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A

1. AS ESCRITURAS SAGRADAS

I. Revelações de DEUS

Quando DEUS criou o primeiro casal, comunicava-Se pessoalmente com ele1. Também
os anjos, segundo o Espírito de Profecia, entretinham comunhão com os primeiros pais.
Após o pecado as circunstâncias modificaram-se. As manifestações de DEUS aos
homens foram limitadas pela experiência do pecado. Gradativamente, enquanto o pecado
intensificava-se, DEUS era afastado. A comunhão tornava-se menos pessoal com o Criador.
O Senhor DEUS, então, tomou a iniciativa de revelar-se aos pecadores de diversas
maneiras, as quais estudaremos a seguir, baseados na mais plausível revelação de Sua vontade: As
Escrituras.
As revelações de DEUS dividem-se em dois tipos básicos:
1. Revelação Natural - A História Humana, a natureza, a consciência do homem;
2. Revelação Especial - A Palavra (falada e Escrita), e Jesus Cristo (a Suprema
Revelação de DEUS);
1.Revelação Natural:
a) A História Humana - Daniel 2:21 mostra um DEUS que está por trás dos
acontecimentos políticos da História Humana. No levantamento e destruição de reinos e poderes,
o Criador sempre conduz a Sua vontade.
Vemos DEUS na História ao conservar o Seu povo, a não permitir que loucos dominem
o mundo (ex.: Hitler, Carlos V), ao derrubar revoluções ateístas (Revolução Francesa), etc.
DEUS está acima de tudo e no comando de tudo, levando a História humana para o cumprimento
de Sua vontade suprema.
b) A Natureza - Não somos "Panteístas"2, mas cremos que a Natureza conduz a mente
humana a um reverenciamento do Criador. As Escrituras dizem: "Os Céus proclamam a glória de
DEUS"... (Salmo 19:1-3). Também Rom. 1:20 declara a eficácia da Natureza em revelar a exis-
tência de um DEUS de amor e preocupação com Suas criaturas.

1
Quando falarmos da imagem de DEUS no homem
abordaremos a natureza dessa forma pessoal de DEUS ao
comunicar-se com Suas criaturas.

2
Panteístas - PAN - Gr.= tudo; THEOS - Gr.=DEUS
- DEUS em tudo, DEUS é tudo.
B

c) Consciência Humana - Mesmo sem o conhecimento da Palavra de DEUS, os homens


têm a Sua revelação na Sua consciência, que desde o nascimento serve de parâmetro para mostrar
o que é certo e errado (Rom.2:14 e 15).

2. Revelação Especial:
a) A Palavra de DEUS - A Palavra de DEUS chega ao homem através da profecia.
Algumas vezes, as mensagens foram verbais, mas graças a DEUS, também recebemos as
Escrituras, a Palavra de DEUS escrita. Essa Escritura é a bússola dos que desejam conhecer a
DEUS e Sua vontade para Suas criaturas.
b) A suprema revelação e ponto focal das Escrituras e de toda a Palavra de DEUS, é
Jesus Cristo, por Quem o Pai revelou-se ultimamente (Hebreus 1:1), uma vez que Ele é a
"Imagem do DEUS invisível" (Col.1:15), pois nEle "habita corporalmente toda a plenitude da
divindade" (Col.2:9).
E foi para que conhecêssemos esse Jesus, que permanece hoje para nós a Bíblia, acerca
da qual trataremos mais diretamente a partir de agora.
II. A Bíblia
1. Tema - O tema da Bíblia é a História da salvação humana. Ela mostra o homem
perdido e apresenta Jesus como solução para a situação sem esperança do homem.
2. Autoria - A própria Bíblia atribui sua autoria a DEUS. Principalmente nos profetas, é
comum a fórmula "Assim Diz o Senhor".
O Espírito Santo aparece nas Escrituras como responsável pelas revelações nelas
contidas:
- Zaca.7:12 - "...as palavras que o Senhor enviara pelo Seu Espírito, mediante os profetas ..."
- II Sam.23:2 - "O Espírito do Senhor falou por mim..."
- II Ped.1:21 - "... homens santos de DEUS falaram inspirados pelo Espírito Santo".
Jesus confirma essa idéia ao afirmar que Davi falou pelo Espírito Santo: Mar.12:36.
3. Instrumento - Aparecem mais de 40 homens que escreveram a Bíblia, em um período
de mais de 1.500 anos. Foram utilizadas 3 línguas principais: O V.T. em Hebraico e Aramaico e o
N.T. em grego1. E o mais incrível, que é uma prova de sua origem divina, é que em nenhuma
parte ela se contradiz.
O primeiro livro parece ter sido o Pentatêuco ou Jó, por Moisés, e o último foi o
Apocalipse ou o Evangelho de João, pelo apóstolo João.
4. Inspiração - Foi a maneira pela qual DEUS comunicou Suas mensagens aos escritores.
1
É aceita a idéia de que o evangelho de Mateus
foi escrito primeiro em Hebraico.
C

A Palavra no grego(THEOPNEUSTO) significa "proveniente do fôlego de DEUS".


Uma definição mais técnica é: "Inspiração é o processo pelo qual DEUS comunica Suas verdades
eternas"; ou "Inspiração - Literalmente significa "espirito en" - é o ato divino pelo qual DEUS
habilita o profeta a perceber e comunicar de forma fidedigna e confiável aquilo que lhe foi
revelado."1
Sobre a inspiração da Bíblia, devemos salientar alguns pontos:
a- A inspiração foi dada aos homens, não às palavras. Isto é, na Bíblia não estão escritas as
palavras que DEUS ditou, mas a idéia;
b- O processo da inspiração está ilustrado em Êx. 7:1 e 2. Arão seria o profeta de Moisés. Ele
transmitiria com suas palavras, seu sotaque, etc. A Sra. White diz que a Bíblia "não é a maneira de
pensar e exprimir-se de DEUS...Ele... não se pôs a prova na Bíblia em palavras, em lógica, em
retórica..." (ME, vol. 1, p.21);
c- Inspiração Verbal - É aceito que apenas os 10 mandamentos em Êx.20 são inspiração verbal,
ou seja, DEUS ditou, e os escreveu em pedra.
d- O método - Através de sonhos, visões, impressões, etc.
e- Conteúdo da Inspiração - Profecias, eventos históricos, testemunhos individuais, etc.
5. O que a Bíblia não é:
1- Não é um livro de História Geral. Não fornece dados históricos claros, pois não tem objetivo
de narrar eventos históricos, além do que, poucos escritores dela foram historiadores;
2- Não é um livro de biografia de heróis, pois se fosse tentaria esconder os defeitos desses heróis;
3- Não é um livro comum de biografias. Isso explica porque alguns relatos da vida de vários
personagens não são completos. A Bíblia conta alguns eventos com o propósito de dar uma
mensagem, por isso despreza outras fases da vida dos personagens;
4- Não é um atlas geográfico. Não se pode querer entender as descrições geográficas da Bíblia
completamente, principalmente porque as divisões de território e as fronteiras variavam muito
devido as guerras.

1
Amim Rodor, Th.D., Apostila "Revelação-
Inspiração".
D

5- Não é um livro científico - A ciência moderna encontraria alguns erros na Bíblia1, "O propósito
da Bíblia não é dar informações em matérias científicas, verdades que podem ser descobertas por
nossos próprios esforços. Portanto, essas matérias não são o propósito ou objeto da revelação."2
6. Iluminação - "É o ato, pelo qual, o Espírito Santo capacita o homem a entender uma
revelação divina." Assim, uma pessoa só pode entender a revelação divina se for iluminado.
"Iluminação vem a pessoas em geral; não tem que ver com o profeta funcionando como profeta.
Iluminação habilita aquele que crê, o que recebe a iluminação do profeta, que necessita do Espíri-
to para entender a mensagem do profeta."3
A Bíblia garante que DEUS está ansioso para dar-Se a conhecer a quem, com
sinceridade O busca - Jer. 29:13; Tiago 1:5 e 6;
7. Autoridade - A autoridade das Escrituras depende da compreensão e da aceitação da
Inspiração divina e Sua Iluminação. Aos que aceitam, é a maior autoridade, e a regra universal
de fé e prática - II Tim.3:16; I Cor.10:11; João 17:17; etc.

2. A Trindade
Esta palavra não aparece na Bíblia, mas foi aceita para designar as 3 pessoas que existem
em DEUS.
Antes de mais nada, deve-se ter em mente que a trindade é um mistério, o qual não
conseguiremos entender jamais. Se pudéssemos entender DEUS, talvez pudéssemos fazer tudo o
que ele faz.
A Trindade será tema de estudo por toda a eternidade. Não se deve fazer especulação
que leve a nada, mas aceitar apenas o que está revelado, sem ir além para não cair em erro.

Aspectos Bíblicos da Trindade


I. A Bíblia mostra uma certa pluralidade na pessoa divina: - Gên. 1:26 - "Façamos..."; -
Gên.3:22 - "... como um de Nós";
- No primeiro relato da criação, a palavra usada para DEUS no Hebraico é "ELOHIM". Qualquer
principiante no estudo do Hebraico sabe que o sufixo "IM" é indicativo de plural.
1
Em Lev. 11, morcego é colocado entre as aves;
no relato de Josué, ele diz que o sol parou; Lev.11:6
A lebre rumina (do ponto de vista científico, não
rumina); Mat.26:34 - "antes que o galo cante"
Mc.14:30 - "Antes que o galo cante duas vezes"; e
outros.
2
Amim Rodor, Th.D., Idem.
3
Amim Rodor, Th.D., Idem.
E

II. O V. T. relata ação de 3 pessoas distintas, todas com poder e atributos de DEUS:
DEUS (Jeová), o Espírito Santo e o Anjo do Senhor. No N.T.,
porém, essa distinção de pessoas na Trindade já aparece mais claramente. Alguns textos
principais:
- Luc.1:35 - O anúncio do nascimento de Jesus a Maria;
- Mat.3:16 e 17 - O batismo de Jesus;
- Mat.28:19 - A fórmula batismal;
- Nas saudações das epístolas: II Cor.13:13; I Ped.1:2, etc.;
- Formas dúplices - Col.1:2; I Tes.1:2; João 14:16; I Cor.8:6;

III. O que se sabe sobre a Trindade:


- É composta por 3 pessoas distintas;
- Cada pessoa da Trindade separadamente é DEUS;
- As 3 pessoas não são 3 deuses;
- As 3 pessoas são uma só, em pensamento, propósitos, atributos, poderes, autoridade,
etc. (João 10:30; 14:161).
OBS: A Sra. White aconselha a que não se façam comparações com figuras terrenas, imperfeitas,
mas apenas falar e aceitar o que está revelado.2(Ver Evangelismo, p.614).

IV. Atributos divinos:


Dividem-se em Comunicáveis e Incomunicáveis. Os atributos comunicáveis são aqueles
que DEUS partilha com Suas criaturas: Amor, caridade, santidade, inteligência, etc.

1
Nessa passagem, a palavra grega para
"outro"(ALLOS) significa outro igual. O grego tem
outra palavra para designar "outro diferente"
(HETEROS).
2
Alguns tentam ilustrar a Trindade com figuras
como um som 3 em 1, ou um triângulo. Nenhuma dessas
figuras é suficiente, pois dão a idéia que se
separarmos as pessoas da trindade individualmente
elas não serão DEUS, assim como um lado do triângulo
não é um triângulo, ou uma parte do som apenas, não
seria 3 em 1.
F

Já os atributos incomunicáveis são exclusivos de DEUS: Eternidade1, onisciência,


onipotência, onipresença, presciência.
- Onipotência designa a plenitude de poder, força, capacidade criadora, transformadora e
mantenedora das três pessoas da Trindade.
- Onisciência designa a profundidade da sabedoria e conhecimento de DEUS. Ele tudo sabe, pois
tudo vê, e tudo vê, uma vez que tudo sabe. Isso inclui o conhecimento da mente humana2 e do
futuro.
- Onipresença - DEUS é o Único que está sempre presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
Ele acompanha cada situação de nossa vida de perto.
- Presciência é o atributo menos conhecido dos homens. Sua definição é a seguinte: "Atributo
divino pelo qual DEUS sabe o fim desde o começo, sem interferir na vontade humana". Esse
atributo divino é o que explica situações como "DEUS endureceu o coração de Faraó"; ou o fato
de não ter impedido Adão e Eva de pecarem. Tem que ver com o livre arbítrio e com o fato de
DEUS não aceitar adoração que não seja espontânea.

V. Provas Bíblicas da Divindade de Cada Pessoa:3


- DEUS Pai - Como não há dúvidas a respeito dessa pessoa daremos apenas 3 textos: Mat. caps.
6 e 7; João 6:27; I Ped.1:2;
- DEUS Filho - Chamado de DEUS em João 1:1 e 18; João 20:28; Rom.9:5; Tito 2:13; Col.2:9;
II Ped.1:1; Heb.1:8 e 10; I João 5:20; o nome Miguel4 em Ap.12:7; etc.;
Atributos de DEUS - João 1:4; 5:26; Ap.3:7; Heb.13:8; João 1:1; Mat.28:20; Col.1:17;
Mat.9:4; Col. 2:2 e 3; Ap.1:8;
Obras de DEUS atribuídas em João 1:3; Col. 1:16; Heb.1:3; João 5:28; João 5:27;
Rom.14:10;
- DEUS Espírito Santo - Chamado DEUS em At.5: 3 e 4 (Ananias mentiu a DEUS, O Espírito
Santo); I Cor. 3:16 (Templo do Espírito Santo/Templo de DEUS);
1
O sentido de eternidade, quando se trata da
existência de DEUS, indica que sempre existiu e
sempre existirá.
2
Alguns pensam que os anjos também possuem esse
atributo, ou algum outro. Nem mesmo Lúcifer, o maior
dos anjos, possuia qualquer destes atributos
incomunicáveis da Trindade. Muito menos agora ele
possui qualquer deles.
3
Extraído do Livro Segue-Me.
4
Miguel significa "Igual a DEUS".
G

Atributos: Heb.9:14; Salm.139:7-9; Gên.1:2; Rom.8:11; I Cor.2:10 e 11; I João 5:6;

VI. Distinção: Só há distinção de pessoa e função na Trindade. Ao que parece, a


denominação de Pai, Filho e Espírito Santo decorreu do Plano da Salvação para este mundo.
Assim, na dinâmica da Trindade, DEUS Pai aparece como a fonte de todo benefício, o Filho
como o meio de garantir esses benefícios e o Espírito Santo é o que trabalha no homem aplicando
os benefícios.

