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1 ) TUBO CAPILAR
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entrada do capilar. A redução de massa admitida no evaporador acarretará
um decréscimo na pressão de sucção do compressor e o acúmulo de líquido
no condensador diminuirá a superfície ativa de troca de calor acarretando
um acréscimo na temperatura e pressão de condensação. Assim o efeito
líquido do aumento da resistência hidráulica do tubo é diminuir a pressão
de evaporação e aumentar a pressão de condensação. Como as duas
condições citadas aumentam a capacidade de escoamento do capilar e
diminuem a capacidade do compressor será atingido um novo ponto de
equilíbrio em que a vazão que escoa pelo capilar é igual à capacidade de
bombeamento do compressor. Neste caso, a condição de equilíbrio ocorrerá
com uma pressão de evaporação menor e uma pressão de condensação
maior que as desejadas no projeto.
Inversamente se a resistência hidráulica for pequena, isto é, comprimento
pequeno e diâmetro grande a capacidade de escoamento do tubo será maior
que a capacidade de bombeamento do compressor na condição de projeto o
que poderá ocasionar excesso de líquido chegando ao evaporador com
possibilidade de entrada de líquido no compressor. Da mesma forma não
haverá selo de líquido na saída do condensador podendo ocorrer a entrada
de mistura de duas fases no capilar o que reduzirá a capacidade frigorífica
do sistema. Também, devido ao excesso de vazão, o compressor não
reduzirá a pressão de evaporação até o valor desejado.
Conclui-se, portanto que no processo de seleção do capilar deve-se
garantir que a capacidade de escoamento do tubo seja a mais próxima
possível da capacidade de bombeamento do compressor para que sejam
mantidas as condições de projeto desejadas.
As principais vantagens do tubo capilar são seu baixo custo, inexistência
de partes móveis e uso de motores elétricos de baixo conjugado de partida
por permitir a equalização das pressões de alta e baixa durante as paradas
do sistema.
Suas principais desvantagens são a facilidade de obstrução devido a seu
diâmetro pequeno exigindo um filtro secador na sua entrada para prevenir a
entrada de água e partículas sólidas, permitir a passagem de líquido para o
evaporador durante as paradas do sistema possibilitando a entrada de
líquido no compressor, o que exige uma carga de gás mínima do sistema
que garanta as necessidades do evaporador e mantenha um selo de líquido
no condensador .
Seu uso é recomendado para pequenas capacidades frigoríficas ( até 10
kW segundo um fabricante) particularmente em instalações com
compressores herméticos menos sujeitas a vazamentos de refrigerante que
poderiam interferir na quantidade da carga mínima necessária a sua
operação.
2) Válvulas
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O princípio de funcionamento das válvulas difere do capilar ocorrendo o
decréscimo de pressão quando o fluido escoa por um orifício de diâmetro
pequeno. Assim, considerando o orifício como um volume de controle com
uma superfície de controle na sua vizinhança imediata de saída e admitindo
que nesta secção o refrigerante continue ainda na fase líquida, o
escoamento pode ser considerado incompressível.Portanto pela equação da
conservação da massa a velocidade do fluido aumenta e em conseqüência
pela equação de Bernoulli a pressão diminui.
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pressão de evaporação agindo na parte inferior do diafragma tende
a fechar o orifício e a pressão da mola, agindo na parte superior do
diafragma, tende a abrir o orifício. A haste estará em equilíbrio
quando a pressão da mola (pM) for igual à pressão de evaporação
(pEV) e neste caso a vazão através o orifício será a necessária para
absorver a carga térmica de projeto.
Uma vez ajustada a pressão da mola sua operação será
automática fornecendo a quantidade de refrigerante necessária a
manter a pressão de evaporação de acordo com as variações de
carga no evaporador. Por exemplo, admitamos que a pressão da
mola seja ajustada para manter no evaporador uma pressão de 3
bar. Sempre que a pressão de evaporação decrescer devido a uma
diminuição da carga térmica a pressão da mola excede a pressão
de evaporação aumentando a área de passagem do orifício
aumentando, portanto a quantidade de refrigerante que passa para
o evaporador. Em conseqüência a taxa de evaporação aumenta e
com ela a pressão de evaporação até ser atingido o equilíbrio
quando pM for igual a pEV.
