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PM-SP

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

FILOSOFIA
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Livro Eletrônico
FILOSOFIA
Introdução à Filosofia
Prof. Júlio Amaro

SUMÁRIO
Introdução à Filosofia...................................................................................3
Apresentação e Metodologia..........................................................................4
1. História da Filosofia – Instrumentos de Pesquisa..........................................6
1.2. Introdução à Filosofia da Ciência........................................................... 25
1.3. Introdução à Filosofia da Cultura........................................................... 28
1.4. Introdução à Filosofia da Arte............................................................... 31
1.5. O Intelecto – O Empirismo e Criticismo.................................................. 35
1.6. Democracia e Justiça........................................................................... 40
1.7. Direitos Humanos............................................................................... 43
Questões de Concurso................................................................................ 48
Gabarito................................................................................................... 67
Questões Comentadas................................................................................ 68

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FILOSOFIA
Introdução à Filosofia
Prof. Júlio Amaro

INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Júlio César Amaro é graduado em Filosofia pelo Instituto de Ensino Superior do

Centro Oeste – IESCO (2010), com especialização em Docência do Ensino Superior

e Gestão & Orientação Educacional pela Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin –

FTED (2011).

Atualmente, leciona Filosofia e Sociologia para o Ensino Médio e desenvolve

projetos transversais e interdisciplinares para o Ensino Fundamental (Secretaria de

Estado de Educação do Distrito Federal – Rede Pública de Ensino). Também lecio-

na Filosofia para o Ensino Superior (Cursos de Pedagogia e Administração – Rede

Privada de Ensino), além de possuir experiência com cursos preparatórios para

concursos e pré-vestibulares.

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Introdução à Filosofia
Prof. Júlio Amaro

Apresentação e Metodologia

Olá, querido(a) estudante, tudo bem?

Iniciarei nossa conversa afirmando que é um enorme prazer poder contribuir

para a realização de um sonho que também já compartilhei: a aprovação em um

concurso. Como sabemos, o funcionalismo público é o objetivo de grande parte

dos cidadãos(as) brasileiros(as) e podemos enumerar vários motivos para tal fator

como, dentre outros, motivações econômicas, busca por estabilidade profissional/

financeira e, porque não, realização pessoal?! Dessa forma, por se tratar de um

objetivo compartilhado por um grande número de pessoas, existe uma ampla con-

corrência para a ocupação das respectivas vagas e é justamente nesse sentido que

buscarei dar minha contribuição.

Como visto, possuo formação em Filosofia, assunto que sempre chamou minha

atenção e uma área pela qual, desde os tempos de estudante da educação bási-

ca, nutro uma enorme paixão. Profissionalmente, atuo há oito anos (rede pública

e privada de ensino) e buscarei, nas páginas a seguir, demonstrar a importância

da Filosofia, bem como sua aplicabilidade, seu desenvolvimento histórico e a parte

que – sendo sincero – seja a que talvez mais lhe interesse nesse contexto: o co-

nhecimento técnico e formal; para que você não encontre maiores dificuldades no

certame que se aproxima.

O serviço público implica uma série de responsabilidades segmentadas em di-

versos setores, e, portanto, é uma injustiça atribuir suas mazelas apenas àque-

les(as) que estão inseridos no mesmo. Parto desse pressuposto, pois a educação

pública fez parte de toda minha formação básica e atribuo à mesma algumas de

minhas realizações pessoais e meu sucesso profissional. Tive o privilégio de encon-

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Introdução à Filosofia
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trar grandes mestres na escola pública e é a realização de um sonho poder retribuir

com o meu trabalho tamanha gratidão. Espero, portanto, que, mesmo atuando em

áreas distintas da qual atuo, você alcance seu objetivo e tenha consciência da res-

ponsabilidade que lhe será implicada.

Quando o estudo é individualizado, por meio de pesquisa, resolução de exercí-

cio, leitura etc., nós o executamos como uma espécie de monólogo, tendo o autor

como detentor do conhecimento inquestionável. Contudo, não é essa a proposta

da aula a seguir, pois a Filosofia implica necessariamente o questionamento, a

dúvida, a curiosidade e também a busca pela veracidade das informações que nos

são transmitidas.

Assim, aproveitarei a experiência que possuo em sala de aula e as dúvidas

que nela surgem, para que possamos desenvolver, na medida do possível, uma

atividade dialogada. É respondendo às suas dúvidas que seu aprendizado será

desenvolvido e memorizado da melhor maneira possível. Durante a aula, você en-

contrará algumas questões comentadas, tais questões serão reforçadas numa lista

de exercício com gabarito e demais comentários ao final. Aproveite para testar seu

entendimento.

O estudo é uma tarefa que exige bastante disciplina, autocontrole, adminis-

tração do tempo e uma enorme responsabilidade consigo mesmo. Desejo a você,

estudante, sucesso nesse processo e em sua finalidade; tenha em mente que

nossas conquistas são precedidas de alguns esforços e abdicações. Vamos juntos

nessa caminhada.

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1. História da Filosofia – Instrumentos de Pesquisa

Antes de iniciarmos nossa conversa sobre a História da Filosofia propriamente

dita, é importante fazermos uma análise de conjuntura para o seu surgimento,

posterior desenvolvimento e, por fim, buscarmos uma compreensão acerca das

características do conhecimento filosófico, tendo em vista que o mesmo é fruto de

um processo evolutivo e transitório. O nascimento da Filosofia não é, portanto, um

fato que se deu isoladamente, a Filosofia surge como consequência de contextuali-

zações sociais e históricas, como veremos a seguir.

A racionalidade é uma característica que costumamos utilizar para diferenciar

o ser humano das demais espécies, correto? O que, por vezes, não destacamos é

o fato de que essa mesma racionalidade gera uma série de outras características

que também poderão ser utilizadas para a mesma diferenciação. O ser humano

busca compreender o espaço que ocupa, os fenômenos que presencia, bem como

a realidade na qual está inserido para que também possa intervir na mesma. Isso

não é um privilégio do homem moderno, pós-revolução industrial, capitalista ou

contemporâneo. A curiosidade é uma característica que nos acompanha ao longo

de toda a nossa história.

Utilizarei a própria natureza para que fique mais clara tal análise. Hoje, compre-

endemos sem maiores dificuldades alguns fenômenos naturais, compreendemos

o que ocasiona uma chuva, um relâmpago, um terremoto etc. Agora, querido(a)

estudante, imagine as pessoas querendo compreender esses mesmos fenômenos

há mais de dois mil anos. Algo que lhe parece tão óbvio, foi motivo de diversas te-

orias e impulsionou anos de suposições e reflexões. Inicialmente, as respostas para

os respectivos fenômenos – não só naturais, mas também sociais e até mesmo de

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cunho pessoal – eram dadas por meio de atribuições divinas, ou seja, as coisas

eram vistas como dádivas ou castigo dos deuses, aconteciam de acordo com suas

vontades; às vezes, uma benção e, em outros casos, castigo.

É assim que entenderemos no que consiste o conhecimento mitológico, um

tipo de conhecimento que antecedeu o filosófico e se caracteriza por não passar por

sistematizações e encadeamentos lógicos de raciocínio; é de caráter religioso e se

baseia na fé. Você já deve ter visto em filmes, livros ou revistas, uma tempestade

atribuída a um Deus, uma paixão atribuída à Afrodite, uma guerra motivada por

interesses divinos, correto?! Era dessa forma que as indagações humanas eram res-

pondidas, por meio de contos, histórias, fábulas escritas por poetas, que eram tidos

como escolhidos pelos deuses, uma espécie de autoridade máxima do conhecimento.

CURIOSIDADE: na mitologia grega, Afrodite é conhecida como a Deusa do amor

e, em algumas citações, é apontada como mãe de Eros (que em outras obras é

mencionado como filho do Caos). Eros, na mitologia romana, é conhecido como

Cupido, lhe soa familiar?

Atualmente, ainda criamos histórias fabulosas e fantasiosas que se baseiam

puramente na imaginação. Continuamos criando heróis, deuses e semideuses. A

diferença é que a mitologia que ainda se faz presente em nossas vidas tornou-se

uma maneira de entretenimento, não a utilizamos mais como valor de verdade ou

referencial de conhecimento. Consumimos livros, revistas, roupas, filmes etc. com

os respectivos heróis, simpatizamos com alguns deles, não gostamos de outros,

mas não recorremos aos mesmos em situações de risco ou para alcançarmos res-

postas para nossas dúvidas. Quando nos referimos a um atleta, por exemplo, como

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um “mito”, a ideia que se quer transmite é de grande superioridade em relação aos

oponentes, porém, é sabido que, por trás de tamanha superioridade, existe treino,

abdicação de algo e bastante dedicação, não contribuições sacras, já que sabemos

que se trata de um ser humano, não um herói ou um Deus.

Dizemos que Mike Tyson é um “mito” dos ringues, tratamos Senna como um “mito”

das pistas, Usain Bolt como “mito” do atletismo etc. Todavia, continuamos vendo, ne-

les, seres humanos, por mais fantásticos que sejam em suas respectivas funções.

Professor, ainda hoje é possível percebermos resquícios disso, concorda? Algumas

pessoas ainda atribuem alguns acontecimentos a vontade divina, não é mesmo?!

Sim, a religião faz com que as pessoas façam esse tipo de relação. Partindo dessa

ideia, você pode compreender como o politeísmo (vários deuses) era à época. Esses

Deuses, que hoje relacionamos apenas a contos e fábulas, eram tidos como verda-

deiros, as pessoas os cultuavam, idolatravam e o seguiam, guerras aconteciam em

nome desses deuses, essa era a fé, conforme boa parte da humanidade ainda tem.

Na Mitologia,

Humanos Deuses Semideuses ou Heróis


– Não possuem pode- – Possuem poderes – Junção entre deuses e seres humanos:
res e são mortais. e são imortais. possuem poderes, mas são mortais.

Imagem de Zeus em Mármore, Século II – Museu Britânico; Deus dos deuses, do trovão e da ordem.

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O fato é que o conhecimento humano é transitório e evolutivo, nunca estático e

permanente, memorize isso. Ou seja, tais explicações pautadas em ações e inte-

resses divinos não foram satisfatórias para o decorrer histórico e deixou de respon-

der à curiosidade humana, que buscou outra maneira de responder e compreender

o mundo e os mais distintos fenômenos. CALMA! Ainda é cedo para falarmos sobre

o conhecimento científico. É nesse contexto que o conhecimento filosófico se de-

senvolverá, pois era necessário que fosse desenvolvido um tipo de conhecimento

que passasse por uma sistematização lógica, fosse racional e buscasse respostas

mais concretas para tantas perguntas. Entretanto, o nascimento da Filosofia

não representou o fim da Mitologia, trata-se de um processo de transição. Tan-

to é que alguns filósofos elaboravam histórias mitológicas como um meio de com-

preensão de suas respectivas teorias. Para que você tenha uma ideia mais ampla

sobre isso, mais adiante trataremos do Mito da Caverna, de Platão.

Pelo fato do conhecimento humano ser evolutivo, a banca pode usar isso para con-

fundir os candidatos. Um tipo de conhecimento pode substituir o outro, mas isso

não implica necessariamente num fim; o conhecimento filosófico não significará o

fim do mitológico, assim como o conhecimento científico não representará o fim do

filosófico. Fique atento(a).

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ESQUEMA:

Conhecimento Mitológico Conhecimento Filosófico


– Não possui sistematização racional; – Requer sistematização racional;
– Ilógico; – É Lógico;
– Possui caráter religioso; – Não possui caráter religioso;
– Baseia-se na fé. – Baseia-se na razão.

Mas, professor, se a Filosofia buscou explicações mais fundamentadas, por que

seu desenvolvimento não implicou o fim da mitologia?

A resposta é simples caríssimo(a) estudante, as pessoas não costumam reagir

bem quando sua fé é colocada à prova, certo?! Os deuses da mitologia eram cultu-

ados, idolatrados e seguidos. Não foram raras as vezes que o desenvolvimento da

Filosofia encontrou resistência e foi visto como um simples ato de blasfêmia. Pes-

soas foram perseguidas, tiveram obras destruídas, recuaram com suas reflexões

e até mesmo morreram, ao longo de toda a nossa história (não só da Filosofia),

buscando uma evolução para o conhecimento humano.