3. DEUS PAI
Existe uma má interpretação do panorama geral da Bíblia com respeito a DEUS no V.T.
e no N.T.. Há quem diga que o DEUS do V.T., o DEUS Pai, é vingativo, muito justo e pronto a
castigar, enquanto que o DEUS do N.T., apresentado por Jesus, é o DEUS do amor, misericórdia
e incapaz de condenar alguém.
É claro que essa idéia não resiste a uma investigação mais séria. O V.T. está repleto de
exemplos do caráter amorável e misericordioso de DEUS:
- Êx.25:8 - Ele deseja habitar com Seu povo;
- O concerto com Abraão, 120 anos de espera com Noé, a misericórdia para com Nínive, etc.
Tudo isso é exemplo de que DEUS sempre deu o primeiro passo para satisfazer as necessidades
humanas.
Mas a principal ação de DEUS no V.T. parece ter sido a redenção de Israel. Por causa
disso é que recebemos a Sua Palavra que nos revela hoje o DEUS do Evangelho Eterno.
Nesse DEUS a justiça anda junto com a misericórdia. A Sua justiça, porém, ocorre
sempre em favor dos justos e contra os ímpios. É por isso que o V.T. está repleto de declarações
de amor a DEUS e de DEUS, bem como de louvor por livramento e bênçãos, principalmente nos
Salmos (Ex.: Isa.49:15; Sal.103; Sal.91; 23, etc.).
No N.T. há clara distinção de DEUS Pai e Jesus. O Pai está no céu, comandando o
Universo, enquanto o Filho vem à Terra oferecer-se pelos pecadores arrependidos.
O Pai é retratado no N.T. como o Pai amorável do Sermão da Montanha. Toda a
bondade e misericórdia demonstradas por Jesus são também do Pai (João 5:19 e 30; 8:28), pois
Ele veio revelar o Pai.
Os ensinos de Jesus, que Ele disse que são do Pai (João 12:49), mostram o amor de
DEUS:Mat.5:44 e 45 (Amar inimigos); Luc.6:35 e 36 (Misericordiosos); Luc.10:25-37; Luc.15,
etc.
H

Mas no N.T. encontramos o mesmo caráter justo e retribuidor de DEUS no VT, que
alguns dizem ser outro. O caso de Ananias e Safira deveria ser suficiente para mostrar que o
DEUS do NT é o Mesmo do VT.
Assim, contrariando a idéia de muitos, a principal característica de DEUS é o amor (I
João 4:8). A criação, o Plano da Redenção e todos os ensinos, bem como a suprema esperança da
Vinda de Jesus, apontam para um DEUS amoroso e desejoso de estar com Seus filhos.

4. DEUS FILHO
Desde antes da fundação do mundo, a Trindade havia decidido que o Filho encarnaria e
morreria pelos homens. A primeira referência está em Gên.3:15 - O Proto Evangelho. Esse
"Descendente" da mulher é Jesus Cristo.
O V.T. prenuncia esse fato através de profecias (principalmente Isaías), do sistema
sacrificial1, de Salmos messiânicos. Além disso, na História do Povo de DEUS encontramos
vários tipos de Cristo2.
I. Profecias Messiânicas:
1. As profecias apontavam para alguém da descendência de Abraão (Gên.22:18);
Nasceria em Belém (Miq.5:2); Nascimento de uma virgem (Isa.7:14); Seria rejeitado (Isa.53),
traído (Salm.41:9); Seu ministério com os pobres (Isa.61); Sua morte (Salmo 22); Ascensão
(Sal.24); etc.
Por incrível que pareça, os líderes judeus conheciam essas passagens, mas recusaram-se
a aceitar Jesus porque haviam criado a imagem de um Messias rico, poderoso e político.
2. As 70 Semanas ou 490 anos3 : Daniel 9:24-27
O cap. 8 de Daniel mostra o princípio da grande profecia, os 2.300 dias, os quais
mostram quando seria a verdadeira "Purificação do Santuário dos pecados". Dentro deste
período, (2.300 aos) estão as 70 semanas, 490 anos. Tanto as 70 semanas quanto os 2.300
começam na mesma época. Vejamos apenas o gráfico das 70 semanas:
Gráfico das 70 Semanas

1
O sistema de sacrifícios tinha um objetivo
didático, que era ensinar o processo da salvação e
apontar para a vinda do Messias.
2
Tipo de Cristo é um indivíduo que passa por
uma circunstância incomum que de alguma forma ilustre
o ministério do Messias. Cerimônias e objetos também
fazem parte da tipologia.
3
Baseados em Num.14:36; Ez.4:6-8, onde um dia
vale um ano.
I

7 semanas 62 semanas 1/2 semana T 1/2 semana


/─────────────/────────────────/────────────/──────────/─
457 a.C. 408 a.C. 27 a.d. 30 a.d 34 a.d.

-457 a.C.- Decreto de Artaxerxes para a reconstrução de Jerusalém, marco inicial das 70 semanas
e dos 2300 anos;
-408 a.C.- Final da restauração da cidade, após 49 anos;
-27 a.d. - Batismo de Jesus, o Ungido;
-30/31 a.d. - Crucifixão (será tirado o Messias);
-34 a.d. - Apedrejamento de Estevão, o 1º mártir Cristão. Rejeição final do evangelho pelos
judeus. Acaba-se o privilégio dos judeus.
Esta é a mais clara profecia a respeito do Messias e Sua morte. Após tanta rejeição por
parte dos judeus, a misericórdia divina marcou uma época, na plenitude dos tempos (Gál.4:4),
para que os judeus se definissem como nação. A partir, então, de 34 a.d., o privilégio especial de
povo de DEUS passa para todo aquele que se tornar Cristão.
A profecia é clara ao dizer o início do período (9:25). Houve 3 decretos para reconstruir
Jerusalém1, mas só o terceiro, o decreto feito pelo rei Artaxerxes2, é que foi realmente obedecido.
Também é claro na profecia que o Messias seria tirado e faria cessar os sacrifícios (9:26 e
27). Paulo escreve no livro de Hebreus que o sacrifício de Cristo foi suficiente para satisfazer a
exigência do pecado (Heb.10:12-18). Segundo Mat.27:51, o véu rasgou-se no momento de Seu
sacrifício. O caminho ao Pai estava aberto e a justificação garantida a todo o que nEle crer.
3. Ressurreição: De certa forma Sua ressurreição também foi anunciada - Salmo 16:10;
Isa.53:10-12;

II. A Encarnação:
Há certa discussão acerca da natureza de DEUS Filho encarnado. Deve-se saber que
Jesus possuía duas naturezas sem distinção, ou seja, Ele era totalmente DEUS e totalmente
homem. Ele não era metade DEUS e metade homem. Ele não perdeu qualquer atributo divino,
pois se isso acontecesse, Ele teria deixado de ser DEUS.
É claro que a encarnação é um mistério também, mas o que sabemos é que Jesus era
humano (I Tim.2:5) - sentia fome, sede, cansaço, etc. (Mat.4:2; João 4:6 e 19:28); E era DEUS,
sem perder nenhum dos atributos divinos - Col.2:9; Fil.2:6;
Não se pode dizer que Ele tinha aparência de homem, isso seria uma heresia dos
primeiros séculos chamada de "Docetismo"; Tampouco devemos dizer que Ele era mais humano

1
Ciro, em 538/536 a.C.; Dario em 518 a.C.,
ambos estão escritos no livro de Esdras,
respectivamente, nos capítulos 1 e 6.
2
Encontra-se em Esdras 7.
J

que divino, isso seria outra heresia conhecida por "Eutiquianismo", nem ainda podemos dizer que
as duas naturezas são separadas, isso seria "Nestorianismo". Outra heresia, é o "Monofisismo",
que dizia que a natureza humana foi absorvida pela divina paulatinamente.
III. A Natureza Humana de Jesus: Jesus tinha alguma vantagem sobre nós? Há quem
diga que Ele não pecou porque era DEUS e Seu poder o protegia.
Já vimos que Ele era totalmente humano, e sujeito às mesmas tentações e ainda piores
(Heb.4:15). Mas devemos saber o seguinte:
1- Jesus tinha natureza física debilitada pelo pecado. Um corpo de homem comum, sujeito às
mesmas leis de saúde;
2- Jesus não nasceu em pecado, por isso não herdou a "culpa original", ou seja, Ele não tinha
"natureza pecaminosa"1. Ele não tinha tendência a praticar o que é mau.
Jesus veio provar que Adão não precisava ter pecado, portanto, Jesus tinha a mente que
Adão tinha, sem conhecimento experimental do pecado.
IV. O Sacrifício: Por que Jesus teve que morrer ? A lei quebrada era divina e exigia que
quem pecasse deveria morrer para pagar sua culpa. DEUS não queria que o homem morresse,
assim ofereceu-Se para morrer em Seu lugar. A lei quebrada era divina, então o dono da Lei
pagou Ele mesmo o castigo. Um homem não poderia morrer no lugar de outro, pois todos
pecaram. Mas um ser divino, como a lei, poderia morrer no lugar de todos os homens.
O dono da lei decidiu Ele mesmo pagar o débito.

5. DEUS ESPÍRITO SANTO


Como o foco das Escrituras é a pessoa de Jesus, a Bíblia fala menos do Espírito Santo,
contudo fica claro que todas as obras que foram feitas, no V.T. ou no N.T., foram feitas pelo Seu
poder.
Sobre o Espírito Santo deve-se saber o seguinte:
1. Ele é uma pessoa, não uma força, ou uma forma que DEUS assume. Ele possui
personalidade própria, assim como o Pai e o Filho - Ele contende Gên.6:3); ensina (Luc.12:12);
convence (João 16:8); fala e planeja (At.13:2); é entristecido (Ef.4:30);
É uma pessoa distinta, pois apareceu na Criação sobre as águas(Gên. 1:2), no batismo de
Jesus (Mat.3:16 e 17).

1
Natureza pecaminosa pode ser ilustrada com o
pensamento de que, se o diabo deixasse de existir, e
nós não fôssemos transformados, os homens ainda assim
pecariam, pois têm tendência para fazer o mal mesmo
sem querer.
K

2. Obra: Na Criação - Gên. 1:2; No nascimento de Cristo (Luc.1:35), Seu batismo


(Mat.3:16 e 17) e ressurreição (Rom. 8:11); Mantém a vida, é Mantenedor (Jó 34:14); fala à
mente do homem (João 16:8 e Gên.6:3);
O Espírito dará o poder para terminar a obra de DEUS (Joel 2:28 e 29 e João 5:20).
Assim como atuou na ressurreição de Cristo, atuará na ressurreição dos últimos dias. (Rom.8:11).
3. Principal Missão - João 16:8
Convencer do pecado, da justiça que só existe em Cristo e do juízo que em breve
resgatará os salvos.
Nessa obra o Espírito Santo leva-nos ao batismo, opera a santificação (II Cor.3:18),
revela(I Cor.2:10), inspira(II Ped.1:21), concede dons(I Cor.12), intercede(Rom.8:26 e 27), etc.
4. Requisitos: Ninguém pode continuar sendo usado pelo Espírito Santo sem preencher
os requisitos (At.5:32). Ele pode ser entristecido, resistido e até apagado (Ef.4:30; At.7:51; I
Tes.5:19).

6. Criação do Mundo
1. O mundo foi criado pela Palavra de DEUS (Sal.33:6; Heb.11:3; II Ped.3:5). Sua
Palavra é poderosa (Isa.55:11 -"Não voltará vazia").
A criação foi feita do nada - "Ex-nihilo". Nada havia e DEUS criou.
2. Os Dias da Criação: Há quem diga que os dias da criação do mundo foram simbólicos,
representando períodos de 1.000 anos (baseados em Sal.90:4 e II Ped.3:8). Esses intérpretes
esquecem que estas duas passagens estão apenas em linguagem poética, querendo dizer que, pelo
fato de DEUS ser eterno, tanto faz o tempo passar pouco ou muito, para Ele não existe limite de
tempo.
Além do que, existem alguns pontos que deixam claro que os dias da criação foram dias
normais de noite e dia:
1- Uma tarde e uma manhã era a maneira usual de se dizer uma noite e um dia, ou seja, a parte
escura e a parte clara. Aparece em outras partes do Gênesis (23:32) e lá não é interpretado como
1.000 anos por esses intérpretes. Por que só na Criação ?
2- O argumento lingüístico - a palavra "ŸOM"(Heb. = dia), sempre que vier precedida de
algarismo, como no relato da criação, indica período normal de 24 horas;
3- A santificação do sétimo dia implica em que DEUS descansou 1.000 anos. Êx.20:8 ordena a
santificação desse dia. Não seria um absurdo termos que descansar 1000 anos como DEUS?
4- Alguns argumentam que as plantas não suportariam centenas de anos até que o sol aparecesse
no 4º dia, já que as plantas surgiram no 3º dia;
L

5- A idade de Adão ao morrer era de 930 anos. Se ele foi criado na sexta, então temos um
problema, pois ele não chegou nem ao primeiro dia da segunda semana.
3. O Problema das datas e a Teoria da Brecha: Muitos acham difíceis de conciliar as
datações da ciência que mostram milhões de anos, com a genealogia bíblica, que indica 6.000
anos de vida aproximadamente.
Mesmo com a insegurança dos métodos de datação da ciência, e mesmo sabendo que
qualquer data aferida acima de poucos milhares de anos não passa de especulação, podemos
conciliar essa contradição com a chamada "Teoria da Brecha", que diz o seguinte:
DEUS criou a matéria do nada, mas isso foi a milhares, ou quem sabe, a milhões de anos
atrás. Ninguém sabe, ao certo, quanto tempo Ele levou para criar a Terra após ter criado outros
mundos.
Sabe-se que a Terra não foi o primeiro mundo que DEUS criou, assim, deve haver um
espaço de tempo entre Gên.1:1 e Gên. 1:2. "No princípio criou DEUS..." Não se sabe quando foi
esse princípio e pode até ter sido a milhões de anos. Nesse princípio DEUS criou a matéria
inorgânica, que não tem vida, depois criou outros mundos. Depois de muito tempo, então, Ele
criou a Terra. Por isso é que as rochas aparentam ter milhões de anos de existência (Heb.11:3 -
"...Os mundos foram criados).
4. Importância da Doutrina:
a- A criação perfeita mostra o caráter de amor de DEUS, ao criar um mundo tão belo e cheio de
harmonia;
b- Também mostra o poder e a glória divinos;
c- Resgata a Imagem de DEUS e Sua existência contra a idéia da idolatria e do ateísmo;
d- Resgata o sábado e o casamento;
e- Incentiva a união e a irmandade, pois somos todos irmãos;
f- Valoriza o trabalho e a mordomia. Tudo é de DEUS e Ele deixou aos nossos cuidados;
g- Ecologia - O homem deve cuidar da Terra;
h- Garante a esperança da recriação. Se Ele é poderoso para criar, pode também recriar.

