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ENSINO PROFISSIONAL

ÁREA DE
INTEGRAÇÃO

6.3 As organizações do trabalho


1. Direitos do trabalho e trabalho com direitos
2. A Organização Internacional do Trabalho, o Comité Económico
e Social Europeu, a Constituição da República Portuguesa e os
direitos dos trabalhadores
3. Segurança e saúde no trabalho (SST)

Formador: Fernando Sousa Silva


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Tema-problema 6.3 – As organizações do trabalho

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TEMA PROBLEMA 6.3 – AS ORGANIZAÇÕES DO TRABALHO

1 – DIREITOS DO TRABALHO E TRABALHO COM DIREITOS

1.1. O reconhecimento do trabalho e a proteção do trabalhador

Comecemos o estudo desta matéria com uma pergunta:


Será que os direitos dos trabalhadores sempre foram reconhecidos?

De facto, não.
Até à Revolução Industrial nem sequer existia o trabalho assalariado regulado por contrato, tal como o
conhecemos hoje.
Antes disso, trabalhar era considerada uma atividade desprezível, inferior e indigna, sendo
desempenhada apenas por quem estava nos estratos sociais inferiores – os escravos ou os servos. A
escravatura mais não é do que a apropriação gratuita do trabalho dos escravos por parte dos
esclavagistas. Muitas pessoas caiam na situação humilhante de escravatura principalmente por duas vias
– ou devido a aprisionamento em guerra ou por dívidas. A servidão é pouco melhor mas nesse caso não
há um direito de propriedade sobre o servo como acontece com o escravo.
A escravatura é uma constante na história da humanidade, existindo desde as primeiras civilizações,
chegando em algumas a ser mesmo a principal base da produção.
Vejamos o exemplo da civilização grega. Na
Grécia Antiga, por exemplo, no início do
florescimento desta civilização, (aproximadamente
séc. VI a.C.) o trabalho ainda era visto como fonte
de virtudes e a ociosidade ainda era punida por lei.
Porém, um pouco mais tarde, nomeadamente após o
séc. V a.C. a escravatura já era uma necessidade
vital da sociedade grega e a ociosidade era
considerada a “irmã da liberdade”, como afirmou
Aristóteles, pois só o ócio permitia ao Homem
dedicar-se à atividade suprema do ser humano – a
Filosofia. Aos escravos não eram reconhecidos
quaisquer direitos civis, políticos ou de qualquer
outra espécie, eram considerados uma propriedade Escravos no tempo do Império Romano
do respetivo dono que os podai vender ou trocar. As condições de vida eram muitas vezes miseráveis, o
tratamento dispensado aos escravos era desumano e humilhante pelo que não surpreende que as

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revoltas de escravos ocorressem com alguma frequência. Na civilização romana a situação era idêntica
e o próprio direito romano não concedia aos escravos personalidade jurídica.
Imaginemo-nos numa situação de escravatura. Como encararíamos o nosso trabalho? Seríamos
trabalhadores interessados, motivados e produtivos?
Muito dificilmente por será muito difícil a um escravo gostar,
interessar-se ou motivar-se pelo trabalho pelo que, apesar
da gratuitidade do trabalho escravo, este revelava-se muito
pouco produtivo. Perante as exigências de uma produção
cada vez maior, foi sentida a necessidade de alterar a base
humana da produção, desta feita através de trabalhadores
mais interessados e motivados e a situação dos que
trabalhavam melhorou mas continuava muito longe de ser a
ideal.

Durante a Idade Média, por exemplo, o


sistema de produção torna-se feudalista. Este
regime caracteriza-se pelo relativo
abandono do regime de trabalho
esclavagista e pelo surgimento de um novo
tipo de relação laboral: a servidão, assente
na relação que se estabelece entre um senhor
feudal e os seus servos.
Nesta relação laboral, mais predominante
nos meios rurais, o senhor oferecia proteção,
segurança e cedia a exploração de parte
das suas terras a um colono que em troca pagava impostos ou tributos. Este pagamento podia ser feito
sob três formas: em dinheiro, em géneros e em trabalho.
Este colono era, no início do contrato, um homem livre mas, mais tarde, vergado pelo peso dos impostos
acabaria por cair na servidão, uma situação muito próxima da escravatura. Nesta situação, o servo
acabava por “pertencer” ao senhor e muitas vezes,
quando estes vendiam as terras, os servos eram
considerados como pertencendo a essas mesmas
terras, pelo que também eram considerados bens (e
não propriamente pessoas) associados a um outro
bem (a terra).
Pelo seu lado, nas cidades medievais predominava
o trabalho artesanal, exercido por artesãos em
oficinas do próprio artesão. Nestas oficinas
trabalhavam pessoas, algumas remuneradas que
ficavam com os trabalhos mais pesados e sujos, e
por aprendizes que pagavam quantias significativas
ao artesão para aprenderem o ofício. Este processo
Imagem de um mercado medieval nos séculos XII-XIII de aprendizagem demorava anos.
A partir do séc. XV a organização feudalista da sociedade europeia começa a desintegrar-se como
consequência de uma revolução comercial que também está na origem da organização capitalista das
sociedades.