Se partirmos das características do conhecimento filosófico como tal, torna-se

difícil uma definição de datas, locais e pessoas que deram o pontapé inicial para seu

desenvolvimento, mas a História da Filosofia, assim como a História de um modo

geral, se fundamenta em registros e tais registros vão nos mostrar que a Filosofia

ocidental surgiu na Grécia Antiga por volta século VII a.C com o filósofo Tales de

Mileto (Mileto corresponde à cidade de Tales – o local era uma maneira de diferen-

ciar os pensadores na época), conhecido como o primeiro pensador a indagar ra-

cionalmente o universo. Portanto, problematizando ou não, o nascimento do saber

filosófico relaciona-o com a Grécia, pois não lhe faltarão fundamentos teóricos para

uma possível resposta sobre o surgimento da Filosofia.

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A criação do termo FILOSOFIA é atribuída a Pitágoras – isso mesmo, o mesmo que

você estudou nas aulas de Matemática – e é uma junção de duas palavras gregas:

Philo = Amor; e Sophia = Sabedoria. Portanto, Filosofia significa amizade/amor à

sabedoria e o filósofo é aquele que direciona seu intelecto na construção do conhe-

cimento, aquele que ama a sabedoria. Lindo, não é mesmo?!

Esse período inicial da Filosofia é conhecido como FILOSOFIA ANTIGA, e pode-

mos dividi-la em três momentos: o pré-socrático, o clássico e o pós-socrático (ou-

tros autores o dividem em até quatro, acrescentando aí o período Greco-Romano;

como as características referentes ao conhecimento filosófico permanecem próxi-

mas, simplificaremos em Pré, Socrática – Clássica – e Pós-Socrática). É importan-

tíssimo que você compreenda a diferença entre tais momentos. Lembre-se de que o

que vai definir um filósofo como pré ou pós-socrático ou de períodos distintos, não

é propriamente uma ordenação cronológica, o momento em que ele viveu, mas sim

as características de suas reflexões, que irão se relacionar com as características de

algum período específico, como veremos nas páginas que estão por vir.

Seria de uma redundância sem tamanho você caracterizar o período pré-socrá-

tico como aquele que antecede a existência de Sócrates e o pós como o período

posterior a ele, apenas. A Filosofia pré-socrática é marcada pela tentativa de com-

preensão da natureza (que antes era respondida por meio da Mitologia, NÃO SE

PERCA) e pela busca de um princípio original, algo que tenha dado início a tudo –

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compreende-se a substância original como ARCHÉ (Princípio). Por estarem voltados

à natureza, os pré-socráticos são conhecidos também como naturalistas ou filósofos

da natureza. Cosmologia – investigação acerca da origem do universo/mundo.

Uma das maiores discussões acerca da origem do universo foi protagonizada

pelos filósofos Heráclito (535 – 475 a.C) e Parmênides (530 – 460 a.C), discussão

essa que se estendeu entre outros filósofos e períodos da Filosofia. Ao afirmar que

“é impossível nos banharmos duas vezes no mesmo rio”, Heráclito defendia a ideia

de um mundo em movimento constante, o que ele vai denominar como Devir

(constante transformação), as coisas não são, estão sendo; para ele, essa transfor-

mação que faz com que as coisas existam e também deixem de existir, portanto, é

o princípio de tudo. Já Parmênides parte da ideia de que as coisas não podem ser

e não ser ao mesmo tempo (SER = único, imóvel, estático e permanente), ou seja,

para Parmênides, as coisas possuem uma essência, denominada por ele como Ser,

e é essa essência que dá origem às coisas, sendo, portanto, o princípio.

Exemplificando: para Heráclito, o dia está em constante transformação para se

tornar noite, assim como o quente está em constante transformação para se tornar

frio, vice-versa (mundo transitório). Já para Parmênides, o dia é o dia e a noite é

a noite, assim como o quente é o quente e o frio é o frio, as coisas possuem sua

essência; aquilo que não é não pode ser afirmado (mundo estático).

Para Tales de Mileto, tido como o primeiro filósofo grego do qual se tem no-

tícia, como visto, “a água é o elemento primordial de todas as coisas”. Ou seja,

o filósofo defendia a ideia de que a substância original, o princípio (arché) era

água, por se tratar de um elemento indispensável para a criação, manutenção e

até mesmo de decomposição.

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Diversas teorias surgiram acerca da origem do mundo/universo nesse período


da Filosofia (pré-socrática), daí o motivo de sua caracterização enquanto natura-
lista. É IMPORTANTE destacar que existiam os filósofos monistas (defendiam uma
substância enquanto original) e os filósofos pluralistas (defendiam que várias subs-
tâncias em conjunto, davam origem a tudo).
Já o período clássico é marcado pela presença de figuras como Sócrates, Platão
e Aristóteles, que viam a Filosofia como uma ferramenta para que a verdade fosse
alcançada e a relacionavam com valores de ética e virtudes; diferente dos Sofistas,
que viam o encadeamento lógico do raciocínio como um instrumento de persuasão.
No decorrer da história da Filosofia, o termo Sofista adquiriu um tom pejorativo, pois,
diferente dos clássicos, eles cobravam por seus ensinamentos. Porém, por andarem
em várias cidades, utilizando o conhecimento como um instrumento de sobrevivên-
cia, os Sofistas foram responsáveis pela propagação do conhecimento filosófico.
A ruptura do período pré para o pós-socrático é caracterizada principalmente
pelo objeto de investigação da Filosofia, ou seja, se antes as indagações filosóficas
estavam direcionadas à compreensão dos fenômenos naturais e do princípio, a Fi-
losofia pós-socrática se volta para a compreensão das relações sociais e do próprio
homem; entretanto, a ferramenta para a compreensão da natureza ou do homem
continua a mesma: a razão.

A divisão da Filosofia Antiga em Pré e Pós-Socrática recebe a respectiva nomencla-


tura, porque Sócrates é considerado um dos principais responsáveis pela transição
do naturalismo para o antropocentrismo. Um fato curioso é que não há registros de
obras escritas por Sócrates, e, dessa forma, o que sabemos sobre o pensamento
do filósofo foi escrito por alguns de seus contemporâneos e discípulos; o principal
expoente do pensamento socrático foi Platão.

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O método socrático é conhecido como Maiêutica, que significa: parto de ideias.

Tal método consistia num diálogo crítico entre interlocutores, em que Sócrates,

por meio de perguntas e sem afirmações diretas, buscava levar seu interlocutor à

contradição. Dessa forma, o interlocutor observaria uma falha no seu raciocínio,

buscando reconstruir seu pensamento, “dando luz” às novas ideias.

“Só sei que nada sei” é uma expressão socrática que objetiva demonstrar que

se reconhecer como ignorante lhe coloca em vantagem sobre aquele que acha que

domina o conhecimento. Tal reconhecimento lhe permitirá a busca pela sabedoria,

diferente daquele que acha que já sabe.

1. (PROFESSOR FILOSOFIA/INSTITUTO FEDERAL-RS/2010) Sócrates inaugura o

período clássico da filosofia grega, também chamado de período antropológico.

O problema do conhecimento passou a ser uma problemática central na filosofia

socrática, pois “a briga” de Sócrates com os sofistas tinha por objetivo resgatar o

amor pela sabedoria e a valorização pela busca da verdade. Nesse contexto, Sócra-

tes inaugura seu método que se fundamenta em dois princípios básicos, que são:

a) A indução e dedução das verdades lógicas.

b) A doxa e o lógos convergindo para o conceito racional.

c) A ironia e a Maiêutica enquanto caminhos para conhecer a verdade através do

autoconhecimento (conhecer-te a ti mesmo).

d) O diálogo e a dúvida dialética.

e) A amizade e a justiça social.

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Letra c.

Algumas afirmações que antecedem a questão podem lhe auxiliar nessa resposta.

Vimos que a Filosofia pós-socrática coloca o homem como objeto de estudo (o que

se relaciona com o “conhecer-te a ti mesmo”) e vimos que o método socrático se

desenvolvia sem afirmações, apenas com perguntas (ironia) com o objetivo de levar

o interlocutor à contradição; assim, o conhecimento emana da própria pessoa ao

buscar reconstruir seu pensamento. Daí o termo: Maiêutica. Portanto, a alternativa

correta é a letra c. A alternativa d pode lhe confundir um pouco, todavia, Sócrates

não levanta dúvidas acerca do que seu interlocutor afirma, ele demonstra que, por

conta das contradições, tais afirmações são falhas. Esteja atento(a) aos detalhes.

O desfecho da vida de Sócrates é descrito por Platão em sua obra Apologia a

Sócrates. Resumidamente, trata-se de um livro escrito em forma de diálogo, que

retrata um episódio específico da vida de Sócrates, seu julgamento após uma série

de acusações. Sócrates faz sua própria defesa e utiliza a refutação como estratégia,

demonstrando, em vários momentos, as contradições e falhas nos argumentos de

seus acusadores. No entanto, a estratégia de Sócrates não traz o resultado espera-

do e Sócrates é condenado à morte. Porém, o filósofo tinha a opção de negar seus

ensinamentos e viver no exílio para se livrar de sua pena. Sócrates considera que

aceitar a proposta seria uma confissão de culpa e prefere a própria morte que viver

como um estrangeiro no exílio. Sua morte se deu por meio de envenenamento –

cálice de cicuta.

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A morte de Sócrates, de Jacques-Louis David, 1787. Na obra, Sócrates passa

um ensinamento aos discípulos ao encarar com naturalidade a morte.

PRINCIPAIS PENSADORES ANTIGOS: Tales de Mileto; Heráclito; Parmênides;

Sócrates; Platão; Aristóteles etc.

Quadro Escola de Atenas: Rafael (1510-1512) A pintura propõe um encontro entre pensadores
da Antiguidade.

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FILOSOFIA ANTIGA

PRÉ-SOCRÁTICA PÓS-SOCRÁTICA
– Cosmogonia; – Antropocentrismo (homem no centro);
– Naturalismo; – Compreensão das relações sociais
– Substância Original: o Arché. e do próprio homem;
-Ferramenta de investigação: – Ferramenta de investigação:
Razão. Razão.

Continuando nossa análise histórica do desenvolvimento filosófico, chegamos

ao período medieval. Um conhecimento mínimo acerca da história geral lhe ajudará

bastante na compreensão da história da Filosofia, basta relacionar as respectivas

áreas de conhecimento e buscar um consenso entre ambas.

Pois bem, você deve se recordar que, nas aulas de História, o período medie-

val é marcado, dentre outras características, pelo poder do Clero, correto? Idade

Média e Igreja Católica são assuntos entrelaçados se a abordagem for histórica.

Essa assimilação não está equivocada e influenciará bastante nas características do

conhecimento filosófico.

Como visto anteriormente, a transição do conhecimento mitológico para o filo-

sófico foi uma espécie de quebra de paradigma, pois o saber filosófico foi no cami-

nho oposto ao percorrido da época (explicações de cunho teológico). Entretanto,

no mundo greco-romano (Séc. III d.C.), não era de grande sensatez a recusa

divina – momento de aceitação do cristianismo enquanto religião e sua expansão.

Por não ter uma fundamentação racional acerca de suas convicções, vimos que o

politeísmo (vários deuses) entra em declínio enquanto referencial de conhecimen-

to e, em seguida, temos um rápido crescimento de uma religião monoteísta (um

Deus), o cristianismo.

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Enquanto religião, o cristianismo busca dar uma sistematização lógica para

os seus dogmas e é nesse ponto que começa sua relação com a Filosofia, dando

início ao período conhecido como a FILOSOFIA MEDIEVAL. A Filosofia Medieval

é marcada principalmente pelo Teocentrismo – Deus no centro – e pela tentativa

de conciliação entre a fé e a razão, sendo que a primeira irá se sobressair em re-

lação à segunda.

Mas, espera aí, professor! A Filosofia que sempre buscou a compreensão racio-

nal das coisas é marcada pelo teocentrismo na Idade Média? Isso me parece muito

contraditório!

É isso mesmo que você leu caríssimo(a) estudante! A Filosofia Medieval é mar-

cada, sobretudo, pelo teocentrismo. Com isso, quero dizer que a fé ganha um

espaço de maior importância que a razão. A razão nesse período vai ser utilizada

como uma espécie de ferramenta de justificação para fé, ficando em segundo pla-

no, numa condição de serviçal da fé.

Para que fique mais claro, imagine como exemplo o diálogo que segue:

– Olá, João, você acredita em Deus?

– Sim, Maria. (FÉ)

– Por quê?

Em seguida, João explica o porquê da sua crença em Deus (Razão).

