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PONTO: BENS PÚBLICOS

1. GENERALIDADES

- Conceito: bens públicos são aqueles cujos titulares são pessoas jurídicas de
direito público. Art. 41 e Art. 98, do CC.
- São pessoas de direito público:
- No âmbito da administração pública direta: União, Estado, DF e Municípios
- No âmbito da administração pública indireta: Autarquias e Fundações Públicas

OBS.:
- O Art. 20 da CF, indica os bens pertencentes à União.
- Já o Art. 26 da CF, indica os bens pertencentes aos Estados.
- O rol dos artigos 20 e 26 da CF, é exemplificativo.
- Não há previsão constitucional dos bens dos municípios.

2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS

- Os bens públicos podem ser:

A) Bens de uso comum do povo.


B) Ex.: meio ambiente (Art. 225, da CF), ruas, praças etc.
- Art. 99, I, do CC.

C) Bens de uso especial: são bens que estão ligados a serviços e atividades
públicas. Art. 99, II, do CC.
- Ex.: prédios públicos, veículos oficiais, maquinário, terras indígenas
(ATUAIS).

D) Bens dominicais: são aqueles sem qualquer uso. Art. 99, III, do CC.
- Ex.: terras devolutas, terrenos de marinha e dívida ativa.

OBS1.: Os bens de uso comum do povo e os de uso especial são


considerados bens afetados/consagrados.

- Já os bens dominicais são considerados desafetados/desconsagrados.

OBS2.: É possível portanto, tanto a afetação quanto a desafetação.

OBS3.: Tanto a afetação quanto a desafetação, podem acontecer


mediante:

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I – Lei.

II – Ato administrativo. Ex.: decreto, portaria.

III – Fato administrativo: é um acontecimento. Ex.: incêndio,


terremoto, tsunami

OBS4.: Em si tratando de bens públicos imóveis, a desafetação somente


acontece por lei.

OBS5.: O simples não uso não desafeta o bem.

3. CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS

- Essas características acabam compondo o regime jurídico desses bens.

A) Impenhorabilidade: significa que o bem público não se sujeita à penhora.


Tanto assim, que a execução se dá por meio de precatório. Art. 100, da CF.

OBS.: Além dos bens públicos, os bens privados gozaram da


impenhorabilidade enquanto estiverem afetados pelo interesse
público.

- Não se tornam bens públicos. Ex.: carro alugado para polícia, frota
de ônibus de concessionária.

B) Imprescritibilidade: significa que não estão sujeitos a usucapião.


- Art. 183, §3º, da CF (imóvel público urbano).
- Art. 191, parágrafo único da CF (imóvel público rural).
- Art. 191, parágrafo único e Art. 102, do CC.
- Súmula 340, do STF.

C) Não oneráveis: significa que os bens públicos não podem ser onerados
com hipoteca, penhor, anticrese.

D) Inalienáveis: significa que os bens púbicos não podem ser vendidos.


- Art. 225, §5º, da CF.
- Art. 100, do CC.

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OBS1.: Das quatro características dos bens públicos, as três primeiras são
absolutas e a INALIENABILIDADE admite exceções.
- Isso porque, os bens públicos podem ser vendidos a terceiros à luz de
quatro condições ou requisitos, Art. 101, do CC:

I – Avaliação prévia.
II – Interesse público na venda.
III – Bem desafetado.
IV – Licitação.

- Art. 17, da lei 8.666/93.

OBS2.: Se o bem for móvel ou semovente a licitação será na modalidade


de leilão.
- Se o bem for imóvel a licitação será pela modalidade de concorrência.

OBS3.: O Art. 19 da lei 8.666/93, possibilita a venda de bens imóveis


mediante leilão, quando esses bens tiverem sido adquiridos pelo Estado através
de execução ou por meio de dação em pagamento.

OBS4.: Os bens públicos tombados são absolutamente inalienáveis. Art.


18, do decreto 25/37.

4. USO DOS BENS PÚBLICOS

A) O uso do bem público pode ser: normal ou anormal.

A.1) Uso normal: é quando se dá em conformidade com a destinação própria do


bem.
A.2) Uso anormal: é quando não estiver em conformidade com a destinação
própria do bem.

B) O uso do bem público pode ainda ser comum ou privativo.

B.1) Comum: quando é usado por todos.


- O uso comum pode ser gratuito ou remunerado, Art. 103, do CC.

- Não depende de consentimento público.

B.2) Privativo: quando apenas uma pessoa usa o bem.


- Depende do consentimento público.
- Esse consentimento se dá por:

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I – Concessão de uso: é uma espécie de contrato administrativo, precedido de
licitação, com prazo determinado.
- O poder público pode retomar o bem, mas com prévio pagamento de
indenização.

