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1. AS ESCRITURAS SAGRADAS
I. Revelações de DEUS
Quando DEUS criou o primeiro casal, comunicava-Se pessoalmente com ele1. Também
os anjos, segundo o Espírito de Profecia, entretinham comunhão com os primeiros pais.
Após o pecado as circunstâncias modificaram-se. As manifestações de DEUS aos
homens foram limitadas pela experiência do pecado. Gradativamente, enquanto o pecado
intensificava-se, DEUS era afastado. A comunhão tornava-se menos pessoal com o Criador.
O Senhor DEUS, então, tomou a iniciativa de revelar-se aos pecadores de diversas
maneiras, as quais estudaremos a seguir, baseados na mais plausível revelação de Sua vontade: As
Escrituras.
As revelações de DEUS dividem-se em dois tipos básicos:
1. Revelação Natural - A História Humana, a natureza, a consciência do homem;
2. Revelação Especial - A Palavra (falada e Escrita), e Jesus Cristo (a Suprema
Revelação de DEUS);
1.Revelação Natural:
a) A História Humana - Daniel 2:21 mostra um DEUS que está por trás dos
acontecimentos políticos da História Humana. No levantamento e destruição de reinos e poderes,
o Criador sempre conduz a Sua vontade.
Vemos DEUS na História ao conservar o Seu povo, a não permitir que loucos dominem
o mundo (ex.: Hitler, Carlos V), ao derrubar revoluções ateístas (Revolução Francesa), etc.
DEUS está acima de tudo e no comando de tudo, levando a História humana para o cumprimento
de Sua vontade suprema.
b) A Natureza - Não somos "Panteístas"2, mas cremos que a Natureza conduz a mente
humana a um reverenciamento do Criador. As Escrituras dizem: "Os Céus proclamam a glória de
DEUS"... (Salmo 19:1-3). Também Rom. 1:20 declara a eficácia da Natureza em revelar a exis-
tência de um DEUS de amor e preocupação com Suas criaturas.
1
Quando falarmos da imagem de DEUS no homem
abordaremos a natureza dessa forma pessoal de DEUS ao
comunicar-se com Suas criaturas.
2
Panteístas - PAN - Gr.= tudo; THEOS - Gr.=DEUS
- DEUS em tudo, DEUS é tudo.
B
2. Revelação Especial:
a) A Palavra de DEUS - A Palavra de DEUS chega ao homem através da profecia.
Algumas vezes, as mensagens foram verbais, mas graças a DEUS, também recebemos as
Escrituras, a Palavra de DEUS escrita. Essa Escritura é a bússola dos que desejam conhecer a
DEUS e Sua vontade para Suas criaturas.
b) A suprema revelação e ponto focal das Escrituras e de toda a Palavra de DEUS, é
Jesus Cristo, por Quem o Pai revelou-se ultimamente (Hebreus 1:1), uma vez que Ele é a
"Imagem do DEUS invisível" (Col.1:15), pois nEle "habita corporalmente toda a plenitude da
divindade" (Col.2:9).
E foi para que conhecêssemos esse Jesus, que permanece hoje para nós a Bíblia, acerca
da qual trataremos mais diretamente a partir de agora.
II. A Bíblia
1. Tema - O tema da Bíblia é a História da salvação humana. Ela mostra o homem
perdido e apresenta Jesus como solução para a situação sem esperança do homem.
2. Autoria - A própria Bíblia atribui sua autoria a DEUS. Principalmente nos profetas, é
comum a fórmula "Assim Diz o Senhor".
O Espírito Santo aparece nas Escrituras como responsável pelas revelações nelas
contidas:
- Zaca.7:12 - "...as palavras que o Senhor enviara pelo Seu Espírito, mediante os profetas ..."
- II Sam.23:2 - "O Espírito do Senhor falou por mim..."
- II Ped.1:21 - "... homens santos de DEUS falaram inspirados pelo Espírito Santo".
Jesus confirma essa idéia ao afirmar que Davi falou pelo Espírito Santo: Mar.12:36.
3. Instrumento - Aparecem mais de 40 homens que escreveram a Bíblia, em um período
de mais de 1.500 anos. Foram utilizadas 3 línguas principais: O V.T. em Hebraico e Aramaico e o
N.T. em grego1. E o mais incrível, que é uma prova de sua origem divina, é que em nenhuma
parte ela se contradiz.
O primeiro livro parece ter sido o Pentatêuco ou Jó, por Moisés, e o último foi o
Apocalipse ou o Evangelho de João, pelo apóstolo João.
4. Inspiração - Foi a maneira pela qual DEUS comunicou Suas mensagens aos escritores.
1
É aceita a idéia de que o evangelho de Mateus
foi escrito primeiro em Hebraico.
C
1
Amim Rodor, Th.D., Apostila "Revelação-
Inspiração".
D
5- Não é um livro científico - A ciência moderna encontraria alguns erros na Bíblia1, "O propósito
da Bíblia não é dar informações em matérias científicas, verdades que podem ser descobertas por
nossos próprios esforços. Portanto, essas matérias não são o propósito ou objeto da revelação."2
6. Iluminação - "É o ato, pelo qual, o Espírito Santo capacita o homem a entender uma
revelação divina." Assim, uma pessoa só pode entender a revelação divina se for iluminado.
"Iluminação vem a pessoas em geral; não tem que ver com o profeta funcionando como profeta.
Iluminação habilita aquele que crê, o que recebe a iluminação do profeta, que necessita do Espíri-
to para entender a mensagem do profeta."3
A Bíblia garante que DEUS está ansioso para dar-Se a conhecer a quem, com
sinceridade O busca - Jer. 29:13; Tiago 1:5 e 6;
7. Autoridade - A autoridade das Escrituras depende da compreensão e da aceitação da
Inspiração divina e Sua Iluminação. Aos que aceitam, é a maior autoridade, e a regra universal
de fé e prática - II Tim.3:16; I Cor.10:11; João 17:17; etc.
2. A Trindade
Esta palavra não aparece na Bíblia, mas foi aceita para designar as 3 pessoas que existem
em DEUS.
Antes de mais nada, deve-se ter em mente que a trindade é um mistério, o qual não
conseguiremos entender jamais. Se pudéssemos entender DEUS, talvez pudéssemos fazer tudo o
que ele faz.
A Trindade será tema de estudo por toda a eternidade. Não se deve fazer especulação
que leve a nada, mas aceitar apenas o que está revelado, sem ir além para não cair em erro.
II. O V. T. relata ação de 3 pessoas distintas, todas com poder e atributos de DEUS:
DEUS (Jeová), o Espírito Santo e o Anjo do Senhor. No N.T.,
porém, essa distinção de pessoas na Trindade já aparece mais claramente. Alguns textos
principais:
- Luc.1:35 - O anúncio do nascimento de Jesus a Maria;
- Mat.3:16 e 17 - O batismo de Jesus;
- Mat.28:19 - A fórmula batismal;
- Nas saudações das epístolas: II Cor.13:13; I Ped.1:2, etc.;
- Formas dúplices - Col.1:2; I Tes.1:2; João 14:16; I Cor.8:6;
1
Nessa passagem, a palavra grega para
"outro"(ALLOS) significa outro igual. O grego tem
outra palavra para designar "outro diferente"
(HETEROS).
2
Alguns tentam ilustrar a Trindade com figuras
como um som 3 em 1, ou um triângulo. Nenhuma dessas
figuras é suficiente, pois dão a idéia que se
separarmos as pessoas da trindade individualmente
elas não serão DEUS, assim como um lado do triângulo
não é um triângulo, ou uma parte do som apenas, não
seria 3 em 1.
F
3. DEUS PAI
Existe uma má interpretação do panorama geral da Bíblia com respeito a DEUS no V.T.
e no N.T.. Há quem diga que o DEUS do V.T., o DEUS Pai, é vingativo, muito justo e pronto a
castigar, enquanto que o DEUS do N.T., apresentado por Jesus, é o DEUS do amor, misericórdia
e incapaz de condenar alguém.
É claro que essa idéia não resiste a uma investigação mais séria. O V.T. está repleto de
exemplos do caráter amorável e misericordioso de DEUS:
- Êx.25:8 - Ele deseja habitar com Seu povo;
- O concerto com Abraão, 120 anos de espera com Noé, a misericórdia para com Nínive, etc.
Tudo isso é exemplo de que DEUS sempre deu o primeiro passo para satisfazer as necessidades
humanas.
Mas a principal ação de DEUS no V.T. parece ter sido a redenção de Israel. Por causa
disso é que recebemos a Sua Palavra que nos revela hoje o DEUS do Evangelho Eterno.