Essa foi uma preocupação do Clero, expor os seus dogmas que, obviamente, se

pautam na fé; mas, se questionado, o mesmo Clero conseguiria explicar racional-

mente a sua crença, e, assim, a Filosofia, que inicialmente (Antiga) questionou a fé

da época, passou a ser utilizada como uma maneira de justificar a fé (mesmo que

a fé não fosse mais a mesma – o politeísmo foi gradativamente substituído pelo

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monoteísmo). Todavia, nesse período o conhecimento humano é visto como uma

dádiva divina. Portanto, a fé é vista como mais importante e irá se sobressair em

relação à razão.

Santo Agostinho de Hipona 354-430 d.C.

Os primeiros filósofos convertidos ao cristianismo deram forma e fundamenta-

ção ao pensamento cristão, conhecidos como “pais” (patres), daí a origem do nome

Patrística. A Filosofia Medieval, que é marcada por dois períodos, a Patrística (que

tem Santo Agostinho como seu principal expoente e de inspiração platônica – fun-

damentação racional e expansão do cristianismo) e a Escolástica (que tem Tomás

de Aquino como seu principal expoente e de inspiração aristotélica – conciliação

entre fé e razão, tentativa de demonstrar racionalmente a existência de Deus).

Entretanto, a fé permanecerá plena no aspecto IMPORTÂNCIA nos dois momentos.

SUGESTÃO: para uma boa análise acerca do processo de aceitação e expansão do

cristianismo, bem como de sua relação com o saber filosófico, uma boa dica é o

filme ÁGORA, de 2009, dirigido por Alejandro Amenábar.

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Tomás de Aquino (1225 – 1274).

PRINCIPAIS PENSADORES MEDIEVAIS: Santo Agostinho e Tomás de Aquino.

De forma pejorativa, o período medieval é conhecido em várias abordagens

como período das trevas, como uma espécie de referência ao conhecimento pouco

difundido ou limitado às determinações do Clero. Mas, contraditório ou não, foi na

Idade Média que surgiram as primeiras universidades.

Já por volta dos séculos XVII-XVIII, o contexto histórico-social era bem di-

ferente do contexto de aceitação e expansão do cristianismo. Você se lembra, e

espero que não se esqueça, de que o conhecimento humano é resultado de

um processo evolutivo, correto? As pessoas já se sentiam mais à vontade em

questionar os dogmas cristãos e tínhamos o desenvolvimento de um tipo de co-

nhecimento que hoje entendemos por conhecimento científico, aí se desenvolve a

FILOSOFIA MODERNA.

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No período filosófico moderno, temos a retomada de uma característica própria


da Filosofia Antiga, e, dessa forma, me atrevo em afirmar que, além de evolutivo e
transitório, o conhecimento humano pode ser cíclico. Espero que você esteja lendo
com a devida atenção, está?! Se a resposta for afirmativa, você já deve ter com-
preendido qual retomada foi essa.
No período moderno, tivemos uma revalorização da razão enquanto referencial
de conhecimento. Ou seja, tínhamos o ser humano enquanto construtor de co-
nhecimento (Filosofia Antiga); valoriza-se a fé e o conhecimento passa a ser visto
como uma dádiva divina (Filosofia Medieval) e, até onde chegamos com nossos es-
tudos, novamente nos enxergamos enquanto sujeitos capazes de construir, desen-
volver e aperfeiçoar o conhecimento (Filosofia Moderna). Nesse sentido, a questão
epistemológica (acerca do desenvolvimento do conhecimento humano) é uma das
maiores discussões da Filosofia Moderna; dividindo-a, em grande parte, entre filó-
sofos racionalistas e empiristas – o que será detalhado nos tópicos que seguirão no
decorrer das aulas.

PRINCIPAIS PENSADORES MODERNOS: René Descartes; John Locke; Nicolau


Maquiavel; Montaigne etc.

MEMORIZE:
• FILOSOFIA ANTIGA (RAZÃO);
• FILOSOFIA MEDIEVAL (FÉ);
• FILOSOFIA MODERNA (REVALORIZAÇÃO DA RAZÃO).

Todavia, como você já deve ter ouvido por aí, “o tempo não para” e outras formas
de conhecimento – além do mitológico e filosófico, que já esmiuçamos por aqui – se
desenvolveram e, cada um ao seu modo, tenta explicar o mundo. Como, por exem-

plo, o conhecimento de senso comum, tão antigo quanto o mitológico e o filosófico.

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Conhecimento de senso comum: tipo de conhecimento compartilhado por

um grande número de pessoas; não passa por questionamentos e não é subme-

tido a comprovações; conhecimento prático e desenvolvido a partir de experiên-

cias cotidianas.

Exemplo: você pode associar um tempo nublado à chuva. No entanto, ao fazer tal

ligação, você continua sem compreender o que ocasiona a chuva e pode se equivo-

car, pois não são todas as vezes que o tempo nublado ocasiona em chuva.

Nessa constante fluidez do tempo, se desenvolve o conhecimento científico (fa-

laremos mais sobre suas propriedades nas páginas seguintes), que passa a ser visto

como um tipo de conhecimento mais seguro, o que mais se aproxima da verdade e

que, assim como o conhecimento filosófico, busca respostas para o mundo, para a

natureza, para nós, enquanto seres vivos e sociais etc. É nesse período de valoriza-

ção do conhecimento científico que se desenvolve o que chamamos de FILOSOFIA

CONTEMPORÂNEA. Mas, não se engane; a Filosofia ainda tem sua aplicabilidade,

mesmo inserida num mundo que supervaloriza o conhecimento científico.

Pois é, professor. Chegamos ao ponto que eu queria e que me deixa intriga-

do. Parece-me uma perda de tempo enorme estudar e compreender a Filosofia,

tendo em vista que a sociedade atual valoriza apenas o conhecimento científico,

não concorda?!

Discordo categoricamente e explicarei o motivo. Afinal, seria uma incoerência enor-

me da minha parte não enxergar utilidade na Filosofia no mundo moderno e me de-

bruçar sobre a compreensão e propagação da mesma, concorda?! Mas tal colocação é

de uma enorme validade e mais comum do que você imagina. Não a vejo como uma

crítica negativa à Filosofia, pelo contrário, está exatamente nesse ponto o entendimen-

to sobre a aplicabilidade da Filosofia em nossas vidas no mundo contemporâneo.

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Veja bem, a ciência – com toda a sua magnitude, complexidade e excelência –

ainda não respondeu questões próprias da existência humana, como o idealismo, a


própria sociedade pós-capitalismo com seus problemas e desigualdades etc. Além
disso, algumas verdades tidas como científicas, perderam sua validade ou foram
substituídas com o decorrer do tempo. Podemos também questionar a própria me-
todologia de pesquisa e desenvolvimento de teses científicas, quem o fará? A pró-
pria ciência? Não! E é aí que vemos o desenvolvimento e a importância da Filosofia,
caro(a) estudante. Ou seja, o objeto de estudo da Filosofia Contemporânea é a
própria humanidade.

2. (PROFESSOR DE FILOSOFIA/INSTITUTO FEDERAL RS/2010) O mundo atual é


uma realidade multiforme e complexa que tem inspirado muitos filósofos a debru-
çar-se sobre as questões que são colocadas à sociedade, com variedade de posi-
ções e criatividade, num leque de opções que pose assim definir-se:
a) Apesar de sua importância as questões ambientais não têm captado a atenção
dos filósofos.
b) Em questões políticas a grande maioria dos filósofos atuais defende os regimes
fortes e ditaduras.
c) A globalização contribuiu para dar ao pensamento oriental, nomeadamente às
doutrinas tradicionais indianas e chinesas, ascendência dominante sobre a filosofia
ocidental.
d) No que se refere à bioética todos os problemas morais devem ser decididos pe-
las ciências médicas sem recurso à filosofia.
e) As grandes “escolas” ou tendências doutrinárias do século XX, como neoesco-
lástica, existencialismo, e marxismo, cederam lugar a outras tendências e teorias,

mas não desapareceram.

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Letra e.

Ao iniciarmos nossa conversa sobre Filosofia Contemporânea, vimos que ela se

refere às questões próprias da humanidade e isso torna a coisa bastante abrangen-

te, correto? Perceba que várias alternativas parecem correta justamente por esse

motivo; no entanto, estão erradas por limitarem à uma abordagem (ou falta dela

– como a alternativa a) específica. Nesse sentido, a alternativa correta é a letra e,

pois leva em consideração o aumento do leque filosófico sem descartar assuntos

anteriormente discutidos. Perceba como a banca tenta confundir o(a) candidato(a),

não caia nessa.

PRINCIPAIS PENSADORES CONTEMPORÂNEOS: Karl Marx; Theodor Adorno;

Jean-Paul Sartre; Friedrich Nietzsche etc.

É muita informação não é mesmo? Então, memorize o quadro abaixo, pois isso

lhe auxiliará bastante.

RESUMINDO...

ANTIGA MÉDIA MODERNA CONTEMPORÂNEA


– Pré e pós Socrática; – Patrística e Esco- – Discussão – Compreensão da
– Naturalismo e lástica; Epistemológica – Existência humana;
Antropocentrismo; – Teocentrismo; Conhecimento Humano; – Existencialismo;
– Referencial de – Referencial de – Antropocentrismo – Razão;
Conhecimento: Conhecimento: FÉ. – Revalorização da Razão. – Materialismo.
RAZÃO.

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1.2. Introdução à Filosofia da Ciência

Antes de falarmos sobre a relação do conhecimento filosófico com o conhecimen-

to científico, é necessário que fique claro as características do conhecimento cientí-

fico (tendo em vista que, nas páginas anteriores, você já compreendeu as caracte-

rísticas do conhecimento filosófico). Um conhecimento, para que seja reconhecido

enquanto científico, deve possuir algumas características, como: problematização,

metodologia de investigação, sistematização, pesquisa, se basear em observações

e experimentações e, por fim, ser comprovado. Entretanto, é importante destacar

que o conhecimento científico é falível, o que significa que ele não é insubstituível.

Professor, lendo as características do conhecimento científico me sinto confuso,

pois se aproximam bastante das características do conhecimento filosófico, não é

mesmo?

Concordo, caríssimo(a) estudante, e fico feliz que esteja tão atento(a) aos deta-

lhes. O que vai diferenciar ambos os conhecimentos é uma linha tênue e que exige

bastante atenção, não é à toa que alguns historiadores se referem à Filosofia como

mãe de todas as ciências. No conhecimento científico, a razão e sistematização

lógica devem estar diretamente ligadas à comprovação e é aí que está a chave do

negócio: para ser considerado filosófico, um conhecimento requer sistematização

lógica do raciocínio; para um conhecimento ser considerado científico, essa mesma

sistematização deve estar acompanhada da comprovação.

Voltando à história, um movimento europeu no século XVIII, conhecido como

POSITIVISMO, defendia a valorização do conhecimento científico enquanto referen-

cial de verdade. Tal movimento foi encabeçado por Augusto Comte (1798 – 1857) e

fez com que a ciência se estendesse a várias áreas, inclusive nas questões sociais;

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daí o surgimento da Sociologia. Para Comte, o conhecimento humano passou por

três estágios (Lei dos Três Estados) de desenvolvimento, são eles: o Teológico, o

Metafísico e o Científico/Positivo.

TEOLÓGICO METAFÍSICO CIENTÍFICO/POSITIVO


– Fenômenos naturais e – A busca por explicações – Explicações que se
sociais explicados recorrem à reflexão para pautam em observações,
enquanto resultados de a compreensão das hipóteses e formulações
ações divinas. coisas; respostas de leis universais.
abstratas.

Para Comte, o estágio mais evoluído do conhecimento humano é o terceiro e

último, o científico/positivo. Repare que essa evolução do conhecimento humano

se assemelha com o que estamos discutindo desde o princípio da aula, compare o

quadro acima, com a transição que mencionamos do conhecimento mitológico para

o filosófico e para o científico. Ficou claro agora que o conhecimento humano não

é estático?! No que se refere ao conhecimento, estamos em constante transição.

Augusto Comte (1798 – 1857).

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Compreendendo a diferença entre o conhecimento filosófico e o conhecimento

científico, vamos à relação entre ambos. Anteriormente, você já me questionou

quanto à aplicabilidade da Filosofia num mundo que supervaloriza a Ciência, se

recorda? E é para responder a tal questionamento que falaremos sobre a Filosofia

da Ciência.

Podemos utilizar a Filosofia para pensar, compreender e questionar a

própria Ciência.

A Filosofia da Ciência surge a partir da investigação de problemas que vão sen-

do desenvolvidos por meio da reflexão acerca da própria ciência e de sua metodo-

logia de pesquisa, como: o conhecimento científico pode mesmo ser comprovado?