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A atividade mercantil ganha algum prestígio


social e surgem algumas manufaturas nas quais
trabalhavam artesãos com um status social
ainda relativamente baixo.
Vemos assim que, até à Revolução Industrial
(finais do séc. XVIII e todo o séc. XIX), o estatuto
do trabalho foi sempre muito baixo, entregue a
escravos ou a servos, e visto como algo
desprezível, inferior e indigno.
Mas com a Revolução Industrial começam a
dar-se grandes mudanças no mundo do trabalho, Destas, e com interesse para o nosso estudo,
destacam-se duas:
1. O trabalho começa a ser encarado como o principal meio de dignificação das
pessoas;
2. Surge o trabalho assalariado regulado por um contrato.

Vejamos cada uma destas mudanças.


Quanto à primeira mudança…

1- O trabalho como principal meio de dignificação das pessoas


Isto quer dizer que o trabalho é um dos principais meios de integração do indivíduo na sociedade.
Vejamos alguns exemplos práticos. Por exemplo, constatar que a grande maioria das pessoas garante a
sua subsistência e a da sua família pelo salário que aufere através do seu trabalho. Ou a falta de
autoestima das pessoas que querem trabalhar e não encontram trabalho – sentem que estão a falhar na
vida, desorientadas e perdidas, perdendo o respeito por si próprias.
Mas também podemos verificar qual o julgamento negativo que as pessoas fazem se faz acerca de
quem não gosta de trabalhar e daquilo que a sociedade pensa delas (preguiçoso, calão, etc…)
Outra situação é aquela em que, por exemplo, vocês acabam de conhecer alguém. Uma das primeiras
coisas que dizem sobre vocês próprios é a vossa atividade profissional e uma das primeiras coisas que
vão querer saber sobre essa outra pessoa é saber o que faz ela. Ou seja, o nosso trabalho, a nossa
profissão é parte importante da nossa identidade
Contudo, e até à Revolução Industrial, como já vimos, quem trabalhasse tinha um baixo status social pois
o trabalho era visto como algo desprezível e desprestigiante. E mesmo durante esta Revolução a
condição social dos trabalhadores foi, na maior parte do tempo, degradante e muito baixa em termos
de escala social.
A dignificação do trabalhador e da sua condição social é recente e é consequência direta das lutas dos
trabalhadores iniciadas em plena Revolução Industrial.
Relativamente à segunda mudança…

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2 – Surgimento do trabalho assalariado regulado por um contrato.


Esta é uma mudança importantíssima e cujos efeitos
ainda hoje são válidos.
De facto, só com a Revolução Industrial surge o
trabalho assalariado regulado por um contrato
celebrado entre um trabalhador e uma entidade
patronal. E ainda hoje, uma relação laboral é assim
entendida – como um contrato com características
especiais.
De facto, foi só no séc. XIX que a relação laboral
começou a ser regulada por contratos de trabalho. Isto
deve-se à desigualdade das posições contratuais:

 De um lado uma posição contratual fraca, a do trabalhador individual, sem poder


económico para fazer frente à entidade patronal pois precisa sempre do trabalho para
sobreviver;

 Do outro lado, uma posição muito forte, a da entidade patronal que, para além do poder
económico, tem ainda a possibilidade de, com facilidade, trocar os seus trabalhadores, se
os que tiver se tornarem muito reivindicativos.

Deste injusto desequilíbrio de posições surge a


necessidade de criar um contrato (preferencialmente
sob a forma escrita) com características especiais,
contrato esse que, por um lado, garanta ao
trabalhador alguns direitos e condições mínimas de
prestação do trabalho de forma justa e digna como as
horas de trabalho, as tarefas a cumprir ou o salário a
receber e que, por outro lado, impeça abusos por
parte de quem tem a posição contratual mais forte, ou
seja, o empregador.
As regras que constavam destes primeiros contratos celebrados na altura da Revolução Industrial foram
o embrião de toda uma gama extensa de legislação que visa, ainda hoje, regular a relação laboral –
estamos a falar de um ramo especial e muito
importante do Direito que é o Direito do Trabalho.
Este ramo tenta conferir justiça ao desequilíbrio da
relação contratual entre o trabalhador e a entidade
patronal, nomeadamente protegendo os direitos do
trabalhador como, aliás, ainda hoje se verifica.
Como já foi dito, todo este quadro legislativo deve-se
ao facto de, numa relação laboral, o trabalhador ser
claramente a parte mais fraca.
Todavia, apesar de os primeiros contratos de
trabalho terem surgido logo no início da Revolução
Industrial, não se conseguir evitar que durante o séc. XIX, se assistisse a uma degradação das condições
de trabalho, como por exemplo:

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 Horários de trabalho que podiam chegar às 16 horas diárias;

 Salários extremamente baixos;

 Total desrespeito pelas normas de higiene, segurança e saúde no local de trabalho;

 Episódios de tratamento desumano de alguns trabalhadores, chegando mesmo aos maus


tratos físicos e psicológicos;

 Completa desproteção social e económica do trabalhador em caso de acidente decorrente


do exercício das tarefas laborais;

 Utilização intensiva do trabalho infantil;

 Profundas discriminações e desigualdades salariais (entre homens e mulheres, por


exemplo);

 Inexistência de qualquer tipo de proteção na saúde ou doença;

 Completa impossibilidade de conciliação da vida profissional com a vida familiar;

 Inexistência de períodos de férias ou de outros períodos de descanso.

Condições de vida miseráveis Exploração de trabalho infantil Revoltas operárias

Este quadro não era, de forma nenhuma, justo para


os trabalhadores e, perante esta situação,
começaram, naturalmente, a surgir revoltas e
agitações populares, incluindo greves.
Estes movimentos operários foram caracterizados
pela violência com que os Estados e os respetivos
governos os tentaram reprimir. Em Inglaterra, por
exemplo, um governante (William Pitt) chegou a
mandar construir 155 quartéis, todos eles perto de
centros industriais, com o intuito de reprimir
possíveis revoltas. Outro exemplo, ocorreu em
França quando foi necessário um exército de 26.000 homens para reprimir uma insurreição de operários
em Lyon, operários estes que chegaram mesmo a controlar toda a cidade.

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Mas, inspirados pelas teorias de Marx e Engels, os trabalhadores começam a organizar-se dando
origem a movimentos e partidos operários, bem como aos sindicatos que lutaram por um trabalho
reconhecido, justo e digno, ou seja, que reconheça e respeite os direitos humanos e permita conciliar o
trabalho com a vida familiar.

Os princípios em que se baseia o trabalho reconhecido, digno e justo são os seguintes, conforme
estabelece, grosso modo, a Constituição da República Portuguesa:

 Ao trabalho deve corresponder um salário justo que permita levar uma vida digna em
família e em sociedade;

 O trabalho deve ser exercido em condições de segurança, sem discriminações ou qualquer


forma de exploração;

 Ao trabalho deve corresponder a liberdade cívica de reunião e de associação;

 Ao trabalho deve corresponder a


garantia da proteção na saúde, o
acesso à segurança social e a
conciliação entre o exercício de
uma atividade profissional e uma
vida familiar.

A situação dos trabalhadores europeus mudou


muito nos últimos 200 anos, claramente para
melhor. Contudo, apesar de todos os avanços
verificados em matéria de direitos dos
trabalhadores, a situação ainda está longe de
ser ótima, persistindo ainda situações de
exploração e de desrespeito pelos mais
elementares direitos dos trabalhadores,
principalmente nos países menos desenvolvidos. Sem direito ao trabalho Sem direito à indignação, quadro de Mártio
(Mário Ribeiro Martins)

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1.2. A Declaração Universal dos Direitos do Homem e


