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CONTORNO SÃO SEBASTIAO

DESMONTE CONTROLDO EM ÁREAS URBANAS


Dimensionamento de plano fogo para desmonte controlado
Estaca 3172

I - Considerações
Para que se possa realizar escavações em rocha com explosivos em áreas residências,
os pontos fundamentais para controle dos riscos a serem considerados são o
dimensionamento do plano e os procedimentos de execução. Os dois riscos principais
que devem ser controlados no dimensionamento são o lançamento de fragmentos fora
da área de desmente para não causar acidentes e nem danos materiais e as vibrações
em residências vizinhas, seja por ondas sísmicas ou sobrepressão do ar (air blasting).
Já os aspectos ambientais como poeira e o ruído, são controlados através dos
procedimentos de execução.
O plano de fogo para o controle eficaz dos aspectos mencionados deve contemplar:
 Furacão com diâmetro menor ou igual a 2”.
 Baixa razão de carga (comparando com fogos de produção rotineira), abaixo de
0,450 kg/m3.
 Altura de bancada menor que 5,0 m.
 Tamponamento dos furos com material de alta resistência dinâmica (pedrisco
do britador)
 Iniciação pontual no fundo do furo para direcionar o movimento inicial da
expansão dos gases para baixo.
 Explosivos de baixa sensibilidade a impactos.
 Fragmentação adequada e arranque do pé da bancada para não dificultar a
limpeza do material detonado e evitar os fogachos.
 Cobertura da área a ser tomada com material suficiente para controle de 100%
dos fragmentos e sobrepressão do ar.
 Controle sismográfico de todas as detonações.
A cobertura da área tem papel fundamental no controle dos riscos e só pode ser feita
com o material adequado e por profissional com experiência comprovada nesse tipo
de desmonte. A capa de cobertura pode dividida em duas, sendo que a primeira, a que
vai em contato com a linha de ligação dos acessórios explosivos nos furos, deve ser
completamente livre de material rochoso (argila ou areia natural, ou artificial) e a
segunda com material misto.

II – Dimensionamento do plano de fogo


De acordo com as considerações feitas, o plano foi calculado como mostrado nas
Figuras 1, 2 e 3, seguintes:

Figura 1. Dimensionamento da geometria do plano de fogo.


Figura 2. Estimativa da velocidade de vibração e esquema da capa de cobertura.
Figura 3. Cálculo da espessura da cobertura e resumo do plano.

Nota: A fórmula empírica, baseada em experiências acumuladas tem uso restrito aos
desmontes devidamente controlados (tampão, face da bancada, razão de carga,
iniciação pontual no fundo do furo e diâmetro pequeno).
III – Considerações sobre os aspectos ambientais – vibrações
As vibrações são movimentos oscilatórios causados pela passagem das ondas sobre um
determinado meio. No caso de detonações, as vibrações são decorrentes das ondas
sísmicas que se propagam através do meio sólido (rocha ou solo), cuja intensidade em
um determinado ponto de observação depende da quantidade de energia gerada na
fonte, da distância a esse ponto e da capacidade de amortização do meio. As vibrações
podem causar danos estruturais em residências e desconforto humano. Em se tratando
de detonações próximas a áreas residências, o controle se faz na fonte, limitando a
quantidade de energia liberada, que no caso é a carga explosiva máxima por espera. Os
registros sismográficos são feitos nos pontos de observação, utilizando sismógrafos
portáteis com recursos para registrar e gravar todos os eventos associados aos
movimentos vibratórios.

Critérios e normas
Os principais parâmetros para controle de danos estruturais causados por vibrações
são a velocidade de vibração de partículas e a frequência do movimento, como
ilustrado no gráfico representativo do critério da ABNT, 2005. Esse critério da ABNT,
2005 tem como referência o RI 8507 do USBM, porém como na realidade brasileira é
comum encontrar construções executadas sem nenhum controle técnico de qualidade,
é necessário restringir mais os valores máximos de velocidade de vibração de
partículas. Por este motivo a CETESB, COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO
AMBIENTAL - Norma D7.013 - Mineração por explosivo. São Paulo: 1992. 7 p. estabelece
4.2 mm/s como limite máximo de velocidade de vibração de partículas para áreas
urbanas, sem considerar a frequência do movimento, como mostrado na Figura 4.