Podemos refutá-lo? É possível verificar a universalidade e definições científicas? A

ciência é definitiva ou provisória? A ciência é defensável? Além das questões gerais,

há os problemas específicos, pois o conhecimento científico também é dividido em

áreas, como a Física, Biologia, Química, Matemática, Sociologia etc.

ESQUEMA:

Refutável Passível de questionamento.


Verificável Passível de confirmação.
Defensável Passível de sustentação.

Karl Popper (1902-1994) foi um filósofo que defendeu a ideia de que, para ser

considerada científica, uma teoria deve ser falseável, o que significa que pode ser

refutada, questionada, ou seja, nada impede uma possível revisão e reformulação.

Thomas Kuhn (1922-1996) trata o conhecimento científico como um pro-

cesso histórico e desconexo. Ou seja, a ciência é cumulativa e gera rupturas com

suposições anteriores, o que Kuhn denomina enquanto revolução científica.

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Peter Singer (1946) é um filósofo que, ao tratar do especismo (discriminação

moral contra certos seres por serem de determinada espécie), faz, por consequ-

ência, uma dura crítica à metodologia científica que recorre à utilização de animais

como cobaias para que determinadas “verdades” sejam alcançadas em benefício da

espécie humana, que se coloca em sobreposição às demais espécies.

Portanto, é nesse sentido que Filosofia e Ciência se relacionam. As ponderações

filosóficas levantam uma espécie de preocupação quanto à utilização do conheci-

mento científico como única maneira do saber humano, sendo supervalorizado e

utilizado como critério indubitável de verdade. Perceba que tudo o que lhe foi dito

acerca da relação entre Ciência e Filosofia e os filósofos apresentados nesse con-

texto correspondem a um momento específico da História da Filosofia, que você viu

anteriormente, a Filosofia Contemporânea.

1.3. Introdução à Filosofia da Cultura

Vimos anteriormente que uma característica frequentemente utilizada para nos

diferenciar das demais espécies é a racionalidade. Em seguida, vimos que essa

mesma racionalidade nos leva a outras características que também serão utilizadas

para a respectiva diferenciação, uma delas é o fato de sermos culturais. Ao afirmar-

mos que somos seres culturais, queremos dizer que a humanidade é uma espécie

capaz de intervir no espaço que se encontra, transformando a natureza para o seu

próprio benefício; daí a importância do momento em que o ser humano deixou de

se reconhecer apenas como um ser natural, mas também como um ser capaz de

desenvolver conhecimento, portanto, capaz de mudar o espaço em que vive.

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Ao definirmos cultura com uma breve relação às comidas típicas, festas, costu-

mes, tradições, sotaques, dentre outras diferenças regionais, estamos fazendo uma

definição que não deixa de ser correta, mas que, por outro lado, peca pela superficia-

lidade e pelo simplismo. Ou seja, podemos falar sobre cultura de distintas maneiras.

NATURAL CULTURAL
– Não necessita de intervenção – Só existe a partir da intervenção humana.
humana para sua existência.

Se analisarmos uma construção que utilizamos como abrigo, como, por exem-

plo, nossas próprias casas, percebemos que ela é feita a partir da utilização de

uma série de recursos naturais. Transformamos o barro em tijolos, transformamos

madeira em móveis, a energia que dá o funcionamento para nossos eletros tam-

bém é criada a partir de recursos naturais, enfim, dependemos de uma série de

recursos naturais e transformamos algo que é natural em cultural, transformamos

a natureza para o nosso próprio benefício e, ao fazermos isso, estamos produzindo

cultura. Ou seja, somos seres culturais, independentemente do local ou do povo no

qual estejamos inseridos.

Mas, professor, nesse sentido, posso definir alguns animais como seres cultu-

rais também. Por exemplo, o Castor intervém na natureza para represar água, o

João de Barro intervém na natureza para construir sua casa. Concorda?

Bela observação! Todavia, a diferença é que nosso conhecimento é transitório

e evolutivo, está lembrado(a)? E essa característica, que tanto repetimos aqui, vai

refletir nesse aspecto cultural. O que estou querendo dizer com isso, meu(minha)

amigo(a), é que, se você investigar como um João de Barro construía sua casa há

mil anos, como um Castor constrói sua represa há muitos anos, você não encontra-

rá diferenças na forma em que esses animais constroem hoje e, nós, pelo contrário,

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evoluímos constantemente; a forma como construímos nossas casas mudou nos


últimos mil, cem, cinquenta anos que seja. A evolução é uma constante na história
da humanidade.
A própria ideia acerca de definição da Cultura passa por processos transitórios
ao longo da História. No século XIII, o termo relacionava-se com o cultivo da terra,
até mesmo pela definição etimológica da palavra (Do latim Colere = Ato ou modo
de cultivo). No século XIV, o termo passa a ter um significado de ação/transforma-
ção. A partir do século XVIII, trata-se cultura num sentido figurado, ou seja, segui-
do de um complemento, por exemplo: cultura de massa. No Iluminismo, trata-se
cultura como a soma de saberes que são desenvolvidos, memorizados, transmiti-
dos e aperfeiçoados.
As reflexões filosóficas destacam o fato de que a as culturas se desenvolvem a
partir de suas respectivas necessidades. Ou seja, não podemos analisar uma cultu-
ra distinta da nossa a partir do nosso ponto de vista; isso já foi fator motivador de
vários conflitos, quando, por algum motivo, determinada cultura se julga superior
ou mais evoluída que outras. O ideal é que estejamos inseridos na cultura que se
investiga. Costumamos valorizar aquilo que faz parte do nosso cotidiano, pois en-
xergamos suas utilidades e nos tornamos dependentes dessas criações, como, por
exemplo, as criações tecnológicas (entendendo por Tecnologia tudo o que é criado
para facilitar a vida humana, diferente de modernidade). E o que faz parte do nos-
so dia a dia, dependendo da cultura – já que, além da distinção temporal, existe a
distinção local – não terá aplicabilidade alguma.
Outras mudanças que podemos observar de acordo com a cultura, são os juízos
morais – nossas ideias e imposições acerca do certo e do errado. Além das dife-
renças regionais, tais mudanças podem ser vistas também com o tempo, e é muito
provável que algo que causasse um espanto para uma ou duas gerações anteriores

à sua, seja visto por você com muita naturalidade.

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Filosofia e Cultura são assuntos que estão diretamente relacionados. Basta

que você observe a cultura Grega Antiga e relacione suas características com as

características da Filosofia daquela época. Observe a cultura medieval e o pensa-

mento filosófico da época. Analise a transição da cultura medieval para a moderna

e veja como isso refletirá na Filosofia. Portanto, História, Filosofia e Cultura são

assuntos interligados.

Não se esqueça: NÃO existe uma Cultura, o que existem são Culturas!

1.4. Introdução à Filosofia da Arte

Mesmo que existam diferentes definições acerca do conhecimento filosófico,

imagino que, nessa altura do campeonato, você já compreendeu as características

intrínsecas da Filosofia. Sendo assim, que tal você mesmo, baseado em tais ca-

racterísticas, tentar defini-la? Feito isso, relacione seu conceito de filosofia com o

conceito que você carrega de arte. Conseguiu? Difícil não é mesmo? “Tá” aí uma

característica em comum entre a Filosofia e a Arte, em ambas não há um consen-

so quanto à sua definição. Segundo Jorge Coli, em seu livro O que é Arte, a arte

é uma “certa manifestação de atividade humana em que nossos sentimentos são

admirativos”; aí será nosso ponto de partida.

Embora estejam relacionadas e sejam abordadas em conjunto por diversos au-

tores, a Filosofia da Arte se distingue do conceito de Estética e devemos prestar

atenção para que possamos trabalhar ambas em conjunto ou separadamente.

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A palavra estética – que vemos nos outdoors, propagandas e que tanto relacio-

namos com os padrões e procedimentos de beleza – vem do grego “aisthetiké” e

pode ser traduzida como “aquilo que é perceptível”, ou seja, aquilo que percebemos

por meio dos nossos sentidos. Em outras palavras, aquilo que agrada os sentidos

e entendemos como Belo. Enquanto disciplina filosófica, a estética tem como prin-

cipal objeto de estudo a obra de arte. Assim, da mesma forma que fazemos juízos

morais, juízos de valores, também somos capazes e costumamos fazer juízo estéti-

co acerca das coisas; porém, não existe unanimidade quando o assunto é uma de-

finição para a o Belo. Alguns filósofos defendem a beleza como algo subjetivo (você

achar ou não algo belo) e outros filósofos defendem a beleza como algo objetivo

(uma coisa é ou não é bela).

Você deve ter em mente sempre a característica problematizadora e investiga-

tiva da Filosofia e com a Filosofia da Arte não é diferente. Ela não vai se limitar à

abordagem estética de uma obra de arte (seja ela cênica ou plástica), mas também

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investiga suas características que a diferenciam da técnica, se ela possui ou não

caráter de entretenimento, possui ou não responsabilidade social, se pode ou não

ser apropriada, se é produzida ou não com finalidade pré-definidas.

Não é necessário muito esforço para que você compreenda a arte (seja em

forma de pinturas, esculturas, músicas, filmes, poemas etc.) como um meio de

transmissão de alguma mensagem, como, por exemplo, uma mensagem de cunho

político, crítica a padrões estabelecidos, dentre outros.

Mona Lisa (1503-1507) de Leonardo da Vinci.

Desde a Antiguidade, alguns filósofos, como Platão, debruçaram suas reflexões

para nossa ideia de beleza e da própria arte. O filósofo nos traz uma perspectiva

negativa da arte, pois, segundo ele, existem dois mundos: o inteligível (ideal) e o

sensível (percebido pelos sentidos). Para Platão, o mundo perfeito é o inteligível,

permanente, enquanto o mundo sensível é transitório e múltiplo, apenas uma cópia

do mundo ideal. A arte, por sua vez, segundo Platãol, é uma reprodução do mundo

sensível, ou seja, uma cópia da cópia.

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A distinção entre mundo inteligível e mundo sensível pode ser compreendida com

uma breve análise do Mito da Caverna de Platão. Resumidamente, o mito conta a

história de prisioneiros que sempre viveram acorrentados numa caverna, de cos-

tas para a saída. Esses prisioneiros só enxergavam, no fundo da caverna, sombras

daquilo que passava do lado de fora. Por terem visto apenas essas sombras a vida

toda, tinham elas como verdadeiras. Até que um dia, um prisioneiro consegue se

libertar e vai em direção à saída da caverna; lá chegando, descobre que as sombras

que ele via eram apenas uma reprodução do mundo real, uma cópia. Ao retornar

para avisar os demais prisioneiros do erro que eles viviam, o fugitivo encontra certa

resistência dos demais, que não queriam negar algo que tiveram contato por toda

a vida. O mito faz alusão ao filósofo que busca sair da caverna – mundo sensível –

em direção ao conhecimento – mundo inteligível.

Já na Filosofia Contemporânea, os filósofos alemães Max Horkheimer (1895-1973)

e Theodor Adorno (1903-1969) desenvolveram o termo “Indústria Cultural”. Ou

seja, uma análise da arte e de como a utilizam no mundo pós-capitalismo. A Indús-

tria Cultural, de acordo com Adorno, consiste num fenômeno em que os bens de

valor cultural são produzidos em grande escala e tornam-se bens de valor econômi-

co. Você já deve ter visto a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, obra destacada acima,

de óculos, estampando camisas, bermudas, capas de discos e de cadernos etc. E

qual o objetivo disso? Venda e, por consequência, LUCRO. Mas, para que a venda

aconteça de uma forma satisfatória, é necessário que haja um investimento em

publicidade, aí está a relação entre a Indústria Cultural e os meios de comunicação.

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Adorno, portanto, vai fazer uma análise negativa do processo de industrializa-

ção da cultura, pois, segundo ele, ao investir na publicidade e nas propagandas

em alta velocidade, a Indústria Cultural não permite que os indivíduos façam uma

análise crítica sobre a real necessidade do consumo, pois ver o consumo como

uma “oportunidade” o afasta de sua relação com a necessidade de adquirirmos

algo. Assim, temos o que fica conhecido como Cultura de Massa, um fenômeno no

qual os hábitos, o consumo e até mesmo o gosto das pessoas ficam cada vez mais

próximos e padronizados. Já o filósofo Walter Benjamim (1892– 1940) parte do

pressuposto de que essa mesma reprodução artística em larga escala não tem uma

característica necessariamente negativa, pois a arte deixa de ser algo direcionado

a um grupo específico, tornando-se mais acessível por consequência.

