecados, e o Padre
sores e juizes. M oisés e A arão fo ram levitas, humildemente pede a Deus
m as so m en te A arão e seus d escen d en tes para nos assistir, usando uma
serv ira m co m o sacerdotes. pequena parte, ou versículo,
do Salmo 123.
D E JO E L H O S

Ao chegar ao pé do altar, o celebrante


inclina-se e fa z o sinal da cruz:

In nómine Patris, et Fílii, et Spíritus sancti. Amen.


Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo Amém.

Com as mãos unidas, ele começa a Antífona:


A n t: Introíbo ad altáre Dei.
Subirei ao altar de Deus.

O acólito responde:
R Ad Deum qui laetííicat juventútem meam.
Do Deus que alegra a juventude minha

SA L M O 4 2 : JU D I C A M E

Ú D IC A M E , Deus, Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.


Fazei-me justiça, ó Deus,
Amém.
et discérne causam meam de gente non sancta:
e discerni a causa minha de gente não santa: A n t : Subirei ao altar de Deus,
ab hómine iníquo et dolóso érue me. R do Deus que é a alegria da m inha juventude.
do homem iníquo e doloso livrai-me.
Bü Quia tu es. Deus, fortitúdo mea: quare me repulísti, S A L M O 4 2 : JU D I C A M E
Pois Vós sois, óDeus, a fortaleza minha: porque me repelistes,
azei-me justiça, ó Deus, e tomai a defesa da
et quare tristis incédo, dum aíHígit me inimícus ?
e por que triste ando eu, enquanto aflige- me 0 inimigo?
F m inha causa contra gente desapiedada, do
hom em iníquo e fraudulento livrai-me, Senhor.
W. Emítte lucem tuam, et veritátem tuam: R Pois Vós, ó Deus, sois a m inha fortaleza, por
Enviai a luz Vossa e a verdade Vossa:
que então me haveis repelido? Por que ando eu
ipsa me deduxérunt,
que] elas me guiem assim triste, oprim ido pelo inimigo?
et adduxérunt in montem sanctum tuum, Y. Enviai-me a vossa luz e a vossa verdade, que
e [me] conduzam ao monte santo Vosso, me guiem e me conduzam até à vossa m ontanha
et in tabernácula tua. santa, até à vossa morada.
e às tendas Vossas. R E, então, eu vou-me aproximar do altar de
Et introíbo ad altáre Dei: Deus, do Deus que é a alegria da m inha juventude.
E subirei ao altar de Deus Y. Eu Vos louvarei ao som da citara, Senhor, meu
ad Deum qui laetííicat juventútem meam. Deus. E tu, m inha alma, por que hás-de estar
do Deus que alegra ajuventude minha
triste e por que perturbar-te dentro de mim?
V. Coníitébor tibi in cíthara, Deus, Deus meus: R Espera em Deus, que um a vez mais o quero
Louvarei a Vós na citara. Deus, Deus meu:
enaltecer, a Ele, salvação m inha e meu Deus.
quare tristis es, ánima mea, et quare contúrbas me?
porque triste estás alma minha, e porque contúrbas a mim? V Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo.
R Spera in Deo, quóniam adhuc coníitébor illi: R Assim como era no princípio, agora e sempre,
Espera em Deus, que ainda louvarei a ele
e por todos os séculos dos séculos. Amém.
salutáre vultus mei, et Deus meus.
salvação da face minha e Deus meu. Ant: Vou-me aproximar do altar de Deus,
R do Deus que é a alegria da m inha juventude.
V. Glória Patri et Filio et Spirítui Sancto. V O nosso auxílio está no nome do Senhor.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.
R Que fez o céu e a terra.
R Sicut erat in princípio et nunc et semper.
Assim como era no principio, e agora, e sempre:
et in saécula saeculórum. Arnen.
e por todos os séculos dos séculos. Amém.
O celebrante repete a Antífona:

A n t: Introíbo ad altáre Dei.


Subirei ao altar de Deus
Ç; Ad Deum qui laetíficat juventútem meam.
Do Deus que alegra a juventude minha

Ele acrescenta, fazendo 0 sinal da cruz:

W. Adjutórium nostrum ^ in nómine Dómini.


A ajuda nossa [está] no nome do Senhor.
R Qui fecit cselum et terram.
Que fez 0 céu e a terra.
CONFESSAMOS OS NOSSOS PECADOS
Enquanto o sacerdote reza
o Confiteor é a fó rm u la tra d ic io n a l p a ra a confissão de no sso s pecad o s, rez ad a no essa oração, faça um a pausa
confessionário, n o O fício D iv in o e ta m b é m n a M issa. C o m o é u m sa c ra m e n ta l, para examinar sua consciên­
q u e m o reza p o d e o b te r o p e rd ã o d os p e c a d o s veniais, d esde que esteja cia. Você pode usar o exame
v e rd a d e iram e n te arre p e n d id o . de consciência na p. 88.

“Se dissermos que estamos


sem pecado, nós mesmos nos
enganamos...” (i joão 1,8)

risto n o s e n sin o u a

C im p o rtâ n c ia d a h u m ild a ­
de e d o reco n h ecim en to
de nossos p ecados n a p aráb o la
do fariseu e d o publicano. Se não
estam os arrep en d id o s. D eus não
n o s p o d e perdoar! Esse necessá­
rio arre p e n d im en to de nossos
pecados ch am a-se contrição, do
latim conterere, q u e b ra r’. U m a Veja como o sacerdote se
b o a m a n e ira de m o stra r n o s ­ curva enquanto reza o Confi­
sa co ntrição é b a te r n o peito, teor, como se estivesse carre­
com o que p a ra q u eb rar o nosso gando o grande peso de nos­
coração de p ed ra, que fre q ü e n ­ sos pecados em suas costas,
tem ente esquece de com o Ele assim como Nosso Senhor
sofreu p o r nós. no Jardim de Getsêmani.

A g o ra q u e você já
sabe co m o é p o d e ro sa
essa oração p a ra o b ter
o p e rd ã o d o s pecados,
ap re e n d a -a d e m e m ó ria
rnais a n tig o dos en sin a m e n to s dos

O
p a ra que p o ssa rezá-la
P rim e iro s P adres d a Igreja, c h a m a ­
ju n to co m o acólito.
do D id a q u ê o u In stru ç ã o do s D oze
Você faz u m exam e
A póstolos, enfatizava a im p o rtâ n c ia de co n fes­
de co n sciên cia diário
sa rm o s os n o sso s p ecad o s antes de p a rtic ip a r
d a E ucaristia: antes de ir d o rm ir?
“...M a s em todo dia do Senhor reúnam -se e P en team o s o cabelo,
p a rta m o pão, e dêem graças depois de haverem escovam os os dentes e
confessado as vossas transgressões, para que o lavam os no sso s corpos,
V0550 sacrifício seja p u ro ”. m as se você fizer desse
exam e u m h áb ito de
to d a s as noites, ele
aju d a rá a m a n te r a sua
alm a lim p a e facilitará a
o QUE É UM SAC R AM EN TA L? id a à C onfissão.
Um sacramental é um objeto, ora­
ção ou ação que pode trazer gra­
ças especiais - como a remissão
Esta é a culminação de todas
de pecados veniais - àqueles que o
as orações desta página; o
usam, mas somente em proporção à
sacerdote concede-nos uma
disposição do usuário. Exemplos de absolvição geral dos
sacramentais incluem água benta, pecados veniais, para
velas abençoadas, incenso, rosários, que possamos receber
escapulares, e medalhas, como a de Nosso Senhor com uma “veste
S. Bento ou a Medalha Milagrosa. nupcial” limpa (Mt. 22).
Unindo as mãos e profundamente inclinado, o celebrante confessa:
jO N FÍTEO R D e o o m n ip o té n ti,
Confesso a Deus onipotente,
Beátae M aríae sem per Vírgini,
à beata Maria sempre virgem,
B eáto M ichaéli A rchángelo, B eáto Jo án n i B aptístae,
ao beato Miguel Arcanjo, ao beato João Batista,
Sanctis A p óstolis P etro e t Paulo, o m n ib u s Sanctis,
aos santos apóstolos Pedro e Paulo, a todos os santos,
et vobis, fratres,
e a vós, irmãos,
q u ia peccávi n im is cogitatióne, verbo, et ópere:
que pequei muito por pensamento, palavra, e obra:
(bate-se três vezes no peito:)
m e a culpa, m e a culpa, m e a m á x im a culpa.
por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo p re c o r B eátam M a ría m se m p e r V írginem ,
Portanto rogo à beata Maria sempre virgem,
B eátum M ichaélem A rchángelum , B eátum Joánnem B aptístam , me confesso a Deus,
E
U, PEC A D O R,
ao beato Miguel Arcanjo, ao beato João Batista,
todo-poderoso
Sanctos A póstolos P e tru m et P aulum , à bem-aventurada sempre Virgem Maria,
aos santos Apóstolos Pedro e Paulo,
ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo,
o m n e s Sanctos, et vos, fratres,
a todos os santos, e a vós, irmãos, ao bem-aventurado São João Batista,
o rá re p ro m e ad D ó m in u m D e u m n o stru m . aos santos Apóstolos São Pedro e São Paulo,
[que] oreis por mim ao Senhor Deus nosso. a todos os Santos,
O acólito responde: e a vós padre,
R M ise re á tu r tu i o m n íp o te n s D eus, et d im íssis peccátis tuis, que pequei muitas vezes,
Tenha misericórdia de ti o onipotente Deus, e perdoe 05 pecados teus, por pensamentos, palavras e obras,
p e rd ú c a t te a d v ita m a etérn am . A m en . (bate-se três vezes no peito)
conduza- te à vida eterna. Amém.
por m inha culpa, m inha culpa,
Agora os acólitos inclinam-se e rezam:
m inha máxima culpa.
CONFÍTEOR D eo o m n ip o té n ti, Beátae M aríae se m p er V írgini, Portanto, rogo
Confesso a Deus onipotente, à beata Maria sempre virgem,
à bem-aventurada sempre Virgem Maria,
B eáto M ichaéli A rchángelo, B eáto Jo án n i B aptístae,
ao beato Miguel Arcanjo, ao beato João Batista, ao bem-aventurado São Miguel Arcanjo,
Sanctis A póstolis P etro et Paulo, o m n ib u s Sanctis, et tibi, pater, ao bem-aventurado São João Batista,
aos santos apóstolos Pedro e Paulo, a todos os santos, e a ti. Padre, aos santos Apóstolos São Pedro e São Paulo,
qu ia peccáv i n im is cogitatióne, v erbo, et ópere: a todos os Santos,
que pequei muito por pensamento, palavra, e obra: e a vós padre,
(bate-se três vezes no peito) que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
m e a culpa, m e a culpa, m e a m á x im a culpa.
por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
V Que o Deus onipotente se compadeça de vós,
Ideo p re c o r B eátam M a ría m se m p e r V írginem , perdoe os vossos pecados e vos conduza à vida
Portanto rogo á beata Maria sempre virgem,
eterna.
B eátum M ichaélem A rchángelum , B eátum Joánnem B aptístam ,
ao beato Miguel Arcanjo, ao beato João Batista, R Amém.
Sanctos A póstolos P e tru m et P au lu m ,
aos santos Apóstolos Pedro e Paulo, V Perdão, ^ absolvição e remissão dos nossos
o m n e s Sanctos, e t te, Pater, pecados conceda-nos o Senhor onipotente e
a todos os santos, e a ti. Padre, misericordioso.
o ráre p ro m e ad D ó m in u m D e u m n o stru m . R Amém.
[que] oreis por mim ao Senhor Deus nosso.
O celebrante então diz:
V M isereátu r v estri o m n íp o te n s D eus,
Tenha misericórdia de vós o onipotente Deus,
et d im íssis p eccátis vestris,
e perdoe os pecados vossos,
p e rd ú c a t vos ad v ita m a etérn am . R A m en.
e conduza- vos à vida eterna. Amém.
Fazendo 0 sinal da cruz, ele pronuncia a absolvição:
W. In d u lg én tiam , * a b so lu tió n em .
Perdão, absolvição,
et re m issíó n e m p e c c a tó ru m n o s tró ru m ,
e remissão dos pecados nossos
tríb u a t n o b is o m n íp o te n s et m isé ric o rs D ó m in u s. R A m en.
conceda- nos 0 onipotente e misericordioso Senhor Amém.
VO CÊ SA B IA ?
o SANTO DOS SANTOS
O Senhor seja convosco é
uma antiga saudação he­
“A conteceu que, logo que os sacerdotes saíram do santuário, um a braica (encontrada em
névoa encheu a casa do Senhor, e os sacerdotes não p o d iam ter-se em Rute 2, 4) que foi mais tar­
de adotada pelos Apósto­
pé n em fazer as funções do seu m inistério p o r causa da névoa: p orque los. Essa saudação é usada
com freqüência na Missa,
a glória do S enhor tin h a enchido a casa do Senhor.” (3 Reis 8, lO -ii)
logo antes de o sacerdote
nos convidar a rezar com
K X I I . d '- ! Ht; (JK ele usando a palavra Ore-
i\-ii i: r - r
. —
mus. Você sabe quantas
vezes isso ocorre durante a
Missa? Veja a resposta no
glossário, no verbete Do-
•■
, -r'
'

'
Á T R I O

Müt HÊRES
minus vobiscum.

Os primeiros dois
versículos e suas
D o S - 5" a " C t B O O. T respostas vêm do
Salmo 84, e o terceiro vem
ou ClIBÍ. do Salmo 101.

ATRI O DOS GENTI OS

O M onte do Templo em Jerusalém, havia vários átrios onde se

N reuniam os fiéis. O mais externo deles, o Átrio dos Gentios, era aberto
a todos. Depois vinha o Átrio das Mulheres, para além do qual elas não
podiam passar. Homens e meninos eram bem-vindos ao Átrio dos Israelitas,
mas apenas padres e levitas podiam entrar no Átrio dos Sacerdotes, mais
adiante, que abrangia o altar dos holocaustos e o Templo. O próprio Templo era
dividido por um véu, e embora fosse admitida a entrada dos sacerdotes na parte
principal, chamada o Santo, ninguém, exceto o sumo-sacerdote, podia passar
para além do véu para o Santo dos Santos, onde estava a Arca da Aliança - e, Ã medida que o celebrante
mesmo assim, apenas um a vez por ano, depois sobe os três degraus e
de um a preparação especial de seis dias. aproxima-se do altar, ele
Na Sexta-Feira da Paixão, na hora noa (que evoca mentalmente o
eqüivale a três da tarde para nós), quando Santo dos Santos.
Jesus morreu, o véu que separava o Santo dos
Santos do resto do templo foi rasgado em dois, “...vi debaixo do altar as
significando que a Nova Aliança no sangue de
almas dos que tinham sido
Jesus havia substituído a antiga. Daí em diante,
mortos por cansa da palavra
todos os que, pelo Batismo, foram lavados no
de Deus...”
sangue do sacrifício de Cristo podem entrar na
(Apocalipse 6,9)
presença de Deus e tornar-se, eles mesmos, o
“Santo dos Santos” ao recebê-Lo. O sacerdote beija o altar, no
centro, porque representa o
corpo de Jesus, que ele sa­
crificou por nós, e também
porque é ali que está a pedra
dara contendo as relíquias
dos santos, um dos quais, ao
menos, um mártir.

Esses colchetes
marcam um a parte
da Missa que só ocorre em
Missas Solenes.
Indinando-se, o celebrante diz:
'V. Deus, tu convérsus viviíicábis nos.
Õ Deus, Vós volvei para nós [e] vivificai-nos.
R Et plebs tua laetábitur in te.
E o povo Vosso alegrar-se-á em Vós.
y Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam.
Mostrai-nos, Senhor, a misericórdia Vossa.
R Et salutáre tuum da nobis.
E a salvaçao Vossa dai- nos
V Dómine, exáudi oratiónem meam.
Senhor, atende a oração minha
R Et clamor meus ad te véniat.
E o clamor meu a Vós chegue.
Y. Dóminus vobíscum
o Senhor [seja] convosco
R Et cum spíritu tuo.
E com o espírito teu.

Estendendo e juntando as mãos, o celebrante diz: Y. Ó Deus, volvei para nós e dai-nos a vida.
1O r é m u s : R E o vosso povo alegrar-se-á em Vós.
Oremos: Y. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.
R E concedei-nos a vossa salvação.
O C e le b r a n te sob e a o a l t a r Y. Atendei, Senhor, a m inha oração.
Subindo ao altar, o celebrante diz em secreta: R E chegue até Vós o m eu clamor.
UFER a nobis, quaésumus, Dómine, Y. O Senhor seja convosco.
Afastai de nós, pedimos, Senhor, R E tam bém com o teu espírito.
iniquitátes nostras: ut ad Sancta sanctórum
as imqüidades nossas: afim de no Santo dos Santos Oremos:
puris mereámur méntibus introíre. O C e le b r a n te so be a o a lt a r
(com) pura mereçamos mente entrar.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen. de nós. Senhor, Vos pedimos, as nossas
fa s ta i
PúT Cristo Senhor nosso. Amém
A iniqüidades, a fim de merecermos entrar de
alma pura no Santo dos Santos. Por Cristo Nosso
íolocando as mãos juntas sobre o altar, o celebrante se curva e diz:
Senhor. Amém.
RAMUS te, Dómine,
Oramos a Vós, Senhor,
'ó s Vos SUPLICAM OS, Senhor, pelos mereci­
per mérita Sanctórum tuórum,
pelos méritos dos santos Vossos N mentos dos Vossos santos, cujas relíquias aqui
se encontram, e de todos os santos. Vos digneis
Ele beija o altar
perdoar-nos todos os nossos pecados. Amém.
quorum relíquiae hic sunt, et ómnium Sanctórum:
cujas relíquias aqui estão, e de todos os santos:
endito sejas ^ por Aquele em honra de
Ut indulgére dignéris ómnia peccáta mea. Amen.
jue perdoar Vos digneis todos os pecados meus. Amém. B quem vais ser queimado.

Nas Missas Solenes (exceto nas Missas de Fiéis Defuntos), e


com freqüência nas Missas Cantadas, o altar é incensado. O
celebrante abençoa o incenso dizendo:

B ILLO ® b e n e d ic a ris.
Por Aquele bendito sejas,
in cujus honore cremaberis. Amen.
Em cuja honra serás cremado. Amém.

O celebrante toma o turíbulo do Diãcono e incensa o altar.


Ele 0 devolve ao Diácono, que então incensa o celebrante.
O Intróito é a prim eira parte
SENHOR. TENDE MISERICORDiiap-? « W ' y da Missa que m uda a cada
vez, isto é, que é própria a
cada Missa. Dessa forma, ele
“...B artim eu, que era cego, filho de Tim eu, estava assentado nos prepara bem para a festa
do dia.
ju n to ao cam inho ped in d o esm ola. O qual, com o
ouviu que passava Jesus N azareno, com eçou a O Intróito, ou entrada, era
originalmente um salmo can­
gritar, e a dizer; Jesus, filho de Davi, tem tado pelo coro à medida que
m isericórdia de m im.” o Padre se aproximava do al­
tar no início da Missa. Ele era
(Mc 10, 46-48) cantado como o Judica Me na
p. 3, com um a antífona antes
e depois, e tam bém depois de
cada versículo ou estrofe.
Na Missa Cantada, o In-
tróito ainda pode ser cantado
durante a procissão de entra­
da ou durante as orações ao
pé do altar; no entanto, esse
canto hoje consiste apenas de
parte de um salmo antecedi­
do por um a antífona, que é
repetida ao final.
No Tempo da Páscoa, a
antífona inclui tam bém um
Aleluia.

VO CE SA B IA ?
O Kyrie é a única parte im ­
portante da Missa que não
é em latim: Kyrie Eleison é
grego. Isso se deve a que
seu uso começou na igreja
da Antióquia, que então
A LADAINHA DA MISERICÓRDIA era parte do mundo de fala
grega.
palavra laduinhã ou litãnia vem do grego Utaneia, que significa

A súplica. Essa fo rm a de oração, o rig in a d a n o culto judaico, consiste em u m a


série de p etiçõ es seguidas de u m a re sp o sta o u afirm ação.
A fo rm a o rig in al d o Kyrie era a de u m a lad ain h a: u m a lista de petiçõ es era rezada,
seguida, cad a u m a, p ela re sp o sta Kyrie, eleison o u Christe, eleison. E ssa la d a in h a foi
Veja a estrutura do Kyrie:
ele possui três grupos de três.
Há várias partes da Missa em
e n c u rta d a n a M issa d iá ria p ela om issão das p etições e, ao longo do tem p o , essa form a que um trecho é repetido três
abrev iad a to m o u p reced ên cia. vezes, mas aqui são três vezes
três! Isto em honra à Santís­
sima Trindade, nosso Deus
O Q U E É O PR Ó P R IO ? M KTIÍÍH que é Três em Um.
A maior parte da Missa é sempre igual, Primeiro, dirigimo-nos a
A u ~ m B y m
mas há partes que m udam de acordo Deus Pai, que é Senhor. D e­
com a festa celebrada. Essas partes que k N u lu a ? rM pois, a Cristo, a segunda pes­
m udam são chamadas o Próprio e, as soa da Trindade. E finalmen­
demais, o Ordinário. Todo o Próprio te, nos dirigimos à terceira
V O CÊ SA B IA ?
deste livro foi tirado da Missa celebra­ pessoa, o Espírito Santo, que
da no Domingo da Santíssima Trin­ É um a antiga tradição chamar os documentos da procede do Pai e do Filho, e é
dade. Sugerimos que você im prim a o Igreja (como EncícHcas Papais) pelo seu indpit, tam bém chamado de Senhor.
Próprio da Missa do dia e o leve con­ suas palavras iniciais. Isso também ocorre com o
Cada pessoa é invocada
sigo. Quando vir um retângulo que diz Próprio da Missa. Como o Intróito é a primeira
parte do Próprio, sua palavra inicial dá o nome a três vezes para demonstrar
“ver Missa do dia”, você pode se referir o fato de que cada pessoa da
ao seu Próprio. Veja ao pé da p. 93 su­ cada missa. Exemplos facilmente reconhecíveis in­
Santíssima Trindade vive no
cluem Requiem, para as Missas de Fiéis Defuntos,
gestões sobre onde encontrar o próprio interior da outra. Essa rela­
Laetare, para o Quarto Domingo da Quaresma, e
da Missa na internet. ção é chamada perícftoresís.
Gaudete, para o Terceiro Domingo do Advento.
o celebrante, no lado direto do altar (lado da Epístola), fa z o Sinal
da Cruz ao iniciar a antífona do Intróito.

IN T R Ó IT O

^ VEJA O PROPRIO DA MISSA DO DIA ®

Do próprio do Domingo da Santíssima Trindade:

A n t ; Benedícta sit sáncta Trínitas,


Bendita seja a santa Trindade,
atque indivísa Unitas:
e a indivisa Unidade:
Confitébimur éi, quia fédt nobíscum
Louvêmo-La, porque fez conosco
misericórdiam súam.
a misericórdia sua.

Ps. Dómine Dóminus nóster:


Senhor, Senhor nosso: IN T R Ó IT O
quam admirábile est nómen túum in univérsa térra! ^ VEJA O PRÓPRIO DA MISSA DO DIA ^
quão admirável é o nome Vosso em toda a terra!
da Festa da Santíssima Trindade:
V. Glória Patri et Filio et Spirítui Sancto. A nt: Bendita seja a Santíssima Trindade e indivisível
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.
Unidade. Louvêmo-La porque fez conosco sua
Sicut erat in princípio et nunc et semper,
Assim como era no princípio, e agora, e sempre, misericórdia.
et in saécula saeculórum. Amen. Ps. Senhor, Senhor nosso, como é admirável o Vosso
e por todos os séculos dos séculos. Amém.
nome por toda a terra!

A n t : B e n e d íc ta sit...(c o m o acim a) W. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo, assim


Bendita seja... como era no princípio, agora e sempre, e por todos os
séculos dos séculos. Amém.

K Y R IE Ant: Bendita seja... (como acima)


Retornando ao centro do altar,
0 celebrante reza alternadamente com o acólito:
K Y R IE
Iy r i e , E l é i s o n .
Senhor, tende misericórdia. Y. Senhor, tende piedade de nós.
R Kyrie, eléison. R Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende misericórdia.
V. Senhor, tende piedade de nós.
'V. Kyrie, eléison.
Senhor, tende misericórdia.
R Cristo, tende piedade de nós.
V. Cristo, tende piedade de nós.
R Christe, eléison. R Cristo, tende piedade de nós.
Cristo, tende misericórdia.
T. Christe, eléison. V. Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende misericórdia.
R Senhor, tende piedade de nós.
R Christe, eléison. V. Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende misericórdia.

V. Kyrie, eléison.
Senhor, tende misericórdia.
R Kyrie, eléison.
Senhor, tende misericórdia.
V. Kyrie, eléison.
Senhor, tende misericórdia.
o H IN O DE JÚBILO DOS ANJOS o Gloria é cantado
agora, entoado pelo
U a n d o p e n sam o s em u m hino, p e n ­ celebrante.
sam o s em u m a canção que é can ta d a n a
Igreja. E ssa era o rig in alm en te a fu n ção O Gloria tam bém é chamado
de Doxologia M aior e ele in­
dos salm os n o culto judaico. A m aio r p arte
corpora elementos de nossa
dos salm os d a ta do tem p o do Rei Davi, e fé na Santíssima Trindade.
o co stu m e ju d e u p ro ib ia que eles fossem Pode-se notar que ele preen­
alterad os o u aditados. che as quatro finalidades do
O u tro tip o de canção que era usado sacrifício indicadas na p. xii.
co m freq ü ên cia n o culto era o cântico, Ele começa dirigindo-se a
u m excerto das escrituras, com o a c a n ­ Deus Pai...
ção de M oisés e d o s israelitas após c ru z a ­
re m o M ar V erm elho.
O s p rim eiro s cristãos c o n tin u a ra m a ...e depois a Deus Filho...
u sar esses salm os e cânticos, m as acrescen­
ta ra m ta m b é m suas p ró p rias canções de louvor,
p alav ra grega p a ra elas e ra hym nos o u hinos. O
Gloria in Excelsis é u m exem plo desse novo tip o
de cântico, que in c o rp o ra a canção de jú b i­ (Como o Gloria é um canto
lo dos anjos en c o n tra d a n o E vangelho de de júbilo, ele não é dito nas
Missas para Fiéis Defuntos,
Lucas.
nem durante tempos de pe­
nitência, como o Advento, a
Septuagésima e a Quaresma.)
“A palavra de C risto m ore em vós outros abun d an tem en te
em to d a a sabedoria, ensinando-vos e adm oestan d o -
vos uns aos outros com salm os, hinos, e cânticos ... e então ao Espírito
espirituais, cantando com a graça do fiindo Santo.

dos vossos corações louvores a Deus.” Aqui está novamente


(C olossense 3,1 6 ) aquela saudação: o
sacerdote quer que
nos juntemos a ele
o Q U E É U M A D O X O L O G IA ? no oferecimento da
próxima oração.
palavra grega doxa g eralm en te se

A refere a u m a c ren ça c o m u m , co m o n a
p ala v ra o rto d o x o , q u e significa ‘c re n ­
ça correta’. M as, q u a n d o os p rim e iro s c ris­
tã o s tra d u z ira m a B íblia h eb ra ic a p a ra
A Coleta é um a oração cujo
nome vem do latim coüigere,
que significa ‘reunir’, e seu
objetivo é exatamente esse:
coletar as intenções da festa
o grego, eles u sa ra m a p a la v ra doxa que está sendo celebrada
p a ra significar ‘glória’. e apresentá-las diante de
A ssim , u m a d o x o lo g ia é u m v e r­ nosso Pai Celeste.
so em lo u v o r a D eu s n a T rin d ad e, “Em verdade, em verdade vos
g eralm en te co m eçan d o com a p a - digo: se vós pedirdes a meu
[ lavra g ló ria . H á d u as d oxologias ^ Pai alguma coisa em meu
p rin cip a is u tilizad as n a Igreja: o nome, ele vo-la-á de dar!’
Gloria in Excelsis D eo, c h a m a d o d o x o lo g ia ^ . (João 16,23)
m aior, e o Gloria Patri, c h a m a d o d o x o l o g i a X
Esta fórmula trinitária: “Per
m enor. % Dominum nostrum ..” é
O co stu m e de co n clu ir u m h in o o u u m i; -tt usada de diversas formas
rito co m essa fó rm u la veio d a sinagoga ju d a - S ao longo da Missa. Ela é
ica, te n d o os p rim e iro s cristão s n a tu ra lm e n te '- algo como um a assinatura
em u la d o o estilo de o ração q u e c o n h eciam . ^ oficial em um a carta. Cristo
disse-nos para pedir o que
A ssim com o to d o salm o era seg u id o p o r u m a 7,
precisamos em Seu nome, e
doxologia, ta m b é m os h in o s escrito s p elo s p ri-
é exatamente isso que esta­
m eiro s cristão s in c o rp o ra ra m a doxologia. V eja W mos fazendo ao acrescentar
a p. 67 p a ra m aio res in fo rm a ç õ e s sob re o u so de doxologias n o can to an tifo n al esta fórmula ao final de nos­
e n o s resp o n só rio s. sas orações. Veja p. 70 para
saber mais.
10
De pé, ao centro do altar, o celebrante estende, eleva, e junta as
mãos, inclinando-se levemente, e diz o Glória:
[ G L O R IA de pé

L O R IA in excélsis Deo.
Gloria nas alturas a Deus.
Et in terra pax homínibus bonae voluntátis.
____ I E na terra paz aos homens de boa vontade.
Laudámus te. Benedícimus te.
Nós Vos louvamos, Vo5 bendizemos,
Adorámus te. Glorificámus te.
Vos adoramos, Vos glorificamos,
Grátias ágimus tibi propter magnam glóriam tuam.
graças damos a Vós por causa da grande glória Vossa.
Dómine Deus, Rex caeléstis, Deus Pater omnípotens. G L O R IA
Senhor Deus, Rei dos céus. Deus Pai onipotente.
Dómine Fili unigénite, Jesu Christe. a Deus n a s altu ras.
l ó r ia
Senhor Filho unigenito,
Dómine Deus, Agnus Dei, Fílius Patris.
Jesus Cristo.
G E na terra paz aos hom ens de boa vontade.
Nós Vos louvamos, Vos bendizemos,
Senhor Deus, Coveiro de Deus, Filho do Pai,
Vos adoramos, Vos glorificamos,
Qui tollis peccáta mundi, miserére nobis. Vos damos graças, por am or da Vossa imensa glória.
Que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.
Senhor Deus, Rei dos céus. Deus Pai onipotente.
Qui tollis peccáta mundi,
que tirais os pecados do mundo, Senhor, Filho Unigênito, Jesus Cristo.
Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho do Pai.
súscipe deprecatiónem nostram.
recebei a súplica nossa; Vós, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Qui sedes ad déxteram Patris, miserére nobis. Vós, que tirais o pecado do mundo,
que sentais à direita do Pai, tende misericórdia de nós. recebei a nossa súplica.
Quóniam tu solus Sanctus. Tu solus Dóminus. Vós, que estais sentado à direita do Pai, tende
Porque Vós só (sois) o Santo, Vós só (sois) o Senhor, misericórdia de nós.
Tu solus Altíssimus, Jesu Christe. Porque só vós sois o Santo, só vós sois o Senhor.
Vós só (sois) o Altíssimo: Jesus Cristo,
Só vós sois o Altíssimo, Jesus Cristo,
Cum Sancto Spíritu ^ in glória Dei Patris. Amen. Com o Espírito Santo ^ na glória de Deus Pai. Amém.
com 0 Santo Espírito: na glória de Deus Pai. Amém.
V O Senhor seja convosco.
Ele então beija o altar e, voltando-se ao povo, diz: R E também com o teu espírito.
Dóminus vobíscum.
o Senhor [seja] convosco. Oremos:
Ç: Et cum spíritu tuo. co leta
E com 0 espírito teu.
^ V e ja o P r ó p r i o d a M i s s a d o D ia ^
O rém us:
Oremos: Ó Deus eterno e onipotente, que fizestes que os vos­
CO LETA
sos servos iluminados com a luz da fé conhecessem
^ V e ja o P r ó p r i o d a M is s a d o D ia # a glória da Trindade eterna e adorassem a Unidade
no poder da majestade, fazei que pela firmeza da
Omnípotens sempitérne Deus,
Ó onipotente e eterno Deus, mesma fé sejamos protegidos de toda adversidade.
qui dedísti fámulis tuis in confessióne verae fídei, Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso filho, que con­
que destes aos servos V05505 em confissão da verdadeira fé vosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por
aetérnae Trinitátis glóriam agnóscere, todos os séculos dos séculos. R Amém.
da eterna Trindade a gloria conhecer,
et in poténtia majestátis adoráre unitátem:
e no poder da majestade adorar a unidade:
quaésumus; ut ejúsdem fídei íirmitáte,
imploramos, que pela mesma fé firmeza,
ab ómnibus semper m uniám ur advérsis.
de toda sempre defenda adversidade.
Per Dóminum nostrum Jesum Christum,
Por Senhor nosso Jesus Cristo,
Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat
Filho Vosso, que convosco vive e reina
in unitáte Spíritus Sancti, Deus,
Na unidade do Espírito Santo, Deus,
per ómnia sécula saeculórum. Ç!; Amen.
Por todos os séculos dos séculos. Amém.

11
A LIÇÃO DA ESCRITURA
T endo oferecido nossas oraçõ es e n o sso lo u v o r a D eus, agora d ’Ele recebem os
in stru ç ã o p elo s escrito s d o s p ro fetas e apóstolos. (Veja diagram a na p. xv.)

A Epístola é um a carta ou
“lição”, geralmente tirada dos
' m seu serviço na

E I Sinagoga n o Shabbat,
J os ju d e u s liam as
escrituras; p rim e iro as Leis,
d epois os Profetas. Essas
escritos de S. Paulo, mas ela
pode ser tam bém de cartas
escritas por outros Apóstolos
(Pedro, João, Tiago, ou
Judas), ou um a leitura dos
leitu ras era m in tercalad as Atos dos Apóstolos, do Livro
do Apocalipse ou do Velho
co m o can to d o s Salm os.
Testamento.
Q u a n d o os p r im e ir o s
cristãos re u n ia m -se aos d o ­
m in g o s p a ra celeb rar a R es­
su rreição de N o sso Senhor,
eles c o n tin u a ra m aquela
trad ição , m a s além de ler a
Lei e os P rofetas, eles ta m ­
b é m liam os A pó sto lo s e os
Evangelistas.
C o m o as leitu ras d o
N ovo T estam en to v ie ra m O Gradual é cantado
a ser p referid as, os Salm os ^ assim que term ina a
que era m o rig in a lm e n te Epístola, seguido imediata­
can tad o s e n tre as leitu ras mente pelo Aleluia ou Trato,
e então pela Seqüência, se for
fo ram c o m b in a d o s e c a n ta ­
o caso.
dos co m o u m só.

O Gradual recebe seu nome


da palavra latina gradus, que
V O C E SA B IA ? significa ‘degrau’, porque ele
A palavra (h)alleluia vem das palavras consistia em um salmo tradi­
cionalmente entoado dos de­
hebraicas Hallelu, que significa ‘lou­
vemos’ e Yah, um a form a abreviada de graus do ambão (ou púlpito).
Esse versículo e sua antífona
Yahweh, um dos nom es de Deus. Ela é a
prim eira e últim a palavra de m uitos dos são sempre especialmente
salmos, especialmente os de núm ero 113 escolhidos para combinarem
a 118, chamados de Salm os Hallel. São com as leituras.
tradicionalm ente rezados durante festi­
vais judeus im portantes - em particular
durante a celebração da Páscoa. O Aleluia é um responsório,
e seu versículo é entoado
com dois Aleluias em vez da
antífona, e completado com
H o u v e u m te m p o em que havia u m h in o outro Aleluia.
ch am ad o S e q ü ê n cia p a ra cad a festa. D esses,
ap en as cinco fo ram m an tid o s:
Como o Aleluia expressa
• V ictim ae Paschali n a Páscoa
louvor e júbilo, é omitido nas
• Veni Sancte Spiritus em P entecostes Missas para Fiéis Defuntos e
• L a u d a Sion n a Festa d e C o rp u s C h risti durante a Quaresma. Nessas
ocasiões, é substituído por
• Stabat M a ter n a Festa de N . Sra. das D ores trecho de salmos, o que se
• Dies Irae n a M issa de Fiéis D efuntos. chama Trato, que não é reza­
do como responsório.

12
e p ís t o l a SEN TAD O S

V e ja o P r ó p r io da M is s a do D ia ^
ÉCTio E p ísto lae b e á ti P au li A p ó sto li
Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo
ad Romános.
aos Romanos.
o altitúdo divitiárum sapiéntiae et sciéntiae Dei:
Ó profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus!
q u a m in c o m p re h e n s ib ília s u n t ju d ic ia ejus,
quão incompreensíveis são os juízos seus,
e t in v estig áb iles v iae ejus!
e imperscrutáveis os caminhos seus!
e p ís t o l a
Quis enim cognóvit sensum Dómini?
Quem comeceu o pensamento do Senhor?
Aut quis consiliárius ejus fuit? % VEJA O PROPRIO DA MISSA DO DIA ^
Ou quem o conselheiro seu foi?
eitura da Epístola de S. Paulo Apóstolo aos Roma­
Aut quis prior dedit illi, et retribuétur ei?
Ou quem pnmeiro deu-Lhe alguma coisa para que tenha de receber em troca?
L nos. Ó profundidade das riquezas da sabedoria
e da ciência de Deus! Como são incompreensíveis
Q u ó n ia m ex ipso, et p e r ip su m ,
Porque d’Ele, e por Ele os seus juízos e imperscrutáveis os seus caminhos!
Quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem
et in ipso sunt ómnia: ipsi glória in saécula. Amen.
e rí Ele são todas as coisas. A Ele seja dada a glória por todos os séculos. Amém. foi o seu conselheiro? Ou quem Lhe deu primeiro
alguma coisa para que tenha de receber em troca?
Ao final 0 acólito responde: Porque, d’Ele, e por Ele, e n Ele são todas as coisas.
R Deo grátias. A Ele seja dada a glória por todos os séculos. Amém.
A Deus graças

G R A D U A L E A L E L U I A (o U T R A T O ) R Graças a Deus.
Durante a Quaresma, quando é omitido o Aleluia, ele é substituído
G R A D U A L E A L E L U IA (o U TR A T O )
pelo Trato, geralmente uma breve passagem dos Salmos.

# VEJA O PROPRIO DA MISSA DO DIA ^


^ VEJA O PROPRIO DA MISSA DO DIA ^
Bendito sois, Senhor, que sondais os abismos e Vos
Benedictus es, Dómine, qui intuéris abyssos, assentais acima dos Querubins.
Benedito sois, Senhor, que sondais os abismos,
V. Bendito sois Vós, Senhor, no firmamento do céu e
et sédes super Chérubim. digno de louvor por todos os séculos. Aleluia.
e Vos assentais acima dos Querubins.
Y. Benedictus es, Dómine, in íirmaménto caéli. Aleluia, aleluia.
Bendito sois, Senhor, no firmamento do céu,
et laudábilis in saécula. Alleluia. 'V. Bendito sois, Senhor, Deus de nossos pais; e digno
e louvável por todos os séculos. Aleluia. de louvor por todos os séculos. Aleluia.

S E Q U E N C IA
Allelúia, allelúia. {somente em certas festas)
Aleluia, aleluia.

V. Benedictus es, Dómine Déus pátrum nostrórum.


Benditos sois. Senhor, Deus dos pais nossos,
et laudábilis in saécula. Allelúia.
e louvável por todos os séculos. Aleluia.

S E Q Ü Ê N C IA
Em algumas Festas especiais, ou em Missas de Réquiem,
há um hino neste ponto chamado Seqüência, como um
seguimento do Aleluia ou do Trato.

13
A PALAVRA DE DEUS
Como Isaías, o sacerdote pede que seus lábios sejam purificados para
proclamar a Palavra de Deus dignamente
“...E VOOU p ara m im u m dos Serafins,
Não, domne não é erro de di­ Na Missa Solene, é o diácono
o qual trazia na m ão u m a brasa viva, gitação: é um diminutivo da quem lê o Evangelho em vez
que ele havia tom ado do altar palavra domine, que é usa­ do sacerdote. Essa oração
do aqui porque o diácono então é modificada conforme
com u m a tenaz. E to co u está se dirigindo ao sacerdote. mostrado abaixo;
a m in h a b o ca e disse: Eis ' Z '.
Na Missa Solene, o diácono reza o Munda
aqui tocou esta
cor meum e, tomando o livro do altar, ajoelha-se
brasa os teus epede a benção do sacerdote:
lábios, e será JuBE, domne, b e n e d íc e re .
Por favor senhor abençoe [me],
tirad a a tu a
E 0 sacerdote responde:
iniqüidade, e Dóminus sit in corda tuo et in lábiis tuis;
o Senhor esteja no coração teu e nos lábios teus
lavado será
ut digne et competénter annúnties
o teu Para digna e competentemente proclamares

p ecado.” Evangélium suum:


0 Evangelho seu:
(Isaías 6,6- In nómine Patris, et Fílii, * et Spíritus Sancti. Arnen.
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Depois de receber esta bênção, o diácono beija a
mão do sacerdote e dirige-se a cantar o Evangelho.

Aqui fazemos o sinal da cruz


em nossa testa, lábios e cora­
ção, pedindo a Nosso Senhor
que mantenha a Sua Palavra
em nossos pensamentos, pala­
vras e atos, deste dia e sempre.

h o m em não vive só do pão m as de to d a palavra


“ ...O
que sai da boca de D eus.” (Deut 8,3)
Quando Jesus foi tentado no deserto, ele repreendeu o demônio com essa
citação do livro do Deuteronômio, do Velho Testamento. É interessante Repare que
o celebran­
comparar as circunstâncias por trás de cada uso dessa passagem:
te remove
seu m ani­
O VELHO o NOVO pulo antes
O Livro do Deuteronôm io é Os Evangelhos são um relato detalhado de proferir
um relato detalhado da Lei da da Nova Ahança no sangue de Jesus. a homilia.
Velha Aliança. Jesus acabara de passar 40 Ele volta a
dias jejuando e orando no colocá-lo
Os Israelitas haviam acabado
de passar 40 anos vagando no deserto. antes do
deserto. Credo. Isto
Ele acabara de ser batizado
porque ele
Preparavam-se para cruzar por João em Gálgala e
preparava-se para iniciar o usa espe­
o Jordão em Gálgala para
seu ministério. cificamente
entrarem na Terra Prometida.
quando
Essa passagem referia-se ao Jesus compara a si mesmo intercede
maná com que Deus lhes com o maná, pois Ele é
por nós.
alimentara no deserto; não era tanto 0 Verbo que se fez
pão feito pelo homem, mas Carne (João 1, 14) quanto
vindo do céu pela Vontade de 0 pão vivo que desceu do
Deus. céu (João 6, 51).

14
Profundamente inclinado ao meio do altar, o sacerdote diz
em voz baixa:
UNDA c o r m e u m ,
Purificai 0 coração meu
ac lábia mea, omnípotens Deus,
e os lábios meus, onipotente Deus,
qui lábia Isaíae prophétae cálculo mundásti igníto:
que os lábios de Jsatas profeta com carvão purijicastes em Brasa:
ita me tua grata miseratióne dignáre mundáre,
também a mim por Vossa grata misericórdia dignai-vos purificar,
ut sanctum Evangélium tuum digne váleam nuntiáre.
para que 0 santo Evang^o Vosso dignamente seja capaz de proclamar.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen.
Por Cristo Senhor nosso. Amém.
(Enquanto reza esta oração,
0 Missal é levado para o lado do Evangelho)
JuB E , Dómine, benedícere.
Dignai-vos, Senhor, abençoar(-me).

Dóminus sit in corde meo et in lábiis meis; urificai-me, Deus onipotente, o coração e os lábios,
o Senhor esteja no coração meu,
ut digne et competénter annúntiem
e nos lábios meus:
P Vós que puriíicastes os lábios do profeta Isaías com
um carvão em brasa; pela vossa misericordiosa bondade,
para digna e competentemente proclamar
dignai-Vos purificar-me, de m odo a tornar-m e capaz de
. EvaMélium suum. Amen.
0 Evangelho seu. Amém. proclamar dignamente o vosso santo Evangelho. Por
Voltando-se para o Missal com as mãos unidas, o sacerdote diz: Cristo Nosso Senhor. Amém.
V. Dóminus vobíscum. de pé
Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. Esteja o Senhor no
o Senhor [seja] convosco.
m eu coração e nos meus lábios, para digna e compe­
R Et cum spíritu tuo.
r E com o espírito teu. tentemente proclamar o seu Evangelho. Amém

O EVANG ELH O V O Senhor seja convosco.