os direitos do trabalho

A Declaração Universal dos Direitos do Homem (DUDH) foi aprovada em 1948, na


sequência da II Guerra Mundial e pretende ser um documento legal (lei) que
assegura a todos os seres humanos o respeito pela sua dignidade e pelos seus
direitos mais elementares, como o direito à vida, por exemplo. Contudo, e apesar da DUDH, os direitos
humanos continuam, infelizmente, a ser violados, todos os dias e um pouco por todo o mundo.
Vimos atrás, que o trabalho é um dos principais meios de integração do indivíduo na sociedade (se não
mesmo o principal). Então, sendo assim é natural que a questão laboral tenha um destaque especial na
DUDH.
Por exemplo, logo no artigo 4º da DUDH pode ler-se que:
Artigo 4.º
Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos
escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Mas, atualmente, achas que a escravatura está definitivamente abolida? E, não estando, quem são, na
tua opinião, as principais vítimas de escravatura?
De facto, se olharmos com um pouco mais de atenção para o mundo,
vemos que a escravatura ainda é, muito infelizmente, uma realidade.
Mas, servindo também para reforçar a proibição da escravatura, no
artigo 5º proíbem-se os tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes
(que muitas vezes acompanham a escravatura).
Assim, e dada a sua condição humana, os trabalhadores estão
naturalmente abrangidos por esta norma, pelo que no seu trabalho,
todo o trabalhador tem direito a um tratamento condigno e que não
ofenda ou humilhe a sua condição humana.
Mais à frente, na DUDH, o artigo 20º permite a todos os seres humanos
a liberdade de reunião e associação pacíficas. Este artigo é muito
importante para os trabalhadores porque, deste modo, ninguém pode ser proibido de constituir um
sindicato ou qualquer outro tipo de organização de defesa dos trabalhadores (comissões de
trabalhadores por exemplo).
Também muito importantes para os trabalhadores são os artigos 23º e 24º
Artigo 23.º
1. Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições
equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.
2. Todos têm direito, sem discriminação alguma, a salário igual por trabalho igual.
3. Quem trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória, que lhe permita
e à sua família uma existência conforme com a dignidade humana, e completada, se
possível, por todos os outros meios de proteção social.
4. Toda a pessoa tem o direito de fundar com outras pessoas sindicatos e de se filiar em
sindicatos para defesa dos seus interesses.

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Artigo 24.º
Toda a pessoa tem direito ao repouso e aos lazeres e, especialmente, a uma limitação
razoável da duração do trabalho e a férias periódicas pagas.

Estes artigos conferem a todos os seres humanos uma série de direitos.


Logo à partida, o artigo 23º começa por dizer que o trabalho é um direito o que é lógico pois se o
trabalho é a principal forma de subsistência do ser humano, seria injusto proibir alguém de trabalhar.
Alguém que seja proibido de trabalhar pode, muito provavelmente, ser alguém que tem a sua
sobrevivência em risco.
O mesmo artigo diz, mais à frente, que todos os
seres humanos têm o direito a escolher o trabalho
que quiserem e a exercê-lo em condições dignas,
sem qualquer distinção de qualquer espécie (racial
ou de sexo, por exemplo).
Estes artigos dizem ainda que todos os
trabalhadores têm direito a um salário justo e que
permita viver com dignidade e que os estados
devem prever mecanismos de proteção social aos
trabalhadores (por exemplo, no desemprego).
Neste artigo diz-se ainda que todos os seres
humanos têm direito a constituir sindicatos (ou seja, reforça a liberdade de associação prevista no artigo
20º e de que já falámos).
O artigo 24º é também muito relevante para os trabalhadores porque dá a todos os seres humanos um
direito muito importante: o direito a descansar, a ter um horário de trabalho razoável e que permita
esse mesmo descanso, e a férias pagas.

1.3. O trabalho na doutrina social da Igreja Católica

Os atropelos constantes aos direitos dos trabalhadores que se verificaram nos séculos XIX e XX
impeliram a Igreja a intervir no sentido da melhoria das condições de vida e de trabalho dos operários.
A situação social era difícil e a Igreja achou que devia intervir.
Esta intervenção foi muito importante pois na altura a Igreja tinha muita força (e ainda hoje tem alguma)
na sociedade, formando, informando e influenciando a opinião pública. Aquilo que a Igreja diz, por
exemplo, sobre o trabalho e as condições dos trabalhadores influencia, e muito, a legislação laboral.
De facto, a ideia de uma sociedade justa defendida pela Igreja Católica tinha que passar,
necessariamente, por criar condições justas para os trabalhadores que ainda hoje constituem a larga
maioria da sociedade.

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Logo em 1891, com a divulgação da encíclica “Rerum


Novarum”, (do Papa Leão XIII) a Igreja Católica tomou
uma posição de defesa de um conjunto de princípios
que defendem o trabalho digno, reconhecido e justo.
Ao longo do tempo, a Igreja Católica continuou a
emitir outros documentos onde foi definindo a sua
posição relativamente às questões do mundo do
trabalho.
Estes princípios foram sistematizados em 2004, num
documento intitulado “Compêndio da Doutrina Social
da Igreja”. Estes princípios são:

 O absoluto respeito pela vida e pela dignidade da pessoa humana pois o Homem foi
feito por e à imagem de Deus;

 A defesa da igualdade entre todos os homens;

 A proteção da liberdade e do respetivo direito de associação, nomeadamente dos


trabalhadores;

 A defesa do direito de participação dos trabalhadores e das suas organizações em


todas as questões ligadas ao trabalho;

 Construção de uma sociedade assente na solidariedade e na subsidiariedade para que


os mais desfavorecidos sejam apoiados pelo restante tecido social, nomeadamente pelos
que estão em melhor situação económica;

 Defesa do interesse coletivo da sociedade sobre os interesses individuais.