1.5. O Intelecto – O Empirismo e Criticismo

Os instrumentos que desenvolvem o conhecimento humano são pautas de es-

tudo e investigação desde a Antiguidade, mas é no período moderno que essa dis-

cussão ganha maior dimensão, a questão; epistemológica (acerca do conhecimento

humano) é uma das maiores marcas do Filosofia Moderna que, como já vimos an-

teriormente, novamente reconhece o ser humano enquanto sujeito construtor de

conhecimento, uma quebra de paradigma em relação ao período medieval. É nes-

se contexto que conversaremos sobre o que é o Empirismo para, posteriormente,

compreendermos no que consiste o Criticismo.

O pensamento moderno é marcado por uma polarização no conhecimento filo-

sófico. Por um lado, existiam os pensadores que defendiam o conhecimento huma-

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no como resultado intrínseco à razão (Racionalistas) e, por outro lado, existiam os

filósofos que defendiam o conhecimento humano como fruto da nossa experiência

sensível (Empiristas). Posteriormente, é buscada uma superação dessa dicotomia.

Para um esclarecimento mais rápido acerca das máximas do Empirismo, uti-

lizaremos um dos seus principais expoentes, o filósofo inglês John Locke (1632 –

1704). Locke é considerado por muitos o pai do Liberalismo, mas não é sobre seu

pensamento político que trataremos a seguir, o que nos importa, nesse sentido, é

sua teoria acerca da construção e desenvolvimento do conhecimento humano.

John Locke (1632 – 1704).

Do grego empeiria, a palavra empirismo significa “experiência sensível”.

O Empirismo é uma corrente filosófica que destaca a importância da experiência

sensível durante o processo de desenvolvimento do conhecimento humano. Enten-

de-se por experiência sensível aquilo que podemos perceber por meio de nossos

sentidos – audição, olfato, visão, tato e paladar. Ou seja, o Empirismo não vai com-

pactuar com a ideia de que o conhecimento humano é uma característica inata, que

carregamos naturalmente pelo simples fato de sermos humanos.

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John Locke afirma, portanto, que “a mente humana é uma tabula rasa”, o que

quer dizer que, ao nascermos, nossa mente é como uma folha totalmente em bran-

co, sem nenhuma informação pré-concebida e, à medida em que vamos tendo con-

tato com as coisas por meio dos nossos sentidos, essa folha vai sendo preenchida.

Ou seja, o conhecimento humano é consequência das informações fornecidas pelos

nossos sentidos.

Locke distingue duas fontes para o desenvolvimento de nossas ideias; a pri-

meira é o que ele chama de sensação (estímulo externo que percebemos por

meio dos nossos sentidos, e a segunda é a reflexão (que faz o processamento das

informações passadas pelos sentidos, e, dessa forma, é limitada às informações

transmitidas pela sensação). Ou seja, o ponto de partida para o conhecimento hu-

mano de acordo com John Locke e com o Empirismo, de um modo geral, são nossas

experiências sensíveis.

Já o Criticismo busca uma delimitação entre aquilo que podemos e não podemos

conhecer. Como pressupõe o nome, trata-se de uma postura crítica em relação às

possibilidades do nosso conhecimento.

Diferente dos filósofos empiristas, os racionalistas defendiam a ideia de que o co-

nhecimento humano advém da razão, pois as informações transmitidas pelos sen-

tidos podem ser enganosas e nos conduzirem ao erro. Compreender esse debate é

importante para a continuidade sobre o conceito do criticismo.

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Ao contrário dos pressupostos oriundos do racionalismo e do empirismo – duas

correntes epistemológicas polarizadas – alguns pensadores do criticismo aceitam

e recusam algumas de suas afirmações, podendo abordá-las de uma maneira au-

tônoma e independente.

Um dos principais pensadores do criticismo foi Immanuel Kant (1724-1804).

Alguns autores definem a filosofia Kantiana como uma tentativa de superação do

impasse epistemológico. Kant acaba indo de acordo com a corrente empirista quan-

do afirma que o conhecimento não pode preceder a experiência. Por outro lado,

o filósofo também concorda que os dados sensoriais (informações fornecidas por

nossos sentidos) só adquirem validade quando ordenados pela razão. Ou seja, nos-

so conhecimento é a utilidade do real na medida humana.

Immanuel Kant (1724 – 1804)

3. (PROVA PROFESSOR FILOSOFIA/INSTITUTO FEDERAL-RS/2010) Kant revela

na crítica da Razão Pura que a leitura da obra de Hume o despertou de um sono

dogmático. A partir de Hume, que questiona sobre os limites e possibilidade do ser

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humano conhecer a verdade. Kant inaugura uma verdade revolução Copernicana se

debruçando sobre o estudo das faculdades humanas voltadas para o conhecimento.

A revolução copernicana de Kant consiste basicamente em que?

a) Na transição do método dedutivo para a indução.

b) Na investigação sobre as diferenças entre a razão, os sentimentos e as emoções.

c) No estudo sobre a metafísica tradicional.

d) Na investigação transcendental, ou seja, no estudo racional sobre a verdadeira

capacidade humana para conhecer.

e) Na crítica sobre autores da ciência medieval.

Letra d.

Ao tratarmos sobre o criticismo kantiano, vimos que ele busca uma superação da

dicotomia entre os filósofos racionalistas e empiristas, e, dessa forma, trata-se de

uma análise quanto à capacidade de desenvolvimento do conhecimento humano,

ou seja, a alternativa correta é a d. Portanto, algumas alternativas podem lhe con-

fundir, como a b, que trata sobre “as diferenças da razão”, tal diferenciação já é

explícita em Kant, todavia, o que ele quer é estabelecer seu papel no conhecimento

humano. Buscar uma superação entre debates anteriores remete à ideia de que

Kant critica outros autores; assim, a alternativa e pode lhe parecer correta, mas,

vimos que a questão epistemológica é predominante no período moderno, não no

medieval. Não deixe que a banca examinadora lhe conduza ao erro.

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1.6. Democracia e Justiça

O despertar do conhecimento filosófico na Grécia Antiga, conforme visto no iní-

cio dessa aula, também acarretará forte influência no contexto político. O homem,

que passa a se enxergar como construtor de conhecimento, também questionará

as imposições que lhes são feitas cotidianamente, como, por exemplo, as leis, que

antes eram decorrentes de interesses divinos. Nesse contexto de questionamento e

de fundamentação do raciocínio, bem como exposições fundamentadas de interes-

se, vai se desenvolver o que hoje entendemos por Democracia (Século V a.C). Por-

tanto, as decisões da Pólis (Cidade/Estado) passarão a ser tomadas coletivamente,

de acordo com a vontade da maioria e baseadas em critérios considerados justos.

O termo Democracia é uma junção de duas palavras gregas (Demos = Povo e

Kratos = Poder). Nesse sentido, não encontraríamos maiores dificuldade em defi-

ni-la como um modelo governamental em que a soberania é exercida e as coisas

acontecem de acordo com a vontade do povo.

Mas, muita calma caríssimo(a), novamente temos que ter muita atenção com o

simplismo e superficialidade das coisas, pois o conceito de Democracia relaciona-se

diretamente com o conceito de cidadão, que mudou muito ao longo da história, per-

mita-me dizer: ainda bem! Na Grécia Antiga, não eram considerados cidadãos estran-

geiros, menores de 21 anos, escravos e mulheres. Assim, as decisões eram tomadas

“democraticamente” em reuniões que se davam na ágora (praça), mas não eram

todos que estavam ou eram considerados habilitados para as respectivas decisões.

Você se recorda que Sócrates, como retratou Platão em Apologia a Sócrates,

preferiu a morte ao exílio? Ou seja, seria considerado um estrangeiro e não partici-

paria das decisões de sua terra natal, o exílio era visto como uma grande desonra.

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Com o desenvolvimento histórico, o conceito de Democracia, bem como o de

Cidadão, foi se modificando; questões políticas e geográficas influenciaram direta-

mente nisso, pois, com a ampliação dos Estados, seria impossível exercermos uma

Democracia que exigia a presença de todos os cidadãos numa praça, concorda?!

Aí, temos que diferenciar a Democracia Direta da Democracia Representativa (a

partir do século XVII). Na primeira, o povo é a autoridade soberana, que exerce as

funções legislativas e judiciárias; na segunda, o pilar é a soberania popular, que es-

colherá os representantes que irão trabalhar de acordo com os interesses do povo.

Independente do cumprimento ou não do seu objetivo, o que vivemos na atualida-

de é o modelo democrático representativo.

Então, professor, você está querendo dizer que temos liberdade para escolher-

mos nossos representantes, porém, a partir do momento que os mesmos são elei-

tos, não podemos participar das decisões políticas?

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Não mesmo, mas a colocação é válida. O próprio voto é uma participação, não

concorda? Temos também a ação direta, o plebiscito e o referendo, que são manei-

ras de intervenção e consulta popular.

NÃO SE ESQUEÇA!

PLEBISCITO REFERENDO
– Consulta popular que antecede a – Consulta popular posterior à criação
criação de uma lei. de uma lei.

Tivemos acontecimentos recentes no Brasil que exemplificam o quadro acima.

Em 2005, tivemos uma consulta popular sobre o Estatuto do Desarmamento – Re-

ferendo. Em 2011, tivemos uma consulta popular sobre a divisão do Estado do Pará

– Plebiscito.

Até aqui, espero que, nesse tópico, você tenha compreendido o que é e como

se desenvolveu a Democracia na história, para então relacionarmos à ideia de jus-

tiça. Presos às definições conceituais, podemos afirmar que justiça é agir e dar a

possibilidade de as pessoas viverem em conformidade com o direito; respeito aos

direitos individuais; agir em conformidade com as leis. Afirmamo$s também que a

justiça deve ser e é imparcial etc.

Numa perspectiva filosófica, Aristóteles define justiça em paralelo à ação moral,

ou seja, para ele, a ação justa, correta e considerada virtuosa é aquela que não

erra pelo excesso, assim como não erra pela falta, mas busca uma “justa medida”

ou o “meio termo”.

Tanto numa abordagem conceitual quanto numa linguagem filosófica, é possível

relacionarmos a ideia de justiça com as ideias que já trabalhamos acerca da De-

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mocracia, pois quando as pessoas estão inseridas num contexto democrático, os

conceitos intrínsecos à justiça devem vigorar, pois ambos pressupõem respeito aos

direitos individuais e à própria individualidade das pessoas, bem como o acesso à

lei e a imparcialidade.

Curiosidade: Platão é um dos pensadores que fazem duras críticas ao modelo

governamental democrático, tendo em vista que seu mestre foi “democraticamen-

te” e de maneira injusta condenado à morte, pois seu julgamento se deu em forma

de júri. Portanto, para Platão, as pessoas são diferentes e devem exercer funções

sociais diferentes, propondo uma sociedade dividida em classes; aqueles que pro-

duziam, os responsáveis pela defesa (militares) e aqueles que governariam, no

caso, os sábios – filósofos. Para Platão, não são todas as pessoas que são capacita-

das para participar das decisões de cunho político, ficando claro seu posicionamen-

to contrário ao modelo político democrático.

1.7. Direitos Humanos

Falar em Direitos Humanos na atual conjuntura exige certos cuidados, pois es-

tamos inseridos numa realidade em que as pessoas não estão conformadas com as

maneiras pelas quais estão expostas a todos os tipos de violência, enxergando nos

Direitos Humanos uma espécie de escudo para aqueles(as) que cometem a respec-

tiva violência. Nesse sentindo, é importante que você, meu(a) amigo(a), procure

compreender quais são as motivações, no que consiste, a quem é direcionado e

quais são os objetivos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O que eu

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quero dizer com isso é que, por vezes, opiniões de senso comum (já o definimos

anteriormente) nem sempre contribuem para um resultado positivo numa prova.