Com o polegar, o sacerdote fa z o sinal da cruz sobre o Evangelho R E tam bém com o teu espírito.
a ser lido, e depois em sua testa, lábios e peito, dizendo:
O EVANG ELH O
Y. * Sequentia/Initium sancti Evangelii secundum N.
Continuação / Início do santo Evangelho segundo...
^ VEJA O PROPRIO DA MISSA DO DIA ^
R Glória tibi, Dómine.
Glória a Vós, Senhor. ^ Continuação do S. Evangelho segundo S. Mateus.
^ V e ja o P r ó p r i o d a M is s a d o d i a ^ Naquele tempo: disse Jesus aos Seus discípulos: Todo
o poder me foi dado no céu e na terra. Ide, pois,
f Sequéntia sancti Evangélii secúndum Matthaéum.
Continuação do santo Evangelho segundo Mateus. ensinai a todos os povos, e batizai-os em Nome do
In illo témpore: Dixit Jesus discípulis suis; Pai e do Filho, e do Espírito Santo; e ensinai-lhes a
Naquele tempo: disse Jesus aos discípulos seus: observar tudo o que vos mandei. E eis que eu estou
Data est mihi omnis potéstas in caelo et in terra. convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.
Dado foi a mim todo o poder no Céu e na terra.
Eúntes ergo docéte omnes gentes, baptizántes eos
Ide pois ensinai todos os povos, batizando-os R Louvor a Vós, ó Cristo.
Por estas palavras do Evangelho, perd o ad o s sejam
in nómine Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti:
em nome do Pai, e ão Filho, e do Espírito Santo: os nossos pecados.
docéntes eos serváre ómnia quaecúmque
ensinando-os a observar tudo o que
mandávi vobis.
mande a vós:
Et ecce ego vobíscum sum ómnibus diébus,
E eis que eu convosco estou todos os dias,
usque ad consummatiónem saéculi.
até a consumação dos séculos.

Ao final 0 acólito responde:


R Laus tibi, Christe.
Louvor a Vós, Cristo.
Então 0 sacerdote, beijando o Missal, diz:
Per evangélica dieta deleántur nostra delícta.
Pelas do Evangelho palavras sejam perdoados os nossos pecados.
O sacerdote agora profere o seu Sermão ou Homilia.
SEN TA D O S 15
o SÍMBOLO DA NOSSA FÉ O Credo é cantado,
entoado pelo Padre.
o C redo é rezado em todos os dom ingos e solenidades, e om itido
na m aior parte das m issas feriais.
DOS APÓSTOLOS AOS SÍNODOS:
O DESENVOLVIMENTO DO CREDO
I m a t r a d i ç ã o que data do século V nos diz que
cada um dos doze apóstolos, inspirado pelo Espírito
Santo em Pentecostes, ditou um dos doze artigos do Credo
dos Apóstolos. Esse credo que nos foi dado pelos Apóstolos
contém todas as verdades de nossa fé. Por que então foi ele
expandido?
Nos séculos seguintes à m orte de Nosso Senhor, houve
muitos mal-entendidos sobre a natureza de Cristo como
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A Igreja julgou
necessário discutir essas questões conjuntamente em
um Concilio para que, com a ajuda do Espírito Santo, se
pudesse estabelecer a crença correta, a fim de evitar que
surgissem divisões no Corpo de Cristo.
Tendo os Padres da Igreja considerado cuidadosamente
o tema e tomado um a decisão quanto ao dogm a correto,
a crença errônea foi considerada heresia, da palavra
grega airesis, que significa ‘seita’ ou ‘divisão’. Aqueles que
continuaram a aderir a essas crenças heterodoxas foram
chamados de heréticos. Essa era um a questão séria, pois
significava que se estavam separando da Igreja.
Com o objetivo de desenvolver plenamente cada artigo Essa ilustração do Concilio de Nicéia m ostra Arius
de fé do Credo dos Apóstolos e eliminar a confusão, os envergonhado aos pés dos Padres da Igreja. Conta-se que,
Concilies de Nicéia (325 d.C.) e Constantinopla (381 d. C.) durante o acalorado debate, São Nicolau, então Bispo de
expandiram certas partes do Credo. Mira, deu-lhe um tapa no rosto.

Essas são algumas das crenças heréticas que afligiram a Igreja antiga. Veja se consegue
A palavra credo vem do latim credere, identificar que partes do Credo ajudaram a combater esses erros.
que quer dizer ‘crer’. O Credo Niceno-
Constantinopolitano é a afirmação de • Arianismo; Arius foi um influente professor, na Alexandria do século III, que acredi­
nossa fé pela Igreja, mas se você tava que, como filho de Deus, lesus deveria ter sido criado e, portanto, não poderia ter
verificar o nom e usado no Missal, existido desde o princípio com Deus (como lemos no Evangelho de S. }oão). Se isso
verá que é chamado Symbolum fosse verdade, tornaria Jesus menos im portante e poderoso que Deus Pai, Essa crença
Nicaenum ou Símbolo errada desencam inhou muitos fiéis, e o Concilio de Nicéia foi convocado especial­
Niceno. Por quê? mente para combater esse erro popular.
Na Grécia antiga, • Gnosticismo: Essa form a de crença tom a seu nom e da palavra grega gnostikos, que
um symbolon era significa ‘instruído’ ou ‘sabedor’. Os gnósticos buscaram explicar a imperfeição da
uma senha usada criação atribuindo a sua origem a um deus inferior chamado demiurgo.
para verificar a
identidade de • Marcionismo: Marcião de Sínope era um rico arm ador que argumentava que o Deus
uma pessoa misericordioso e amoroso encontrado nos Evangelhos era claramente o verdadeiro
desconhecida, Deus, e que, portanto, o Deus colérico encontrado no Velho Testamento devia ser um
como por exemplo demiurgo mau e inferior, Como resultado, ele aceitava apenas as epístolas de Paulo e
de um mensageiro. partes do Evangelho de Lucas como escritura válida, rejeitando o restante do Novo Tes­
Muitas vezes, a senha tamento e todo o VeUio.
utilizada era um ob­
• Docetismo: Esta seita, que tom a seu nom e da palavra grega dokeo, que significa
jeto partido ao meio,
‘parecer’ acreditava que Jesus, como Deus, não poderia ter realmente assumido a
de maneira que, ao juntarem-se as duas nossa natureza humana: ele apenas parecia tê-lo feito. Que ele comesse e dormisse,
metades, não poderia haver erro.
e m esmo a sua m orte na cruz, eram consideradas meras ilusões para o nosso bem,
Esse foi o título adequado dado à
im portante divisão entre a M issa dos • A heresia de Macedônio: O Bispo M acedônio I de Constantinopla ensinava que
Catecúm enos e a M issa dos Fiéis. A Cristo não era da mesm a substância do pai, mas apenas de um a substância similar.
capacidade de rezar esse Credo era Ele tam bém acreditava que o Espírito Santo era um a criação do Filho, um mero
bom sinal de u m verdadeiro cristão. servo de Sua vontade, como um anjo, e não divino Ele mesmo.
Q uando o Símbolo era rèzado, os
não-batizados saíam e as portas eram VOCÊ SA B IA ?
fechadas e trancadas para o restante D u ran te certo tem po. Santo A gostinho p erten ceu a u m a
da Missa. seita gnóstica cham ada maniqueista.

16
CREDO DE PE

R E D O in unum Deum,
Creio em um Deus,
Patrem omnipoténtem, factórem caeli et terrae,
Pai onipotente, criador do céu e da terra,
visibílium ómnium, et invisibílium.
das coisas visíveis todas e das coisas invisíveis.
Et in unum Dóminum Jesum Christum,
E em um Senhor Jesus Cristo,
Fílium Dei unigénitum.
Filho de Deus unigênito
Et ex Patre natum ante ómnia saécula.
E do Pai nascido antes de todos os séculos
Deum de Deo, lumen de lúmine, REIO em um só Deus
Deus de Deus,
Deum verum de Deo vero.
luz de luz,
C Pai onipotente, criador do Céu e da Terra,
de todas as coisas, visíveis e invisíveis.
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Creio em um só Senhor Jesus Cristo,
Génitum, non factum, consubstantiálem Patri: Filho unigênito de Deus,
Gerado, não feito, consubstanciai com o Pai:
nascido do Pai antes de todos os séculos;
per quem ómnia facta sunt. Deus nascido de Deus, Luz nascida da Luz, Deus
por quem tudo criado foi.
verdadeiro nascido do Deus verdadeiro;
Qui propter nos hómines et propter nostram salútem gerado, não criado,
o qual por causa de nós, os homens, e por causa de nossa salvação
consubstanciai ao Pai,
descéndit de caelis. e por quem tudo foi criado.
desceu do Céu.
Ajoelham-se todos durante o seguinte artigo: O qual, por amor de nós, os homens, e para nossa
salvação,
E t INCARNÁTUS EST DE Sp ÍRITU Sa NCTO
E incarnado foi por obra do Espírito Santo desceu dos Céus.
E ENCARNOU, PO R OBRA DO ESPÍRITO SANTO
EX M a r ía V í r g in e : e t h o m o f a c t u s e st .
em Maria Virgem: e homem fez-se. NO SEIO DE M ARIA VIRGEM , E FEZ-SE HOM EM .
Também por amor de nós, foi crucificado,
Crucifíxus étiam pro nobis: sob Pôncio Pilatos, padeceu a morte e foi sepultado.
Crucificado foi por nós:
Ressuscitou ao terceiro dia,
sub Póntio Piláto passus, et sepúltus est.
sob Pôncío Pilatos sofreu, e enterrado foi. conforme as Escrituras.
lEt resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras. Subiu ao Céu,
E ressuscitou no terceiro dia, segundo as Escrituras. e está sentado à direita do Pai.
Et ascéndit in caelum, sedet ad déxteram Patris. De novo há de vir, cercado de glória,
E subiu ao céu: está sentado à direta do Pai. julgar os vivos e os mortos;
Et íterum ventúrus est cum glória e o seu reino não terá fim.
E de novo há de vir com glória Creio no Espírito Santo,
judicáre vivos et mórtuos: cujus regni non erit finis. Senhor e vivificador,
julgar os vivos e os mortos: cujo reino não terá fim.
que procede do Pai e do Filho;
Et in Spíritum Sanctum, Dóminum et vivificántem. o qual é, com o Pai e o Filho,
E no Espírito Santo, Senhor e vivificador:
igualmente adorado e glorificado;
Qui ex Patre Eilióque procédit. e que falou pela boca dos profetas.
que do Pai, e do Filho procede.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Qui cum Patre et Filio
0 qual com o Pai, e o Filho Reconheço um só batismo para remissão dos pecados,
e a vida * do século futuro. Amém.
simul adorátur, et conglorificátur.
igualmente adorado, e glorificado:
Qui locútus est per Prophétas.
que falou pelos Profetas.
Et unam, sanctam, cathólicam
E na una santa católica
et apostólicam Ecclésiam.
e apostólica Igreja.
Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatórum.
Confesso um batismo em remissão dos pecados.
Et exspécto resurrectiónem mortuórum.
E espero a ressurreição dos mortos.
Aqui todos fazem o sinal da cruz:
Et vitam ^ ventúri saéculi. Amen.
E a vida do vindouro século. Amém.
M ISSA D O S FIEIS
Acabamos de atravessar a “ponte” da Missa da Preparação para a Missa da Realização {veja
0 diagrama na p. xv). Como se chegasse pela prim eira vez à Terra Prometida, o sacerdote
saúda o altar com um beijo e depois se dirige a nós com o Dominus Vobiscum.
Agora canta-se a
antífona de Ofertório.

Na Igreja antiga, um salmo


era cantado enquanto as
oblatas de pão e vinho eram
levadas ao altar pelos fiéis. A
antífona de Ofertório é um
vestígio daquele Salmo.

p repararm o-nos
p a ra celebrar o
sagrado m istério da
Eucaristia, oferece­
m os o nosso pão e
vinho a Deus para a
Sua bênção, mas
deveríamos tam bém
acrescentar nossos p ró p rio s dons. N os tem p o s dos
p rim eiro s cristãos, os m em b ro s d a Igreja form avam
u m a longa fila tra z e n d o os seus d o n s de alim entos,
v inho, o u ro e jóias preciosas ao altar. H oje é co stu ­
m e oferecer u m donativo em d in h eiro p ara sustento
da Igreja e de seus sacerdotes, m as, m ais im p ortante,
n ó s devem os oferecer a nós m esm os a D eus, elevan­
do nossos corações a Ele ju n ta m e n te co m a H óstia
n a patena, com o fizeram m u ito s santos.

V O C Ê SA B IA ? D urante a Missa Rezada


(ou na Missa Cantada,
O Ofertório é um a das cerimônias mais importantes da Missa.
Para preencher nossa obrigação de ir à Missa nos domingos e dias depois de se com pletar a
santos, devemos estar presentes pelo menos desde esse ponto. antífona de Ofertório), um hino
apropriado pode ser cantado.

O Q UE É U M A a n t í f o n a ? Aqui o Padre m enciona as


três principais categorias
palavra grega antiphonon sig­ de pecado:

A nifica ‘soar contra e descreve a


forma elaborada com que eram canta­
dos os salmos na sinagoga no tempo de
1. Peccatis: quando violamos os
m andam entos de Deus, ofende­
Cristo: dois grupos de homens alterna­ m os a Deus que nos ama.
vam-se cantando cada estrofe. 2. Offensionibus: quando faze­
Cada salmo era precedido por um mos algo que causa escândalo aos
breve verso, tirado do próprio salmo outros, os estamos ofendendo.
ou da escritura, que servia como um a
3. Negligentiis: quando deixamos
espécie de tema. Ao completar-se de fazer as coisas que devemos
cada estrofe do salmo, a antífona era como seguidores de Cristo, ofen­
repetida. demos a nós mesmos.
A Igreja antiga continuou essa
prática, mas com o tempo os salmos A Hóstia repousa agora sobre
foram cortados e às vezes apenas a o corporal, Esse retângulo sagrado
de fino linho ajuda a garantir que
antífona é usada, como aqui no Ofer­
não se perca nem mesmo a menor
tório. Veja a p. 67 para saber mais so­
partícula do precioso Corpo de
bre antífonas Nosso Senhor.
o sacerdote beija o altar, vira-se para o povo e diz:
'V. Dóminus vobíscum.
o Senhor [seja] convosco.
R Et cum spíritu tuo.
E com 0 espírito teu.

O rém u s:
Oremos:

SEN TAD O S

a n t íf o n a d e O F E R T O R IO

# VEJA O PRÓPRIO DA MISSA DO DIA ^


Benedíctus sit Déus Páter, unigenitúsque Déi Fílius,
Bendito seja Deus Pai, e o Unigênito de Deus Filho,
Sánctus quoque Spíritus:
Santo e também Espírito:
quia fécit nobíscum misericórdiam súam.
pois mostrou a nós a misericórdia sua.

Y. O Senhor seja convosco.


O F E R T Ó R IO R E tam bém com o teu espírito.
O sacerdote remove o véu e a pala do cálice e,
erguendo a patena com a Hóstia, Oremos:
oferece-a a Deus dizendo
A N T Í F O N A D E O F E R T O R IO

u s c iP E , sancte Pater omnípotens, ^ VER O PROPRIO DA MISSA DO DIA ^


Recebei, santo Pai, onipotente
aetérne Deus, Bendito seja Deus, o Pai, e o Filho Unigênito de
eterno Deus,
Deus, e também o Espírito Santo, pois foi misericor­
hanc immaculátam hóstiam, dioso, para conosco.
esta imaculada hóstia,
quam ego indígnus fámulus tuus ófFero tibi,
que eu indigno servo Vosso ofereço a Vós O F E R T O R IO
Deo meo vivo et vero,
ecebei, Pai santo, Deus onipotente e eterno, esta
Deus meu, vivo
pro innumerabílibus peccátis,
pelos inumeráveis
e verdadeiro,

pecados,
R hóstia imaculada, que eu, vosso indigno servo,
ofereço a Vós, meu Deus vivo e verdadeiro, pelos
et oífensiónibus, et negligéntiis meis, meus inumeráveis pecados, ofensas e negligências,
e ofensas, e negligencias meus, por todos os que estão aqui presentes e por todos os
et pro ómnibus circumstántibus, fiéis, vivos e defuntos, para que tanto a mim como a
e por todos aqui presentes, eles aproveite para a salvação e vida eterna. Amém.
sed et pro ómnibus fidélibus christiánis
mas também por todos os fiéis cristãos
vivis atque defúnctis: ut mihi, et illis
vivos e defuntos: para que a mim e a eles
profíciat ad salútem in vitam aetérnam. Arnen.
aproveite para a salvação na vida eterna. Amém.

o sacerdote fa z o sinal da cruz com a patena, e depois


a inclina para que a Hóstia deslize para o corporal.

19
'«êééíÈ S

DEUS E A CRIAÇÃO SE U N EM -.

A bênção da água recorda a


natureza hum ana de Cristo
e nossa esperança de que, ao
dela participarmos, possamos
tam bém partilhar de Sua na­
tureza divina. A bênção da
v in h o d e rra m a d o n o cálice re p re se n ta a n a tu re z a d iv in a d e Jesus, e a gota água é omitida nas Missas de

O d ag u a q u e é m istu ra d a ao v in h o re p re se n ta a n o ssa n a tu re z a h u m a n a - e
c o m ela a n ó s m esm os. A ssim co m o os dois se m istu ra m n o cálice e não
p o d e m m ais ser sep arad o s, ao ju n ta rm o s n o sso sacrifício àquele sen d o oferecido no
altar, esp eram o s n o s to rn a r u m c o m C risto n a E ucaristia.
Fiéis Defuntos, pois aquele
pelo qual a Missa é oferecida
já não mais está com a Igreja
Militante aqui na terra.

V O CE SA B IA ?
JE S U S M IST U R O U A G U A CO M
V IN H O N A Ú L T I M A C e IA ? Se não houver água para
fazer essa mistura, a Missa
Sim! A v id eira e seu fru to eram u m sím b o ­ não pode ser dita!
lo do povo israelita (lem bre-se de “E u sou
a v id e ira ...”), e to m a r as q u a tro taças de v i­
n h o ab en ço ad o d u ra n te a refeição de Pás­
coa reafirm ava a posição de cad a u m com o
m e m b ro d o povo eleito p o r D eus. P o r essa
razão, o v in h o n ã o p o d ia ser o m itid o o u
substituído. M as, p a ra evitar a em briaguez,
era co m u m m istu ra r água ao vinho.

Agora que o cálice contém a


m istura abençoada de vinho
‘E o Verbo se fez carne e h abitou entre nós...” e água, o Padre o mantém
coberto com a pala, para
(João 1,14) assegurar que nada caia nele.

A
co n cep çã o de Jesus n o
v en tre de M aria o c o rre u pela
v o n ta d e do Pai, e foi re a li­
zad a pelo E spírito Santo. V em os aí
que, q u a n d o u m a pesso a d a T rin d a ­ Essa foi a oração de Sidrac,
de age, ela o faz em co n ju n to co m as Misac e Abdénago quando
o u tra s duas, tra ta n d o -se , p o rta n to , foram lançados na fornalha
d a m e sm a ação. D a m e sm a form a, ardente (Daniel 3,39-40).
é a u n id a d e d a v o n ta d e de D eus Pai O Salmo 50 nos diz:
co m a ação do E spírito Santo que “M eu sacrifício, ó Deus,
é um a alm a arrependida;
fará co m que o p ão e o v in h o que
ao coração contrito e
oferecem os to rn e m -se o C o rp o e o humilhado. Senhor, não
Sangue de N osso Senhor. desprezareis.”
Isto serve para nos lem ­
brar de que não merecemos
“E disse M aria ao anjo: Com o o sacrifício de Jesus por nós.
se fará isso, pois eu não conhe­
ço varão? E respondendo, o As orações que oferecemos
até aqui foram dirigidas a
anjo lhe disse: o Espírito San­ Deus Pai, por interm édio de
to descerá sobre ti, e a virtude seu Filho. Pedimos agora que
o Espírito Santo esteja pre­
do A ltíssim o te cobrirá de sua sente e abençoe o sacrifício
sombra.” em nosso altar.
(Lucas 1, 34)

20
o sacerdote agora derrama vinho e água no cálice,
abençoando a água antes de misturá-la, dizendo:
I EUS, q u i h u m á n a e su b s tá n tia e d ig n itá te m
Ó Deus que da humana natureza a dignidade
Imirabíliter condidísti,
de modo maravilhoso criastes
et mirabílius reformásti:
e de modo ainda mais maravilhoso reformastes:
da nobis per hujus aquae et vini mystérium,
dai- nos, por desta água e vinho mistério,
ejus divinitátis esse consortes,
da divindade sejamos participantes,
qui humanitátis nostrae fíeri dignátus est párticeps,
daquele que da humanidade nossa dignou-se partilhar,
Jesus Christus, Fílius tuus, Dóminus noster:
Jesus Cristo, Filho vosso, Senhor nosso:
Qui tecum vivit et regnat
Que convosco vive e reina
in unitáte Spíritus sancti, Deus,
na unidade do Espírito Santo Deus:
per ómnia saécula saeculórum. Amen.
por todos os séculos dos séculos. Amém.

0 sacerdote oferece agora o cálice, dizendo:


FFERiMUS tibi, Dómine, cálicem salutáris.
Oferecemos a Vós, Senhor, o cálice da salvação, DEUS, que de modo maravilhoso criastes em sua
tuam deprecántes cleméntiam;
a Vossa implorando clemência:
O dignidade a natureza humana e de modo mais ma­
ravilhoso ainda a reformastes, concedei-nos, pelo mis­
ut in conspéctu divínae majestátis tuae, tério desta água e vinho, ser participantes da divindade
que na presença da divina majestade Vossa,
d’Aquele que se dignou partilhar da nossa humanidade,
pro nostra, et totíus mundi salúte Jesus Cristo vosso Filho e Senhor nosso, que, sendo
para a nossa e a de todo o mundo salvação,
Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito San­
cum odóre suavitátis ascéndat. Amen. to, por todos os séculos dos séculos. Amém.
com odor da suavidade ascenda. Amém.
Ele então fa z o Sinal da Cruz com o cálice, ^ós vos oferecemos. Senhor, o cálice da salvação,
coloca-o sobre o corporal, e cobre-o com a pala. N e imploramos da Vossa clemência que ele se eleve
até a presença da Vossa divina majestade, qual suave
Inclinando-se, com as mãos unidas sobre o altar, o sacerdote diz: odor, para salvação nossa e de todo o mundo. Amém.
N s p íritu h u m ilitá tis, et in á n im o c o n trito OM o ESPÍRITO de humildade e coração contrito,
Com espírito de humildade
suscipiámur a te, Dómine: et sic fiat
e com a alma

sejamos acolhidos por Vós, Senhor: e assim seja feito


contrita
C sejamos por Vós acolhidos. Senhor; e que este
nosso sacrifício se realize hoje na Vossa presença de
forma a merecer o Vosso agrado. Senhor nosso Deus.
sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie,
O sacrifício nosso na presença Vbs-sa hoje,
'iNDE,Santificador, Deus onipotente e eterno, e
ut pláceat tibi, Dómine Deus.
para agradar a Vós, Senhor Deus. V abençoai este sacrifício preparado para o Vosso
santo nome.
De pé, ele estende e depois junta as mãos, elevando os olhos ao
Céu. E fazendo o sinal da cruz sobre a Hóstia e o Cálice,
ele invoca o Espírito Santo:

1ENi, sanctificátor omnípotens aetérne Deus:


Vinde, Santificador, onipotente e eterno Deus:
Iet b é n e d ic h o c sa c rifíc iu m
e abençoai este sacrifício,
tuo sancto nómini praeparátum.
para o Vosso santo nome preparado.

21
UM SUAVE PERFUME
A ssim com o M aria M ad alen a u n g iu os pés de Jesus com bálsam o de
g ran d e preço, n ó s “envolvem os em p erfu m e” n o ssa oferta e to d o s os que dela
p articip am . N a M issa Solene e nas M issas C antadas com incenso, as oblatas
e to d as as pessoas presentes são incensadas.

Invocamos a intercessão de
São Miguel, príncipe da
palavra incenso vem

A
milícia celeste.
d o la tim incendere, que
significa ‘q u e im a r’. O
in cen so é u m a resin a aro m ática
d eriv ad a d a seiva d a p la n ta
B osw ellia , e seu u so é m u ito
antigo. C o m o tin h a de
ser im p o rta d o de te rra s
d istantes, e ra u m sacrifício
de g ra n d e p reço e u m
p re se n te a d e q u a d o p a ra o
Rei d o s Reis.
O in cen so e ra q u eim ad o
du as vezes ao d ia em u m
altar especial d o Tem plo
em Jerusalém , e u m a vez
ao ano, n o D ia d o Perdão,
Este trecho do Salmo
p ed aço s de carv ão desse
140 é particularmente
altar e ra m levados em u m apropriado aqui;
tu ríb u lo , com dois p u n h a d o s “Suba até Vós,
de incen so , ao Santo dos Senhor, como incenso, a
Santos, o n d e era q u e im a d o em minha oração..
c erim ô n ia solene d ian te d a sede
de m ise ric ó rd ia d a A rca d a A liança,
o n d e se dizia q u e h ab itav a a S h e k h in a h ,
o u p rese n ç a do Senhor.

“E veio outro anjo e parou diante do altar, tendo um turíbulo


de ouro, e lhe foram dados muitos perfumes das orações de to­
dos os santos, para
que os pusesse so­
Q uando a congregação é
bre o altar de ouro, incensada, ficamos de pé e
inclinamos a cabeça.
que estava ante o
trono de Deus. E
subiu o fumo do
perfume das ora­
ções dos santos da
mão do anjo dian­
te de Deus.”
(Apocalipse 8,3-4)

22
IN C E N S A Ç Ã O
Nas Missas Solenes, e com freqüência nas Missas
Cantadas, as oblatas de pão e vinho são incensadas,
assim como o altar e todos os presentes. O celebrante
abençoa o incenso, dizendo:
P er intercessiónem beáti Michaélis Archángeli,
Pela intercessão do bem-aventurado Miguel Arcanjo,
stantis a dextris altáris incénsi,
que está à direita do altar do incenso,
et ómnium electórum suórum,
de todos os eleitos seus,
incénsum istud dignétur Dóminus
incenso este digne-se o Senhor
benedícere ^ et in odórem suavitátis accípere.
abençoar e qual perfume suave recebê-lo.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen.
Por Cristo Senhor nosso. Amém.

Recebendo o turíbulo, ele incensa o pão e o vinho:


I n c é n s u m istu d a te b e n e d íc tu m . IN C E N S A Ç Ã O
Incenso este, por Vós abençoado,
ascéndat ad te. Dom ine: ELA intercessão do bem-aventurado Arcanjo São
eleve-se até Vós, Senhor:
et descéndat super nos misericórdia tua.
P Miguel, que está à direita do altar do incenso, e de
todos os seus eleitos, digne-se o Senhor abençoar este
e desça sobre nós a misericórdia Vossa. incenso e recebê-lo qual suave perfume. Por Jesus
Cristo Senhor nosso. Amém.
Incensando o altar, ele reza as palavras do Salmo 140:
D ir ig a t u r , Dómine, orátio mea.
por Vós abençoado, se eleve
u e e s te in c e n s o ,
Seja dirigida, Senhor,
sicut incénsum in conspéctu tuo:
como incenso, à presença
a oração minha,

Vossa:
Q até Vós, Senhor, e sobre nós desça a vossa m ise­
ricórdia.
elevátio mánuum meárum
e 0 erguer das mãos minhas Vós, Senhor, como incenso, a m inha
S
UBA ATÉ

sacrifícium vespertínum. oração; e o meu erguer de mãos seja como o


(como) sacrifício vespertino. sacrifício vespertino. Ponde, Senhor, guarda à m inha
Pone, Dómine, custódiam ori meo. boca, e sentinela à porta dos meus lábios; não se deixe
Ponde, Senhor, guarda á boca minha, m eu coração arrastar a palavras de maldade, que lhe
et óstium circumstántiae lábiis meis: sirvam de pretexto para o pecado.
e uma porta ao redor dos lábios meus:
Ut non declínet cor meum in verbo malítiae,
para que não se deixe inclinar o coração meu a palavras de maldade,
ad excusándas excusatiónes in peccátis.
A em nós o fogo do seu amor e as
CENDA O S e n h o r
chamas da eterna caridade. Amém.
para ser escusado por desculpas para o pecado.

Passando o turíbulo ao diácono, ou ao acólito, ele diz:


A ccend at in nobis Dóminus ignem sui amóris.
Acenda em nós o Senhor ofogo dv seu amor,
et flammam aetérnae caritátis. Amen.
e a chama da eterna caridade. Amém.

Então, são incensados o celebrante,


o clero e depois a assistência.
DE PÉ

23
MAIS ALVO DO QUE A NEVE
Como as mãos que vão tocar
A ssim co m o o sacerd o te re z o u p a ra q u e seus lábios fossem p u rificad o s o Santíssimo Corpo de Nosso
antes de ca n ta r as p alavras do E vangelho, ele agora p u rifica suas m ão s p a ra Senhor nunca poderão
estar suficientemente puras,
p re p a rá -las p a ra to c a r o q u e logo to rn a r-se -á o C o rp o de C risto.
enquanto o sacerdote lava as
suas mãos com águas nessa
P O R Q U E T O D A E S S A P U R IF IC A Ç Ã O ? purificação simbólica, ele
reza o Salmo 25, pedindo
'm a v ez p or ano, no que permaneça puro pela
D ia d o P erdão, era p e r­ ajuda de Deus.
m itid o ao S um o Sacerdote
a d e n tra r o Santo dos Santos, p ara
q u e im a r in cen so e asp erg ir o altar
co m o sangue dos sacrifícios. Para V O C E SA B IA ?
p re p a ra r-se p a ra essa h o n ra , ele Na Igreja antiga, os fiéis
passava seis dias d e n tro do T em ­ traziam muitas ofertas de
plo, p u rifican d o -se e m e m o riz a n d o pão, vinho e outros pro­
dutos da terra ao altar. De­
cad a d etalh e d a c erim ô n ia p a ra
pois de recebê-los todos,
que n ã o com etesse e rro algum . N a não estranha que fosse ne­
n o ite anterior, ele g u ard av a vigília, cessário lavar as mãos!
je ju an d o e len d o os Salm os. E ntão,
n o D ia d o P erdão, ele lavava to d o o seu co rp o cin co vezes, e as m ão e os pés dez vezes.
N ós ta m b é m n o s p re p a ra m o s p a ra e n tra r n a p re sen ça de n o sso D eus, m as já n o s
purificam o s n a ág u a de n o sso B atism o. N o Confiteor, lim p am o s os nossos corações
ao rezar p ela rem issão de n o sso s p ecad o s. N o Credo, ren o v am o s a fé que recebem os
n o B atism o. A g o ra q u e n o s a p ro x im am o s d o co ração d a M issa, essa purificação
sim bólica in v o ca o E sp írito Santo p a ra p u rific a r-n o s a in d a m ais, p a ra q u e nossos Com o em outras partes da
co rp o s p o ssa m se to rn a r u m vaso a d e q u a d o p a ra o C o rp o de N osso Senhor. Missa onde ocorre a doxo-
logia, esta aqui é omitida nas
Missas de Fiéis Defuntos e
durante o Tempo da Paixão.
O QUE É U M A O BLAÇÃO ?
A palavra oblação vem do latim oblatio, que significa ‘oferenda’.
Ela se refere a algo que é entregue a Deus.

“Lavai-me inteiramente de minha culpa, e purificaMne Oferecemos nossa oblação à


Santíssima Trindade, recor­
de meu pecado. Reconheço a minha m alf âde, e|iiar|:ie dando que não foi somente
de mim está sempre o meu pecado.” CSl50jt=Ç} o sofrimento e a m orte de
Cristo que trouxeram nossa
salvação: ela se completou
por seu ressurgimento dos
mortos e sua ascensão em
glória.

Aqui a palavra istorum,


que significa ‘destes’,
refere-se aos santos
cujas relíquias estão
guardadas na pedra d’ara.

Veja o Confiteor na p. 5: você


percebe similaridades entre
aquela oração e essa?

24
o celebrante agora purifica os dedos:
AVABO in te r in n o c é n te s m a n u s m eas:
Lavarei entre inocentes as mãos minhas:
Iet circúmdabo altáre tuum, Dómine:
e acercar-me-ei do altar Vosso, Senhor.
Ut áudiam vocem laudis,
Para ouvir a voz de louvor,
et enárrem univérsa mirabília tua.
e contar todas as maravilhas Vossas.
Dómine, diléxi decórem domus tuae,
Senhor, amo a beleza da casa Vossa,
et locum habitatiónis glóriae tuae.
e 0 lugar em que mora a glória Vossa.
Ne perdas cum ímpiis, Deus, ánimam meam,
Não percais com os ímpios. Deus, a alma minha,
et cum viris sánguinum vitam meam:
e com os homens sanguinários a vida minha:
In quorum mánibus iniquitátes sunt: as m inhas mãos, e acercar-
L
a v a re i n a in o c ê n c ia
Em cujas mãos as intqüidades estão:
me-ei, Senhor, do vosso altar, para ouvir os vossos
déxtera eórum repléta est munéribus. louvores, e apregoar todas as vossas maravilhas. Amo,
e a destra deles repleta está de dádivas.
Senhor, a beleza da vossa casa, e o lugar em que repou­
Ego autem in innocéntia mea ingréssus sum:
Éu pelo contrário na inocência minha conduzo-me: sa a vossa glória. Não deixeis, ó Deus, que m inha alma
rédime me, et miserére mei. se perca com os pecadores, nem a m inha vida com
livrai-me, e compadecei-Vos de mim. os homens sanguinários.Eles que têm as mãos m an­
Pes meus stetit in directo: chadas de iniqüidade, e a destra repleta de dádivas.
Os pés meus permanecem no caminho reto: Eu, pelo contrário, conduzo-me pelas sendas da inocên­
in ecclésiis benedicam te, Dómine. cia; livrai-me, Senhor, e compadecei-Vos de mim. Os
nas assembléias bendirei a Vós, Senhor. meus pés andam pelo caminho da retidão; nas assem­
Glória Patri et Filio et Spiritui Sancto. bléias Vos bendirei. Senhor.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.
Sicut erat in princípio et nunc et semper, lória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim
Assim como era no principio,
et in saécula saeculórum. Amen.
e agora, e sempre,
G como era no princípio, agora e sempre, e por
todos os séculos dos séculos. Amém.
e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Inclinando-se ao centro do altar e Trindade Santa, esta oblação, que Vos
e c e b e i,
colocando suas mãos unidas sobre ele, o celebrante diz:
R oferecemos em m em ória da Paixão, Ressurreição
e Ascensão de Jesus Cristo nosso Senhor, e em honra
u s c iP E , sancta Trínitas, hanc oblatiónem da bem-aventurada sempre Virgem Maria, de São
Recebei, santa Trindade, esta oblação,
João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo,
quam tibi oíFérimus destes {cujas relíquias estão no altar) e de todos os
que Vos oferecemos
Santos; seja para honra deles e salvação nossa, e por
ob memóriam passiónis, resurrectiónis et ascensiónis nós se dignem interceder no céu aqueles cuja memória
em memória da paixão, ressurreição, e ascensão
celebramos na terra. Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor
Jesu Christi Dómini nostri:
de Jesus Cristo, Senhor nosso, nosso. Amém.
et in honórem beátae Maríae semper Vírginis,
e em honra da bem-aventurada Maria sempre Virgem,
et beáti Joánnis Baptístae,
e do bem-aventurado João Batista,
et sanctórum Apostolórum Petri et Pauli,
e dos santos Apóstolos Pedro e Paulo,
et istórum, et ómnium Sanctórum:
e destes, e de todos os santos:
u t illis p ro fíc ia t a d h o n ó re m ,
que para ews sirva de honra,
nobis autem ad salútem:
e para nós, porém, de salvação;
et illi pro nobis intercédere dignéntur in caelis,
e eles por nós interceder dignem-se no céu,
^imus in terris.
quorum memoriam agi
aqueles cuja memória tlebramos na terra.
ceíel
Per eúmdem Christum Dóminum nostrum. Amen.
Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém. 25
o MEU SACRIFÍCIO E O VOSSO Até este ponto, quando o ce­
lebrante desejava que u n ís­
o p a d re está p restes a re n o v a r o sacrifício de C risto n o altar p o r nós, sem os nossas orações às
e m silêncio reverente. É co m o se ele fosse o S um o Sacerdote dele, ele nos saudava com o
“D om inus Vobiscum”, segui­
p a ssa n d o p a ra além d o véu, ru m o ao Santo dos Santos.
do p o r Oremus. Agora, a n ­
tes de iniciar o C ânon, ele se
volta a nós um a últim a vez e
“...Orai para que o meu e o vosso sacrifício seja aceito...” nos convida a que juntem os
as nossas orações e sacri­
a Missa, C risto oferece o sacrifício fícios aos dele de m aneira

N p erfeito p o r nós, m as Ele p e d e que


ta m b é m ju n te m o s n o sso s p ró p rio s
sacrifícios ao d ’Ele. Q u a n d o “to m a m o s n o ssa
cru z e O seg u im o s”, u n in d o -n o s
m ais form al e solene.

O acólito re sp o n d e
p o r n ó s d u ra n te a
co m a H ó stia sobre o altar,
M issa, m as é u m a b o a
serem o s ta m b é m co n sag rad o s
p rá tic a re za rm o s e
co m Ele, e to d o s os n o sso s
re sp o n d e rm o s ta m b é m
so frim e n to s to rn a m -s e co m o
em nossos corações,
que d eg rau s de u m a escada
p o is receb em o s os
que se eleva ao C éu. M ártires
fru to s d a M issa n a
com o Sta. Júlia, re p re se n ta d a
p ro p o rç ã o d e n o ssa
aqui, o fereceram o sacrifício
p articip aç ão nela.
definitivo p o r N o sso Senhor, m as
nosso s p eq u e n o s sacrifícios d iário s
ta m b é m O ag rad am .
P O R Q U E SECRETA?
Embora esta oração receba
o seu nome do fato de que
é rezada em silêncio, não
há nada “secreto” nela: é
um a oração de petição,
pela aceitação de nossas
oferendas por nossa sal­
vação. É um a oração do
Próprio, e por isso geral­
mente se refere à festa que
está sendo celebrada.

Eis aquela fórmula


trinitária mencionada
na p. 10. Ela varia depen­
dendo de a quem é dirigida.
Se você tem um Missal, veja
se consegue localizar todas
as diferentes versões. Elas
estão listadas na p. 70

A Secreta é a última oração


V O CE SA B IA ? do Próprio a ocorrer até a
A frase latina saecula saeculorum não parece fazer sentido quando traduzida Comunhão. O Padre logo
literalmente. Mas ela se baseia na m aneira como a língua hebraica forma os estará tom ando o Corpo
superlativos, como por exemplo "Rei dos Reis” ou “Santo dos Santos”. Neste Sagrado de Nosso Senhor
caso, “século dos séculos” significa “para todo o sempre”. em suas mãos consagradas,
.. .Agora considere o seguinte: se os superlativos hebraicos são formados com a e usará o Missal o mínim o
duplicação de um a palavra, pense o que pode significar um a palavra triplicada, possível, para evitar que Par­
como no Sanctus. tículas Sagradas caiam entre
as páginas.

A Q U I, CO M A ORAÇÃO DA SECRETA, ENCERRA-SE O O FERTÓRIO DA MISSA.

26
o celebrante beija o altar e, voltando-se para o povo,
estende as mãos e diz em voz alta:
RATE, FRATRES:
Orai, irmãos:
Iut meam ac vestrum sacrifícium
para que o meu e o vosso sacrifício
acceptábile fiat apud Deum Patrem omnipoténtem.
aceitável seja diante de Deus Pai onipotente.

O acólito responde:

R Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis.


Receba o Senhor o sacrifício das mãos tuas,

ad laudem, et glóriam nóminis sui,


para louvor e glória do nome seu,
ad utilitátem quoque nostram,
para benefício também nosso,
totiúsque Ecclésiae suae sanctae.
e de toda a Igreja sua santa.

Em VOZ baixa, o celebrante responde:


V Amen.
Então, com as mãos estendidas, ele reza silenciosamente a Secreta.

RAI IRM ÃOS, para que o m eu e o vosso sacrifício


O seja aceito por Deus Pai onipotente.

R Receba o Senhor das tuas mãos este sacrifício para


louvor e glória do seu nome e para bem nosso e de toda
a sua santa Igreja.

SECRETA

^ VEJA O PROPRIO DA MISSA DO DIA #

Nós Vos rogamos, Senhor, nosso Deus, santiíicai pela


invocação de Vosso santo Nome esta hóstia que Vos
oferecemos, e fazei que por ela, sejamos nós mesmos
para Vós um a oblação para a eternidade. Por Cristo
Nosso Senhor, Vosso Filho, que convosco vive e reina
na unidade do Espírito Santo, Deus...

V ...por todos os séculos dos séculos.


R Amém.
o CÉU NA TERRA Em bora não se volte ao povo,
o celebrante uma vez mais
Ao no s p re p a ra rm o s p a ra e n tra r n o cen tro d a M issa, no qual N osso S enhor v irá a nós, nos saúda com o Dominus
é com o se n ó s ta m b é m estivéssem os sen d o elevados ao céu em m eio ao coro de anjos. Vobiscum, alertando-nos que
algo im portante está prestes a
acontecer.
SanctUS é u m h in o c h a m a d o

O T ersanctu s, d as p alav ras la tin a s


ter e sanctus, q u e sig n ificam
‘trê s vezes san to ’. A p rim e ira p a rte deste
h in o é o lo u v o r d o s an jo s q u e ta n to
Esse conjunto de
responsórios que se
vê aqui é encontrado
nas mais antigas liturgias
conhecidas da Igreja, e se
Isaias q u a n to S. João o u v ira m e m suas crê que tenha sido instituído
visões d o céu. A se g u n d a m e ta d e é a pelos próprios Apóstolos.
aclam ação d o p o v o n a e n tra d a de Jesus
em Jerusalém . O Prefácio é um a oração-
hino baseada nas que eram
usadas nas cerimônias da
Olhei e vi uma porta aberta no céu, Páscoa judaica.
e a primeira voz que ouvi era como de
trombeta, que falava comigo, dizendo:
Em certo tempo, cada Missa
Sobe cá... E logo fui arrebatado em possuía seu próprio prefácio,
espírito: e vi imediatamente um trono, mas hoje há apenas quinze
que são usados em festas
que estava posto no céu e sobre o trono especiais.
estava um assentado.., E não cessavam A razão pela qual o prefácio
não está marcado aqui como
de dia e de noite de dizer Santo, Santo, parte do Próprio é que este
é o Prefácio da Santíssima
Santo, 0 Senhor Deus onipotente, o que
Trindade, usado na maioria
era, e o que é,e o que há de vir.” das Missas de domingo.
(Apocalipse 4,1-2,8)
VO CE SA B IA ?
A melodia usada para en­
toar 0 Prefácio é a mesma
que era usada pelos gregos
antigos para proclamar os
“Vi ao Senhor assentado sobre um alto feitos de um herói na festa
em sua homenagem.
e elevado sólio... Os Serafins estavam
sobre Ele... e clamavam um para o
outro, e diziam: Santo, Santo, Santo, Note que, ao
aproximar-se do final, o
Senhor Deus dos exércitos, cheia está Prefácio recorda os anjos,
toda a terra da sua glória.” (isaías 6, i-3) cuja canção de louvor
celestial vem a seguir.

V O CE SA B IA ?
Hosannah é aramaico e seu sentido literal é “Salve-me,
por favor!”, mas tem sido usado tradicionalmente como Agora canta-se o
Sanctus.
uma fórmula litúrgica de louvor.
Como os arranjos musicais
da Missa tornaram -se mais
“...E tanto as gentes que iam adiante, longos e complexos, muitas
vezes o Sanctus tinha de ser
como as que iam atrás, gritavam, di­ dividido em duas partes para
zendo: Hosana ao filho de Davi! Bendito que a música terminasse a
tempo para a Consagração.
0 que vem em nome do Senhor! Hosana Depois da elevação do Cálice,
nas maiores alturas.” (Mateus 2 1 , 9 ) a música então continuava
com o Benedictus.
28
V. Dóminus vobíscum.
o Senhor [seja] convosco.
Et cum spíritu tuo.
E com 0 espírito teu.
^ Sursum corda.
Ao alto os corações.
R Habémus ad Dóminum.
[Assim] os temos [levantados] para o Senhor.
V. Grátias agámus Dómino Deo nostro.
Graças aemos ao Senhor Deus nosso.
R Dignum et justum est.
Digno e justo é.
O celebrante estende as mãos e as mantém nessa
posição até o final do Prefácio.
P R E F Á C IO
ERE dignum et justum est,
Verdadeiramente digno e justo é,
aequum et salutáre, V. O Senhor seja convosco.
correto e salutar,
R E tam bém com o teu espírito.
nos tibi semper et ubíque grátias ágere:
[que] nós a Vós sempre e em toda parte graças demos: V. Corações ao alto.
Dómine sancte, Pater omnípotens, aetérne Deus: ü Assim os temos, levantados para o Senhor.
Senhor, santo Pai, onipotente e eterno Deus: ''K Demos graças ao Senhor nosso Deus.
Qui cum unigénito Filio tuo, et Spíritu Sancto, R Digno e justo é.
Que com o unigénito Filho Vosso, e com o Espírito Santo,
^ P R E F Á C IO
unus es Deus, unus es Dóminus:
um sois Deus, um sois Senhor: VERDADEIRAMENTE DIGNO E JUSTO, neceSsário e

. non m uníus sin^ularitáte persónae,


não em uma so pessoa,
E salutar que sempre e em toda a parte Vos demos
graças, Senhor, Pai santo, Deus onipotente e eterno,
sed in uníus Trinitáte substántiae. que sois com o Vosso Unigénito Filho e o Espírito
mas em uma Trindade de substância. Santo um só Deus, um só Senhor, não na unicidade
Q uod enim de tua glória, revelánte te, crédimus, dum a só pessoa, mas na Trindade dum a só natureza.
o que verdadeiramente de Vossa glória, por Vossa revelação, cremos, Com efeito, o que, em virtude da Vossa revelação,
hoc de Filio tuo, hoc de Spíritu Sancto, acreditamos com respeito à Vossa glória, isto mesmo
isto do Filho Vosso, isto do Espírito Santo,
cremos, sem distinção alguma, do Vosso Filho e do
sine differéntia discretiónis sentímus. Espírito Santo; de tal m odo que, ao proclamarmos
sem diferença de separação percebemos.
a verdadeira e sempiterna Divindade, nas pessoas
Ut in confessióne verae sempiternaéque Deitátis, adoramos a propriedade, na essência a unidade, na
De modo que ao proclamarmos a verdadeira e sempiterna Divindade,
majestade a igualdade. É esta a quem louvam os Anjos
et in persónis propríetas, et in esséntia únitas, e Arcanjos, os Querubins e Serafins, que não cessam
e nas pessoas a propriedade, e na essência a unidade,
nem um só dia de proclamar, repetindo num a só voz:
et in majestáte adorétur aequálitas.
e na majestade adoramos a igualdade.

