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Institucional.
Tarefa 4
Estudo de Caso
Este estudo de caso envolve uma criança chamada João (nome fictício).
João é uma criança de 10 anos, pertencente à classe de baixa renda, aluno de uma
escola da rede pública, com a queixa de "dificuldade na leitura". João não reconhece
sua dificuldade e sustenta, com veemência, que não tem problemas para falar, apenas
tropeça nas palavras eventualmente. João apresenta gagueira. João não consegue ler
qualquer texto sozinho, apesar de evidenciar competência na leitura de palavras
isoladas.
A história de vida de João é marcada por episódios dramáticos. Sua mãe tinha 16
anos quando ele nasceu e já era mãe de outro filho de dois anos de idade, de outro
pai. Casou-se grávida de João, com outro homem, e omitiu este fato do marido. Com o
novo marido teve mais um filho. Aos dois anos e meio João foi morar com uma tia,
porque a mãe e o padrasto alegaram falta de condições para criá-lo.
Quando completou 10 anos, João soube que não era filho do padrasto e, ao mesmo
tempo, perdeu contato com os irmãos que foram encaminhados para outras famílias
cuidadoras. João passou um curto período (cerca de 6 meses) vivendo na rua e
depois retornou à casa da tia. João nunca deixou de frequentar a escola, mesmo com
todos estes infortúnios. João viveu o tempo todo entre duas famílias divergentes. Uma
mãe biológica que o entregou para ser criado por uma tia e uma tia despreparada para
cuidar e educar uma criança em situação tão delicada. João gosta da tia, mas ama a
mãe, profundamente.
Em sua primeira experiência na 1ª série do Ensino Fundamental, já com 9 anos, João
começou a demonstrar comportamento arredio, episódios de choro e crises
depressivas. Estas condutas ocorriam tanto em sua casa como na escola. João
sempre fez questão de defender a mãe em qualquer situação de crítica e não aceita
que a responsabilizem por seus problemas. João acha que tem que “salvar a mãe”.
Nas provas operatórias João demonstrou competência operatória concreta, como
esperado para sua faixa etária, com habilidades construídas de classificação, seriação
e estabelecimento de dicotomias. Entretanto, qualquer atividade apresentada e que
envolvesse uma situação familiar era bloqueada por João, gerando não realização da
tarefa. Este bloqueio transpôs-se para a leitura e a fala, evidenciando-se dificuldade
especial em textos relacionados ao contexto familiar. João não quer falar de sua
família. Quando colocado nesta situação, ele se recusa a ler e falar corretamente. Em
outro contexto, sua fala e leitura melhoram relativamente. Já há danos no processo de
aquisição da leitura.
João está cursando a 1ª série do EF, novamente. Ele também ficou por 3 anos em
uma escola pública de Educação Infantil. João não conseguiu ser alfabetizado e suas
competências de raciocínio lógico-matemático também não foram construídas, embora
ele tenha todas as condições de elaborar cálculos e racionar de modo operatório
concreto. O caso sugere, também, problemas no ensino e não só na aprendizagem.
João não tem perspectivas de progredir para outra série, não por competência. Ele
quer e gosta de estudar, mas está em sofrimento.
Então, o que fazer para ajudar João?
Reflita sobre o caso hipotético e responda às seguintes questões:
Então, começaria com provas projetivas para que o mesmo externalizasse todo o seu
sentimento e conhecimento. Para ajudá-lo a aumentar a sua auto- estima e uto-
conhecimento. Aplicaria o teste da família para auxiliá-lo a se perceber nesse contexto
complicado familiar. Organizaria jogos de regras para que ele entenda que em cada
contexto existem regras e acordos que devem ser seguidos para que haja equilíbrio
social. O psicodrama iria ser utilizado para que o João possa externalizar na
brincadeira todo drama que não consegue falar, mas que no jogo através da catarse
falaria. Utilizaria livros sem textos para quebrar a barreira do aluno e a leitura.