Outros conhecimentos que lhe auxiliarão na compreensão dos respectivos direi-


tos já foram discutidos por nós nos tópicos anteriores, então leia as linhas que se
seguem adiante com os conceitos de Democracia e Justiça em mente.
Memorize também os conceitos de Direito Natural e Direito Positivo. A ideia
de direito natural pressupõe que o simples fato de sermos humanos, já nos impli-
ca uma série de direitos, como, por exemplo: alimentação, saúde etc. Já o direito
positivo é aquele construído, a lei escrita, relacionado à cultura na qual o mesmo é
desenvolvido, como nossa Constituição, por exemplo.
Vamos lá?
Até aqui, falamos muito sobre o desenvolvimento histórico da Filosofia; nessa
altura do campeonato, desde o momento em que começamos a falar sobre ciência,
cultura, artes etc., acredito que você, além da compreensão histórica, já tenha cer-
ta noção da importância e das motivações que fazem com que o pensamento filo-
sófico permaneça vivo. Simples, nós precisamos questionar e, a partir da reflexão,
desenvolver nossa forma individualizada de compreender o mundo.
Pois bem, retomando: a ideia de direito natural é voltada a todos nós enquanto
seres humanos, isso quer dizer que nós “somos iguais perante a lei sem distinção
de qualquer natureza”; uma leitura mínima do nosso direito positivo (Constituição
Federal de 1988) deve ter feito com que essa frase lhe parecesse familiar, não é
mesmo?! Independentemente de sua etnia, cultura, condição social, religião, de-
finição sexual, você é, antes de tudo, um ser humano e esse fato, por si só, já lhe
implicará uma série de direitos.
Nesse sentido, como pressuposto pelo nome, a ideia de Direitos Humanos se
desenvolveu para que todos nós tivéssemos o mínimo de direitos pré-definidos e,

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na medida do possível, que esses sejam atendidos. Assim, sua criação não é vol-
tada para um grupo seleto de pessoas escolhidas a dedo ou privilegiadas, é para

todos que se encontram na condição de seres humanos.

Em vários momentos de nossa história, não existiu um órgão que atuasse en-

quanto um mediador ou regulador de conflitos, e, dessa forma, muitas guerras

aconteceram sem motivações justificáveis, por conta de expansão geográfica, inte-

resses econômicos e outras razões tão desprezíveis quanto as primeiras; por exem-

plo, o ódio puro contra grupos étnicos diferentes. Mesmo que as guerras sejam, por

si só, consideradas fatos desumanos, elas ainda acontecem e, quando declaradas,

são expostos seus motivos.

Exemplos: Guerra entre EUA e Iraque 2003 (motivação utilizada como justificati-

va: destruição das armas químicas do Iraque); Guerra entre EUA e Afeganistão em

2001 (motivação utilizada como justificativa: combate ao terrorismo).

Ou seja, mesmo que surjam teorias desmentindo ou que desqualifiquem tais

“justificativas”, uma guerra, quando formalmente declarada, não acontece por si

só, ela é resultado da falta de diálogo aparente entre as partes interessadas, um

fracasso entre mediadores, o último estágio de todas as tentativas de acordo.

Foi justamente após a Segunda Guerra Mundial, para que tantas atrocidades e

violência contra a própria natureza humana não fossem repetidas – como o Holo-

causto – que a ideia de Direitos Humanos foi desenvolvida. Portanto, a Declaração

Universal dos Direitos Humanos foi criada em 1945 – Organização das Nações Uni-

das (ONU) – e tem como um dos seus principais objetivos proporcionar e mediar

o diálogo para que conflitos de natureza política, econômica e até mesmo cultural

não aconteça entre os países.

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Ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001 atribuído ao grupo fundamen-

talista Islâmico Al-Qaeda. Tido como uma das motivações para a Guerra contra o

Terrorismo.

Alguns direitos previstos na Constituição Federal de 1988, como o direito à

igualdade perante a lei, saúde, moradia, educação, dentre outros, já foram previs-

tos anteriormente na Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1945.

Dessa forma, esteja atento(a). Não se prenda a discursos de ódio quanto à utili-

dade que é dada aos Direitos Humanos, para que você consiga responder às ques-

tões sobre os mesmos; tenha em mente no que eles consistem e, principalmente,

quais são os seus objetivos. Opiniões alheias e pré-julgamentos não serão de muita

ajuda nesse momento.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos não pode ser vista e pensada

como algo que visa a benefícios particulares. Trata-se da criação de valores univer-

sais e que não são passíveis de negociação, visam ao direito mútuo em detrimento

de privilégios voltados a determinados grupos.

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Aqui, encerramos nossa primeira aula; tenho procurado ser claro e objetivo nas

definições históricas e conceituais. Ao final, memorize os esquemas e resumos de

cada tópico. Melhor ainda(!), procure fazer seus próprios esquemas de memoriza-

ção e mapeamento mental, lembre-se de que estamos falando de uma evolução

cronológica do pensamento humano; é uma corrente, não perca um elo dela. A se-

guir, seguirão algumas questões para que você teste sua compreensão do conteúdo

até aqui trabalhado.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (QUESTÃO INÉDITA) Acerca do conhecimento mitológico, marque a alternativa

que demonstra corretamente algumas de suas características:

a) Requer sistematização lógica.

b) Requer fundamentação racional.

c) Possui caráter religioso.

d) Requer comprovação.

e) É pautado em bases científicas.

2. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o nascimento da Filosofia, marque a incorreta:

a) Representa o fim da mitologia.

b) Representa o desenvolvimento de um conhecimento fundamentado na razão.

c) A transição de tipos distintos de conhecimento.

d) Busca de compreensão racional do mundo.

e) A valorização da razão enquanto instrumento de conhecimento.

3. (QUESTÃO INÉDITA) Qual a ferramenta para o desenvolvimento do conhecimen-

to humano na Filosofia antiga?

a) Fé.

b) Mitologia.

c) Ciência.

d) Razão.

e) Todas.

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4. (FILOSOFIA/NÍVEL MÉDIO/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/BOMBEIRO

MILITAR MT/FUNCAB/2014) O século XVIII é conhecido como o Século das Luzes.

É o tempo do Iluminismo. Segundo a ética iluminista:

a) as normas da ação moral do homem são estabelecidas pela razão.

b) o agir moral é agir de acordo com os apetites e desejos naturais.

c) o ser moral e o ser religioso são inseparáveis.

d) os valores morais são relativos aos costumes dos povos.

e) a vida virtuosa do homem consiste em aceitar com passividade o destino e o

sofrimento.

5. (FILOSOFIA/NÍVEL MÉDIO/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/BOMBEIRO

MILITAR MT/FUNCAB/2014) O cristianismo introduziu novos valores e princípios

éticos na vida dos povos. Uma das ideias fundamentais da ética cristã é a de que:

a) as “intenções invisíveis” não são julgadas moralmente, já que o dever moral se

refere as ações visíveis.

b) a virtude humana compreende a força, a bravura e a tenacidade.

c) os seres humanos são naturalmente virtuosos e capazes de fazer o bem ao pró-

ximo por vontade consciente.

d) a virtude é a obrigação de cumprir os mandamentos ou ditames da razão.

e) a virtude se define tão somente pela relação entre indivíduos de um mesmo país

ou região.

6. (QUESTÃO INÉDITA) Quais momentos dividem a Filosofia Antiga?

a) Patrística e Escolástica.

b) Média e Moderna.

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c) Moderna e Contemporânea.

d) a.C e d.C.

e) Pré e pós-socrática.

7. (QUESTÃO INÉDITA) Qual a principal característica da Filosofia pré-socrática?

a) Teocentrismo.

b) Naturalismo.

c) Antropocentrismo.

d) Criticismo.

e) Dogmatismo.

8. (QUESTÃO INÉDITA) Qual a principal característica da Filosofia pós-socrática?

a) Teocentrismo.

b) Naturalismo.

c) Criticismo.

d) Antropocentrismo.

e) Dogmatismo.

9. (QUESTÃO INÉDITA) Para os gregos antigos, o mito era um discurso pronuncia-

do para pessoas que acreditam ser verdadeira a narrativa apresentada. Os canto-

res ambulantes davam forma poética aos relatos populares e os recitavam de cor

em praça pública. Sobre a mitologia, é incorreto afirmar-se que:

a) O mito desenvolvia o conhecimento racional do ouvinte.

b) O mito era considerado uma narrativa sagrada.

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c) A narrativa mítica trazia sabedoria sobre o universo humano, mesmo que em

caráter religioso.

d) No mito, o conhecimento racional não se sobrepõe ao elemento fantástico.

10. (INSTITUTO FEDERAL–RS/2010) Os filósofos pré-socráticos lançaram questões

centrais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da natureza, do Univer-

so. Parmênides e Heráclito são duas referências importantes nesse início da filo-

sofia ocidental que ocorreu na Grécia Antiga entre os séculos VII e V a.C. Qual é a

principal diferença na forma de pensar entre Heráclito e Parmênides?

a) Heráclito é dialético, e Parmênides é analítico.

b) Heráclito é platônico, e Parmênides é aristotélico.

c) Heráclito diz que os sentidos enganam, e Parmênides valoriza os sentidos.

d) Heráclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas es-

tão em constante movimento e, portanto, conhecer é captar a mudança contínua.

Já Parmênides concebe que conhecer é alcançar o idêntico, imutável.

e) Para Heráclito ninguém consegue se banhar duas vezes no mesmo rio e para

Parmênides todos “os banhos” são iguais.

11. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a Transição do Mito para a Filosofia, marque a correta:

a) Valoriza o papel da fé.

b) Representa o fim da mitologia.

c) Valoriza o papel da religião.

d) Se deu num processo lento e transitório.

e) Nenhuma alternativa.

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12. (ESTADO DO TOCANTINS/FUNDAÇÃO CESGRANRIO/2009) “Todo mundo sabe


que os bebês possuem essa capacidade. Depois de alguns meses na barriga da
mãe, eles são empurrados para uma realidade completamente diferente. Mas de-
pois, quando crescem, parece que esta capacidade vai desaparecendo. Como se
explica isso?” GAARDNER, Jostein. O mundo de Sofia, SP: Cia. das Letras, 1995, p.
27. Gaardner fala da “única coisa de que precisamos para nos tornar bons filóso-
fos”, ou seja, da capacidade humana de:
a) Espantar-se com o mundo.
b) Estudar a história da filosofia.
c) Criticar as diferentes teorias filosóficas.
d) Refletir sobre a ciência e o conhecimento.
e) Entender os princípios da ética e da moral.

13. (QUESTÃO INÉDITA) É atribuído a Heráclito o seguinte pensamento:


a) “Só sei que nada sei.”
b) “Conhece-te a ti mesmo.”
c) “A água é o elemento primordial de todas as coisas.”
d) “Nunca entramos no mesmo rio duas vezes.”
e) “Penso, logo existo.”

14. (QUESTÃO INÉDITA) É considerado o primeiro filósofo grego:


a) Homero.
b) Hesíodo.
C) Ulisses.
d) Tales.
e) Sócrates.

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15. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o pensamento mítico, pode-se afirmar:

I – Diferentes povos em diferentes épocas produziram seus próprios mitos.

II – O ponto comum entre as diferentes concepções míticas é a busca por dar sen-

tido ao mundo, por dar uma explicação para os fenômenos desconhecidos.

III – O pensamento mítico existiu apenas na Grécia antiga e depois não ocorreu em

nenhum outro lugar ou em outra época. Assinale alternativa que possui a informa-

ção correta:

a) Apenas I.

B) Apenas II.

C) Apenas I e II.

d) Apenas II e III.

e) I, II e III.

16. (QUESTÃO INÉDITA) Marca a Filosofia pós-Socrática:

a) Teocentrismo.

b) Antropocentrismo.

c) Naturalismo.

d) Todas alternativas.

17. (QUESTÃO INÉDITA) O método socrático é conhecido como:

a) Maiêutica.

b) Arché.

c) Devir.

d) Ser.

e) Escolástica.

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18. (QUESTÃO INÉDITA) Maiêutica, um dos inúmeros métodos de exercício e de-

senvolvimento da Filosofia significa:

a) Homem no centro.

b) Deus no centro.

c) Naturalismo.

d) Parto de ideias.

e) Constante transformação.

19. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL–SP/USCS/2009) Só-

crates foi considerado um dos maiores sábios da humanidade. Nada deixou escrito.

Suas ideias foram divulgadas por dois de seus discípulos, Xenofonte e Platão. O

ponto de partida da filosofia socrática encontra-se no fato de que:

a) A verdadeira filosofia encontra-se na physis, na natureza, cabendo ao homem

buscá-la com todos os seus esforços.

b) A verdade não está ao alcance dos seres humanos.

c) O primeiro passo em direção à verdade é o reconhecimento da ignorância.

d) A aquisição do conhecimento se dá por meio da retórica.

20. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL–SP/USCS/2009) Sócra-

tes inaugura o período clássico da filosofia grega, também chamado de período

antropológico. O problema do conhecimento passou a ser uma problemática cen-

tral na filosofia socrática, pois “a briga” de Sócrates com os sofistas tinha por obje-

tivo resgatar o amor pela sabedoria e a valorização pela busca da verdade. Nesse

contexto, Sócrates inaugura seu método que se fundamenta em dois princípios

básicos, que são:

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a) A indução e dedução das verdades lógicas.


b) A doxa e o lógos convergindo para o conceito racional.
c) A ironia e a Maiêutica enquanto caminhos para conhecer a verdade através do
autoconhecimento (conhecer-te a ti mesmo).
d) O diálogo e a dúvida dialética.
e) A amizade e a justiça social.

21. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BARUERI–SP/2006) A filósofa Terezinha Rios


mostra que as utopias nos fazem caminhar, e que só há diálogo nas diferenças. Os
filósofos têm em comum com as crianças o fato de serem:
a) “Calados”, reflexivos capazes de aceitar explicações mesmo sem compreender
os temas.
b) “Enxeridos”, tudo querem saber e exigem explicações prolongadas e minuciosas.
c) “Cabeçudos”, ideias fixas. Quando defendem uma ideia não aceitam a existência
de outras maneiras de pensar.
d) “Perguntadeiros”, não admitem respostas definitivas. Não querem apenas expli-
cações, querem compreender.
e) “Barulhentos” semelhantes a um bando de latas que rolam a ladeira abaixo,
num movimento aparentemente caótico.

22. (QUESTÃO INÉDITA) Marca a Filosofia Medieval:


a) Valorização da razão.
b) Valorização da fé.
c) O dogmatismo.
d) O antropocentrismo.

e) O criticismo.

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23. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre Sócrates é incorreto afirmar:

a) É tido como um dos responsáveis pela transição do naturalismo para o antropo-

centrismo na Filosofia antiga.

b) Nunca escreveu uma obra.

c) Foi julgado e condenado.

d) Mesmo com alternativas, preferiu a morte quando sentenciado.

e) Todas as alternativas estão incorretas;

24. (QUESTÃO INÉDITA) Marque a alternativa que menciona corretamente uma

característica do período moderno da Filosofia:

a) Revalorização da razão.

b) Valorização do conhecimento religioso.

c) A Filosofia se relaciona com os dogmas do cristianismo.

d) Revalorização da fé.

e) Conciliação entre fé e razão.

25. (QUESTÃO INÉDITA) São filósofos pré-socráticos:

a) Heráclito e Parmênides.

b) Platão e Aristóteles.

c) Heráclito e Augusto Comte.

d) Parmênides e John Locke.

e) Aristóteles e Karl Popper.

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26. (QUESTÃO INÉDITA) Marque a correta. Para o Racionalismo:

a) O conhecimento advém da razão.

b) O conhecimento advém da experiência sensível.

c) O conhecimento é uma dádiva divina.

d) O conhecimento é inatingível.

e) Nenhuma alternativa.

27. (QUESTÃO INÉDITA) Marque a correta. Para o Empirismo:

a) O conhecimento advém da razão.

b) O conhecimento advém da experiência sensível.

c) O conhecimento é uma dádiva divina.

d) O conhecimento é inatingível.

e) Nenhuma alternativa.

28. (QUESTÃO INÉDITA) Marque a correta. O Criticismo:

a) Defende que conhecimento advém da razão.

b) Defende que conhecimento advém da experiência sensível.

c) Afirma conhecimento é uma dádiva divina.

d) Afirma que o conhecimento é inatingível.

e) Busca uma superação da dicotomia entre racionalistas e empiristas.

29. (QUESTÃO INÉDITA) Em relação à Alegoria da caverna de Platão, leia as inter-

pretações a seguir:

I – Os homens presos no interior da caverna são as pessoas presas às crenças e

aos hábitos do senso comum.

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II – A saída da caverna é um processo lento e gradativo que poderá ser atingido

por aqueles que passem a questionar e a refletir filosoficamente sobre as crenças

e os hábitos.

III – Aquele que sai da caverna é o filósofo ou sábio. Ao contemplar a verdade fora

dela, ele se lembrará de seus antigos companheiros. Ele não deve voltar à caverna para

tentar libertar seus companheiros, pois corre o risco de ser incompreendido e morto.

Está(ão) correta(s):

a) I.

b) I e II.

c) II.

d) I e III.

30. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a Filosofia da Arte, marque a correta:

a) Pode se relacionar com a questão estética.

b) Volta-se a compreensão da arte.

c) Volta-se aos fins da arte.

d) Investiga a abordagem política da arte.

e) Todas as alternativas.

Dica: utilize a característica de saber crítico do conhecimento filosófico como gancho

para relacioná-lo com outros contextos.

31. (prOVA DE PEDAGOGIA/ENADE/2008) A racionalidade científica, forma domi-

nante de pensar e de agir na Modernidade, transformou o homem e sua ação em

objetos de investigação. Passaram a ser tratados da mesma forma que as “coisas”

e os fenômenos da natureza, como “objetos” fixos, imutáveis. O historicismo veio

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a se opor a essa perspectiva positivista, chamando a atenção para a dimensão

histórica, HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO da existência, do mundo e da

sociedade. As vertentes da pesquisa em educação que acompanharam essa discus-

são incorporaram ideias do historicismo e trouxeram para a prática da investigação

o pressuposto de que:

a) a pesquisa educacional supõe a existência de métodos previamente definidos.

b) a objetividade e a universalidade do conhecimento são garantidas pelos méto-

dos de pesquisa.

c) a metodologia da pesquisa determina a produção dos conhecimentos histórico-

-educacionais.

d) o conhecimento da realidade só é possível por meio do controle do fenômeno

educacional.

e) o conhecimento educacional depende da compreensão dos processos sócio-his-

tóricos.

32. (QUESTÃO INÉDITA) Alguns pensadores se debruçaram sobre as manifesta-

ções artísticas. Adorno cunhou o conceito de Indústria cultural que se refere:

a) Valorização da arte como bem cultural.

b) Representação artística a um público específico.

c) Transformação da arte em bem de valor econômico.

d) Todas alternativas.

33. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a Filosofia da Ciência, marque a incorreta:

a) Investiga os métodos científicos.

b) Reconhece o conhecimento científico como superior ao filosófico.

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c) Investiga os fins da ciência.


d) Questiona e busca compreender os meios científicos.
e) Todas as alternativas.

34. (QUESTÃO INÉDITA) Pode ser utilizada como uma definição do termo cultura:
a) Tudo que existe por si só.
b) Não requer intervenção humana.
c) Refere-se à natureza.
d) Tudo que existe a partir da intervenção humana.
e) Nenhuma alternativa.

35. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre cultura, é incorreto afirma que:


a) Trata-se da intervenção do homem no meio natural.
b) Pode ser utilizada como uma característica de diferenciação entre os seres hu-
manos e demais espécies.
c) Características de povos específicos.
d) Capacidade de transformar a natureza para benefício da humanidade.
e) Refere-se a hábitos e costumes.

36. (QUESTÃO INÉDITA) Ao afirmar que “a mente humana é uma tabula rasa” John
Locke vai de acordo com os preceitos do (a):
a) Cristianismo.
b) Dogmatismo.
c) Racionalismo.
d) Criticismo.

e) Empirismo.

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37. (QUESTÃO INÉDITA) A questão epistemológica é uma das maiores discussões

da Filosofia Moderna, o que pressupõe uma discussão entre:

a) Filósofos e Cristãos.

b) Pré e Pós-Socráticos.

c) Filósofos da Patrística e da Escolástica.

d) Céticos e Racionalistas.

e) Racionalistas e Empiristas.

38. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período pré para o pós-socrático,

marque a correta:

a) O naturalismo é substituído pelo antropocentrismo.

b) O teocentrismo é substituído pelo naturalismo.

c) O dogmatismo é substituído pelo criticismo.

d) O antropocentrismo é substituído pelo teocentrismo.

39. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período antigo para o medieval,

marque a correta:

a) A razão foi revalorizada.

b) O antropocentrismo foi substituído pelo teocentrismo.

c) A fé é subordinada à razão.

d) O homem se vê como construtor de conhecimento.

e) Filosofia e Igreja são desvinculadas.

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40. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período medieval para o moderno


marque a incorreta:
a) A razão foi revalorizada.
b) O antropocentrismo foi substituído pelo teocentrismo.
c) A razão se sobrepõe à fé.
d) O homem novamente se vê como construtor de conhecimento.
e) Filosofia e Igreja são desvinculadas.

41. (QUESTÃO INÉDITA) Numa perspectiva etimológica, qual definição pode ser
dada ao termo Democracia?
a) Pode de um Soberano.
b) Poder ao Rei.
c) Poder do Povo.
d) Poder de um grupo.
e) Poder de Um.

42. (QUESTÃO INÉDITA) A ideia que temos de Democracia no mundo atual é resul-
tado de um processo longo e transitório. Tal ideia se desenvolve na Grécia Antiga
onde aqueles que eram considerados cidadãos tomavam as decisões de interesse
coletivo. Assim marque a alternativa que aponta aqueles que não eram considera-
dos cidadãos:
a) Mulheres.
b) Escravos.
c) Estrangeiros.
d) Menores de 21 anos.

e) Todas as alternativas

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43. (QUESTÃO INÉDITA) Marque a alternativa que demonstra corretamente

quais são as maneiras de participação popular dentro de um regime de Demo-

cracia Representativa.

a) Ação Direta.

b) Voto.

c) Plebiscito.

d) Referendo.

e) Todas as alternativas.

44. (QUESTÃO INÉDITA) Qual o modelo democrático exercido na atualidade no

Brasil? Marque a correta:

a) Democracia Direta.

b) Democracia Indicativa.

c) Democracia Classista.

d) Democracia Representativa.

e) Todas as alternativas anteriores.

45. (QUESTÃO INÉDITA) São objetivos da Declaração Universal dos Direitos Hu-

manos:

a) Promover a segregação étnica.

b) Promover a separação política entre os países.

c) Mediar relações comerciais.

d) Defender direitos dos seres humanos enquanto tais e mediar conflitos.

e) Todas as alternativas.

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46. (PROFESSOR DE FILOSOFIA/PREFEITURA DE SÃO PAULO/FUNDAÇÃO CARLOS

CHAGAS/2007) A irrefutabilidade não é uma virtude, como frequentemente se pen-

sa, mas um vício. K. Popper.

A partir do trecho acima, é correto afirmar que, para Popper, as teorias:

a) Só podem ser consideradas científicas se tomadas como modelos analógicos

sem valor ou pretensão de verdade.

b) Só podem ser consideradas científicas depois de confirmadas por pelo menos

um teste metódico.

c) Só podem ser consideradas científicas quando enunciam conjecturas cujas impli-

cações ou consequências sejam passíveis de refutação através de testes.

d) Científicas constituem modelos – ou paradigmas – cuja correspondência com a

realidade empírica não é possível verificar.

e) Científicas constituem um conjunto de hipóteses verificadas e aceitas como ver-

dades históricas.

47. (PROFESSOR DE FILOSOFIA/PREFEITURA DE SÃO PAULO/FUNDAÇÃO CARLOS

CHAGAS 2007) De fato, é no plano político que a Razão, na Grécia, primeiramente

se exprimiu, constituiu-se e formou-se.

Essa frase de Vernant é uma síntese de sua tese, segundo a qual:

a) A racionalidade, da forma que conhecemos, só existe a partir da Filosofia de

Platão.

b) O surgimento da Filosofia tem profunda conexão com o desenvolvimento da vida

pública das cidades gregas.

c) A preocupação com a ciência política é o ponto em comum entre as doutrinas

pré-socráticas.

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d) A Democracia ateniense surge como produto da ética e da filosofia política dos

séculos VII e VI a.C.

e) O desenvolvimento da razão se deve ao intenso envolvimento político dos filó-

sofos do período helenístico.

48. (QUESTÃO INÉDITA) A Filosofia contemporânea se volta para:

a) Desenvolvimento da Razão.

b) Questões próprias da humanidade.

c) Valorização da razão.

d) Questões acerca da natureza.

e) Cosmologia.

49. (QUESTÃO INÉDITA) Além de racional é correto afirmar que o ser humano é

um ser cultural, pois:

a) Desenvolve hábitos e costumes.

b) Desenvolve conhecimento em relação com outros povos.

c) Intervém na natureza.

d) Transforma a natureza para benefício próprio.

e) Todas as alternativas anteriores.

50. (QUESTÃO INÉDITA) Ao tratar da discriminação moral contra determinados

seres por pertencerem a uma espécie específica, o filósofo Peter Singer sugere, por

exemplo, uma crítica à metodologia científica que recorre aos testes em animais

para fins humanos. Tal discriminação fica conhecida como:

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a) Especismo.

b) Criticismo.

c) Dogmatismo.

d) Expansionismo.

e) Empirismo.