S
Quam laudant Angeli atque Archángeli, ANTO, SANTO, SANTO,
A quem louvam os Anjos e os Arcanjos, é O Senhor Deus dos exércitos celestes.
Chérubim quoque ac Séraphim: Cheios estão o Céu e a Terra da Vossa glória.
os Querubins tambem e os Serafins: Hosana nas alturas.
qui non cessant clamáre quotídie, una voce dicéntes: Bendito o que vem em nome do Senhor.
que não cessam de proclamar todo dia, numa voz dizendo: Hosana nas alturas.
Ele junta as mãos e inclina a cabeça, dizendo:

D E JO E L H O S
A N C T U S, S a n C TU S, S a N CTU S,
Santo, Santo, Santo,
Dóminus Deus Sábaoth.
Senhor Deus dos exércitos
Pleni sunt caeli et terra glória tua.
Cheios estão o céu e aterra aa glória Vossa.
Hosánna in excélsis.
Hosana nas alturas.
Benedíctus qui venit in nómine Dómini.
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Hosánna in excélsis.
Hosana nas alturas.

29
o CÂNON DA MISSA
“Entrando Moisés pelo meio da nuvem,
subiu ao monte...” (Êxodo 24,18)

om o Moisés n o Sinai, o

C sacerdote “en tra pelo m eio da


nuvem ” ao iniciar o C ânon,
rezando todas as orações seguintes
süenciosam ente até o Pater Noster.
E 1 m m uitos missais a n ti­
gos, a le tra “T ” n o Te igitur
J e ra rica m e n te deco rad a,
e co m o te m p o ela veio a in clu ir
a figura de C risto n a cruz. Essas
C A N O N = REG RA ilu straçõ es fo ra m sen d o a m p lia­
Este é o c en tro das até que v ieram
im u táv el d a M issa. a p re e n c h e r to d a a
p á g in a o posta. Essa
A fórm ula das orações que com ­
tra d iç ã o prossegue
põem esta parte da M issa deve ser
até hoje: é difícil e n ­
observada em todas as Missas. C om
c o n tra r u m M issal
exceção de uns poucos acréscimos,
q u e n ã o te n h a u m a
é de origem apostóHca, e não foi al­
cen a d a crucificação
terada significativamente desde São
n e sta p ágina.
Gregório M agno (540-604 AD).

Vaie notar que a prim eira


palavra do Cânon, Te,
refere-se a Deus.

e s tru tu ra

A do C ânon
é sim étrica,
com o m o stra d o
neste diagram a:
O Te Igitur é a prim eira das
orações de memória. Nela
recordamos toda a Igreja
Militante, começando com
o Papa e o nosso Bispo. Era
costume mencionar-se tam ­
bém o rei, mas essa prática
foi descontinuada por Pio V,
Primeiro, há durante a Contra-Reforma,
A Consagração
três orações é seguida por pois a fé de m uitos líderes já
de Memória, três orações de não mais o permitia.
seguidas por Ofertório e outras
duas orações do duas orações de
Ofertório.
Memória.
O Q U E S IG N I F IC A
ASSISTIR A M IS S A ?
Você já deve ter ouvido a
frase “assistir a Missa” usa­
da em vez de “ir à Missa”.
Ela significa que é crucial
não apenas que estejamos
presentes, mas que tam ­
bém tenham os fé e devo­
ção para que possamos
plenamente participar dos
frutos da Missa.
CANON
o celebrante estende, ergue e junta as mãos,
elevando os olhos ao céu. Então, profundamente
inclinado, ele diz em voz baixa:

E I G I T U R , clementíssime Pater,
A Vós pois, clementíssimo Pai,
per Jesum Christum Fílium tuum
por Jesus Cristo Filho Vosso,
Dóminum nostrum, VÓS, PAI CLEM ENTÍSSIM O, por Jesus Cristo Vosso
Senhor nosso,
súpplices rogámus, ac pétimus,
humildemente rogamos, e pedimos
A Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos
e pedimos aceiteis e abençoeis estes * dons, estas ^
Ele beija o altar e junta as mãos. dádivas, estas ^ santas oferendas ilibadas.
^uti accépta hábeas, et benedícas, ’ós, VO-LOS OFERECEM OS, em primeiro lugar,
que aceitei e abençoeis,
Ele fa z 0 sinal da cruz três vezes sobre as oblatas.
N pela Vossa santa Igreja católica, à qual Vos dignai
conceder a paz, proteger, conservar na unidade e
haec * dona, haec * múnera, governar, através do m undo inteiro, em união com o
estes dons, estas dádivas,
Vosso servo o nosso Papa ..., com o nosso Bispo e
haec * sancta sacrifica illibáta. com todos os que professam a fé verdadeira, católica
estas santas oferendas ilibadas.
e apostólica.
Estendendo as mãos, ele prossegue:
In primis, quae tibi ofFérimus
Em primeiro lugar, Vo-los oferecemos
pro Ecclésia tua sancta cathólica:
pela Igreja Vossa santa católica:
quam pacificáre, custodíre, adunáre,
a qual pacificar, proteger, conservar
et régere dignéris toto orbe terrárum:
e governar Vos dignais por todo o mundo inteiro:
una cum fámulo tuo Papa nostro N.,
em união com o servo Vosso o Papa nosso...
et Antístite nostro N.,
e 0 Bispo nosso...
et ómnibus orthodóxis atque cathólicae
e com todos os ortodoxos, e católicos
et apostólicae fídei cultóribus.
e da apostólica fé cultores.
os DÍPTICOS Ê costum e o celebrante
R eco rd am o s ag o ra os vivos, isto é, a Igreja M ilitante. P ró x im o ao final do C ân o n , oferecer cada M issa por
o o u tro D íp tico será lid o e m m e m ó ria d os m o rto s: a Igreja Padecente. u m a pessoa ou intenção
específica. N o entanto,
podem os e devem os tam bém

E
^ stas orações, e aq u e­
las com o elas que v êm ao oferecer nossa assistência
A final do C ânon, são ch a­ em cada M issa p o r algum a
m ados Dípticos, palavra grega intenção, com o nos diz o
p ara as tábuas duplas dobráveis Concilio de Trento “.. .nem
que co n tin h am os nom es dos que u m a outra atividade pode
seriam incluídos nas orações do ser desem penhada pelos fiéis
celebrante neste p o n to da M issa. tão santa e D ivina quanto
Ao longo dos anos, como o n ú ­ esse trem endo m istério
mero de pessoas incluídas cresceu [da Missa].” Neste ponto,
muito, a prática foi descontinuada. im am os as nossas intenções
Foi então que as listas foram encur­ com as do celebrante.
tadas e codificadas nas orações que
encontram os aqui.

Como o Prefácio, o Communicantes


1 m 1962, o P ap a João XXIII m o d ific o u a frase m o stra d a é outra oração que pode ser subs­
aq u i en tre colchetes, a c re sc en ta n d o o n o m e de S. José tituída por uma oração própria em
J à o ração d o C om m unicantes. E sta é a ú n ic a alteração certas festas - neste caso durante as
Oitavas de Natal, Páscoa e Pente-
feita n o C â n o n d a M issa d esd e o século VII.
costes, e nas festas da Epifania e da
Ascensão.

sed et beáti loseph, eiúsdem Vírginis Sponsi,


e também de São Jose, da mesma Virgem o hsposo,
et beatórum Apostolórum ac M ártyrum tuórum ,
e dos bem-aventurados Apóstolos e Mártires Vossos,

Vale notar os santos aqui


mencionados: primeiro são
nomeados os Apóstolos,
e os demais são todos mártires,
representando vários estados
de vida: Lino, Cleto e Clemente
foram Papas ordenados por Pedro;
Xisto e Cornélio também foram
dos primeiros Papas. Cipriano
foi bispo, e Lourenço diácono. Os
demais eram leigos.
Por que esse foco especial nos
mártires?
O Cânon é de origem muito
N a Santa M issa
antiga na Igreja, e naquele tempo
ex p erim e n tam o s guardava-se a mais profunda
u m a to rre n te reverência aos mártires, pois
d e graças em ofereceram o sacrifício definitivo
co n seq ü ên cia por sua fé.
d os m é rito s de
C risto aplicados As três orações que acabamos
a n o ssas alm as. de rezar em comemoração
da Igreja (incluindo o
Te Igitur na p. 31) são
reunidas e concluídas como um a
só, em nom e de Cristo.
32
C O M E M O R A Ç Ã O D O S V IV O S

EMENTO, Dómine,
Lembrai-vos, Senhor,
famulórum famularúmque tuárum N. et N.
____ dos servos eservas Vossos...
O celebrante junta as mãos e recorda aqueles pelos quais
pretende rezar; então, estendendo as mãos, ele prossegue:
et ómnium circumstántium,
e de todos [aqui] ao redor,
quorum tibi fides cogníta est,
cuja Vos fé conhecida é,
et nota devótio, pro quibus tibi offérimus:
e manifesta a devoção, pelos quais VÕ5 oferecemos:
vel qui tibi óíFerunt hoc sacrifícium laudis,
ou que Vos oferecem este sacrifício de louvor,
pro se, suísque ómnibus:
por si, e pelos seus todos:
pro redemptióne animárum suárum,
pela redenção das almas suas,
pro spe salútis, et incolumitátis suae:
pela esperança de salvação e incolumidade sua:
tibíque reddunt vota sua
a Vos dirigem os votos seus
aetérno Deo, vivo et vero.
eterno Deus, vivo e verdadeiro.

\ OMMUNicANTES, et m e m ó ria m v e n e rá n te s,
Em comunhão com, e a memória venerando, dos vossos servos e servas...
e m b r a i-v o s , s e n h o r ,

in primis gloriósae semper Vírginis Maríae,


em primeiro lugar da gloriosa sempre Virgem Maria,
L e de todos aqueles que estão aqui presentes, cuja
fé Vos é conhecida e manifesta a devoção. Por eles
Genitrícis Dei et Dómini nostri Jesu Christi; Vos oferecemos, ou eles próprios Vos oferecem, este
Mãe de Deus e do Senhor nosso Jesus Cristo: sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, para
sed et beatórum Apostolórum redenção das suas almas, para terem a salvação e
também dos hem-aventuraaos Apóstolos
incolumidade que esperam; para isso, a Vós dirigem as
ac M ártyrum tuórum, suas preces, Deus eterno, vivo e verdadeiro.
e Mártires Vossos,
Petri et Pauli, Andréae, Jacóbi, NIDOS NA MESMA COM UNHÃO, honramos a
Pedro e Paulo,
Joánnis, Thomae, Jacóbi,
André, Tiago,
U memória, em primeiro lugar, da gloriosa sempre
Virgem Maria, Mãe de Deus e de Nosso Senhor Jesus
João, Tomé, Tiago, Cristo, e também de São José, o Esposo da mesma
Philíppi, Bartholomaéi, Matthaéi, Virgem, e dos vossos bem-aventurados Apóstolos e
Filipe, Bartolomeu, Mateus,
Mártires, Pedro e Paulo, André, Tiago, João, Tomé,
Simónis et Thaddaéi, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino,
Simão e Tadeu:
Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio, Cipriano, Lourenço,
Lini, Cleti, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e de todos
Lino, Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio,
os vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei
Cypriáni, Lauréntii, Chrysógoni,
Òipriano, Lourenço, Crisógono, sejamos sempre guardados com o auxílio da Vossa
proteção. Por Jesus Cristo Senhor nosso. Amém.
Joánnis et Pauli, Cosmae et Damiáni,
João e Paulo, Cosme e Damião:
et ómnium Sanctórum tuórum;
e de todos os Santos Vossos;
quorum méritis precibúsque concédas,
por cujos méritos e preces concedei,
ut in ómnibus protectiónis tuae
que em tudo da proteção Vossa
m uniám ur auxílio.
sejamos defendidos com o auxílio.
Ele junta as mãos:
Per eúmdem Christum Dóminum nostrum. Amen.
Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém.

33
o SACRIFÍCIO DA LEI ANTIGA E O DA NOVA V O C E S A B IA ?

Ao prep ararm o s este sacrifício perfeito, p ed im o s que nossos pecados possam ser perdoados. O “quarto de cima” onde
Jesus e seus discípulos ce­
lebraram a últim a ceia era
parte de um a sinagoga li­
derada por José de Arima-
"Postas ambas as mãos sobre a sua cabeça, confesse todas as
téia e Nicodemos, um dos
iniqüidades dos filhos de Israel, todos os seus delitos e pecados, e, prédios construídos pelo
Rei Herodes no local dos
carregando-os sobre a cabeça do bode, enviá-lo-á...” (Levítico 16,2 1 ) túm ulos de Davi, Salomão
e Melquisedeque. Sabe­
sineta alerta-nos mos pelo Evangelho que

A de que algo im p o r­
ta n te e stá a c o n te ­
cen d o . O lh e p a ra a as m ão s
d o P adre. Ele e ste n d e suas
os discípulos continuaram
a se encontrar lá depois da
m orte de Nosso Senhor, e
foi lá que Ele apareceu a
eles no Domingo de Pás­
m ã o s so b re o p ã o e o v i­
coa. Nada mais natural
n h o d a m e sm a m a n e ira que do que celebrar a Missa
o S um o S acerd o te d a Lei nesse local, onde ocorreu
A n tig a 0 fazia so b re as ofe­ a prim eiríssim a Eucaris­
re n d a s p elo p e ca d o ; c o m as tia. Assim, ele se tornou
m ã o ju n ta s, as p a lm a s p a ra a prim eira Igreja cristã e
baixo, os p o leg ares fo rm a n ­ sobrevive até hoje.
do u m a cru z. P o r este ato
de co n sag raç ão , 0 S acerdote
p e d ia q u e D e u s aceitasse o
san g u e d a v ítim a em lu g ar
d o san g u e d o s p ec ad o res.

m orte de lesus na cruz


A
ccumpriu
u m p riu a Lei A Antiga
n tig a e
a su b stitu iu com a N ova Esta oração contém
A liança em Seu sangue. N o jard im quatro petições;
de G etsêm ani, N osso S enhor sofreu 1. Que Deus aceite nossa
en o rm e m e n te ao to m a r sobre Si o oferenda;
peso de to d o s os nossos pecados. 2. Q ue ele nos conceda paz
em nosso tempo;
3. Que Ele nos salve da
danação eterna;
4. Que Ele nos conceda a
V O C E S A B IA ? vida eterna.
De acordo com a tradição judaica,
todas as oferendas cerimoniais
eram primeiro levantadas - isto
é, elevadas e oferecidas a Deus, e
depois baixadas e movidas para o Uma última vez o Padre aben­
norte, o sul, o leste e o oeste, fazen­ çoa as oferendas, fazendo o
do um a cruz. Isto ocorria com to ­ Sinal da Cruz três vezes sobre
das as oferendas, desde os animais ambas as espécies, e um a vez
sacrificiais oferecidos no templo até sobre cada uma delas separa­
o pão e o vinho que Jesus compar- damente.
tiu durante sua Ültima Ceia. Assim,
quando abençoamos nossas oferen­ Essa bênção quíntupla
das com o Sinal da Cruz, estamos representa as cinco
continuando essa mesma tradição e chagas de Jesus.
im pondo tam bém o sinal da Paixão
Por este sinal da Paixão de
de Nosso Senhor.
Cristo, imploramos a Deus
nosso Pai que as considere dig­
nas de se tornarem o Corpo e o
JESUS NOSSO REI ESTÁ AGORA PRESTES A VIR ATÉ NÓS. Sangue de seu dileto Filho.
PREPAREMO-NOS PARA RECEBÊ-LO.
34
Estendendo as mãos sobre as oblatas, o sacerdote diz:

ANC ÍGiTUR o b la tió n e m s e rv itú tis n o stra e ,


Esta então oblação do serviço nosso,

li] s e d e t c u n c ta e fa m íliae tu ae,


mas também de toda a família Vossa, E
' sta o b l a ç ã o , que nós. Vossos servos, e toda a

/Vossa família, Vos oferecemos, aceitai-a. Senhor,


quaésumus, Dómine, ut placátus accípias: benignamente; firmai na Vossa paz os dias da nossa
imploramos. Senhor, que^enignamente a aceiteis:
vida, livrai-nos da eterna condenação e ordenai seja­
diésque nostros in tua pace dispónas, mos contados no núm ero de Vossos eleitos.
e OS dia s nossos na Vossa paz disponhais,
atque ab aetérna damnatióne nos éripi, fazer que esta oblação seja
ig n a i-v o s, se n h o r ,
e da eterna danação
et in electórum tuórum júbeas grege numerári.
e entre os eleitos do Vosso
nos livrai,

ordenai rebanho [sejamos] contados.


D em tudo lí abençoada, aprovada, * ratificada, e
que seja espiritual e digna da Vossa aceitação, e se tor­
Ele junta as mãos: ne para nós ^ Corpo e f Sangue do Vosso diletíssimo
Filho e Senhor nosso Jesus Cristo.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen.
Por Cristo Senhor nosso.

UAM oblatiónem tu, Deus,


Que esta oblação Vós, Deus,
in ómnibus, quaésumus,
em tudo, imploramos,
O sacerdote fa z o sinal da cruz três vezes sobre as oblatas:
* 15 5(
benedíctam, adscríptam , ratam, rationabilem.
abençoada, aprovada ratificada, racional.
acceptabilémque fácere dignéris:
e aceitável fazer dignai-vos:
Ele fa z 0 sinal da cruz sobre a hóstia e depois sobre o cálice:
*
ut nobis Corpus, et Sanguis fiat
que para nós o Corpo, e o sangue se torne
dilectíssimi Fílii tui Dómini nostri Jesu Christi.
do diletíssimo Filho Vosso Senhor nosso Jesus Cristo.

35
A CONSAGRAÇÃO DA HÓSTIA
alim en taste o te u p o v o c o m o m a n tim e n to dos anjos, e lhe deste o p ã o v in d o do
céu, p re p a ra d o sem tra b a lh o , q u e tin h a em si to d a a delícia, e a suavidade de to d o o
sabor.” (S ab ed o ria 16, 20)

o
S
e Jesus quisesse d izer que d everíam os

E
' U SOU PÃO VIVO, que desci do
co m er o seu co rp o e to m a r o seu sangue
/céu. Quem comer deste pâo, viverá
apenas fig u rativam ente, n ã o te ria ele
eternamente: e o pão que
explicado isso a seus discípulos, em vez de
eu darei é a minha carne, deixá-los ir em bora? M u ito s m ilagres
para ser a vida do p ro v a ra m a v e rd a d e desse ensin am en to :
mundo”. o que você vê agora sob a ap arên cia de
p ão nas m ão s do P adre é verdadeiram ente
0 Corpo de Nosso Senhor.

C o m o u m a fan farra de
tro m b e ta s a n u n c ia n d o
a ch egada de u m rei
te rre n o , q u a n d o você
ouve a sin eta tocar,
sabe que n o sso Rei
C eleste veio a nós.
O lh e rev e re n tem e n te
p a ra a H ó stia
C o n sa g rad a que o
P adre ergue p a ra que
to d o s a vejam e diga
co m Tom é, o A póstolo,

“Meu Senhor
e Meu Deus!”
Q u a n d o fazem os isso,
...Em verdade, em verdade vos digo: Se não
V O C E S A B IA ? n ã o só m o stra m o s
comerdes a carne do Filho do homem, e
D urante a ordenação de a N osso S e n h o r o
beberdes o seu sangue, não tereis vida em
um Padre, seus dedos e q u a n to o ad o ram o s,
vós. O que come a minha carne, e bebe o meu polegares são especial­ m as p o d e m o s
sangue, tem a vida eterna: e eu o ressuscitarei mente consagrados com ta m b é m receb er u m a
no último dia. óleo santo, para que se­
indulgência.
jam dignos de tocar o
Muitos pois dos seus discípulos, ouvindo corpo de Cristo. O Con­
isto, disseram: Duro é este discurso, e quem o cilio de Trento afirmou A partir deste momento, o
pode ouvir? ...Desde então se tornaram atrás essa tradição transm iti­ Padre ajoelhar-se-á antes
muitos de seus discípulos, e já não andavam da pelos Apóstolos; so­ e depois de tocar a Hóstia
mente um Padre pode Sagrada.
com ele.” tom ar a Santíssima Eu­
(João 6, 51-52, 54-55, 61, 67) caristia em suas mãos.
36
u i p r íd ie q u a m p a te r é tu r ,
Na véspera da sua Paixão,
O Celebrante toma a hóstia em suas mãos:
I a c c é p it p a n e m in s a n c ta s ,
tomou opão em santas
a c v e n e r á b ile s m a n u s su a s:
e veneráveis mãos suas,
Ele ergue os olhos ao céu:
e t e le v á tis ó c u lis in c a e lu m
e [com] elevados olhos ao céu
N 'a véspera de sua Paixão, tom ou Ele o
pão em suas santas e veneráveis mãos,
e, erguendo os olhos ao céu, para Vós, Deus,
a d te D e u m P a tr e m s u u m o m n ip o té n te m , seu Pai onipotente, dando-Vos graças, ^
para Vós, Deus Pai seu onipotente. abençoou-o, partiu-o e deu-o aos seus
Inclina a cabeça: discípulos, dizendo:
tib i g r á tia s a g e n s, Tomai e comei dele todos vós,
a Vós graças dando,
Ele fa z 0 sinal da cruz sobre a hóstia: IS T O É O M E U C O R P O .
>b e n e ^ d í x i t , fre g it, d e d ítq u e d is c íp u lis su is, d ic e n s:
abençoou-o, parttu-o, e deu aos discípulos seus, dizendo:
A c c íp ite , e t m a n d u c á te e x h o c o m n e s .
Tomai, e comei disto todos
Segurando a hóstia com as duas mãos, e profundamente inclinado,
ele pronuncia as palavras da consagração sobre a hóstia:

Hoc Isto
E s t E nim C o r p u s M eu m .
é pois 0 Corpo Meu.

O celebrante ajoelha-se para adorar a Hóstia Consagrada,


que agora é verdadeiramente o Corpo de Cristo.
Ele ergue a Hóstia para que todos possam adorá-la.
Colocando-a no corporal, ele se ajoelha novamente.

37
A CONSAGRAÇÃO DO VINHO V O C E S A B IA ?
Você deve ter notado que,
“Porque a vida do anim al está no sangue, eu vo-lo dei p ara que sobre quando o Padre ergue a
Hóstia ou o cálice na Ele­
o altar expiásseis com ele as vossas alm as e p ara que a alm a fosse vação, o acólito ou os m i­
expiada pelo sangue.” (Levítico 17, 1 1 ) nistros levantam a borda
de sua casula. Essa palavra
vem do latim casula, que
significa “casinha”, e nos
dá um a idéia de quão am ­
plo já foi esse paramento.
A quantidade de tecido
envolta nos braços tornava
A Antiga Aliança... ...cumpriu-se na Nova: necessário contar com a
ajuda de um assistente
quando o celebrante erguia
os braços. Veja no glossário
mais informações sobre a
história desse paramento.

...e e n v io u jov en s “...este, ao co n trário ,


d e n tre os íiUios d e Israel, te n d o oferecido u m a
q u e o fereceram os seus 1 só h ó stia pelos p ecados,
h o lo cau sto s e im o la ra m ao está sen ta d o p a ra sem p re à
S en h o r v ítim as pacíficas d ireita d e D e u s ... P o rtan to ,
de n o v ilh o s. M oisés to m o u irm ão s, te n d o n ó s confiança
m e ta d e d o san g u e e la n ç o u -o ^ d e e n tra r n o sa n tu á rio (no
em taças, e d e rra m o u a céu) pelo san g u e d e C risto,
o u tra m e ta d e sob re o altar. ? p elo c a m in h o novo e vivo
T o m an d o o livro d a aliança, q u e n o s ab riu através C risto d e rra m o u
o leu n a p re se n ç a d o povo, d o véu, isto é através d a Seu P reciosíssim o
o q u a l disse: F arem o s tu d o o su a carne, e te n d o u m Sangue p o r am o r a
q u e o S e n h o r disse, e serem o s p o n tífice q u e p resid e à casa n ós, e m b o ra n ã o o
obedien tes. [M oisés] to m o u o de D eus, ap ro x im e m o -n o s
m erecêssem os. O lhe
sangue, d e rra m o u -o so b re o (de D eus) co m u m coração
p a ra o cálice sen d o
povo, e disse: Este é o sangue da sincero, co m p le n itu d e d e fé,
erg u id o pelo celebrante
aliança que o Senhor celebrou p u rificad o s os co rações de
p a ra que to d o s o vejam
convosco, sobre todas estas to d o o m a l d e que tiv erm o s
e b a ta n o p eito com o
p a la vra s.” consciência, e lavado o co rp o
o p u b lica n o h u m ild e,
(Ê xo d o 24, 5-8) co m u m a água lim p a
d iz en d o co m ele:
(d o batism o)..”
(H eb reu s 1 0 ,1 2 ,1 9 -2 2 ) Senhor, tende
piedade de mim,
um pecador!”
“Porventura o cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão
do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a participação do
corpo do Senhor?” (1 Coríntios 10.16)
“...Fazei isto em
m em ória de m im ..!

Q
uando o Padre to m a o cálice e m suas m ão s, p o d e -se n o ta r que seu
p o le g a r e o in d ic a d o r p e rm a n e c e m u n id o s. Por meio dessa frase
simples, Nosso Senhor
conferiu a Seus Apóstolos
o poder, e tam bém o dever,
Os seus dedos tocaram o Corpo d e Nosso Senhor. de repetir esse M istério m i­
E le só v o lta rá a sep ará-lo s p a ra se g u ra r a H ó stia C o n sag rad a, até d epois d a C o m u n h ã o , raculoso, instituindo assim
os sacram entos da Eucaristia
q u a n d o os p u rific a rá c u id a d o sa m e n te c o m ág u a e v in h o . Só então, dep o is que to d o
e do Sacerdócio na Nova Lei.
tra ç o d o C o rp o de N o sso S e n h o r foi c o n su m id o o u c u id ad o sa m e n te rec o lh id o n o s
p a n o s sagrados, ele v o ltará a s e p a ra r os dedos.
O celebrante agora descobre o cálice:
iMiLi m o d o p o s tq u a m c o e n á tu m est,
Do mesmo modo depois que a ceia terminou,
Toma 0 cálice com as duas mãos:
a c c íp ie n s e t h u n c p r a e c lá r u m C á lic e m
tomando também esse precioso cálice
e igual modo, modo, term inada a ceia,
i n s a n c ta s a c v e n e r á b ile s m a n u s su as:
em santas e veneráveis mãos suas:
D tom ou este precioso cálice em suas santas
e veneráveis mãos, novamente Vos deu graças,
Inclina a cabeça:
f abençoou-o e deu-o aos seus discípulos,
ite m tib i g r á tia s ^ e n s , dizendo:
novamente Vos graças dando,
Tomai e bebei dele todos vós,
Faz Osinal da cruz sobre o cálice:
b e n e if d íx it, d e d ítq u e d is c íp u lis su is, d ic e n s : E S T E É O C Á L IC E
abençoou-o, e deu-o aos discípulos seus, dizendo:
D O M EU SA N G U E,
A c c íp ite , e t b íb ite e x e o o m n e s .
Tomai, e bebei dele todos. DO SA N G U E DA NOVA
E E T E R N A A L IA N Ç A ,
Elevando levemente o cálice, ele pronuncia as palavras da Consagração:
M IS T É R IO D A FÉ,
Hic
^ Este
E st
Ê
E n im
Pois
C a lix
0 Cálice
S a n g u in is
do Sangue
M ei,
Meu,
O Q U A L SERA D E R R A M A D O
P O R V Ó S E P O R M U IT O S
Novi
Do Novo
ET í E t e r n i
e Eterno
T esta m en ti:
Testamento: P A R A R E M IS S Ã O D O S P E C A D O S .

M y ste r iu m Fid e i:
Mistério da Fé: Todas as vezes que fizerdes isto,
fazei-o em mem ória de mim.
^ Qui P r o Que Por
V o b is e t P r o M u lt i s
Vós e Por Muitos
^

Effundetur IN R e m i s s i o n e m
Será Derramado em Remissão

Peccatorum.
dos pecados.
Ele recoloca o cálice no corporal
H a e c q u o tie s c ú m q u e fecéritis, in m e i m e m ó ria m faciétis.
Isto todas as vezes que fizerdes, em de mim memória fazei-o.

Agora ele se ajoelha para adorar o Preciosíssimo Sangue.


Ele então eleva o Cálice para que todos possam adorá-lo.
Recolocando-o no corporal, ele se ajoelha mais uma vez.
UM SACRIFÍCIO AGRADÁVEL Em composições m u­
sicais mais longas da
Essa três oraçõ es de o ferecim en to re su m e m as três p rin c ip ais finalidades d a M issa: Missa, que requeiram a divi­
são do Sanctus, canta-se ago­
C om o u m a oblação' E m m e m ó ria d o 1 r P ara receber
ra o Benedictus.
o u o feren d a sacrifício de > J C risto n a
p elo p ecad o C risto p o r nós. J 1 E ucaristia.

abemos pelas Escrituras que os sacrifícios de Abel, A braão, e M elquisedeque


S foram agradáveis a D eus. Esses três sacrifícios foram tipos do sacrifício que
estam os prestes a oferecer:

Você percebeu que, na


oração que veio logo
antes da consagração,
ABEL ABRAÃO MELQUISEDEQUE o sacerdote abençoou as
Ofereceu um cordeiro como Ofereceu seu único filho Ofereceu pão e vinho como oferendas com o sinal da
uma oblação pelo pecado em obediência a Deus bênção sobre Abraão cruz cinco vezes, exatamente
como aqui?
“Passado muito tempo, “P o r m im m e sm o ju rei, diz “E M elquisedeque, rei de
aconteceu oferecer Caim, o Senhor, que, porque fizes­ Salém, trazendo pão e vi­
em oblação ao Senhor, dos te tal coisa e não perdoaste nho, porque era sacerdote
frutos da terra. Abel tam­ a teu filho único por amor do Deus Altíssimo, o aben­
bém ofereceu dos primo­ de mim, eu te abençoarei e çoou e lhe disse: ben d ito
gênitos do seu rebanho, m u ltip licarei a tu a estirp e seja A braão pelo D eus A l­ O Q U E É U M TI POl
com o as estrelas do céu, e Um tipo (ou figura) é um a
das gorduras deles. 0 Se­ tíssim o, que criou o céu e a
com o a areia das praias; a pessoa, coisa ou ação que
nhor olhou para Abel, para terra, e b en d ito seja o D eus
tu a d e scen d ên cia p o ssu irá existe por si mesmo, mas
os seus dons; não olhou, po­ A ltíssim o p o r cuja proteção
as p o rta s de seus inim igos, que Deus usa como pre-
rém, para Caim, nem para e n a tu a d esc e n d ê n c ia se­
os inim igos estão nas tuas íiguração de um a pessoa,
os seus dons. Caim irou- rão b e n d ita s to d a s as n a ­
m ãos. E (A braão) deu-lhe o coisa ou ação futura.
se extremamente, e o seu ções d a te rra , p o rq u e obe- dízim o de tudo.”
semblante ficou abatido.” deceste à m in h a voz.” (Gênesis 14,18-20)
(Gênesis 4, 3-5) (Gênesis 22, 7-12, 16-18)

uito antes
M que a invenção da
de
Durante o Ofertório, coloca­
mos nossos dons sobre o al­
im prensa inaugu­ tar. Agora rezamos para que
rasse u m a era de alfabetiza­ sejam levados à presença de
ção das pessoas com uns, a Deus pelas mãos de Seu santo
anjo.
Igreja ensinava o seu reb a ­
n h o p o r m eio de m u rais e
m osaicos nas paredes de suas
catedrais. Este m osaico da
Basílica de São Vital, em Ra-
vena, Itália, d ata do século VI
d.C. P odem os ver que ele ilus­
tra os sacrifícios oferecidos
p o r Abel, M elquisedeque e As três orações nessa página
são como se fossem uma só,
A braão m en cio n ad o s n a o ra­
resumida aqui com um a das
ção d a página ao lado. “assinaturas” mencionadas
nas p. 10, 26 e 32.

40
Com as mãos separadas, o celebrante prossegue:
NDE ET MEMORES, Dómine, nos servi tui,
Por isso e recordando, Senhor, nós os servos Vossos,
sed et plebs tua sancta,
e também o povo Vosso santo,
ejúsdem Christi Fílii tui Dómini nostri
e do mesmo Cristo Filho Vosso Senhor nosso
tam beátae Passiónis,
tão bem-aventurada paixão,
nec non et ab ínferis Resurrectiónis,
e também do inferno a Ressurreição,
\sed et in caelos gloriósae Ascensiónis:
mas também aos céus a gloriosa ascensão:
oíFérimus praeclárae majestáti tuae,
oferecemos àpreclara majestade Vossa
Ele fa z 0 sinal da cruz três vezes sobre ambas as espécies:
de tuis donis, ac datis, hóstiam ^ puram,
dos Vossos dons e presentes, a hóstia pura
hóstiam * sanctam, hóstiam * immaculátam,
a hóstia santa, a hóstia imaculada,
Faz então o sinal da cruz, separadamente,
primeiro sobre a Hóstia e depois e depois sobre o cálice:
Panem ^ sanctum vitae aetérnae
o Pão santo da vida eterna,
OR ESTE MOTIVO, SENHOR, nós, Vossos servos, e o
et Cáhcem * salútis perpétuae.
e 0 Cálice da salvação perpétua.
Estendendo as mãos, ele prossegue:
P Vosso povo santo, recordando a bem-aventurada
Paixão do mesmo Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor
nosso, bem como a Sua Ressurreição de entre os mortos
UPRA QUAE PROPÍTIO ac se ré n o v u ltu
Sobre as quais com propicio e serei vulto e a Sua gloriosa Ascenção aos céus, oferecemos à Vossa
preclara majestade, dos mesmos dons que de Vós
respícere dignéris, et accépta habére,
olhar dignai-vos: e aceitai-as recebemos, a hóstia pura, hóstia 9 santa, hóstia
sicúti accépta habére dignátus es imaculada, o Pão *1 santo da vida eterna e o Cálice ^
assim como aceitar Vos dignastes da salvação perpétua.
múnera púeri tui justi Abel,
os dons Òo servo Vosso justo Abel, OBRE essas ofertas, dignai-Vos lançar olhar propício
et sacrifícium Patriárchae nostri Abrahae:
e 0 sacrifício do patriarca nosso Abraão:
S e complacente; aceitai-as, assim como Vos dignastes
aceitar os dons do justo Abel, Vosso servo, o sacrifício
et quod tibi óbtuHt de Abraão, nosso pai, e o que Vos ofereceu o Vosso
e 0 que Vos ofereceu
sumo sacerdote Melquisedeque, sacrifício santo, hóstia
summus sacérdos tuus Meschísedech, imaculada.
0 sumo sacerdote Vosso Melquisedeque,
sanctum sacrifícium, immaculátam hóstiam. rogamos. Deus onipotente, façais
u p l i c a n t e s vo s
santo sacrifício, imaculada
Profundamente inclinado, com as mãos
hóstia.
S que estas ofertas sejam levadas pelas mãos do Vosso
santo Anjo para o Vosso sublime altar, à presença
unidas sobre o altar, o sacerdote diz: da Vossa divina Majestade, a fim de que todos que,
UPPLiCES TE ROGÁMUS, omnípotens Deus: comungando deste altar, recebermos o sacrossanto
Suplicantes Vos rogamos, onipotente Deus:
Corpo e ^ Sangue do Vosso Filho, sejamos cumulados
jube haec perférri per manus sancti Angeli tui de todas as bênçãos e graças celestes. Por Jesus Cristo
I façais [que] essas sejam levadas pelas mãos do santo Anjo Vosso
Senhor nosso. Amém.
in sublime altáre tuum,
para o sublime altar Vosso,
i in conspéctu divínae majestátis tuae:
na presença da divina majestade Vossa:
Ele beija o altar:
ut quotquot ex hac altáris participatióne
' afim de que tantos quantos deste altar participem
' sacrosánctum Fílii tui,
0 sacrossanto do Filho Vosso
Ele jun ta as mãos, fa z o sinal da cruz sobre a
Hóstia e então sobre o cálice:
Corpus * et Sánguinem * sumpsérimus.
Corpo e Sangue recebamos
Ele fa z 0 sinal da cruz sobre si mesmo:
omni benedictióne caelésti et grátia repleámur.
de toda bênção celeste e graça sejamos repletos.
Per eúmdem Christum Dóminum nostrum. Amen.
Pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém.
o SEGUNDO DÍPTICO
C o n tin u a n d o a e s tru tu ra sim é tric a do C ân o n ,
co m e m o ra m o s m ais u m a vez os m e m b ro s d o C o rp o M ístico de C risto.

“Assim, ainda que muitos, somos um só corpo em Cristo, e todos,


membros uns dos outros.” (Romanos 12,5)
“Santo e salutar pensamento este de orar pelos mortos. Eis porque ofereceu um
sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres dos seus pecados.”
(2 Macabeus 12,46)
“...do refrigério, da
A COMUNHÃO DOS SANTOS luz e da p a z...”
Este trecho lembra-nos

A
Igreja é o Corpo Místico de Cristo e, co m o a S antíssim a T rindade, de que os que sofrem
ela é u m a só, m as co m três aspectos, cad a u m d o s quais au x iliando o o u tro no Purgatório não tem
p ela o ração e pelas b o a s obras: nenhum a dessas coisas.

1. A Igreja Triunfante: é assim que ch a m a m o s os anjos e os santos n o C éu, que já


rece b e ra m a c o ro a d a vitória.
Esse é o único trecho do
2. A Igreja Militante: os fiéis aq u i n a te rra d ev em co n stan te m e n te lu ta r c o n tra os Cânon que o celebrante
inim ig o s de suas alm as. reza em voz alta. Se você se
perdeu, basta escutar o
3. A Igreja Padecente: as alm as d o s fiéis d e fu n to s devem c o m p le ta r a p u n iç ão Padre dizer essa frase
te m p o ra l p o r seus p e c a d o s n o P u rg a tó rio antes q u e p o ssa m e n tra r n o Céu. para se localizar.

À primeira vista, esta oração parece conter


imia lista de nomes sem sentido, mas eles
representam os vários estados de vida dos
membros da Igreja Triunfante. Eis os no­
meados, na ordem em que são mencionados:
• Joâo Batista pro/eía e precursor do
Messias.
• Estevão, um diácono, foi o primeiro
mártir.
• Matias, o Apóstolo que tom ou o lugar
de Judas.
• Barnabé, um levita, foi discípulo e
companheiro de São Paulo.
• Inácio de Antióquia, Bispo e mártir.
• Alexandre, Papa e mártir.
• Marcelino, Papa e mártir.
• Pedro, exorcista (clérigo menor) que foi
martirizado com Marcelino.
• Felicidade e Perpétua eram mulheres
casadas e mães.
• Águeda, Luzia, Inês e Cecília foram
todas virgens e mártires.
• Anastásia foi viúva e mártir.

Esta breve doxologia


recorda-nos que é pelos
méritos de Cristo que
recebemos todas as
bênçãos.
Houve tempo em que pão,
vinho, frutas e verduras eram
trazidos à Missa pelos fiéis e
colocados próximo ao altar.
Essa oração destinava-se,
Na Missa, os vivos e os m ortos estão unidos no Corpo Místico de Cristo. naquele tempo, a abençoar
aqueles frutos da terra.
42
MEMENTO DOS MORTOS
EMENTO étiam, Dómine,
Lembrai também, Senhor,
famulórum, famularumque tuárum N. et N.
dos servos e das servas Vossos...
qui nos praecessérunt cum signo fídei
que nos precederam com o smal da fé,
et dórm iunt in somno pacis.
e dormem no sono da paz.
O celebrante junta as mãos e recorda os mortos pelos quais
pretende rezar; e então prossegue estendendo as mãos:
Ipsis, Dómine, et ómnibus in Christo quiescéntibus,
Lestes, Senhor, e a todos em Cristo descansando.
locum refrigérii, lucis et pacis,
0 lugar do refngério, da luz e da paz,
ut indúlgeas, deprecámur.
que concedais, [Vos] pedimos.
Ele junta as mãos e inclina a cabeça:
Per eúmdem Christum Dóminum nostrum. Amen.
Pelo mesmo Cristo Senhor nosso.
Ele agora bate no peito e diz as
próximas três palavras em voz alta:

|O B IS Q U O Q U E P E C C A T Ó R IB U S
A nós também pecadores
, Senhor, dos Vossos servos e
e m b a i -v o s t a m b é m
fámulis tuis,
servos Vossos, L servas (...), que nos precederam, marcados com o
sinal da fé, e agora dorm em no sono da paz. A estes.
de multitúdine miseratiónum tuárum sperántibus, Senhor, e a todos aqueles que repousam em Cristo,
‘ -- multidão de misericórdias Vossas confiantes
Vos pedimos que concedais misericordioso o lugar do
partem áliquam, et societátem donáre dignéris, refrigério, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo
parte alguma e sociedade conceder dignai-Vos
Senhor nosso. Amém.
Icum tuis sanctis Apóstolis, et Martyribus:
com os Vossos santos Apóstolos e Mártires:
cum Joánne, Stéphano, Matthía, Bárnaba, NÓS TAMBÉM, PECADORES, Vossos servos, con-
com João, Estêvão,
Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Petro,
Matias, Barnabé, A fiando nas Vossas infinitas misericórdias, dignai-
Vos conceder que entremos a fazer parte da sociedade
Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, dos Vossos Santos Apóstolos e Mártires, João, Estê­
Felicitáte, Perpétua, Agatha, Lúcia, vão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino,
Felicidade, Perpétua, Ãgueda, Luzia, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês,
Agnéte, Caecília, Anastásia, Cecília, Anastásia e de todos os Vossos Santos, em
Inês, Cecília, Anastásia,
cujo consórcio Vos pedimos nos admitais com Vossa
Iet ómnibus Sanctis tuis: liberalidade, não já em consideração dos nossos m éri­
e todos os Santos Vossos:
tos, mas sim pela Vossa indulgência. Por Jesus Cristo
; intra quorum nos consórtium, Senhor nosso. Amém.
cujo nós consórcio,
non aestimátor mériti,
OR ELE, SENHOR, criais sempre todos estes bens,
não de acordo [com nossos] méritos
sed véniae, quaésumus, largítor admítte.
’ mas por indulgência, pedimos, com liberalidade admitais.
P os santificais, * vivificais, * abençoais e no-los
concedais.
Per Christum Dóminum nostrum. Amen.
Por Cristo Senhor nosso. Amém.
Ele junta as mãos e fa z o sinal da cruz três vezes
sobre a Hóstia e o cálice:

IER QUEM HAEC ÓMNIA,


I Por quem estes todos,
Dómine, semper bona creas.
Senhor, sempre bens criais
sanctííicas vivíficas benedícis
[os] santificais, vivificais, abençoais
et praestas nobis.
e [os] dai a nós.
o PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE Esta doxologia é o coração
solene do Cânon e de certa
A gora q u e a p a rte sacrificial d a M issa está c o m p leta {ver diagram a na p. xv), forma ela reflete o Sanctus
p ro c u ra m o s aplicar às nossas alm as os fru to s desse sacrifício perfeito. que precedeu o Cânon. Foi
durante aquele canto de lou­
oração perfeita sem p re d á p rim e iro a D eus e só en tão p ed e p a ra vor que o sacerdote entrou
A receber, e o Pai N osso, v in d o do p ró p rio Senhor, estabelece o p ara d ig m a no “Santo dos Santos”, e é
com este hino de louvor que
dessa perfeição. S anto T om ás de A q u in o e Santo A g o stin h o o b serv aram
ele reaparece.
que to d a a o ração deve te r co m o m o d e lo esse exem plo perfeito, que n o s en sin a até Como esse simbolismo era
m e sm o aquelas coisas q u e d ev em o s pedir, e a o rd e m em que devem os pedi-las. essencial na liturgia antiga da
Missa, era apenas nesse m o­
mento que as espécies con­
sagradas eram mostradas à
adoração dos fiéis.

