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PRIMITIVAS

10.1. RELAÇÃO ENTRE FUNÇÕES COM DERIVADAS IGUAIS

Já sabemos que a derivada de uma função constante é zero. Entretanto, uma


função pode ter derivada zero em todos os pontos de seu domínio e não ser
constante; por exemplo

é tal que f′(x) = 0 em todo x no seu domínio, mas f não é constante. O próximo
teorema, que é uma consequência do TVM, conta-nos que se f tiver derivada zero
em todos os pontos de um intervalo, então f será constante neste intervalo.

Teorema. Seja f contínua no intervalo I. Se f′(x) = 0 em todo x interior a I,


então existirá uma constante k tal que f (x) = k para todo x em I.

Demonstração

Seja x0 um ponto fixo em I. Vamos provar que, para todo x em I, f (x) = f (x0), o
que significará que f é constante em I. Para todo x em I, x ≠ x0, existe, pelo TVM, um
pertencente ao intervalo aberto de extremos x e x0 tal que

f (x) − f (x0) = f′ ( ) (x − x0).

(Observe que de acordo com a hipótese, f é contínua no intervalo fechado de


extremos x e x0 e derivável no intervalo aberto de mesmos extremos.)
Como é interior a I, pela hipótese f′ ( ) = 0, logo

f (x) − f (x0) = 0 ou f (x) = f (x0)

para todo x em I. Tomando-se k = f (x0), resulta o teorema. ■

Como consequência deste teorema, provaremos que se duas funções tiverem


derivadas iguais num intervalo, então, neste intervalo, elas diferirão por uma
constante.

Corolário. Sejam f e g contínuas no intervalo I. Se f′(x) = g′ (x) em todo x


interior a I, então existirá uma constante k tal que

g (x) = f (x) + k

para todo x em I.

Demonstração

A função h (x) = g (x) − f (x) é contínua em I e para todo x interior a I, h ′ (x) = g ′


(x) − f′(x) = 0. Pelo teorema anterior, existe uma constante k tal que

g (x) − f (x) = k ou g (x) = f (x) + k

para todo x em I. ■

Observamos que se f e g satisfizerem as hipóteses do corolário e se f (x0) = g (x0)


para algum x0 ∈ I, então f (x) = g (x) para todo x ∈ I. De fato, pelo corolário, existe
k tal que

g (x) = f (x) + k

para todo x em I. Em particular, g (x0) = f (x0) + k, logo k = 0. Portanto, g (x) = f (x)


em I.
Já vimos que se f (x) = ex, x ∈ ℝ, então, f′(x) = ex, ou seja, a função f (x) = ex goza
da seguinte propriedade: a sua derivada é ela própria. O próximo exemplo nos
mostra que as únicas funções que gozam desta propriedade são as funções da forma
f (x) = kex, em que k é uma constante.

EXEMPLO 1. Seja f definida e derivável em e tal que, para todo x, f′(x) = f (x).
Prove que existe uma constante k tal que, para todo x, tem-se f (x) = k ex.

Solução

A ideia para a prova é considerar o quociente e mostrar que a sua derivada


é zero. Temos

Da hipótese f′(x) = f (x) segue

para todo x em ℝ. Pelo teorema 1, existe uma constante k tal que, para todo x,

ou seja,

f (x) = kex.

O exemplo acima nos diz que as soluções da equação diferencial são as


funções da forma y = k ex, k constante, isto é,

k constante.

Observe: y = f (x) é solução da equação diferencial se, e somente se, a


derivada de f for ela própria.
EXEMPLO 2. Determine y = f (x), x ∈ ℝ, tal que

Solução

Assim, a f procurada é da forma f (x) = k ex, com k constante. A condição f (0) = 2


nos permite determinar a constante k. De fato, de f (x) = kex segue f (0) = k e,
portanto, k = 2. A função que satisfaz o problema dado é, então, f (x) = 2 ex. Ou seja,
y = 2 ex. ■

Consideremos, agora, a função f (x) = eαx, α constante. Temos f′(x) = α eαx, ou


seja, f′(x) = α f (x). Raciocinando como no Exemplo 1, prova-se (veja Exercício 1)
que as únicas funções que satisfazem a equação f′(x) = α f (x), x ∈ ℝ e α constante,
são as funções da forma f (x) = k eαx, k constante. Ou seja, sendo α constante, tem-se

ou

f′(x) = α f (x) ⇔ f (x) = k eαx, k constante

EXEMPLO 3. Determine a função y = y (x), x ∈ ℝ, que satisfaz as condições

Solução

Da condição y (0) = −1, resulta k = −1. A função procurada é y = −e3x, x ∈ ℝ. ■

EXEMPLO 4. Determine uma função y = f (x), definida num intervalo aberto I, com
1 ∈ I, tal que f (1) = 1 e, para todo x em I,

Solução

Devemos ter, para todo x em I,

f′(x) = x f (x).

