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Universidade Federal de Minas Gerais

Instituto de Ciências Exatas
Colegiado de Coordenação Didática do Bacharelado em Sistemas de Informação

Projeto Pedagógico do
Bacharelado em Sistemas de Informação

Março de 2008

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1. Concepção do Curso

1.1  Contexto

A   tecnologia   de   informação   é   um   elemento   estratégico   nas   organizações 


contemporâneas.   Soluções   tecnológicas   automatizam   processos   organizacionais   e   são 
fonte de vantagens competitivas pela análise de cenários, apoio ao processo decisório e 
definição e implementação de estratégias organizacionais. 

A área de computação continua crescendo e encontrando novas aplicações comerciais, 
industriais, profissionais  e pessoais.  Estudos  realizados  nos  Estados  Unidos  projetam 
carência de profissionais na área nos próximos anos. Segundo o relatório produzido pelo 
grupo   de   trabalho   em   Pesquisa   &   Desenvolvimento   da   Sociedade   Brasileira   de 
Computação  (SBC), “a formação de recursos  humanos no  Brasil nas áreas  relevantes 
para   tecnologias   de   informação   não   é   suficiente   para   atender   à   demanda   atual   e 
previsível, tanto em termos de quantidade como de qualidade”  [1].

A SBC, consciente do seu papel e da sua responsabilidade no desenvolvimento científico 
e   tecnológico   do   país,   tem   discutido   questões   pertinentes   à   formação   de   pessoal 
qualificado  na área de  Computação  e Informática. Entre muitas de  suas  frentes, tem 
discutido   diretrizes   curriculares,   investido   em   currículos   de   referência,   discutido   a 
profissão e realizado vários eventos na área de educação, de cujos anais este projeto se 
nutriu. Os eventos WEI (Workshop de Ensino de Informática) e os "Cursos de Qualidade 
de Cursos de Graduação", iniciativas da Comissão de Educação da  SBC, são referências 
importantes.   Muito   do   que   foi     discutido   e   decantado   em   tais   eventos   encontra­se 
cristalizado neste projeto. Assim, ele adere adequadamente aos requisitos do currículo 
de referência da SBC. Elementos divulgados pela Association for Computing Machinery, 
Association   for   Information   Systems  e  Association   of   Information   Technology 
Machinery    também   podem   ser   identificados   na   proposta,   principalmente   aqueles 
pertinentes à  estrutura do currículo. Cumpre acrescentar que houve iterações com  os 
responsáveis   por   cursos   semelhantes   em   outras   instituições   públicas;   em   particular, 
ressaltamos a contribuição do bacharelado da USP em São Carlos.
 
De   acordo   com   as   diretrizes   curriculares   da   área   de   computação   e   informática 
preconizadas   pela  SBC,   os   cursos   da   área   podem   ser   divididos   em   quatro   grandes 
categorias, não equivalente entre si:

• os cursos que têm predominantemente a computação como atividade fim;
• os cursos que têm predominantemente a computação como atividade meio;
• os cursos de Licenciatura em Computação e 
• os cursos de Tecnologia (cursos seqüenciais).

Os  cursos  que têm  a computação  como  atividade fim  visam  a formação de recursos 


humanos para o desenvolvimento científico e tecnológico da computação. Os egressos 
desses   cursos   devem   estar   situados   no   estado   da   arte   da   ciência   e   da   tecnologia   da 
computação,   de   tal   forma   que   possam,   ou   continuar   suas   atividades   na   pesquisa, 
promovendo   desenvolvimento   científico,   ou   aplicar   os   conhecimentos   científicos, 

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promovendo   o   desenvolvimento   tecnológico.   Esses   cursos   são   denominados   de 
Bacharelado em Ciência da Computação ou Engenharia de Computação. A UFMG atua 
na   formação   dessa   categoria   de   profissionais.   O   Bacharelado   em   Ciência   da 
Computação,   vinculado   ao  DCC,   juntamente   com   o   programa   de   pós­graduação   nos 
níveis  de  mestrado  e   doutorado,  ocupam  esse  espaço.  Os   cursos  de   Licenciatura  em 
Computação   visam   formar   educadores   para     ensino   médio   em   instituições   que 
introduzem a Computação em seus currículos. 

Os  cursos de Tecnologia, nos  termos  da legislação, são cursos de nível superior que 


visam  atender necessidades  emergenciais do  mercado  de trabalho e, por isso, são de 
curta   duração   e   terminais.   Uma   vez   atendida   a   demanda   de   profissionais,   os   cursos 
devem ser extintos.