Esta posição da Igreja Católica foi importantíssima para o


reconhecimento da dignidade do trabalho. Defende a Igreja
que Deus criou o ser humano para trabalhar pelo que a este
devem ser dadas as condições justas para o poder fazer.
Deste modo, a Igreja contribui, ainda hoje, para a melhoria das
condições de vida dos trabalhadores, pois:

 Fornece aos próprios trabalhadores instrumentos


de reflexão sobre a sua própria condição
individual e coletiva, particularmente os seus
direitos;

 Pressiona governos no sentido de serem adotadas


políticas justas de reconhecimento da dignidade
do trabalho;

 Condiciona a ação das empresas impedindo a


exploração dos trabalhadores.

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2 – A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO, O COMITÉ


ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E A CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA PORTUGUESA E OS DIREITOS DOS TRABALHADORES

2.1. A Organização Internacional do Trabalho

A) As origens da OIT

Após a assinatura do tratado de paz que pôs fim à I Guerra Mundial (1914-1918), os países
vencedores decidiram criar, em 1919, um organismo internacional, a Sociedade das Nações, cuja
principal missão seria assegurar a paz.
No seio desta organização foram criados diversos organismos sectoriais especializados, com
responsabilidades em áreas bem delimitadas. Tal foi o caso da Organização Internacional do Trabalho,
em 1919, pois acreditava-se (e bem) que a paz no mundo só seria possível se houver justiça social. E só
há justiça social se o trabalho for reconhecido, justo e digno.
Contudo, o espoletar da II Guerra
Mundial em 1939 veio provar que a
Sociedade das Nações era um projeto
votado ao fracasso, acabando mesmo por
ser extinto em 1942, bem como todos os
organismos que lhe estavam afetos.
Sucedeu-lhe a Organização das Nações
A Organização das Nações Unidas e a sua sede, em Nova Iorque
Unidas (ONU) que, um pouco à imagem
do que já havia acontecido com a Sociedade das Nações criou uma série de organismos sectoriais
especializados como a UNICEF, a UNESCO, só para dar dois exemplos.
A ONU praticamente nada herdou da Sociedade das
Nações. De facto, o único organismo desta sociedade que
sobreviveu a esta mudança radical foi a Organização
Internacional do Trabalho (OIT, ou, em inglês, ILO -
International Labour Organization), o que dá uma ideia,
não apenas do seu sucesso, mas também da importância do
sector do trabalho para a paz mundial pois a exploração
dos trabalhadores poderia levar a revoltas sociais. Foi
através da Declaração de Filadélfia que a ONU reconhece
a OIT como agência especializada para as questões do
trabalho.
O objetivo da OIT desde o seu início era a proteção legal
dos trabalhadores. Esta necessidade teria que ser
coordenada a nível internacional para que nenhum país
ficasse numa posição competitiva vantajosa à custa dos direitos dos trabalhadores. Este ponto é tão
importante que, de certeza, te lembrarás de países que retirem vantagens competitivas à custa dos
direitos dos trabalhadores…

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A justificação da criação da OIT e a importância dada à proteção legal dos trabalhadores tem também
muito a ver com o facto de os exércitos serem compostos na sua grande maioria por trabalhadores
recrutados.

B) A organização, funcionamento e ação da OIT

A OIT é a única a nível mundial pois a sua organização é tripartida. Isto equivale a dizer que se
caracteriza por nela não terem assento apenas os Estados. Na realidade, as organizações dos
trabalhadores e das entidades patronais também a compõem (em pé de igualdade com os
trabalhadores), principalmente nos seus órgãos principais que são:

 A Conferência Geral – composta por cerca de 180 países. Cada país tem uma
representação tripartida, ou seja, um representante do Estado, um representante dos
trabalhadores e um representante das entidades patronais. Este órgão constitui um fórum
para o debate a nível internacional sobre questões laborais, problemas sociais e decide
sobre a aprovação das normas internacionais do trabalho, definindo ainda as políticas
gerais da OIT;

 O Conselho de Administração – que


também tem uma estrutura tripartida
(56 membros, sendo 28 representantes
dos Estados e os restantes 28, divididos
em duas partes iguais, entre
representantes dos trabalhadores e das
entidades patronais). Compete-lhe a
preparação e execução das políticas
definidas na Conferência Geral a quem
também submete o orçamento e o
programa de trabalho. Também elege o
Diretor-Geral da OIT (cargo atualmente
desempenhado pelo inglês Guy Rider, na foto ao lado);

 O Gabinete Internacional do Trabalho (mais conhecido por BIT – Bureau Internacional du