Nesse DEUS a justiça anda junto com a misericórdia. A Sua justiça, porém, ocorre
sempre em favor dos justos e contra os ímpios. É por isso que o V.T. está repleto de declarações
de amor a DEUS e de DEUS, bem como de louvor por livramento e bênçãos, principalmente nos
Salmos (Ex.: Isa.49:15; Sal.103; Sal.91; 23, etc.).
No N.T. há clara distinção de DEUS Pai e Jesus. O Pai está no céu, comandando o
Universo, enquanto o Filho vem à Terra oferecer-se pelos pecadores arrependidos.
O Pai é retratado no N.T. como o Pai amorável do Sermão da Montanha. Toda a
bondade e misericórdia demonstradas por Jesus são também do Pai (João 5:19 e 30; 8:28), pois
Ele veio revelar o Pai.
Os ensinos de Jesus, que Ele disse que são do Pai (João 12:49), mostram o amor de
DEUS:Mat.5:44 e 45 (Amar inimigos); Luc.6:35 e 36 (Misericordiosos); Luc.10:25-37; Luc.15,
etc.
H
Mas no N.T. encontramos o mesmo caráter justo e retribuidor de DEUS no VT, que
alguns dizem ser outro. O caso de Ananias e Safira deveria ser suficiente para mostrar que o
DEUS do NT é o Mesmo do VT.
Assim, contrariando a idéia de muitos, a principal característica de DEUS é o amor (I
João 4:8). A criação, o Plano da Redenção e todos os ensinos, bem como a suprema esperança da
Vinda de Jesus, apontam para um DEUS amoroso e desejoso de estar com Seus filhos.
4. DEUS FILHO
Desde antes da fundação do mundo, a Trindade havia decidido que o Filho encarnaria e
morreria pelos homens. A primeira referência está em Gên.3:15 - O Proto Evangelho. Esse
"Descendente" da mulher é Jesus Cristo.
O V.T. prenuncia esse fato através de profecias (principalmente Isaías), do sistema
sacrificial1, de Salmos messiânicos. Além disso, na História do Povo de DEUS encontramos
vários tipos de Cristo2.
I. Profecias Messiânicas:
1. As profecias apontavam para alguém da descendência de Abraão (Gên.22:18);
Nasceria em Belém (Miq.5:2); Nascimento de uma virgem (Isa.7:14); Seria rejeitado (Isa.53),
traído (Salm.41:9); Seu ministério com os pobres (Isa.61); Sua morte (Salmo 22); Ascensão
(Sal.24); etc.
Por incrível que pareça, os líderes judeus conheciam essas passagens, mas recusaram-se
a aceitar Jesus porque haviam criado a imagem de um Messias rico, poderoso e político.
2. As 70 Semanas ou 490 anos3 : Daniel 9:24-27
O cap. 8 de Daniel mostra o princípio da grande profecia, os 2.300 dias, os quais
mostram quando seria a verdadeira "Purificação do Santuário dos pecados". Dentro deste
período, (2.300 aos) estão as 70 semanas, 490 anos. Tanto as 70 semanas quanto os 2.300
começam na mesma época. Vejamos apenas o gráfico das 70 semanas:
Gráfico das 70 Semanas
1
O sistema de sacrifícios tinha um objetivo
didático, que era ensinar o processo da salvação e
apontar para a vinda do Messias.
2
Tipo de Cristo é um indivíduo que passa por
uma circunstância incomum que de alguma forma ilustre
o ministério do Messias. Cerimônias e objetos também
fazem parte da tipologia.
3
Baseados em Num.14:36; Ez.4:6-8, onde um dia
vale um ano.
I
-457 a.C.- Decreto de Artaxerxes para a reconstrução de Jerusalém, marco inicial das 70 semanas
e dos 2300 anos;
-408 a.C.- Final da restauração da cidade, após 49 anos;
-27 a.d. - Batismo de Jesus, o Ungido;
-30/31 a.d. - Crucifixão (será tirado o Messias);
-34 a.d. - Apedrejamento de Estevão, o 1º mártir Cristão. Rejeição final do evangelho pelos
judeus. Acaba-se o privilégio dos judeus.
Esta é a mais clara profecia a respeito do Messias e Sua morte. Após tanta rejeição por
parte dos judeus, a misericórdia divina marcou uma época, na plenitude dos tempos (Gál.4:4),
para que os judeus se definissem como nação. A partir, então, de 34 a.d., o privilégio especial de
povo de DEUS passa para todo aquele que se tornar Cristão.
A profecia é clara ao dizer o início do período (9:25). Houve 3 decretos para reconstruir
Jerusalém1, mas só o terceiro, o decreto feito pelo rei Artaxerxes2, é que foi realmente obedecido.
Também é claro na profecia que o Messias seria tirado e faria cessar os sacrifícios (9:26 e
27). Paulo escreve no livro de Hebreus que o sacrifício de Cristo foi suficiente para satisfazer a
exigência do pecado (Heb.10:12-18). Segundo Mat.27:51, o véu rasgou-se no momento de Seu
sacrifício. O caminho ao Pai estava aberto e a justificação garantida a todo o que nEle crer.
3. Ressurreição: De certa forma Sua ressurreição também foi anunciada - Salmo 16:10;
Isa.53:10-12;
II. A Encarnação:
Há certa discussão acerca da natureza de DEUS Filho encarnado. Deve-se saber que
Jesus possuía duas naturezas sem distinção, ou seja, Ele era totalmente DEUS e totalmente
homem. Ele não era metade DEUS e metade homem. Ele não perdeu qualquer atributo divino,
pois se isso acontecesse, Ele teria deixado de ser DEUS.
É claro que a encarnação é um mistério também, mas o que sabemos é que Jesus era
humano (I Tim.2:5) - sentia fome, sede, cansaço, etc. (Mat.4:2; João 4:6 e 19:28); E era DEUS,
sem perder nenhum dos atributos divinos - Col.2:9; Fil.2:6;
Não se pode dizer que Ele tinha aparência de homem, isso seria uma heresia dos
primeiros séculos chamada de "Docetismo"; Tampouco devemos dizer que Ele era mais humano
1
Ciro, em 538/536 a.C.; Dario em 518 a.C.,
ambos estão escritos no livro de Esdras,
respectivamente, nos capítulos 1 e 6.
2
Encontra-se em Esdras 7.
J
que divino, isso seria outra heresia conhecida por "Eutiquianismo", nem ainda podemos dizer que
as duas naturezas são separadas, isso seria "Nestorianismo". Outra heresia, é o "Monofisismo",
que dizia que a natureza humana foi absorvida pela divina paulatinamente.
III. A Natureza Humana de Jesus: Jesus tinha alguma vantagem sobre nós? Há quem
diga que Ele não pecou porque era DEUS e Seu poder o protegia.
Já vimos que Ele era totalmente humano, e sujeito às mesmas tentações e ainda piores
(Heb.4:15). Mas devemos saber o seguinte:
1- Jesus tinha natureza física debilitada pelo pecado. Um corpo de homem comum, sujeito às
mesmas leis de saúde;
2- Jesus não nasceu em pecado, por isso não herdou a "culpa original", ou seja, Ele não tinha
"natureza pecaminosa"1. Ele não tinha tendência a praticar o que é mau.
Jesus veio provar que Adão não precisava ter pecado, portanto, Jesus tinha a mente que
Adão tinha, sem conhecimento experimental do pecado.
IV. O Sacrifício: Por que Jesus teve que morrer ? A lei quebrada era divina e exigia que
quem pecasse deveria morrer para pagar sua culpa. DEUS não queria que o homem morresse,
assim ofereceu-Se para morrer em Seu lugar. A lei quebrada era divina, então o dono da Lei
pagou Ele mesmo o castigo. Um homem não poderia morrer no lugar de outro, pois todos
pecaram. Mas um ser divino, como a lei, poderia morrer no lugar de todos os homens.
O dono da lei decidiu Ele mesmo pagar o débito.
1
Natureza pecaminosa pode ser ilustrada com o
pensamento de que, se o diabo deixasse de existir, e
nós não fôssemos transformados, os homens ainda assim
pecariam, pois têm tendência para fazer o mal mesmo
sem querer.
K
6. Criação do Mundo
1. O mundo foi criado pela Palavra de DEUS (Sal.33:6; Heb.11:3; II Ped.3:5). Sua
Palavra é poderosa (Isa.55:11 -"Não voltará vazia").
A criação foi feita do nada - "Ex-nihilo". Nada havia e DEUS criou.
2. Os Dias da Criação: Há quem diga que os dias da criação do mundo foram simbólicos,
representando períodos de 1.000 anos (baseados em Sal.90:4 e II Ped.3:8). Esses intérpretes
esquecem que estas duas passagens estão apenas em linguagem poética, querendo dizer que, pelo
fato de DEUS ser eterno, tanto faz o tempo passar pouco ou muito, para Ele não existe limite de
tempo.