É importante observar que quando o compressor pára a válvula
se fecha totalmente. Isto se deve a dois efeitos. Primeiro: a
vaporização continua no evaporador por um curto intervalo de
tempo mesmo após o compressor deixar de funcionar por ação do
sistema de controle. Segundo: o vapor não é removido devido à
parada do compressor. Em conseqüência a pressão de evaporação
aumenta superando a pressão da mola fechando a válvula. Quando
o compressor volta a funcionar a pressão de evaporação é
imediatamente reduzida prevalecendo a pressão da mola que abre
a válvula.
A válvula de expansão automática apresenta a desvantagem de
reduzir a vazão de refrigerante quando a carga térmica aumenta e
aumentar a vazão quando a carga térmica diminui sendo, portanto
mais indicada em aplicações em que as variações de carga térmica
são pequenas.
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Figura 3: Válvula de expansão termostática
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diafragma ou fole, uma haste que se apóia no diafragma, o
obturador de forma cônica, o orifício com sua sede onde se apóia o
obturador, a mola e o parafuso de regulagem que permite variar a
tensão da mola. A cabeça da válvula está ligada a um tubo de
pequeno diâmetro na extremidade do qual fica o bulbo termostático
que armazena um fluido chamado carga termostática.
Admitiremos que a região constituída pelo bulbo termostático,
tubo e a região acima do diafragma contém o mesmo fluido do
sistema frigorífico e que em toda faixa de operação da válvula o
fluido permanece como uma mistura líquido-vapor. Pode-se admitir
ainda que a região descrita tenha volume constante considerando
pequenas as variações de posição do diafragma. O bulbo
termostático é montado na saída do evaporador fazendo bom
contacto térmico com a linha de sucção de tal forma que se pode
supor que a temperatura do fluido do bulbo é a mesma do
refrigerante do sistema na região do contacto.
Observa-se da figura que o refrigerante na fase líquida vindo do
condensador passa pelo filtro e se expande desde a pressão de
condensação até a pressão de evaporação ao escoar pelo orifício.
Verifica-se também que a pressão do bulbo ( pB ) age na parte
superior do diafragma tendendo a abrir a válvula, a pressão de
evaporação ( pEV ) age na parte inferior do diafragma tendendo a
fechar a válvula e a pressão da mola ( pM ) age sobre a haste da
válvula tendendo também a fechar a válvula. Como a área do
diafragma é constante a equação de equilíbrio em função das
pressões que agem nele é:
pB = pEV + pM
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Se a carga térmica diminui a vaporização terminaria após o ponto
B, o superaquecimento diminuiria, a temperatura no ponto C seria
menor e em conseqüência a temperatura do fluido do bulbo
diminuiria com o conseqüente decréscimo de pB. Portanto a haste
da válvula subiria diminuindo a vazão de refrigerante. A vaporização
voltaria a terminar em B mantendo assim o superaquecimento
constante.
A válvula de expansão mantém, pois o superaquecimento
constante. Porém o acréscimo de carga térmica aumenta a pressão
de evaporação e em conseqüência aumenta a temperatura de
evaporação e um decréscimo na carga térmica diminui a pressão de
evaporação e em conseqüência diminui a temperatura de
evaporação. O exemplo 1 abaixo mostra o cálculo da pressão da
mola para que seja garantido um determinado valor de
superaquecimento.
Pressão de evaporação
Temperatura no bulbo
tB = 20 + 10 = 30oF = -1.1oC
Pressão no bulbo
Pressão da mola
40.79 = 33.14 + pM pM = 7.65 psi = 52 kPa
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temperatura de evaporação vale – 20oF( - 28,8oC ). Calcular o
superaquecimento fornecido pela válvula.
Solução
Pressão de evaporação
Pressão no bulbo
Temperatura no bulbo
tB = - 1.41oF
Superaquecimento
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2.2.2 Funcionamento da válvula com equalização externa.
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efeito da perda de carga no evaporador. O exemplo 3 abaixo
esclarece.
Exemplo 3: Calcular o superaquecimento da válvula da figura 5
admitindo que a pressão da mola é 7.65 psi (52 kPa) e que a perda
de carga no evaporador vale 5.28 psi (36 kPa).
Solução
Pressão no bulbo
TB = 23oF (-5oC)
Superaquecimento da válvula
SA = 23 – 12 = 11oF (6.1oC)
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A válvula com pressão máxima de operação é uma válvula de
expansão termostática cuja carga do bulbo termostático é limitada,
isto é, a partir de certa temperatura o fluido se vaporiza totalmente
tornando-se um vapor superaquecido. Neste caso como se pode
observar em um diagrama pressão-entalpia na região de
superaquecimento, variações de temperatura ocasionam pequenas
variações de pressão devido à pequena inclinação das linhas de
volume constante o que limita o movimento da haste da válvula.j
Admitamos que a válvula mostrada na figura 1 tenha que operar
com uma pressão máxima de evaporação de 40 psia ( 272 kPa).