Travail) – órgão que tem à cabeça o Diretor-Geral da OIT e que assegura as funções de
secretaria;

Para além destes, ainda existem órgãos subsidiários que são basicamente departamentos, programas
ou gabinetes com funções técnico-científicas e que preenchem áreas de conhecimento em outros órgãos
da OIT.
Atualmente, a ação da OIT tem diversas vertentes:

 Vertente normativa – através da aprovação das Convenções Internacionais do Trabalho


que, após ratificação, vinculam os Estados e obrigam estes a cumpri-las. Ao longo da sua
história a OIT já adotou mais de 180 Convenções Internacionais do Trabalho e mais de
190 Recomendações (que são documentos não vinculativos mas que apontam orientações
em diversas matérias);

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 Vertente promotora da aplicação das leis do trabalho – muitas vezes, as leis do trabalho
são aprovadas pelos Estados como consequência da ratificação por estes das convenções
internacionais do trabalho. Através desta vertente, a OIT tenta que são sejam, não apenas
aprovadas, mas também que essas leis sejam efetivamente aplicadas;

 Vertente de cooperação técnica e científica – auxiliando os Estados, nomeadamente os


menos desenvolvidos, na elaboração e na aplicação prática da legislação laboral.

Ao longo da sua história (de quase 90 anos), a OIT conseguiu tornar-


se num dos principais motores do desenvolvimento económico-social
justo e assente no reconhecimento do trabalho decente, ou seja,
digno e justo.
Das muitas Convenções Internacionais do Trabalho aprovadas pela
OIT, (das quais Portugal ratificou a maior parte, a Conferência
Geral decidiu eleger algumas a que chamou «Convenções
Fundamentais», por estarem mais intimamente ligadas aos direitos
fundamentais do trabalho:

N.º 29 – Convenção sobre o trabalho forçado (1930)


Exige a supressão do trabalho forçado ou obrigatório, sob todas as suas formas. Encontram-se previstas
algumas exceções, tais como o serviço militar, o trabalho de pessoas condenadas em tribunal sob
vigilância adequada, casos de força maior como situações de guerra, incêndios e tremores de terra.
N.º 87 – Convenção sobre a liberdade sindical e proteção do direito sindical (1948)
Garante a todos os trabalhadores e empregadores o direito de, sem autorização prévia, constituírem
organizações da sua escolha e de nelas se filiarem e estabelece um conjunto de garantias para o livre
funcionamento dessas organizações sem interferência das autoridades públicas.
N.º 98 – Convenção sobre o direito de organização e de negociação coletiva (1949)
Prevê a proteção contra atos de discriminação antissindical e a proteção das organizações de
trabalhadores e de empregadores contra atos de ingerência de umas em relação às outras, bem como
medidas destinadas a promover a negociação coletiva.
N.º 100 – Convenção relativa à igualdade de remuneração (1951)
Apela à igualdade de remuneração entre homens e mulheres por um trabalho de igual valor.
N.º 105 – Convenção sobre a abolição do trabalho forçado (1957)
Proíbe o recurso a qualquer forma de trabalho forçado ou obrigatório como medida de coerção ou de
educação política, sanção pela expressão de opiniões políticas ou ideológicas, método de mobilização
da mão-de-obra, medida disciplinar do trabalho, punição pela participação em greves ou medida de
discriminação.
N.º 111 – Convenção sobre a discriminação (emprego e profissão) (1958)
Apela à adoção de uma política nacional destinada a eliminar a discriminação no acesso ao emprego,
nas condições de formação e de trabalho, com fundamento na raça, cor, sexo, religião, opinião política,
ascendência nacional ou origem social, bem como a promover a igualdade de oportunidades e de
tratamento em matéria de emprego e de profissão.

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N.º 138 – Convenção sobre a idade mínima de admissão ao emprego (1973)


Visa a abolição do trabalho infantil, estipulando que a idade mínima de admissão ao emprego não
poderá ser inferior à idade de conclusão da escolaridade obrigatória.
N.º 182 – Convenção sobre a proibição das piores formas de trabalho infantil (1999)
Exige a adoção de medidas imediatas e eficazes para assegurar a proibição e a eliminação das piores
formas de trabalho das crianças, nomeadamente a escravatura e práticas análogas, recrutamento
forçado de crianças com vista à sua utilização em conflitos armados, utilização de crianças para fins de
prostituição, produção de material pornográfico e qualquer atividade ilícita, bem como trabalhos que
sejam suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança ou a moralidade das crianças.