Como a função f deve ser derivável em I, resulta que f deve ser, também, contínua
em I. Então, a condição f (1) = 1 e o teorema da conservação do sinal garantem-nos
que, para x próximo de 1, devemos ter f (x) > 0. Vamos, então, procurar f, definida
num intervalo aberto I, e que, neste intervalo, satisfaça a condição f (x) > 0. Temos,
então,

Lembrando que resulta

para todo x em I. Como as derivadas das funções ln f (x) e são iguais em I, do


corolário acima resulta que existe uma constante k tal que, para todo x em I,

Da condição f (1) = 1, segue


e, portanto, Assim, a função

satisfaz as condições dadas. (Observe que esta é uma função satisfazendo as


condições dadas. Será que existe outra? Como veremos no Cap. 13, esta é a única
função definida em ℝ e satisfazendo as condições dadas.) ■

EXEMPLO 5. Determine uma função y = f (x), definida num intervalo aberto I, com
1 ∈ I, tal que f (1) = −1 e, para todo x em I,

Solução

Devemos ter, para todo x em I,

f′(x) = 2 [f (x)]2.

A condição f (1) = −1 permite-nos supor f (x) < 0 em I. Temos, então,

[ f (x)]−2 f′(x) = 2, x ∈ I.

Lembrando que {−[ f (x)]−1}′ = [f (x)]−2 f′(x) e que (2x)′ = 2, resulta

{− [f (x)]−1}′ = (2x)′, x ∈ I.

Pelo corolário, existe uma constante k tal que, para todo x ∈ I,

− [f (x)]−1 = 2x + k.

Da condição f (1) = −1, segue k = −1. A função


satisfaz as condições dadas. (A condição é para garantir que 1 pertença ao
domínio de f.) ■

Exercícios 10.1

1. Seja f : ℝ → ℝ, derivável e tal que para todo x, f′(x) = α f (x), α constante


não nula. Prove que existe uma constante k, tal que, para todo x, f (x) = k eαx.

2. Determine y = f (x), x ∈ ℝ, tal que

f′(x) = 2 f (x) e f (0) = 1.

(Sugestão: Utilize o Exercício 1.)

3. Uma partícula desloca-se sobre o eixo 0x, de modo que em cada instante t a
velocidade é o dobro da posição x = x (t). Sabe-se que x (0) = 1. Determine
a posição da partícula no instante t.

4. A função y = f (x), x ∈ ℝ, é tal que f (0) = 1 e f′(x) = −2 f (x) para todo x.


Esboce o gráfico de f.

5. Seja y = f (x), x ∈ ℝ, derivável até a 2.ª ordem e tal que, para todo x, f″ (x) +
f (x) = 0. Seja g dada por g (x) = f′(x) sen x − f (x) cos x. Prove que g é
constante.

6. Seja f : ℝ → ℝ derivável até a 2.ª ordem e tal que, para todo x, f″ (x) + f (x)
= 0. Prove que existe uma constante A tal que

para todo x em ]0, π[. Conclua que exista outra constante B tal que, para todo
x em ]0, π[, f (x) = A cos x + B sen x.

(Sugestão: Utilize o Exercício 6.)

7. Seja f : ℝ → ℝ derivável até a 2.ª ordem e tal que, para todo x, f″ (x) − f (x)
= 0.

a) Prove que g (x) = ex [f′(x) − f (x)], x ∈ ℝ, é constante.


b) Prove que existe uma constante A tal que, para todo x,

c) Conclua de (b) que existe uma outra constante B tal que f (x) = A e−x + B ex,
para todo x.

8. Sejam f e g duas funções definidas e deriváveis em ℝ. Suponha que f (0) =


0, g (0) = 1 e que para todo x

f′(x) = g (x) e g′ (x) = −f (x).

a) Mostre que, para todo x,

(f (x) − sen x)2 + (g (x) − cos x)2 = 0.

b) Conclua de (a) que f (x) = sen x e g (x) = cos x.

9. Utilizando o Exercício 1, determine a única função y = y (x), x ∈ ℝ, que


satisfaça as condições dadas.

10. Determine a função cujo gráfico passe pelo ponto (0, 1) e tal que a reta
tangente no ponto de abscissa x intercepte o eixo 0x no ponto de abscissa x
+ 1.

11. Determine uma função y = f (x), definida num intervalo aberto, satisfazendo
as condições dadas

12. Seja f : ℝ → ℝ derivável até a 2.ª ordem e tal que, para todo x,
f″ (x) = −f (x).

a) Mostre que, para todo x,

b) Conclua que existe uma constante E tal que, para todo x,

[ f′(x)]2 + [f (x)]2 = E.