7. A Natureza Humana
1. A Bíblia atribui a origem do homem a DEUS. O homem não veio de um ser inferior,
mas do Todo Poderoso DEUS. O homem tem origem divina e, em vez de evoluir, está
involuindo.
O homem foi o único ser da criação o qual DEUS modelou com as mãos. O verbo para a
formação do homem é "YATSAR" (heb. = formar), diferente de "BARAH" (= criar), usado no
restante da narrativa da criação.
M

2. Formação do homem: Foi feito do pó da terra + fôlego de vida e passou a ser alma
vivente (Gên.2:7). A polêmica gira em torno desse fôlego.
a) Espírito - A palavra em hebraico é a mesma para espírito (RUACH), que significa
vento, ar, respiração, fôlego. Em Ecle.12:7, esse espírito, ou fôlego, volta para DEUS. E aqui
muitos crêem que é uma parte incorpórea e viva do homem.
Mas a Bíblia diz que esse fôlego é apenas a energia divina que faz a vida funcionar, é a
força da respiração, apenas o fôlego que foi dado no começo(Sal.146:4) não só ao homem, mas
aos animais também, pois eles possuem o mesmo fôlego ou espírito (Gên.7:15 e 22; Ecl. 3:19 e
20).
No Grego, a palavra é "PNEUMA", e tem o mesmo sentido da equivalente em
Hebraico.
Ambas são usadas em sentido figurado para representar a vitalidade, o temperamento
(Isa.29:10; Sal.51:10; Ez.11:19) e, as vezes, emoções ou sede das emoções. Não existe um
espírito no homem que seja separado dele.(Tiago 2:26).
b) Alma - A palavra hebraica é "NEPHESH" e a grega é "PSYCHE". Não aparecem
como entidade fora do homem. Não há relato bíblico de uma alma sem corpo, pelo contrário,
alma aparece como sinônimo de pessoa (Gên.46:25-27 -"todas as almas eram ..."). Também
aparecem indicando seres vivos, tanto homens como animais (Gên.1:20 e 24).
Quando a palavra alma não aparece indicando ser vivo, é porque está sendo usada em
sentido figurado para indicar sentimentos, emoções, mente1, a vida, etc. (Gên.34:3; Deut.11:13;
Sal.42:5; João 12:27).
É comum encontrarmos expressões como: "Minha alma alegra-se"; "Meu espírito se
alegrou". Não significa, porém, que existam 3 partes ou duas partes distintas no homem. Não. De
maneira alguma, pois quando dizemos que o nosso coração se alegrou, não significa que o
coração é separado do homem, ou tenha vida independente.
CONCLUSÃO: Mesmo em expressões bíblicas como "espírito, alma e corpo", ou
apenas "espírito e corpo"2 não se deve entender que o homem seja formado por 3 partes ou duas
partes distintas que se separam na morte, e que uma delas continua viva fora do corpo. A Bíblia

1
Da mesma forma que o coração é usado para
figurar o centro das emoções. Costumamos dizer que o
amor e o rancor estão no coração, mas ninguém toma
isto ao pé da letra.
2
Nesses casos a Bíblia apenas refere-se
figurativamente às partes física, mental ou
sentimental e espiritual do homem, ou seja, todo o
seu ser.
N

apresenta o homem como uma unidade orgânica, indivisível. Não podemos crer em dicotomia ou
tricotomia.
Parece que a alma tem que ver mais com sentimentos, desejos, emoções; o espírito é
relacionado mais com disposição, inteligência, contudo, há ocasiões em que aparecem como
sinônimos.
3. A Imagem de DEUS no Homem: Será que a imagem de que fala Gên.1:26, 27 é
física ? DEUS tem forma?
A imagem física é a menos importante, pois o homem tem:
- Imagem moral - Retidão (sem conhecimento do pecado). Essa ele perdeu muito cedo;
- Imagem mental - Raciocínio, capacidade de decisão, livre arbítrio;
- Imagem emocional - A principal imagem de DEUS no homem é o AMOR. (I João 4:8; 3:10 e
11);
Em Teologia fala-se da forma de DEUS "imanente" e da forma de DEUS
"transcendente". A primeira, a forma imanente é a forma que DEUS assume para falar com Suas
criaturas. A segunda, é a forma do DEUS absoluto (se é que podemos dizer forma), é DEUS
como Ele realmente é, impenetrável, ininteligível.
Se DEUS colocou uma imagem física ou mórfica Sua no homem, deve ter sido a
imagem dessa forma imanente.

8. O GRANDE CONFLITO
O grande conflito entre o bem e o mal originou-se no Céu, com Lúcifer. Ele era um anjo,
um querubim que assistia diante do trono de DEUS (Ezeq.28:14).
Os anjos são criaturas superiores aos homens e foram criados, assim como estes, com a
capacidade de raciocínio independente, ou seja, com livre arbítrio, e Lúcifer fez mau uso desse
livre arbítrio e arrastou com ele um terço dos anjos (Ap.12:4). A situação de Lúcifer é-nos
apresentada em Isa.14, Eze.28 e Ap.121 Pelo que se sabe, o anjo rebelde discordou da
autoridade soberana de DEUS, chegando mesmo a tentar tomar o lugar da Trindade. Ap. 12:7 diz
que "houve batalha no céu". E Lúcifer com seus anjos foram expulsos de lá.
O conflito transferiu-se para a Terra, onde Lúcifer, agora Satanás, conseguiu êxito em
enganar Adão e Eva. Ele sabia que se o casal não pecasse, não poderia ser atingido. Dessa forma,
ele os induziu ao pecado e assim reclamou para si o domínio desse mundo, reafirmando sua
acusação contra DEUS de que Seu governo não agradava a todos e Sua lei era impossível de se
cumprir. Assim, com a queda no Éden, a Terra passou a ser o palco do universo (Jó 1).
1
Mais detalhes no livro O Grande Conflito,
pp.497-499 e Primeiros Escritos, pp. 145-147.
O

A Questão Principal: A grande questão de Lúcifer foi a autoridade de DEUS na Sua lei.
A lei de DEUS foi colocada em dúvida por Lúcifer. Ele acusou DEUS de tirano e que Suas leis
eram rígidas e impossíveis de se cumprir.
A controvérsia hoje é em torno da verdade. Desde que foi expulso do Céu, Lúcifer
tornou-se mestre do engano, pai da mentira (Ap.12:7-9). Ele tenta desviar a atenção da verdade
(Jesus), tentando colocar outro centro para as doutrinas, fazendo assim o papel do "anticristo",
contra e em lugar de Cristo.
Nossa participação - Não há como fugir. Todos estamos envolvidos (Ef.6:12 - "Nossa
luta é contra ..."; Mat.12:30 - "Quem comigo não ajunta..." ). O segredo da vitória, porém, não
está em nós, mas em Cristo, a única solução para o problema do mal (Ap.12:11 - (Eles o
venceram pelo sangue do Cordeiro").
A Queda do Homem - Adão não tinha tendência a fazer o que é errado. Ao desobedecer,
Adão não agiu apenas por impulso, mas desejou ser igual a DEUS 1, duvidou de DEUS como
Lúcifer, achando que Ele estava escondendo algo.
Quando o homem pecou, perdeu uma certa proteção em sua mente, proteção do pecado,
da malícia, etc. A partir de então os homens passaram a ter "natureza pecaminosa", isto é,
passaram a ter tendência para fazer o que é mau.
Além disso, surgiram as conseqüências materiais: dor, sofrimento, morte, terra
infrutífera, espinhos, etc.
Em Gên.3 temos o relato das maldições que o pecado trouxe. Acerca desse capítulo, há
quem pense que não foi DEUS que amaldiçoou, mas que Ele apenas relatou as conseqüências
futuras do pecado. Em todo caso, as maldições vieram por causa do pecado.
Solução - Antes da maldição DEUS relatou o plano da salvação - Gên.3:15 anuncia a
vinda do "Descendente" que esmagaria a serpente. Esta é a primeira profecia da vinda de Cristo.
Enquanto a libertação definitiva da natureza pecaminosa não chega, temos a experiência
de um relacionamento com Cristo, através de Seu Espírito, para nos libertar do poder do pecado
(II Cor.5:17).
Conclusão: O estudo dessa doutrina mostra que o homem não está evoluindo. Pelo
contrário, o homem está cada vez pior, seja física, mental, moral ou espiritualmente, o homem
involui ao passar dos séculos.
Outro ponto importante é que esse conhecimento da situação pecaminosa do homem,
valoriza ainda mais o calvário, pois só há salvação para quem se convence do pecado (João 16:8).
1
Há uma diferença entre querer ter o caráter de
DEUS e querer ter a posição, o poder e a adoração de
DEUS. O primeiro desejo não é pecado. O segundo foi o
que trouxe o pecado.
P

9. Vida, Morte e Ressurreição de Jesus (A Expiação)


1. Significado: A palavra "expiação" significa "tirar a culpa". Esse é o objetivo do plano
da salvação que DEUS providenciou desde a fundação do mundo.
Antes mesmo do pecado entrar no mundo, DEUS já havia providenciado o remédio. E
foi Ele Próprio que tomou a iniciativa quando o homem pecou.
2. O Problema do Pecado: O Senhor teve que sujeitar o primeiro casal às conseqüências
do pecado, mas anunciou-lhes o plano da salvação na pessoa do "Descendente" (Gên.3:15).
Quando o homem pecou, ficou condenado a morte, pois distanciou-se de DEUS e só há
vida em DEUS. Só Ele é imortal e é a fonte da vida (João 1:1-4; Tiag.1:17; Gên.2:7). Assim, ao
pecar, o homem afastou-se da fonte da vida. É nesse sentido que Romanos 6:23 afirma que "o
Salário do pecado é a morte", pois longe de DEUS, morreremos.
Rom. 3:23 afirma que todos estamos condenados, já que somos pecadores, mas não foi
o desejo de DEUS que nós morrêssemos, assim Ele providenciou um meio de tirar (EXPIAR) a
nossa culpa, a fim de que possamos ser reintegrados à comunhão com a Vida.
Mas havia um problema de duas faces: 1- O diabo exigia que se fizesse a justiça,
querendo contradizer a justiça e a misericórdia divinas; 2- DEUS não pode conviver com o
pecado sem destruí-lo. Dessa forma, haveria a necessidade de purificar o homem antes de
reintegrá-lo.
Como então ser justo com a lei que exige a morte do pecador e, ao mesmo tempo, tirar a
culpa do homem?
3. O Processo da Expiação: DEUS apresentou-se para pagar a dívida do homem
morrendo em seu lugar. Assim, o homem teria a sua culpa retirada e colocada sobre Jesus, o
Dono da Lei que foi quebrada, pois só o dono tem a autoridade de tomar o lugar do culpado.
4. Propiciação: Jesus é chamado de "Nossa Propiciação" em Rom.3:25. O termo
"PROPICIAÇÃO" ou "PROPICIATÓRIO" (é a mesma palavra) vem do Santuário. A tampa da
Arca, que era de ouro, com dois querubins e onde DEUS Se manifestava em uma luz sobrenatural
(SHEKINAH), chamava-se "PROPICIATÓRIO". Paulo chama Jesus de Propiciatório porque era
nessa tampa da arca que o Sumo-Sacerdote fazia a cerimônia de Expiação no Antigo Israel. Paulo
usa em sentido figurado o nome propiciatório (ou propiciação) para Jesus, querendo dizer que é
NEle que a nossa expiação é feita, ou seja, é em Jesus que nossa culpa é tirada assim como a
culpa do antigo Israel era tirada na cerimônia feita na tampa da Arca (o Propiciatório).
5. Um Problema de Interpretação: Como a palavra Propiciação significa "tampa",
"cobertura", alguns comparam o processo de cancelar a culpa no cristianismo com as crenças
Q

pagãs. No paganismo o adorador "subornava" o deus com ofertas, para que seu deus aplacasse a
sua ira. Então, o deus pagão cobria o erro do seu servo, fazia de conta que não via (vista grossa).
Não é este o nosso caso. O uso da palavra cobertura é simbólico, como já vimos,
apontando para o lugar onde se faz a expiação1. DEUS não é subornável, tampouco injusto, para
fazer "vistas grossas" a um pecado. No processo divino para purificar o pecador,
alguém paga a culpa. Esse alguém foi o próprio DEUS, que em Jesus, morreu no lugar do
devedor (Isa.53; Heb.2:9; II Cor.5:21). A dívida, de fato, foi paga e a justiça foi cumprida.
Jesus tira a nossa culpa- I João 4:10; João 3:16 e 36).
6. O Ministério de Jesus: A expiação de nossos pecados foi efetuada principalmente pela
morte de Cristo. Mas todo o Seu ministério faz parte da nossa expiação.
a- Sua vida perfeita é a base para que sejamos considerados justos. Se Ele tivesse pecado
e não tivesse uma vida perfeita, não nos poderia substituir, mas deveria morrer pelos seus
pecados. Mas pelos Seus méritos, nossa vida imperfeita é considerada perfeita e as faltas são
perdoadas;
b- Sua morte foi a morte eterna, causada pela separação de DEUS (Mat.27:46). Ele nos
substituiu na morte para que pudéssemos estar com Ele na vida;
c- Sua ressurreição também faz parte de nossa expiação. A morte de Cristo era
representada pela morte do cordeiro no Antigo Israel, mas depois disso, o Sumo-Sacerdote
entrava no Santíssimo. Essa entrada no Santíssimo é símbolo do juízo Investigativo e da
intercessão de Jesus por nós. Mas só poderia haver intercessão se Ele Ressuscitasse (I Cor.15:17).
Esperamos agora a libertação desse corpo pecaminoso, para um corpo sem a tendência para o
pecado, o que acontecerá quando Jesus voltar.
10. O Processo da Salvação
Deve ser bem entendido para que não nos encontremos buscando a salvação onde não a
encontraremos. Jesus disse que Ele é a "porta" (João 10:7, 9), "o caminho, a verdade e a vida"
(João 14:6). Em suma, só Jesus pode salvar o homem condenado pelo pecado.
A salvação envolve todo um processo, que não deixa de ser um mistério no seu mais
profundo significado (Ef.1:9; 3:3 e 4; 6:19; Col.1:25-27), mas que DEUS revelou pelo Seu
Espírito Santo aos Seus apóstolos. É claro que a divisão feita nesse processo e apresentada nesse
trabalho, é apenas para efeito de estudo. Na verdade, não se pode separar as etapas do processo
da salvação, pois elas ocorrem quase que simultaneamente.

1
Assim como "refeitório" indica o lugar de
refeições, "dormitório", o lugar de dormir,
"propiciatório" indica o lugar onde se fazia a
propiciação.
R

1. Atração - A atração do pecador, perdido em seus pecados, é uma ação do Espírito


Santo: Ap.22:17; João 16:8. O Espírito Santo atrai o pecador após convencê-lo de sua condição
desesperadora de pecador. Ao convencer do pecado, o Espírito Santo atrai o pecador a Jesus,
mostrando-lhe o valor de Sua morte (João 12:32). Após isso, vem a segunda etapa.
2. Arrependimento - O crente ao se convencer do pecado, e perceber a esperança da cruz
de Cristo, deseja ser libertado do mal, deseja a justiça de Cristo e deseja abandonar sua vida de
pecados. Assim, ele arrepende-se, confessa seus pecados e abandona-os.
A palavra grega para arrependimento é "METANOEO", que significa "mudança de
mente ou pensamento". O arrependido muda de pensamento em relação a muitas coisas, mas
principalmente em relação a 3 coisas:
- A si próprio - Não se acha mais satisfeito consigo mesmo;
- Ao pecado - Já não é mais agradável, mas compreende agora a sua verdadeira malignidade;
- A DEUS - Não mais um DEUS tirano, distante, mas o Pai, fonte da salvação e de uma nova
vida.1
Sobre o arrependimento, ainda devemos dizer que ele não é obra humana, mas do
Espírito Santo, uma obra de DEUS (At.5:31; Rom.2:4);
3. Confissão e abandono - Estão conjugados com o arrependimento, e só podem ocorrer
em conjunto com ele, portanto, também são uma obra de DEUS;
4. Perdão e Justificação - DEUS não só perdoa, mas livra da condenação (II Crôn.7:14).
Justificação é mais profundo que perdão, é livrar da culpa, é absolver.
A justificação considera a pessoa justa, mesmo ela não sendo. Justificação é o contrário
de condenação e faz algo que nem sempre o perdão faz, que é livrar das conseqüências do erro.
A justificação é ilustrada em Zac.3. O homem não tem merecimento para ser considerado
justo. Pelo contrário, o homem está condenado. Mas Jesus toma o seu lugar para pagar a dívida e
trata o pecador como se tivesse vivido a vida perfeita de Cristo. Isso é o que se chama de justiça
"Imputada" ou atribuída. Os merecimentos que Cristo teve por Sua vida perfeita são atribuídos ao
pecador (Rom.5:18 e 19).
Para ser justificado, o pecador nada pode fazer. Assim, justificação também é um ato de
DEUS, um ato em favor do homem. Portanto, podemos dizer que a justificação é:
a- Pela graça - Fonte (Rom.3:24);
b- Pela fé - O meio (Rom.3:20 e 28; Gál.2:16; Gál.5:4);
c- Conjugada com as boas obras - não existe uma sem a outra, mas não se pode ter a justificação
pelas obras - Tiago 2:24;
1
Amim Rodor, Th.D., Apostila de Temas
Teológicos.
S