Como a pressão da mola é 7.65 psi a pressão no bulbo quando é
atingida a pressão máxima de operação é 47.65 psia (40 + 7.65) e
nesta condição a temperatura no bulbo é 37.5oF. A partir desta
temperatura qualquer superaquecimento adicional do vapor na
saída do evaporador terá pouco efeito na pressão do bulbo o que
impedirá abertura excessiva da válvula limitando, portanto a vazão
de refrigerante que circula no evaporador.
A válvula com pressão máxima de operação previne a entrada
excessiva de líquido no evaporador quando o compressor parte,
como explicado no item 2.2.1. Impede também a sobrecarga do
motor elétrico do compressor quando o sistema opera com carga
elevada o que pode acarretar aumentos excessivos na pressão e
temperatura de evaporação.
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Este tipo de válvula é particularmente usado em sistemas com
evaporadores inundados e não será objeto de nosso estudo.
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o superaquecimento da válvula de expansão termostática. A curva
pode também ser apresentada em função da vazão que passa pela
válvula. Associa-se à válvula de expansão termostática três tipos de
superaquecimento: superaquecimento estático, superaquecimento
de abertura e superaquecimento operacional indicados na figura 6.
Superaquecimento estático é aquele abaixo do qual a válvula
permanece fechada ou acima do qual a válvula inicia a abrir ( static
superheat -SS).
Superaquecimento operacional é aquele acima do estático para a
válvula atingir sua capacidade nominal ( operational superheat-OS)
Superaquecimento de trabalho é a soma superaquecimento
estático com o operacional.
A válvula é especificada com uma capacidade nominal de 80% de
sua capacidade máxima mantendo-se uma capacidade de reserva
para atender às sobrecargas do sistema.
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Ciclagem, conhecida como hunting, é uma condição anormal de
operação caracterizada por uma alternância de ação da válvula, isto
é, ela abre e fecha não mantendo sua condição nominal de
operação constante o que resulta em uma superalimentação ou
subalimentação de refrigerante líquido no evaporador em um
intervalo de tempo pequeno. Como conseqüência ocorre também
uma flutuação no valor da pressão e temperatura de saturação do
refrigerante o que conduz normalmente a um decréscimo na
pressão de sucção acarretando uma diminuição da capacidade
frigorífica. A ciclagem pode ser ocasionada, por exemplo, por um
orifício de válvula superdimensionado e grau de superaquecimento
pequeno.
m&
A= (2)
C D × 2 g c ρ ( pE −´ pS )
Q& EV
A= (3)
C D × ER 2 g c ρ ( p E − ´ p S )
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Verifica-se, pois da equação (3) acima que para a seleção da
válvula de expansão termostática são necessários os seguintes
parâmetros: capacidade frigorífica, diferencial de pressão na válvula
(∆p), temperatura de evaporação, temperatura de condensação,
temperatura do líquido na entrada da válvula e o refrigerante.
Indicando por pE e pS respectivamente as pressões na entrada e na
saída a perda de pressão ∆P é:
∆P = pE – pS
QN = Qo x Kt x K∆P (4)
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Capacidade frigorífica do sistema: 45 kW
Temperatura de evaporação: 5oC
Temperatura mínima de condensação: 30oC
Temperatura do líquido na entrada da válvula: 25oC
Perda de carga no distribuidor de líquido: 1 bar
Perda de carga na linha de líquido incluindo tubulações, válvula
solenóide, filtro secador: 0.5 bar.
Solução
Pressão de evaporação
pEV = 5.9 bar abs
Capacidade nominal
QN = 45 x 1.422 x 0.89 = 56.9 kW
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Q& N
A= (5)
C D × ERN 2 g c ρ N ( pE −´ pS ) N
Q& O
A= (6)
C D × ERO 2 g c ρ O ( pE −´ pS ) O
ERN ρ N ∆PN
QN = QO (7)
ERO ρ O ∆pO
ERN ρN ∆p N
onde corresponde à correção Kt e corresponde à
ERO ρO ∆pO
correção KP.
O exemplo 5 abaixo exemplifica o uso da expressão 7.
Solução
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h4 = = 251.87 kJ/kg
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Capacidade da válvula para seleção na tabela
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