II – Permissão de uso: igual a autorização de uso.

III – Autorização de uso: trata-se de um ato administrativo, unilateral,


discricionário e precário.

- Unilateral: a vontade deriva unicamente do Estado.


- Discricionário: leva em conta a conveniência e oportunidade do Estado.
- Precário: não tem prazo, podendo ser revogado a qualquer tempo, sem
pagamento de indenização.

OBS1.: Diferença entre permissão e autorização:


- Na permissão, o interesse é coletivo e por isso obriga o uso.
- Na autorização, o interesse é do AUTORIZATÁRIO e não obriga o uso.

OBS2.: Às vezes, a autorização ou a permissão são dadas com prazo


preestabelecido. Nessas situações, teremos uma autorização ou uma permissão
qualificada.

- Esse prazo preestabelecido retira o caráter precário.


- Por isso é que, nessas hipóteses, a revogação antecipada dará direito a
indenização.

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QUESTÕES PARA TREINO

1- O prédio que abrigava a Biblioteca Pública do Município de Molhadinho foi


parcialmente destruído em um incêndio, que arruinou quase metade do acervo
e prejudicou gravemente a estrutura do prédio. Os livros restantes já foram
transferidos para uma nova sede.
O Prefeito de Molhadinho pretende alienar o prédio antigo, ainda cheio de
entulho e escombros. Sobre o caso descrito, assinale a afirmativa correta.
A. Não é possível, no ordenamento jurídico atual, a alienação de bens públicos.
B. O antigo prédio da biblioteca, bem público de uso especial, somente pode ser
alienado após ato formal de desafetação.
C. É possível a alienação do antigo prédio da biblioteca, considerando a sua
desafetação mediante lei e em razão do incêndio (fato administrativo).
D. Por se tratar de um prédio com livre acesso do público em geral, trata-se de
bem público de uso comum, insuscetível de alienação.

2- Determinado município é proprietário de um extenso lote localizado em área


urbana, mas que não vem sendo utilizado pela Administração há anos. Em
consequência do abandono, o imóvel foi ocupado por uma família de
desempregados, que deu à área uma função social.
O poder público teve ciência do fato, mas, como se tratava do final da gestão do
então prefeito, não tomou qualquer medida para que o bem fosse desocupado.
A situação perdurou mais de trinta anos, até que o município ajuizou a
reintegração de posse.
Sobre a questão apresentada, assinale a afirmativa correta.
A. O bem será classificado como de uso especial, caso haja a reintegração de
posse e o município decida construir uma grande praça no local anteriormente
ocupado pela família.
B. O terreno não estava afetado a um fim público, razão pela qual pode ser
adquirido por usucapião.
C. O poder público municipal não poderá alienar a área em questão, dado que
todos os bens públicos são inalienáveis.
D. O terreno é insuscetível de aquisição por meio de usucapião, mesmo sendo um
bem dominical.

3- Os bens públicos:
A. não podem ser utilizados pelo particular;
B. podem ser utilizados pelo particular mediante expropriação;
C. podem ser utilizados pelo particular mediante desafetação;
D. podem ser utilizados pelo particular mediante permissão de uso.

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4- Asdrúbal havia recebido permissão de uso de bem público para a instalação de
banca de jornal em praça aprazível do Bairro das Flores. Após 20 anos no mesmo
local, o Município entendeu que a banca de Asdrúbal atrapalhava o trânsito,
tendo em vista o crescimento do comércio no bairro.
Para retirar a banca de Asdrúbal, o Município deve
A. revogar a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à
indenização.
B. anular a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à
indenização.
C. revogar a permissão de uso de bem público, não tendo Asdrúbal direito à
indenização.
D. anular a permissão de uso de bem público, concedendo a Asdrúbal direito à
indenização.
E. proceder à cassação da permissão de uso de bem público, realizando uma
apuração de haveres para certificar-se de que Asdrúbal terá direito à indenização.

5- Um determinado prédio público, situado na Rua das Flores do Município de


São José dos Campos, funcionava como Creche Municipal, e em razão de um
grande abalo sísmico, o imóvel ficou totalmente destruído e sem destinação,
tendo sido a Creche transferida para outro imóvel público, situado na Alameda
dos Sabiás.
A partir desse fato hipotético, assinale a alternativa correta.
A. O fato da natureza (abalo sísmico) determinou a desafetação do prédio da Rua
das Flores como bem de uso especial para a categoria de bem dominical.
B. A Creche da Rua das Flores tinha afetação ao uso comum, permanecendo nessa
condição, apesar do acidente geográfico e não mais funcionar como repartição
pública.
C. Com a destruição do imóvel da Rua das Flores, houve sua desafetação como
de uso especial, trespassando-se automaticamente como imóvel com afetação
ao uso comum.
D. A desafetação do imóvel da Rua das Flores como de uso comum somente
poderá ocorrer por meio de lei expressa nesse sentido.
E.O imóvel da Alameda dos Sabiás, com a transferência da Creche, passou a ser
considerado bem dominical.