A justificação tem 3 aspectos: O pecador é justificado pelos pecados passados, pelos


presentes e já pelos futuros. Necessitamos de justificação diária - I João 2:1;
5. Santificação - É resultado da justificação. "DEUS não justifica a quem também não
santifica". Não ocorre antes da justificação nem sem ela.
Um erro comum é pensar que a santificação é efetuada por obras humanas. Mas a Bíblia
diz que "O justo viverá pela fé" (Rom.1:17). A santificação também é pela fé e também é uma
obra de DEUS pelo e no homem.
A santificação é resultado da atuação do Espírito Santo (Gál.5:22). É DEUS Quem
limpa as varas da videira, para que elas dêem frutos (João 15). I Tes. 5:23 diz: "E o mesmo DEUS
de paz vos santifique em tudo..."
O termo grego (HAGIASMOS) tem a conotação de separação, consagração, dedicação
a uma causa especial. E isso é um processo diário de renovação e crescimento espirituais
(Rom.12:2; II Cor.4:16).
A santificação também tem 3 aspectos:
- No passado: Fomos separados por DEUS deste mundo de pecados;
- No presente: Somos chamados para uma vida de santificação, vivendo em Espírito (I Tes.4:7);
- No futuro: Seremos transformados para receber um corpo santo;
6. Glorificação: Acontecerá no final, quando Jesus retornar. A transformação do corpo e
a renovação da mente dar-nos-á liberdade dessa natureza pecaminosa (I Cor.15:51-54);
Em todas essas etapas não vimos nenhuma ação do homem. Qual pois é o papel do
homem em sua salvação?
Ao que parece, o homem só deve aceitar o convite do Espírito Santo (Isa.30:21;
Heb.3:7, 8) e permanecer nessa nova posição diante de DEUS, continuar neste novo
relacionamento, alimentando-o dia a dia.
Não podemos esquecer que uma vez salvo, não significa salvo para sempre (I Cor.10:12;
Heb.10:23-27).
11. A Igreja

A palavra grega é EKLESIA - "Chamado, tirado para fora". Em Hebraico a palavra é


QAHAL = Reunião, assembléia.
A igreja foi instituída por DEUS. No V.T. começou com os patriarcas. Em seu tempo, a
igreja era a família, onde o sacerdote era o pai, como é exemplificado na história de Abraão, no
livro de Gênesis.
Depois a Igreja passou a ser a nação de Israel, que no N.T. foi chamada de "a
congregação do deserto" (At.7:38). O centro dessa Igreja, sem dúvida, era o Santuário.
T

1.Função- A mesma de Abraão: Ser uma Bênção (Gên.12:1-3). Eram um reino de


sacerdotes e povo santo (Êx. 19:6). Eram os guardiões do Templo e da Arca de DEUS e seus
sacerdotes deveriam ministrar ao mundo o conhecimento de DEUS.
2.O Plano de DEUS- Era propósito divino difundir Seu reino através de Israel. Mas
Israel falhou. Envolveu-se com a idolatria e o materialismo, chegando, por fim, a rejeitar o
Messias, preferindo a César (João 19:15). Assim surge a necessidade de uma nova Igreja - a Do
N.T. (Mat.21:43).
3.A Igreja no N.T.- Composta por judeus convertidos e gentios. A Bíblia ilustra a reunião
das duas classes antes separadas na figura da oliveira e do zambujeiro (Rom.11).
Esta Igreja recebeu ordem direta de Cristo para fazer discípulos (Mat.28:19). Deveria
tornar-se universal, para todas as pessoas que quisessem aceitar o Evangelho.
4.Metáforas - A Bíblia apresenta algumas metáforas, símbolos da Igreja e seu ministério:
-Corpo de Cristo (Ef.1:22 e 23; 5:23 e 30); Templo de DEUS ou casa espiritual (I Ped.2:4-6); A
Noiva (Jer.3:14; II Cor.11:2); Jerusalém Celestial (Ef.4:26); Família (Ef.2:19); Coluna da verdade
(II Tim.3:15); Exército (Ef.6.).
5.Igreja Visível e Invisível - A Igreja visível é organizada. Recebeu a comissão de
Mat.28:19-20. Mas existem aqueles adoradores "em espírito e em verdade" (João 4:23), as
"outras ovelhas que não são desse aprisco" (João 10:16). Esses filhos de DEUS sinceros e que
vivem de acordo com a luz que possuem, em breve ouvirão a voz de DEUS dizendo "sai dela
povo Meu" (Apoc. 18:4). Esses são a Igreja Invisível.
6.Organização da Igreja - A organização da Igreja é um princípio bíblico (I Cor.14:33 e
40). Sem organização não pode haver progresso.
O primeiro passo para organização que aparece claramente na Bíblia é a escolha dos
diáconos (At.6). Aqui é demonstrada a necessidade da distribuição de atividades, para que alguns
não se sobrecarreguem.
Também há menção de um concílio da Igreja, o qual tinha maior autoridade do que a
individualidade de cada apóstolo(At.15).
Outro fator de ordem é que para entrar na Igreja, o crente devia primeiro arrepender-se e
ser batizado, além de aceitar a grande comissão de Mat.18:18-20. Isso é confirmado pelo
"Sacerdócio de todos os crentes", ou seja, todos são responsáveis por transmitir o Evangelho ao
mundo.1

1
Não significa que todos têm a mesma autoridade
que os líderes escolhidos pela imposição das mãos,
nem que cada um tenha independência de pensamentos
com respeito as doutrinas, pois a Igreja é um corpo.
U

7.Igreja X Estado - O princípio está em Mt.22:21 - "Dai a César ..."; e em At.5:29 -


"Antes importa obedecer a DEUS ...". Em outras palavras, devemos obedecer às autoridades, a
não ser que elas contradigam a DEUS. Outros textos: Rom.13:1-7; Tito 3:1; I Ped.2:13. Não
devemos buscar a perseguição gratuitamente.
8.Funções - Dentre as funções da Igreja de DEUS, destacamos as seguintes: Adoração e
exortação (Heb.10:25); Companheirismo (I João 4); Instrução das Escrituras (Mat.28:18-20);
Guardiã dos sacramentos; Proclamação do Evangelho; etc.
9.Hierarquia - Existe hierarquia na Igreja porque a ordem assim exige, mas o objetivo é
para expandir a capacidade de servir. Existem cargos mais importantes? Sim. Mas não podemos
esquecer que a escala de valor e importância é baseada na capacidade de servir. Jesus falou que
"quem quiser ser o maior..."(Mat. 20:26-28).
A Hierarquia da Igreja segue os seguintes princípios:
- Cristo é a cabeça - Mat.28:18; Ap.17:14; Ef.1:22 e 23;
- Cristo é a fonte de toda autoridade: Mat.16:18-20;
- As Escrituras possuem Sua Palavra: II Tim3:16; João 17:17;
- Os oficiais da Igreja: Escolhidos pela imposição das mãos (At.6:6; I Tim.4:14):

- Cargos Bíblicos na Igreja

a- Anciãos (Gr. PRESBYTEROS) ou Bispos(Gr.EPISKOPOS). O nome ancião


indicava uma pessoa de experiência cristã, mais velho; já o nome bispo, referia-se ao cargo e
autoridade, significava também supervisor.
Qualificações: I Tim.3:1-7;
Deveres: - Pastorear (At.20:28); admoestar (I Tes.5:12); combater falsos ensinos
(At.20:29-31);
b- Diáconos (Gr.DIAKONOS) - Servo, ajudador. Foram escolhidos para o trabalho de
assistência aos menos favorecidos e para auxiliar os apóstolos na pregação (At.6; 8:5-13).
Qualificações: I Tim.3:8-13.
10.Disciplina na Igreja- A autoridade da Igreja reunida é confirmada no céu (Mat.18:18),
desde que a Igreja não esteja separada de DEUS por pecados acariciados (Isa.1:13).
A conduta da disciplina segue os princípios bíblicos das passagens abaixo:
- Ofensas particulares: Mat.18:15-17;
- Ofensas públicas: I Cor.5:4-7 e 11-13;
- Divisores: Rom.16:17; II Tes.3:6, 14 e 15; Tito 3:10 e 11;
- Restauração: II Cor.2:6-10;
O objetivo da disciplina é fazer com que o membro sinta o sofrimento e o desgosto que
tem causado a DEUS e a sua Igreja, na pessoa de seus irmãos. Mas também há o fator de
V

proteger a imagem da Igreja em relação aos que estão de fora. Devemos deixar claro para o
mundo que a Igreja de DEUS é pura e não tolera injustiças, adultérios, desonestidades e qualquer
pecado que contrarie diretamente a lei de DEUS.
Não podemos esquecer, porém, que o objetivo da disciplina, bem como de toda a
hierarquia da Igreja, é salvar almas. Em Mat.18:17 Jesus manda considerar "publicano e pecador",
mas era com eles que Jesus gastava maior tempo de Seu ministério, pois Seu objetivo era
recuperar o perdido, e esse deve ser o nosso objetivo ao disciplinar um membro.1

12. O Remanescente
A palavra Remanescente significa "Restante", "último", etc. Depois que o pecado entrou
no mundo, demorou muito tempo para que os sinceros filhos de DEUS fossem a minoria, e
geralmente uma minoria perseguida.
A História Bíblica mostra que DEUS sempre conservou um Remanescente fiel nos
tempos de apostasia geral. Ex.: Noé, Josué e Calebe, os 7 mil no tempo de Elias, etc.
No N.T., o Remanescente passa a ser a Igreja. A perseguição também está presente na
vida da Igreja, primeiro sob Roma e depois sob o "poder apóstata", ou "anticristo" (At.20:29 e
30; II Tes.2:3 e 4; I João 4:1-3). Esse poder aponta para um sistema de adoração falsa, uma religi-
ão deturpada, confundindo as pessoas e perseguindo o Povo de DEUS;
I. Apostasia - Mais tarde, a Igreja Cristã passou por um grande período de apostasia,
mas mesmo dentro da Igreja corrupta, DEUS manteve Seu Remanescente Fiel.
O último dos apóstolos a morrer foi o apóstolo João, perto do ano 100 a.d. . Após a
morte dos apóstolos, já no segundo século, houve um período de perseguição muito forte, mas
que só contribuiu para o aumento do número dos crentes.
Assim, o diabo passou a usar outro método. Nó terceiro século ele parou a perseguição
e induziu a entrada de muitos pagãos na Igreja, os quais ainda não haviam abandonado suas
velhas crenças completamente, o que contribuiu para um rebaixamento da moral da Igreja e uma
condescendência com a idolatria.
O processo de apostasia pode ser resumido como se segue:
1- A direção do Espírito Santo foi paulatinamente substituída pela dos Bispos, muitos dos quais
não conheciam os apóstolos que andaram com Jesus;
2- Houve um aumento da popularidade dos bispos, o que lhes deu poder pessoal e político;
3- O Bispo de Roma relacionava-se com o Imperador, visto ser uma grande Igreja na capital do
Império e o bispo exercer grande influência sobre muitas pessoas do Império;
4- Os pagão começam a simpatizar com a Igreja Cristã numa época sem perseguições e
provações (um dos grandes incentivadores dessa popularidade da igreja entre os pagãos foi o
relacionamento do Imperador Constantino, cuja esposa era Cristã);
1
Amim Rodor, Th.D., in Cristo e os Evangelhos.
W

5- Com a entrada dos pagãos, muitos começaram a ocupar cargos na Igreja, e passaram a
reinterpretar as crenças cristãs com base em crenças pagãs (casamento da verdade com o erro);
6- Com a falência do Império, a Igreja, na pessoa dos bispos, passou a resolver problemas
políticos, que mais tarde transformaram a Igreja em uma instituição latifundiária, mais política que
religiosa;
7- Desenvolve-se o CESAROPAPISMO - Os bispos passam a ter poder político, substituindo até
o próprio Imperador.

II. Os 1260 Dias - Usando o princípio do dia ano, encontramos em Daniel 7:25 uma
profecia que exprime bem a situação da Igreja neste período de trevas, o qual se estendeu por
toda a Idade Média e foi até 1798 a.d.
A profecia diz que um determinado poder, representado pela "ponta pequena", dominaria
durante um tempo, dois tempos e metade de um tempo, durante os quais se oporia ao povo de
DEUS e ao povo de DEUS, tentando colocar-se mesmo no lugar de DEUS (Anticristo).
Dan.11:13 diz que tempos = anos. Tomando em conta que um ano judeu tinha 360 dias,
somando os 3 anos e meio da profecia, teríamos 1260 dias. Se cada dia em profecia vale um ano,
então teremos 1260 anos.
A data para marco inicial é descoberta ao analisarmos as características da História com
a profecia. Deveria começar após Roma (o quarto animal), no período das tribos bárbaras (os dez
chifres) e deveria derrubar 3 chifres, ou três tribos bárbaras (v.20). Esse chifre pequeno seria um
reino "diferente" (v.24), que se encaixa com a denominação de um "reino religioso", que foi o
papado na Idade escura.
Ora, a História é clara em mostrar que, por oposição ao papado e ao Império, 3 tribos
bárbaras foram eliminadas (Hérulos, Vândalos e Ostrogodos), abrindo caminho para a liderança
sem oposição do sistema papal. Isso tudo ocorreu justamente na época em que Justiniano
promulga seu decreto.
Em 533, o Imperador Justiniano proclama um decreto elevando o Bispo de Roma a
cabeça da religião Cristã. Tudo isso estava envolto em grande trama política, mas o que se sabe é
que a partir de então, o "Papa" passou a se valer de apoio militar para combater os que lhe
contrariassem as idéias e a autoridade. Esse período de 533 até 1793 ou de 538 a 1798 1 é
chamado de período de "Supremacia Papal". O gráfico ficaria assim:

1260 anos (Dan.7:25)


\─────────────────────────────────────────────────\

1
O mais aceito é que a supremacia papal se
estende de 538 a 1798. O decreto de Justiniano foi em
533, mas foi em 538 que os exércitos imperiais, sob
influência do Papa, derrotaram os ostrogodos, que se
opunham ao Papa por serem arianos.
X

538 a.d. 1798 a.d.


destruição dos Ostrogodos Prisão do Papa Pio VI
por Napoleão

Esse mesmo período é descrito pelas profecias do Apocalipse, onde aparece como 1260
dias (Ap.12:6) e 42 meses (Ap.13:5).
III. Falsas Doutrinas- Durante esse período reinaram a corrupção dos líderes, as falsas
doutrinas, a ignorância e superstição1. A Bíblia não era divulgada e nem todos podiam interpretá-
la. Segue um resumo das principais falsas doutrinas, seguidas por textos que as combatem:
1- O Papa é o cabeça - Ef.5:23; Col1:18;
2- O Papa é infalível - I João 1: 8 e 10;
3- O Papa possui prerrogativas divinas - II Tes.2:4;
4- Os santos mortos podem fazer milagres pelos méritos - Isa.64:6;
5- Penitências e indulgências (o Papa tem a chave dos méritos dos santos para conceder perdão e
bênçãos - I João 2:1;
6- A tradição e a autoridade do Papa são superiores à Bíblia: João 17:17; II Tim.3:16;
7- Salvação pelas obras -Ef.2:8 e 9;
8- Domingo - Êx.20; Gên.2:1-3; Mat.5:17 e 18.
IV. O Remanescente da Reforma Protestante - Os reformadores atacaram quase todos
esses erros. Suas principais idéias eram: SO LA FIDIS (só a fé) e SO LA ISCRIPTURA (só a
Escritura). Resgataram a Justificação pela Fé e a autoridade das Escrituras. Eles identificaram o
papado como a ponta pequena e o "homem do pecado".
Ellen White comenta que DEUS tinha planos maiores para a Reforma, mas os
reformadores envolveram-se em debates sem muita importância e deixaram de descobrir novas
verdades, como o sábado, a mortalidade da alma, o juízo de DEUS, etc. Daí houve a necessidade
de um novo movimento.
V. Os Milleritas e o Tempo do Fim - A Bíblia fala de um período caracterizado por:
a- Interesse pelas profecias;
b- Aumento do conhecimento 2 (Dan.12:1-4). Esse período é chamado de Tempo do Fim.
Pelas características, a data escolhida como marco é 1798, quando acaba o poder papal,
que era o principal embargo à proliferação de novas idéias. Também é quando começam a surgir
as Sociedades Bíblicas Internacionais (1804 - Sociedade Britânica; 1816 - Sociedade Americana),
as quais espalharam a Bíblia por todo o mundo.