Além do que, existem alguns pontos que deixam claro que os dias da criação foram dias
normais de noite e dia:
1- Uma tarde e uma manhã era a maneira usual de se dizer uma noite e um dia, ou seja, a parte
escura e a parte clara. Aparece em outras partes do Gênesis (23:32) e lá não é interpretado como
1.000 anos por esses intérpretes. Por que só na Criação ?
2- O argumento lingüístico - a palavra "ŸOM"(Heb. = dia), sempre que vier precedida de
algarismo, como no relato da criação, indica período normal de 24 horas;
3- A santificação do sétimo dia implica em que DEUS descansou 1.000 anos. Êx.20:8 ordena a
santificação desse dia. Não seria um absurdo termos que descansar 1000 anos como DEUS?
4- Alguns argumentam que as plantas não suportariam centenas de anos até que o sol aparecesse
no 4º dia, já que as plantas surgiram no 3º dia;
L
5- A idade de Adão ao morrer era de 930 anos. Se ele foi criado na sexta, então temos um
problema, pois ele não chegou nem ao primeiro dia da segunda semana.
3. O Problema das datas e a Teoria da Brecha: Muitos acham difíceis de conciliar as
datações da ciência que mostram milhões de anos, com a genealogia bíblica, que indica 6.000
anos de vida aproximadamente.
Mesmo com a insegurança dos métodos de datação da ciência, e mesmo sabendo que
qualquer data aferida acima de poucos milhares de anos não passa de especulação, podemos
conciliar essa contradição com a chamada "Teoria da Brecha", que diz o seguinte:
DEUS criou a matéria do nada, mas isso foi a milhares, ou quem sabe, a milhões de anos
atrás. Ninguém sabe, ao certo, quanto tempo Ele levou para criar a Terra após ter criado outros
mundos.
Sabe-se que a Terra não foi o primeiro mundo que DEUS criou, assim, deve haver um
espaço de tempo entre Gên.1:1 e Gên. 1:2. "No princípio criou DEUS..." Não se sabe quando foi
esse princípio e pode até ter sido a milhões de anos. Nesse princípio DEUS criou a matéria
inorgânica, que não tem vida, depois criou outros mundos. Depois de muito tempo, então, Ele
criou a Terra. Por isso é que as rochas aparentam ter milhões de anos de existência (Heb.11:3 -
"...Os mundos foram criados).
4. Importância da Doutrina:
a- A criação perfeita mostra o caráter de amor de DEUS, ao criar um mundo tão belo e cheio de
harmonia;
b- Também mostra o poder e a glória divinos;
c- Resgata a Imagem de DEUS e Sua existência contra a idéia da idolatria e do ateísmo;
d- Resgata o sábado e o casamento;
e- Incentiva a união e a irmandade, pois somos todos irmãos;
f- Valoriza o trabalho e a mordomia. Tudo é de DEUS e Ele deixou aos nossos cuidados;
g- Ecologia - O homem deve cuidar da Terra;
h- Garante a esperança da recriação. Se Ele é poderoso para criar, pode também recriar.
7. A Natureza Humana
1. A Bíblia atribui a origem do homem a DEUS. O homem não veio de um ser inferior,
mas do Todo Poderoso DEUS. O homem tem origem divina e, em vez de evoluir, está
involuindo.
O homem foi o único ser da criação o qual DEUS modelou com as mãos. O verbo para a
formação do homem é "YATSAR" (heb. = formar), diferente de "BARAH" (= criar), usado no
restante da narrativa da criação.
M
2. Formação do homem: Foi feito do pó da terra + fôlego de vida e passou a ser alma
vivente (Gên.2:7). A polêmica gira em torno desse fôlego.
a) Espírito - A palavra em hebraico é a mesma para espírito (RUACH), que significa
vento, ar, respiração, fôlego. Em Ecle.12:7, esse espírito, ou fôlego, volta para DEUS. E aqui
muitos crêem que é uma parte incorpórea e viva do homem.
Mas a Bíblia diz que esse fôlego é apenas a energia divina que faz a vida funcionar, é a
força da respiração, apenas o fôlego que foi dado no começo(Sal.146:4) não só ao homem, mas
aos animais também, pois eles possuem o mesmo fôlego ou espírito (Gên.7:15 e 22; Ecl. 3:19 e
20).
No Grego, a palavra é "PNEUMA", e tem o mesmo sentido da equivalente em
Hebraico.
Ambas são usadas em sentido figurado para representar a vitalidade, o temperamento
(Isa.29:10; Sal.51:10; Ez.11:19) e, as vezes, emoções ou sede das emoções. Não existe um
espírito no homem que seja separado dele.(Tiago 2:26).
b) Alma - A palavra hebraica é "NEPHESH" e a grega é "PSYCHE". Não aparecem
como entidade fora do homem. Não há relato bíblico de uma alma sem corpo, pelo contrário,
alma aparece como sinônimo de pessoa (Gên.46:25-27 -"todas as almas eram ..."). Também
aparecem indicando seres vivos, tanto homens como animais (Gên.1:20 e 24).
Quando a palavra alma não aparece indicando ser vivo, é porque está sendo usada em
sentido figurado para indicar sentimentos, emoções, mente1, a vida, etc. (Gên.34:3; Deut.11:13;
Sal.42:5; João 12:27).
É comum encontrarmos expressões como: "Minha alma alegra-se"; "Meu espírito se
alegrou". Não significa, porém, que existam 3 partes ou duas partes distintas no homem. Não. De
maneira alguma, pois quando dizemos que o nosso coração se alegrou, não significa que o
coração é separado do homem, ou tenha vida independente.
CONCLUSÃO: Mesmo em expressões bíblicas como "espírito, alma e corpo", ou
apenas "espírito e corpo"2 não se deve entender que o homem seja formado por 3 partes ou duas
partes distintas que se separam na morte, e que uma delas continua viva fora do corpo. A Bíblia
1
Da mesma forma que o coração é usado para
figurar o centro das emoções. Costumamos dizer que o
amor e o rancor estão no coração, mas ninguém toma
isto ao pé da letra.
2
Nesses casos a Bíblia apenas refere-se
figurativamente às partes física, mental ou
sentimental e espiritual do homem, ou seja, todo o
seu ser.
N
apresenta o homem como uma unidade orgânica, indivisível. Não podemos crer em dicotomia ou
tricotomia.
Parece que a alma tem que ver mais com sentimentos, desejos, emoções; o espírito é
relacionado mais com disposição, inteligência, contudo, há ocasiões em que aparecem como
sinônimos.
3. A Imagem de DEUS no Homem: Será que a imagem de que fala Gên.1:26, 27 é
física ? DEUS tem forma?
A imagem física é a menos importante, pois o homem tem:
- Imagem moral - Retidão (sem conhecimento do pecado). Essa ele perdeu muito cedo;
- Imagem mental - Raciocínio, capacidade de decisão, livre arbítrio;
- Imagem emocional - A principal imagem de DEUS no homem é o AMOR. (I João 4:8; 3:10 e
11);
Em Teologia fala-se da forma de DEUS "imanente" e da forma de DEUS
"transcendente". A primeira, a forma imanente é a forma que DEUS assume para falar com Suas
criaturas. A segunda, é a forma do DEUS absoluto (se é que podemos dizer forma), é DEUS
como Ele realmente é, impenetrável, ininteligível.
Se DEUS colocou uma imagem física ou mórfica Sua no homem, deve ter sido a
imagem dessa forma imanente.
8. O GRANDE CONFLITO
O grande conflito entre o bem e o mal originou-se no Céu, com Lúcifer. Ele era um anjo,
um querubim que assistia diante do trono de DEUS (Ezeq.28:14).
Os anjos são criaturas superiores aos homens e foram criados, assim como estes, com a
capacidade de raciocínio independente, ou seja, com livre arbítrio, e Lúcifer fez mau uso desse
livre arbítrio e arrastou com ele um terço dos anjos (Ap.12:4). A situação de Lúcifer é-nos
apresentada em Isa.14, Eze.28 e Ap.121 Pelo que se sabe, o anjo rebelde discordou da
autoridade soberana de DEUS, chegando mesmo a tentar tomar o lugar da Trindade. Ap. 12:7 diz
que "houve batalha no céu". E Lúcifer com seus anjos foram expulsos de lá.
O conflito transferiu-se para a Terra, onde Lúcifer, agora Satanás, conseguiu êxito em
enganar Adão e Eva. Ele sabia que se o casal não pecasse, não poderia ser atingido. Dessa forma,
ele os induziu ao pecado e assim reclamou para si o domínio desse mundo, reafirmando sua
acusação contra DEUS de que Seu governo não agradava a todos e Sua lei era impossível de se
cumprir. Assim, com a queda no Éden, a Terra passou a ser o palco do universo (Jó 1).