Esta parte da doxologia


é rezada em voz alta
para que possamos
responder “amém” em
afirmação do que até agora
transcorreu em silêncio.

Preste especial atenção na


frase “perdoai-nos as nossas
dívidas assim como perdoa­
mos aos nossos devedores.” Je­
sus nos disse “segundo o juí­
zo com que julgardes, sereis
julgados.” (Mt. 7, 2), então
devemos estar certos de per­
doar os outros se desejamos
que Deus perdoe a nós.

A gora que Jesus está


aq u i conosco, esta é
u m a o p o rtu n id a d e
id eal p a ra p e d ir a Ele
a g raça de p e rd o a r
alg u m a d ívida antiga.

“Deixa lá a tua ofer­


ta diante do altar,

E ^ Sta ilustração re su m e os sete p receito s d a oração do Pai N osso. O s


p rim e iro s três referem -se a D eus, e os o u tro s q u atro a nós. Ê p o r m eio
desses ú ltim o s q u a tro p receito s - o u seja, p ela graça d a E ucaristia, o p erd ão
dos p ecad o s, a resistên cia à te n ta ç ã o e a lib ertação d a p e n a do p eca d o - que n o s
e vai reconciliar-te
primeiro com teu
irmão, e depois vem
fazer a tua oferta.”
to rn a m o s capazes de realizar os três p rim e iro s, e assim d a r glória a D eus fazendo
a Sua v o n tad e. (Mateus 5,24)

44
A PEQUENA ELEVAÇÃO
O celebrante descobre o cálice e ajoelha-se.
Tomando a Hóstia com a mão direita e o cálice com a esquerda,
ele fa z o sinal da cruz três vezes sobre o cálice dizendo:
P e r * iPSUM, e t c u m * ip s o , e t i n ^ ip s o ,
Por Ele, e com Ele, e nEle,
Ele fa z 0 sinal da cruz duas vezes entre si e o cálice:
E S T T I B I D e O P a T R I ^ O M N IP O T É N T I,
é a Vós, Deus Pai onipotente
IN UNITÁTE S p ÍRITUS * S a NCTI,
na unidade do Espírito Santo,
Ele os eleva ligeiramente:
O M N IS H O N O R , E T G L Ó R IA ,
toda honra e glória,
Ele recoloca a Hóstia no corporal, cobre o cálice,
ajoelha-se, e levanta-se, dizendo em voz alta:
V . P E R Ó M N IA S A É C U L A S A E C U L Ó R U M .
Por todos os séculos dos séculos.
R Amen.

D E PÉ

Ainda em voz alta, ele junta as mãos e diz:


O rém u s:
Oremos:
OR ^ Ele, com ^ Ele, e * nEle, a Vós, Deus Pai ^
Praecéptis salutáribus móniti,
Pelos preceitos salutares advertidos, P onipotente, na unidade do Espírito * Santo, é dada
toda a honra e glória, V Por todos os séculos dos séculos.
et divina institutióne formáti, audémus dícere: R Amén.
e pelos divinos ensinamentos instruídos, ousamos dizer:
Ele estende as mãos:
Oremos:
PATER NOSTER Advertidos pelos preceitos salutares e instruídos pelos
A T E R N O S T E R , qui es in caelis: divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pai nosso, que estais nos céus:
Sanctiíicétur nomen tuum: AI NOSSO que estais no céu: santificado seja o vosso

Advéniat regnum tuum:


Seja santificado o nome Vosso;
P nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa
vontade, aqui na Terra como no Céu. O pão nosso de
Venha [a nós] o reino Vbsso cada dia nos dai hoje; perdoai as nossas dívidas, assim
Fiat volúntas tua, sicut in caelo, et in terra. com nós perdoamos aos nossos devedores, e não nos
Seja feita a vontade Vossa, assim como no céu, também na terra. deixeis cair em tentação,
Panem nostrum quotidiánum da nobis hódie:
0 pão nosso quotidiano dá a nós hoje:
R Mas livrai-nos do mal.
Et dimitte nobis débita nostra, V Amém.
E perdoa a nós as dívidas nossas,
sicut et nos dimittimus debitóribus nostris.
assim como nós perdoamos aos devedores nossos.
Et ne nos indúcas in tentatiónem.
E não nos deixeis cair em tentação.
R Sed libera nos a maio.
Mas livrai- nos do mal
Em voz baixa, o celebrante responde:
V. Amen.

45
A FRAÇÃO DO PÃO
C o n tin u a m o s a refletir sob re o q u e foi d ito n o Pater Noster:
Q u e re m o s n o s liv rar de to d o s os n o sso s p e c a d o s p a ra que p o ssam o s
e star e m p az co m D eus, co m o p ró x im o , e c o n o sco m esm os.

“Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro


da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os
discípulos se achavam juntos, com medo dos Judeus,
foi Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: A paz seja
convosco.” (João 20, 19)

esta, que foi a p rim e iríssim a sau d ação de N osso


N S en h o r a seus discíp u lo s em su a ressu rreição, ele
lhes deseja paz. N ós ta m b é m esp eram o s p o d e r
p a rtic ip a r desse fru to d o Sacram ento.

benção e a fração
A p ã o ázim o é u m aspecto c e n ­
do
“Tendo tomado os
Ouça com atenção e
veja se consegue escutai
tra l d a c e rim ô n ia d a P áscoa cinco pães e os dois peixes, a Hóstia sendo partida!
judaica. A o celeb rar essa festa com levantou os olhos ao céu,
seus discípulos, C risto p a rtiu o pão,
e co m isso realizou, pela in stitu ição
abençoou-os, partiu-os
d a E ucaristia, o q u e h av ia sido sig n i­ e distribuiu-os aos seus
ficado p ela p refiguração. P o r isso, os discípulos, para que os
p rim e iro s cristão s v ie ra m a referir-se
servissem à multidão.
à celebração d a E u caristia co m o “a
fração d o p ão ”.
Comeram todos, e ficaram
Q u a n d o o P ad re p a rte a H ó s­ saciados”. POR QUE
(Lucas 9,16-17)
tia co n sa g ra d a n a M issa, le m b ra ­ COLOCAMOS UMA
m o s dois m o m e n to s im p o rta n te s n o PARTÍCULA DE
E vangelho d e Lucas: Jesus d a n d o de c o m er aos 5.000 e a ceia em E m aús, n a qual HÓSTIA NO CÁLICE?
d iscípulo s de Jesus re c o n h e c era m o seu S e n h o r n a fração do pão. Essas passagens Essa mistura de pão e
serv em p a ra le m b ra r-n o s de q u e Jesus é o “v e rd a d eiro p ã o do céu” (João 6, 32) que vinho no cálice simboliza a
veio realizar a N o v a A h an ça com seu sangue. reunião miraculosa do cor­
po de Jesus e de seu sangue
na Ressurreição.
“Estando com eles à Em certo tempo, era co­
mum reservar a partícula
mesa, tomou o pão, o fracionada da Hóstia para a
benzeu, partiu, e lho deu. Missa do dia seguinte. Essa
partícula reservada era cha­
Abriram-se os seus olhos, mada de Sancta.
Essas partículas eram
e reconheceram-no; mas também compartidas com
outras igrejas, e nesse caso
eram chamadas defermen-
tum, a palavra latina para
“fermento”. Essas partícu­
las compartilhadas signifi­
cavam a unidade de todas
as celebrações da Missa no
Sacrifício único da Cruz.

Agora canta-se o
Agnus Dei.
Tomando a patena entre os dedos,
0 celebrante reza em silêncio:
IBERA nos, quaésumus, Dómine,
Livrai- nos, imploramos, Senhor,
1ab ómnibus malis,
de todos os males,
praetéritis, praeséntibus et futúris:
passados, presentes e futuros:
ine
et intercedénte beáta et gloriosa semper Vírgii
e pela intercessão da bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem

Dei Genitríce Maria,


de Deus a Mãe Maria,
cum beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo,
com os bem-aventurados Apóstolos Vossos Pedro e Paulo,
atque Andréa, et ómnibus Sanctis,
e André, e com todos os Santos,
Ele fa z 0 sinal da cruz sobre si com a patena:
da propitius pacem in diébus nostris:
dai propicio a paz nos dias nossos:
Ele beija a patena:
ut ope misericórdiae tuae adjúti,
de modo que, pela obra da misericórdia Vossa ajudados,
et a peccáto simus semper liberi,
e do pecado sejamos sempre livres,
et ab omni perturbatióne secúri. de todos os males, passados,
iv r a i-n o s , s e n h o r ,
e contra toda perturbação assegurados.
Ele coloca a Hóstia na patena, descobre o cálice e se
L presentes e futuros, e, pela intercessão da bem-
aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, Mãe de
ajoelha. Segurando a Hóstia sobre o cálice, ele a parte Deus, com os bem-aventurados Apóstolos Pedro e
ao meio, dizendo: Paulo e André, e com todos os Santos, concedei-nos
propício a paz em nossos dias; de m odo que, ajudados
Per eúmdem Dóminum nostrum
Pelo mesmo Senhor nosso com os auxílios da Vossa misericórdia, sejamos
sempre livres do pecado e assegurados contra toda a
Jesum Christum, Filium tuum,
Jesus Cristo Filho Vosso. perturbação.
Colocando a metade direita na patena,
ele retira uma partícula da outra metade: Pelo mesmo Jesus Cristo, Vosso Filho e Nosso Senhor,
qui tecum vivit et regnat que, sendo Deus, conVosco vive e reina na unidade do
Que convosco vive e rema Espírito Santo,...
in unitáte Spíritus sancti Deus, V .. .por todos os séculos dos séculos.
na unidade dx) Espírito Santo Deus, R Amém.
Ele coloca a metade da esquerda na patena e
segura a partícula sobre o cálice, dizendo em voz alta: V A paz do Senhor seja sempre ^ convosco.
V. per ómnia saécula saeculórum. Çii Amen. R E tam bém com o teu espírito.
...por todos os séculos dos séculos. Amém.

O celebrante traça com o fragmento o sinal da ue e s t a m i s t u r a mistura sagrada do Corpo e

cruz três vezes sobre o cálice: Q Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo seja para nós,
que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amém.
V. Pax ^ Dómini sit ^ semper ^ vobíscum.
A Paz do Senhor seja sempre convosco.
R Et cum spiritu tuo.
E com 0 espírito teu.
D E JO E L H O S
Deita 0fragmento, em seguida, no Preciosíssimo Sangue dizendo:

I a e c commixtio, et consecrátio
1 Esta mistura e consagração
jCórporis et Sánguinis
do Corpo e do Sangue
Dómini nostri Jesu Christi,
do Senhor nosso Jesus Cristo,
fiat accipiéntibus nobis in vitam aetérnam. Arnen.
seja que [os] recebemos a nós [penhor] da vida eterna. Amém.
Ele cobre o cálice e se ajoelha.
o CORDEIRO SACRIFICIAL O celebrante bate
no peito a cada vez que
A té aq u i as o rações da M issa fo ram d irigid as a D eu s Pai ou à San tíssim a repete essa oração, e
Trindade. A g o ra o celebrante dirige-se ao p ró p rio C risto , o C o rd eiro nós tam bém devem os
Sacrificial que repousa no altar diante dele. fazê-lo.

O sangue do cordeiro de Páscoa “Digno é o Cordeiro, Nas Missas de Fiéis D efun­


salvou os israelitas do A n jo d a M orte, tos, a frase “miserere nobis”
que p assa ria p o r toda a terra do Egito,
que foi morto, de receber
é substituída por “Dona
ferin d o todos os prim ogên itos. o poder, a riqueza, a eis requiem", e “D ona nobis
A g o ra n a N o v a A lian ça, o sangue do pacem” por “Dona eis sem-
sabedoria, a fortaleza, a piternam requiem”. Nesses
C o rd eiro - isto é, de C risto - salva-n os da
m orte do pecado, d an d o -n o s a graça que é o
honra, a glória e a bênção.” casos, omite-se a oração se­
guinte.
alim ento de n ossas alm as. (Apocalipse 5,11-12)

No Agnus Dei, esta­


mos pedindo a Nosso
Senhor que perdoe-
nos por três tipos de
pecado: os de pensa­
mento, de palavra e
de ação.

Tendo rezado pelo fru­


to da paz, nas Missas
Solenes o celebrante
primeiro beija o altar
perto de onde está a
Hóstia. Assim, quando
ele depois oferece este
mesmo Ósculo da Paz
ao diácono, ele está
oferecendo a paz que
vem do próprio Nosso
Senhor, pelo sacrifício
da Eucaristia.

“Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer.”


(Lucas 22,15)
Observe o início desta
P ense n a expectativa com que N osso S en h or h avia esperado esse m om en to!
oração: ele nos lembra
E ssa refeição p asco al m arcaria o n ascim en to d a M issa e do sacerd ó cio - os de que todas as três
m eio s p elo s quais o seu sacrifício do dia seguinte p o d e ria ser aplicado às Pessoas da Santíssima
nossas alm as. M ilh ares de an os de esp era estavam prestes a acabar, e u m a n o va Trindade participaram
alian ça estava p a ra com eçar. igualmente na m orte e
ressurreição de Nosso
Senhor.

Nesta oração, o celebrante


roga a Nosso Senhor três
dádivas em virtude da
participação em Seu Corpo;
1. Que sejamos libertados de
nossos pecados.
2. Que possamos
sempre seguir os Seus
mandamentos.
3. Que Ele jamais perm ita
que nos separemos d’Ele.

48
AGNUS DEI
O celebrante inclina-se e bate no peito a cada vez ao dizer:

Ig NUS D e i , qui tolUs peccáta mundi:


Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo:
ilmiserére nobis.
Tende misericórdia de nós.
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi:
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo:
miserére nobis.
Tende misericórdia de nós.
^ n u s Dei, qui tollis peccáta mundi:
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo:
dona nobis pacem.
dai- nos a paz

Inclinado, e colocando as mãos juntas sobre o altar,


ele reza em silêncio:

O M iN E Jesu Christe,
Senhor Jesus Cristo,
Iqui dixísti Apóstolis tuis:
que dissestes aos Apóstolos Vossos:
C ORDEIRO DE DEUS, q u e tira is OS p e c a d o s d o m u n d o ,
Pacem relinquo vobis, pacem meam do vobis; te n d e m ise ric ó rd ia d e nós.
A Paz deixo- vos, a paz minha dou-vos:
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ne respícias peccáta mea, sed fidem Ecclésiae tuae: tende misericórdia de nós.
não olheis os pecados meus, mas a fé da Igreja Vossa:
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, dai-
eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre
e a ela segundo a vontade Vossa pacificar nos a paz.
et coadunáre dignéris: Qui vivis et regnas Deus
e unir dignai-Vos: Que viveis e reinais Deus ENHOR JESUS CRISTO, que dissestes aos Vossos
per ómnia saécula saeculórum. Amen.
por todos os séculos dos séculos. Amém.
S Apóstolos: Deixo-vos a paz, dou-vos a m inha paz,
não olheis para os meus pecados, mas para a fé da Vossa
Igreja; dignai-Vos, como é desejo Vosso, dar-lhe a paz
Nas Missas Solenes, o Padre agora beija o altar e depois e unidade. Vós que, sendo Deus, viveis e reinais por
oferece o Ósculo da Paz ao diácono dizendo: todos os séculos dos séculos. Amém.

V. Pax Tecum. ENHOR JESUS CRISTO, Filho do Deus vivo, que, por
A Paz [seja] convosco.
R Et cum spiritu tuo.
£ com 0 espírito teu.
S vontade do Pai e com a cooperação do Espírito Santo,
destes com a Vossa morte a vida ao m undo, livrai-me,
por este Vosso sacrossanto Corpo e Sangue, de todas as
O M IN E Jesu Christe, m inhas iniqüidades e de todos os males; fazei que eu
Senhor ]esus Cristo, seja sempre fiel cum pridor dos Vossos mandamentos
Fili Dei vivi, e não permitais que jamais me afaste de Vós, que, com
Filho do Deus vivo,
o mesmo Deus Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais.
qui ex voluntáte Patris, cooperánte Spiritu sancto, Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.
que pela vontade do Pai, e com a cooperação do Espírito Santo,
per mortem tuam m undum vivificásti:
pela morte Vossa o mundo vivificastes:
libera me per hoc sacrosánctum
livrai- me por esse sacrossanto
Corpus et Sánguinem tuum
Corpo e Sangue Vosso
ab ómnibus iniquitátibus meis, et univérsis malis:
de todas as intqüidades minhas, e de todos os males:
et fàc me tuis semper inhaerére mandátis,
e fazei- me Vossos sempre cumprir os mandamentos,
et a te numquam separári permittas:
e de Vós nunca separar-me permitais:
Qui cum eódem Deo Patre et Spiritu sancto
Que com o mesmo Deus Pai e Espírito Santo
vivis et regnas, Deus, in saécula saeculórum. Amen.
viveis e reinais. Deus, pelos séculos dos séculos. Amém
SENHOR, FAZEI-NOS DIGNOS! Aqui fazemos um a pausa
para relembrar a advertência
R ezam o s p ara que não seja dito de nós: “A s b o d as co m efeito de S. Paulo:
“Todas as vezes que comer-
estão prep arad as, m as os co n vid ad o s n ão eram dignos.” (Mateus 22,
des este pão e beberdes este
cálice, anunciareis a
le n d o entrado em C afar- morte do Senhor, até
n aum , a p ro x im o u -se dele que ele venha. Por­
“T um ce n tu riã o , e fez -lh e
tanto todo aquele que
comer este pão ou
u m a sú p lica, d iz e n d o : S e n h o r, o beber o cálice do Se­
m e u serv o ja z e m casa p a ra lític o , nhor indignamente,
e so fre m u ito . Jesus d isse -lh e : E u será culpado quanto
ire i e o c u ra re i. M as o c e n tu riã o , ao (delito cometi­
re sp o n d e u : do contra o) corpo e
sangue do Senhor”
Senhor, eu não sou digno que entres na (1 Coríntios 11,26-27)

m inha casa; diz, porém, uma só palavra,


e o meu servo será curado...
Essa frase é do
Jesus, o u v in d o estas p alavras, ad- Salmo 115.
m iro u -se , e disse p a ra os q u e o se­
guiam : E m v e rd a d e vos digo: N ão
achei fé tã o g ra n d e em Israel. E n ­
tão disse Jesus ao cen tu rião : Vai,
Só a prim eira linha
seja-te feito c o n fo rm e creste. E n a ­ dessa frase é dita em
quela m e sm a h o ra ficou c u ra d o o voz alta pelo Padre.
servo.” (Mateus 8, 5-8,10,13)

Eis que estou à porta (do teu coração)


e bato. Se alguém ouvir a m inha voz
e me abrir a porta, entrarei nele,
cearei com ele, e ele comigo.”
(Apocalipse 3,20)
As três primeiras linhas dessa
oração são tiradas do Salmo
S e você o lh ar essa ilu stração co m 114, e as duas últimas do
cu id ad o , p erceb erá que n ão há Salmo 117.
m açan eta na p o rta. E la só p o d e
ser aberta de dentro. E sta é a p o rta do
Se os fiéis forem re­
seu coração, e N o sso S en h o r está d ia n ­
ceber comunhão, o
te dela e bate, a g u ard an d o que v o c ê lhe
acólito agora mais uma vez
a b ra a p o rta p a ra que E le p o ssa en trar
recita o Confiteor (p. 5) por
em seu n o vo lar.
eles. Embora na revisão do
O seu coração está pron to Missal em 1962 esse costu­
p a ra receber o Rei? me não seja mencionado,
sua prática continua a ser
A m aior beleza da M issa é que N osso observada em muitas pa­
Senhor vem a nós m esm o que ele saiba róquias. Se sua paróquia
que nunca poderem os ser dignos. U m a não segue essa prática, tal­
m era palavra Sua pode nos curar, mas vez você queira aproveitar
tem os de fazer a nossa parte: tem os de um momento para pedir
abrir a porta. C o m o o centurião, batem os a ajuda de Nosso Senhor
no peito com hum ildade, reconhecendo para preparar o seu cora­
nossa fraqueza e pedindo a Sua ajuda. ção para recebé-Lo.

50
I e r c e p t io Corpóris tui, Dómine Jesu Christe,
A recepção do Corpo Vosso, Senhor Jesus Cristo,
Squod ego indígnus súmere praésumo,
‘ 0 qual eu indigno tomar ouso,
non mihi provéniat in judícium
não a mim venha em juízo
et condemnatiónem;
^e condenação:
sed pro tua pietáte prosit mihi
mas pela Vossa piedade sirva a mim
ad tutaméntum mentis et córporis,
proteção para a mente e o corpo,
et ad medélam percipiéndam:
e como remédio a ser recebido:
Qui vivis et regnas cum Deo Patre
Que viveis e remais com Deus Pai
•in unitáte Spíritus sancti Deus,
na unidade ao Espírito Santo Deus,
per ómnia saécula saeculórum. Amen.
por todos os séculos dos séculos. Amém.
O celebrante genuflete diante do Santíssimo Sacramento e diz:
Panem caeléstem accípiam, et nomen Dómini invocábo. kUE A COMUNHÃO DO VOSSO CORPO E SANGUE,
O Pão do céu tomarei, e o nome do Senhor invocarei.
'S enhor Jesus Cristo, que eu, embora indigno, ouso
Em seguida, levemente inclinado, receber, não seja para juízo e condenação minha, mas
ele toma as duas partes da Hóstia com a patena por baixo. antes, pela Vossa misericórdia, me sirva de proteção e
Batendo no peito a cada vez, ele repete três vezes: remédio para a alma e para o corpo. Vós que, sendo
OMINE, NON SUM DIGNUS, Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do
Senhor, não sou dig
Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
f W i |u t intres sub tectum meum:
de que entreis sob o teto meu:
Tomarei o pão do céu, e invocarei o nome do Senhor.
sed tantum dic verbo et sanábitur ánima mea.
mas apenas dizei uma palavra, e será salva a alma minha.
S SENHOR, e u n ã o so u d ig n o d e q u e e n tre is em m in h a
Faz 0 sinal do cruz com a sagrada Hóstia sobre a patena:
m o ra d a ; m as d izei u m a só p ala v ra , e m in h a a lm a
joRPUS Dómini nostri Jesu Christi se rá salva.
0 Corpo do Senhor nosso Jesus Cristo
! custódiat ánimam meam
guarde a alma minha CORPO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO guarde a
in vitam aetérnam. Amen. O m inha alma para a vida eterna. Amém.
para a vida eterna. Amém.
Inclinando-se, ele reverentemente consome as duas partes da ueHEI DE RETRIBUIR ao Senhor por tudo quanto
Hóstia, junta as mãos e recolhe-se por uns instantes em oração. Q Ele me concedeu? Tomarei o cálice da salvação, e
invocarei o nome do Senhor. Em louvores invocarei o
Então descobre o cálice, genuflete, e junta com a patena as partículas Senhor, e livre serei dos meus inimigos.
que permaneçam no corporal, colocando-as no cálice, dizendo:
CORPO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO guarde a
u iD retribuam Dómino
Que retribuirei ao Senhor O m inha alma para a vida eterna. Amém.
pro ómnibus quae retríbuit mihi?
por tudo quanto concedeu a mim?
Cálicem salutáris accípiam, et nomen Dómini invocábo.
o Cálice da salvação tomarei, e o nome do Senhor invocarei
Laudans invocábo Dóminum,
Louvando invocarei o Senhor,
et ab inimícis meis salvus ero.
e dos inimigos meus salvo serei.
Fazendo o sinal da cruz com o cálice, diz:
j A N G U is Dómini nostri Jesu Christi
o Sangue do Senhor nosso Jesus Cristo
jcustódiat ánimam meam
guarde a alma minha
in vitam aetérnam. Amen.
para a vida eterna. Amém.
Segurando a patena sob o cálice com a mão esquerda, ele
toma o cálice com a mão direita e reverentemente
consome o Preciosíssimo Sangue. 51
EIS O CORDEIRO DE DEUS!
A o m o strar-n o s a H óstia C o n sagrad a, o sacerdote usa as p alavras de Jo ão Batista.

m preparação p ara a festa V O C E S A B IA ?


I da Páscoa, os ju d eu s fo rm avam
Na ilustração do cordeiro,
J gru p o s de 10 -2 0 h om en s com
ao lado, você pode notar
quem celebravam a refeição de Páscoa.
algo que pende do livro
E les então escolh iam u m cordeiro
sobre o qual ele está
im acu lad o entre os n ovilhos,
sentado. Esses são os
lavavam -n o com cu id ad o e o sete selos mencionados
u n giam , e o m an tin h am à parte no Apocalipse; “Digno
p o r três dias antes de sacrificá- és de receber o livro e
lo. D u ran te esse p erío d o , ele era de abrir os seus selos,
ch am ad o de “ C o rd e iro de D eu s”. porque foste m orto e
Q u an d o João p ro feriu essa nos resgataste para Deus,
frase ao ve r Jesus, não h ou ve com o teu sangue...”
d ú vid a quanto ao que qu eria (Apocalipse 5,9)
dizer: este era o
M essias que
vie ra p ara salvá-los.

E m b o ra estejam os
“...João viu Jesus, que vinha ter com ele, e ch eios do an seio de
disse: Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira receber N o sso Senhor,
o pecado do mundo.” lem b ram o -n o s u m a vez
(João 1,29) m ais de n o ssa natureza
pecam in o sa. A g o ra é
Recebemos o corpo n o ssa vez de bater no
de Nosso Senhor e peito e d eclarar nossa
Rei ajoelhados à in d ign id ad e co m o fez
mesa de comunhão. o centurião. E ssa é a
Quando o Padre d isp o sição adeq uada
m ostrar-lhe a Hóstia
p a ra receb er N o sso
(v. p. 53), você não
deve dizer “amém”. Sen h or: con fian ça
Simplesmente incline h u m ild e em seu am o r e
a cabeça levemente m isericó rd ia.
para trás, estenda
a língua, e deixe a
Hóstia amolecer
antes de engolir.

Os fiéis que não puderem receher a Eucaristia de­


vem rezar um ato de Comunhão espiritual, para
que possam também participar das graças do Sacra­
mento, ao menos em parte.

C O M U N H Ã O E S P IR IT U A L

C reio, meu Jesus, que estais presente no


Santíssim o Sacram ento do Altar. A m o -V o s
sobre todas as coisas e m in h a alm a suspira
Na Missa Cantada, en­
toa-se agora a Antífona
p o r Vós. M as com o agora não posso receber-V os sacra­
de Comunhão, que pode ser
m entalm ente, vin d e espiritualm ente ao m eu coração. E, seguida por um hino apro­
com o se vos tivesse recebido, u n o -m e inteiram ente a priado. Na Missa Rezada, po-
Vós; não consintais. Senhor, que de Vós jam ais m e se­ de-se agora cantar um hino.
pare. Ó Jesus, Sum o B em , tocai-m e o coração e in fla­
m ai-m e no V osso divino amor, e que nele perm an eça
abrasado para sem pre. A m ém .
A

IS O CORDEIRO DE DEUS, eis Aquele que tira os


O celebrante toma uma Hóstia consagrada do cibório.
Erguendo-a levemente, volta-se para os fiéis dizendo:
E pecados do mundo.

S ENHOR, e u n ã o so u d ig n o d e q u e e n tre is em m in h a
m o ra d a ; m as d izei u m a só p alav ra , e m in h a a lm a
CCE A g n u s D e i :
Eis 0 Cordeiro de Deus, se rá salva.
ecce qui tollit peccáta mundi. Senhor, eu não sou digno de que entreis em m inha
eis 0 que tira os pecados do mundo morada; mas dizei um a só palavra, e m inha alma será
salva.
Os fiéis respondem três vezes, batendo no peito a cada vez: Senhor, eu não sou digno de que entreis em m inha
morada; mas dizei um a só palavra, e m inha alma será
O M IN E , N O N S U M D IG N U S , salva.
Senhor, não sou digno,
CORPO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO guarde a
ut intres sub tectum meum;
Ide que entreis sob o teto meu:
O tua alma para a vida eterna. Amém.

sed tantum dic verbo et sanábitur ánima mea.


•nas apenas dizei uma palavra, e salva será a alma minha.

COM UNHÃO
Descendo os degraus, o celebrante vai até a mesa de comunhão e
'■iministra a Santa Comunhão dizendo a cada um dos comungantes:

orpus Dómini nostri Jesu Christi


o Corpo do Senhor nosso Jesus Cristo
custódiat ánimam tuam
guarde a alma tua
in vitam aetérnam. Amen.
oara a vida eterna. Amém.
AÇÃ O DE GRAÇAS
Depois que a Com unhão foi
O R ei dos R eis veio estar con osco p o r u m tem po. distribuída aos fiéis, todas as
E n q uan to o Pad re p u rifica os vasos sagrad os, devem o s aproveitar ao m á x im o essa partículas, visíveis ou não,
visita. O que vo cê pergu n tará a Ele? O que vo cê go staria de con tar a Ele? são cuidadosamente deitadas
ao cálice, e o Padre o purifica
Se v o cê não está certo do que dizer, p od e u sar as o raçõ es ao fin al deste livro.
com vinho apenas.

N ^^aera dos reis,


os cortesãos não
m ediam esfor­
ços e p agavam altas so ­ Q u an do receber
m as p ara ter alguns m o ­ a Santa C o m u n h ão ,
m entos a sós com o rei, pen se n isso: na

n o s quais lhe pudessem E u caristia, Jesu s vem


estar co n o sco com o
apresentar suas petições
E le fez n o p rim eiro
reservadam ente.
N atal. A ssim , de certa
Q uão afortu n ados so ­
fo rm a, cada M issa é
m o s nós, que n osso R ei
co m o o d ia de N atal!
v eio a nós! D evem o s usar
d a m elh or fo rm a o tem po
que tem os com E le para
colocar nossas petições
diante d’Ele e agradecer
a E le pelas m uitas graças
que trouxe a n ossas alm as
n a Eucaristia. C u b ra os
olhos p ara que n ão se d is­
traia e im agin e-se senta­
do co m Jesus, com o n es­
sa gravura. C on te a Ele
com o vo cê está contente
que Ele veio e peça a Sua
ajuda com os problem as
que v o cê p o ssa ter.

“Portanto, se ressuscitastes com Cristo, buscai as


coisas que são lá de cima, onde Cristo está sentado
à destra de Deus; afeiçoai-vos às coisas que são lá
de cima, não às que estão sobre a terra.”
(Colossenses 3,1-2)

V O C E S A B IA ?
O celebrante deve sempre beber
do mesmo lado do cálice quando
o está purificando, para assegurar
que nenhum traço do Preciosíssimo
Sangue fique na borda. Para essa fi­
nalidade, o cálice geralmente possui
um a pequena cruz encrustada na
sua base, marcando esse lado.
ABLUÇOES

Depois de distribuída a Comunhão, o celebrante


recoloca o cibório no tabernáculo. Ele então
purifica 0 cálice com vinho, dizendo:

UOD ore súmpsimus, Dómine,


0 que pela boca tomamos, Senhor,
pura mente capiámus:
com pura mente recebamos:
et de múnere temporáli
e de um dom temporal
íiat nobis remédium sempitérnum.
seja [feito] para nós remédio eterno.

Ele toma o cálice e coloca sobre ele os seus dedos,


que até este momento só se separaram para segurar
a Hóstia Consagrada, e o acólito derrama vinho e
água sobre eles, enquanto o celebrante reza:

IORPUS tuum, Dómine,


o Corpo Vosso, Senhor,

adhaéreat viscéribus meis: et praesta,


una-se às vísceras minhas: e faça
ut in me non remáneat scélerum mácula,
com que em mim não permaneça de pecado mancha,

OM pureza de alma recebamos, Senhor, o que


C em nossa boca tomamos. Este dom, que nos
foi concedido no tempo, remédio nos seja para a
eternidade.

vosso CORPO, Senhor, que eu recebi e o


O Vosso Sangue que eu bebi, se unam às m inhas
entranhas; aUmentado que fui com estes puros e
santos sacramentos, fazei que em mim não fique
m ancha alguma de pecado. Vós que viveis e reinais
pelos séculos dos séculos. Amém.

55
Repare que a Antífona de
PERM ANECEI EM M IM , E EU EM VOS Comunhão é a prim eira ora­
C risto p e rm a n e c e u c o m seus discíp u lo s p o r 40 d ias antes de a sce n d er ao céu, e ção do Próprio a ocorrer des­
de antes do início do Cânon.
d epois en v io u -lh es o E sp írito Santo. C risto ag o ra p e rm a n e c e co n osco p o r u m
Veja a nota ao pé da p. 26
tem p o , e se u E sp írito Santo h a b ita rá em nossos corações. para um a explicação sobre a
sabedoria dessa forma.

“Se me amais, observareis


os meus mandamentos; e
eu rogarei ao Pai, e ele vos A Antífona de Comunhão,
como a Antífona de Ofertó-
dará um outro Parádito, rio, é apenas um vestígio do
para que fique eternamente Salmo ou Cântico que era
cantado outrora durante a
convosco, o Espírito de ver­ distribuição da Comunhão.
Veja na p. 67 mais inform a­
dade, a quem o mundo não
ções sobre antífonas.
pode receber, porque não o
vê, nem o conhece; mas vós
o conheceis, porque habita
convosco e estará em vós.
Não vos deixarei órfãos; O P adre n o s saú d a
voltarei a vós.” u m a vez m ais: “O
S en h o r seja C onvosco”.
(João 14, 15-18) C o m o é especialm ente
significativa essa
saud ação agora que
traz em o s N osso S en h o r
n o ta b e rn á c u lo de
“Quando Moisés tinha as mãos levantadas, Israel vencia, mas, se as
n o sso coração!
abaixava um pouco, Amalec levava vantagem.” (Êxodo 1 7 ,1 1)

ocê pode notar que as m ão s d o 1


V celebrante erguem -se q u an d o ele reza a
oração de P ó s-C o m u n h ão . E sta posição
é cham ad a de Orans, da palavra latin a p ara
orando, e ele em prega esse gesto sem pre que
A oração de Pós-Comunhão,
está intercedendo p o r nós.
como indica o seu nome, é a
A o rig em oração que pede a Deus que
desse gesto nos conceda em abundância
e n c o n tra -se n o os frutos do Sacramento que
livro d o Ê xodo, acabamos de receber. Cada
n o episó d io um de nós passou algum
tempo recolhido, acolhendo
e m q u e M oisés
Nosso Senhor depois de
lev an tav a as m ão s
recebê-Lo na Eucaristia, mas
e m o ração p a ra esta é nossa oração coletiva
q u e os israelitas de agradecimento pelo dom
prev alecessem na do Corpo e Sangue de Jesus,
b a ta lh a c o n tra os em nome de toda a Igreja.
am alecitas.
Dependendo da festa que está
Esse gesto ta m b é m é u m a figura de C risto
sendo celebrada, pode haver
co m os braço s abertos n a cruz. A arte mais de uma oração de Pós-
cristã antiga freq ü en tem en te representa Comunhão.
M aria e o u tro s santos dessa m aneira,
p a ra m o stra r a su a intercessão p o r nós.

56
Na Missa Cantada, o celebrante lê
silenciosamente a Antífona de Comunhão:

a n t íf o n a d a c o m u n h ã o

V E J A O P R Ó P R IO D A M IS S A D O D IA

Benedícimus Déum caéli,


Bendizemos o Deus do céu,
et coram ómnibus vivéntibus confitébimur éi:
e perante todos os viventes louvaremos Ele:
quia fécit nobíscum misericórdiam súam.
pois mostrou para conosco a misericórdia sua.

O celebrante beija o altar, e então volta-se aos fiéis e diz:

V. Dóminus vobíscum. D E PE
0 Senhor [seja] convosco.
a n t íf o n a d a c o m u n h ã o
R Et cum spíritu tuo.
E com 0 espírito teu.
^ V E JA O P R Ó P R IO D A M IS S A D O D IA ^

O rem u s:
Bendizemos o Deus do céu, e O louvaremos perante
Oremos:
todos os viventes, pois foi misericordioso para
E prossegue em voz alta, dizendo: conosco.

p ó s -c o m u n h ã o
V O Senhor seja convosco.
R E tam bém com o teu espírito.

# V E J A O P R O P R IO d a M IS S A D O D IA % Oremos:
P O S -C O M U N H A O
Profíciat nobis ad salútem córporis et ánimae,
Aproveite -nos para a salvação do corpo e da alma, # V E JA O P R Ó P R IO D A M IS S A D O D IA ^

Dómine Deus noster, Fazei, Senhor, nosso Deus, que a recepção deste
Senhor Deus nosso,
Sacramento e a confissão da eterna e Santa Trindade
hujus sacraménti suscéptio: e de sua mesma indivisa Unidade, nos aproveitem
deste sacramento a recepção:
para a salvação da alma e do corpo. Por Cristo Nosso
et sempitérnae sanctae Trinitátis,
e da eterna Santa Trindade, Senhor Vosso filho, que conVosco vive e reina, na
ejusdémque indivíduae unitátis conféssio. unidade do Espírito Santo...
e de sua mesma indivisa unidade a confissão.
Per Dóminum nostrum Jesum Christum,
Por Senhor nosso Jesus Cristo, V. ...por todos os séculos dos séculos.
Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat I?; Amén.
Filho Vosso, que convosco vive e reina
in unitáte Spíritus Sancti, Deus...
Na unidade do Espírita Santo, Deus...

V. ...Per ómnia saécula saeculórum.


Por todos os séculos dos séculos.
ENV IA D O S AO M U N D O V O C E S A B IA ?
Ite, Missa est era um pro­
“Vós sois a luz do m u n d o .. .Assim brilhe a vossa luz diante dos hom ens, para que vejam
nunciamento formal usa­
as vossas boas obras, e gloriíiquem o vosso Pai, que está nos céus.” (M ateus 5,14-16) do pelos romanos para
despedir assembléias p ú ­
SE JÁ N O S D E S P E D IM O S , P O R Q U E
blicas. Mais tarde, quando
N Ã O V A M O S LO G O E M B O R A ? o Santo Sacrifício celebra­
do em lembrança da últi­
té o século
A XII, e ra aq u i que
te rm in a v a a M issa - n a v erd ad e, a
m a ceia de Cristo veio a ser
chamado de Missa, essa
o ração q u e se segue à d e s­ despedida passou a ter um
p ed id a, Placeat Tihi, era c o n h ecid a sentido duplo.
co m o “a o ração d ep o is d a M issa”
p o rq u e ela e ra rezad a p riv a d a ­
m en te pelo sacerdote
após a M issa. Por que não dizemos Ite,
M as n ã o d evem os Missa est nas Missas de Fiéis
ir e m b o ra e e sq u e ­ Defuntos? Porque ele é uma
cer que carreg am o s despedida de caráter alegre, e
agora a lu z de C risto durante tempos de penitên­
cia é bom perm anecer um
d e n tro de nós. P or
pouco mais em oração ou
isso, re c e b e re ­ meditação. Em alguns locais,
m o s m ais u m a mantém-se a tradição, an­
b ê n ção final e terior ao Missal de 1962, de
in stru ç ã o p a ra lem - não dizer o Ite Missa est tam ­
b ra r-n o s de n o ssa bém durante a Quaresma e o
Advento.
m issão co m o cató li­
cos, de levar essa luz
p a ra o m u n d o .

T o rn am o -n o s
“Depois o sten só rio s vivos
carreg an d o a luz
levou-os
de C risto d e n tro de
até cerca nós. A ntes de levar
de Betânia, e essa luz ao m u n d o ,
ajo elh a m o -n o s p a ra
levantando as suas
receb er a b ên ç ão final,
mãos, os abençoou. co m o os cavaleiros de
Enquanto os a n tig a m e n te recebiam
os seus escudos antes
abençoava, separou-
de serem enviados à
se deles, e elevava-se b atalh a.
ao céu.”
(Lucas 24, 50-51)

Como as Missas de Fiéis


Defuntos são para os mortos,
não para os vivos, esta bênção
não é dita, e o Padre diz
apenas o Requiescant in pace.

58
D E S P E D ID A
O celebrante volta-se ao povo e diz:
V. Dóminus vobíscum.
o Senhor [seja] convosco.
R Et cum spíritu tuo.
E com 0 espírito teu.

^ I t e , m iss a est .
Ide. A despedida é.
R Deo grátias.
a Deus graças.

Ou, em outras situações, como nas Missas


seguidas de procissão do Santíssimo:
Y. Benedicámus Dómino.
Bendigamos ao Senhor.
R Deo grátias.
a Deus graças.
Ou, nas Missas de Fiéis Defuntos:
W. Requiéscant in pace.
Descansem em paz.
R Amen. Y. O Senhor seja convosco.
R E tam bém com o teu espírito.
Inclinando-se diante do altar, e colocando suas mãos
unidas sobre ele, o celebrante reza em silêncio: Y. Ide, a Missa acabou.
R Graças a Deus!
IL A C E A T tibi, sancta Trínitas, d e jo elh o s
Agrade a Vós, Santa Trindade,
Iobséquium servitútis meae: Y. Bendigamos ao Senhor.
a homenagem da servitude minha:
R Graças a Deus!
et praesta; ut sacrifícium,
e concedei; que este sacrifício, Y. Descansem em paz,
quod óculis tuae Majestátis indígnus óbtuli, R Amém.
0 qual aos olhos de Vossa majestade indigno ofereci,
tibi sit acceptábile, a g r a d o , Trindade Santa, a hom ena­
c e it a i c o m
a Vós seja aceitavel,
mihíque, et ómnibus, pro quibus illud óbtuli,
por mim e por todos, por quem o ofereci,
A gem deste vosso servo; este sacrifício, que eu, em ­
bora indigno, aos olhos da Vossa Majestade acabo de
sit, te miseránte, propitiábile. oferecer, tornai-o digno de ser por Vós aceito e, pela
seja, por Vossa misericórida, propício. Vossa misericórdia, seja causa de propiciação para mim
Per Christum Dóminum nostrum. Amen. e para todos aqueles por quem o ofereci. Amém.
Por Cristo Senhor Amém.

BENÇAO
Abençoe-vos o Deus onipotente. Pai, e Filho ^ e
Beija 0 altar, estende aos mãos, eleva-as, junta-as e, Espírito Santo,
inclinando-se diante da cruz, diz: R Amém.

Benedicat vos omnípotens Deus, Y O Senhor seja convosco.


Abençoe-vos o onipotente Deus R E também com o teu espírito.
(Voltando-se para o povo, ele prossegue,
Y. Princípio do santo ^ Evangelho segundo São João.
abençoando-o com o sinal da cruz:)
R Glória a vós, Senhor.
Pater et Filíus *, et Spíritus Sanctus.
Pai, e Filho, e Espírito Santo.
R Amen.
Ele se dirige para o lado do Evangelho onde lê o último Evangelho.

Ú L T IM O E V A N G E L H O de p É
V. Dóminus vobíscum.
o Senhor [seja] convosco.
R Et cum spíritu tuo.
E com 0 espírito teu.

W. Inítium sancti * Evangélii secúndum Joánnem.


Início do santo Evangelho segundo João.
R Glória tibi, Dómine.
Glória a Vós, Senhor.

59
E H A B IT O U E N T R E NO S
V O CE SA B IA ?
N o in ício d a M issa, rezam o s “E n via i-m e a Vossa L u z e a Vossa verdade!”
É m u ito o p o rtu n o , p o rta n to , q u e a M issa te rm in e com as palavras: “e nós vim os a Ocasionalmente, um dia
de festa importante cai no
Sua glória, glória igual a que o Pai dá a seu Filho Único, cheio de graça e de verdade!’
domingo, e haverá mais de
um Próprio: o do domingo
JÁ N O S D E S P E D IM O S , FO M O S A B E N Ç O A D O S E E N V IA D O S A O M U N D O ... e o da festa. Nesses casos,
PO R QUE A G O R A LEM O S E S SE EV A N G ELH O ? até 1962, 0 Evangelho do
domingo era lido durante

E
^ SSe co stu m e o rig in o u -se n a Id a d e M édia. O s fiéis às vezes p e d ia m ao p a d re
a Missa, e o Evangelho da
p a ra ler o E vangelho p a ra eles co m o u m a fo rm a de b ênção, pois o E vangelho é
festa em lugar do Evange­
J a Palavra d o p ró p rio D eus. O início d o E vangelho de João era u m dos favoritos lho de João. Hoje, somente
n atu rais, co m o síntese p o é tic a de n o ssa criação e salvação, fru to do im e n so a m o r de no Domingo de Ramos,
D eu s p o r nós. Ele n o s le m b ra u m a vez m ais que “a luz v e rd ad e ira que ilu m in a to d o quando não é feita a bên­
h o m e m ” agora h a b ita d e n tro de nós. ção dos ramos antes da
C o m o tem p o , to rn o u -se h áb ito o p a d re co m eçar a recitá-lo n o altar, ao final da Missa, o Evangelho corres­
M issa, e c o n tin u a r re c ita n d o -o de m e m ó ria ao p ro c e d e r p a ra fo ra do presbitério. Essa pondente pode ser lido no
p rá tic a e v e n tu alm en te ex p a n d iu -se até ab ra n g e r a leitu ra de to d o esse Evangelho no lugar do último Evangelho.
altar e, em 1570, o P apa Pio V a c re sc en to u -a oficialm ente co m o p a rte d a M issa.