1
A ignorância religiosa e a superstição são
condenadas pela Bíblia: Rom. 12:1.
2
Alguns acham que não é conhecimento
científico, mas das profecias. Não há qualquer
problema para a interpretação da profecia em aceitar
as audas idéias.
Y

Essas características são cumpridas também pelo Movimento Millerita, que a partir de
1831, baseado na profecia de Daniel 8:14, anunciou o juízo de DEUS para 1844.
Dele procedeu a IASD, que atribui a si mesma a responsabilidade de continuar o
cumprimento e a pregação das 3 mensagens de Apocalipse 14:6-12, que começaram com os
Milleritas.
VI. Remanescente Final - Apoc.12:17 mostra que nos últimos dias o Remanescente será
perseguido pelo Dragão. Além disso, apresenta as 2 principais características do Remanescente
final:
a- Guardar os Mandamentos de DEUS;
b- Tem a fé de Jesus;
a- Os mandamentos foram pregados pelas Igrejas Protestantes como algo anulado por
Jesus. Havia a necessidade de suscitar um povo que engrandecesse a Lei, a semelhança de Jesus.
Ao enfatizar a Lei de DEUS, os ASD chamam a atenção do mundo para o quarto mandamento,
um dos mais desprezados e atacados mandamentos da Lei de DEUS. Os outros têm o mesmo
valor, mas são mais aceitos pelas outras Igrejas.
b- A Fé de Jesus - 2 Interpretações: A fé que Jesus teve e a fé que vem de Jesus.
Ap.19:10 diz que essa fé ou testemunho de Jesus, é o Espírito de Profecia.
Assim como o povo de Israel foi conduzido à liberdade por um profeta, nos últimos dias
o Povo de DEUS terá o Dom de profecia guiando-o através dos tempos de escuridão.
VII. As 3 Mensagens Angélicas - Uma outra característica do Remanescente final é que
ele prega as 3 mensagens angélicas de Apo.14:6-12. Segue um resumo das 3 mensagens:
1- A primeira mensagem é o "Evangelho Eterno". A boa notícia de que Jesus morreu em lugar do
homem. O Evangelho é Justificação pela fé em Jesus Cristo 1. Mas esta mensagem anuncia
também a vinda do Juízo Investigativo, começado em 1844, no fim dos 2.300 anos. Resgata a
autoridade de DEUS como Criador, lembrando assim, a santidade do sétimo dia, como memorial
da Criação. Esta mensagem foi rejeitada pelas outras igrejas.
O movimento Millerita começou o cumprimento dessa mensagem ao pregar a
necessidade do preparo para o juízo de DEUS em 1844. Essa época antecedeu a edição do livro
propulsor do evolucionismo, "A Origem das Espécies", lançado em 1858. Assim, vemos o Senhor
DEUS advertindo os homens de mais um terrível engano.

1
Este Evangelho a ser pregado a todas as nações
sobre a Terra já havia sido predito por Jesus em
Mat.24:14. Logo após o cumprimento desta profecia, ou
seja, logo após o primeiro anjo cumprir o seu papel,
virá o fim.
Z

2- A queda de Babilônia - não se refere à cidade, mas ao símbolo apocalíptico. Babilônia é toda a
religião falsa, todo o conjunto de doutrinas contrárias à Bíblia, simbolizadas pelo número 666,
símbolo de idéias humanas, em contradição às idéias de DEUS ("número de homem" Ap.13:18).
Faz parte de Babilônia todo o protestantismo apostatado que rejeita a Lei de DEUS. O Senhor
chamará Seu povo para sair do meio dela (Ap.18:4). Antes do final do mundo, Babilônia será
desmascarada e seus líderes serão considerados culpados pelos próprios seguidores. Os homens
que foram enganados por este sistema de adoração falsa voltar-se-ão contra seus líderes, depois
de reconhecerem a justiça e a verdade de DEUS, só que em tempo tardio. Então Babilônia
perderá seu apoio, acontecerá o "secamento do rio Eufrates1" (Ap.16:12), ou seja, Babilônia
perderá seu apoio e cairá.

3- Advertência contra o sistema final de engano que deve ser instaurado na Terra. O
ressurgimento da ponta pequena, desta vez sob a forma da Besta de Ap.13:1-10. O sinal na mão
direita indica a conduta; na testa, indica aceitação. Finalmente a falsa religião terá seu fim, e nisso
repousa a esperança dos santos (Ap.14:12).
A questão final girará em torno da falsa adoração, envolvendo três doutrinas principais:
Justificação pela fé X Salvação pelas obras; Sábado X Domingo; Mortalidade X Imortalidade da
alma.
O sistema de engano envolverá a primeira e segunda bestas (papado e USA), o falso
profeta (Espiritismo), sustentados pelo poder da Imagem da besta (união do poder político com o
religioso). Isso não deve demorar, haja vista as manifestações mais intensas do ecumenismo, Nova
Era, etc.
O Remanescente é o instrumento de DEUS para chamar Seu povo que ainda está em
Babilônia. Só quando todos se ajuntarem, após a queda de Babilônia, o Remanescente estará
completo.

13. Unidade no Corpo de Cristo


O pecado causou separação entre o homem e DEUS e, conseqüentemente, entre o
homem e o homem. Isa.59:1-3; I João 4:20 e 21;

1
Água em profecia indica povos, multidões e
nações (Ap.17:15). Babilônia, segundo Ap.17:15, está
assentada sobre estas multidões, que lhe dão apoio,
seduzidas e enganadas por ela. O secamento do rio
Eufrates provavelmente refere-se à perda de apoio que
Babilônia sofrerá por parte das multidões.
AA

A cruz de Cristo é o que tira essa barreira de separação (João 12:32). Ao nos
aproximarmos de Cristo, também nos aproximaremos uns dos outros. O ensino bíblico sobre a
união segue os seguintes princípios:
1- O desejo de DEUS é que haja união entre os homens como há na Trindade (João 17:21 e 23);
2- Unidade do Espírito - Ef.4:3-6;
3- Unidade de sentimentos e pensamentos - Rom.15:5 e 6;
4- Unidade em crenças - Ef.4:4 e 5 ("uma só fé...");
Outros textos - I cor.1:10 - "...digais uma só coisa"; II Cor.13:11 - "... de um mesmo
parecer".
A maior demonstração de como deve haver união entre os crentes está na metáfora do
corpo, feita por Paulo em I Cor.12:12.
Apesar da diversidade, deve haver unidade. Mas a unidade não elimina a individualidade
de cada pessoa. Os temperamentos, gostos, arbítrio devem ser respeitados. Unidade não é
uniformidade.
Papel do Crente:
- Promover a unidade no lar - Col.3:18-21;
- Ceder para evitar confusão - Fil.2:3-5;
- Orar e comungar uns com os outros - At.1:14; 2:43-47;
- Acabar com os preconceitos - Rom.2:11; Ef.6:9;
- Os líderes devem combater e evitar qualquer atitude, atividade e pensamento que cause
divisão.
Deve-se lembrar que os apóstolos só receberam o derramamento do Espírito Santo após
desfazerem toda diferença que causava divisão; toda intriga deve ser removida do coração do
povo de DEUS, para que sejamos capacitados a terminar a obra, pela efusão final do Espírito de
DEUS.

14. O Batismo
Jesus foi batizado quando aqui esteve. O Batismo era um costume comum entre os
judeus, significando a entrada para uma nova crença, seita, sociedade, etc. Antes de subir ao céu
definitivamente, Jesus ordenou que os apóstolos batizassem todos que pudessem (Mat.28:19).
Necessidade - Marc.16:16; At.2:38; At.10:48 e 22:16. Uma demonstração e um
compromisso público de viver segundo as novas crenças.
Modo - Imersão. Argumentos:
- A língua - Gr. BAPTIDZO - tem o sentido de mergulhar;
- Os desenhos e inscrições nas catacumbas de Roma indicavam este modo;
BB

- Grandes batistérios nas antigas igrejas;


- Textos bíblicos indicando muitas águas (João 3:23; Marc.1:9; At.8:38 e 39);
- O principal argumento, porém é o do significado do rito: Rom.6 explica que o batismo é o
símbolo de nossa morte. Cristo morreu em nosso lugar, mas no batismo demonstramos que
morremos para o mal, e ressuscitamos para uma nova vida. (II Cor.5:17). Quem morre por causa
do pecado já pagou a pena e, portanto, está justificado (Rom.6:6 e 7);
Símbolo do Concerto - É o substituo da circuncisão, chamado de circuncisão espiritual
(Col.2:11 e 12).
O batismo não garante a salvação, assim como a circuncisão não garantia (Deut.10:16;
Jer.4:4; I Cor.10:1-5); Mas o que ele simboliza é que nos salva (a morte e ressurreição de Cristo);
O batismo assinala a entrada para o Reino Espiritual de DEUS, Sua Igreja Universal1.
Antes do Batismo - A Bíblia apresenta alguns pré-requisitos: Fé (Rom.10:17 e
Mat.28:19) - Fé vem pelo ensino da Palavra; Arrependimento, confissão e abandono (At.2:38);
Frutos para comprovação, assim como na ordenação (Mat.7:17 e I Tim.3:10). Fazendo parte
dessa comprovação, recomenda-se um exame por parte da Igreja, sem coerção.
Depois do Batismo - Pensar nas coisas do alto (Col.3:1 e 2); nova vida (II Cor.5:17); o
fruto do Espírito (Gál.5:22); parte na grande comissão (Mat.28:18); vida de boas obras (Gál.5:6 e
Ef.2:10).
Batismo de Crianças - É muito relativo, mas em geral não é aconselhável: 1- Não há
registro bíblico; 2- Deve-se ter maturidade para realmente entender o significado do rito e dos
princípios do Evangelho; 3- Maturidade para entender o significado e a responsabilidade de ser
membro de Igreja.
Em todo caso, filhos de pais crentes são batizados tendo em vista que os pais se
responsabilizam pelo crescimento espiritual;

15. A Ceia do Senhor


Foi Jesus que instituiu em João 13. A Ceia veio substituir a Páscoa dos judeus. É
composta de duas partes: O lava-pés e a ceia.
1- O Lava-pés - a- Símbolo da humilhação de Cristo (Mat.20:28; Fil2:7). b- Foi ordenado por
Jesus em João 13:10. c- Também é símbolo da purificação do batismo, ou da purificação pelo
sacrifício de Cristo. d- Além disso, lembra que nosso perdão é condicional ao perdão que damos
ao próximo (Mat. 6:14 e 15).

1
Por esse motivo não precisamos rejeitar o
batismo de outras igrejas, desde que tenha sido feito
de maneira correta.
CC

2- A Ceia - Paralelo com a Páscoa:


- A Páscoa comemora a libertação do Egito; a Ceia, a libertação do pecado;
- O sangue do cordeiro livrou os Israelitas da morte; O sangue de Cristo livra o pecador da morte
eterna;
- O cordeiro alimentou o povo antes da saída; O Pão da Vida nos dá forças para prosseguirmos.
Comer o corpo de Cristo é alimentar-nos de Sua palavra (João 6:32-35 e 63; Mat.4:4);
Transubstanciação - Diz que o pão realmente transforma-se no corpo de Cristo e o vinho
no sangue. Os A.S.D. não aceitam essa idéia. Jesus apenas usou uma metáfora, como em várias
outras ocasiões. Ele disse: "Eu Sou a porta..." (João 10:7 e 9); "Eu Sou a Videira" (João 15:1-3);
etc. Não significa, porém, que Ele literalmente transforma-Se numa porta, ou numa videira. A
cerimônia é apenas um símbolo, assim como o batismo. Não há nenhum milagre sobrenatural,
além da renovação da consagração dos pecadores penitentes.
Outros Símbolos - Pão e vinho sem fermento, que geralmente é símbolo de pecado ou
falsas doutrinas (I Cor.5:7; Mat.16:6). Jesus não teve pecado;
Era chamada de festa do amor (Gr. AGAPE) - A Ceia contribui para a unidade. Cristo é
o elo de união dos crentes (I Cor.10:16 e 17);
Também é anúncio da segunda vinda, e por isso, também da ressurreição (Mat:26:29;
AP.19:9 - "As bodas do Cordeiro").
Quem pode participar: a- Só os crentes batizados - Jesus ministrou só aos 12; b-
Crianças só batizadas; c- Forma Indigna não(I Cor.11:27) - Má conduta (desavença, pecados
acariciados, etc.) Mat.5:23-25; Falta de fé no sacrifício de Cristo. Dessa forma, Cristo é rejeitado
e quem O rejeita torna-se culpado de Seu sangue derramado na cruz (Heb.6:6 e 10:29);
OBS: Não podemos julgar quem é indigno e quem não é, pois Jesus estendeu o pão a
Judas. A responsabilidade é individual.
Rebatismo - Procedimento pecaminoso secreto que já foi resolvido entre o pecador e
DEUS não impõem rebatismo. A Ceia aparece como opção para restaurar a comunhão dessas
pessoas.