Figura 4. Critério de danos para velocidade de vibração de partículas. ABNT, 2005 e CETESB,
Norma D7.013
A estimativa das velocidades de vibração de partículas, V, pode ser feita através da
equação proposta por Devine, 1966.

V = K (R/(CME)0.5)-n
Onde R é a distância da fonte ao ponto de observação, em metros, K é um fator de
transmissão de energia, CME é a carga máxima por espera, em kg e n é o expoente que
relativo a capacidade de amortização do meio.
Baseado em estudo realizados em situações semelhantes em outras obras, foi feita a
estimativa dos parâmetros K e n para o caso em questão, originando a equação,

V = 370 (R/(CME)0.5)-1.26
Esses dados estão em conformidade com W.M. Yan et al. / International Journal of Rock
Mechanics & Mining Sciences 59 (2013) 160–165.

Figura 5. Distribuição dos parâmetros modelados para uma série de dados. W.M. Yan et al
(2013).

Os pontos de maior atenção, seja por proximidade ou por precariedade da estrutura


são os mostrados na Figura 6. Como procedimento de segurança, os moradores das
residências mais próximas serão orientados a saírem das casas no momento da
detonação e irem até um ponto seguro.
Figura 6. Pontos de maior atenção.

IV - Conclusões e recomendações
Considerando o que foi exposto é possível executar o desmonte com explosivo de forma
controlada neutralizando todos os riscos associados. O controle de ultra lançamentos
de fragmentos e a pressão do ar detonação serão feitos através da cobertura de cerca
de 2 m de material sobre a área do fogo, sendo a metade composta por material livre
de fragmentos rochosos (areia natural ou artificial ou argila). O controle de vibrações
se fará mantendo a carga por espera em 3,60 kg, que correspondem a carga de 1 furo.
V – Recursos necessários
Os desmontes controlados requerem muito mais recursos que os normais e para a
situação em questão se prever:

Materiais:
 Um metro cúbico de areia ou argila de cobertura para cada 1.1 m3 de rocha
detonada in situ.
 Um metro cúbico de material misto de cobertura para cada 1.1 m3 de rocha
detonada in situ.
 Movimentação da rocha detonada da frente da bancada e depois recolocada
para verificar o pé da bancada (se existe repé). Cerca de 0.8 m3 para cada 1 m3
de rocha detonada in situ.
 Pedrisco < 10 mm para tamponamento.
 Emulsão encartuchada de 11/2” x 24” - 3.6 kg / furo (0.419 kg/m3).
 Cordel NP 60 para desmonte cuidadoso no talude (smooth blasting) – 3.7 ml por
furo ou 0.431 ml/m3.
 Iniciador pontual não elétrico de cargas explosivas – 1 em para cada furo ou
0.1165 unid/m3.
 Cordel detonante NP 5 para ligação de superfície – 3.33 m para cada furo (0.388
ml/m3).
 Iniciador não elétrico tipo led line de 300 m com caneta iniciadora.

Equipamentos e instrumentos:
 01 Escavadeira
 01 Carregadeira (para cobertura do fogo)
 02 Caminhões
 01 Perfuratriz pneumática
 01 Compressor
 01 Sismógrafo digital
Mao-de-obra direta:
 01 operador de escavadeira
 01 operador de carregadeira
 01 operador perfuratriz
 02 motoristas
 01 cabo de fogo (blaster)
 03 ajudantes (2 ajudantes só para o carregamento de fogo e 1 para perfuratriz)

Osmerivaldo de Sá Alves
Engenheiro de minas

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