1
Mais detalhes no livro O Grande Conflito,
pp.497-499 e Primeiros Escritos, pp. 145-147.
O
A Questão Principal: A grande questão de Lúcifer foi a autoridade de DEUS na Sua lei.
A lei de DEUS foi colocada em dúvida por Lúcifer. Ele acusou DEUS de tirano e que Suas leis
eram rígidas e impossíveis de se cumprir.
A controvérsia hoje é em torno da verdade. Desde que foi expulso do Céu, Lúcifer
tornou-se mestre do engano, pai da mentira (Ap.12:7-9). Ele tenta desviar a atenção da verdade
(Jesus), tentando colocar outro centro para as doutrinas, fazendo assim o papel do "anticristo",
contra e em lugar de Cristo.
Nossa participação - Não há como fugir. Todos estamos envolvidos (Ef.6:12 - "Nossa
luta é contra ..."; Mat.12:30 - "Quem comigo não ajunta..." ). O segredo da vitória, porém, não
está em nós, mas em Cristo, a única solução para o problema do mal (Ap.12:11 - (Eles o
venceram pelo sangue do Cordeiro").
A Queda do Homem - Adão não tinha tendência a fazer o que é errado. Ao desobedecer,
Adão não agiu apenas por impulso, mas desejou ser igual a DEUS 1, duvidou de DEUS como
Lúcifer, achando que Ele estava escondendo algo.
Quando o homem pecou, perdeu uma certa proteção em sua mente, proteção do pecado,
da malícia, etc. A partir de então os homens passaram a ter "natureza pecaminosa", isto é,
passaram a ter tendência para fazer o que é mau.
Além disso, surgiram as conseqüências materiais: dor, sofrimento, morte, terra
infrutífera, espinhos, etc.
Em Gên.3 temos o relato das maldições que o pecado trouxe. Acerca desse capítulo, há
quem pense que não foi DEUS que amaldiçoou, mas que Ele apenas relatou as conseqüências
futuras do pecado. Em todo caso, as maldições vieram por causa do pecado.
Solução - Antes da maldição DEUS relatou o plano da salvação - Gên.3:15 anuncia a
vinda do "Descendente" que esmagaria a serpente. Esta é a primeira profecia da vinda de Cristo.
Enquanto a libertação definitiva da natureza pecaminosa não chega, temos a experiência
de um relacionamento com Cristo, através de Seu Espírito, para nos libertar do poder do pecado
(II Cor.5:17).
Conclusão: O estudo dessa doutrina mostra que o homem não está evoluindo. Pelo
contrário, o homem está cada vez pior, seja física, mental, moral ou espiritualmente, o homem
involui ao passar dos séculos.
Outro ponto importante é que esse conhecimento da situação pecaminosa do homem,
valoriza ainda mais o calvário, pois só há salvação para quem se convence do pecado (João 16:8).
1
Há uma diferença entre querer ter o caráter de
DEUS e querer ter a posição, o poder e a adoração de
DEUS. O primeiro desejo não é pecado. O segundo foi o
que trouxe o pecado.
P
pagãs. No paganismo o adorador "subornava" o deus com ofertas, para que seu deus aplacasse a
sua ira. Então, o deus pagão cobria o erro do seu servo, fazia de conta que não via (vista grossa).
Não é este o nosso caso. O uso da palavra cobertura é simbólico, como já vimos,
apontando para o lugar onde se faz a expiação1. DEUS não é subornável, tampouco injusto, para
fazer "vistas grossas" a um pecado. No processo divino para purificar o pecador,
alguém paga a culpa. Esse alguém foi o próprio DEUS, que em Jesus, morreu no lugar do
devedor (Isa.53; Heb.2:9; II Cor.5:21). A dívida, de fato, foi paga e a justiça foi cumprida.
Jesus tira a nossa culpa- I João 4:10; João 3:16 e 36).
6. O Ministério de Jesus: A expiação de nossos pecados foi efetuada principalmente pela
morte de Cristo. Mas todo o Seu ministério faz parte da nossa expiação.
a- Sua vida perfeita é a base para que sejamos considerados justos. Se Ele tivesse pecado
e não tivesse uma vida perfeita, não nos poderia substituir, mas deveria morrer pelos seus
pecados. Mas pelos Seus méritos, nossa vida imperfeita é considerada perfeita e as faltas são
perdoadas;
b- Sua morte foi a morte eterna, causada pela separação de DEUS (Mat.27:46). Ele nos
substituiu na morte para que pudéssemos estar com Ele na vida;
c- Sua ressurreição também faz parte de nossa expiação. A morte de Cristo era
representada pela morte do cordeiro no Antigo Israel, mas depois disso, o Sumo-Sacerdote
entrava no Santíssimo. Essa entrada no Santíssimo é símbolo do juízo Investigativo e da
intercessão de Jesus por nós. Mas só poderia haver intercessão se Ele Ressuscitasse (I Cor.15:17).
Esperamos agora a libertação desse corpo pecaminoso, para um corpo sem a tendência para o
pecado, o que acontecerá quando Jesus voltar.
10. O Processo da Salvação
Deve ser bem entendido para que não nos encontremos buscando a salvação onde não a
encontraremos. Jesus disse que Ele é a "porta" (João 10:7, 9), "o caminho, a verdade e a vida"
(João 14:6). Em suma, só Jesus pode salvar o homem condenado pelo pecado.
A salvação envolve todo um processo, que não deixa de ser um mistério no seu mais
profundo significado (Ef.1:9; 3:3 e 4; 6:19; Col.1:25-27), mas que DEUS revelou pelo Seu
Espírito Santo aos Seus apóstolos. É claro que a divisão feita nesse processo e apresentada nesse
trabalho, é apenas para efeito de estudo. Na verdade, não se pode separar as etapas do processo
da salvação, pois elas ocorrem quase que simultaneamente.
1
Assim como "refeitório" indica o lugar de
refeições, "dormitório", o lugar de dormir,
"propiciatório" indica o lugar onde se fazia a
propiciação.
R
1
Não significa que todos têm a mesma autoridade
que os líderes escolhidos pela imposição das mãos,
nem que cada um tenha independência de pensamentos
com respeito as doutrinas, pois a Igreja é um corpo.
U
proteger a imagem da Igreja em relação aos que estão de fora. Devemos deixar claro para o
mundo que a Igreja de DEUS é pura e não tolera injustiças, adultérios, desonestidades e qualquer
pecado que contrarie diretamente a lei de DEUS.
Não podemos esquecer, porém, que o objetivo da disciplina, bem como de toda a
hierarquia da Igreja, é salvar almas. Em Mat.18:17 Jesus manda considerar "publicano e pecador",
mas era com eles que Jesus gastava maior tempo de Seu ministério, pois Seu objetivo era
recuperar o perdido, e esse deve ser o nosso objetivo ao disciplinar um membro.1
12. O Remanescente
A palavra Remanescente significa "Restante", "último", etc. Depois que o pecado entrou
no mundo, demorou muito tempo para que os sinceros filhos de DEUS fossem a minoria, e
geralmente uma minoria perseguida.
A História Bíblica mostra que DEUS sempre conservou um Remanescente fiel nos
tempos de apostasia geral. Ex.: Noé, Josué e Calebe, os 7 mil no tempo de Elias, etc.
No N.T., o Remanescente passa a ser a Igreja. A perseguição também está presente na
vida da Igreja, primeiro sob Roma e depois sob o "poder apóstata", ou "anticristo" (At.20:29 e
30; II Tes.2:3 e 4; I João 4:1-3). Esse poder aponta para um sistema de adoração falsa, uma religi-
ão deturpada, confundindo as pessoas e perseguindo o Povo de DEUS;
I. Apostasia - Mais tarde, a Igreja Cristã passou por um grande período de apostasia,
mas mesmo dentro da Igreja corrupta, DEUS manteve Seu Remanescente Fiel.
O último dos apóstolos a morrer foi o apóstolo João, perto do ano 100 a.d. . Após a
morte dos apóstolos, já no segundo século, houve um período de perseguição muito forte, mas
que só contribuiu para o aumento do número dos crentes.
Assim, o diabo passou a usar outro método. Nó terceiro século ele parou a perseguição
e induziu a entrada de muitos pagãos na Igreja, os quais ainda não haviam abandonado suas
velhas crenças completamente, o que contribuiu para um rebaixamento da moral da Igreja e uma
condescendência com a idolatria.