“Depois da Missa
não se deve omitir
a ação de graças...
O tempo que se
segue à Missa é um
tempo para se juntar
tesouros de graça”
— S. Afonso de Ligório
N ão h á m a io r adoração,
lo u v o r o u ação de
graças q u e p o ssa m o s
oferecer a D eu s do
que o sacrifício do Seu
p ró p rio am ad o Filho
que é oferecido em
cad a M issa. Sem pre
qu e te n h a m o s tid o
a b ê n ç ã o de assistir
à p erfe ita litu rg ia da
M issa n ã o devem os sair
sem oferecer as nossas
p ró p rias orações de
a g rad e cim en to p o r essa
im e n sa dádiva.

E m c e rta ocasião, S. Felipe N e ri o b se rv o u u m h o m e m Uma prática pia estabeleci­


sain d o d a igreja im e d ia ta m e n te após a C o m u n h ã o . Ele da por Santa G ertrude é
dizer a seguinte oração
ra p id a m e n te en v io u dois acólitos co m velas acesas p a ra
nesse momento:
aco m p an h á-lo . Q u a n d o p e rg u n ta d o p o r que h av ia feito “Eu Vos agradeço e abençôo,
isto, ele explicou q u e q u a n d o carreg am o s o Santíssim o ó bom Jesus, que por amor a
S acram en to p a ra fo ra d a igreja, ele é sem p re ac o m p a n h a d o , mim Vos dignastes a Vos tor­
n o m ín im o , p o r essa h o n ra ria . nar hom em ”

A MISSA TERMINA AQUI. NA MISSA REZADA, COSTUMA-SE DIZER


Na Missa Cantada, po­
AGORA “a S o r a ç õ es NO FIM DA MISSA REZADA”. de-se agora entoar um
hino.
60
N P R IN C ÍP IO erat Verbum,
m et Verbum No princípio era
erat apud Deum,
o Verbo,

e 0 Verbo estava em Deus


et Deus erat Verbum.
e Deus era o Verbo.
Hoc erat in princípio apud Deum.
Ele estava no princípio em Deus.
Omnia per ipsum facta sunt:
Tudo por ele feito foi:
et sine ipso factum est nihil, quod factum est:
e sem ele feito foi nada, do que feito foi:
in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum;
nEle a vida estava, e a vida era a luz dos homens:
et lux in ténebris lucet,
e a luz nas trevas brilha,
et ténebrae eam non comprehendérunt.
e as trevas a ela não envolveram.
' 0 IN ÍC IO ERA O VERBO,
Fuit homo missus a Deo,
Foi um homem enviado
cui nomen erat Joánnes.
por Deus, N e 0 Verbo estava em Deus,
e o Verbo era Deus.
cujo nome era João. Ele estava no princípio em Deus.
Hic venit in testimónium, Tudo começou a existir por meio d’Ele,
Este veio como testemunha, e sem Ele nada começou a existir do que existe. N’Ele estava
ut testimónium perhibéret de lúmine, a vida, e a vida era a luz dos homens; e a luz brilha nas trevas,
para testemunho dar da luz, e as trevas não a sufocaram.
ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, Apareceu um hom em enviado por Deus,
para que todos acreditassem por meio dele. Não era ele a luz
cujo nome era João.
sed ut testimónium perhibéret de lúmine. Veio como testemunha,
mas para testemunho dar da luz.
para dar testem unho da Luz,
Erat lux vera, quae illúminat a fim de todos acreditarem por seu intermédio.
Era a luz verdadeira, que ilumina
Ele não era a Luz,
omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. mas veio para dar testem unho da Luz.
todo homem que vem neste mundo.
O Verbo é que era a Luz verdadeira, que ilumina todo
In mundo erat, et mundus per ipsum factus est,
No mundo estava, e o mundo por ele feito foi, hom em que vem ao mundo.
et mundus eum non cognóvit. Estava no mundo, e o m undo foi feito por Ele;
e 0 mundo a ele não conheceu. mas o m undo não O reconheceu!
In própria venit, et sui eum non recepérunt. Veio ao que era seu, mas os seus não O receberam! A
Ao que [era] seu veio, e os seus a ele não receberam todos, porém, quantos O receberam,
Quotquot autem recepérunt eum, deu Ele o poder de se tornarem filhos de Deus;
A todos que porém receberam- no, quer dizer, àqueles que crêem no seu nome,
dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, que não nasceram nem do sangue, nem do desejo da
deu ele o poder de filhos de Deus se tornarem,
carne, nem da vontade do homem, mas só de Deus.
his, qui credunt in nómine ejus: E O VERBO SE FEZ CARNE, e veio habitar entre nós,
aqueles, que crêem no nome seu:
e nós vimos a sua glória,
qui non ex sanguínibus, glória igual a que o Pai dá ao seu Filho Ünico,
que nem do sangue,
cheio de graça e de verdade.
I) neque ex voluntáte carnis,
nem da vontade da carne, Ç; Graças a Deus.
neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt.
nem da vontade do homem, mas de Deus nascidos foram
aqui todos se ajoelham:
E t V e r b u m C a r o Fa c t u m E st ,
e 0 Verbo carne feito foi,
et habitávit in nobis:
e habitou entre nós:
et vídimus glóriam ejus,
e vimos a glória sua,
glóriam quasi Unigéniti a Patre,
glória como a do Unigênito do Pai,
plenum grátiae et veritátis.
cheio de graça e de verdade.
Çi: Deo gratias.
A Deus graças.

J l
PETIÇÕES ESPECIAIS PELA IGREJA V O C Ê S A B IA ?
Em resposta à descrença
Essas orações, que se dizem após a Missa Rezada, reúnem nossas e à heterodoxia no sé­
petições de forma especial pelas intenções da Santa Madre Igreja. culo XIX, o Papa Pio IX
divulgou a encíclica Quan­
ta Cura em 1864, que con­
tinha um Stlabo de Erros
^ m vários m o m en to s de sua histó ria, a Igreja - idéias que haviam ad­
so freu p erseguições. D u ra n te esses p e río d o s de quirido prestígio em razão
A provação, a Igreja ac re sc en to u o rações especiais de do hum anism o secular
p etição ao final d a M issa. da época, mas que eram
A p r im e ir a d essas foi in s titu íd a p o r P io IX d u ra n te a contrárias ao ensinamento
da Igreja. Algumas dessas
o c u p a ç ã o de R o m a p e lo ex ército italian o , q u e estav a
crenças errôneas ainda cir­
em c a m p a n h a p e la u n ific a ç ã o do país. O P ap a te m ia culam hoje, mesmo entre
q u e a p e rd a de se u p o d e r te m p o ra l p u d e sse lev ar à católicos. Dê um a olhada
p e rd a d a lib e rd a d e d e c u lto p a ra os cató lico s, co m o no Stlabo quando puder e
o c o rre ra d u ra n te a R ev o lu ção F ran cesa. P o r veja como você está!
isso, ele p e d iu q u e u m Pai N osso e u m a A ve
M a ria fo ssem d ito s ap ó s a M issa, p elo fim
d a o c u p a ç ã o e p e la re s ta u ra ç ã o dos
E sta d o s Papais.

Seu sucessor. Leão XIII, expandiu


essas orações du ran te novas perseguições
trazidas pelo h u m an ism o secular que v arria
a E uropa. E m 1884, ele acrescentou o Salve
Regina, p ed in d o a ajuda da “m u lh e r cujo pé
esm agará a cabeça da serpente” do G ênesis 3,15.
E em 1886 ele adicionou a oração a S. M iguel,
cuja tarefa era de lançar a Satanás e os
seus anjos n o inferno (Ap 12, 9).

A invocação final ao S agrado


C o ração foi agregada
p o r P io X em 1904, e
d ep o is P io X I in ­ “Obras do Senhor,
cluiu a o ração p ela ‘conversão bem-dizei todas o
dos pecadores e pela liber­
dade e exaltação da Santa Senhor, louvai-o e
M adre Igreja’. E ste ú ltim o exaltai-o por todos os
p e d iu que essas orações
séculos.”
fossem ditas p ela in ­
ten ção d a conversão (Daniel 3,57)
d os ‘com unistas Ao terminar essas orações, o
ateus’ d a Rússia, q u e te n ta ra m , n aq u ele Padre sobe uma vez mais ao
país, ab o lir to d a a fé. A in d a h o je rezam o s altar para recolher os vasos
essas orações, pelas m esm as in ten çõ es. sagrados. Ao ajoelhar-se ao pé
do altar, ele pode rezar em voz
baixa o Cântico dos Três Jovens
do Livro de Daniel (também
conhecido como Trium Pue-
rorum ou Benedicite) e pros­
segue em direção à sacristia.
Ficamos de pé, em sinal de
Por favor lembre-se de que, enquanto a vela do santuário permanecer acesa, Nosso respeito a ele, enquanto ele
Senhor está presente no tabernáeulo, e devemos manter a devida reverência. deixa a igreja.
E spere a té te r s a íd o d a ig reja p a r a co n ve rsa r com os d e m a is fié is .
Na Missa Rezada, ago­
ra pode-se cantar um
hino.

62
D E JO E L H O S

O R A Ç Õ E S A O F IM D A M IS S A Essa orações depois da Missa Rezada são muitas vezes


Depois da Missa Rezada, o sacerdote, de joelhos ao pé do altar, rezadas no vernáculo. Fornecemos o latim ao lado para
reza com o povo as seguintes orações: os interessados e para as paróquias que assim preferem.

A ve Maria, grátia plena, Dóminus tecum; A AVE M A R IA , cheia de graça, o Senhor é con-
benedícta tu in muliéribus, vosco, bendita sois Vós entre as mulheres,
et benedíctus fructus ventris tui, Jesus. e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatóribus, R Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós
nunc et in hora mortis nostrae. Amen. pecadores, agora e na hora da nossa morte.
(repetir três vezes) Amém.
(repetir três vezes)
S alve Regina, Mater misericórdiae;
vita, dulcédo et spes nostra, salve. S vida,
ALVA R A IN H A , M Ã E D E M IS E R IC Ó R D IA ,
Ad te clamámus, éxsules filii Evae. doçura e esperança nossa, salve!
Ad te suspirámus geméntes et flentes A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva.
in hac lacrimárum valle. A Vós suspiramos, gemendo e chorando neste
Eia ergo, advocáta nostra, vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa,
ülos tuos misericórdes óculos ad nos convérte. esses vossos olhos misericordiosos a nos volvei.
Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, E depois deste desterro mostrai-nos Jesus,
nobis, post hoc exsilium, osténde. bendito fruto do vosso ventre.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria Ó clemente! Ó piedosa! Ó doce Virgem Maria.
'V. Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix. V Rogai por nós. Santa Mãe de Deus.
R Ut digni efficiámur promissiónibus Christi. R Para que sejamos dignos das promessas de
Cristo.
O rém u s;
orem os:
D eus, refúgium nostrum et virtus,
D nosso refúgio e fortaleza, olhai propi­
eu s,
pópulum ad te clamántem propítius réspice;
cio para o povo que a Vós clama; e, pela in-
et intercedénte gloriosa et immaculáta
tercessão da gloriosa e imaculada Virgem Maria,
Virgine Dei Genitríce Maria,
Mãe de Deus, de São José, seu esposo, dos vossos
cum beáto Joseph, ejus Sponso,
bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo e de
ac beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo,
todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno
et ómnibus Sanctis,
as preces que Vos dirigimos para a conversão
quas pro conversióne peccatórura,
dos pecadores, para a liberdade e exaltação da
pro libertáte et exaltatióne sanctae Matris Ecclésiae,
Santa Madre Igreja.
preces eífúndimus, miséricors et benignus exáudi.
Pelo mesmo Jesus Cristo Senhor nosso.
Per eúmdem Christum Dóminum nostrum.
ÇS; Amém.
R Amen.

S ÃO M IG U E L defendei-nos neste
a rc a n jo ,
S ancte Míchael Archángele, defénde nos in proélio;
combate, sede nossa guarda contra a maldade
contra nequitiam et insídias diáboli esto praesidi-
e ciladas do demônio. Instante e humildemente
um. Imperet illi Deus, súpplices deprecámur:
pedimos que Deus sobre ele impere; e vós,
tuque, Princeps militiae caeléstis,
príncipe da milícia celeste, com o poder divino,
Sátanam aliósque spiritus malignos,
precipitai no inferno a Satanás e aos outros
qui ad perditiónem animárum
espíritos mahgnos, que vagueiam pelo mundo
pervagántur in mundo,
para perdição das almas. Amém.
divina virtúte in inférnum detrúde. Amen.
'V. Cor Jesu sacratissimum, V Sacratíssimo Coração de Jesus.
R Miserere nobis. R Tende misericórdia de nós.
(repetir três vezes) (repetir três vezes)

63
U M A N C ESTR A L C O M U M : O O F IC IO D IV IN O
P ara entender os elem entos que co m p õ em a M issa no contexto de sua h istó ria e de seu sign ificad o, é útil exam in ar
o seu p rim o p ró xim o , o O fício D ivin o. C o m o as duas fo rm as de o ração o rig in aram -se n a p rática d a sin ago ga
ju d aica, as duas p o ssu em m uitas sim ilarid ad es e u m a p o d e ajud ar a entender a outra.

O costume de rezar em h oras esp e­


SETE»VEZES*A0‘D1A‘EU’V0S‘DIR1J0*L0UV0RES
cíficas do dia teria com eçad o com
A braão, e d esen volveu -se em ce ri­
m ô n ias do tem plo e d a sin agoga p o r M oisés
e pelo s profetas. Ju deu s devotos encontra-
va m -se nas sinagogas, em g ru p o s de pelo
m en os dez, ch am ad os batlanim, p ara cantar ♦ NOTURNOS

os Salm o s e passagen s da L ei e dos Profetas, e TRÊS ^ ^
p ara receber in stru ção do seu líder, o rabino.
Jesus e seus apóstolos seg u iram essa prática, ♦A MEIA-NOITE LEVANTEI-ME PARA TE LOUVAR-
com o sabem os das E scritu ras: Esses versos do Salmo 118 dem onstram a tradição antiga de
rezar em horas determinadas.

“Depois foram a Cafarnaum; e Jesus “...subiu Pedro à parte supe- “Pedro e João subiam (um
tendo entrado no sábado na sinagoga, rior da casa para fazer ora- dia) ao templo para a ora­
ensinava.” (Marcos 1, 21) ção, cerca da hora se xta ” ção da hora nona”
(Atos 10,9) (Atos 3,1)

D epois da m orte de Cristo, os apóstolos


co n tin u aram a o b servar o costum e de rezar na
sinagoga. N o entanto, com o a Igreja infante
caiu sob persegu ição de outros ju deu s, to rn o u -se
necessário que fo rm assem seus p ró p rio s gru p o s. E ssas
sinaxes (assem bléias), que se reu n iam nos sábados
à noite, in clu íam as orações trad icio n ais de salm os e
leituras e cu lm in avam co m a celebração da E u caristia
na aurora do dom in go, em m em ó ria da ressu rreição de
C risto à p rim eira luz do dia. Tem os u m a descrição de
u m a dessas sin axes n os A tos dos A póstolos:

“No primeiro dia da semana, tendo-nos reuni­


do para a fração do pão, Paulo, que devia par­
tir no dia seguinte, falava com eles. Prolongou
o discurso até à meia-noite...Tendo voltado
acima e partido o pão e comido, ainda lhes fa­
lou largamente, até que surgiu a aurora; depois
disto partiu.” (Atos 20, 7 , 1 1 )

C o m o crescim en to das con gregações, essas reun iões


que d u ravam toda a noite to rn aram -se p o u co práticas
e a sin axe foi d iv id id a em duas litu rgias separadas: a
M issa dos C atecú m en o s (quando co m bin ad a co m a
Eucaristia) e u m p rim eiro O fício D ivin o , con sistin do
de V ésperas (rezadas ao p ô r do sol). V ig ílias (rezadas
durante a noite), e M atin as (rezadas ao am anhecer).
A S H O R A S C A N Ô N IC A S
P o r volta d o século III, escritos cristão s m e n c io n a m freq ü e n te m en te o co stu m e da oração d iária, m as foi o
crescim en to d o m o n a stic ism o que a ju d o u a re fin a r a sua e s tru tu ra e as suas práticas. A o final do século VI,
já estava p le n a m e n te estabelecido o O fício D ivino co m o o co n h ecem o s hoje.

RELOGlO DA PAlXAO .U L T IM O s escritos de T ertuliano (160-220 d.C.) co nfirm am


N O S S O SENHOR
NO TEMPO
O que o costum e antigo de rezar a certas h o ras havia
co n tin u ad o n a co m u n id ad e cristã:
DE NOSSO
SENHOR “Q uanto ao horário da oração, não será supérfluo
observar, além dos m om entos prescritos, as orações tam bém
em certas horas que todos conhecem e que m arcam as
partes do dia: a terça, a sexta, e a nona. Tais horas, vem os
na Escritura, são as m ais im portantes”.
(“De Oratione,” xxiii, xxv, in P.L., I. 1191-3).

As horas d a oração eram contadas


com o m o stra o diag ram a ao lado: o
nascer do sol era considerado a prim ei- I
ra h o ra do dia, e o p ô r do sol a décim a- “
segunda. A ssim com o cada h o ra m o s­
tra d a aqui co rresp o n d e a u m episódio n a
Paixão de C risto, d a m esm a form a, cada
os
'.^LG.^RISMOS h o ra de oração possui seu te m a específico
ARÁBICOS
INDICAM A » O R .\ e im p o rtân c ia relativa, con ferin d o ord em
N O TEMPO
M ODERNO ao nosso tem po, u m dia de cada vez.

M A T IN A S LAUDES
As M atin as são co n sid erad as a h o ra m ais im p o r­ O n o m e Laudes deriva de laudate, que significa lou­
tan te, pois as suas solenes oraçõ es n o tu rn a s fo rm a ­ vai, p alavra re p etid a co m freq üência n o s salm os dessa
v a m a m a io r p a rte das vigílias d a sinaxe. Elas são h o ra, que te m o lo u v o r com o te m a principal. Rezadas
co m p o stas p o r três n o tu rn o s , q u e c o rre sp o n d e m às ao am anhecer, elas form avam o final d a vigília d a sin a­
vigílias d a no ite, e são rezad as antes d o am an h ecer, xe. C elebram a chegada d a luz ao m u n d o , d e v o tan d o a
geralm en te seguidas pelas Laudes. D eu s nossos p rim eiro s p en sam en to s do dia.

As quatro “horas m enores” são quase idênticas em duração e estrutura.

P R IM A TERÇA SEX TA NOA


A p rim eira h o ra foi Foi n a terceira h o ra A sexta, o m eio-dia. A n o a co rresp o n d e
das últim as a serem ad i­ q u e N o sso S e n h o r foi é u m a h o ra de cu lm i­ ao final do d ia de tra b a ­
cionadas ao Ofício D ivi­ c o n d e n a d o p o r Pilatos nância: foi nessa h o ra lho. É tid a com o a h o ra
no. Ela form a u m a ponte Foi ta m b é m n essa h o ra que A dão e Eva co m e­ em que A dão e Eva fo ­
entre as Laudes, n o am a­ q u e o E sp írito Santo ra m 0 fru to proibido. ra m expulsos do P a ra í­
nhecer, e 0 com eço do d esceu sob re os A p ó s­ que os três anjos visita­ so, e foi a h o ra em que
dia de trabalho. Assim, tolos. P o r isso, a Terça ra m A braão, e que C ris­ C risto m o rre u n a cruz.
o seu tem a é a consagra­ tra ta d a te rc e ira Pessoa to foi pregado n a cruz.
ção do trabalho a Deus. d a T rindade.

VESPERA S CO M PLETA S

T
ão rezad as “ao a c e n d e r das lâ m p a d a s”, e p o r ^ e m o n o m e deriv ad o do latim com pletorium ,
S isso e ra m o rig in a lm en te ch am ad as Lucernalia, pois co m p letam as h o ras do dia. Seu te m a é o
o ‘ofício das luzes’. A ssim co m o as L audes de n o ssa e n treg a aos cu id a d o s de D eu s antes
c o n sag ra m o início d o dia, as V ésperas co n sa g ra m o de in ic ia rm o s no sso repouso. Elas in c lu em u m exam e
seu té rm in o , e am b as essas h o ras p o ssu e m e s tru tu ra e de co n sciência e a reza do Confiteor.
so len id ad e sim ilares.

65
A ESTRUTURA DO OFÍCIO D IV IN O
Os elementos básicos que compõem tanto a Missa quanto o Ofício Divino
podem ser classificados em uma das seguintes formas:

f íc io s ig n if ic a 'd ev e r ’, e rezar essa oração oficial da Igreja é, de fato, dever de todos os sacerdotes e da

O maioria dos religiosos ao redor do mundo. As raízes dessa antiga liturgia remontam aos Salmos de Davi,
que foram o método preferido de louvor divino por cerca de um milênio antes do nascimento de Cristo. Nas
sinagogas, judeus devotos reuniam-se para cantar todo o ciclo de 150 salmos a cada semana, juntamente com leituras
da Lei e dos Profetas. A estrutura e os métodos que eles usavam foram continuados pelos Apóstolos e eventualmente
levaram à criação da liturgia do Ofício Divino. As partes principais dessa liturgia são as seguintes:

SALMOS E CÂNTICOS LIÇOES DAS ESCRITURAS


s s e s cantos de louvor, o mais antigo elemento S liç õ e s encontradas no Ofício Divino são

E do Ofício Divino, formam sua espinha dorsal.


São ordenados em um calendário semanal A tiradas do Velho Testamento, dos Atos dos
Santos, e dos escritos dos Padres da Igreja.
chamado s a l t é r i O y de tal forma que, no curso de umaO costume de intercalar essas lições com o louvor
semana, são rezados todos os 150 salmos e os dez dos salmos tem sua origem nas antigas práticas da
cânticos da Escritura. sinagoga.

HINOS ORAÇOES
ã o c a n to s cantos de louvor que imitam os salmos. A S o r a ç õ e s podem usar linguagem poética,
^ ^ H á um hino próprio para cada uma das horas, xLa como os salmos e os hinos, mas são invocações
assim como para a maioria das principais festas. ^ ^ d ir e ta s de petição, louvor, ou ação de graças.

ANTÍFONAS RESPONSORIOS
e r a lm e n te tiradas düs salmos ou do texto 1 1 SSe m é t o d o de oração envolve dois indivíduos
1 -^ d a s Escrituras, as antífonas não são apenas mu 1 ^ ou dois grupos, um respondendo ao outro. Veja
tipo de oração e louvor, mas antes de tudo um J i - ^ n a página seguinte mais informações sobre
método. responsórios.

66
UM M ETOD O EM COM UM DE ORAÇAO
A lg u n s d os elem entos que co m p õ em tanto a M issa quanto o O fício D ivin o
distin gu em -se não p o r seu conteúdo, m as pelo m étodo co m que são rezados.

A üntifontt e o responsório são u m com ponente em com um da M issa e do O fício D ivino. A m b o s


em pregam u m m étodo específico de oração segundo o qual duas pessoas, ou dois grupos, alternam -se no
canto. O estudo de com o cada u m desses m étodos é utilizado no O fício D ivin o p o d e ajudar a lançar algum a
luz sobre o seu uso na M issa.

O canto antifonal era a fo rm a trad icio n al de Responsório é u m tipo de oração que p o d e ser
cantar os salm os na sinagoga. A fo rm a m ais sim ples de com posto de u m salm o, u m cântico, ou outro texto
exp licar com o a salm o d ia antifon al fu n cio n a no O fício sagrad o; o que o diferen cia é a fo rm a co m o é cantado.
D ivin o é reco rrer ao seguinte diagram a: O sacerdote ou cantor entoa o verso e o coro ou a
co n gregação responde com um refrão. P ode-se ver
esses pares, tam b ém ch am ad os preces, p o r to d a a M issa,
a n t íf o n a assin alad os em verm elh o p o r e E les p o d em ser
u m a sim ples saudação:

W. Dóminus vobíscum
SA LM O OU P A R T E DO SA LM O 0 Senhor [seja] convosco.
(ou c â n t i c o ) R Et cum spíritu tuo.
E com 0 espírito teu

O u p o d e m ser com o este resp on só rio tirad o da P rim a:


D O X O L O G IA
Y. C h r is t e fili D e i v iv i, m is e r e r e n o b is .
Cristo filho do Deus vivo tenha misericórdia de nós.

a n t íf o n a
R Christe íili Dei vivi, miserere nobis.
Cristo filho do Deus vivo tenha misericórdia de nós.

A a n tífo n a é u m v e rso b reve que serv e co m o u m a


W. Qui sedes ad dexteram Patris.
Que sentais à direita do Pai.
esp écie de tem a. E la geralm en te é re tira d a de u m s a l­
Miserere nobis.
m o o u de o u tra p arte da E scritu ra . Q u an d o u m s a l­ Tenha misericórdia de nós.
m o é can tado an tifo n alm en te, a a n tífo n a é en to ad a no V. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto.
in íc io do salm o e re p etid a n o final. O canto de cada Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo.

lin h a ou v e rso do salm o é d iv id id o em du as p artes: a R Christe fili Dei vivi, miserere nobis.
Cristo filho do Deus vivo tenha misericórdia de nós.
p rim e ira é en to ad a p elo can tor ou p elo p rim e iro coro,
e o seg u n d o coro (ou to d a a co n g reg ação ) resp on d e. A
doxologia (geralm en te o G lória ao Pai, v. p. 10 ) serve
então co m o fech o ad eq u ad o ao salm o, antes que a a n ­
tífo n a seja rep etid a.
H ou ve tem po em que todos os salm os u sad os na
M issa eram cantados antifonalm ente dessa m aneira.
H á alguns trechos da M issa que ain da preservam essa
fo rm a, n otad am en te o Asperges M e, na p. 1 , e o Judica
M e, n a p. 3. N o entanto, em outros trech os, esta fo rm a
foi encu rtad a, com o no Intróito, n o qu al apenas u m
fragm en to do salm o o rig in al é cantado, co m a sua
d o xo lo gia e antífona, ou n as antífon as de o fertó rio e
com un h ão, nas quais não se canta salm o algum ,
m as som ente a antífona.

V O C E SA B IA ?
Muitas igrejas na Europa possuem bancos de coro cons-
ddos especificamente para o canto antifonal.
I L'ma grande estante de dois lados era colocada ao centro,
um grande livro de cada lado, contendo a partitura do
íochão. Os que o entoavam usavam o Antiphonarium, e os
r respondiam, o Responsoriale.

67
A b íb l ia c a t ó l ic a
A s E scritu ras u sadas n a M issa T rad icio n al diferem de outras B íblias n ão só n a tradução,
m as n os n om es e n ú m eros dos capítulos e versos, especialm en te no L ivro dos Salm os.
Esta lin h a de tem po foi desen h ad a p ara ajud ar a exp licar p o r quê.

A Tanakh Jerônimo e a Vulgata Latina (382-405 d.C.)


(c. séc. XIII-III a. C) Ao ser comissionado pelo Papa Dâmaso I a revisar os
Uw A Tanakh hebraica cor­ Evangelhos em latim, S. lerônim o veio a se
responde aproximada­ dar conta da necessidade de um a tradução
mente ao que conhe­ latina padrão de toda a Bíblia. Pelas décadas
cemos como o Antigo seguintes, ele comparou textos hebraicos
Testamento. O próprio com a Septuaginta assim como com a H é­
nom e é um acrônimo xapla de Orígenes, para traduzir fielmente
que descreve seu con­ quase todo o Velho Testamento para o latim.
teúdo: a Torah (os livros Embora tenha levado alguns séculos para
de Moisés), o N evtim suplantar a Vetus ítala, a obra de Jerônimo
(livros dos profetas) e veio eventualmente a ser reconhecida como
o Ketuvim (salmos e muito superior, e com o tempo tornou-se co­
crônicas). nhecida como a “Vulgata”, indicando seu uso comum.

O Texto Masorético (anterior a 1525)


A Septuaginta ou Os masoretes eram escribas e eruditos judeus cuja tarefa era preservar
e copiar fielmente as antigas escrituras hebraicas. Eles tendiam a ver a
(séc. III-II a. C.)
Septuaginta com suspeição devido a seu uso pelos
Ptolomeu II do Egito encakíegou 72 dos maiores
cristãos, apesar de sua antigüidade e cuidadosa
estudiosos judeus (seis de cada um a das dozes tribos
preparação por eruditos judaicos. Como resul­
de Israel) de traduzir a antiga tanakh hebraica para
tado, outros manuscritos eram com freqüência
o grego, para inclusão na Biblioteca de Alexandria.
preferidos nas compilações dos masoretes, que
O trabalho deles ficou conhecido como versio
muitas vezes diferiam da bem mais antiga
septuaginta interpretum - isto é, “tradução dos
Septuaginta, particularmente na numeração
setenta intérpretes”, ou simplesmente Septuaginta.
dos Salmos e no cânone de livros incluídos.
Como ela é a prim eira e, portanto, a mais antiga
Como texto de base, os tradutores da versão do
tradução - antecedendo o cristianismo por quase
Rei James usaram um texto masorético produ­
dois séculos - é com umente considerada o mais
zido em Veneza em 1524-25.
confiável e abalizado dos textos antigos.
A Bíblia de John Wycliffe (1382-1395)
A Héxapla (c. 231-260 d.C.) Um violento sentimento anticlerical na
Trabalho de enorm e erudição de Orígenes, a Inglaterra do século XIV levou John Wy-
Héxapla foi um a versão criticam ente revista da cliflFe a rejeitar a autoridade da Igreja e
Septuaginta, que com parou com outras tra d u ­ a confiar exclusivamente nos ensina­
ções do Antigo Testamento para o mentos da Bíblia. Ele e seus seguido­
grego, assim como com o hebraico res, chamados Lollards, traduziram a
original, em seis colunas lado a Vulgata para o inglês e pregavam pelas
lado. S. Jerônimo valeu-se muito áreas rurais. Ele foi declarado herege em
do texto de Orígenes na criação 1415 e os bispos ingleses suprim iram a
da Vulgata. No entanto, o sua Bíblia, requerendo que qualquer nova
m anuscrito original desa­ tradução fosse primeiro aprovada pela autori­
pareceu no início do século dade eclesiástica.
VII, e sobrevivem apenas
fragmentos de cópias. A Bíblia de Martinho Lutero (1522-1534)
A rejeição de M artinho Lutero dos ensinam en­
tos da Igreja levou-o a aceitar somente a Escri­
A V etu s íta la ou “Latim Velho” tura como fonte da revelação divina. Por isso,
(anterior a 382 d. C.) ele procurou criar um a Bíblia para o homem
A Vetus ítala era a mais conhecida tra­ comum, usando o vernáculo alemão. D e­
dução completa da Bíblia em latim an- sejando evitar a Vulgata católica e sem
; tes do século III. Mas era apenas uma ter acesso a manuscritos originais, Lutero
entre muitas. As variações entre essas consultou cópias da Septuaginta que h a­
í versões levaram o Papa Dâmaso I, viam sido recentemente impressas e o Tex­
em 382 d.C., a comissionar S. lerôni- to Masorético hebreu. Embora sua Bíblia
mo para criar um a tradução oficial dos alcançasse popularidade e influência sem precedentes, é univer­
Evangelhos em la tim . salmente reconhecido que sua tradução continha desvios signi­
ficativos baseados em suas crenças.

500 m 10 0 BC AD 10 0 500 600 700 800 900 10 0 0 ]


A Revisão Clementina da Vulgata (1560-1592)
TRADUÇÕES O Papa Paulo III convocou o Concilio de Trento em 1545 para
PROTESTANTES combater os erros da Reforma protestante. Foi então que a Vulgata
de S. Jerônimo fo i declarada a versão autorizada da Bíblia.
PARA O INGLÊS QUE
Ao mesmo tempo, os Padres do Concilio perceberam a
FRACASSARAM importância de criar uma versão padronizada da Vulgata,
pois ela havia sofrido com erros de copistas ao longo
de seus muitos séculos de vida. Gastaram-se, então,
A Bíblia de William Tyndale (1525-1536) muitos anos na cuidadosa busca dos códices mais
Inspirado na Bíblia alemã de Lutero, Tyndale antigos existentes e na sua comparação com os
pediu permissão ao Bispo de Londres para fa­ textos masoréticos contemporâneos, de form a
zer um a tradução para o inglês, mas ela lhe foi a reconstruir minuciosamente o texto como S.
negada. Destemido, fugiu para o continente, Jerônimo o escrevera originalmente. Essa revisão
onde imprimiu um a versão do Novo Testa­ da Vulgata foi publicada em sua forma final em
m ento e partes do Velho Testamento. Essas tra­ 1592, durante o reino de Clemente VIII.
duções foram condenadas na Inglaterra por
Santo Tomás More, que mostrou que muitos O Novo Testamento de Rheims (1582)
termos haviam sido traduzidos erroneamen­ e o Velho Testamento de Douay (1609-10)
te, favorecendo posições anticlericais. Além Consternada com a proliferação das Bíblias protestantes e suas traduções
disso, sua obra incluiu muitos dos comentários tendenciosas, a Igreja Católica inglesa no exílio procurou oferecer uma
heterodoxos da Bíblia de Lutero. Tyndale foi tradução que fosse segura para o uso dos fiéis. Sem confiar na pureza
julgado por heresia e condenado à morte, mas dos manuscritos gregos e hebraicos modernos, essa tradução se baseou
sua tradução lançou as bases para as futuras exclusivamente na reconstrução clementina da Vulgata de S. Jerônimo,
traduções da Bíbha para o inglês. pois ela havia sido cuidadosamente traduzida de originais antigos
que não mais existiam. Inúmeras notas foram tam bém incluídas para
A Grande Bíblia (1538) deixar clara a interpretação tradicional da Igreja das passagens difíceis.
Dois anos apenas após a m orte de Tyndale, a
No entanto, o foco na precisão levou os tradutores a serem servis em
prim eira tradução em inglês autorizada pelo
relação ao latim, resultando em um texto por vezes quase ilegível. Um
rei Henrique VIII foi publicada
aspecto notável da Bíblia Douay-Rheims é que até os nomes latinizados
sob a supervisão de Thomas
da Vulgata (p. ex. Noé, Isaías, e Esdras) foram mantidos dessa form a na
Cromwell. Como íirme de­
tradução, sem serem anglicizados.
fensor de Tyndale, Myles
Coverdale produziu esse A Versão do Rei James (1604-1611)
volume em endando a tra­ Em 1604, as várias traduções da Bíblia para o inglês ainda não haviam
dução de Tyndale, usando logrado atender as necessidades da Igreja da Inglaterra, e James I propôs
a Vulgata e a edição alemã um a nova versão. Usando a “Bíblia dos bispos” como referência, os 54
de Lutero. tradutores compararam aquele texto com numerosas outras versões (in­
cluindo tanto a errônea Tyndale quanto a Douay-Rheims
A Bíblia de Genebra (1560) católica), e depois confrontaram o resultado de seu traba­
Muitos protestantes fugiram para Genebra
lho com os textos gregos e masoréticos então disponíveis.
durante o reino da rainha católica Mary. Lá
Nos trechos em que esses textos modernos afastavam-se
criaram a prim eira “Bíblia de Estudo”, com
da Vulgata (que fora baseada em manuscritos muito
copiosas notas que eram estridentemente
mais antigos), fo i preferida a versão não católica, re­
puritanas. Com os avanços na imprensa, essa
sultando muitas vezes em alterações significativas,
edição foi produzida em massa a um custo
inclusive nos livros que integram o cânone. Embora
razoável e tornou-se assim muito popular. O
o produto final seja considerado um pináculo de
envolvimento de John Knox em sua produção
realização literária, infelizmente ele ainda estava
levou os escoceses a exigirem que toda casa
eivado de doutrina incorreta. Ainda assim, essa
com meios suficientes possuísse uma cópia.
versão tornou-se o padrão sobre o qual se baseou a
maioria das Bíblias em inglês desde então.
A Bíblia dos Bispos (1568)
No reino de Elizabete I, os bispos ingleses esta- A revisão de Douay-Rheims por Challoner (1749-52)
vam insatisfeitos com a “Grande Bí­ A estranheza da tradução realizada em Douay-Rheims não a ha­
blia”, porque ela se baseara em par­ via afeiçoado aos ouvidos ingleses, e a sua escassez fez com
te na Vulgata, enquanto a Bíblia de que muitos católicos ainda lessem Bíblias protestantes. O
Genebra era demasiadamente Bispo inglês Richard Challoner resolveu rem ediar a situação
calvinista. Eles tentaram então revisando o texto original e aproximando-o mais da versão
criar sua própria versão, mas do Rei James. Ele tam bém retirou muitas das longas notas,
o tam anho e os custos mos- de maneira que a publicação pudesse ser feita em um só
traram -se proibitivos, fazen­ volume compacto. A versão de Challoner é a Bíblia em
do com que a maioria das inglês oficialmente aprovada pela Igreja católica.
^ pessoas continuasse usan­ Embora não seja tão fácil de ler quanto as traduções
do a edição de Genebra, mais m odernas e menos literais, podem os ter certe­
mais compacta e barata. za de que ela é livre de quaisquer erros doutrinais.

1400 1500i 1700


TRADUÇÕES DA BIBLIA PARA O PORTUGUÊS

Primeiras Versões (sécs. xiii-xvi) Pe. Antônio Pereira de Figueiredo (1721-28)


As mais antigas versões de que se tem notícia O Pe. Pereira de Figueiredo (1725-1797), membro da Ordem
de partes da Bíblia para o português rem on­ de S. Felipe Néri, latinista e íilólogo, baseou sua tradução
tam ao século XIII: trata-se dos vinte prim ei­ na Vulgata latina. Ela é universalmente
ros capítulos do Livro do Gênesis, cuja tra­ reconhecida como a tradução por­
dução da Vulgata latina é atribuída ao Rei D. tuguesa de mais alta qualidade
Diniz (1261-1325); esta tradução, no entanto, literária, um clássico da língua. O
não chegou até nós. Ainda no seu reinado, os Novo Testamento foi publicado em
monges cistercienses da Abadia Real de Al- seis volumes, de 1778 a 1781, e o
cobaça traduziram os Atos dos Apóstolos. No século seguinte, Antigo Testamento em dezessete
outro rei, D. João i (1358-1433), encomendou a “grandes letra­
volumes, de 1782 a 1790. Em 1821
dos”, que permanecem anônimos, a tradução dos Evangelhos,
foi pubUcada a prim eira edição em
dos Atos dos Apóstolos e das Epístolas de S. Paulo, assim como
dos Salmos. No início do século XVI, a rainha D. Leonor de um volume único, que viria a ser
Avis patrocinou a tradução de livros do Novo Testamento. lançada no Brasil em 1864, e ainda
hoje é encontrada em circulação.
Pe. Luiz Brandão (1679);
João Ferreira de Almeida (1681)
No século seguinte, o padre jesuíta Luiz Brandão (1583- 1663) Pe. Manuel Matos Soares (1933-34)
dedicou-se à tradução dos quatro Evangelhos, que foi publi­ Realizada entre 1927-30 e pubhcada em volumes a partir
cada postumamente, em 1679, com o título de “Meditações de 1933, a tradução realizada pelo Pe. Matos Soares veio a
sobre a História do Sagrado Evangelho”. Esta foi um a versão preencher im portante lacuna na oferta de um a Bíblia católica
adaptada à espiritualidade inaciana, que trazia o texto latino, traduzida em linguagem acessível, baseada na Vulgata latina.
sua tradução em português, e os comentários do autor. O Pe. Matos Soares dirigiu o Seminário Maior do Porto e foi
Na mesma época, o pastor da Igreja Reformada Holandesa pároco da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, naquela
João Ferreira de Almeida, logrou publicar, em 1681, tradução cidade, de 1936 a 1957, ano em que faleceu. Contou com
do Novo Testamento, que fizera na üha de Java (atual Indoné­ a revisão de Padre Luís Gonzaga da Fonseca, do Pontifício
sia), para onde emigrara ainda jovem. Dedicou-se então à tra­ Instituto Bíblico em Roma. Foi editada pela prim eira vez no
dução do Antigo Testamento, que não chegou a concluir antes Brasil em 1943 e desde então teve inúmeras edições, a mais
de falecer em 1691. Ela só seria completada três anos mais tar­ recente das quais em 2006, alcançando grande popularidade.
de, pelo pastor holandês Jacobus op den Akker, e a publicação, Note-se que em todas as citações bíblicas da presente obra foi
dividida em dois volumes, só sairia meio século depois. utilizada a tradução do Pe. Matos Soares.

FORMULAS TRINITARIAS
s oraçõ es u sad as n a M issa e n o O fício D iv in o p o ssu e m u m a p a rte final d e stin a d a a a p resen ta r nossas p etições

A em n o m e de C risto. Essas fó rm u las são quase id ên ticas, m as ap resen ta m p e q u e n a s variações que d e p e n d e m de


a q u e m a o ração é dirig id a. A v ersão m ais c o m u m é listad a em p rim e iro lu g a r abaixo, e sua tra d u ç ã o p o d e ser
e n c o n tra d a ao p é d a p. 11. Essas são as variaçõ es p rin cip ais, co m as diferenças identificadas em negrito.

... e Cristo é ... e Cristo é ... e 0 Espírito Forma simplificada


Quando dirigida Quando dirigida
mencionado no mencionado no Santo é para orações
a Deus Pai: a Deus Filho
início: final: mencionado: menos solenes:
P er D o m in u m P er eumdem (aqui corta-se P er D o m in u m Q u i vivis et P er C h ristu m
n o s tru m Jesum (o mesmo) 0 início e vai- n o s tru m Jesum regnas (esta é D o m in u m
C h ristu m , D o m in u m se direto ao...) C h ristu m , F ilium a fo rm a desses n o stru m .
F iliu m tu u m : n o s tru m Jesum Q u i te c u m vivit tu u m ; Q u i verbos na
Q u i te c u m vivit C h ristu m , F ilium et re g n a t in te c u m vivit et segunda pessoa)
et reg n a t in tu u m : Q u i te c u m u n ita te Spiritus reg n a t in u n ita te cum Deo Patre
u n ita te Spiritus vivit e t re g n a t in S ancti D eus: p e r eiusdem (do (com Deus Pai) in
Sancti D eus: p e r u n ita te Spiritus o m n ia saecula mesmo) Spiritus u n ita te Spiritus
o m n ia saecula S ancti D eus: p e r saecu lo ru m . Sancti D eus: p e r S ancti D eus: p e r
saecu lo ru m . o m n ia saecula o m n ia saecula o m n ia saecula
saecu lo ru m . saecu lo ru m . saecu lo ru m .