13. Sejam f (t), g (t) e h (t) funções deriváveis em ℝ e tais que, para todo t,

Suponha que f (0) = g (0) = h (0) = 1. Prove que, para todo t,

[ f (t)]2 + [g (t)]2 + [h (t)]2 = 3

14. Sejam f (t) e g (t) funções deriváveis em ℝ e tais que, para todo t,

Suponha, ainda, que f (0) = 0 e g (0) = 1. Prove que, para todo t, o ponto (f
(t), g (t)) pertence à elipse

10.2. PRIMITIVA DE UMA FUNÇÃO

Seja f uma função definida num intervalo I. Uma primitiva de f em I é uma


função F definida em I, tal que

f′(x) = f (x)

para todo x em I.
EXEMPLO 1. é uma primitiva de f (x) = x2 em ℝ, pois, para todo x em
ℝ,

Observe que, para toda constante k, também, primitiva de f (x)


= x 2. ■

EXEMPLO 2. Para toda constante k, F (x) = 2x + k é primitiva, em ℝ, de f (x) = 2,


pois,

f′(x) = (2x + k)′ = 2

para todo x. ■
Sendo F uma primitiva de f em I, então, para toda constante k, F (x) + k é,
também, primitiva de f. Por outro lado, como vimos na seção anterior, se duas
funções têm derivadas iguais num intervalo, elas diferem, neste intervalo, por uma
constante. Segue que as primitivas de f em I são as funções da forma f (x) + k, com k
constante. Diremos, então, que

y = f (x) + k, k constante,

é a família das primitivas de f em I. A notação será usada para representar a


família das primitivas de f:

= f (x) + k.

Na notação , a função f denomina-se integrando. Uma primitiva de f


será, também, denominada uma integral indefinida de f. É comum referir-se a
como a integral indefinida de f.

Observação. O domínio da função f que ocorre em deverá ser sempre um


intervalo; nos casos em que o domínio não for mencionado, ficará implícito que se
trata de um intervalo.
EXEMPLO 3. Calcule.

Solução

b) O integrando é a função constante f (x) = 1. Então

∫ dx = ∫ 1 · dx = x + k

pois, (x)′ = 1. ■

EXEMPLO 4. Calcule ∫ xα dx, em que α ≠ −1 é um real fixo.

Solução

EXEMPLO 5. Calcule

Solução

ou seja,
e, portanto,

EXEMPLO 6. Calcule
Solução

ou seja,

EXEMPLO 7. Calcule
Solução

ou seja,

e, portanto,

EXEMPLO 8. Calcule
Solução
pois
Seja α um real fixo. Dos Exemplos 4 e 8 resulta

EXEMPLO 9. Calcule

Solução

ou seja,

EXEMPLO 10. Seja α um real fixo, α ≠ 0. Calcule


Solução

EXEMPLO 11. Calcule.


Solução

EXEMPLO 12. Determine y = y (x), x ∈ ℝ, tal que

Solução

Assim,

Vimos, ao final da seção anterior, que se f′(x) = G′ (x) para todo x no intervalo I e
se, para algum x0 em I, F (x0) = G (x0), então, f (x) = G (x) em I. Segue deste
resultado que se f admitir uma primitiva em I e se x0, y0 forem dois reais quaisquer,
com x0 ∈ I, então existirá uma única função y = y (x), x ∈ I, tal que

EXEMPLO 13. Determine a única função y = y (x), definida em ℝ, tal que

Solução
A condição y (0) = 2 significa que, para x = 0, devemos ter y = 2. Vamos
determinar k para que esta condição esteja satisfeita.
Substituindo, então, em x por 0 e y por 2, resulta k = 2. Assim,

EXEMPLO 14. Determine a função y = y (x), x ∈ ℝ, tal que

Solução

Assim,

Para se ter é preciso que k1 = 0. Assim,

daí

Para k2 = 1, a condição inicial y (0) = 1 se verifica. Assim,


EXEMPLO 15. Uma partícula desloca-se sobre o eixo x e sabe-se que no instante t,
t ≥ 0, a velocidade é v (t) = 2t + 1. Sabe-se, ainda, que no instante t = 0 a partícula
encontra-se na posição x = 1. Determine a posição x = x (t) da partícula no instante t.

Solução

Temos:

Para k = 1, teremos x = 1 para t = 0. Assim,

x (t) = t2 + t + 1. ■

Exercícios 10.2

1. Calcule.
2. Seja α ≠ 0 um real fixo. Verifique que

3. Calcule.
4. Verifique que

5. Determine a função y = y (x), x ∈ ℝ, tal que


6. Determine a função y = y (x), x > 0, tal que

7. Uma partícula desloca-se sobre o eixo x com velocidade v (t) = t + 3, t ≥ 0.


Sabe-se que, no instante t = 0, a partícula encontra-se na posição x = 2.

a) Qual a posição da partícula no instante t?


b) Determine a posição da partícula no instante t = 2.
c) Determine a aceleração.

8. Uma partícula desloca-se sobre o eixo x com velocidade v (t) = 2t − 3, t ≥ 0.


Sabe-se que no instante t = 0 a partícula encontra-se na posição x = 5.
Determine o instante em que a partícula estará mais próxima da origem.

9. Uma partícula desloca-se sobre o eixo x com velocidade v (t) = at + v0, t ≥


0 (a e v0 constantes). Sabe-se que, no instante t = 0, a partícula encontra-se
na posição x = x0. Determine a posição x = x (t) da partícula no instante t.

10. Uma partícula desloca-se sobre o eixo x com função de posição x = x (t), t
≥ 0. Determine x = x (t), sabendo que
11. Esboce o gráfico da função y = y (x), x ∈ ℝ, sabendo que

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