O processo de apostasia pode ser resumido como se segue:
1- A direção do Espírito Santo foi paulatinamente substituída pela dos Bispos, muitos dos quais
não conheciam os apóstolos que andaram com Jesus;
2- Houve um aumento da popularidade dos bispos, o que lhes deu poder pessoal e político;
3- O Bispo de Roma relacionava-se com o Imperador, visto ser uma grande Igreja na capital do
Império e o bispo exercer grande influência sobre muitas pessoas do Império;
4- Os pagão começam a simpatizar com a Igreja Cristã numa época sem perseguições e
provações (um dos grandes incentivadores dessa popularidade da igreja entre os pagãos foi o
relacionamento do Imperador Constantino, cuja esposa era Cristã);
1
Amim Rodor, Th.D., in Cristo e os Evangelhos.
W
5- Com a entrada dos pagãos, muitos começaram a ocupar cargos na Igreja, e passaram a
reinterpretar as crenças cristãs com base em crenças pagãs (casamento da verdade com o erro);
6- Com a falência do Império, a Igreja, na pessoa dos bispos, passou a resolver problemas
políticos, que mais tarde transformaram a Igreja em uma instituição latifundiária, mais política que
religiosa;
7- Desenvolve-se o CESAROPAPISMO - Os bispos passam a ter poder político, substituindo até
o próprio Imperador.
II. Os 1260 Dias - Usando o princípio do dia ano, encontramos em Daniel 7:25 uma
profecia que exprime bem a situação da Igreja neste período de trevas, o qual se estendeu por
toda a Idade Média e foi até 1798 a.d.
A profecia diz que um determinado poder, representado pela "ponta pequena", dominaria
durante um tempo, dois tempos e metade de um tempo, durante os quais se oporia ao povo de
DEUS e ao povo de DEUS, tentando colocar-se mesmo no lugar de DEUS (Anticristo).
Dan.11:13 diz que tempos = anos. Tomando em conta que um ano judeu tinha 360 dias,
somando os 3 anos e meio da profecia, teríamos 1260 dias. Se cada dia em profecia vale um ano,
então teremos 1260 anos.
A data para marco inicial é descoberta ao analisarmos as características da História com
a profecia. Deveria começar após Roma (o quarto animal), no período das tribos bárbaras (os dez
chifres) e deveria derrubar 3 chifres, ou três tribos bárbaras (v.20). Esse chifre pequeno seria um
reino "diferente" (v.24), que se encaixa com a denominação de um "reino religioso", que foi o
papado na Idade escura.
Ora, a História é clara em mostrar que, por oposição ao papado e ao Império, 3 tribos
bárbaras foram eliminadas (Hérulos, Vândalos e Ostrogodos), abrindo caminho para a liderança
sem oposição do sistema papal. Isso tudo ocorreu justamente na época em que Justiniano
promulga seu decreto.
Em 533, o Imperador Justiniano proclama um decreto elevando o Bispo de Roma a
cabeça da religião Cristã. Tudo isso estava envolto em grande trama política, mas o que se sabe é
que a partir de então, o "Papa" passou a se valer de apoio militar para combater os que lhe
contrariassem as idéias e a autoridade. Esse período de 533 até 1793 ou de 538 a 1798 1 é
chamado de período de "Supremacia Papal". O gráfico ficaria assim:
1
O mais aceito é que a supremacia papal se
estende de 538 a 1798. O decreto de Justiniano foi em
533, mas foi em 538 que os exércitos imperiais, sob
influência do Papa, derrotaram os ostrogodos, que se
opunham ao Papa por serem arianos.
X
Esse mesmo período é descrito pelas profecias do Apocalipse, onde aparece como 1260
dias (Ap.12:6) e 42 meses (Ap.13:5).
III. Falsas Doutrinas- Durante esse período reinaram a corrupção dos líderes, as falsas
doutrinas, a ignorância e superstição1. A Bíblia não era divulgada e nem todos podiam interpretá-
la. Segue um resumo das principais falsas doutrinas, seguidas por textos que as combatem:
1- O Papa é o cabeça - Ef.5:23; Col1:18;
2- O Papa é infalível - I João 1: 8 e 10;
3- O Papa possui prerrogativas divinas - II Tes.2:4;
4- Os santos mortos podem fazer milagres pelos méritos - Isa.64:6;
5- Penitências e indulgências (o Papa tem a chave dos méritos dos santos para conceder perdão e
bênçãos - I João 2:1;
6- A tradição e a autoridade do Papa são superiores à Bíblia: João 17:17; II Tim.3:16;
7- Salvação pelas obras -Ef.2:8 e 9;
8- Domingo - Êx.20; Gên.2:1-3; Mat.5:17 e 18.
IV. O Remanescente da Reforma Protestante - Os reformadores atacaram quase todos
esses erros. Suas principais idéias eram: SO LA FIDIS (só a fé) e SO LA ISCRIPTURA (só a
Escritura). Resgataram a Justificação pela Fé e a autoridade das Escrituras. Eles identificaram o
papado como a ponta pequena e o "homem do pecado".
Ellen White comenta que DEUS tinha planos maiores para a Reforma, mas os
reformadores envolveram-se em debates sem muita importância e deixaram de descobrir novas
verdades, como o sábado, a mortalidade da alma, o juízo de DEUS, etc. Daí houve a necessidade
de um novo movimento.
V. Os Milleritas e o Tempo do Fim - A Bíblia fala de um período caracterizado por:
a- Interesse pelas profecias;
b- Aumento do conhecimento 2 (Dan.12:1-4). Esse período é chamado de Tempo do Fim.
Pelas características, a data escolhida como marco é 1798, quando acaba o poder papal,
que era o principal embargo à proliferação de novas idéias. Também é quando começam a surgir
as Sociedades Bíblicas Internacionais (1804 - Sociedade Britânica; 1816 - Sociedade Americana),
as quais espalharam a Bíblia por todo o mundo.
1
A ignorância religiosa e a superstição são
condenadas pela Bíblia: Rom. 12:1.
2
Alguns acham que não é conhecimento
científico, mas das profecias. Não há qualquer
problema para a interpretação da profecia em aceitar
as audas idéias.
Y
Essas características são cumpridas também pelo Movimento Millerita, que a partir de
1831, baseado na profecia de Daniel 8:14, anunciou o juízo de DEUS para 1844.
Dele procedeu a IASD, que atribui a si mesma a responsabilidade de continuar o
cumprimento e a pregação das 3 mensagens de Apocalipse 14:6-12, que começaram com os
Milleritas.
VI. Remanescente Final - Apoc.12:17 mostra que nos últimos dias o Remanescente será
perseguido pelo Dragão. Além disso, apresenta as 2 principais características do Remanescente
final:
a- Guardar os Mandamentos de DEUS;
b- Tem a fé de Jesus;
a- Os mandamentos foram pregados pelas Igrejas Protestantes como algo anulado por
Jesus. Havia a necessidade de suscitar um povo que engrandecesse a Lei, a semelhança de Jesus.
Ao enfatizar a Lei de DEUS, os ASD chamam a atenção do mundo para o quarto mandamento,
um dos mais desprezados e atacados mandamentos da Lei de DEUS. Os outros têm o mesmo
valor, mas são mais aceitos pelas outras Igrejas.
b- A Fé de Jesus - 2 Interpretações: A fé que Jesus teve e a fé que vem de Jesus.
Ap.19:10 diz que essa fé ou testemunho de Jesus, é o Espírito de Profecia.
Assim como o povo de Israel foi conduzido à liberdade por um profeta, nos últimos dias
o Povo de DEUS terá o Dom de profecia guiando-o através dos tempos de escuridão.
VII. As 3 Mensagens Angélicas - Uma outra característica do Remanescente final é que
ele prega as 3 mensagens angélicas de Apo.14:6-12. Segue um resumo das 3 mensagens:
1- A primeira mensagem é o "Evangelho Eterno". A boa notícia de que Jesus morreu em lugar do
homem. O Evangelho é Justificação pela fé em Jesus Cristo 1. Mas esta mensagem anuncia
também a vinda do Juízo Investigativo, começado em 1844, no fim dos 2.300 anos. Resgata a
autoridade de DEUS como Criador, lembrando assim, a santidade do sétimo dia, como memorial
da Criação. Esta mensagem foi rejeitada pelas outras igrejas.
O movimento Millerita começou o cumprimento dessa mensagem ao pregar a
necessidade do preparo para o juízo de DEUS em 1844. Essa época antecedeu a edição do livro
propulsor do evolucionismo, "A Origem das Espécies", lançado em 1858. Assim, vemos o Senhor
DEUS advertindo os homens de mais um terrível engano.
1
Este Evangelho a ser pregado a todas as nações
sobre a Terra já havia sido predito por Jesus em
Mat.24:14. Logo após o cumprimento desta profecia, ou
seja, logo após o primeiro anjo cumprir o seu papel,
virá o fim.