70
GLOSSÁRIO E IND IC E REM ISSIVO
Muitos dos conceitos mencionados neste livro são aqui explicados em maior detalhe.
Em alguns casos, para facilitar a consulta, há referências à página em que foram tratados.

abluções do latim ablutio, lavar, limpar’ ablução é uma lim­ oelo coro ou pelo cantor na Missa Cantada, juntamente
peza ritual com água. No contexto da Missa, refere-se à pu­ com o salmo do Gradual, entre a leitura da Epístola e do
rificação dos dedos do padre, e do cálice com vinho, depois Evangelho.
da Comunhão. O Batismo também é conferido por meio de
ablução. Veja p. 54-55.
aliança pacto formal entre duas partes, selado por um
juramento ou ritual. Exemplos bíblicos de alianças feitas entre
absolvição do latim absolvere, libertar de, a absolvição é o Deus e o homem incluem a aliança feita com Noé, na qua.
ato pelo qual o padre liberta o penitente do pecado. Deus prometeu jamais voltar a destruir a terra pelo dilúvio,
selada com o sinal do arco-íris; a de Abraão, na qual Deus
abstinência do latim abstinere, manter afastado', abster-se
é privar-se de participar em algo. No contexto de nossa fé, prometeu fazer os seus descendentes tão numerosos quanto
geralmente se refere a deixar de comer carne vermelha e de as estrelas, que foi selada pela circuncisão; e a aliança com
animais de sangue quente, inclusive extratos e caldos feitos Moisés, na qual Deus fez dos israelitas o povo eleito, e eles
com ossos. Nossa obrigação de abstinência pode parecer algo concordaram em obedecer a Seus mandamentos, a qual foi
menor, mas é um dos Mandamentos da Igreja, concebido selada com o sangue de animais sacrificados. Veja testamento,
como forma de oferecer a Deus reparo pelo pecado. Assim, altar do latim alt -h ara, alto santuário’, o altar é a tábua ou
desrespeitar essa obrigação é um pecado sério. bloco de pedra sobre o qual oferecemos o perfeito sacrifício
de Cristo a Deus. Ele se assenta sobre uma plataforma
ação de graças uma das quatro finalidades do sacrifício.
É de notar que a palavra Eucaristia deriva da palavra grega elevada chamada supedâneo, situada geralmente três
oara ação de graças. Ê nosso dever solene como membros do degraus acima do piso do presbitério. Tumbas de mártires
eram freqüentemente usadas como altares na Igreja antiga,
Corpo Místico de Cristo dar graças a Deus pelos dons que
Ele confere a nós. Veja as p, xiv e 54, um costume que persiste hoje no requisito de que o altar
consagrado deva conter relíquias de primeira classe
acólito do grego akólouthos, assistente’, acólito é a mais alta de pelo menos um mártir Essas podem estar
das quatro ordens menores. Entre funções do acólito estão as guardadas na pedra d’ara, que é geralmente
de acender as velas do altar, carregá-las em procissão, preparar colocada sob o local onde ficam a Hóstia e o
a água e o vinho para a Missa, e assistir os ministros sagrados cálice durante a Missa. Veja a p. xxvi.
durante a Missa. Ao longo do tempo, as funções de acólito
oassaram a ser desempenhadas por homem ou menino leigo,
alva do latim alha, ‘branco’, a alva é o para­
mento longo, de linho branco, usado pelo
o coroinha ou servente. Yeja verbetes Sacramento de Ordem
oadre como símbolo de pureza. Vejap, xxÜ.
e servente.
adoração do latim ad + orare, rezar para ou cultuar’
ambão espécie de púlpito instalado no
oresbitério, de onde se lia a Escritura ou se
Adorar a Deus é reconhecer o seu soberano domínio sobre
fazia a homilia, hoje pouco usado no Rito
todas as coisas e se submeter a ele, oferecendo-Lhe, assim,
Tradicional.
a maior honra, devoção, homenagem e amor A adoração é
uma das quatro finalidades do sacrifício. amém palavra hebraica que significa assim SACERDOTE

seja’. É geralmente usada ao final de uma USANDO


Advento do latim adventus^ aproximar-se, chegar á. O ALVA E CÍNGULO
oração ou credo como forma solene de
Advento é o tempo litúrgico durante o qual aguardamos
expressar assentimento.
a vinda de Cristo ao mundo. Esse tempo começa com
o domingo mais próximo da festa de Sto. André (30 de amicto ou amito do latim amictus,
novembro), e abrange quatro domingos, terminando na envoltório, capa^ é uma vestimenta
véspera de Nata. oblonga, de fino linho branco, usada ao
redor do pescoço e dos ombros, sob a alva.
Agnus Dei frase latina que significa 'Cordeiro de Deus’
Em sua origem era uma cobertura para
Esta fórmula, baseada na declaração de João Batista, é repetida
a cabeça, e antigamente era usado pelo
três vezes pelo padre, acompanhada, a cada vez, por uma
padre como um capuz, e colocado sobre os
batida no peito. Isto acontece logo depois que a partícula da
ombros como um manto ao chegar ao altar
Hóstia é colocada no cálice. O Agnus Dei é a última das cinco
Ao deixar o presbitério, ele era puxado de
partes do Ordinário da Missa que são cantadas pelo coro ou
volta sobre a cabeça, servindo no lugar do
pelo cantor na Missa Cantada. Veja p, 48, 52,
barrete moderno. Veja ap, xxii
aleluia do hebraico Hallelu + Yah, louvemos ao Senhor’
A palavra aleluia é uma forma antiga de expressar júbilo e
antífona do grego antiphónos, soar contra’ descreve o
método de oração ou de canto no qual dois ou mais grupos
triunfo. Por essa razão, ela é evitada durante o tempo penitencial
cantam em resposta um ao outro. Boa parte do Divino
da Quaresma (que na verdade começa com o costume de
Ofício e certas partes da Missa são cantadas antifonalmente.
enterrar o aleluia no Domingo da Septuagésima) para que
possa ressurgir com Nosso Senhor na Vigília de Páscoa. No entanto, muitas das 'antífonas’ incluídas no próprio
da Missa, nas quais só uma parte do salmo é rezada ou
Como canto, o Aleluia é parte do próprio da Missa, cantado
71
cantada, constituem mero vestígio dessa prática. Veja p. 67 dividido em dois movimentos, de maneira a assegurar que
para uma descrição mais completa do canto antifonal haja silêncio durante a consagração. Depois da elevação do
cálice, o Sanctus prossegue com o Benedictus. Veja p. 30.
apóstolo do grego apostolos, que é enviado', geralmente se
refere a um dos doze apóstolos de Nosso Senhor, mas é usado Bíblia de Douay-Rheims foi a primeira tradução
também em referência a S. Paulo e a outros que, como ele, completa da Vulgata para o inglês aprovada pela Igreja. Foi
levaram a fé a regiões que antes desconheciam o Evangelho feita por estudiosos que se haviam refugiado no colégio inglês
de Cristo, como por exemplo S. Patrício na Irlanda, ou José de Douay, na França, para escapar à perseguição à Igreja
de Anchieta no Brasil. Católica na Inglaterra. A tradução do Novo Testamento foi
publicada em 1582, durante período em que o colégio estava
Asperges me frase latina que significa aspergi-me. Esse temporariamente localizado na cidade de Rheims, e a do
é 0 incipit, ou as palavras de abertura, do rito de aspersão Velho Testamento foi publicada em 1609, quando já havia
com água benta que pode preceder a Missa principal no retornado a Douay.
domingo. Durante o Asperges, o sacerdote usa uma capa Essa tradução veio em resposta ao grande número de
sobre o amicto, alva, cíngulo, e estola, removendo-a ao íina traduções defeituosas que circulavam na época, e que
do rito e vestindo a casula antes de iniciar a Missa. reforçavam as posições dos que se opunham à autoridade
Veja p. xxviii ep. 1. da Igreja. Por isso, os tradutores colocaram maior ênfase na
precisão, e não na beleza da linguagem, resultando numa
báculo nome comum do bastão pastoral
tradução muito confiável, mas às vezes infeliz do ponto de
conferido aos bispos (e a alguns abades) como
vista literário.
símbolo de sua autoridade.
Em 1750, o Bispo Richard Challoner publicou uma versão
baldaquino veja dossel revista na qual procurou remediar as passagens mais
estranhas da tradução original de Douay-
banqueta de altar plataforma elevada na parte Rheims. Essa versão revista ainda é usada
posterior do altar, desenhada para a colocação de castiçais. hoje. Veja p. 68-69.
Também conhecida como gradine, palavra italiana que
significa pequenos degrausl Relicários e flores também bispo do grego episkopos^ supervisor,
podem ser colocados nessas bordas. guardião', o bispo é considerado um
sucessor dos apóstolos, consagrado à
barrete boné quadrangular rígido, plenitude do sacerdócio. Ele é o pastor-
com três palas e uma borla ao meio, chefe de um grupo de igrejas chamado
que é usado pelo celebrante quando diocese. Além do seu poder jurisdicional,
entra e sai do presbitério e quando está somente um bispo pode ordenar padres,
sentado. A cor corresponde à da batina: dedicar uma igreja, consagrar os altares,
preta para padres, violeta para bispos, e cálices e patenas e outros artigos usados na
vermelha para cardeais. Missa, e ordinariamente apenas eles podem BISPO USANDO SUAS
VESTES PONTIFÍCIAS
conferir o sacramento da confirmação.
batina vestimenta tradicional usada pelos clérigos, também Um bispo paramenta-se para a Missa como o padre, exceto
conhecida como sotaina. Possui mangas longas, que se es­ que ele usa tanto a dalmática e túnica quanto a casula, para
tendem até os calcanhares, geralmente acinturada e abotoa- mostrar a plenitude de seu sacerdócio. Ele usa também luvas,
da. A batina preta é usada por todos os meias e sapatos especiais. Ele carrega um bastão chamado
clérigos desde sua entrada no seminário báculo e usa a mitra sobre a cabeça.
(tonsura) até o sacerdócio. Ela também é
usada por leigos quando servem à Missa, bolsa de corporal do latim bursa, a bolsa de
juntamente com a sobrepeliz. A batina de corporal é uma capa especial para carregar o
corporal. Ela é feita de dois pedaços quadrados
bispo é ge-ralmente violeta, a de cardeal,
de cartolina, revestidos de tecido e ligados em
vermelha, e a do Papa, branca. No entanto,
três lados. Seu tecido exterior combina com o
é prática comum os bispos e cardeais usa­
dos paramentos e do véu de cálice, e o interior é forrado com
rem uma batina preta com botões, bordas,
linho ou seda. Veja p. xxiv.
e faixa violeta ou vermelha, respectiva­
mente. Veja página xxiii breviário do latim breviarium, sumário’ ou compêndio',
o breviário é o livro que contém as orações da liturgia do
Bênção do Santíssimo do latim bene Ofício Divino. Até 1962, costimiava ser dividido em quatro
+ dicere, ‘dizer uma bênção', é um serviço volumes correspondendo aos tempos litúrgicos, ou impresso
breve no qual o Santíssimo Sacramento é exposto no em um único volume chamado totum; desde então, costuma
ostensório para adoração pelos fiéis. Cantam-se ladainhas ser dividido em dois volumes. Todo breviário contém o
e hinos, especialmente o Tantum Ergo e O Salutaris Hostia, Ordinário para as orações de cada hora, juntamente com
enquanto o celebrante abençoa a congregação fazendo o as variações decorrentes dos tempos litúrgicos; o saltério,
sinal da cruz sobre ela com o ostensório, que traz os salmos, cânticos, e antífonas a serem rezados a
cada hora; seções separadas, com o próprio de cada tempo
Benedictus palavra latina que significa ‘bendito'. Este é o litúrgico e dos dias de festa dos santos; e por fim os ofícios
incipity ou palavra inicial, da segunda parte do Sanctus. Em
especiais, como os de Nossa Senhora, ofícios gerais para
composições musicais mais longas da Missa, o Sanctus é
72
certas categorias de santos (virgens, mártires, confessores, e requeria que seus lados fossem dobrados, de forma a
etc.) e de fiéis defuntos. oermitir o uso dos braços. À medida que se tornou mais
No Concilio Vaticano II, o Breviário foi revisto e publicado rígida e altamente ornamentada, passou a ser necessária a
com o nome de Liturgia das Horas, Nesta liturgia abreviada ajuda do diácono e subdiácono para levantá-la, de forma
e simplificada, foram suprimidas e combinadas certas horas, que o celebrante pudesse mover os braços livremente,
e o saltério foi rearranjado de tal forma que especialmente durante a elevação das espécies sagradas.
os salmos são rezados em um período de Com o tempo, a forma da casula alterou-se para resolver esse
quatro semanas e não em rotação de apenas oroblema, até que assumiu a forma de um amplo escapulário,
uma semana. com aberturas para os braços na frente. Em sua forma mais
firme, com cavas para os braços, é conhecida como casula
cálice do latim calix, ‘taça, copo', o cálice é o romana, enquanto a forma atual da versão mais ampla e
primeiro entre os vasos sagrados. Dourado
ondulante é chamada de casula gótica. Veja p. xxii e xxiii
no seu interior, ele é usado para conter o
Preciosíssimo Sangue durante a celebração catecúmeno do grego katechoumenos^ aquele que foi
da Missa. Veja p. xxiv. instruído oralmente’, o catecúmeno é quem está recebendo
instrução na fé em preparação para o batismo. Na Igreja
cânone (ou cânon) do grego kanõn, régua de medição', o antiga, os catecúmenos eram convidados a participar da
cânone é uma regra ou lei, e designa o imutável coração da
primeira parte da Missa, mas dispensados depois do sermão,
Missa durante o qual ocorre a consagração. É a única Oração
pois os sagrados mistérios destinavam-se apenas aos fiéis, de
!iucarística na Missa Tradicional.
forma a evitar o perigo de profanação.
cântico do latim canticulum, diminutivo de canto', o cântico celebrante do latim celebrans, solenizando', é o padre ou
é um verso ou canção, sem métrica, retirado da Escritura.
bispo que celebra a Missa. Veja p. xxi
Há dez cânticos usados no Breviário Romano: do Antigo
Testamento temos o Cântico dos Três Jovens (Daniel 3, 57) cerimônia do latim ccerimonia^ rito sagrado', refere-se
o Cântico de Isaías (Isaías 12), o Cântico de Ezequias (Isaías a quaisquer práticas exteriores que formam o exercício
38, 10-20), o Cântico de Ana (1 Samuel 2, 1-10), o Cântico público de nossa fé.
de Moisés (Êxodo 15,1-19), o Cântico de Habacuc (Habacuc S. Tomás de Aquino assinala que, assim como o homem
3, 2-19), e o cântico de Moisés (Deuteronômio 32 1-43). Os ■:?ossui duas naturezas, a espiritual e a corporal, precisamos
três cânticos do Novo Testamento são o Cântico de Zacarias também de dois meios de culto: uma devoção interior a
(Lucas 1,68-79), o Cântico da Santíssima Virgem, conhecido Deus, e uma expressão exterior de nossa adoração. São as
como Magnificat (Lucas 1, 46-55), e o Cântico de Simeão, cerimônias da Igreja, então, que ajudam a estimular em nós
conhecido como Nunc dimittis (Lucas 2, 29-32), Vejap, 10. o fervor que de outra forma nos faltaria em nossas vidas
quotidianas
capa de asperges Veja pluvial
cerimoniário o encarregado de dirigir as ações de todos os
cardeal do latim cardo, ‘dobradiça, participantes em um rito sagrado, especialmente na Missa.
articulação', os cardeais são criados
Pode ser um clérigo ou um leigo; veste batina e sobrepeliz.
oelo Papa para assessorá-lo no governo
Veja p. xxi.
da Igreja. Houve época em que mesmo
leigos podiam ser designados cardeais, ceroferário o acólito
BRASÃOTRADICIONAL nias cm 1918 a lei Canônica foi responsáve Dor carregar
USADOPELOSCARDEAIS modificada requerendo que aqueles as velas durante funções
nomeados cardeais fossem pelo menos litúrgicas ou procissões.
padres e, em 1962, João xxiii alterou-a para exigir que Veja p. xxi,
fossem bispos. cibório do latim cihorium^
O Sagrado Colégio Cardinalício, além de ser o supremo
o vaso sagrado que contém
conselho do Papa, tem a atribuição de reunir-se em conclave as Hóstias consagradas que
:>ara eleger um novo papa, no caso de vacância da Santa Sé. serão distribuídas aos fiéis
Os cardeais usam batina e chapéu vermelhos, que deram ou guardadas no tabernáculo. Tem a forma de ixm
nome à cor e ao pássaro. cálice, que é coberto para proteger o seu precioso
casula do latim casuluy casinha, é uma vestimenta externa, conteúdo. Deve também ser coberto com um véu.
sem mangas, usada pelo celebrante na Missa. Sua cor é Veja p . X X V .
CÍngulo do latim cingerey cingir’, é um cinto,
geralmente um cordão com borlas, que é atado ao
redor da cintura para manter no lugar a alva e a
estola quando o padre se paramenta para a Missa.
SEC. X SEC. XI SEC. XIV SEC. XV SEC. XX É um símbolo da castidade. Veja p. xxii,
prescrita de acordo com os tempos litúrgicos ou a festa que clérigo do latim clericus, sacerdote', é um c ín g u lo
esteja sendo celebrada. É geralmente feita de seda ou de membro do clero, o que é tradicionalmente assinalado pelo
outro tecido fino e pode ser bastante ornamentada. recebimento da tonsura.
A casula antiga era um círculo de tecido moldado como Na França e na Inglaterra medievais, a designação era
vestimenta ampla e ondulante, que cobria todo o corpo tão disseminada que o termo (clerc em francês e clerk em
73
inglês) veio a significar qualquer homem educado, que tenha almas buscar as graças conferidas por esse sacramento
recebido o sacramento da ordem ou não. mesmo para nossos pecados veniais, para fortalecer-nos
coleta do latim collecta, assembléia, é a oração que representa contra os hábitos pecaminosos. Veja p. 4, 87-90.
as petições da Igreja como um todo. No contexto da Missa, confiteor palavra em latim que significa ‘Eu confesso' É
a Coleta é uma breve oração de petição que ocorre entre o a primeira palavra, ou incípit, da oração usada no início
Glória e a Epístola, Faz parte do próprio da festa celebrada e da Missa para confessar nossos pecados veniais e receber
é usada não só na Missa, mas no Ofício Divino, nas Laudes, absolvição. Ê usada também no confessionário como parte
Terça, Sexta, Noa e Vésperas do dia. Veja p. 11. do sacramento da Penitência. Veja p. 4-5 e 87-90.
comunhão do latim communio, participação mútua em consagração do latim consecratio, sagrar’ é o ato pelo qual
algo em comuml Quando falamos de recepção da Eucaristia, algo ou alguém é especialmente dedicado a um uso sagrado,
na qual ativamente participamos do Corpo de Cristo, a como na consagração de um bispo, igreja ou altar.
chamamos de Santa Comunhão. No contexto da Missa, a consagração refere-se à repetição
Quando nos referimos ao Corpo Místico de Cristo em Sua das palavras que disse Nosso Senhor ao instituir a
Igreja no céu, no Purgatório, e na terra, a chamamos de Eucaristia, pela qual o pão e o vinho sofrem uma
Comunhão dos Santos. Veja Indulgência na p. 42. transubstanciação e tornam-se o Corpo e o Sangue
Comunhão dos Santos todos os membros da de Cristo. Vejap, 36-39.
Igreja estão unidos no Corpo Místico de Cristo consciência do latim consdentia, conhecimento
:)ela graça do batismo. Esse Corpo Místico, /p de si’, é a voz interior da razão pela qual julgamos
também chamado de Comunhão dos Santos, o certo e o errado. Uma consciência verdadeira
possui três aspectos, assim como nosso está bem alinhada às leis de Deus e da Igreja.
Deus Uno possui três pessoas. Somos obrigados a agir de acordo com o
A Igreja Militante é aquela porção que dita nossa consciência sempre que
da Igreja aqui na terra que deve lutar não tivermos dúvida sobre a correção
continuamente contra a tentação e o de nossa ação, Se mais tarde for pro­
pecado. vado que nossa consciência estava
A Igreja Padecente são os fiéis errada, não somos culpados, mas de­
que partiram desta vida na graça de vemos corrigir nossas ações futuras
Deus, mas que primeiro devem pagar de acordo, ou nos arriscamos a cometer
a divida temporal de seus pecados no ilu s tr a ç ã o m o str a n d o o s tr b s a sp e c to s oecado grave.
Purgatório. d o c o r p o m ís t ic o d e c r i s t o n a ig r e ja .

(Embora a culpa do pecado seja perdoada no sacramento contrição do verbo latino confere,
da Penitência, os efeitos do pecado não desaparecem. Temos moer; quebrar algo duro', e do substantivo contritio, pesar,
tristeza, é a tristeza por nossos pecados. Para receber
de oferecer reparação por esses efeitos, como se tivéssemos
quebrado o vidro de uma janela e precisássemos substituí-lo, absolvição, devemos sinceramente nos arrepender de nossos
pecados e estar firmemente resolvidos a evitá-los no futuro.
Se não completarmos esse reparo aqui na terra, ele terá de
ser completado no Purgatório, antes de que possamos entrar contrição perfeita é a tristeza de alma, sincera e espiri­
nas alegrias do Céu.) tualmente sentida por nossos pecados. Ela nasce antes do
A Igreja Triunfante são os santos e mártires que concluíram verdadeiro amor a Deus e do horror de ofendê-Lo do que do
a sua luta e saíram vitoriosos. Com Deus e com seus anjos, medo da punição do pecado (caso em que nossa contrição
eles gozam eternamente a visão beatífica no Céu, Veja é chamada imperfeita). Um ato de contrição perfeita, que
indulgência na p. 42. traz juntamente consigo sempre o desejo de receber o sa­
cramento da Penitência assim que possível, é suficiente para
Concilio de Trento Concilio Ecumênico convocado restaurar a graça perdida por pecado mortal. A contrição
pelo Papa Paulo iii em 1545 para combater as heresias imperfeita, por sua vez, é o bastante para a absolvição quan­
protestantes e promover uma contra-reforma, isto é, uma do combinada com o sacramento da Penitência.
reforma dos abusos cometidos dentro da Igreja - e não fora
dela - para que ela fosse fortalecida e preservada. cores litúrgicas cores específicas prescritas pela Igreja para
a celebração dos tempos litúrgicos e de festas específicas.
Esse Concilio fundamental solidificou os ensinamentos
Veja p. XXpara uma discussão em detalhe sobre as cores e os
da Igreja em temas disputados pelas facções protestantes,
tempos a que correspondem.
como o pecado original, a justificação e os sacramentos. Os
frutos desse Concilio incluíram a revisão e padronização do corporal do latim corporalis, 'do corpo’,
Catecismo, em 1566, do Breviário, em 1568, do Missal, em é o mais sagrado dos panos de altar,
1570, e da Vulgata, em 1592. Realizado na cidade italiana destinado a conter o Corpo de Nosso
de Trento, chamada Tridentum em latim, suas reformas são Senhor. Este quadrado de fino linho
conhecidas como tridentinas. V. Missa Tridentina. 3ranco é colocado sobre o altar, em cima
da pedra d’ara, e sobre ele repousam a
confissão o ato de contar nossos pecados ao padre no
Hóstia e o cálice durante a Missa. Ele é dobrado de uma forma
sacramento da Penitência. Os mandamentos da Igreja
exigem que confessemos nossos pecados ao menos uma especial, de maneira a reter quaisquer partículas da Hóstia, e
guardado na bolsa de corporal até que possa ser devidamente
vez ao ano. Embora sejamos obrigados a confessar apenas
purificado. Veja p. xxiv.
nossos pecados mortais, é benéfico para a saúde de nossas
74
credência do latim credentiUy ‘mesa lateral', disposição com relação à nossa fé, nossa disposição
é uma pequena mesa, localizada no lado descreve até que ponto estamos dispostos a buscar a graça
da Epístola, na qual as galhetas, o prato, o de Deus, Os sacramentos são meios importantes para
manustérgio e a sineta são guardados para uso alcançar essa graça, mas devemos preparar o caminho para
0a Missa. que ela possa adentrar as nossas almas. Por exemplo, no
sacramento da Penitência, devemos possuir contrição para
credo verbo latino, eu creio! É a abertura, ou recebermos absolvição; da mesma forma, quando vamos
incipity do Credo Niceno-Constantinopolita-
receber a Santa Eucaristia, devemos ter a consciência livre
no, conhecido no Missal como Sytnholum Ni-
de pecado. Fazemos bem, assim, em prepararmo-nos para
cãenutn. Veja ap, 16-17para maiores informa­ CREDENCIA
os sacramentos com uma atitude de humildade e reverência,
ções sobre o Credo Niceno e p o r que ele é chamado Símbolo.
pedindo a Deus que nos dê a disposição necessária para
crucifixo do latim crudfixuSy crucificado', uma recebê-los dignamente.
representação física de Nosso Senhor na cruz.
dogma palavra grega que significa ‘doutrina’ ou ‘preceitol Os
custódia veja pixide, dogmas ensinados pela Igreja são as verdades da revelação
divina nas quais todos os fiéis devem crer.
dalmática vestimenta exterior usada pelo diácono na Missa.
É uma peça folgada, aberta dos lados, com mangas curtas, Dominus vobiscum frase latina que significa ‘o Senhor
e ornamentada com duas faixas verticais chamadas clavi, seja convosco’, à qual a resposta é et cum spiritu tuo, e
que se estendem do ombro até a bainha, e tambémcom o teu espírito’ Trata-se de uma antiga forma de
podem ser unidas por uma ou duas faixas saudação hebraica que foi adotada pelos primeiros cristãos. É
horizontais na parte de cima, Pode ser freqüentemente usada como responsório litúrgico na Missa
feita na mesma cor e do mesmo tecido da (na qual se repete oito vezes) e no Ofício Divino. Veja p. 6.
casula do celebrante. Durante o tempo de
dossel cobertura quadrada, larga o
penitência, ela ainda é, às vezes, substituída
suficiente para cobrir o altar e o supe-
pela casula dobrada.
dâneo, geralmente feita de tecido. Em
A dalmática também é usada sob a
igrejas maiores, é construído como
casula pelo bispo durante a Missa Solene
uma estrutura independente e chama­
Pontificai como símbolo da plenitude de seu
do haldaquino. Sua função, especial­
sacerdócio.
mente nas igrejas maiores, é proteger
Seu nome vem do fato de que essa túnica
o altar de qualquer material que possa
era originalmente usada na Dalmácia. Foi
cair do teto, que não é acessível à lim­
introduzida entre os paramentos romanos
peza regular.
durante o reino de Diocleciano (284-305 DIÁCONO USANDO
d.C.). V. p. xxiii. A DALMÁTICA
doxologia do grego doxa, glória^ fórmula de louvor
geralmente de natureza trinitária. A grande doxologia é o
dia de preceito dia de festa no qual se requer de todos Gloria in Excelsís Deo^ e a doxologia menor é a oração que
os fiéis que assistam à Missa e evitem trabalho servil des­
conhecemos como Glória ao Pai. Existem no entanto outras
necessário. No Brasil, além dos domingos, são de preceito a
doxologias usadas no final de orações, como “porque Vosso
Circuncisão de Nosso Senhor (P de janeiro); Corpus Christi;
é o reino...” depois do Pai Nosso. Veja p. 10, 67.
"maculada Conceição (8 de dezembro); e o Natal. p. xviii,
diácono do grego diakonos, servidor, é aquele que recebeu epístola do grego epístole, carta', as Epístolas são os 21 livros
do Novo Testamento que consistem de cartas escritas pelos
a segunda das ordens maiores. Suas funções litúrgicas são
Apóstolos e seus sucessores aos líderes da Igreja antiga.
assistir o celebrante e cantar o Evangelho na Missa Solene.
A Epístola que se lê na Missa é geralmente retirada de
Ele também pode distribuir a Comunhão e conferir o
uma dessas cartas; no entanto, pode também ser retirada
sacramento do Batismo.
do Apocalipse, dos Atos dos Apóstolos, ou do Antigo
Como o subdiácono, suas vestes litúrgicas incluem o amicto,
Testamento. Veja p. 12.
a alva, o cíngulo, e o manipulo, mas ele também usa uma
estola como símbolo da autoridade de seu ofício. Esta é usa­ estola do grego stolèy ‘veste', é uma faixa de
da diagonalmente sobre o ombro esquerdo, com as pontas tecido com cerca de 10 cm de largura e 2,5 m
unidas sob o braço direito. Sobre essas vestes, ele usa a dal­ de comprimento. É usada por clérigos do nível
mática. Veja a p, xxi e sacramento de Ordem. de diácono para cima quando administram
os sacramentos, como símbolo da autoridade
díptico do grego díptychon, ‘dobrado duas
de seu ofício. Sua cor segue a dos demais
vezes', consiste de dois tabletes de madeira
paramentos, e embora sua forma mais
unidos por dobradiças. Na Igreja antiga,
antiga (usada com paramentos “góticos”)
os dípticos eram usados na Missa: um lado
seja estreita e reta, o estilo da estola usada com paramentos
continha os nomes dos vivos, e o outro os
“romanos” é mais largo e possui pontas chanfradas.
nomes dos fiéis defuntos, pelos quais a Missa DIPTICO
O diácono usa a estola sobre o ombro esquerdo, unida sob
era oferecida. O uso desses tabletes durante ROMANO
o braço direito; o padre, para a Missa, usa-a ao redor do
a memória dos vivos e dos mortos no Cânon levou essas
pescoço e cruzada na cintura; e o bispo usa-a de maneira
orações a serem chamadas de dípticos. Veja p. 32-33 e 43.
similar à do padre, mas sem cruzá-la na cintura. Veja p. xxii.

75
Eucaristia do grego eukharistia, ação de graças', é o glória no contexto da Missa, o Glória refere-se à grande
sacramento, instituído por Nosso Senhor na Última Ceia, doxologia. Gloria in Excelsis Deo, a segunda das partes
pelo qual pão e vinho comuns sofrem uma transubstanciação cantadas do Ordinário da Missa. O Gloria Patri, conhecido
e tornam-se o Seu Corpo e Sangue, e alimento para nossas como 'Glória ao Paf em português, é chamado de doxologia
almas. Veja Santíssimo Sacramento^ Comunhão. menor. Veja p. 10.
Evangelho do grego euaggelion, 'boa nova, os evangelhos graça do latim gratia, é um dom livremente dado por Deus
são os relatos da vida e dos ensinamentos de Jesus Cristo ao homem para sua salvação eterna. Nossa própria força de
escritos pelos quatro evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e vontade não é suficiente para preservar-nos do pecado sem
João. Na Missa, o Evangelho é o ponto culminante da Missa a ajuda da graça de Deus. Por isso, devemos sempre buscar
dos Catecúmenos, na qual recebemos instrução de Deus. cooperar com a graça de Deus em nossas almas e aumentá-la
Veja p. xix, 14-15. por meio da oração, das boas obras, e dos sacramentos.
Há muitas formas de graça, mas as três básicas são:
exame de consciência feito diariamente como uma
devoção com o propósito de mais facilmente detectar e • Graça sacramental: é a graça específica conferida por cada
corrigir nossas faltas e fraquezas. um dos sacramentos.
exorcista é a terceira das quatro ordens menores que levam • Graça santificante: também chamada graça habitual, é
ao sacerdócio. As funções do exorcista, além da autoridade o estado de graça conferido no batismo, que infunde a
de expulsar demônios, incluíam tradicionalmente a de vida divina na alma. Ela nos faz filhos adotivos de Deus e
derramar água na Missa. Quando necessários, os exorcismos portanto herdeiros da vida eterna. A graça santificante pode
são atualmente reservados a padres designados pelo bispo ser perdida pelo pecado mortal e deve ser restaurada no
ocal. Veja Sacramento da Ordem. sacramento da Penitência.
festa móvel dia de festa que não possui data fixa no calen­ • Graça atual: é a influência de Deus pela qual Ele nos ajuda
dário e portanto muda de ano para ano. A mais importante a fazer a sua vontade. O seu nome vem do fato de que é
festa móvel é a Páscoa, sempre celebrada em um domingo, vinculada ao ato para o qual foi concedida.
mas calculada para cair tão próximo quanto possível de
sua comemoração no calendário lunar judeu. Várias outras
gradual do latim graduSy 'degrau, o gradual toma o seu
nome do fato de que era originalmente cantado dos degraus
festas são então calculadas a partir dessa data, desde a Sep­
do ambão, de onde se cantava a Epístola. Era então um
tuagésima e a Quarta-Feira de Cinzas até a Ascensão, Pente-
salmo completo, cantado antifonalmente entre a Epístola
costes e Corpus Christi.
e o Evangelho, mas com o tempo foi encurtado até incluir
Outras festas móveis incluem a de Cristo Rei, que é sem­
apenas algumas linhas do salmo original. Veja p. 12, 67, e
pre o último domingo de outubro, e as festas do Santíssimo
aleluia.
Nome de Jesus e da Sagrada Família (geralmente os dois pri­
meiros domingos de janeiro). Veja p. xviii. heresia do grego airesis, seita' ou 'divisão', é uma crença
contrária aos dogmas da Igreja. Ao aderir a essas crenças
figura veja tipo.
heterodoxas, o indivíduo necessariamente separa-se do
Forma Extraordinária da Missa nome moderno Corpo Místico de Cristo na Igreja.
da Missa Tridentina, usado pela primeira vez pelo Papa A heresia que resulta da simples ignorância é chamada
Bento XVI em seu M otu Proprio Summorum Pontificum, de heresia material e não está vinculada a culpa, enquanto a
2007, no qual aíirmou que ambas as formas da Missa são deliberada é chamada heresia formal. Veja p. 16, e dogma
válidas, sendo a Missa Paulina a forma ordinária, e a Missa e heterodoxo.
Tridentina a extraordinária. Veja Missa Tridentina.
heterodoxo do grego heteros -h doxa, 'crença diferente',
Forma Ordinária da Missa também conhecida como aquele que difere das doutrinas aceitas da Igreja. Nos casos
Missa de Paulo VI, ou mais comumente como Novus Ordo em que tais crenças são contrárias aos dogmas da Igreja, a
(nova ordem’), é a Missa celebrada de acordo com o Missa ^leterodoxia pode se tornar heresia. Veja p. 16, t dogma e
3ÓS Vaticano ii, de 1969. É geralmente heresia.
celebrada no vernáculo, mas pode ser
também celebrada em latim. Tal nome
hino do grego hymnos, "canção', o hino é uma canção de
.ouvor. Os hinos litúrgicos são aqueles usados como parte
oara essa Missa foi instituído pelo
formal do culto, como os que são próprios às horas do Ofício
Papa Bento xvi em seu M otu Proprio
Divino, enquanto os hinos não litúrgicos são usados mais
Summorum Pontificum, de 2007.
informalmente, como na música, cantada pelo coro ou pela
frontal ou antepêndio (do latim ante congregação na Missa, que não pertença ao
-Hpendere) é um pano decorativo que Próprio daquela Missa. Veja p. 10.
oende na parte da frente do altar, e cuja a l t a r c o m o fr o n ta l

cor geralmente segue a dos paramentos. Veja p. x x v i


hissope do latim hyssopum, 'planta herbácea,
é o bastão usado para aspersão de água benta.
galhetas pequenos vasos de vidro ou Veja p. xxv.
metal que contêm água e vinho que serão
misturados no cálice para o sacrifício da
holocausto do grego holokaustos, 'queimado
inteiro', é um sacrifício que é inteiramente con­
Missa. São usadas também no Lavabo e
sumido pelo fogo como expiação do pecado.
nas abluções. Veja p. xxv. g a lh e ta s