16. Dons Espirituais


Quando Jesus aqui esteve contou a parábola dos talentos - Mat.25:14 e 15; Quando Ele
partisse, o Espírito Santo distribuiria os dons espirituais conforme a capacidade de cada um para
desenvolvê-los (Ef.4:7 e 8 - "...deu dons aos homens").
Quais são os dons ? 3 listas: Ef.4:8-11; I Cor.12:8-10; Rom.12:4-8;
Os dons são vários, mas devem promover a unidade, porque o Espírito que os distribui é
um (Ef.4:4). Isso é bem ilustrado por Paulo em I Cor.12, com a ilustração do corpo humano.
DD

Hierarquia dos Dons - Existem dons mais importantes que outros ? Sim (I Cor.14:1-5).
Mas a importância é medida pela esfera de serviço. Quem pode servir mais, é considerado maior.
Não é para exaltação própria.
O Fruto É Mais Importante - Mais importante que os dons é o amor e o fruto do
Espírito (I Cor.12:31..."caminho mais excelente"; I Cor.13 e 14:1).
Propósito dos Dons:
a- I Ped.4:10 e 11 - Para servir aos outros e para glorificar a DEUS("...administre AOS outros...
para que DEUS seja glorificado");
b- Ef.4:11-15 - Edificação da Igreja (v.12); confirmação e aperfeiçoamento dos crentes (vv.12 e
15); para que haja unidade (v.13).
Papel dos Líderes - Incentivar e treinar os membros a exercitarem os dons.
Papel dos Crentes - Orar (Tiago 1:5) e buscar (I Cro. 14:1).
OBS: Os dons não são recompensa pelo bom trabalho ou comportamento, mas são
instrumentos para avançar a causa de DEUS. Só recebe quem quiser trabalhar para DEUS.
- O Espírito Santo é quem nos usa e não nós a Ele (Fil. 2:13). Devemos pedir que Ele
nos use onde achar melhor e abrir a mente à Sua influência.
- Mesmo que alguns dons sejam considerados mais importantes porque têm maior esfera
de serviço, não significa que os outros são dispensáveis. Diante de DEUS todos têm o mesmo
valor;

17. O Dom de Profecia


Depois do pecado, DEUS passou a comunicar-se através dos profetas. Portanto, o Dom
de Profecia é bem mais antigo que Ellen White.
Definição: a- Profeta - Não é só quem tem visão do futuro ou que adivinha segredos. E
um porta-voz de DEUS, o meio pelo qual DEUS dá mensagens ao povo (Êx.7:1 e 2; Amós 3:7;
Heb.1:1)1; às vezes são chamados de videntes (I Sam.9:9);
V.T. - Judas 14; Deut.18:15 e 18; II Reis 17:13 e 21; Jer.35:15 - Parece que o primeiro
profeta atuante de que se tem notícia do V.T. é Enoque. Depois temos a história de Noé, pelo qual
DEUS ofereceu misericórdia durante mais de um século. Semelhantemente, DEUS libertou o
povo de Israel pelo ministério de um profeta e, durante toda a existência de Israel, o Senhor
sempre enviou Seus mensageiros com grandes sinais, para advertir, exortar, condenar, castigar,
etc., mas sempre com o propósito de conservar Seu Povo.
1
Alguns críticos dizem que os profetas
incentivavam o povo a fazer determinada coisa dizendo
que era a vontade de DEUS, e se o povo conseguisse,
eles eram respeitados como profetas de DEUS.
EE

N.T. - Aparece como um dos mais importantes dons (Rom. 12:6; I Cor.12:28; 14:1 e
5; Ef.4:11). Essa importância já era salientada desde o V.T. - Prov.29:18 - "Não havendo
profecia..." Algumas funções desse dom são:
1- Fundação da Igreja (Ef.2:20); 2- Extensão da Igreja (missionários enviados - At.16:6-10 e 13:2
e 3); 3- Advertência, consolo e conforto (Jer.35:15).
Últimos Dias: Ap.12:17; 14:12; 19:10 - Após a morte dos apóstolos o dom arrefeceu.
Dois motivos básicos: a- Falsos profetas; b- Declínio moral e espiritual;
Joel 2:28-31 é aplicado aos tempos finais também.
O Testemunho de Jesus (Ap.19:10): Profecia é uma mensagem direta de DEUS,
anunciada por um profeta. Assim, o Testemunho que vem de Jesus, é uma profecia. Em certo
sentido, todos os que são instrumentos de DEUS dando uma mensagem nova, inspirada por Ele,
são profetas.
Provas do Verdadeiro Profeta: São 4 características principais, as quais devem aparecer
juntas em um profeta verdadeiro. Se faltar uma, não procede de DEUS:
1- Isa.8:20; Deut.13:1-3 - Falar conforme a Palavra de DEUS;
2- Deut.18:22; Jer.28:9 - Predições devem se cumprir;
3- Mat.7:16-20; Gál.5:22 - Frutos de uma vida santificada;
4- Aceita e entende a encarnação e cruz de Cristo I João 4:2 e 3;
Sinais Físicos: Um profeta em visão deve apresentar as características que a Bíblia
apresenta: Dan.7:15, 28; 8:17, 18 e 27; Núm.24:3 e 4; Ap.1:10 e 17; e outros.
Ellen White: Como já foi visto, uma das características do Remanescente final seria a
presença do Espírito de Profecia. Se em toda a História do Seu povo DEUS sempre suscitou
profetas, não seria nas horas mais difíceis que Ele deixaria de fazê-lo.
Justamente após o início do tempo do fim, em um período de intensa renovação
espiritual, surge a figura da jovem Ellen Harmon, mais tarde, Ellen White, devido o casamento
com Thiago White.
Nasceu em 26/11/1827 e morreu em 1915; não assumiu o título de profetisa, mas de
mensageira. O teste das 4 características foi-lhe aplicado e foi reconhecida por pessoas reais, de
boa conduta, com comprovação histórica.
Seus escritos sobre saúde e Educação impressionam ainda hoje, pela quantidade de
novidades que trazem, tendo sido escritos no século passado; Suas descrições da História Bíblica
na série "O Conflito dos Séculos" contribuem para a credibilidade de sua inspiração.
Profecias cumpridas ou em cumprimento - Surgimento e expansão do Espiritualismo;
União do Protestantismo, Catolicismo e Espiritualismo; Suas cartas particulares (ainda existentes)
revelando segredos, são também uma prova de sua inspiração.
FF

Relação com a Bíblia: Apesar de sua inspiração ser a mesma dada aos escritores, sua
autoridade não é a mesma. Não foi propósito de DEUS que ela trouxesse doutrinas, ou
mandamentos. A Bíblia é a única regra de fé e prática.
Os Testemunhos vieram por causa da negligência da Bíblia pelo povo de DEUS. Sua
função é chamar a atenção para a Bíblia, a luz maior (ver Test. Seletos, vol.2, pp. 279-281).
Conselho: II Crôn.20:20; I Tes.5:19 e 20.

18. A Lei de DEUS


É a expressão do caráter de DEUS. Possui atributos de DEUS:
- DEUS é perfeito - Sua lei é perfeita (Sal.19:7);
- DEUS é santo, justo e bom - A lei também (Rom.7:12);
- DEUS é a verdade - Sua lei é a verdade (Sal.119:142);
- DEUS é eterno - Sua lei é eterna (Mat.5:17 e 18);
- DEUS é amor - O cumprimento da lei é o amor (Rom.13:10);
- DEUS é espírito - Lei espiritual (Rom.7:14);

A lei expressa os princípios fundamentais do reino de DEUS, sobre os quais Jesus falou
no sermão do monte, esclarecendo e corrigindo as interpretações incompletas;
Objetivo: Podemos destacar os principais:
- Revelar o caráter de DEUS (ver textos acima);
- Revelar Sua vontade para a conduta do povo;
- Para padrão de julgamento (Ecl.12:13 e 14; Tiago 2:12);
- Para apontar o pecado (Rom.3:20; 7:7);
- Mostrando o pecado, ela leva-nos a Cristo (Gál.3:24);
- Para restringir o mal (Gál.3:9; Marcos 7:21 a 23);

Lei Eterna: A lei é eterna porque expressa a base de governo e o caráter de um DEUS
santo e justo (Mal.3:6; Tiago 1:17);
Ela já existia antes do mundo, pois se Lúcifer pecou e "pecado é transgressão da Lei" (I
João 3:4), então ela já existia (Rom.4:15 - "onde não há lei..." ). Depois da criação com Abraão
(Gên.26:4 e 5); No Êxodo (Cap. 16:28).
No Sinai DEUS tirou toda a dúvida - Êx.20. Ele própria falou-a e a escreveu. Os 10
Mandamentos são considerados a única parte em que ocorreu Inspiração Verbal na Bíblia.
Antes do fim do mundo, a Lei será perseguida (Ap.12:17), outra prova de que não pode
ter passado com a morte de Cristo.
O juízo será pelas obras e a base é a lei. Ela estava dentro da arca, representando a base
do trono de DEUS. No Ap.11:18 e 19 ela foi vista no Céu.
GG

Evangelho e Lei: A salvação não é pela lei, ou não precisaríamos de Jesus (Ef.2:8 e 9); A
justificação também não é pela lei (Rom.3:20). Se pudéssemos viver sem transgredi-la, ninguém
necessitaria morrer por nós.
A lei será cumprida automaticamente pelos santificados por DEUS (Rom.6:1, 2, 14 e 15;
Heb.10:26 e 27). A graça só virá sobre os que obedecem a lei - Rom.2:13; Sal.103:17 e 18;
Prov.28:9 - "O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei..." Não anularemos a lei com a fé, mas a
cumpriremos (Rom.3:31).
Qual a Lei que Passou?
A Bíblia fala de duas leis: A Moral (os 10 Mandamentos) e
a cerimonial (dos sacrifícios). A diferença entre essas duas
leis está no quadro a seguir:

Lei Moral Texto Lei Cerimonial Texto


Ficava dentro da Heb.9:4 Ficava fora da arca Deut.31:24-26
arca
Escritas em pedra Êx.24:12 Escrita em livro II Crôn.35:12
É perfeita Sal.19:7 Nada aperfeiçoou Heb.7:19
É eterna Sal.111:7,8 Cravada na cruz Col.2:14
Não revogada Mat.5:17 e 18 Permaneceria até certo tempo Heb 9:10 e 12
As leis cerimoniais surgiram depois do pecado, mas a lei existe tanto quanto DEUS, pois
é a expressão de Seu caráter.
Já a lei cerimonial foi implantada com o fim didático, para ensinar o plano da salvação,
para anunciar a vinda do Cordeiro de DEUS, quando isso fosse cumprido, não haveria mais
necessidade de cumpri-la( Heb.9:9). Dan.9:27 já anunciava a cessação dos sacrifícios pelo
Messias.
Cristo e a Lei: Ele a engrandeceu ou foi por ela engrandecido - Isa.42:21; Mat.5:17 e 18;
Mat.7:21-23; João 14:15; etc.
O Novo Mandamento: Já existia em Lev.19:18. O grego tem duas palavras para "novo"
em grego: NEOS e KAINOS. A primeira tem o sentido de fabricado agora, realmente novo,
novidade; a segunda quer dizer com aparência de novo, nova roupagem.
Os Apóstolos: Seus escritos estão cheios de referências à prática da lei - Rom.2:13 e
3:31; Tiago 2:10-12; I João 2:4; etc.
Guardamos a Lei Por quê? - Por amor (João 14:15); Por dever (Ecl.12:13 e 14); Por que
foi escrita em nosso coração no batismo (Heb.8:10).
HH

Por que Negativa? - Talvez por causa da natureza pecaminosa (Mar.7:21-23). Ela veio
mostrar o erro (Rom.7:7).
A negativa é mais convincente para mostrar o que está errado.
19. O Sábado
Instituído na Criação. Vejamos o sábado ao longo da Bíblia:
1. Foi instituído na Criação do mundo para todos os homens, não havia judeus ainda - Gên.2:1-3;
O que DEUS abençoa e santifica não é algo qualquer que pode ser mudado por ordem humana;
2. Foi relembrado após o êxodo - Êx.16. A experiência do maná mostra que o sábado já era
sagrado antes da lei do Sinai;
3. Foi ordenado como mandamento divino - Êx.20:8-11; O motivo é relembrar, comemorar a
criação divina. O sábado é uma garantia contra idéias humanas que tentam rebaixar o valor
humano, tornando-o descendente do macaco. O sábado é o sinal de que fomos criados por
DEUS;
4. Existe um Salmo especial para o dia de sábado - Sal.92;
5. A maneira de santificar o sábado e uma promessa divina é apresentada pelo profeta Isaías -
Isa.58:13 e 14;
6. É um sinal de que pertencemos a DEUS, o Criador - Ez.20:8 e 20;
7. Jesus, como seguia essa idéia, aproveitava os sábados para ir à igreja, como nos fala Luc.4:16;
8. Os apóstolos santificaram o sábado mesmo quando Jesus estava morto - Luc.23:56;
9. Depois da ressurreição de Jesus, os apóstolos ainda santificavam o sábado e pregavam contra
os que queriam transgredir os 10 mandamentos - Atos 17:2; 18:4; especialmente Tiago 2:10;
10. Jesus mostrou que no sábado pode-se e até deve-se fazer o bem - Mat.12:11 e 12.
Não Passou: a- A lei não passou (Mat.5:17 e 18); b- Foi feito perpétuo. Êx.31:16 e
DEUS não muda (Mal.3:6); c- Era extensivo aos estrangeiros (Isa.56).
Significado :a- Memorial da Criação (Êx.20:8-11);
B- Sinal de santificação e lealdade (Êx.31:13; Eze.20:20);
C- Símbolo descanso em Cristo e do descanso eterno do pecado.
Domingo na Bíblia: As passagens que falam do primeiro dia da semana são as seguintes:
Mat.28:1; Mar 16:2; Mar 16:9; Luc. 24:1; João 20:1; João 20:19; At.20:7; I Cor.16:2.
Em nenhum desses textos há qualquer ordem para santificação do domingo. Os que
consideram o domingo um dia de guarda baseiam-se na doutrina Católica que afirmou, durante
toda a Idade Média, que a Igreja tem autoridade para mudar as leis de DEUS. Em virtude disso, a
Igreja decidiu que o domingo passara a ser um dia santo em virtude da ressurreição de Jesus. A
institucionalização do domingo começou com o decreto de Constantino em 07/03/321, e mais
tarde foi confirmado pelos concílios da Igreja Católica. Essa mudança foi profetizada: Dan.7:25.
Maneira de Santificar: Lev.23:32; Isa.58:13,14; Mt.12:12;
20. Mordomia

DEUS criou o Universo e tudo que nele há. Assim, tudo Lhe pertence (Sal.24:1). DEUS
colocou o homem neste planeta para cuidar - UM MORDOMO.
II