Z
2- A queda de Babilônia - não se refere à cidade, mas ao símbolo apocalíptico. Babilônia é toda a
religião falsa, todo o conjunto de doutrinas contrárias à Bíblia, simbolizadas pelo número 666,
símbolo de idéias humanas, em contradição às idéias de DEUS ("número de homem" Ap.13:18).
Faz parte de Babilônia todo o protestantismo apostatado que rejeita a Lei de DEUS. O Senhor
chamará Seu povo para sair do meio dela (Ap.18:4). Antes do final do mundo, Babilônia será
desmascarada e seus líderes serão considerados culpados pelos próprios seguidores. Os homens
que foram enganados por este sistema de adoração falsa voltar-se-ão contra seus líderes, depois
de reconhecerem a justiça e a verdade de DEUS, só que em tempo tardio. Então Babilônia
perderá seu apoio, acontecerá o "secamento do rio Eufrates1" (Ap.16:12), ou seja, Babilônia
perderá seu apoio e cairá.
3- Advertência contra o sistema final de engano que deve ser instaurado na Terra. O
ressurgimento da ponta pequena, desta vez sob a forma da Besta de Ap.13:1-10. O sinal na mão
direita indica a conduta; na testa, indica aceitação. Finalmente a falsa religião terá seu fim, e nisso
repousa a esperança dos santos (Ap.14:12).
A questão final girará em torno da falsa adoração, envolvendo três doutrinas principais:
Justificação pela fé X Salvação pelas obras; Sábado X Domingo; Mortalidade X Imortalidade da
alma.
O sistema de engano envolverá a primeira e segunda bestas (papado e USA), o falso
profeta (Espiritismo), sustentados pelo poder da Imagem da besta (união do poder político com o
religioso). Isso não deve demorar, haja vista as manifestações mais intensas do ecumenismo, Nova
Era, etc.
O Remanescente é o instrumento de DEUS para chamar Seu povo que ainda está em
Babilônia. Só quando todos se ajuntarem, após a queda de Babilônia, o Remanescente estará
completo.
1
Água em profecia indica povos, multidões e
nações (Ap.17:15). Babilônia, segundo Ap.17:15, está
assentada sobre estas multidões, que lhe dão apoio,
seduzidas e enganadas por ela. O secamento do rio
Eufrates provavelmente refere-se à perda de apoio que
Babilônia sofrerá por parte das multidões.
AA
A cruz de Cristo é o que tira essa barreira de separação (João 12:32). Ao nos
aproximarmos de Cristo, também nos aproximaremos uns dos outros. O ensino bíblico sobre a
união segue os seguintes princípios:
1- O desejo de DEUS é que haja união entre os homens como há na Trindade (João 17:21 e 23);
2- Unidade do Espírito - Ef.4:3-6;
3- Unidade de sentimentos e pensamentos - Rom.15:5 e 6;
4- Unidade em crenças - Ef.4:4 e 5 ("uma só fé...");
Outros textos - I cor.1:10 - "...digais uma só coisa"; II Cor.13:11 - "... de um mesmo
parecer".
A maior demonstração de como deve haver união entre os crentes está na metáfora do
corpo, feita por Paulo em I Cor.12:12.
Apesar da diversidade, deve haver unidade. Mas a unidade não elimina a individualidade
de cada pessoa. Os temperamentos, gostos, arbítrio devem ser respeitados. Unidade não é
uniformidade.
Papel do Crente:
- Promover a unidade no lar - Col.3:18-21;
- Ceder para evitar confusão - Fil.2:3-5;
- Orar e comungar uns com os outros - At.1:14; 2:43-47;
- Acabar com os preconceitos - Rom.2:11; Ef.6:9;
- Os líderes devem combater e evitar qualquer atitude, atividade e pensamento que cause
divisão.
Deve-se lembrar que os apóstolos só receberam o derramamento do Espírito Santo após
desfazerem toda diferença que causava divisão; toda intriga deve ser removida do coração do
povo de DEUS, para que sejamos capacitados a terminar a obra, pela efusão final do Espírito de
DEUS.
14. O Batismo
Jesus foi batizado quando aqui esteve. O Batismo era um costume comum entre os
judeus, significando a entrada para uma nova crença, seita, sociedade, etc. Antes de subir ao céu
definitivamente, Jesus ordenou que os apóstolos batizassem todos que pudessem (Mat.28:19).
Necessidade - Marc.16:16; At.2:38; At.10:48 e 22:16. Uma demonstração e um
compromisso público de viver segundo as novas crenças.
Modo - Imersão. Argumentos:
- A língua - Gr. BAPTIDZO - tem o sentido de mergulhar;
- Os desenhos e inscrições nas catacumbas de Roma indicavam este modo;
BB
1
Por esse motivo não precisamos rejeitar o
batismo de outras igrejas, desde que tenha sido feito
de maneira correta.
CC
Hierarquia dos Dons - Existem dons mais importantes que outros ? Sim (I Cor.14:1-5).
Mas a importância é medida pela esfera de serviço. Quem pode servir mais, é considerado maior.
Não é para exaltação própria.
O Fruto É Mais Importante - Mais importante que os dons é o amor e o fruto do
Espírito (I Cor.12:31..."caminho mais excelente"; I Cor.13 e 14:1).
Propósito dos Dons:
a- I Ped.4:10 e 11 - Para servir aos outros e para glorificar a DEUS("...administre AOS outros...
para que DEUS seja glorificado");
b- Ef.4:11-15 - Edificação da Igreja (v.12); confirmação e aperfeiçoamento dos crentes (vv.12 e
15); para que haja unidade (v.13).
Papel dos Líderes - Incentivar e treinar os membros a exercitarem os dons.
Papel dos Crentes - Orar (Tiago 1:5) e buscar (I Cro. 14:1).
OBS: Os dons não são recompensa pelo bom trabalho ou comportamento, mas são
instrumentos para avançar a causa de DEUS. Só recebe quem quiser trabalhar para DEUS.
- O Espírito Santo é quem nos usa e não nós a Ele (Fil. 2:13). Devemos pedir que Ele
nos use onde achar melhor e abrir a mente à Sua influência.
- Mesmo que alguns dons sejam considerados mais importantes porque têm maior esfera
de serviço, não significa que os outros são dispensáveis. Diante de DEUS todos têm o mesmo
valor;
N.T. - Aparece como um dos mais importantes dons (Rom. 12:6; I Cor.12:28; 14:1 e
5; Ef.4:11). Essa importância já era salientada desde o V.T. - Prov.29:18 - "Não havendo
profecia..." Algumas funções desse dom são:
1- Fundação da Igreja (Ef.2:20); 2- Extensão da Igreja (missionários enviados - At.16:6-10 e 13:2
e 3); 3- Advertência, consolo e conforto (Jer.35:15).
Últimos Dias: Ap.12:17; 14:12; 19:10 - Após a morte dos apóstolos o dom arrefeceu.
Dois motivos básicos: a- Falsos profetas; b- Declínio moral e espiritual;
Joel 2:28-31 é aplicado aos tempos finais também.
O Testemunho de Jesus (Ap.19:10): Profecia é uma mensagem direta de DEUS,
anunciada por um profeta. Assim, o Testemunho que vem de Jesus, é uma profecia. Em certo
sentido, todos os que são instrumentos de DEUS dando uma mensagem nova, inspirada por Ele,
são profetas.
Provas do Verdadeiro Profeta: São 4 características principais, as quais devem aparecer
juntas em um profeta verdadeiro. Se faltar uma, não procede de DEUS:
1- Isa.8:20; Deut.13:1-3 - Falar conforme a Palavra de DEUS;
2- Deut.18:22; Jer.28:9 - Predições devem se cumprir;
3- Mat.7:16-20; Gál.5:22 - Frutos de uma vida santificada;
4- Aceita e entende a encarnação e cruz de Cristo I João 4:2 e 3;
Sinais Físicos: Um profeta em visão deve apresentar as características que a Bíblia
apresenta: Dan.7:15, 28; 8:17, 18 e 27; Núm.24:3 e 4; Ap.1:10 e 17; e outros.
Ellen White: Como já foi visto, uma das características do Remanescente final seria a
presença do Espírito de Profecia. Se em toda a História do Seu povo DEUS sempre suscitou
profetas, não seria nas horas mais difíceis que Ele deixaria de fazê-lo.
Justamente após o início do tempo do fim, em um período de intensa renovação
espiritual, surge a figura da jovem Ellen Harmon, mais tarde, Ellen White, devido o casamento
com Thiago White.
Nasceu em 26/11/1827 e morreu em 1915; não assumiu o título de profetisa, mas de
mensageira. O teste das 4 características foi-lhe aplicado e foi reconhecida por pessoas reais, de
boa conduta, com comprovação histórica.