76
hosana palavra hebraica que significa salve-me, por favor!’ desculparmos, mas a vidraça permanecerá quebrada, aguar­
Era comumente usada como exclamação de triunfo, como dando conserto. Ocorre o mesmo com nosso pecado: nossos
no Salmo 117, 25, assim como na entrada de Nosso Senhor pecados criam um efeito real no mundo, assim como a bola
em Jerusalém. que quebra a vidraça. E nós devemos compensar esse efeito
real por meio de boas obras ou mortificação, aqui na terra
hóstia do latim hostiuy 'vítima', é o pão que oferecemos no ou no Purgatório.
altar, que se torna o Corpo de Cristo e o perfeito sacrifício.
As condições costumeiras para se obter uma indulgência
Igreja (prédio) as partes principais da igreja mostradas na são: ter a intenção de obtê-la, estar em estado de graça (li­
ilustração ao lado correspondem às seguintes legendas: berto da mancha do pecado pelo confessio­
nário; veja graça), e preencher os requisitos
a) Presbitério
da indulgência específica almejada.
b) Mesa de Comunhão
Em alguns casos, se você assim o desejar,
c) Transepto
a indulgência obtida pode ser aplicada em
d) Nave favor de uma alma no Purgatório. Veja Co-
e) Corredores laterais munhão dos Santos.
f) Nártex ou Galilé intercessão do latim intercedo, li­
g) Sacristia teralmente ‘ir entre', é o ato de
Igreja Militante veja mediar entre Deus e o homem.
Comunhão dos Santos.
Quando rezamos aos santos, é a
sua intercessão que buscamos,
Igreja Padecente veja que eles ofereçam nossas orações
Comunhão dos Santos, a Deus e peçam as Suas graças e
Igreja Triunfante veja :>ênçãos em nosso favor. Cristo é
Comunhão dos Santos, o nosso intercessor na Missa, na
pessoa do sacerdote. Veja in per­
in persona Christi frase latina sona Christi.
que significa na pessoa de Cristo'.
Na Missa, o padre age in persona Christi, intróito do latim introitus, entrada', é o
especialmente ao pronunciar as palavras salmo antifonal cantado na Missa Cantada
da Consagração “Este é o Meu Corpo” quando o celebrante adentra o presbitério.
Vejap, 36-37.
Na Missa Rezada, é rezado pelo sacerdote
após as orações ao pé do altar, O intróito é a
incenso do latim incensum, b que é primeira oração do próprio e o verdadeiro
queimado', o incenso refere-se tanto início da própria Missa, pois as orações
à resina sólida que é queimada, que o precedem têm caráter preparató­
quanto à fumaça aromática que ela rio. Na Igreja antiga, um salmo inteiro era
produz. O que é usado na Igreja cantado antifonalmente no intróito (v p.
católica é geralmente olíbano, uma 67), mas desde então ele foi reduzido a
resina obtida da árvore Boswellia uma parte do salmo. Vejap. 8 (ao final).
Sacra do sul da Arábia. O incenso usado na Missa é guardado
em um vaso metálico, chamado naveta, e queimado em um jejum do latim jejunus, Taminto, seco', é uma forma de
incensador portátil, chamado turíbulo. Vejap. 22. penitência na qual se restringe a quantidade de comida como
uma forma de disciplinar o corpo e de promover a virtude
incensório veja turíbulo. e a temperança. Todo os fiéis de 18 a 60 anos (à exceção dos
incipit palavra latina que significa ele começa' O incipit
doentes, dos engajados em trabalhos manuais mais pesados,
é a palavra ou frase de abertura de um documento e é
e das mulheres grávidas ou lactantes) são obrigados a jejuar
freqüentemente usado para nomear o documento, como no nos dias prescritos, comendo apenas uma refeição completa.
caso de encíclicas papais. O próprio da Missa para uma festa Duas outras pequenas refeições podem ser tomadas se
também é designado por seu incipit. Veja p. 8. necessário, mas ambas somadas não devem ser iguais a uma
refeição completa. Atualmente, a Igreja prescreve jejum e
indulgência do latim indulgentia, 'leniência" ou perdão', abstinência de carne na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-
uma indulgência é a remissão de todo o (no caso de Feira da Paixão.
indulgência plenária) ou de parte do (indulgência parcial) A Igreja também requer que jejuemos por pelo menos uma
castigo temporal que merecemos por nossos pecados. lora antes de recebermos a Santa Eucaristia. Durante esse
Indulgências são concedidas pela autoridade da Igreja a oeríodo, pode-se beber água, mas não líquidos nutritivos
partir dos méritos infinitos de Nosso Senhor crucificado. como leite ou sucos. Veja p. x x viil
Para entender a necessidade das indulgências, é preciso pri­
meiro entender corretamente a diferença entre a culpa do kyrie eleison do grego, ‘Senhor, tende piedade' Essa ladai­
pecado (que é removida pelo sacramento da Penitência) e nha, que ocorre entre o Intróito e o Glória, invoca três ve­
o castigo temporal do pecado, pelo qual devemos oferecer zes cada uma das pessoas da Santíssima Trindade, que estão
reparação em virtude dos efeitos de nosso pecado, Se que­ imia na outra. É a primeira das partes cantadas do Ordinário
da Missa.
bramos a vidraça do vizinho, ele pode nos perdoar se nos
77
lado da Epístola é o lado esquerdo do altar (à direita de mensa palavra latina que significa 'mesa, designa a pedra
quem olha para ele). Seu nome provém do fato de que a ;.isa que é o tampo de um altar consagrado.
Epístola é lida ou cantada desse lado do altar. Veja p, xxvii.
m esa de com unhão balaustrada de
lado do Evangelho é o lado direito do altar (à esquerda madeira, metal ou pedra que divide o
de quem olha para ele). Seu nome provém do fato de que o presbitério do corpo de uma igreja. Aqui
Evangelho é lido ou cantado desse lado do altar. Vejap, xxvii. os fiéis ajoelham-se para receber a Santa
lâmpada de altar também chamada lâmpada Eucaristia. Veja igreja.
de santuário ou do Santíssimo. Ao menos uma Messias do hebraico mashíach, ungido’, o Messias era o
lâmpada deve permanecer acesa próxima ao prometido por Deus para redimir o homem do pecado de
altar quando o Santíssimo Sacramento estiver Adão. Profecias do Messias prometido permeiam o Antigo
guardado no Tabernáculo (ou Sacrário), para Testamento, e a realização dessas profecias é o foco do Novo
lembrar-nos de Sua presença. Ela é geralmente Testamento. O equivalente grego dessa palavra hebraica é
suspensa por um cordão ou corrente, e muitas Christosy e é esse o sentido do título dado a Jesus.
possuem uma cobertura de vidro vermelho,
mas isso não é obrigatório. Seu uso deriva da Missa Cantata é a frase latina para 'Missa cantada" Para
lâmpada que era mantida acesa perpetuamente a maior parte das paróquias, que não contam com os
diante do Tabernáculo, mencionada no livro ministros sagrados adicionais requeridos pela Missa Solene,
do Êxodo. Tradicionalmente, essa lâmpada esta é a forma preferida para a Missa dominical. Nela, como
queima apenas óleo de oliva puro, mas uma na Missa Rezada, o celebrante é assistido por um ou mais
vela de pura cera de abelha também pode ser acólitos, e todas as ações acontecem no altar.
usada. Veja p. xxvi. Como na Missa Solene, muitas partes da Missa são
cantadas, e o próprio é cantado por um coro ou cantor, seis
lavabo verbo latino, eu lavaref. Este é o incipit^ velas são acesas no altar, e o incenso pode ser usado. Hinos
ou frase de abertura, da parte do Salmo 25 que é rezada pelo no vernáculo podem ser cantados apenas nas procissões de
celebrante ao lavar as pontas dos dedos após o Ofertório. entrada e saída, e qualquer outra música não litúrgica deve
leitor do latim lector, é a segunda das quatro ordens me­ ser cantada em latim, embora o costume admita exceções.
nores. No entanto, como o subdiácono canta a Epístola e o Missa de Paulo VI veja Forma Ordinária da Missa.
diácono canta o Evangelho, sua função é exercida com mais
freqüência no Ofício Divino. Veja sacramento de ordem. Missa dos Catecúmenos é a parte da Missa que vai das
orações ao pé do altar até o Credo, inclusive, e que era aberta
ladainha ou litanía do grego litaneia, súplica’, é uma forma tanto aos fiéis batizados quanto aos que se preparavam para
de oração originada no culto judaico. Consiste de uma série o batismo, chamados catecúmenos. O caráter dessa parte da
de petições seguida por uma resposta ou afirmação. Missa é de oração, louvor e instrução. Ela procede amplamente
liturgia do grego leitourgia^ obra pública’, designa as da sinaxe dos primeiros cristãos que, por sua vez, era baseada
cerimônias formais usadas no culto público de Deus. na prática da sinagoga judaica. Vejap. xiv-xv^ 2 e 16.
Liturgia das Horas veja breviárío e Ofício Divino. Missa dos Fiéis é a parte da Missa, do Ofertório até o final,
que realça os mistérios sagrados de nossa fé, e durante a qual
luna ou luneta palavra latina que significa 'lua
somente aos fiéis batizados era permitido estar presentes.
ou ‘luazinha’ A luneta é um receptáculo, em
O caráter dessa parte da Missa é de oblação e sacrifício e
formato circular ou de crescente, que segura a
procede principalmente das cerimônias da Páscoa judaica e
Hóstia consagrada em posição vertical quando
da instituição da Eucaristia. Vejap. xiv-xv, 16, 18.
é exposta no ostensório.
Missa Lecta é a missa rezada. Esta forma simplificada da
m anipulo do latim manipulusy um punhado’, o
Missa é a mais comumente celebrada.
manipulo é um dos paramentos sagrados usados
Na Missa Rezada, o celebrante é geralmente assistido por
pelo celebrante, diácono e subdiácono na Missa.
um acólito. Como não se requerem ministros adicionais,
É uma banda do mesmo tecido da casula, com
todas as ações ocorrem no altar, e todas as partes da Missa
cerca de um metro de comprimento e 10-12 cm
são rezadas e não cantadas. Apenas duas velas são acesas e
de largura, que é presa sobre o braço esquerdo por
não se usa incenso. Podem-se cantar hinos, em latim ou no
meio de tmi laço oculto ou um pedaço de elástico.
Veja p. xxii. vernáculo, na entrada, no Ofertório, na distribuição da Santa
Eucaristia, e na saída.
manustérgio do latim manus, mão’ + tergere^ enxugar’,
toalha usada pelo celebrante no Lavabo. Missa Pontificalis a Missa Pontificai é uma Missa solene
cantada por woa bispo ou cardeal. A Missa Pontificai no Trono
Melquisedeque em hebraico, o nome Melquisedeque requer, além do diácono e do subdiácono, um padre assisten­
significa ‘Rei de Justiça’ Ele é encontrado no livro do Gênesis te, dois diáconos assistentes e no mínimo nove acólitos; se for
(14, 18-20) e há referências a ele nos Salmos e em S. Paulo o bispo local, uma vela adicional é acesa no altar.
como tipo dos sacerdotes: “Tu és sacerdote para sempre, Quando celebra uma Missa Pontificai fora de sua diocese, o
segundo a ordem de Melquisedeque,” Seu sacrifício de pão prelado cantará a Missa do faldistório, e somente um padre
e vinho é uma das figuras da Eucaristia mencionadas na assistente se juntará ao diácono e subdiácono.
Missa. Vejap. 40.
78
Missa Privata tradicionalmente, até 1962, designava o que naveta vaso sagrado que guarda o incenso uti­
hoje chamamos Missa Cantada, em contraste com a Missa lizado durante a Missa. Usa-se uma colher para
Solene. O adjetivo “privata” referia-se a que essa forma da colocar o incenso no turíbulo. Veja p. xxv,
Missa era privada de certas cerimônias da Missa Solene.
Com o Missal de 1962, no entanto, Missa Privata passou a nobis quoque peccatoribus frase latina que significa ‘a
designar a missa rezada sem congregação. nós também, pecadores’. Estas primeiras palavras da oração
que comemora a Igreja Militante e Triunfante são as únicas
Missa Rezada ver Missa Lecta, ditas em voz alta durante o Cânon da Missa.
Missa Solemnis ‘Missa Solene’ em latim, é a forma oblação do latim oblatio, ‘oferenda, é algo que é oferecido a
padrão da Missa, embora menos freqüentemente celebrada. Deus. Pode ser oferecido como um sacrifício, sendo parcial
Todas as outras formas de celebração são derivadas de suas ou totalmente destruído, ou pode ser dado para uso pela
cerimônias. maior glória de Deus.
A Missa Solene é celebrada pelo sacerdote, assistido por um
diácono (que canta o Evangelho e a despedida) e por um ofertório do latim offertorium, ‘lugar para onde se levam
subdiácono (que canta a Epístola). Deve contar, ainda, com os oferendas’, refere-se à parte da Missa, assim como a suas
um turiferário, com um número par de acólitos, assim como ações e orações, na qual o pão e o vinho são oferecidos a Deus
com crucífero (conforme o costume local), e ceroferário pelo celebrante. Isto ocorre imediatamente após o Credo e
para as procissões. Todos são orquestrados em seus papéis termina com o responsório do Prefácio. Durante essa parte,
por um cerimoniário, geralmente um dos acólitos. canta-se a antífona de Ofertório na Missa Cantada, e pode-
O Próprio deve ser cantado pelo coro, ou pelo menos se cantar um hino durante a Missa Rezada (ou em seguida
por um cantor, e o incenso é usado várias vezes durante a à antífona de Ofertório, na Missa Cantada). Vejap. 18-26.
cerimônia. Seis velas são acesas sobre o altar. Ofício Divino uma das três principais ações litúrgicas,
Missa Tridentina de Tridentum, nome em latim da cidade ou culto público formal, juntamente com a Missa e os
italiana de Trento. No Concilio realizado naquela cidade (de sacramentos.
1545 a 1563), as várias práticas de celebração da Missa que O Ofício Divino é um culto de oração e louvor que consiste
se haviam desenvolvido ao longo dos séculos em diferentes de salmos, lições, hinos e responsórios, e que sob certo
regiões foram padronizadas e, tanto quanto possível, postas aspecto possui forma similar à da Missa, tendo ambos se
em conformidade com os códices mais antigos, de maneira desenvolvido a partir da antiga sinaxe cristã. Sua finalidade
que a liturgia da Missa pudesse ser celebrada em toda parte de é santificar a cada dia pela oração em certas horas. De todos
acordo com o mesmo rito. Isso foi especialmente importante os padres e da maioria dos religiosos, requer-se que rezem
como maneira de salvaguardar a liturgia contra doutrinas ou essas orações diariamente, seja privadamente ou em grupo.
práticas errôneas, particularmente em localidades onde era Como 0 Ofício Divino é a oração primitiva e universal da Igre­
forte a heresia protestante. ja, nossa participação nessa liturgia ajuda-nos a realizar nosso
Ao completar-se o Missal Tridentino, em 1570, foi publicada propósito como membros do Corpo Místico de Cristo. O Ofí­
a bula papal Quo Primum, decretando que “a Missa, no cio Divino também é singularmente poderoso como meio de
futuro e para sempre, não seja cantada nem rezada de modo alinhar as intenções de nossas orações com aquelas da própria
diferente do que esta, conforme o Missal publicado por Nós, Igreja, que perduram por dois milênios. Vejap. 64-67.
em todas as Igrejas”.
Esta forma da liturgia foi usada até 1969, quando foi Ordens Menores as quatro ordens menores são inferiores
suplantada pela Missa de Paulo vi, produto do Concilio em hierarquia às três ordens maiores de subdiácono,
Vaticano ii. A Missa Tridentina recebe, às vezes, o nome diácono e sacerdote. Ao entrar para o clero, recebe-se
de “Forma Extraordinária do Rito Romano” seguindo a primeiramente a tonsura, e depois, em sucessão, as funções
nomenclatura do Motu Proprio Summorum Pontificum de de porteiro, leitor, exorcista e acólito nas quatro ordens
Bento XVI, como forma de reafirmar sua validade e distingui- menores. As ordenações nas quais se conferem essas funções
la da Missa de Paulo VI, mais amplamente celebrada, que são sacramentais, não sacramentos. Cada uma delas traz o
ele chamou de “Forma Ordinária”. Veja p. xiii e Concilio de privilégio de desempenhar uma função eclesiástica, Muitas
Trento, das funções das ordens menores são hoje exercidas por
acólitos. Foram extintas no rito novo, mas perduram no rito
missal do latim Missalis, ‘da Missa, é o livro que o padre usa tradicional. Veja sacramento de ordem.
sobre o altar, contendo as fórmulas e orações da Missa. Ele
inclui o Ordinário e o Cânon da Missa , assim como o Pró­ Ordinário da Missa a estrutura
prio para cada domingo, festa, ou Missa votiva. Os que fre­ imutável da Missa, na qual se inserem
qüentam a Missa Tridentina podem também usar um Missal as orações do Próprio, Na maioria dos
de fiéis, que os auxilie a acompanhar as orações da Missa. missais, o Ordinário é encontrado pró­
ximo ao meio do livro, com o Próprio
mitra do grego mitra, ‘turbante’, é a cober­ dos tempos litúrgicos à frente, e o Pró­
tura litúrgica para a cabeça usada por bis­
prio dos Santos na parte posterior.
pos e certos prelados. É formada por dois
pedaços de seda ou linho endurecidos, uni­ ostensório do latimosíensor,‘mostrador’
dos por uma tiara com duas fitas franjadas vaso sagrado feito de metal precioso, ge­
que pendem da parte de trás. É sempre re­ ralmente bastante ornamentado, onde se
movida quanto o celebrante reza, como por coloca a Hóstia Consagrada para expô-la
exemplo durante a Coleta ou o Cânon. à adoração dos fiéis, como na festa de
79
Corpus Christi ou durante a benção do Santíssimo Sacramen­ Páscoa do hebreu Pessach, passagem’, a cele­
to. Ele é formado por um a base, um a haste pela qual pode bração judaica de sua libertação da escravidão
ser carregado, e um receptáculo circular de vidro ou cristal no Egito. Em preparação para a última praga,
cercado por raios, no qual se coloca o Santíssimo Sacramento os judeus deveriam sacrificar um cordeiro
em um a luneta. O véu umeral é sempre usado pelo padre imaculado e colocar o seu sangue nas vergas
quando leva a Hóstia exposta no ostensório. Veja p. xxv. e umbrais de cada casa, de maneira que o Anjo
presbítero do grego presbyteros, ‘ancião’, é o m inistro da morte passasse pela casa sem ferir os seus
ordenado e m ediador entre o hom em e Deus. Sua função moradores. Naquela noite, deveriam estar todos prontos para
prim ária é realizar o culto divino, particularm ente em sua viajar, com sandálias nos pés e pão ázimo, que não fermentara
forma mais elevada, o sacrifício. A ele é dada tam bém a por causa da pressa.
autoridade de desem penhar todas as funções litúrgicas, Nosso Senhor deixou claro, em Sua celebração da refeição
inclusive a administração dos sacramentos, exceto as pascal com Seus discípulos antes de morrer, que Seu sacrifício
reservadas aos bispos. Veja sacramento de ordem. era a verdadeira realização da Páscoa; que o sangue do cordeiro
que nos libertaria era de fato o Seu sangue; e que o pão nosso
pala do latim palUum, capa’ cobertura, a de cada dia, descido do Céu, sem o qual não teríamos vida em
pala é um quadrado de linho engomado nós, era o Seu corpo.
e endurecido usado para cobrir o cálice O cordeiro pascal era um a figura de Cristo, o Cordeiro de
durante a Missa, para proteger as espécies Deus. Pelo sangue do cordeiro pascal, os israelitas foram salvos
consagradas. Pode ser endurecido pela do Anjo da Morte. Pelo derramamento de Seu sangue na
inserção de um cartão entre dois pedaços cruz, Nosso Senhor realizou a Páscoa, e pela ressurreição dos
de linho, e decorado na parte de cima, mas mortos em triunfo libertou-nos da morte do pecado de Adão.
0 lado que toca o cálice deve ser liso. Por essa razão, na Igreja antiga, a crucificação era chamada
PALA C O BR IN D O Pascha crucifixionis e Sua ressurreição Pascha resurrectionis.
panos de altar três toalhas feitas de fino O CÁ LICE
linho branco são necessárias para celebrar Com o tempo, a celebração ficou conhecida como Páscoa, a
a Missa em um altar. Elas são colocadas sobre um a toalha ela correspondendo o tempo litúrgico da Páscoa. Este nome
encerada, que protege as demais da um idade da pedra e pode ser encontrado de variadas formas em quase todas as
previne que passe qualquer derram e acidental do cálice. línguas ocidentais, exceto o inglês (Easter) e o alemão (Oster).
As duas toalhas inferiores ajustam-se em com prim ento à Veja p. 48.
medida do altar, enquanto que a toalha superior, da mesma patena do latim patena, prato’, a patena é um
largura das outras duas, estende-se em comprimento, dos prato de metal precioso, geralmente feito es­
dois lados do altar, quase até o chão. Veja p. xxiv. pecificamente para encaixar-se sobre o cálice
paramento do latim paramentum, preparativo’, vestes sem deslizar.
especiais usadas pelo clero durante a liturgia e outras A hóstia é guardada na patena até o Ofertó-
cerimônias da Igreja, ou no desempenho de outras funções rio, depois do qual permanece no corporal até
do ofício clerical. O uso de vestes específicas no exercício o final do Pai Nosso, quanto então é partida e
do culto foi comandado por Deus prim eiram ente no Êxodo m isturada ao Preciosíssimo Sangue. Na Missa
28, 2: “Farás um a veste sagrada para Aarão, teu irmão, para Solene, durante esse período, a patena é segura PATENA SOBRE
O CÁ LICE
(indicar a sua) dignidade e para (lhe servir de) adorno.” Veja pelo subdiácono, usando o véu umeral.
p. xxi-xxiii. Diz-se que o costume de segurar a patena dessa forma sur­
giu na época em que Sancta, um a partícula de Hóstia guar­
paramentos góticos um dos dois estilos dada de Missa anterior, era m antida sobre a patena até que
de paramentos litúrgicos, embora refira-se fosse colocada no cálice. Para maior discussão dessa prática
tam bém ao estilo dos param entos especí­ veja Sancta.
ficos do período gótico. Esses param entos
exibem um a casula mais cheia e ondulante, pecado qualquer ato de violação da lei de Deus. Ao colo­
e estola e manipulo mais compridos e estrei­ carmos nossa vontade e prazer acima de nosso dever de
tos, sem franjas. obedecer a Deus, nós O ofendemos e efetivamente recusa­
mos a Sua amizade e as Suas graças. Devemos sempre tentar
paramentos romanos um dos dois esti­ restaurar essa relação com Deus buscando o sacramento da
los de param entos litúrgicos, não se refere Penitência ou, se ele não estiver imediatamente disponível,
necessariamente a estilo pelo menos fazendo um ato de contrição perfeita, seguido
específico de Roma. Na do sacramento da Penitência.
época em que o rito tri- Há dois tipos principais de pecado:
dentino caiu em desuso, G Ó TICO
1. Pecado original é o estado de pecado no qual toda
' os param entos romanos eram os mais
criatura humana, à exceção de Nosso Senhor e de
comuns, mas são pouco usados hoje fora
Nossa Senhora, nasce como conseqüência do pecado
; das paróquias que celebram a Missa Tra­
de Adão, que retirou de nós a graça santificante de
dicional. A casula do estilo rom ano é mais
Deus.
firme e com freqüência mais ornam enta­
2. Pecado atual é o ato que cometemos por escolha,
da do que a do estilo gótico, com os lados
por omissão, ou por nossa cumplicidade em pecados
abertos como um escapulário, e a estola e
alheios. A seriedade do pecado atual depende da
ROMANO o m anipulo são em geral franjados.
80
gravidade do ato e do grau de nossa volimtariedade e sagrados. Hoje essa função é geralmente desempenhada por
deliberação em cometê-lo: um sacristão. Veja sacramento de ordem, ordens menores,
Pecado material é um ato cometido involuntariamente ou
preces plural do latim prex, ‘prece, oração'. O termo é também
como resultado da ignorância invencível da lei de Deus. usado para designar pares ou grupos de versos e respostas na
Por estes, nós não somos culpados. iturgia da Missa e do Ofício Divino. Veja p. 64-67,
Pecado mortal é assim chamado porque nos priva da
graça santificante que dá vida à nossa alma. Ela só pode ser presbitério parte da igreja onde está localizado o altar
restaurada por meio do sacramento da Penitência, ou por principal, geralmente separado do resto da nave pela
um ato de contrição perfeita. Três coisas são necessárias mesa de comunhão, No centro do altar está o Sacrário
para que um pecado seja mortal: (ou Tabernáculo), onde Nosso Senhor habita entre nós.
L Deve ser matéria grave; Ao avistarmos o Sacrário, devemos manter reverência na
2. Devemos ter plena consciência de que nosso ato é presença de Nosso Senhor. Veja igreja.
gravemente pecaminoso; propiciação o ato de fazer reparação por nossos peca­
3. A escolha de cometê-lo deve serfeita livremente. dos, de maneira a compensar os efeitos espirituais de nos­
Se algum desses elementos estiver faltando, nosso ato é sas ofensas. A propiciação é uma das quatro finalidades do
considerado um pecado venial. sacrifício.
pedra d(e)’ara Próprio da Missa do latim proprium^ são aquelas partes
^ pedra natural com da Missa que mudam de acordo com o dia ou festa celebrada.
uma cavidade que O Próprio inclui Intróito, Coleta, Epístola, Gradual, e Aleluia
contém relíquias (ou Trato), Evangelho, Antífona de Ofertório, Secreta,
de santos, um dos Antífona de Comunhão e Oração Pós-Comunhão. Pode
quais, pelo me­ haver também um Prefácio próprio e certas Missas possuem
nos, mártir. Ela é a uma Seqüência em seguida ao Aleluia.
parte mais impor­ Na Missa Cantada, as seguintes partes do Próprio devem
tante de qualquer ser cantadas: o Intróito, o Gradual, o Aleluia (ou o Trato),
altar, sem a qual a Missa não pode ser celebrada. A coloca­ a Seqüência (quando houver), a Antífona de Ofertório e a
ção dessa pedra sobre a mensa do altar é realizada durante a Antífona de Comunhão. Veja p. xviiy 8.
consagração do altar pelo bispo. Purgatório do latim purgatorium, purificador', é o lugar
penitência do latim penitentia, ‘arrependimento’, pode- no qual a alma do fiel defunto permanece para que seja
se referir: a) ao sacramento pelo qual os nossos pecados purificada enquanto a mancha do pecado ainda remanescer
são perdoados {veja confissão); b) ao necessário pesar que sobre ela. Isso pode ser devido a pecados veniais ainda
devemos ter por nossos pecados;ou c) às orações, reparações, não perdoados ou dos quais o fiel não se arrependeu, ou
ou boas obras impostos pelo padre no confessionário como a pecados graves que tenham sido perdoados, mas para os
satisfação pelo pecado. quais ainda permaneça uma dívida temporal a ser paga.
Veja indulgência para uma discussão da dívida temporal
Pesach palavra hebraica para Páscoa. do pecado.
petição do latim petitio, ‘pedido’, é a principal forma de Purificação da Santíssima Virgem Maria festa ce­
oração na qual imploramos a Deus que nos conceda suas lebrada em 2 de fevereiro, comemora o 40° dia depois do
graças e bênçãos. A petição é também uma das quatro Natal, quando completou-se a purificação ritual de Nossa
finalidades do sacrifício, Senhora após dar à luz, e seu filho, Jesus, foi apresentado ao
píxide do grego pyxis, caixa, a píxide é um Templo em Jerusalém, Assinala o fim do ciclo do Natal. Ê
;:>equeno vaso metálico circular no qual o popularmente conhecida como festa das candeias (ou can­
Santíssimo Sacramento pode ser guardado com delária) y devido à bênção e à procissão das velas que ocorre
segurança e levado pelo padre em suas visitas antes da Missa. Veja p. xix.
aos enfermos. O mesmo que custódia. purificador pano de linho oblongo, do­
pluvial do latim pluviale, capa de chuva’ o que brado em três partes no comprimento, que
sugere qual terá sido sua função original. É é usado pelo celebrante para secar o cálice,
uma vestimenta longa, que vai dos ombros assim como os seus dedos, após as abluções.
até os calcanhares, afivelada na frente. Na Como o purificador, da mesma forma que o
corporal e a pala, contém algum traço das Es­
parte de trás possui o vestígio de um capuz,
pécies Sagradas, as rubricas determinam que
em geral com franjas ou borlas. É usada:
seja purificado por quem recebeu ordens maiores antes de
a) pelo padre celebrante em procissões e
ser manuseado por leigo. Veja p. xxiv.
durante o Asperges; b) pelo padre assistente em uma
Missa Solene Pontificai; e c) pelo celebrante de outros ofícios Quaresma do latim Quadragésima, quadragésima, nome
solenes que não a Missa. Veja p. xxiii. dado aos quarenta dias do tempo de penitência que vai da
Quarta-Feira de Cinzas até o Sábado de Aleluia (excluindo-
porteiro cronologiamente, a primeira das ordens menores. se os domingos), durante o qual nos lembramos dos
É tecnicamente considerado o porteiro da igreja, com
sofrimentos de Nosso Senhor e nos preparamos para a
a função também de tocar o sino e de cuidar dos vasos
alegria da Páscoa.
81
Na antiga fé hebraica, quarenta era o número da purificação, O rito estabelecido em Trento, chamado de Romano, é o
recordando os quarenta dias do Dilúvio, os anos passados mais amplamente usado na Igreja Latina. Entre os ritos da
vagando no deserto, e os dias que Moisés esteve com Nosso Igreja Latina, alguns dos quais próprios a ordens monásti­
Senhor no Monte Sinai. Esse número também é encontrado cas, podem-se incluir o ambrosiano, moçarábico, galicano,
no Novo Testamento: Nosso Senhor passou quarenta dias sarum, beneditino, cartuxo, e dominicano. Oito ritos orien­
e quarenta noites jejuando no deserto antes de iniciar seu tais são considerados lícitos pela Igreja: o armênio, bizanti­
ministério. no, caldeu, copta, etíope, malabar, maronita e sírio.
Da mesma forma, durante a Quaresma, disciplinamos Rogações, dias das do latim rogatio, rogo, súplica, são
nossa vontade pelo jejum e pela abstinência. Paramentos
a segunda, terça e quarta-feira imediatamente antes da
roxos são usados (exceto no domingo Laetare, quando
Quinta-Feira da Ascensão. Durante esses dias, também
podem ser clareados para o rosa), não se toca o órgão, e conhecidos como ladainhas menores, a Igreja invoca
omitem-se da Missa o Glória e o Aleluia, este último
a proteção de Deus e a bênção da colheita. Em cada um
substituído pelo Trato. Há ainda um Prefácio próprio. desses dias há uma procissão durante a qual a ladainha de
As Missas de dias da semana durante a Quaresma têm
todos os Santos é cantada, seguida pela Missa de Rogação.
precedência sobre a maioria das outras festas. Veja p. xix,
Outro dia de Rogação, mais antigo, chamado de grande
jejum e abstinência, ladainha, é celebrado na festa de S. Marcos, em 25 de abril,
Quinquagesima qüinquagésima’ em latim. Representa rubricas do latim ruber. Vermelho', as rubricas são
o qüinquagésimo dia antes da Páscoa e é celebrada no
instruções que regem as ações desempenhadas em
domingo imediatamente antes da Quarta-Feira de Cinzas. determinada cerimônia. São tradicionalmente impressas
Veja Septuagésima para mais informações sobre essa prática.
em cor vermelha para distingui-las do texto da liturgia. Veja
Veja p. xix.
p. xxvii.
relicário vaso, geralmente de metal pre­ sabaoth do hebreu, significando exércitos' Como ocorre
cioso, no qual são guardadas e expostas as no Sanctus, ‘Dominus Deus Sabaoth', é um dos antigos
relíquias de santos. Veja p. xxv.
títulos dados a Deus, descrevendo Seu poder: Ele é o
relíquias do latim reliquiae, ‘restos', são ‘Senhor Deus dos Exércitos' - referindo-se aos exércitos
os restos mortais dos santos e são dividi­ celestiais de anjos.
dos em três classes: primeira classe inclui RELICÁRIO Sabá do hebraico shabát, 'descanso', este era o sétimo dia da
o corpo de um santo ou parte dele; segun­ ORNAMENTADO DO
SÉC. XIV
semana, no qual Deus mandou seu povo descansar de seu
da classe inclui qualquer objeto intima­
trabalho, como Ele fez, e voltar os seus pensamentos para
mente relacionado ao santo; e de terceira classe é qualquer
as coisas sagradas. Dessa palavra provém o nome do dia de
objeto que tenha sido tocado pelo corpo do santo.
sábado em muitas línguas.
responsório do latim responsorium, resposta’ é um grupo S. Paulo foi fundamental para transferir a observância des­
de versos, saudações, ou orações entoadas pelo celebrante na se dia santo para o domingo, o primeiro dia da semana, pois
liturgia, cada um dos quais com uma resposta que deve ser foi no domingo que Nosso Salvador ressurgiu dos mortos,
dita ou cantada pelo acólito, pelo coro ou pela congregação.
sacra são os cartões que contêm as orações do Ordinário
Pode ser simples, como o Dominus Vobiscum, ou uma
usados no altar durante a Missa. O maior deles, no centro
ladainha, como a que antecede o Prefácio. Veja p. xxvii, 67,
do altar, contém o Gloria, o M unda cor meum (rezado logo
reverência do latim reverentia, reverência, respeito', é antes do Evangelho), o Credo, as orações do Ofertório,
a virtude pela qual honramos pessoas dignas ou locais e as palavras da Consagração, A sacra menor no lado do
sagrados. Devemos reverência a todos os que representam a Evangelho contém o Ültimo Evangelho, e a do lado da
autoridade de Deus na terra, sejam civis (nossos governantes Epístola contém as orações relacionadas a água (i.e. Lavabo,
e superiores), religiosos (o clero), sobrenaturais (os santos) a mistura de água e vinho, as abluções) Veja p. xxvi.
ou naturais (nossos pais e mestres). Da mesma forma,
sacramental rito, objeto, ou ação usado pela Igreja, à
devemos reverência às manifestações de Deus aqui na
semelhança dos sacramentos, para que o fiel obtenha um
terra, especialmente na Missa, na qual Ele vem a nós no
bem espiritual proporcional à sua disposição.
sacramento da Eucaristia.
Há seis classes de sacramentais:
rito do latim ritusy costtmie ou cerimônia religiosa, em seu • orans, brando', como o Pai Nosso e o Ofício Divino;
sentido mais simples refere-se às palavras e ações prescritas • tinctus, 'umedecido, imerso', como o uso de água-benta
para uma cerimônia religiosa, do rito do Batismo ao das ou de óleo para unção;
Exéquias. • e d e n s , comer' alimentos que tenham sido abençoados;

No entanto, em sentido mais amplo, rito pode também • confessus, confessado', como o Confiteor;
referir-se a um sistema completo de liturgias e práticas, • d a n s ‘dando', esmolas concedidas em nome da Igreja; e

usados por grupos específicos da Igreja, Muitos desses ritos • benedicenSy abençoando', é a classe mais ampla, que
derivaram de variações práticas que se desenvolveram em inclui consagrações e bênçãos de pessoas e de lugares (p.
áreas geográficas isoladas durante a Idade Média, a maioria ex. de reis, abades, igrejas, casas), assim como objetos (p.
das quais foi abolida quando o Concilio de Trento codificou ex. velas, ramos, cinzas, medalhas, escapulares, etc.).
a Missa como a conhecemos. Veja disposição na p. 4.

82
sacramento do latim sacra- cada uma constituindo um degrau em direção ao sacerdócio
mentum, 'juramento sagrado', é pleno, como se vê na ilustração abaixo. As ordens menores
um sinal sensível e eficaz, ins­ são Porteiro, Leitor, Exorcista e Acólitoy e as maiores Sub-
tituído por Cristo, pelo qual a diácono, Diácono e Sacerdote. Relacionados a essas sete são
Igreja confere a graça santifi- a Tonsura, que não é formalmente considerada uma ordem,
cante sobre a alma de quem está e o episcopado, que não é visto como uma ordem à parte do
adequadamente disposto a rece­ sacerdócio, mas uma perfeição deste.
bê-la. As quatro ordens menores e o subdiaconato são uma
O Concilio de Trento definiu participação no sacramento da ordem. Das sete ordens,
sete sacramentos que foram somente o Diácono e o Sacerdote efetivamente recebem o
instituídos por Cristo, Esses sacramento da Ordem, que deixa uma marca indelével, ou
são (na ordem da ilustração à caráter, em quem o recebe. As ordenações para as ordens
esquerda: Matrimônio, Ordem, menores e a de Subdiácono são consideradas sacramentais,
Extrema Unção, Penitência, e Bispos não são ordenados, mas consagrados. Veja ordens
Santa Eucaristia, Confirmação menores.
e Batismo,
O Batismo e a Penitência são
sacrário Veja tahernáculo,
considerados sacramentos dos sacrifício do latim sacra + faciens, Yazer sagrado!
mortos, pois são conferidos aos Considerado o ato mais perfeito de culto, o sacrifício consiste
que estão espiritualmente mor­ em oferecer a Deus uma coisa sensível e destruí-la de alguma
tos pelo pecado. Os demais são maneira com o propósito de reconhecer o supremo domínio
sacramentos dos vivos e é impe­ que Ele tem sobre nós e sobre todas as coisas. Vejap, xii, xiv,
rativo que sejam recebidos em 26, 34, 38 e 40.
estado de graça. Veja graça,
disposição. salmo do psalmos, canção tocada com instrumento de
cordas', composição poética que se destinava a ser cantada
nas funções do templo e depois na sinagoga. Os salmos
constituem a base e o modelo de toda oração na tradição
os SETE SACRAMENTOS MOSTRADOS COMO BROTANDO DO
LADO PERFURADO DE NOSSO SENHOR cristã, mesmo entre não católicos e, como tal, formam a
espinha dorsal das liturgias do Ofício Divino e da Missa.
Sacramento de Ordem é o sacramento pelo qual a Igreja A Igreja considera que a maioria foi escrita pelo Rei Davi,
confere a autoridade e as graças necessárias para administrar embora haja divergências sobre sua autoria ao longo
os sacramentos e desempenhar os deveres do sacerdócio. dos milênios de sua existência, pois alguns deles contêm
Atualmente, a Igreja reconhece três níveis desse sacramen­ inscrições que os atribuem a outros autores.
to: o diaconato, o sacerdócio, e o episcopado, O Concilio de É de notar que a numeração dos salmos pode apresentar
Trento dividiu as ordens de clérigos entre maiores e menores. pequenas diferenças a depender do texto em que se baseia
a tradução, se dire­
tamente da Vulgata
em latim, que por sua
vez se baseou na Sep-
tuaginta do século II
a. C., ou se de texto
mais recente. Veja p.
2, 10,12,18, 66-68.
Sancta palavra latina
que significa ‘San­
ta. Na Igreja antiga,
durante a fração da
Hóstia, uma tercei­
ra parte, chamada
Sancta, era guardada
reservada até a Missa
seguinte. Ela era en­
tão colocada no cálice
juntamente com uina
particula da Hóstia

GRAFICO MOSTRANDO AS ORDENS


MENORES B MAIORES COMO PASSOS
ITONSURA PARA O PLENO SACERDÓCIO.
recém consagrada. Enfatizava-se, dessa forma, a unidade e de fato o septuagésimo dia antes da Páscoa). Esses setenta
continuidade do sacrifício da Missa. dias simbolizam os setenta anos do cativeiro babilônico, em
Às vezes, a Sancta de uma Missa celebrada por Papa ou Bispo lembrança dos quais alguns fiéis na Igreja antiga iniciavam
era dividida com outras igrejas. Nesses casos, chamava-se um período de jejum quaresmal antecipado.
Fermentuniy Termentol Como todo alimento fermentado que O Tempo da Septuagésima é um período de duas semanas e
requer uma porção da fornada anterior para sua cultura, o meia, que separa a alegria do Ciclo do Natal da penitência da
Fermentum demonstrava o “fermento espiritual” partilhado Quaresma. A partir do Domingo da Septuagésima, na Missa
pelos fiéis na Missa. Crê-se que essa prática deu origem ao usam-se paramentos roxos, omite-se o Gloria, e o Aleluia é
costume de o subdiácono segurar a patena, desde o Ofertório substituído pelo Trato, Veja p, xix, e aleluia.
até a fração da Hóstia Consagrada, pois a Sancta permanecia
na patena durante esse período. Veja p. 46, Septuaginta setenta, foi a primeira tradução completa
da Bíblia hebraica para o grego, e seu nome refere-se aos
Sanctus palavra latina que significa santol O Sanctus é a 72 eruditos encarregados de realizá-la no século II a. C.
quarte parte cantada do Ordinário, entoada na culminação Sabe-se que essa tradução foi usada pelos apóstolos e pelos
do Prefácio, como uma transição ao Cânon. É composto do evangelistas. Veja p. 68,
Cântico dos Anjos de Isaías 6,1-3 e do Benedictus de Mateus
21, 9. Veja p. 28. Sequentia latim para seqüência, continuação’, hino que
teve suas origens no acréscimo de palavras à longa série de
Santíssimo Sacramento um dos títulos dados ao Corpo notas cantada na sílaba final do Aleluia, que o tornaram,
e Sangue de Nosso Senhor na Eucaristia, indicando a literalmente, uma “seqüência” do canto. No auge de seu uso,
primazia desse sacramento sobre os demais. na Idade Média, havia seqüências próprias para cada festa,
Santo dos Santos a câmara mais mas hoje apenas cinco são mantidas. Veja p.
12.
interior do Templo em Jerusalém,
o lugar mais sagrado onde a Arca servente homem ou menino leigo que
da Aliança era guardada. Separa­ desempenha as funções de acólito, mais
va-se do templo propriamente dito freqüentemente na Missa Rezada. Popu­
por um véu, e ninguém, salvo o su- larmente chamado coroinha, Quando serve no
mo-sacerdote, podia entrar, e so­ altar, o servente usa batina e sobrepeliz, para­
mente uma vez ao ano, no Dia do mentos que originalmente eram próprios dos clé­
Perdão. No momento em que Jesus rigos menores.
morreu na cruz, esse véu foi rasga­ As principais funções do servente na Missa são
do em dois, significando que com PLANO DO TEMPLO EM responder as orações, tocar a sineta, mover o Missal
Sua morte o caminho ao Santo JARUSALÉM quando necessário, e assistir ao celebrante no Ofertó­
dos Santos foi aberto por Seu san­ a ) o sa n to d o s sa n to s; rio, no Lavabo e nas Abluções. Veja p. xxi, e acólito.
b) o local sag rado .
gue, e que a Antiga Lei foi abohda.
Veja p. 6 e 38,
Sexagesima latim para 'sexagésima', representa o
sexagésimo dia antes da Páscoa, celebrado dois domingos
santuário vej^ presbitério, antes da Quarta-Feira de Cinzas. Veja Septuagesima,
secreta do latim secernare, pôr à parte, é uma das orações Shekhinah do hebraico shakhan^ morar', é o nome da
do Próprio da Missa, dita sobre as oferendas logo antes do presença de Deus habitando entre os homens, que se
Prefácio. Deriva seu nome do fato de que é a única oração da manifestou na nuvem e no pilar de fogo que guiou os
Missa em forma de coleta (isto é, a oração que coleta nossas israelenses no deserto. Tendo sido completada a Arca da
intenções como congregação) que é rezada em silêncio. A Aliança, essa presença tomou o seu lugar no trono (também
Secreta relaciona-se diretamente às orações da Coleta e da chamado assento da misericórdia) como descrito no Êxodo
Pós-Comunhão de cada Missa. Vejap, 26, 40, 32-33; “a nuvem cobriu o tabernáculo da reunião, e
a glória do Senhor o encheu. Moisés não podia entrar no
Semana da Paixão é a penúltima semana da Quaresma, tabernáculo da reunião visto que a nuvem cobria tudo, e a
do Domingo da Paixão até o Domingo de Ramos, não majestade do Senhor resplandecia, tendo a nuvem coberto
devendo ser confundida com a Semana Santa. Durante todas as coisas.” Desde esse tempo, somente o sumo-
a Semana da Paixão, a Igreja volta sua atenção para o sacerdote podia, após cuidadosa preparação, adentrar o
sofrimento e a morte de Nosso Senhor, em preparação para santuário velado. No templo de Salomão, a sala da Arca
os eventos da Semana Santa, Por essa razão, a doxologia do era conhecida como o Santo dos Santos, mas como a Arca
Gloria Patri é omitida da Missa e do ofício diário até a Missa foi perdida no tempo do cativeiro babilônico, no segundo
da Vigília Pascal. Omite-se também o Salmo 42 das Orações templo, o Santo dos Santos estava vazio. Veja p, 22.
ao Pé do Altar.
símbolo do grego symbolon, ‘senha, sinaF, pode referir-se
Semana Santa a semana mais solene do ano litúrgico, que à representação física de um objeto ou idéia, como os sím­
vai do Domingo de Ramos até o Sábado Santo, e durante a bolos para os vários sacramentos mostrados na p. 84, ou ao
qual recordamos os últimos dias de Nosso Senhor, incluindo sumário do dogma da fé, como no Credo Niceno. Vejap, 16,
sua paixão e morte. Veja p. xviii~xix,
sinagoga do grego synagoge, assembléia, é o nome para o
Septuagesima latim para septuagésima', representa o local de encontro {beit knesset em hebraico) onde os judeus
septuagésimo dia antes da Páscoa. Esta festa é celebrada três se reuniam para rezar e receber instrução nas sagradas
domingos antes da Quarta-Feira de Cinzas (embora não seja escrituras. Essa era uma prática antiga que se tornou mais
84
importante durante o tempo do exílio babilônico, em que o em mim, porque ele escreveu de mim”.
culto em Jerusalém era impossível, e os fiéis buscavam meios
2. o Nevtim: os escritos dos profetas, incluindo Josué, Juizes,
alternativos de continuar a prática de sua fé.
Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel, e os doze profetas
Depois da morte de Cristo, os apóstolos continuaram o
menores formam a segunda divisão principal da Bíblia
culto da forma como estavam acostumados, primeiro nas
judaica.
sinagogas e depois em suas próprias reuniões. Assim, as
práticas da sinagoga formaram a base da sinaxe antiga, que 3.0 Ketuvim: essa categoria de escritos inclui os Salmos,
por sua vez deu origem às liturgias da Missa e do Ofício outros livros poéticos, como Provérbios, Cântico dos
Divino, Vejap, xiv, 12 e 64. Cânticos e Eclesiastes, assim como várias Crônicas, desde
Rute e Ester até Daniel e Ezra.
s in a x e como sinagoga, esta palavra deriva da palavra grega
para assembléia’ e refere-se às reuniões dos primeiros Tomados em conjunto, esses escritos conformam mais ou
cristãos, que eram semelhantes na forma às práticas da menos o que chamamos de Antigo Testamento. Veja p. 68.
sinagoga. Veja p. 64. Tempo da Paixão as duas semanas que antecedem a Vigí­
S Ín o d o do grego synodos, reunião’, é uma lia de Páscoa, incluindo tanto a Semana da Paixão quanto
assembléia eclesiástica convocada para discutir a Semana Santa, Durante esse tempo, todas as cruzes, está­
temas relacionados à fé e à sua prática. tuas e imagens (exceto as da Via Cruds) são cobertas com
um véu liso de pano roxo. Nas liturgias da Missa e do Ofício
túnica branca feita de linho
s o b r e p e liz Divino, omitem-se as doxologias.
ou algodão, mais curta que a alva, possui
mangas largas e jamais é usada com cinto. É o Tempo da Páscoa período de celebração que se segue
paramento oíicial das ordens menores, usado à Páscoa, estendendo-se do Sábado Santo até as Vésperas
também, juntamente com a batina, por leigos mf '■v/' .-A '/ ' . do sábado depois de Pentecostes. Durante esse período, o
quando servem na Missa. Veja p. xxi. Vidi Aquam é cantado no lugar do Asperges Me no início
da Missa, acrescentam-se vários aleluias em várias partes da
subdiácono a de menor hierarquia entre as ordens maiores. liturgia, e o Regina Coeli é rezado no lugar do Angelus nas
A ordenação ao subdiaconato é considerada um sacramental, horas habituais.
similar ao sacramento de Ordem, mas sem deixar uma marca
indelével. Na Missa, o subdiácono veste o amictOy a aJva, o Tempo do Natal o período de celebração que se segue
cíngulo, o manipulo e a túnica, e suas atribuições são as de à festa do Natal. Em termos litúrgicos, esse tempo inclui o
cantar a Epístola, levar os vasos sagrados ao altar, segurar Tempo da Natividade e o Tempo da Epifania e estende-se até
a patena do Ofertório até a fração da Hóstia consagrada, e o dia 13 de janeiro, inclusive, abarcando a antiga Oitava da
purificar os vasos sagrados. Veja p. xxi, e Sancta. Epifania. Depois desse tempo, celebramos o Tempo depois
da Epifania, No entanto, o Ciclo mais amplo que, comemora
s u p e d â n e o é a plataforma elevada sobre a qual repousa o nascimento de Cristo e sua vida oculta, estende-se para
o altar, em geral com pelo menos três degraus, O acólito depois da Epifania, até a Festa da Purificação, em 2 de
não deve ajoelhar-se no supedâneo quando serve na Missa fevereiro (também conhecida como Festa da Candelária ou
Rezada. Veja p. xxvi. das Candeias). Veja p. xix.
tabernáculo do latim tabernaculum, Têmporas dias de oração, jejum e abstinência voltados
‘tenda', é o compartimento, localizado para a santificação de cada uma das quatro estações. As
ao centro do altar e fechado a chave, no quartas, sextas e sábados imediatamente depois do Primeiro
qual é guardado o Santíssimo Sacramen­ Domingo da Quaresma, de Pentecostes, do terceiro
to; o mesmo que sacrário. Pode ser feito domingo de setembro, e do Terceiro Domingo do Advento
de madeira, pedra ou metal e coberto por são reservadas a essa finalidade.
véu dourado, prateado, ou branco, ou da
mesma cor dos paramentos. Por dentro, Tenebrae palavra latina que significa
seus lados são recobertos de seda ou de 'trevas’, são uma forma simplificada das
metal dourado, e um corporal dobrado Matinas e das Laudes (horas do Oficio
forra o seu piso. A palavra 'tabernácu­ Divino, veja p. 65-66) da Quinta-Feira
lo' evoca a tenda que abrigou a Arca da Santa, da Sexta-Feira da Paixão e do Sábado
Aliança, na qual habitava a presença de Deus (Shekhinah), Santo. As Matinas são vigílias noturnas,
durante o tempo em que os israelitas vagaram pelo deserto. e as Laudes são geralmente rezadas ao
Veja p. xxvi. amanhecer, mas nesses três dias elas são
rezadas juntas, na noite anterior. Seu nome
Tanakh acrônimo hebraico que se refere ao corpo da vem do fato de que o Ofício de Trevas
escritura judaica, formado pela primeira letra de cada uma ocorre no escuro.
de suas partes: As Matinas são um ofício que inclui três TENEBRÁRIO

l.a Torah: também chamada de Pentateuco, são os livros noturnos, cada um com três salmos com antífonas, assim
de Moisés. Tanto a tradição judaica quanto a cristã são como três lições com responsórios. As Laudes são um ofício
unânimes em reconhecer Moisés como o autor dos cinco com cinco salmos com antífonas.
primeiros livros da Bíblia, o que é evidenciado da forma Depois de que cada um desses quatorze salmos é rezado
mais firme nas palavras de Jesus aos fariseus em João 5, ou cantado, uma de quinze velas em um candelabro especia.
46: “Se crêsseis em Moisés, certamente creríeis também chamado tenebrário é apagada, até que só reste uma* Essa
85
vela é então escondida atrás do altar, enquanto se rezam o túnica paramento exterior usado pelo subdiácono na Missa.
Cântico de Zacarias e a oração final. Nesse ponto, faz-se Embora deva ser mais curta do que a dalmática do diácono,
muito barulho {strepitus)^ tocando matracas ou batendo e conter duas listas horizontais juntando-se ao clavi, ela é
livros, representando o terremoto que ocorreu no momento hoje raramente distinguível da dalmática. Pode ser feita
da morte de Cristo. A vela solitária é então recolocada no do mesmo tecido e cor que a casula do celebrante. Como
tenebrário e todos partem em silêncio. a dalmática, em certos lugares ela ainda é substituída por
testamento do latim testamentum, usado na Vulgata como uma casula dobrada durante tempos de
tradução da palavra hebraica b e r i t h y aliança, pactol Esse penitência. Veja p. xxu e dalmática.
uso deu origem ao nome que usamos para o Velho e Novo turíbulo vaso metálico suspenso por
Testamentos, pois o primeiro referia-se à Velha Aliança correntes no qual o incenso é queimado
(especialmente aquela com Moisés) e o segundo à Nova na celebração da Missa Solene, de Missas
Aliança no sangue de Jesus. Esse termo é usado também Cantadas, Vésperas, Bênção do Santís­
durante a consagração do vinho, na frase novi et aetemi simo, e outros ofícios solenes da Igreja.
testamenti. Veja p. 38-39 e aliança. Veja p . XXV.
tipo do grego typos, ‘figura', modelo' ou ‘impressão*, no turiferário acólito ou servente responsável
sentido das Escrituras é uma pessoa ou evento que, embora pelo turíbulo durante as cerimônias da
exista por conta própria, também é destinado por Deus a ser Igreja. Veja p. xxi e 79. TURIBULO

uma prefiguração a ser realizada por seu antítipo.


Muitos tipos ou figuras de Jesus podem ser encontrados versículo do latim versiculusy pequeno verso’ é uma frase
no Antigo Testamento, que vão desde o sacerdote exclamatória, geralmente tirada de um salmo, que deve ser
Melquisedeque até o inocente José, a Jonas, que foi trazido respondida pelo acólito, pelo coro ou pela congregação. Veja
de volta do ventre de uma baleia. A Páscoa judaica (Pessach) p. xxviiy 67.
é um tipo e um precursor da Missa. Veja p, 42. Vésperas do latim vespera, a tarde, o entardecer’, é a sétima
tonsura do latim tondere raspar, aparar, das horas canônicas do Ofício Divino, rezada à tarde “ao
tosquiar. A tonsura é o rito sagrado acender das lâmpadas”. Juntamente com as Laudes, rezadas
pelo qual um jovem entra para o estado ao amanhecer, é a hora mais solene. Houve tempo em que
clerical. O rito inclui cortar o cabelo era comum os fiéis retornarem à Igreja na tarde de domingo
em cinco partes, em formato de cruz, e para participar desse serviço.
investir o jovem com a sobrepeliz. Foi A revisão do Breviário depois do Concilio Vaticano II
a prática de manter a coroa da tonsura simplificou as Vésperas e renomeou-as “Oração da Tarde”.
entre os clérigos que levou ao uso do Veja p. 64-66, Breviário^ Ofício Divino.
solidéu, para aquecer a cabeça. Veja sacramento da ordem. véu do cálice pedaço quadrado de
tradição do latim traditio, entregar’, ‘transmitir, refere- tecido feito do mesmo material e
se ao conjunto dos ensinamentos da Igreja que não cor que os paramentos do padre,
vieram diretamente da Sagrada Escritura, mas que são em geral revestido de seda, que é ,j
considerados como revelação divina transmitida pelos usado para cobrir o cálice e a pa-
apóstolos ou inspirada pelo Espírito Santo. Um exemplo tena enquanto estes estão sobre o
de tal ensinamento é a Assunção da Santíssima Virgem altar, antes do Ofertório e depois das Abluções. Veja p. xxiv.
Maria: embora a narrativa desse evento não se encontre na véu umeral do latim humerus, ombro’, é um véu de seda
Bíblia, ela nos foi transmitida pelos apóstolos, que estavam oblongo, com aproximadamente 0,9m x 2,4m, usado sobre
presentes à sua morte. os ombros como um manto, com a finalidade
transubstanciação do latim trans + substantia, de cobrir as mãos quando se carrega um dos
significando literalmente mudança de substância’, esse vasos sagrados. É usado pelo subdiácono na
termo explica o que ocorre quando o celebrante diz as Missa Solene, enquanto ele segura a patena,
palavras da consagração na Missa: o pão e o vinho, embora e pelo padre quando leva o Santíssimo Sa­
sua aparência, consistência e sabor permaneçam os mesmos, cramento no ostensório. Pode ser branco
são verdadeiramente e inteiramente transformados na ou da mesma cor dos paramentos.
substância do Corpo e do Sangue de Cristo. A deliberada Vidi aquam frase latina que significa eu vi água. É o incipity
demonstração de reverência pela Hóstia consagrada na ou frase de abertura, da Antífona que substitui o Asperges
Missa ajuda a estabelecer a verdade dessa doutrina na mente Me durante o Tempo da Páscoa.
dos fiéis.
Vulgata o nome completo em latim dessa versão da Bíblia
Trato da frase latina in uno tractu, em um movimento’, é Vulgata Editio, ‘edição popular’. Refere-se à tradução da
referindo-se ao método segundo o qual canta-se o Trato, que Bíblia para o latim por S. Jerônimo, que era então, no final
o distingue dos cantos da Missa cantados antifonalmente. O do séc. IV, a língua comumente falada entre os cristãos.
Trato é geralmente parte de um salmo que substitui o Aleluia Foi declarada livre de erros de doutrina ou de moral pelo
nas Missas penitenciais, isto é, da Septuagésima até a Páscoa, Concilio de Trento, e portanto a única versão autêntica para
e nas Missas de Fiéis Defuntos. Veja p, 12. uso público.