2.2. O Comité Económico e Social Europeu

O Comité Económico e Social Europeu (CESE) é


um órgão consultivo da União Europeia (UE),
criado em 1957 e especialmente dedicado às
questões do mundo do trabalho.
Tem 344 membros, divididos em três grupos: empregadores, trabalhadores e grupos de interesses
diversos.
No fundo, representa a sociedade civil europeia, permitindo a esta participar no esforço de construção
europeu.
É um órgão que emite pareceres sobre medidas tomadas no âmbito das políticas e decisões comunitárias
pelo Parlamento Europeu, Conselho da EU e Comissão Europeia.
Tem seis secções especializadas em outros tantos assuntos:

 União económica e monetária e coesão económica social;

 Mercado único, produção e consumo;

 Transportes, energia, infraestruturas e sociedade da informação;

 Emprego, assuntos sociais e cidadania;

 Agricultura, desenvolvimento rural e ambiente;

 Relações externas.

2.3. A Constituição da República Portuguesa e os direitos e condições


de trabalho

Sendo o trabalho uma parte tão importante da vida dos portugueses é natural (nem podia ser de outra
forma) que a Constituição da República Portuguesa (o mais importante normativo da legislação
portuguesa) dê uma atenção especial aos direitos dos trabalhadores e às condições de trabalho.

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E são vários os artigos da Constituição que estabelecem direitos, liberdades, garantias e condições para
um trabalho digno, reconhecido e justo. A título de exemplo, destacam-se os seguintes artigos:

 O artigo 53º garante segurança no emprego e


proíbe os despedimentos sem justa causa ou por
motivos políticos ou ideológicos;

 O artigo 54º dá aos trabalhadores o direito a


criarem comissões de trabalhadores;

 O artigo 55º reconhece aos trabalhadores a


liberdade de constituírem sindicatos e de neles se
inscreverem;

 O artigo 56º dá alguns direitos especiais aos


sindicatos;

 O artigo 57º garante aos trabalhadores o direito à


greve e proíbe o lock-out (que consiste numa decisão
unilateral da entidade patronal em que esta recusa
ceder aos trabalhadores os instrumentos de trabalho
necessários para a sua atividade)

 O artigo 58º afirma que “Todos têm direito ao trabalho”;

 O artigo 59º estabelece as condições do trabalho digno, reconhecido e justo;

 O artigo 63º reconhece o direito de todos à segurança social.

3 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO (SST)

3.1. A importância da SST para o trabalho digno

A) A importância da SST para o trabalho digno

Vimos nas unidades anteriores que existem uma série de organizações e documentos legais que visam o
reconhecimento do trabalho digno e justo.
Porém, antes de mais, interessa distinguir trabalho digno de trabalho justo pois são coisas diferentes.
O trabalho justo está mais relacionado com as condições jurídicas e legais em que o trabalho é
exercido. Ou, como a própria expressão diz, com a justiça da relação laboral.
Por seu turno, o trabalho digno está ligado às condições em que o trabalho é exercido, às
infraestruturas físicas do local de trabalho.

Formador: Fernando Sousa Silva Página 15


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Tema-problema 6.3 – As organizações do trabalho

Tipos de condições Exemplo:


 Direito ao salário
Jurídicas e legais
 Direito a férias
Trabalho justo (relacionadas com a existência e
 Limitação de horários de trabalho
aplicação de leis)
 Etc…
 Limpeza e higiene
Físicas
 Nível de ruído
Trabalho digno (relacionadas com as condições
 Iluminação
do local de trabalho)
 Nível térmico

Chegamos, assim, à conclusão que o Direito do Trabalho procura, acima de tudo, assegurar que o
trabalho seja justo.
Por seu lado, cabe à Segurança e Saúde no Trabalho (SST) assegurar que o trabalho seja digno.
Assim:

Trabalho Justo = Direito do Trabalho

Trabalho Digno = Segurança e Saúde no Trabalho

B) Evolução histórica da SST

Até à década de 80 do século XX, as atenções no mundo do trabalho iam quase exclusivamente para o
trabalho justo (condições salariais, de horários, férias, segurança social, etc…).
Só a partir dos anos 90 do mesmo século é que as organizações ligadas ao mundo do trabalho
começaram a dar mais atenção ao trabalho digno devido aos altos níveis de sinistralidade laboral. De
facto, verificavam-se à altura (e ainda hoje se verificam) muitos acidentes de trabalho dos quais, muitos
dos quais com vítimas mortais. Por exemplo, segundo a Autoridade para as Condições do Trabalho,
durante o ano de 2014 morreram 135 trabalhadores em consequência de acidentes de trabalho e no
ano de 2015 (até ao dia 23 de novembro) já tinham morrido 121. Em toda a união Europeia,
ocorreram, durante o ano de 2013, 3.674 acidentes de trabalho mortais. Ou seja, na União Europeia
há, em média, 10 acidentes de trabalho mortais por dia.
Alguns dos indicadores de que as preocupações com o trabalho digno estavam a aumentar foram:

 O grande aumento da quantidade de legislação sobre SST;

 O incremento dos meios de fiscalização, nomeadamente através


de inspetores do trabalho que, em Portugal desenvolvem a sua
ação através da Autoridade para as Condições do Trabalho
(antiga Inspeção-Geral do Trabalho) ;

 A criação pelas próprias empresas de planos de SST que visavam reduzir o absentismo e
os custos com seguros de saúde e indemnizações, para além de melhorar a produtividade;

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 O estabelecimento do ano de 1992 como o Ano Europeu para a


Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho;

 A aposta muito forte na formação para a prevenção e autoprevenção de


acidentes de trabalho;

 O forte crescimento do número de empresas que prestam serviços em SST;

 A criação pela Organização Internacional do Trabalho e


pela Organização Mundial da Saúde do Dia Mundial da
Segurança e Saúde no Trabalho (a 28 de Abril), data que
foi adotada também por Portugal;

 A crescente importância da ciência da Ergonomia;

 A assinatura de grandes acordos de concertação social, entre sindicatos, associações de


entidades patronais e governo, sobre SST, como o “Acordo sobre Condições de Trabalho,
Higiene e Segurança no Trabalho e Combate à Sinistralidade”;

 A criação pela União Europeia de diversos organismos dedicados à temática da SST


como:
- a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho;
- o Comité Consultivo para a Segurança, a Higiene, a Proteção da Saúde no Local
de Trabalho;
- a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho.

Fundação Europeia para a Melhoria das Agência Europeia para a Segurança e


Condições de Vida e de Trabalho Saúde no Trabalho

Com todas estas medidas pretendeu-se sensibilizar as sociedades portuguesa, europeias e mundiais
para as questões ligadas à SST, nomeadamente melhorando as condições físicas de trabalho.

C) Os objetivos da SST e responsabilidade da entidade patronal e dos trabalhadores em


matéria de SST

A SST tem dois grandes objetivos:


1. Garantir a existência de condições físicas de trabalho mínimas;
2. Manter um bom nível de saúde dos trabalhadores1.

1De notar, neste ponto que a saúde não é apenas a ausência de doença – é, segundo a Organização Mundial de Saúde, um bem-
estar físico, emocional e psicológico.

Formador: Fernando Sousa Silva Página 17


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Contudo, as palavras saúde e segurança têm significados diferentes. Assim, também os seus objetivos
são diferentes:

Principais objetivos da Principais objetivos da


Saúde no Trabalho Segurança no Trabalho
Combater as doenças profissionais
Eliminar as condições de risco de acidentes de
Identificar os fatores que podem afetar o ambiente trabalho
de trabalho e o trabalhador com vista a eliminar
Atuar de forma preventiva, junto de trabalhadores
ou reduzir os riscos profissionais (que são aqueles
e de entidades patronais, através da educação e
que podem afetar a segurança, saúde e bem-
da formação
estar do trabalhador)

E já que se diz que um dos objetivos da segurança no trabalho é evitar os acidentes de trabalho, pode-
se perguntar o que é um acidente de trabalho:

Noção de ACIDENTE DE TRABALHO

Acontecimento súbito e anómalo que se verifique no local e no tempo do trabalho ou


no trajeto de e para o local de trabalho, do qual podem resultar para o trabalhador a
morte e incapacidades temporárias ou permanentes para o trabalho e para uma boa
qualidade de vida

E a quem cabem as responsabilidades em matéria de SST?


Logicamente, a ambas as partes da relação laboral: a entidade patronal e o trabalhador. Porém, cada
uma destas partes tem responsabilidades diferentes, mas complementares.
Assim, à entidade patronal cabe:

 Melhorar, renovar e manter limpas as instalações;

 Renovar a conservar em bom estado os equipamentos de trabalho, mantendo-os em


conformidade com os requisitos mínimos de segurança e saúde;

 Utilizar matérias-primas e produtos que não apresentem riscos para a saúde e segurança
dos trabalhadores;

 Fornecer e fomentar a utilização pelos trabalhadores dos equipamentos de proteção


individual adequados;

 Proporcionar aos trabalhadores formação no domínio da SST.

Ao trabalhador compete:

 Respeitar as normas de SST;

 Zelar pela sua própria segurança e dos colegas;

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 Usar corretamente os equipamentos (incluindo os de proteção individual), instalações,


máquinas e substâncias perigosas;

 Comunicar à entidade patronal todas as avarias e deficiências que possam pôr em causa
a segurança, higiene e saúde no trabalho.

Formador: Fernando Sousa Silva Página 19

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