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DELIRIUM

● É uma problemática muito vista no pronto socorro. Consiste em uma síndrome


cerebral orgânica, sem etiologia específica, caracterizada por um distúrbio da
consciência e da cognição que se desenvolve em um curto espaço de tempo.
Muitas vezes, é a única ou principal manifestação atípica de doenças físicas
potencialmente graves, especialmente em idosos frágeis.
o Pode se manifestar em pessoas como sintoma de infarto, por exemplo.
o Quanto mais for acometida a saúde do indivíduo, menor é o limiar de
agressão para a ocorrência de um delirium.
o Pode ocorrem em internações, pacientes críticos, terminais com delirium
antes da morte, pós fratura de fêmur e no pós-operatório. É um distúrbio
muito comum e erroneamente manejado, na maioria das vezes.
o Está associado a piora da funcionalidade, prolongamento da internação,
aumento da mortalidade, aumento da institucionalização e dos custos. É
um “carimbo” de pior prognóstico.
● Fisiopatogenia: provavelmente há envolvimento de neurotransmissores,
especialmente da acetilcolina e da dopamina. As alterações ocorrem de maneira
aguda.
*Diazempam: tempo de meia-vida muito longo.
*Flutuação ao longo do dia: uma das principais características.
*Oxibutinina: droga proscrita para idosos pelos efeitos colinérgicos importantes.
- Para que ocorra o delirium, é preciso que exista uma predisposição, um fator
precipitante.
- Fatores de risco: idade avançada, demência (aumento de 2 a 5 vezes maior chance. É
preciso acompanhar a cognição pós-delirium), número e gravidade das
comorbidades, pacientes gravemente enfermos, doença renal crônica, déficits
sensoriais, desidratação, desnutrição, história de abuso de álcool e polifarmárcia.
- Fatores precipitantes: doenças agudas (infecções), medicamentos (cerca de 40% -
anticolinérgicos), imobilização, internação hospitalar, uso de sondas e cateteres,
alterações metabólicas (hiponatremia, sódio), dor, desidratação, insuficiência
orgânica.
- Medicamentos: todos os de ação central e com efeito colinérgico. Sedativos, hipnóticos
(benzodiazepínicos, barbitúricos), anticolinérgicos (antiparkinsonianos,
tricíclicos, antihistamínicos), analgésicos (opioides, AINES), drogas de ação
cardiovascular (antiarrítmicos, anti-hipertensivos, digitálicos), trato
gastrointestinal (bloqueadores H2 – sempre preferir IBP, metoclopramida,
antiespasmódicos), outros (corticoides, lítio, anticonvulsivantes).
● Quadro clínico: quadro confusional agudo de curso flutuante, prejuízo do estado
de alerta e atenção, distúrbio de memória (pois é uma atividade cognitiva), hiper
ou hipoatividade psicomotora (o hipoativo é mais grave, pois o diagnóstico é mais
difícil e tardio), desorientação temporo-espacial, alucinações visuais/auditivas,
pensamento desorganizado, alteração do ciclo sono-vigília (alteração precoce).
o Critérios de CAM simplificado: o item 1 e 2 são obrigatórios! É preciso
ter mais um ou dois critérios.
1 – Início agudo e flutuante
2 – Desatenção
3 – Pensamento desorganizado
4 – Nível de consciência alterado
● Delirium é uma urgência médica! Não deve ser adiado → conduta imediata.
● Abordagem terapêutica: controle farmacológico dos sintomas → intervenções
não farmacológicas → tratamento etiológico (voltar ao início). A grande meta é
tratar a etiologia.
● Tratamento etiológico: para identificar e tratar a causa, realizar história clínica +
exame físico + revisão de medicações. Contudo, mesmo realizando todas as
etapas, os exames laboratoriais precisam ser colhidos → são obrigatórios! É
sempre um distúrbio multifatorial e é preciso procurar várias causas.
o Rotinas de exames: (primeiro momento) hemograma, eletrólitos (Na+, Commented [1]: Insuficiência orgânica e renal,
Ca+2 e K+), ureia, creatinina, glicose, enzimas hepáticas, enzimas distúrbio eletrolítico, anemia, infecções, IAM são os
mais comuns.
cardíacas, gasometria arterial, ECG, pesquisa de foco infeccioso (Rx,
EAS, urocultura, hemocultura) → (segundo momento) TSH, T4L, B12, Commented [2]: Quando o protocolo primário traz
ácido fólico, toxicológico, líquor, EEG, TC ou RNM. (importante realizar resultados normais.’’’

todos! É feita aos poucos). Commented [3]: Ganha prioridade se houver trauma e
sinais focais.
o Taquicardia: o tempo sistólico não se altera, somente o tempo de diástole.
Por isso o enchimento coronariano está retardado e a chance de infarto é
maior.
o Sódio, cálcio e potássio Commented [4]: São os que mais frequentemente
o Erisipela, ITU e pneumonia → mais comuns. IAM silencioso. causam intoxicações.

o Intervenções não-farmacológicas: previne e auxilia o tratamento.


Classe I → recomendação com forte evidência clínica. Importante para minimizar
déficits sensoriais (devolver próteses, óculos, aparelhos para devolver os
sentidos para o paciente), frequente reorientação no tempo e espaço,
exercícios físicos no leito e deambulação precoce, evitar contenção física Commented [5]: Em qualquer situação, é tida como
(segundo muitas evidencias científicas, a contenção física – paciente uma má prática médica.

amarrado no leito – piora a agitação, predispõe ao delírio e aumenta a


mortalidade. A contenção deve ser química), evitar drogas psicoativas e
sedativas e drogas de meia vida longa (o haloperidol pode ser usado), Commented [6]: 0,25-1 mg a cada 10-15 minutos até
evitar sondas e cateteres e higiene do sono (se paciente estável, suspender que seja percebida a dose com a qual o paciente se
acalma.
aferição dos sinais vitais na madrugada, evitar barulhos), garantir presença É a droga de escolha. Pode ser feita por EV,
do acompanhante, ambiente favorável (iluminação adequada e poucos subcutâneo (IM aumenta CPK e pode aumentar risco
de infarto no delírium). Alto poder antipsicótico, rápido
ruídos), equipe treinada. início de ação, várias vias de administração.
Quando usar Benzodiazepínicos e não o haloperidol:
podem ser realizado em delirium tremens (resultante
de abstinência do álcool. Isso porque o
benzodiazepínico se liga no mesmo receptor que o
álcool. Há remissão e é possível fazer o desmame
gradual), abstinência de hipnóticos ou sedativos,
situações de alto risco de uso de neurolépticos (ao uso
de neurolépticos, os pacientes desenvolvem
hipertermia grave). Em idosos, preferir benzos de
meia-vida intermediária.

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