Com a desobediência, o homem rejeitou essa mordomia, inconscientemente, talvez, o


homem quis apossar-se de tudo, mas o diabo é que passou a ter domínio desse mundo. Embora
DEUS tenha-lhe limitado esse domínio, ele passou a ser o "príncipe desse mundo". Mas durou
até a cruz, quando Jesus tornou resgatou a humanidade. Agora, o mundo pertence a DEUS por
dois motivos: Criação e Redenção.
Mordomia em 4 Áreas:
1- Corpo - I 6:19 e 20; I Cor.3:16; Lev.11 1; I Cor.10:31 - Essa área abrange a saúde, quer no
vestuário, na alimentação, exercícios, "alimento mental", etc.;
2- Talentos - Mat.25 (a parábola). Como já foi dito, tanto os talentos como os dons espirituais são
concedidos para um melhor serviço em prol do desenvolvimento do Reino de DEUS;
3- Tempo - Ef.5:15 e 16; Sal.90:12; o sábado, os afazeres, etc. DEUS criou o homem para que
ele tivesse ocupação contínua. Ociosidade é contra as leis de DEUS;
4- Posses - No Éden era a árvore da vida. Depois o dízimo e ofertas. O princípio geral é que tudo
vem de DEUS (Tiago 1:17; Deut.8:18) e o décimo é colocado como sinal de fé e fidelidade.
O Dízimo foi instituído por DEUS- Lev.27:30-32; Mal.3:10. Já era um costume nos
tempos dos patriarcas (Gên.14:20; 28:22).
a) Propósito dos Dízimos - Sustento dos levitas (os sacerdotes e os que cuidavam do templo) -
Deut.18:21-24;
Quando o santuário cessou, os ministros dos templos passaram a recebê-lo (I Cor.9:11-
14). Mal.3:10 diz "para que haja mantimento..."
Ofertas - O tabernáculo foi construído com ofertas (Êx.30 e II Crôn.29:14). Havia
ofertas estipuladas(Êx.30:15) e ofertas voluntárias (II Reis 12:4 e 5). Há quem encontre base
bíblica para a idéia de que os israelitas davam 2 ou 3 dízimos.
OBS: O restante não é para ser usado a bel prazer, pois quem foi salvo por Cristo anda
em justiça e gastará em prol do que é "justo, amável..." (Fil.4:8); caridade (Mat.25:34-40).
Um princípio universal que deve ser retrato de nossa vida - Luc.12:15; I Tim.6:18 e 19.
A infidelidade atrai a maldição - Mal.3; "Amor ao dinheiro é a raiz de todos os males".
Ecologia - O cuidado com o planeta - Ap.11:18.
Bênçãos da Mordomia - Educa e protege contra a avareza, cobiça; Promove hábitos de
economia e condena o desperdício; viabiliza o cuidado dos outros pela caridade; apressa a
concretização da esperança (Mat.24:14).
Recompensa aqui e na eternidade:Mal.3:10-12;Luc.18:29-30.
1
Há quem diga que esse capítulo expressa
proibições cerimoniais, não de saúde. O motivo para
não comermos certas carnes não deve ser essa
proibição.
JJ

21. Conduta Cristã


A conduta cristã de um crente resume-se em uma vida de santificação, que é resultado
natural de quem experimentou a justificação em Cristo Jesus. Contudo, há detalhes de conduta os
quais necessitam de uma correta interpretação dos princípios bíblicos de conduta e convivência
dos crentes. Vejamos alguns desses detalhes:
1- A vida de um cristão é um contínuo sacrifício de gratidão a DEUS - Rom.12:1,2. A
não conformação com este mundo não significa alienação dele (João 17:15, 16). O cristão deve
ser no mundo o sal e a luz (Mat.5:19 e 20);
2- Uma vida santa implica em cuidado com a saúde - I Cor.3:16 e 6:19 (I Cor.10:31).
Isso abrange um estilo de vida o mais natural possível, fazendo uso dos "remédios da natureza"
como forma de promover saúde (sol, água, ar, exercício, boa alimentação, repouso, vestuário
adequado).
3. O princípio da temperança (Gál.5:22; Tito 1:8; II Ped.1:6) - "Temperança é abster-se
de tudo o que prejudica e usar com moderação o que é
benéfico". Assim, ainda que na Bíblia não mencione o fumo, o princípio da temperança avisa ao
cristão para abster-se dele. Além do fumo, é imperioso que o crente abstenha-se de bebidas
alcoólicas e de drogas1.
4 - O princípio da pureza - implica no abandono de tudo o que é pervertido, dando lugar
ao princípio de Fil.4:8: "Tudo o que é puro...". Isso exclui da vida do cristão programas e revistas
imorais e violentos, músicas estimulantes de baixos sentimentos, jogos de vício, etc. (Tia.4:8; I
João 3:3). Este princípio ainda governa os hábitos de vestuário no que diz respeito à decência.
Devem os cristãos cuidar em não despertar maus pensamentos, ações e sentimentos nos outros.
5 - O princípio da aparência do mal (I Tes.5:22) - Isso inclui certos costumes que são mal
interpretados pela cultura da época, para que o bom nome da Igreja seja velado (I Cor.10:32;
Rom.2:24); ainda refere-se a ambientes impuros e de má fama (Sal.1:1).
6 - Princípio da Conduta Sexual - Está intimamente ligado à pureza. Além do adultério
condenado na lei de DEUS, a Bíblia condena a sodomia e a fornicação (sexo fora do casamento),
bem como toda conduta pervertida em relação ao sexo - Ef.5:3-5; Heb.12:16; Ap.21:8.
7 - Princípio de Não Causar Escândalo - Esse foi claramente anunciado por Jesus -
Mat.18:6 e 7; Rom.14:13 e 15; I Cor.8:9 e 13. Rom.14 fala da paciência com os mais novos na fé.
Conclusão - A conduta cristã abrange toda a vida do cristão, pois "para o verdadeiro adorador,
todo o mundo é um templo onde DEUS está presente" 2(Sal.139:1-10). A preocupação do cristão

1
Inclui-se aqui os analgésicos utilizados por
muitos já por dependência.
KK

deve ser a de Davi - Sal.139:23 e 24 - "Sonda-me...", e seguir o conselho de Paulo - Rom.13:12-


14 - "Andemos honestamente, não em ..."
22. Matrimônio e Família
I. A família foi instituída por DEUS - Gên.1:27 e 28; 2:18-24; "Macho e fêmea os criou"
para viverem juntos, um completando o outro. Diz a Escritura Sagrada que isso é muito bom
(1:31).
No ideal divino, estabelecido na Criação, é que o casal se complete. A mulher deve ser
"idônea" (comparável, que esteja diante de, correspondente), isso ressalta a igualdade de ambos e
o relacionamento de complementação mútua entre homem e mulher.
II. Uma Só carne - Para isso há a necessidade de deixar os parentes. O motivo é exaltar o
novo tipo de relacionamento, o qual não deve ter rival. Uma união como prevê a Bíblia deve estar
livre de influências de outras pessoas, mesmo parentes.
A expressão que indica união entre o homem e a mulher é a mesma usada para a união
entre DEUS e Seu povo - "...só a Ele servirás"(Deut.10:20). União matrimonial exige exclusi-
vidade.
A união em "uma só carne" abrange alguns aspectos:
1- Jugo desigual: Amós 3:3; II Cor.6:14-16. O motivo é a tendência a apostasia ou do cônjuge, ou
dos filhos (Deut.7:4). DEUS quer que andemos em caminho seguro, com o mínimo de
sofrimento. Há muito constrangimento em um lar dividido por religião, especialmente no que
tange à educação dos filhos. Idade, saúde, cultura, etc., também podem ser considerados ao se
avaliar um relacionamento em jugo desigual;
2- Sexo: Foi criado por DEUS antes do pecado. É para ser uma bênção (Gên.1:27, 28). Isso
implica em fidelidade e pureza sexual para o casamento.
3- Significado Espiritual: O sentido em ser "uma só carne" é o mesmo da Trindade, quando se diz
que os três são Um. União de propósitos, ação, sentimentos, etc.;
III. Desvios: Com o pecado.
a- No relacionamento - Gên.3:16 ("Teu desejo será para o teu marido") menciona uma mudança
não muito bem interpretada. DEUS não mandou que o homem dominasse a mulher nesse verso,
mas que a protegesse. A mulher se submeteria por passar a ser um "vaso mais fraco" (I Ped.3:7);
b- Poligamia - Os casamentos poligâmicos do V.T. foram tolerados pela misericórdia de DEUS
em função do contexto histórico, mas revelaram-se cheios de intrigas e disputas, e esse não é o
ideal de DEUS.

2
Pr. José Carlos Ramos, em sermão na igreja do
IAENE.
LL

c- Fornicação, Adultério e toda Perversão: Como já foi discutido, repetimos alguns textos -
Êx.20:14; Lev.20:10-12; I Cor.6:9; Gál.5:19; Deut.27:20-23. O objetivo de DEUS é sempre
poupar sofrimento ao homem, por isso a proibição daquilo que aparentemente é prazeroso;
d- Divórcio - Como já mencionamos no começo dessa seção, o homem e a mulher deveriam ser
uma só carne, assim como a Trindade é Um só. Embora não seja obrigado, Jesus sancionou o
divórcio apenas por quebra dos votos - Mat.19:8 e
9.

IV. Dinâmica da Família :


1- O Pai - É o sacerdote e o líder da família (Col.3:18-21; Ef.5:23-28). Mas
há a ressalva de que a liderança do pai deve ser como a de Cristo - proteger,
entregar-se a si mesmo, etc.
O pai deve preocupar-se em ensinar a verdade aos filhos constantemente
(Deut.Deut.6:6-9). Deve evitar irritar o filho (Col.3:21);
2- Mãe - É a auxiliadora idônea e deve ajudar o pai em tudo. O retrato da mulher louvável está
em Prov.31:10-31;
3- Os filhos devem submissão aos pais (Col.3:20), assim como honra e obediência (Prov.4:1);
Os pais devem procurar educar os filhos, zelando pelo "desenvolvimento harmônico das
faculdade físicas, mentais e espirituais"(Prov.22:6). Quando preciso, devem fazer uso da disciplina
(Prov.13:24 e 23:13). A educação dos filhos é parte da Mordomia Cristã (Sal.127:3).
V. Simbolismo Teológico: O casamento representa a íntima união entre o crente e
DEUS, entre Ele e Sua Igreja. Várias vezes esse relacionamento é descrito como um casamento,
onde Jesus é o noivo. No sexo, encontramos o símbolo da mais íntima união que pode existir
entre DEUS e o homem, o símbolo do encontro final entre Jesus e Sua Igreja.
23. Santuário
O Santuário é considerado doutrina exclusiva dos A.S.D., e foi a mensagem que
resgatou os Milleritas da grande decepção. É a espinha dorsal de todas as doutrinas dos A.S.D. .
O Santuário foi criado por uma ordem divina - Êx.25:8. DEUS mostrou o modelo e deu
detalhes de tamanho, material, etc.
Polêmica: Há um santuário no Céu ? Há uma certa divisão acerca desse pensamento.
Uns dizem que sim (Heb.8:1 e 2; 9:23 e 24; Ap.15:4), pois DEUS pode limitar-se, se quiser;
outros, querendo proteger a infinitude de DEUS (como se pudessem), preferem dizer que não,
MM

mas DEUS apenas mostrou uma "maket"; ainda há a idéia de que o santuário mencionado em
Hebreus, é todo o céu, onde DEUS habita.
O Santuário Terrestre: Tinha objetivo didático, para ensinar o plano da Redenção. Todo
ele apontava para Cristo e Seu ministério para a salvação do homem. Assim, A doutrina do
Santuário é "Justificação pela fé" e "Salvação pela graça".
A seguir está o gráfico do Santuário e os principais símbolos nele contidos:

╔════════════════════╤═════════════════════════════
════╗
║ │ ┌────────────┐ ║
║ │ │ 3 │ ║
║ │ │ │ ║
║ │ └────────────┘ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ ┌────────┐ │ ║
║ │ │ │ ┌─────┐ ║
║ │ │ │ │ 5 │ ║
║ │ 6 │ │ │ │ ┌─┐ ┌───┐
║ │ │ │ └─────┘ │2│ │ 1 │
║ └────────┘ │ Santo └─┘ └───┘
║ │ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ Santíssimo │ │ 4 ║
║ │ │││││││ ║
║ │ │││││││ ║
║ │ ┴─┴─┴─_─┴ ┴─┘ ║
║ │ ║ ║
║ │ ║ ║
║ │ ═══╩═══ ║
╚════════════════════╧═════════════════════════════
════╝

O simbolismo dessas peças, resumidamente, é assim:


1. Altar de Sacrifícios - Símbolo da cruz de Cristo, onde o Verdadeiro Cordeiro
morreria;
2. Pia - Símbolo do Batismo, que marca a purificação dos pecados que Jesus Cristo faz
no homem que nEle crê;
3. Mesa com pães - 12 tribos de Israel, por isso 12 pães. Indicavam que Jesus é o "Pão
vivo que desceu dos Céus" (João 6:51);
4. Castiçal - Jesus é a luz do mundo;
5. Altar de incenso - Orações que sobem a DEUS como um perfume suave;
NN

6. Arca da Aliança - O principal móvel do templo. Símbolo do trono de DEUS. Em


cima da Arca, sobre o propiciatório, acontecia diariamente a manifestação visível da
presença de DEUS: o "SHEKINAH". Uma nuvem sobrenatural de luz e glória, de
onde DEUS falava.
No Santíssimo só entrava o Sumo-sacerdote, uma vez por ano, numa festa religiosa
chamada "Dia da Expiação", sobre a qual estudaremos mais adiante. No Santo, porém,
o serviço era diário. Os 3 Temas do Santuário: 1- Sacrifício Substitutivo de Jesus
Cristo (Heb.9:22; Rom.6:23). O cordeiro era símbolo de Cristo (João 1:36; Ap.5).
2- Intercessão de Jesus - I Tim.2:5 ("Um só Mediador...); I João 2:1; Isa.53:12. O
sacerdote era símbolo de Cristo. Jesus era o meio de chegarmos individualmente a
DEUS (Heb.7:25; 4:15 e 16).
3- Juízo (Lev.16)- Os 3 juízos (Investigativo, confirmativo e executivo). A cerimônia
era no dia 10 do 7º mês, em Outubro do nosso calendário.
Nesse dia, o Sumo-Sacerdote purificava-se e escolhia dois bodes, um representando
Cristo (Expiatório) e outro representando Satanás (Azazel ou emissário). O Expiatório
era morto e seu sangue era aspergido diante da arca, em cima do propiciatório,
simbolizando que, diante de DEUS, o sangue de Jesus derramado na cruz substituía
nossa morte, e pelo Seu sangue, somos justificados de nossos pecados. Assim, o povo
era considerado limpo de seus pecados, pois o Cordeiro morreria em seu lugar.
Finalmente, o Sumo-Sacerdote trazia o outro bode, lançava sobre ele todos os
pecados, e enviava-o ao deserto para morrer. Isso simbolizava o milênio e a morte final
do mal, quando Satanás será destruído pelos seus pecados e levará a culpa dos pecados
confessados dos justos, já que ele foi o causador inicial de tudo.
Assim, o Santuário abrange o juízo investigativo (começou em 1844 - Dan.8:14) com
a entrada do sumo-Sacerdote no Santíssimo; O juízo Confirmativo (durante o milênio -
I Cor.6:1-3; Ap.20), quando o bode é mandado para o deserto; o juízo executivo (após
o milênio - Ap.20:7-15), quando o bode azazel é morre no deserto.
A Purificação: Lev.16 conta como acontecia a cerimônia. O simbolismo era o
seguinte:
- Cada dia o povo vinha oferecer sacrifícios em busca do perdão. Ao oferecer o
sacrifício, mostravam que criam e aceitavam o ministério do Messias futuro. Eram,
pois, perdoados pela fé.
- Seus pecados, simbolicamente, ficavam no Santuário, pois o homem não pode
resolver o problema do pecado, por isso DEUS toma o pecado do homem para dar-lhe
fim;
OO

- DEUS determinava um dia para eliminar esses pecados. Era o dia da Expiação (tirar a
culpa). Dia 10 do 7º mês;
- Nesse dia o sacerdote fazia a cerimônia dos dois bodes. Era o único dia que ele
entrava no Santíssimo. O Santíssimo era símbolo do trono de DEUS. Diante de DEUS
será feito o julgamento, e Jesus estará ao lado do Pai mostrando Seu sangue
derramado em favor dos que se arrependeram;
- Quando o Sumo-Sacerdote colocava os pecados sobre o bode e este morria, o
Santuário ficava limpo dos pecados.
Os Milleritas - Guilherme Miller estudou as profecias de Daniel e ficou impressionado
com a relação entre Dan.8:14 e essa cerimônia. Ele fez a descoberta que iria
revolucionar a América do Norte - Dan. 8:14 - "Até 2300 tardes e manhãs e o
Santuário será purificado". Para ele esse texto não poderia referir-se ao Santuário de
Jerusalém, que estava desativado. Logo, o santuário só poderia ser a Terra.
Se após o período de 2300 dias DEUS viria purificar a Terra, então, se pudesse achar
o início desse período, acharia o dia do fim do mundo pelo retorno de Jesus.
Para chegar a essa conclusão final, ele passou por algumas descobertas. Algumas
delas foram:
- Em Profecias com referência de tempo, um dia representa um ano (Ezeq.4:6-8);
- O período de 2300 dias começar ou junto com um período menor, "as 70 semanas", e
ambos começaram com o decreto para reconstruir Jerusalém, em 457 a.C. (Dan.9:24-
27);
- A purificação do Santuário era uma cerimônia que representava o juízo final;
- O período começando em 457 a.C., terminaria em 1844 a.d.;
Houve uma grande comoção na América do Norte. Conversões e milagres ocorreram,
pois o povo passou a buscar a DEUS como se disso dependesse sua vida. E em
22/10/1844 ocorreu a grande decepção.
O erro de Miller foi confundir o santuário com a Terra. O correto seria saber que a
cerimônia representava aspectos do ministério de Cristo.
Em 1844 começaria o Juízo no Céu, pois era isso que a cerimônia de purificação do
santuário representava. É disso que trata o livro de Hebreus, do Ministério de Jesus
como Sumo Sacerdote no Céu - Heb.8:1 e 2; 9:11-15.
O Juízo: I Ped.4:17 - "...Já é tempo que comece". Conclui-se que DEUS deve ter
começado pelos justos.
Nossa conduta ante o juízo deve ser de confiança em nosso Advogado (I João 2:1;
Rom.8:34; Heb.4:14-16); devemos proclamá-lo a todos os que não estão advertidos
(Ap.14:6-12). O Juízo de DEUS é liberdade para os justos.
PP

Predestinação e Juízo: A predestinação bíblica é para o serviço, não para a salvação.