Seus escritos sobre saúde e Educação impressionam ainda hoje, pela quantidade de
novidades que trazem, tendo sido escritos no século passado; Suas descrições da História Bíblica
na série "O Conflito dos Séculos" contribuem para a credibilidade de sua inspiração.
Profecias cumpridas ou em cumprimento - Surgimento e expansão do Espiritualismo;
União do Protestantismo, Catolicismo e Espiritualismo; Suas cartas particulares (ainda existentes)
revelando segredos, são também uma prova de sua inspiração.
FF
Relação com a Bíblia: Apesar de sua inspiração ser a mesma dada aos escritores, sua
autoridade não é a mesma. Não foi propósito de DEUS que ela trouxesse doutrinas, ou
mandamentos. A Bíblia é a única regra de fé e prática.
Os Testemunhos vieram por causa da negligência da Bíblia pelo povo de DEUS. Sua
função é chamar a atenção para a Bíblia, a luz maior (ver Test. Seletos, vol.2, pp. 279-281).
Conselho: II Crôn.20:20; I Tes.5:19 e 20.
A lei expressa os princípios fundamentais do reino de DEUS, sobre os quais Jesus falou
no sermão do monte, esclarecendo e corrigindo as interpretações incompletas;
Objetivo: Podemos destacar os principais:
- Revelar o caráter de DEUS (ver textos acima);
- Revelar Sua vontade para a conduta do povo;
- Para padrão de julgamento (Ecl.12:13 e 14; Tiago 2:12);
- Para apontar o pecado (Rom.3:20; 7:7);
- Mostrando o pecado, ela leva-nos a Cristo (Gál.3:24);
- Para restringir o mal (Gál.3:9; Marcos 7:21 a 23);
Lei Eterna: A lei é eterna porque expressa a base de governo e o caráter de um DEUS
santo e justo (Mal.3:6; Tiago 1:17);
Ela já existia antes do mundo, pois se Lúcifer pecou e "pecado é transgressão da Lei" (I
João 3:4), então ela já existia (Rom.4:15 - "onde não há lei..." ). Depois da criação com Abraão
(Gên.26:4 e 5); No Êxodo (Cap. 16:28).
No Sinai DEUS tirou toda a dúvida - Êx.20. Ele própria falou-a e a escreveu. Os 10
Mandamentos são considerados a única parte em que ocorreu Inspiração Verbal na Bíblia.
Antes do fim do mundo, a Lei será perseguida (Ap.12:17), outra prova de que não pode
ter passado com a morte de Cristo.
O juízo será pelas obras e a base é a lei. Ela estava dentro da arca, representando a base
do trono de DEUS. No Ap.11:18 e 19 ela foi vista no Céu.
GG
Evangelho e Lei: A salvação não é pela lei, ou não precisaríamos de Jesus (Ef.2:8 e 9); A
justificação também não é pela lei (Rom.3:20). Se pudéssemos viver sem transgredi-la, ninguém
necessitaria morrer por nós.
A lei será cumprida automaticamente pelos santificados por DEUS (Rom.6:1, 2, 14 e 15;
Heb.10:26 e 27). A graça só virá sobre os que obedecem a lei - Rom.2:13; Sal.103:17 e 18;
Prov.28:9 - "O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei..." Não anularemos a lei com a fé, mas a
cumpriremos (Rom.3:31).
Qual a Lei que Passou?
A Bíblia fala de duas leis: A Moral (os 10 Mandamentos) e
a cerimonial (dos sacrifícios). A diferença entre essas duas
leis está no quadro a seguir:
Por que Negativa? - Talvez por causa da natureza pecaminosa (Mar.7:21-23). Ela veio
mostrar o erro (Rom.7:7).
A negativa é mais convincente para mostrar o que está errado.
19. O Sábado
Instituído na Criação. Vejamos o sábado ao longo da Bíblia:
1. Foi instituído na Criação do mundo para todos os homens, não havia judeus ainda - Gên.2:1-3;
O que DEUS abençoa e santifica não é algo qualquer que pode ser mudado por ordem humana;
2. Foi relembrado após o êxodo - Êx.16. A experiência do maná mostra que o sábado já era
sagrado antes da lei do Sinai;
3. Foi ordenado como mandamento divino - Êx.20:8-11; O motivo é relembrar, comemorar a
criação divina. O sábado é uma garantia contra idéias humanas que tentam rebaixar o valor
humano, tornando-o descendente do macaco. O sábado é o sinal de que fomos criados por
DEUS;
4. Existe um Salmo especial para o dia de sábado - Sal.92;
5. A maneira de santificar o sábado e uma promessa divina é apresentada pelo profeta Isaías -
Isa.58:13 e 14;
6. É um sinal de que pertencemos a DEUS, o Criador - Ez.20:8 e 20;
7. Jesus, como seguia essa idéia, aproveitava os sábados para ir à igreja, como nos fala Luc.4:16;
8. Os apóstolos santificaram o sábado mesmo quando Jesus estava morto - Luc.23:56;
9. Depois da ressurreição de Jesus, os apóstolos ainda santificavam o sábado e pregavam contra
os que queriam transgredir os 10 mandamentos - Atos 17:2; 18:4; especialmente Tiago 2:10;
10. Jesus mostrou que no sábado pode-se e até deve-se fazer o bem - Mat.12:11 e 12.
Não Passou: a- A lei não passou (Mat.5:17 e 18); b- Foi feito perpétuo. Êx.31:16 e
DEUS não muda (Mal.3:6); c- Era extensivo aos estrangeiros (Isa.56).
Significado :a- Memorial da Criação (Êx.20:8-11);
B- Sinal de santificação e lealdade (Êx.31:13; Eze.20:20);
C- Símbolo descanso em Cristo e do descanso eterno do pecado.
Domingo na Bíblia: As passagens que falam do primeiro dia da semana são as seguintes:
Mat.28:1; Mar 16:2; Mar 16:9; Luc. 24:1; João 20:1; João 20:19; At.20:7; I Cor.16:2.
Em nenhum desses textos há qualquer ordem para santificação do domingo. Os que
consideram o domingo um dia de guarda baseiam-se na doutrina Católica que afirmou, durante
toda a Idade Média, que a Igreja tem autoridade para mudar as leis de DEUS. Em virtude disso, a
Igreja decidiu que o domingo passara a ser um dia santo em virtude da ressurreição de Jesus. A
institucionalização do domingo começou com o decreto de Constantino em 07/03/321, e mais
tarde foi confirmado pelos concílios da Igreja Católica. Essa mudança foi profetizada: Dan.7:25.
Maneira de Santificar: Lev.23:32; Isa.58:13,14; Mt.12:12;
20. Mordomia
DEUS criou o Universo e tudo que nele há. Assim, tudo Lhe pertence (Sal.24:1). DEUS
colocou o homem neste planeta para cuidar - UM MORDOMO.
II
1
Inclui-se aqui os analgésicos utilizados por
muitos já por dependência.
KK
2
Pr. José Carlos Ramos, em sermão na igreja do
IAENE.
LL
c- Fornicação, Adultério e toda Perversão: Como já foi discutido, repetimos alguns textos -
Êx.20:14; Lev.20:10-12; I Cor.6:9; Gál.5:19; Deut.27:20-23. O objetivo de DEUS é sempre
poupar sofrimento ao homem, por isso a proibição daquilo que aparentemente é prazeroso;
d- Divórcio - Como já mencionamos no começo dessa seção, o homem e a mulher deveriam ser
uma só carne, assim como a Trindade é Um só. Embora não seja obrigado, Jesus sancionou o
divórcio apenas por quebra dos votos - Mat.19:8 e
9.
mas DEUS apenas mostrou uma "maket"; ainda há a idéia de que o santuário mencionado em
Hebreus, é todo o céu, onde DEUS habita.
O Santuário Terrestre: Tinha objetivo didático, para ensinar o plano da Redenção. Todo
ele apontava para Cristo e Seu ministério para a salvação do homem. Assim, A doutrina do
Santuário é "Justificação pela fé" e "Salvação pela graça".
A seguir está o gráfico do Santuário e os principais símbolos nele contidos:
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║ │ ┌────────────┐ ║
║ │ │ 3 │ ║
║ │ │ │ ║
║ │ └────────────┘ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ ┌────────┐ │ ║
║ │ │ │ ┌─────┐ ║
║ │ │ │ │ 5 │ ║
║ │ 6 │ │ │ │ ┌─┐ ┌───┐
║ │ │ │ └─────┘ │2│ │ 1 │
║ └────────┘ │ Santo └─┘ └───┘
║ │ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ │ ║
║ Santíssimo │ │ 4 ║
║ │ │││││││ ║
║ │ │││││││ ║
║ │ ┴─┴─┴─_─┴ ┴─┘ ║
║ │ ║ ║
║ │ ║ ║
║ │ ═══╩═══ ║
╚════════════════════╧═════════════════════════════
════╝
- DEUS determinava um dia para eliminar esses pecados. Era o dia da Expiação (tirar a
culpa). Dia 10 do 7º mês;
- Nesse dia o sacerdote fazia a cerimônia dos dois bodes. Era o único dia que ele
entrava no Santíssimo. O Santíssimo era símbolo do trono de DEUS. Diante de DEUS
será feito o julgamento, e Jesus estará ao lado do Pai mostrando Seu sangue
derramado em favor dos que se arrependeram;
- Quando o Sumo-Sacerdote colocava os pecados sobre o bode e este morria, o
Santuário ficava limpo dos pecados.