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GABARITO

1. c 26. a
2. a 27. b
3. d 28. e
4. a 29. b
5. a 30. e
6. e 31. e
7. b 32. c
8. d 33. b
9. a 34. d
10. d 35. c
11. d 36. e
12. a 37. e
13. d 38. a
14. d 39. b
15. c 40. b
16. b 41. c
17. a 42. e
18. d 43. e
19. c 44. d
20. c 45. d
21. d 46. c
22. b 47. b
23. e 48. b
24. a 49. e
25. a 50. a

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QUESTÕES COMENTADAS

2. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre o nascimento da Filosofia, marque a incorreta:

a) Representa o fim da mitologia.

b) Representa o desenvolvimento de um conhecimento fundamentado na razão.

c) A transição de tipos distintos de conhecimento.

d) Busca de compreensão racional do mundo.

e) A valorização da razão enquanto instrumento de conhecimento.

Letra a.

Mesmo que o nascimento do conhecimento filosófico tenha representado uma que-

bra de paradigma, muita atenção às questões que tentem colocá-lo em sobreposi-

ção à mitologia. Trata-se de um processo transitório.

5. (FILOSOFIA/NÍVEL MÉDIO/SOLDADO DO CORPO DE BOMBEIRO/BOMBEIRO

MILITAR MT/FUNCAB/2014) O cristianismo introduziu novos valores e princípios

éticos na vida dos povos. Uma das ideias fundamentais da ética cristã é a de que:

a) as “intenções invisíveis” não são julgadas moralmente, já que o dever moral se

refere as ações visíveis.

b) a virtude humana compreende a força, a bravura e a tenacidade.

c) os seres humanos são naturalmente virtuosos e capazes de fazer o bem ao pró-

ximo por vontade consciente.

d) a virtude é a obrigação de cumprir os mandamentos ou ditames da razão.

e) a virtude se define tão somente pela relação entre indivíduos de um mesmo país

ou região.

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Letra a.

Uma memorização acerca das características de cada momento é uma ótima ferra-

menta para a interpretação das questões. Nesse sentido, associe Filosofia medieval

à valorização da fé e à sua relação com o Clero.

10. (INSTITUTO FEDERAL–RS/2010) Os filósofos pré-socráticos lançaram ques-

tões centrais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da natureza, do

Universo. Parmênides e Heráclito são duas referências importantes nesse início da

filosofia ocidental que ocorreu na Grécia Antiga entre os séculos VII e V a.C. Qual é

a principal diferença na forma de pensar entre Heráclito e Parmênides?

a) Heráclito é dialético, e Parmênides é analítico.

b) Heráclito é platônico, e Parmênides é aristotélico.

c) Heráclito diz que os sentidos enganam, e Parmênides valoriza os sentidos.

d) Heráclito considera que tudo na natureza se transforma, pois todas as coisas es-

tão em constante movimento e, portanto, conhecer é captar a mudança contínua.

Já Parmênides concebe que conhecer é alcançar o idêntico, imutável.

e) Para Heráclito ninguém consegue se banhar duas vezes no mesmo rio e para

Parmênides todos “os banhos” são iguais.

Letra d.

A alternativa e pode lhe confundir, mas memorize que os pré-socráticos buscam

compreender uma substância que tenha dado origem a tudo, não nossa ação,

como, no exemplo, “o banho”.

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12. (ESTADO DO TOCANTINS/FUNDAÇÃO CESGRANRIO/2009) “Todo mundo sabe

que os bebês possuem essa capacidade. Depois de alguns meses na barriga da

mãe, eles são empurrados para uma realidade completamente diferente. Mas de-

pois, quando crescem, parece que esta capacidade vai desaparecendo. Como se

explica isso?” GAARDNER, Jostein. O mundo de Sofia, SP: Cia. das Letras, 1995, p.

27. Gaardner fala da “única coisa de que precisamos para nos tornar bons filóso-

fos”, ou seja, da capacidade humana de:

a) Espantar-se com o mundo.

b) Estudar a história da filosofia.

c) Criticar as diferentes teorias filosóficas.

d) Refletir sobre a ciência e o conhecimento.

e) Entender os princípios da ética e da moral.

Letra a.

Não confunda o conceito de Filosofia com sua aplicação em determinada área,

como “Filosofia da Ciência”, por exemplo. A curiosidade e o espanto são caracterís-

ticas que iniciam o pensar filosófico.

14. (QUESTÃO INÉDITA) É considerado o primeiro filósofo grego:

a) Homero.

b) Hesíodo.

C) Ulisses.

d) Tales.

e) Sócrates.

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Letra d.

O senso comum associa Filosofia ao nome Sócrates, lembre-se de que existe a Filo-

sofia pré-socrática para não se enganar quando utilizarem erroneamente Sócrates

como o primeiro filósofo.

19. (PrEFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL–SP/USCS/2009) Sócra-

tes foi considerado um dos maiores sábios da humanidade. Nada deixou escrito.

Suas ideias foram divulgadas por dois de seus discípulos, Xenofonte e Platão. O

ponto de partida da filosofia socrática encontra-se no fato de que:

a) A verdadeira filosofia encontra-se na physis, na natureza, cabendo ao homem

buscá-la com todos os seus esforços.

b) A verdade não está ao alcance dos seres humanos.

c) O primeiro passo em direção à verdade é o reconhecimento da ignorância.

d) A aquisição do conhecimento se dá por meio da retórica.

Letra c.

Reconhecer sua ignorância é o ponto-chave para se abrir a novos conhecimentos

de acordo com Sócrates.

23. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre Sócrates é incorreto afirmar:

a) É tido como um dos responsáveis pela transição do naturalismo para o antropo-

centrismo na Filosofia antiga.

b) Nunca escreveu uma obra.

c) Foi julgado e condenado.

d) Mesmo com alternativas, preferiu a morte quando sentenciado.

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Letra e.
Questão que, além do conhecimento na área, exige atenção. Perceba que o coman-
do solicita que seja marcada a alternativa incorreta, porém, todas estão corretas,
exceto a alternativa e, que afirma que as anteriores estão incorretas.

25. (QUESTÃO INÉDITA) São filósofos pré-socráticos:


a) Heráclito e Parmênides.
b) Platão e Aristóteles.
c) Heráclito e Augusto Comte.
d) Parmênides e John Locke.
e) Aristóteles e Karl Popper.

Letra a.
Algumas alternativas mencionam apenas um filósofo pré-socrático em conjunto
com um pós-socrático. Todavia, o comando da questão solicita apenas filósofos que
antecederam Sócrates. Atenção.

31. (PROVA DE PEDAGOGIA/ENADE/2008) A racionalidade científica, forma domi-


nante de pensar e de agir na Modernidade, transformou o homem e sua ação em
objetos de investigação. Passaram a ser tratados da mesma forma que as “coisas”
e os fenômenos da natureza, como “objetos” fixos, imutáveis. O historicismo veio
a se opor a essa perspectiva positivista, chamando a atenção para a dimensão
histórica, HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO da existência, do mundo e da
sociedade. As vertentes da pesquisa em educação que acompanharam essa discus-
são incorporaram ideias do historicismo e trouxeram para a prática da investigação

o pressuposto de que:

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a) a pesquisa educacional supõe a existência de métodos previamente definidos.


b) a objetividade e a universalidade do conhecimento são garantidas pelos méto-
dos de pesquisa.
c) a metodologia da pesquisa determina a produção dos conhecimentos históri-
co-educacionais.
d) o conhecimento da realidade só é possível por meio do controle do fenômeno
educacional.
e) o conhecimento educacional depende da compreensão dos processos sócio-his-
tóricos.

Letra e.
A alternativa correta é letra e, por ressaltar a importância da história no desenvol-
vimento do conhecimento humano. A história da Filosofia propriamente dita pode
ser utilizada para tal análise.

32. (QUESTÃO INÉDITA) Alguns pensadores se debruçaram sobre as manifesta-


ções artísticas. Adorno cunhou o conceito de Indústria cultural que se refere:
a) Valorização da arte como bem cultural.
b) Representação artística a um público específico.
c) Transformação da arte em bem de valor econômico.
d) Todas alternativas.

Letra c.
Mesmo que você não memorize todos os conceitos discutidos, uma associação ló-
gica de termos pode lhe auxiliar na resolução de uma questão. Indústria remete à

produção, que, por sua vez, objetiva o lucro.

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35. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre cultura, é incorreto afirma que:

a) Trata-se da intervenção do homem no meio natural.

b) Pode ser utilizada como uma característica de diferenciação entre os seres hu-

manos e demais espécies.

c) Características de povos específicos.

d) Capacidade de transformar a natureza para benefício da humanidade.

e) Refere-se a hábitos e costumes.

Letra c.

Lembre-se de que o ser humano é, dentre outras características, um ser cultural.

Portanto, qualquer questão ou alternativa que coloque a cultural como algo especí-

fico de determinado grupo, desconsidere.

38. (QUESTÃO INÉDITA) Sobre a transição do período pré para o pós-socrático,

marque a correta:

a) O naturalismo é substituído pelo antropocentrismo.

b) O teocentrismo é substituído pelo naturalismo.

c) O dogmatismo é substituído pelo criticismo.

d) O antropocentrismo é substituído pelo teocentrismo.

Letra a.

Muita atenção ao fazer a distinção cronológica da Filosofia; os momentos pré e

pós-socrático correspondem apenas à Filosofia Antiga. Lembrando que existe Filo-

sofia Antiga, Medieval, Moderna etc.

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44. (QUESTÃO INÉDITA) Qual o modelo democrático exercido na atualidade no

Brasil? Marque a correta:

a) Democracia Direta.

b) Democracia Indicativa.

c) Democracia Classista.

d) Democracia Representativa.

e) Todas as alternativas anteriores.

Letra d.

Lembre-se do fato de que a Democracia iniciada na Grécia Antiga se tornou inviável

para o desenvolvimento histórico, pois, além de mudanças geográficas e popula-

cionais, o conceito de cidadão é modificado no decorrer do tempo. Portanto, exer-

cemos um modelo democrático em que nossos representantes políticos são eleitos

para mandatos provisórios.

45. (QUESTÃO INÉDITA) São objetivos da Declaração Universal dos Direitos

Humanos:

a) Promover a segregação étnica.

b) Promover a separação política entre os países.

c) Mediar relações comerciais.

d) Defender direitos dos seres humanos enquanto tais e mediar conflitos.

e) Todas as alternativas.

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Letra d.
Quanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tenha em mente que se trata
do conjunto de direitos do ser humano enquanto tal, não algo de um povo ou para
beneficiar grupos específicos. Todos nós, enquanto humanos, possuímos os direitos
previstos por tal Declaração.

46. (PROFESSOR DE FILOSOFIA/PREFEITURA DE SÃO PAULO/FUNDAÇÃO CARLOS


CHAGAS/2007) A irrefutabilidade não é uma virtude, como frequentemente se pen-
sa, mas um vício. K. Popper.
A partir do trecho acima, é correto afirmar que, para Popper, as teorias:
a) Só podem ser consideradas científicas se tomadas como modelos analógicos
sem valor ou pretensão de verdade.
b) Só podem ser consideradas científicas depois de confirmadas por pelo menos
um teste metódico.
c) Só podem ser consideradas científicas quando enunciam conjecturas cujas impli-
cações ou consequências sejam passíveis de refutação através de testes.
d) Científicas constituem modelos – ou paradigmas – cuja correspondência com a
realidade empírica não é possível verificar.
e) Científicas constituem um conjunto de hipóteses verificadas e aceitas como ver-
dades históricas.

Letra c.
Uma memorização que pode lhe auxiliar nas questões que envolvem Filosofia da
Ciência é a problematização que é feita acerca da supervalorização que é dada ao

conhecimento científico, o enxergando como algo inquestionável.

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49. (QUESTÃO INÉDITA) Além de racional é correto afirmar que o ser humano é

um ser cultural, pois:

a) Desenvolve hábitos e costumes.

b) Desenvolve conhecimento em relação com outros povos.

c) Intervém na natureza.

d) Transforma a natureza para benefício próprio.

e) Todas as alternativas anteriores.

Letra e.

Lembre-se de que, aos falarmos de cultura, a abordagem é a mais diversificada

possível; daí tamanha generalização apontando todas as alternativas enquanto

corretas.

50. (QUESTÃO INÉDITA) Ao tratar da discriminação moral contra determinados

seres por pertencerem a uma espécie específica, o filósofo Peter Singer sugere, por

exemplo, uma crítica à metodologia científica que recorre aos testes em animais

para fins humanos. Tal discriminação fica conhecida como:

a) Especismo.

b) Criticismo.

c) Dogmatismo.

d) Expansionismo.

e) Empirismo.

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Letra a.

Esteja atento aos termos dos enunciados e relacione-os com as alternativas. Espe-

cismo é uma derivação da palavra Espécie.

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