6- Determinado terreno público foi irregularmente ocupado por famílias de baixa


renda há cerca de 40 (quarenta) anos. Pretendendo a regularização dominial da
área, a associação de moradores ingressou com ação de usucapião.
Não obstante a decisão dependa de apreciação do Poder Judiciário, pode-se
afirmar que
A. há possibilidade de êxito em razão da prova do tempo de ocupação e do
caráter social da demanda.

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B. não há possibilidade de êxito em razão da imprescritibilidade dos bens
públicos, que não podem ser usucapidos.
C. não há possibilidade de êxito em razão da impenhorabilidade dos bens
públicos.
D. há possibilidade de êxito se comprovada a boa-fé dos ocupantes e a constância
da ocupação.
E. há possibilidade de êxito se a associação autora representar número de
ocupantes suficientes para comprovar a posse justa e de boa-fé na totalidade da
área descrita.

7- Em razão da crise financeira derivada, dentre outros fatores, da sensível queda


de arrecadação, determinado município colocou em execução programa de
alienação de imóveis que não estavam efetivamente destinados a finalidades
públicas.
Em se tratando de bens dominicais e estando devidamente justificada a medida:
A. inexiste vedação legal à alienação, observada a necessidade de lei autorizativa
para as vendas, bem como prévia avaliação, vedada a destinação da receita
obtida com os negócios jurídicos para custeio de despesas correntes.
B. é viável o programa, mediante previsão legal autorizando a alienação onerosa
dos bens, desde que o seja pelo valor de mercado e que a receita da venda se
destine a investimentos ou, excepcionalmente, a despesas de pessoal no caso de
já configurada mora do ente.
C. admite-se a alienação dos bens exclusivamente para outros entes públicos, em
razão da impenhorabilidade, imprescritibilidade e inalienabilidade que grava o
patrimônio público imobiliário, o que ficaria preservado na titularidade de outra
pessoa jurídica de direito público.
D. não guarda fundamento legal a medida proposta, tendo em vista que não é
permitido o emprego da receita de alienação de imóveis em despesas correntes
ou previdenciárias, o que descontrói a motivação do ato pretendido. E.
estabelece-se escala de preferências para emprego da receita de capital oriunda
da venda dos imóveis, sendo prioridade o pagamento da folha de pessoal, ativos
e inativos, bem como a aplicação em novos investimentos.

8- Ernesto possuía uma grande área de terra, que estava em frente a uma avenida
e confrontava, nos fundos, com a praia da região e, dos lados, com um prédio do
Estado que abrigava uma repartição pública e com um terreno do Estado
abandonado há décadas. Em determinado dia, recebeu correspondência da
secretaria de obras informando que a cerca que estava construindo para garantir
a segurança de sua propriedade invadira um bem dominical ali existente.
É correto afirmar que tem a natureza jurídica de bem dominical
A. apenas a avenida;
B. apenas a praia;
C. a praia e a avenida;

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D. o prédio que abriga a repartição pública;
E. o terreno abandonado.

9-O ato administrativo pelo qual a administração pública consente que o


particular, com atendimento exclusivo ao seu próprio interesse, utilize bem
público de modo privativo denomina-se
A. permissão de uso.
B. concessão de uso.
C. autorização de uso.
D. permissão de uso especial.

10- Paulo, proprietário de terreno lindeiro a uma área abandonada de


titularidade da União, passou a ocupar e exercer a vigilância da referida área, sem
sofrer qualquer oposição da União.
Considerando o regime jurídico dos bens públicos, Paulo.
A. não poderá usucapir a área, haja vista a impossibilidade de oneração dos bens
públicos, que só pode ser afastada por lei específica.
B. poderá usucapir a área, observados os prazos e requisitos legais, desde que a
mesma não esteja afetada a finalidade pública específica.
C. poderá usucapir a área, mediante o instituto da in- vestidura, se comprovado
que o terreno é inaproveitável.
D. não poderá usucapir a área, haja vista a imprescritibilidade dos bens públicos,
seja qual for a sua natureza.
E. somente poderá usucapir a área se a mesma for remanescente de
desapropriação ou de obra pública e não comportar, isoladamente,
aproveitamento para edificação urbana.

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GABARITO

1. C
2. D
3. D
4. C
5. A
6. B
7. A
8. E
9. C
10.D

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