Quando Paulo fala da Predestinação, ele quer dizer que todos os homens estão
predestinados a serem salvos, pois Jesus já nos salvou, já nos perdoou. Só precisamos
aceitá-Lo como o nosso Substituto. Paulo não está dizendo que todos serão salvos,
nem que só um grupo especial escolhido de DEUS será salvo, mas está proclamando
que a salvação está aberta a todos que quiserem. (Rom.8:28 e 29; Ef.1:4 e 5; João
3:16; II Ped.3:9). Se existisse predestinação de alguns, para que Juízo ? Não existe
harmonia entre uma e outra coisa.

2.300 tardes e manhãs


┌─────────────────────────────────────────┐
│ │
457 a.C. - Dec.Artaxerxes 1844 a.d.
Início do Juízo

24. Segunda Vinda de Cristo


Mais de duzentas referências em toda a Bíblia. Não há como negar essa mensagem.
Mas há discussão quanto a maneira e propósito dessa vinda. 1.Referências no V.T.:
Sal.50:3-5; Isa.25:31; Dan.2 e Dan.7; Embora a ênfase do V.T. seja a 1ª Vinda, temos
claramente a mensagem da segunda Vinda nele. Um dos mais magníficos textos é o da
estátua do sonho de Nabucodonozor, em Dan.2:
O sonho mostrava uma estátua formada por diversos materiais. Em resumo, era
assim:
Cabeça - de ouro;
Peito e braços - de prata;
Ventre e quadril - de bronze;
Pernas - de ferro;
Pés - barro e ferro misturados;
Aparecia uma pedra que atingia a estátua nos pés e acaba com tudo. A pedra enche a
terra.
vv.36-45 - Daniel dá a interpretação. Cada material da
estátua representa um Império da história. Qualquer
livro de História Geral Antiga mostra a mesma seqüência
da profecia de Daniel. A tabela a seguir mostra a
interpretação histórica do sonho.

Cabeça de ouro Babilônia 605/6 - 538


QQ

Peito/braços de prata Medo-Pérsia 538 - 331


Ventre de bronze Grécia 331 - 168
Pernas de ferro Roma 168 -476 a.d.
Pés de barro e ferro Europa dividida Após 476a.d.

A pedra é claramente identificada como a Segunda Vinda de Cristo e instauração do


Reino de DEUS (vv.44 e 45).
2.Novo Testamento: São muitos os textos. Eis alguns: João 14:1-3; Mat.24; Luc.21;
Marc.13; Ap.22:20; II Ped.3:4-10; Heb.9:28; Judas 14 e
15; etc.
Maneira: A maneira da vinda de Jesus não é em secreto, como muitos dizem. Os
textos seguintes são claros e suficientes para mostrar que Sua volta será em glória,
resplendor, seguida de eventos como juízo, ressurreição, anjos, etc. - At.1:11; Ap.1:7;
Mat.24:27 e 31; I Tes.4:13-16; Mat.25:31; I Tes.5:2 e 3; etc.
Eventos: a- Julgamento (Mat.25:31-34; 24:31); b- Ressurreição dos justos (I
Cor.15:51-53; João 5:28 e 29; I Tes.4:13-16); c- Morte dos ímpios (II Tes.2:8; Ap.6:16
e 17; Ap.19:20 e 21); d- Destruição do sistema atual do mundo (II Ped.3:4-11).
Sinais: A Bíblia apresenta sinais de vários gêneros e em vários setores do mundo, a
maioria dos quais já estão se cumprindo. Vejamos a lista:
1- Religiosos: a- Despertamento (Ap.14:6-12); b- Interesse pelas profecias (Dan.12:4);
c- Pregação Mundial do Evangelho (Mat. 24:14); d- Declínio moral e religioso (II
Tim.3:1-5; Mat.24:12); e- Falsos cristos e falsos profetas (Mat.24:5, 11, 24);
2- Sinais na Natureza: Sol, lua, estrelas, terremotos, etc. (Mat.24:7, 29 e 30; Joel 2:28
e 29);
3- Político: a- Ressurgimento do Papado, união do estado com a religião (Imagem da
besta) - Ap.13; b- guerras, fomes (Luc.21:10; Mat.24:7).
Conduta do Crente: Vigiar - Mat.24:36; 25:6; Mat.7:22 e 23. Vigiar implica em
estudar, orar, obedecer, pregar, etc.
Propósito: Trazer a recompensa a cada um (Ap.22:12; Rom.2:5 e 6) e restaurar o
Reino de DEUS no mundo - Ap.21 e 22;
25. Estado dos Mortos
I. A morte entrou no mundo como resultado do pecado (Rom. 6:23; Gên.3:22). A
Bíblia menciona que o homem morre, sua alma morre - Tiago 4:14; Sal.90:5 e 6;
Ezeq.18:4;
RR

Aos que morreram em Cristo, Jesus promete a ressurreição da vida (João 5:28 e 29; I
Tes.4:13-16; I Cor.15:51-54). No V.T. já aparece a crença na ressurreição (Jó 14:13-
15; Heb.11:18);
II. A ressurreição de Jesus - É a garantia da ressurreição dos santos (I Cor.15:14-18);
Também é o modelo: Corporal e gloriosa (I Cor.15:42-44); A ressurreição de Jesus foi
a motivação e a mensagem principal da pregação apostólica- At.4:33; 1:22; I Ped.1:3;
III. As Duas Ressurreições: A Bíblia fala de duas ressurreições (João 5:28 e 29;
At.24:15). A 1ª vai a ser a dos justos, na Vinda de Jesus e antes do milênio (Apoc.20:4-
6; I Tes.4:17); A segunda será a dos ímpios, após o milênio (Ap.20:5, 13 e 14).
IV. Após a Morte: A doutrina da ressurreição condena a doutrina de vida após a
morte. Como já vimos, não existe uma parte separada do corpo do homem que tenha
vida (Tiago 2:26). Ecle.12:7 fala do espírito que volta para DEUS, que é apenas o
fôlego que DEUS deu a todo ser vivo (Gên.2:7). Os animais têm o mesmo espírito
(Ec.3:19-22), e é inconcebível a idéia de que no céu temos os espíritos desencarnados
dos animais que morrem. Além disso, se esse espírito dado por DEUS, no princípio
não tinha vida, por que terá no final. Seguem alguns textos sobre o estado dos mortos:
- Ec.9:6-10 - Inconsciência; - Sal.115:17 - Sem louvor no Céu ?; - Jó 10:21 - não volta
(Jó 14:10-12; 7:9 e 10);
A Bíblia chama a morte de sono (I Reis 2:10; Mat.9:24; I Tes.4:13; João 11:11-14).
Estado de inconsciência.
A doutrina da imortalidade da alma é diabólica, e DEUS adverte que é abominação
para Ele (Deut.18:10-12). Será um dos grandes enganos dos últimos tempos
(Ap.16:13).
Ela implica em uma vida sem compromisso com DEUS, pois de qualquer forma, não
sendo um criminoso, a vida continuará. Também a necessidade da volta de Jesus, pois
se os mortos vão para o céu ou para o inferno assim que morrem, para que Jesus
voltaria ?
Os Apóstolos: Os próprios apóstolos que, por muitos, são considerados santos
habitantes do céu, só esperavam a recompensa no dia da Vinda de Cristo:
- II Tim.4:8 - "...Coroa ...naquele dia..."
- II Ped.3:10 e 13 - "...aguardamos novo céu..."
- Ap.3:11 "...venho sem demora...tua coroa"
Inferno: "Seol" (Heb.) e "Hades" (Gr.) = lugar escuro, abismo, habitação dos mortos.
Geena (Gr.) = lugar onde queimavam o lixo e vários corpos de criminosos. Tornou-se
SS

símbolo da destruição final dos ímpios Ap.20:14 e 15). A Bíblia fala de Jesus no Hades,
ou seja, na sepultura (Sal.16:10 e 30:3). Não existe a idéia pagã de inferno na Bíblia.
As aparições são personificações do diabo (II Cor.11:13). Ele assumiu a forma da
serpente no Éden (Gên.3). Ele tem poder para fazer milagres inacreditáveis -
(Mat.24:24; Ap.13:13).
O maior argumento contra a vida após a morte é a promessa da Segunda Vinda, na
qual Jesus dará a paga a cada um (João 5:28 e 29).

26. O Milênio
A palavra não aparece na Bíblia, mas é usada para indicar o período de mil anos de
Ap.20. Esse período não tem características1de um período simbólico, portanto não
deve ser interpretado no esquema do dia-ano.
Para explicar o Milênio precisamos saber os acontecimentos de antes, durante e
depois dele, baseados em Ap.20.
ANTES: Jesus Volta (Ap.19:11-21); os mortos justos ressuscitam (Ap.20:5 e 6; I
Tes.4:16); Arrebatamento dos salvos (I Tes.4:17); Satanás é preso (Ap.20:1 e 2);
ímpios são mortos com o resplendor da Sua Vinda (II Tes.2:8); Terra vazia e desolada;
DURANTE: Satanás continua preso; Terra vazia de humanos; Santos no Céu fazendo
o juízo de confirmação (I Cor.6:1-3; Ap.20:4)2;
DEPOIS: Segunda Ressurreição (vv.5, 7 e 8); Satanás solto (v.7 e 8); a cidade desce
(v.9); purificação pelo fogo (vv.9 e 10).
O Fogo Eterno (20:10): Essa idéia de fogo eterno não quer dizer que as pessoas
durarão para sempre, sendo queimadas. O fogo é que é eterno, não as pessoas. O
sentido é que o fogo não pode ser apagado, pois é aceso pelo juízo de DEUS com o
fim de purificar a Terra do mal. Só cessará quando sua missão for realizada.
Mal.4:1-3 lembra que os ímpios se farão cinzas. Além disso, o Novo Céu e a Nova
Terra serão aqui, logo, esse fogo vai parar.
DEUS não quer o sofrimento do ímpio, e a idéia de sofrimento eterno não condiz
com as palavras de Ez.33:11 - "...não tomo prazer na morte do ímpio..."

1
Período muito grande, além do mais, sua
composição indica que realmente significa mil anos.
2
"...foi-lhes dada a autoridade de julgar". Os
homens não têm autoridade, mas recebe-lo-ão durante o
milênio, para tirarem dúvidas a respeito do juízo de
DEUS.
TT

O significado de eterno é melhor entendido observando outros textos, como Judas 7 e


II Ped.2:6 (Sodoma foi queimada com o fogo eterno, mas já acabou); Heb.6:2 (juízo
eterno, mas esse juízo terá fim).
Outra expressão é "pelo século dos séculos", "para sempre e sempre", que indicam
que os ímpios serão consumidos valendo pelos séculos dos séculos, ou seja, de uma
vez por todas. Textos figurativos - Isa.34:9-11; Êx.21:6 (o servo serviria eternamente);
I Sam.1:22 (Samuel ficaria para sempre).
OBS: Luc.12:47 e 48 parece dar a idéia que alguns sofrerão mais que outros, a
depender da intensidade da culpa.
Uma Responsabilidade - Ezeq.3:18-21 - DEUS requererá de nós.

27. Novo Céu e Nova Terra


A descrição dos capítulos 21 e 22 já parece ser suficiente. Mas Isaías já falava algo
sobre essa nova Terra - Isaías 65:17-25.
DEUS vai destruir os maus, juntamente com Lúcifer e seus anjos. Segundo o capítulo
20 de Apocalipse, os salvos estarão no céu fazendo o julgamento de Confirmação.
Então, o próprio DEUS consolará os salvos pela falta de parentes e amigos que
escolheram o mau: "E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima" (21:4). Que privilégio !
Ser confortado pelo próprio Jesus.
A destruição final ocorrerá após o milênio - Ap. 20:7-15. Então essa Terra será
restaurada, e reconstruída. Recomeçaremos onde Adão parou. Um paraíso verdadeiro,
sem ameaças, mortes, injustiças, doenças e outro qualquer mal. Vida eterna com saúde,
paz, amor, união e na presença de Jesus, o Criador do Universo 1
É bom explicarmos que o Céu, isto é, a Nova Terra (o Céu será aqui), não será como
alguns pensam. Monotonia, cultos o dia inteiro e monótonos, sem atrativos. Não, Mil
vezes Não. Mesmo os cultos de lá serão melhores que as melhores diversões daqui,
com músicas, conhecimentos e a presença do próprio DEUS. Há dinheiro que possa
pagar isso?
O Céu será um lugar de aventuras, de descobertas, de alegria, diversão. Voar, pular de
altas árvores em rios cristalinos sem o medo de morrer. Misturar-se aos peixes, aos
pássaros e aos animais que hoje são ferozes, sem que eles fujam nem ataquem.

1
Algumas pessoas pagam milhares para ver mágicos, shows,
para cursar Universidades. Teremos uma eternidade para aprender os
segredos da natureza, do universo, das ciências. Tudo explicado
pelo próprio Criador, demonstrando com Seu poder infinito o que
ninguém pôde fazer.
UU

Trabalharemos normalmente. Tentaremos crescer, obter bens, mas sem a concorrência


injusta e desumana daqui.
Estudaremos, teremos casas, plantaremos e colheremos sem fadiga ou ameaça de
perder a colheita. Conheceremos outros planetas. E conheceremos o próprio DEUS.
Como Ele é? Como é Seu poder? Por que nos criou? Como é a Trindade? Isso será
tema de uma eternidade para nossa mente finita.

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