86
DEVOÇÕES PARA A CONFISSÃO
(Adaptado de Forgive Us Our Trespasses [“Perdoai-nos as Nossas Dívidas”], de Madre Mary Loyola)

U atro coisas são necessárias para se fazer organização, o exame de consciência torna-se difícil e
uma boa confissão: cansativo, e você sairá correndo atrás dos seus pecados
1. Devemos rezar de coração pela graça de fazer ao invés de pensar em como se livrar deles. Dez minutos
xima boa confissão. dedicados de concentração no exame são suficientes para
2. Devemos examinar cuidadosamente a nossa uma confissão normal. Dedique o resto do tempo, outros
consciência, dez minutos, à sua contrição. Quando estamos há algum
3. Devemos tomar o tempo e o cuidado necessários tempo sem nos confessar, e mesmo em nossa preparação
3ara fazer um bom ato de contrição. para a confissão semanal, pode ser útil lembrarmo-nos
4. Devemos, com a ajuda de Deus, tomar a decisão dos lugares em que estivemos e das pessoas que encontra­
de renunciar aos nossos pecados e de começar mos. Isso nos ajuda a lembrar de nossos pecados. Deve-
vida nova para o futuro. se mencionar qualquer circunstância que altere o tipo
de pecado e o torne pior, como, por exemplo, agredir
1, Devemos rezar pela graça de ao pai ou à mãe, roubar algo que pertença a uma igreja.
fa zer uma hoa confissão. Tanto quanto for possível, devemos dizer o número de
orque essa é uma tarefa importante e nada de bom vezes em que um pecado mortal foi cometido.

P podemos fazer sem a ajuda da graça de Deus; por­


que às vezes é difícil contar os nossos pecados; e
porque a oração é o meio estabelecido por Deus para
receber a Sua ajuda. “Pedi” diz Ele, “e vos será dado”
Pela Lei de Deus estamos obrigados a confessar todo
pecado mortal, e sermos dele absolvidos. Não somos
obrigados a confessar nossos pecados veniais, mas é
bom fazê-lo. Uma boa prática é escolher dois ou três dos
Você pode rezar um dos hinos ao Espírito Santo ou: principais e arrepender-se deles. Isso é melhor do que
tentar se lembrar de todos os pecados veniais.

OS DEZ MANDAMENTOS DE DEUS


ORAÇÃO DE;:AJU0A : ;A
1. EU SOU O SENHOR TEU DEUS, que te tirei da terra
CREIO que áli, atra^ da porta dò iácráfioi está o do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estra­
Juiz dos vivo§ e dos jiMjrtos^ diante do qual coro^ nhos diante de mim. Não farás para ti imagem de es­
cultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima
toda a minha vida. Creio que então Ele terá de me no Céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa
|idgar çom ésÉdta justiça^ e que não haverá tem­ que haja nas águas debaixo da terra. Não as adorarás
po para confissão e contrição. Ó meu Juiz e meu nem lhes darás culto.
Sálvador, agora que eu tenho tempo, ajudai-me a 2. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
descobrir os meus pecados e a confessá-los com 3. Lembra-te de santificar o dia do Senhor.
verdadeiro arrependimento, para que eu possa 4. Honra teu pai e tua mãe, para viveres largo tempo e
^re$«ílâr-mfe sem ií!^do fi^ te de Vós na horà para seres bem sucedido na terra que o Senhor teu
terrível do juramento. Deus está para te dar.
5. Nãomatarás.
pecadot^ agora e na hora de minha morte. Amém. 6. Não cometerás adultério.
7. Não furtarás.
8. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
9. Não desejarás a mulher do teu próximo.
2. Devemos cuidadosamente examinar
10. Não cobiçarás os pertences do teu próximo,
a nossa consciência.
e você vai à confissão com freqüência e examina a

S sua consciência todas as noites, a preparação para o


sacramento da Penitência torna-se muito fácil, pois,
quando chega a hora, metade do trabalho já está feito. Po­
nha-se a trabalhar com afinco assim que chegar à igreja,
OS SEIS MANDAMENTOS DA IGREJA

L Santificar os Domingos e festas de guarda ouvindo a


Missa e descansando dos trabalhos servis.
2. Observar os dias de jejum e de abstinência indicados
começando logo pelo primeiro dos quatro pontos. Siga a - pela Igreja.
guma ordem na organização do que você tem a dizer - os 3. Confessar-se pelo menos uma vez por ano.
Dez Mandamentos de Deus, os seis preceitos da Igreja, os 4. Receber o Santíssimo Sacramento pelo menos uma
sete pecados mortais. Ou, para obter resultado semelhan­ vez durante o tempo pascal.
te por outra via, examine as suas obrigações (l) para com 5. Contribuir para o sustento dos nossos pastores.
Deus; (ll) para com o próximo; (lll) para consigo mesmo. 6. Não casar com quem não seja católico, ou com quem
Os seus pecados permanecerão na memória quando tiver tenha conosco até o quarto grau de parentesco, nem
terminado o exame e você poderá deixá-los calmamente privadamente sem testemunhas, nem solenizar ma­
de lado e voltar-se para o próximo ponto. Sem alguma trimônio nos tempos proibidos.

87
os SETE PECADOS CAPITAIS, • Furtei ou guardei algo que não me pertencia, sem ten­
E AS VIRTUDES CONTRÁRIAS tar encontrar o dono? Destruí, desperdicei, ou danifi­
1. Orgulho................................. Humildade.
quei algo de propósito? Paguei de volta o que devia?
2. Avareza..................................Generosidade. • Menti ou levei outros a mentir? {Uma mentira inofensi­
3. Luxúria...................................Castidade. va que não cause dano a ninguém é um pecado venial)
4. Ira..........................................Mansidão. Eu disse alguma mentira que sabia que causaria dano
5. Gula....................................... Temperança. a alguém? (Dependendo da gravidade, pode ser um pe­
6. Inveja..................................... Caridade Fraterna. cado mortal Se pequei por calúnia, difamação, ou furto,
7. Preguiça.................................Diligência. devo reparar da melhorforma que puder o mal que fiz, e
pedir a meu confessor conselho sobre como fazê~lo).
UMA FORMA DE EXAME DE CONSCIÊNCIA
• Revelei as faltas secretas de alguém? {Isso é difamação,)
(I) Deveres para com Deus. Prejudiquei a reputação de meu próximo por falar mal
Confissão. Quanto tempo faz desde minha última dele, ou por escutar deliberadamente a conversas ma­
confissão? Fiz as quatro coisas necessárias à prepa­ lévolas? Julguei alguém precipitadamente, isto é, pensei
ração da confissão (v. p. anterior)? Deixei de fora algo mal de alguém sem causa suficiente? Fiz os outros dis­
que deveria ter contado? Usei o tempo necessário para cutirem ou causei danos a outros por meio de intrigas?
fazer um bom ato de contrição? Como foi a minha re­ {Nota: delatar para prejudicar ou ofender é errado, Mas se
solução de emendar-me? Rezei minha penitência com você sabe de uma conduta ou conversa imodesta, você deve
atenção? levá-la prontamente ao conhecimento de seus pais, ou àque­
Comunhão. Usei o tempo necessário para preparar- les em posição de autoridade, e não temer ser chamado de
me para a visita de Nosso Senhor? Agradeci a Ele por 'dedo-ãuro\ Se você deixa de fazer isso, pode vir a se tornar
vir a mim? responsável por esses pecados em razão de sua ocultação.)
Orações. Quando me ajoelho para rezar, lembro-me (III) Deveres para Comigo Mesmo.
de que vou falar a Deus, e pelo menos começo bem
minha oração? Rezo minhas preces apressadamente • Fiz algo de errado, em pensamento, palavras ou atos,
ou olhando para os lados o tempo todo? Tenho rezado contra a pureza ou a modéstia? Levei outros a fazerem
as minhas preces da manhã e da noite sem distrações algo errado? Tenho freqüentado más companhias? Li
maus livros ou dei-os a outros?
propositais? Examinei minha consciência à noite e fiz
(Nota: Um mau pensamento que não seja proposital não
um bom ato de contrição por meus pecados? Dei ri­
é pecado, mas deixar de tentar afastar o mau pensamen­
sadas ou falei alto na igreja, ou fui irreverente duran­ to, ter prazer nele, ou consentir com ele - isso é pecado.)
te a Missa ou a Bênção do Santíssimo? Fiz algo para
causar distração a outros durante suas orações? Como • Fui vaidoso quanto a minhas capacidades, minha pes­
escuto os sermões e o catecismo? Dei graças antes e soa, ou minha roupa? Desprezei os outros? Tive ciú­
depois das refeições, como é meu dever? mes dos outros ou fiquei incomodado quando meus
Fiz ou li algo que possa prejudicar a minha fé? companheiros foram elogiados?
Falei de forma desrespeitosa de Deus ou das coisas sa­ • Fui avaro? Comi carne, sem autorização, nas sextas-
gradas? Falei palavrões? feiras ou em qualquer dia em que seja proibido?
Faltei à Missa em algum domingo ou dia de preceito? • Levanto-me prontamente de manhã ou sou preguiçoso?
Cheguei atrasado ou deixei de prestar atenção na Missa? • Fui desatento durante a aula na escola? Faltei à escola
ou fiz outros faltarem?
(II) Deveres para com meu Próximo. • Li por curiosidade, cartas ou qualquer escrito que não
Desobedeci a meus pais ou a qualquer um com auto­ devesse ter lido? Como desempenhei as tarefas e obri­
ridade sobre mim? Provoquei-os ou fui desrespeitoso gações de minha vida diária: conscienciosamente ou
com eles com palavras ou ações? Causei-lhes alguma descuidadamente?
grande tristeza, ou deixei de ajudá-los quando pobres • Fiz alguma outra coisa que deva confessar? Qual é mi­
ou velhos, ou quando estavam doentes? Fiz o que de­ nha falta principal, que causa as demais: orgulho, ira,
via prontamente ou fiquei com raiva e levantei a voz? preguiça ou o quê? Estou tentando vencê-la?
Fui obstinado, mal-humorado, ou impertinente quan­ 3. Devemos tomar o tempo e o cuidado necessários
do me chamaram a atenção? Enganei a meus pais ou para fazer um bom ato de contrição.
àqueles com autoridade sobre mim?
Fui impetuoso ou fiquei de mau-himior por muito tem­
po? Bati em alguém ou participei de bate-boca? Xinguei E ’ sta é a parte principal de nossa preparação, sem a qual
itodo o resto perde o valor. Já identificamos todos os
pecados que cometemos? Nenhum deles será perdoado
ou provoquei os outros? Desejei mal a alguém? Recusei-
me a perdoar alguém? Dei mau exemplo por palavras sem contrição, Além disso, se por acaso algum pecado,
ou atos? Ou participei em algum pecado, propondo-o, mesmo grave, for esquecido depois do exame de cons­
defendendo-o, ou de alguma outra forma? Fiz algo para ciência, nosso ato de contrição que inclua esse pecado
ofender meus pais, professores ou amigos? e outros pecados graves de que lembrarmos o apagaria.
Impedi alguém de estudar, trabalhar, ou cumprir as Mas o que é essa contrição que devemos ter? O cate­
suas obrigações? cismo diz que é “um arrependimento sincero por nossos
Dei trabalho desnecessário a meus pais ou superiores? pecados, porque por eles ofendemos a um Deus tão bom.

88
juntamente com um firm e propósito de emenda” Note a ocasião. Qualquer circunstância que leve ao pecado é
que o arrependimento sincero volta-se para dois lados: chamada de ocasião de pecado. Ela pode ser próxima ou
para trás, para odiar o pecado cometido, e para frente, remota. Uma ocasião próxima é aquela que usualmen­
para evitá-lo no futuro. te nos leva ao pecado. Uma ocasião remota é aquela,
O melhor motivo para arrependimento é o próprio na qual às vezes, embora raramente, cometemos pecado.
Deus - arrepender-se por causa d’Ele, porque Ele é infini­ Pessoas, lugares, e coisas podem todos se tornar ocasiões
tamente bom e merecedor de todo o amor, e porque pelo de pecado para uns ou outros. Algumas coisas, como más
pecado desagradamos e desapontamos Aquele a Quem companhias, conversas impróprias e maus livros, são
amamos. Esta contrição perfeita é tão agradável a Deus, sempre ocasiões próximas de pecado. Temos a obrigação
que ela nos obtém prontamente o perdão por toda nossa de manter distância daquilo que, não importa o que faça­
cxilpa, venial ou mortal, ainda antes da confissão e absol­ mos, sempre nos leva a pecado mortal, seja uma pessoa,
vição, desde que inclua também o desejo de confessar- um lugar ou uma coisa. Nosso Senhor diz: “Se a tua mão
mo-nos assim que possível. Se for suficientemente inten­ ou 0 teu pé te escandaliza”- isto é, se algo tão importante
sa, remite também toda a punição, eterna e temporal. Ela para você como a sua mão ou o seu pé o leva a cometer
remite mais ou menos, de acordo com nossa disposição. pecado - “corta-o e lança-o fora de ti; melhor te é entrar na
A contrição imperfeita, chamada também atrição, é ar­ vida com um pé ou mão a menos, do que, tendo duas mãos
rependimento sobrenatural, mas principalmente por nós e doispésy ser lançado no fogo eterno.” (Mt 18, 8.)
mesmos, porque perdemos o céu, e merecemos o inferno É claro que devemos ter o propósito de evitar tam­
ou o purgatório. Embora menos perfeita que a outra, ela bém os pecados veniais. Se só tivermos esses a confessar,
é boa e posta em nosso coração pelo Espírito Santo. Ela devemos escolher ao menos um deles e fazer um firme
perdoará o pecado venial e remirá parte de nossa punição propósito de evitá-lo. Se tiver dificuldade de decidir
temporal, e é suficiente quando conjugada à confissão e à qual pecado venial escolher, pense no que aconselharia
absolvição para o perdão do pecado mortal. Nosso Senhor e fará uma boa escolha.
Veja como é necessária a contrição: ela quase parece Nosso caráter natural nos deixa expostos às mesmas
ser a única coisa necessária. Simplesmente precisamos
tentações, e a rotina de nossa vida diária traz sempre
tê-la. Mas como fazemos para obtê-la? O catecismo diz
de volta as mesmas ocasiões. Portanto, não surpreende
para ''rezarmos sinceramente por ela e fazer uso de consi­
que levemos as mesmas faltas veniais à confissão repe­
derações que possam nos levar a ela/' O arrependimento
tidas vezes. O que temos de fazer é diminuir o seu nú­
de nossa vontade pecaminosa está a nosso alcance; pode­
mero, livrarmo-nos delas por etapas, transformar oca­
mos e devemos dá-lo a Ele. Como tudo o que é bom, esse
siões de pecado em ocasiões de vitória. Assim, como
arrependimento deve vir d’Ele. Ele prometeu que todos
diz Sto. Agostinho, podemos usá-las como degraus
os que pedirem receberão e que todos os que buscarem
para subir ao céu.
encontrarão. Nós pediremos por esse arrependimento
com todo nosso coração, e nós o buscaremos pensando Nosso propósito não é de transfiguração - de nos
nas coisas que nos levarão a ele. Essa é a nossa parte. Se a tornarmos de uma hora para outra totalmente diferen­
fizermos bem, Deus virá e fará a Sua. tes do que somos - mas de emenda. Remendar é um
processo gradual e trabalhoso, seja o remendo de uma
MEU DEUS, dai-me verdadeiro arrependimento por meia ou de um casco de um navio. Ninguém espera que
Vos ter ofendido. Eu tenho de vir diante de Vós para seja feito num instante. Se Deus é paciente conosco, e
obtê-lo. Não posso obtê-lo por mim mesmo. Mas sei disposto a esperar enquanto nos emendamos, por que
que Vós o quereis dar a mim ainda mais do que eu o de­ temos de ser tão impacientes com nós mesmos?
sejo. Sei que não há nada que Vos agrade tanto dar Vós
me dizeis para pedir que eu receberei, para bater que a Em alguns minutos, você estará confessando os seus
porta ser-me-á aberta. Eu peço, buscando, batendo à pecados diante de Deus Todo-Poderoso e da corte celes­
porta agora. Dai-me o que preciso - contrição perfeita te. Pense em como você ficaria envergonhado se tivesse
por todos os meus pecados, arrependimento por eles de confessá-los diante de seu pai e mãe, irmãos, irmãs,
porque ofendem a Vós, que sois tão bom. Concedei- colegas de escola. Será que você deveria sentir menos
me o que peço, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. vergonha de confessá-los diante de Deus, o Santo dos
Santos; diante de Maria, concebida sem pecado; diante
4. Devemos, com a ajuda de Deus, tomar a
de anjos e santos que estão sem mácula ao pé do grande
decisão de renunciar nossos pecados e de
trono branco? Sentir vergonha nos faz bem e ajuda-nos
começar vida nova para o futuro,
a arrependermo-nos. Pense também que toda aquela
embre-se de que devemos ter um propósito de emenda, corte celeste olha para você com amor, reza por você, e
I j Ora, um propósito não é apenas um desejo passagei­ alegra-se de vê-lo purificando a sua alma no Preciosís­
ro, mas uma firme intenção ou determinação, a tomada simo Sangue para um dia estar pronto a juntar-se a eles.
de decisão sobre alguma coisa. É claro, então, que ele re­ Acontece, no entanto, que às vezes temos de espe­
quer tempo e reflexão. Esse propósito, como foi dito, é rar não só alguns minutos, mas muito tempo na fila do
realmente parte de nosso ato de contrição, pois não existe confessionário e, tendo terminado a nossa preparação,
arrependimento verdadeiro pelas faltas que cometemos a começamos a olhar em volta e nos distraímos. É uma
menos que tencionemos não cometê-las de novo. O propósi­ pena. Nessa hora, podemos rezar o Terço ou ler algumas
to de emenda que devemos ter é uma determinação firme páginas deste livro, o que não vai nos distrair, mas, ao
de evitar todo o pecado mortal e as ocasiões próximas do contrário, nos ajudará a fazer um bom ato de contrição
pecado mortal. Vejamos quais são essas. quando chegar a nossa vez.
Quando caímos em pecado, temos de rever qual foi
89
A Ç A O D E G R A Ç A S : S A L M O 102
M E T O D O D E C O N F IS S Ã O

1. Penitente (de joelhos no confessionário, faça o sinal da B EN D IZ, Ó M IN H A ALM A, O SENHOR, e to d a S aS COlsaS
cruz e peça a bênção): Abençoai-me, Padre, porque p e­ que há dentro de m im {bendigam) o seu santo nom e. B en ­
quei. diz, ó m in h a alm a, o Senhor, e não esqueças nenhum dos
2. Sacerdote: D om inus sit in corde tuo et in labiis tuis, ut seus benefícios. É ele quem perdoa todas as tuas culpas,
rite confitearis om nia peccata tua. In nom ine Patris, et e que sara todas as tuas enferm idades. É ele quem resga­
Filii, et Spiritus Sancti. Amen. (Que o Senhor esteja ta da m orte a tua vida, e que te coroa de m isericórdia e
em teus lábios e em teu coração para que possas confes­ de graça. É ele quem sacia de bens a tua vida; renova-se,
sar bem todos os teus pecados. Em nome do Pai, e do com o a da águia, a tua juventude.
Filho, ^ e do Espírito Santo. Amém.)
Senhor faz as obras de justiça, e defende o direito de
3. P. Diga o Confiteor: Eu, pecador, confesso a Deus todo
todos os oprim idos. Fez conhecer a M oisés os seus cam i­
poderoso...
nhos, aos filhos de Israel as suas obras. O Senhor é m iseri­
4. P. Minha última Confissão fo i há... Em seguida, se acu­
cordioso e com passivo, lento para a ira e m uito clemente.
se de seus pecados, dizendo o tipo de pecado e as cir­
cunstâncias que podem m udar a espécie; se for pecado N ão está sem pre a repreender, nem guarda ressentim ento
grave, diga o núm ero de vezes que o cometeu. Depois para sem pre. N ão nos trata segundo os nossos pecados,
da confissão dos pecados, diga: Acuso-me destes peca­ nem nos retribui segundo as nossas culpas.
dos, de todos os que não me lembro e dos de minha vida A ntes, quanto o céu está elevado acim a da terra, tanto
passada. Deles peço perdão a Deus, e a vós. Padre, a
prevalece a sua m isericórdia para com os que o tem em .
penitência e a absolvição.
Quanto o oriente dista do ocidente, tanto ele afasta de nós
5. Depois de confessar os seus pecados, deixe-os. Se por­
os nossos delitos. C o m o um pai se com padece dos seus
ventura lembrar de algum pecado posteriormente, basta
acusá-lo na confissão seguinte. Escute atentamente o con­ filhos, assim se com padece o Senhor dos que o tem em ,
selho de seu confessor. Enquanto ele lhe dá a absolvição, porque ele sabe bem de que som os form ados: lem bra-se
renove o seu ato de contrição como se estivesse de joelhos de que som os pó. Os dias do hom em são sem elhantes ao
ao pé de Jesus e Ele mesmo o estivesse absolvendo: feno; com o a flor do campo, assim floresce.
6. P. Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadei­ Apenas é tocada pelo vento, já não existe; nem o seu lugar
ro, Criador e Redentor meu, p o r serdes vós quem sois, o conhece mais. Porém a m isericórdia do Senhor estende-
sumamente bom e digno de ser am ado sobre todas as
se desde a eternidade e para sem pre sobre os que o tem em,
coisas, e porque vos amo e vos estimo, pesa-me, Senhor,
e a sua justiça (exerce-se) com os filhos dos filhos, com
de todo o meu coração, de vos ter ofendido; e proponho
firmemente, ajudado com os auxílios de vossa divina aqueles que guardam a sua ahança, e se lem bram dos seus
graça, emendar-me e nunca mais tornar a vos ofender; m andam entos, para os observar. O Senhor estabeleceu o
espero alcançar de vossa infinita misericórdia o perdão seu trono no céu, e o seu reino dom ina todas as coisas.
de minhas culpas. Amém. Bendizei o Senhor, vós todos os seus anjos, que sois
ou: poderosos em força, que executais as suas ordens, prontos
Meu Deus, porque sois infinitamente bom e amável, para obedecer à sua palavra. Bendizei o Senhor, vós to ­
tenho muita pena p o r vos ter ofendido. Com a vossa dos os seus exércitos, vós, seus m inistros, que fazeis a sua
graça, é o meu firm e propósito não mais voltar a vos vontade. Bendizei o Senhor, vós todas as suas obras, em
ofender. Amém.
todos os lugares do seu dom ínio. Bendiz, ó m inha alm a,
7. S. MISEREATUR tui om nipotens Deus, et dimíssis peccátis o Senhor.
tuis, perdúcat te ad vitam ^térnam . Amen.
INDULGENTIAM, absolutiónem et remissiónem peccató- O R A Ç Õ E S P A R A D E P O IS D A C O N F IS S Ã O
rum tuórum tríbuat tibi omnipotens, et miséricors Dó-
minus. Amen. M EU AM ÁVEL JESUS, quantas graças Vos devo eu dar!
DOMINUS noster Jesus Christus te absólvat: et ego aucto- Tenho confiança de que pelos m erecim entos do Vosso
ritáte ipsíus te absólvo ab om ni vínculo excommunica- sangue, m e tereis absolvido de todos os m eus pecados.
tiónis, (suspensiónis) et interdícti, in quantum possum,
D e todo o m eu coração V os agradeço. Ô se eu chego a
et tu índiges.
celebrar eternam ente no céu as vossas m isericórdias! Até
DEINDE ego te absolve a peccátis tuis, in nomine Pa­ agora, m eu D eus, Vos tenho perdido m uitas vezes, m as
tris, et Filii, 51 et Spiritus Sancti. Amen.
não perm itais que eu Vos perca m ais. Q uero m u dar de
PASSIO Dóm ini nostri Jesu Christi, m érita beátffi M a rís
vid a, pois Vós m ereceis todo m eu amor, quero am ar-Vos
Vírginis, et óm nium Sanctórum, quidquid boni féceris,
para sem pre, e nunca m ais m e separar de Vós. Prom eti
et mali sustinúeris, sint tibi in remissiónem peccatórum,
augm éntum grátiae, et prsemium v ita setérnee. Amen. antes m o rrer que ofender-Vos: hoje renovo esta prom essa.
Prom eto fu gir da ocasião de pecado, e lançar m ão dos
8. S. Ide em paz.
m eios p ara não m e d eixar vencer por m eus inim igos.
P. Amém.
M as, ó m eu D eus, Vós conheceis a m in h a fraqueza; dai-
Saia do confessionário e retorne a seu lugar com o olhar m e a V ossa graça, p ara que Vos seja fiel até a m orte, e
baixo. Diga logo a sua penitência. Agradeça muito viva-
reco rra a vós, quando for tentado. V irgem M aria, valei-
' m ente a Deus pelo Preciosíssimo Sangue que foi apH-
cado à sua alma e purificou-a de todas as suas máculas. m e; Vós sois a M ãe da perseverança, em vós pon ho
Reze um salmo ou hino em ação de graças. toda m in h a esperança. (M ons. Silvério G om es Pim enta,
A prática da Confissão).
90
ORAÇOES DE PR EPARAÇÃO e o Senhor dos senhores, com o respeito e humildade, com a
contrição e devoção, com a pureza da fé, com o propósito e
PARA A SANTA C O M U N H Ã O intenção que convém à salvação de minha alma. Dai-me que
receba não só o Sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor
SALMO 129 Jesus Cristo, mas também seu efeito e sua força,
esde clamo a ti Senhor; Senhor,
o m a is p r o f u n d o Ó Deus de mansidão, fazei-me acolher com tais disposições

D ouve a minha voz! Estejam atentos os teus ouvidos à


voz da minha súplica.
Se conservares a lembrança dos delitos, ó Senhor, quem, Se­
nhor, poderá subsistir (em tua presença) ? Porém junto de ti está
o Corpo que Vosso Filho único, Nosso Senhor Jesus Cristo,
recebeu da Virgem Maria. Que eu seja incorporado ao Seu
Corpo Místico e contado entre Seus membros.
O Pai cheio de amor, fazei que, recebendo agora Vosso Filho
o perdão dos pecados, para que com reverência sejas servido. sob o véu do sacramento, possa eternamente contemplá-lo
Espero no Senhor, na sua palavra espera a minha alma; à face a face. Amém.
espera do Senhor está a minha alma, mais do que a sentinela
(à espera) da aurora. ATO DE FÉ
Mais do que a sentinela (à espera) da aurora, Israel está à

E
u C R E IO FIR M E M E N T E que há um só Deus, em três
espera do Senhor, porque no Senhor está a misericórdia, e
pessoas realmente distintas. Pai, Filho e Espírito Santo;
nele é abundante a redenção: ele mesmo redimirá Israel de
que dá o céu aos bons e o inferno aos maus para sempre.
todas as suas iniqüidades.
Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu
ORAÇÃO DE SANTO AMBRÓSIO na cruz para nos salvar, e que ao terceiro dia ressuscitou. Creio
tudo o mais que crê e ensina a Santa Igreja Católica Apostólica
eu, pecador, não presumindo dos
E N H O R JESUS C R IST O ,
Romana, porque Deus, verdade infalível, lho revelou. E nesta

S meus próprios méritos, mas confiando na Vossa bonda­


de e misericórdia, temo entretanto e hesito em aproxi-
mar-me da mesa do Vosso doce convívio. Pois meu corpo e
meu coração estão manchados por muitas faltas, e não guar­
crença quero viver e morrer.

ATO DE ESPERANÇA
com firme confiança em Vós,

E
u ESPERO , M EU D EU S,
dei com cuidado o meu espírito e a minha língua. Por isso, ó
bondade divina e temível majestade, na minha miséria recor­ que, pelos merecimentos de meu Senhor Jesus Cristo,
ro a Vós, fonte de misericórdia; corro para junto de Vós a fim me dareis a salvação eterna e as graças necessárias
de ser curado, refugio-me na Vossa proteção, anseio ter como para consegui-la, porque Vós, sumamente bom e poderoso,
Salvador Aquele que não posso suportar como Juiz. o haveis prometido a quem observar fielmente os vossos
mandamentos, como eu proponho fazer com vosso auxílio.
Senhor, eu Vos mostro as minhas chagas e Vos revelo a mi­
nha vergonha. Sei que os meus pecados são muitos e grandes, ATO DE CARIDADE
e temo por causa deles, mas espero na Vossa infinita miseri­
de todo o meu coração e sobre

E
córdia. Olhai-me, pois, com os Vossos olhos misericordiosos. U VOS A M O , M EU D EU S,

Senhor Jesus Cristo, Rei eterno. Deus e homem, crucificado todas as coisas, porque sois infinitamente bom e amável,
por causa do homem. Escutai-me, pois espero em Vós; tende e antes quero perder tudo do que Vos ofender. Por amor
piedade de mim, cheio de misérias e pecados. Vós que jamais a Vós amo o meu próximo como a mim mesmo.
deixareis de ser para nós fonte de compaixão.
Salve, Vítima salvadora, oferecida no patíbulo da Cruz por O R A Ç Õ ES DE A Ç Ã O DE G R A Ç A
mim e por todos os homens. Salve, nobre e precioso Sangue, DEPOIS DA SANTA EUCARISTIA
que brotas das chagas do meu Senhor Jesus Cristo crucificado
e lavas os pecados do mundo inteiro. Lembrai-Vos, Senhor, AÇÃO DE GRAÇAS DEPOIS DA SANTA EUCARISTIA
da Vossa criatura resgatada por Vosso Sangue. Arrependo-me

E
de ter pecado, desejo reparar o que fiz. u vos D O U G RAÇAS, PA I E T E R N O , por conceder-me,
Livrai-me, ó Pai clementíssimo, de todas as minhas iniqüi­ como alimento para minha alma, o Corpo e o Sangue
dades e pecados, para que, inteiramente purificado, mereça de Vosso Filho Unigênito, Nosso Senhor Jesus Cristo.
participar dos Santos Mistérios, E concedei que o Vosso Cor­ Que esse Alimento Divino preserve e aumente a união de mi­
po e o Vosso Sangue, que eu, embora indigno, me preparo nha alma a Vós. Que ele me purifique, reprimindo toda má
para receber, sejam perdão para os meus pecados e comple­ inclinação. Concedei-me que ele possa ser para mim promes­
ta purificação de minhas faltas. Que eles afastem de mim os sa de gloriosa ressurreição no último dia.
maus pensamentos e despertem os bons sentimentos; tornem ANIMA CHRISTI
eficazes as obras que Vos agradam, e protejam meu corpo e
minha alma contra as ciladas dos meus inimigos. Amém. santificai-me.
l m a d e c r is t o ,

ORAÇÃO DE SANTO TOMÁS DE AQUINO


eis que me aproximo
DEUS ETER N O E T O D O -P O D E R O S O ,
A Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me;
Água do lado de Cristo, lavai-me.

O do sacramento do Vosso Filho único, Nosso Senhor


Jesus Cristo. Impuro, venho à fonte da misericórdia;
cego, à luz da eterna claridade; pobre e indigente, ao Senhor
do céu e da terra.
?aixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro de Vossas Chagas, escondei-me
Não permitais que eu me separe de Vós.
Imploro, pois, a abundância da Vossa liberalidade, para que Do espírito maligno, defendei-me;
Vos digneis curar minha fraqueza, lavar minhas manchas, Na hora da morte, chamai-me.
ilimiinar minha cegueira, enriquecer minha pobreza, vestir e mandai-me ir para Vós,
minha nudez. Que eu receba o Pão dos anjos, o Rei dos reis para que com os Vossos Santos Vos louve, por
todos os séculos dos séculos. Amém.
91
ADORO TE descanso, ó minha paz, ó meu amor, aroma que me inebriais,
(Hino de Santo Tomás de Aquino) doçura que me deleitais, pão que me revigorais, refúgio que
me defendeis, auxílio que me escudais, sabedoria que me

E
u v o s ADORO devotamente, ó divindade escondida, ilimiinais, herança e tesouro que espero. Em quem só a minha
que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências. alma e o meu coração vivam e se radiquem de maneira firme
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro, e inabalável. Amém.
porque. Vos contemplando, tudo desfalece,
PETIÇÕES DE SANTO AGOSTINHO
A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós.
Mas, somente em Vos ouvir em tudo creio. e n h o r jesu s, que me conheça a mim e te conheça a Ti,
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus;
nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.
Na cruz, estava oculta somente a Vossa Divindade,
S Que não deseje outra coisa senão a Ti.
Que me odeie a mim e te ame a Ti.
E que tudo o faça sempre por Ti.
Mas aqui, oculta-se também a Vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas, Que me humilhe e que te exalte a Ti.
peço aquilo que pediu o ladrão arrependido. Que não pense nada mais senão em Ti.
Que me mortifique, para viver em Ti.
Não vejo, como Tomé, as Vossas chagas. E que aceite tudo como vindo de Ti.
Entretanto, Vos confesso meu Senhor e meu Deus.
Que renuncie ao que é meu e te siga só a Ti.
Faça que eu sempre mais creia em Vós,
Espere em Vós, ame a Vós. Que sempre escolha seguir-te a Ti,
Que fuja de mim e me refugie em Ti.
Ó memorial da morte do Senhor, E que mereça ser protegido por Ti.
Pão vivo que dá vida aos homens, Que me tema a mim e tema ofender-te a Ti.
faça que minha alma viva de Vós, Que seja contado entre os escolhidos por Ti.
e que a ela seja sempre doce este saber. Que desconfie de mim e ponha toda minha confiança em Ti.
Senhor Jesus, bondoso pelicano, E que obedeça aos outros por amor a Ti.
lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue, Que a nada dê importância senão só a Ti.
pois que uma única gota faz salvar todo o mundo Que queira ser pobre por amor a Ti.
e apagar todo pecado. Olha-me, para que só te ame a Ti.
Ó Jesus, que velado agora vejo, Chama-me, para que só te procure a Ti,
peço que se realize aquilo que tanto desejo: É eternamente desfrute de Ti. Amém.
que eu veja claramente Vossa face revelada.
AÇÃO DE GRAÇAS APÓS A COMUNHÃO
Que eu seja feliz contemplando a Vossa glória. Amém. (Sto. Tomás de Aquino)
OBLAÇÃO A SI MESMO DE ST. INÁCIO DE LOYOLA
ou-vos GRAÇAS, SENHOR SANTO, Pai omnipotente.

T a minha memória, todo o meu entendimento, toda a


minha vontade. Tudo quanto tenho e possuo, de Vós
D
om ai, s e n h o r , e recebei toda a minha liberdade, toda

recebi, a Vós entrego e restituo, para que disponhais de tudo


Deus eterno, a Vós que, sem merecimento nenhum
da minha parte, mas por efeito de Vossa misericórdia.
Vos dignastes saciar-me, sendo eu pecador e Vosso indigno
servo, com o Corpo adorável e com o Sangue precioso do
conforme a Vossa Santíssima vontade. Concedei-me somente Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Eu Vos peço que
o Vosso amor e a Vossa graça, e serei já muito rico e não Vos esta comunhão não me seja imputada como uma falta digna
pedirei mais nada. Amém. de castigo, mas interceda eficazmente para alcançar o meu
ORAÇÃO DE SÃO BOAVENTURA perdão; seja a armadura da minha fé e o escudo da minha
boa vontade; livre-me dos meus vícios; apague os meus maus
e r i, ó d u lc íss im o s e n h o r jesus, o mais íntimo e

F
desejos; mortifique a minha concupiscência; aumente em mim
profundo de meu ser com o dardo suavíssimo e salutar a caridade e a paciência, a humildade, a obediência e todas as
do Vosso amor, com aquela santíssima e inalterável virtudes; sirva-me de firme defesa contra os embustes de todos
caridade que foi brasão e timbre dos Vossos Apóstolos, para os meus inimigos, tanto visíveis como invisíveis; serene e regule
que minha alma se deleite e elanguesça com a febre sempre oerfeitamente todos os movimentos, tanto da minha carne
crescente de Vos querer mais. Dai à minha alma que se como do meu espírito; una-me firmemente a Vós, que sois o
queime em desejos de Vós, que desfaleça nos Vossos átrios, e único e verdadeiro Deus; e seja, enfim, a feliz consumação do
deseje dissolver-se e confundir-se conVosco. meu destino. Dignai-Vos, Senhor, eu Vos suplico, conduzir-me
Que tenha fome de Vós, ó Pão dos Anjos, Pão das almas a mim, pecador, a esse inefável festim, onde, com o Vosso Filho
santas, Pão nosso de cada dia, supersubstancial, fonte e o Espírito Santo, sois para os Vossos santos luz verdadeira,
inexaurível de paz e suavidade. Ó Vós a quem unicamente gozo pleno e alegria eterna, cúmulo de delícias e felicidade
os Anjos desejam contemplar! Oh! que o meu coração tenha :>erfeita. Pelo mesmo Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.
fome de Vós, que só de Vós se alimente, e que só do prazer
que de Vós deriva se comovam as entranhas do meu ser; ORAÇÃO DE ADORAÇÃO DIANTE DO CRUCIFIXO
que só de Vós tenha sede, ó fonte da vida e da sabedoria e is-m e AQUI, ó BOM E DULCÍSSIMO JESUS, de joelhos
da ciência e da luz eterna, ó torrente de todos os prazeres, ó
riqueza da casa de Deus.
Só por Vós anseie, só a Vós procure, só a Vós encontre, só
para Vós caminhe, só a Vós alcance, só em Vós pense, só de
E ante a Vossa divina presença, eu Vos peço e suplico,
com o mais ardente fervor de minha alma, que Vos
digneis gravar em meu coração profundos sentimentos de fé,
de esperança e de caridade, de verdadeiro arrependimento
Vós fale, e tudo o que fizer seja para honra e glória do Vosso de meus pecados e vontade firmíssima de me emendar,
nome, com humildade e discrição, com prazer e amor, com enquanto, com sincero afeto e íntima dor de coração,
alegria e afeto, com perseverança até o fim. considero e medito em Vossas cinco chagas, tendo bem
Sede, Senhor, a minha única esperança: só em Vós confie, presentes aquelas palavras que o Profeta Davi já dizia de Vós,
só de Vós seja rico, só em Vós me regozije e alegre, ó meu ó bom Jesus: Traspassaram as minhas mãos e os meus pés, e
contaram todos os meus ossos. Amém.
92
BIBLIOGRAFIA E LEITURAS RECOMENDADAS
Da edição original em inglês:
KNOW YOUR MASS [“CONHEÇA A SUA MISSA”], Fr. Demetrius Manousos, O.EM. Publicado em 1954 pela
Guild Press, Inc.
MY CATHOLIC FAITH: A CATECHISM IN PICTURES [“MINHA FÉ CATÓLICA: O CATECISMO EM
FIGURAS”], Rev. Louis LaRevoire Morrow. Publicado originalmente em 1949 por My Mission House, reeditado
em 2000 pela Sarto House.
HOW TO UNDERSTAND THE MASS [“COMO ENTENDER A MISSA”], Dom Gaspar Lefebvre. Illustrações
de Jos. Speybrouck. Publicado originalmente em 1937, reeditado em 2006 pela Catholic Authors Press.
THE MASS EXPLAINED TO CHILDREN [“A MISSA EXPLICADA ÀS CRIANÇAS”], Maria Montessori.
Publicado originalmente em 1932, reeditado por Roman Catholic Books.
THE CEREMONIES OF THE ROMAN RITE DESCRIBED [“AS CERIMÔNIAS DO RITO ROMANO
DESCRITAS”], Adrian Fortescue. Publicado em 1920 por Burns, Oates and Washbourne.
CALVARY AND THE MASS [“O CALVÁRIO E A MISSA”], Bispo Fulton Sheen.
THE HEART OF THE MASS [“O CORAÇÃO DA MISSA”]. Publicado originalmente em 1954 com o título The
TREASURES OF THE MASS [“OS TESOUROS DA MISSA”]. Reeditado em 1997 pela Sarto House.
HOW CHRIST SAID THE FIRST MASS [“COMO CRISTO DISSE A PRIMEIRA MISSA’], Rev. James Luke
Meagher, D. D. Publicado em 1908 pela Christian Press Association Publishing Co.
TEACHING TRUTH BY SIGNS AND CEREMONIES [“ENSINANDO A VERDADE POR SINAIS E
CERIMÔNIAS”], Rev. James Luke Meagher, D. D. Publicado em 1882 por Russell Brothers.
EXPLANATION OF THE PRAYERS AND CEREMONIES OF HOLY MASS [“EXPLICAÇÃO DAS ORAÇÕES
E CERIMÔNIAS DA SANTA MISSA”], Dom Prosper Guéranger, Abade de Solesmes, St. Marys Abbey,
Stanbrook, 1885 (v. abaixo os dados da tradução brasileira).
HOLY MASS [“SANTA MISSA”], Madre Mary Loyola. Publicado originalmente em 1927, reeditado em 2010 pela
St. Augustine Academy Press.
MASS AND THE SACRAMENTS [“A MISSA E OS SACRAMENTOS], Pe. John Laux, M.A. Publicado em 1934
por Benziger Brothers.
THE MASS AND VESTMENTS OF THE CATHOLIC CHURCH [“A MISSA E OS PARAMENTOS DA IGREJA
CATÓLICA”], Rev. Monsenhor John Walsh. Publicado em 1916 por Benziger Brothers.
A GENERAL AND CRITICAL INTRODUCTION TO THE STUDY OF HOLY SCRIPTURE
[INTRODUÇÃO GERAL E CRÍTICA AO ESTUDO DA SAGRADA ESCRITURA”]
Andrew Edward Breen, D.D. Publicado em 1897 por John P. Smith Printing House.
A ENCICLOPÉDIA CATÓLICA (em inglês) está disponível em: http://www.newadvent.org/cathen/
Da edição brasileira:
MISSAL QUOTIDIANO E VESPERAL, Dom Gaspar Lefebvre, Desclée de Brouwer, 1960.
MISSA TRIDENTINA: EXPLICAÇÃO DAS ORAÇÕES E CERIMÔNIAS DA SANTA MISSA, Dom Prosper
Guéranger. Ed. Permanência, 2011.
LIVRO DE ORAÇÕES, Ed. Permanência 2012.
A PRÃTICA DA CONFISSÃO OU INSTRUÇÃO COMPLETA DE QUANTO É NECESSÃRIO AO CRISTÃO
SABER PARA SE CONFESSAR BEM, Mons. Silverio Gomes Pimenta, Garnier, Rio de Janeiro, 1888.
CONFISSÃO: UM LIVRINHO PARA OS RELUTANTES, Mons. Louis Gaston de Ségur. Ed. da Divina
Misericórdia, 1998.
A BÍBLIA E SUAS EDIÇÕES EM LÍNGUA PORTUGUESA. Aires A. Nascimento [et al.], Lisboa: Eds.
Universitárias Lusófonas : Sociedade Bíblica, 2010.

O texto do Próprio da Missa pode ser encontrado na Internet em: http://www.mis$atridentinà<com.br

93
FICHA CATALOGRÂFICA

Bergman, Lisa
Tesouro da Tradição: Guia da Missa
Tridentina / Lisa Bergman; tradução e
adaptação de Nestor Forster Jr. - Campinas,
SP; Ecclesiae, 2015.
Título original; Treasure and Tradition:
The Ultimate Guide to the Latin Mass, St.
Augustine Academy Press, Illinois, 2014.
ISBN; 978^85-8491-018-2

1. Igreja Católica
2. Liturgia; Missais e devocionários
I . Autor n. Título

CDD - 282
____________________________________________________________________ 26 4.023
ín d ic e s p a r a c a t á l o g o s is t e m á t ic o

1. Igreja Católica - 2.82


2. Liturgia: Missais e devocionários- 264.023

ECCLESIAE

Potrebbero piacerti anche