Os Milleritas - Guilherme Miller estudou as profecias de Daniel e ficou impressionado
com a relação entre Dan.8:14 e essa cerimônia. Ele fez a descoberta que iria
revolucionar a América do Norte - Dan. 8:14 - "Até 2300 tardes e manhãs e o
Santuário será purificado". Para ele esse texto não poderia referir-se ao Santuário de
Jerusalém, que estava desativado. Logo, o santuário só poderia ser a Terra.
Se após o período de 2300 dias DEUS viria purificar a Terra, então, se pudesse achar
o início desse período, acharia o dia do fim do mundo pelo retorno de Jesus.
Para chegar a essa conclusão final, ele passou por algumas descobertas. Algumas
delas foram:
- Em Profecias com referência de tempo, um dia representa um ano (Ezeq.4:6-8);
- O período de 2300 dias começar ou junto com um período menor, "as 70 semanas", e
ambos começaram com o decreto para reconstruir Jerusalém, em 457 a.C. (Dan.9:24-
27);
- A purificação do Santuário era uma cerimônia que representava o juízo final;
- O período começando em 457 a.C., terminaria em 1844 a.d.;
Houve uma grande comoção na América do Norte. Conversões e milagres ocorreram,
pois o povo passou a buscar a DEUS como se disso dependesse sua vida. E em
22/10/1844 ocorreu a grande decepção.
O erro de Miller foi confundir o santuário com a Terra. O correto seria saber que a
cerimônia representava aspectos do ministério de Cristo.
Em 1844 começaria o Juízo no Céu, pois era isso que a cerimônia de purificação do
santuário representava. É disso que trata o livro de Hebreus, do Ministério de Jesus
como Sumo Sacerdote no Céu - Heb.8:1 e 2; 9:11-15.
O Juízo: I Ped.4:17 - "...Já é tempo que comece". Conclui-se que DEUS deve ter
começado pelos justos.
Nossa conduta ante o juízo deve ser de confiança em nosso Advogado (I João 2:1;
Rom.8:34; Heb.4:14-16); devemos proclamá-lo a todos os que não estão advertidos
(Ap.14:6-12). O Juízo de DEUS é liberdade para os justos.
PP
Aos que morreram em Cristo, Jesus promete a ressurreição da vida (João 5:28 e 29; I
Tes.4:13-16; I Cor.15:51-54). No V.T. já aparece a crença na ressurreição (Jó 14:13-
15; Heb.11:18);
II. A ressurreição de Jesus - É a garantia da ressurreição dos santos (I Cor.15:14-18);
Também é o modelo: Corporal e gloriosa (I Cor.15:42-44); A ressurreição de Jesus foi
a motivação e a mensagem principal da pregação apostólica- At.4:33; 1:22; I Ped.1:3;
III. As Duas Ressurreições: A Bíblia fala de duas ressurreições (João 5:28 e 29;
At.24:15). A 1ª vai a ser a dos justos, na Vinda de Jesus e antes do milênio (Apoc.20:4-
6; I Tes.4:17); A segunda será a dos ímpios, após o milênio (Ap.20:5, 13 e 14).
IV. Após a Morte: A doutrina da ressurreição condena a doutrina de vida após a
morte. Como já vimos, não existe uma parte separada do corpo do homem que tenha
vida (Tiago 2:26). Ecle.12:7 fala do espírito que volta para DEUS, que é apenas o
fôlego que DEUS deu a todo ser vivo (Gên.2:7). Os animais têm o mesmo espírito
(Ec.3:19-22), e é inconcebível a idéia de que no céu temos os espíritos desencarnados
dos animais que morrem. Além disso, se esse espírito dado por DEUS, no princípio
não tinha vida, por que terá no final. Seguem alguns textos sobre o estado dos mortos:
- Ec.9:6-10 - Inconsciência; - Sal.115:17 - Sem louvor no Céu ?; - Jó 10:21 - não volta
(Jó 14:10-12; 7:9 e 10);
A Bíblia chama a morte de sono (I Reis 2:10; Mat.9:24; I Tes.4:13; João 11:11-14).
Estado de inconsciência.
A doutrina da imortalidade da alma é diabólica, e DEUS adverte que é abominação
para Ele (Deut.18:10-12). Será um dos grandes enganos dos últimos tempos
(Ap.16:13).
Ela implica em uma vida sem compromisso com DEUS, pois de qualquer forma, não
sendo um criminoso, a vida continuará. Também a necessidade da volta de Jesus, pois
se os mortos vão para o céu ou para o inferno assim que morrem, para que Jesus
voltaria ?
Os Apóstolos: Os próprios apóstolos que, por muitos, são considerados santos
habitantes do céu, só esperavam a recompensa no dia da Vinda de Cristo:
- II Tim.4:8 - "...Coroa ...naquele dia..."
- II Ped.3:10 e 13 - "...aguardamos novo céu..."
- Ap.3:11 "...venho sem demora...tua coroa"
Inferno: "Seol" (Heb.) e "Hades" (Gr.) = lugar escuro, abismo, habitação dos mortos.
Geena (Gr.) = lugar onde queimavam o lixo e vários corpos de criminosos. Tornou-se
SS
símbolo da destruição final dos ímpios Ap.20:14 e 15). A Bíblia fala de Jesus no Hades,
ou seja, na sepultura (Sal.16:10 e 30:3). Não existe a idéia pagã de inferno na Bíblia.
As aparições são personificações do diabo (II Cor.11:13). Ele assumiu a forma da
serpente no Éden (Gên.3). Ele tem poder para fazer milagres inacreditáveis -
(Mat.24:24; Ap.13:13).
O maior argumento contra a vida após a morte é a promessa da Segunda Vinda, na
qual Jesus dará a paga a cada um (João 5:28 e 29).
26. O Milênio
A palavra não aparece na Bíblia, mas é usada para indicar o período de mil anos de
Ap.20. Esse período não tem características1de um período simbólico, portanto não
deve ser interpretado no esquema do dia-ano.
Para explicar o Milênio precisamos saber os acontecimentos de antes, durante e
depois dele, baseados em Ap.20.
ANTES: Jesus Volta (Ap.19:11-21); os mortos justos ressuscitam (Ap.20:5 e 6; I
Tes.4:16); Arrebatamento dos salvos (I Tes.4:17); Satanás é preso (Ap.20:1 e 2);
ímpios são mortos com o resplendor da Sua Vinda (II Tes.2:8); Terra vazia e desolada;
DURANTE: Satanás continua preso; Terra vazia de humanos; Santos no Céu fazendo
o juízo de confirmação (I Cor.6:1-3; Ap.20:4)2;
DEPOIS: Segunda Ressurreição (vv.5, 7 e 8); Satanás solto (v.7 e 8); a cidade desce
(v.9); purificação pelo fogo (vv.9 e 10).
O Fogo Eterno (20:10): Essa idéia de fogo eterno não quer dizer que as pessoas
durarão para sempre, sendo queimadas. O fogo é que é eterno, não as pessoas. O
sentido é que o fogo não pode ser apagado, pois é aceso pelo juízo de DEUS com o
fim de purificar a Terra do mal. Só cessará quando sua missão for realizada.
Mal.4:1-3 lembra que os ímpios se farão cinzas. Além disso, o Novo Céu e a Nova
Terra serão aqui, logo, esse fogo vai parar.
DEUS não quer o sofrimento do ímpio, e a idéia de sofrimento eterno não condiz
com as palavras de Ez.33:11 - "...não tomo prazer na morte do ímpio..."
1
Período muito grande, além do mais, sua
composição indica que realmente significa mil anos.
2
"...foi-lhes dada a autoridade de julgar". Os
homens não têm autoridade, mas recebe-lo-ão durante o
milênio, para tirarem dúvidas a respeito do juízo de
DEUS.
TT
1
Algumas pessoas pagam milhares para ver mágicos, shows,
para cursar Universidades. Teremos uma eternidade para aprender os
segredos da natureza, do universo, das ciências. Tudo explicado
pelo próprio Criador, demonstrando com Seu poder infinito o que
ninguém pôde fazer.
UU