Já   os   cursos   que   têm   a   computação   como   “atividade   meio”   visam   a   formação   de 
recursos humanos para desenvolver e aplicar tecnologias da computação na solução de 
problemas e questões da sociedade e, em particular, das organizações. Eles é que são 
denominados   Bacharelados   em   Sistemas   de   Informação.   São   importantes   para   o 
mercado de trabalho corrente. Segundo a  SBC, estima­se que o mercado necessite de 
50%   a   75%   de   egressos   desses   cursos   sobre   o   total   de   egressos   necessários   para   o 
mercado de computação [6]. 

Com   o   crescimento   econômico   da   informação   e   a   sua   difusão   por   todas   as   funções 


organizacionais,   os   empreendimentos   estão   continuamente   sendo   transformados, 
demandando, mais do que nunca,   profissionais qualificados. Falhas nos sistemas que 
automatizam   processos   e   a   utilização   inadequada   da   tecnologia   disponível   geram 
dispêndio   desnecessário   de   recursos,   elevados   prejuízos   e   têm   o   potencial   de   afetar 
segmentos significativos da sociedade. Acrescente­se o fato de que profissionais com 
conhecimentos   que   apoiam   a   inovação,   o   planejamento   e   gerenciamento   da   infra­
estrutura de informação e a coordenação dos recursos de informação podem contribuir 
de forma contundente para agregar valor às organizações  nas  quais  estão inseridos  e 
promover   a   inserção   da   tecnologia   da   informação   na   sociedade   como   um   todo, 
promovendo uma melhoria na qualidade de vida e no acesso à informação e aos recursos 
da tecnologia da informação.

No conjunto das Instituições de Ensino Superior particulares, em geral, o  BSI é a opção 
oferecida para a formação na área de computação e informática. São cursos recentes; 
começaram a surgir no país a partir de 1999. Caracterizam­se pela baixa qualidade e 
demanda estável, embora estejam se multiplicando país afora.

Por   outro   lado,   conceituadas   universidades   públicas   como  UNICAMP,  USP  e  UNESP 
criaram   bacharelados   em   Sistema   de   Informação   noturnos.   A   experiência   dessas 
instituições mostrou que cursos de computação    noturnos e com a duração de quatro 
anos   é   possível   e   atraente.   Acrescente­se   o   fato   de   que   a   criação   destes   cursos   é 
oportuna e está na agenda das discussões sobre a atuação das Instituições de Ensino 
Superior públicas. 

O  BSI  pretende     suprir   uma   lacuna   existente   na   sociedade,   e   consequentemente   no 


mercado, de profissionais com consciência do potencial da tecnologia da informação e o 

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impacto que ela pode ter na sociedade. Os relatórios de avaliação dos  cursos de Sistema 
de Informação elaborados sob a égide da extinta Comissão de Especialistas em Ensino 
de Informática (CEEInf) da  SESu­MEC,  expõem   a realidade   em que são formados os 
recursos humanos na área. A maior parte dos cursos recomendados recebeu o conceito 
"C".  Este fato torna­se mais grave quando se verifica que o montante de recursos que 
uma instituição de ensino  superior   tem  de mobilizar para auferir tal conceito não é 
exagerado; bastam uma pequena biblioteca, um corpo docente com alguma qualificação 
e laboratórios minimamente aparelhados.

O  BSI  foi concebido levando em consideração a existência do bacharelado em Ciência 
da   Computação   na  UFMG.   Na   medida   do   possível,   serão   compartilhados   recursos   e 
disciplinas.   Com   este   condicionante   e   em   função   de   características   e   necessidades 
específicas da área de computação, esta proposta contempla um curso vespertino;  o  BSI 
é oferecido no final da tarde e início da noite.

A área de Sistemas de Informação é muito ampla no que diz respeito à tecnologia e às 
respectivas   formas   de   aplicação,   e   também   muito   dinâmica   devido   ao   surgimento 
constante   de   novas   tecnologias   e   mudanças   significativas   na   forma   de   atuação   das 
organizações   que   a   utilizam.   Torna­se   muito   atrativa   a   integração   do   BSI  com   os 
recursos   oferecidos   pela   Ciência   da   Informação,   unidade   da  UFMG  que   muito   pode 
contribuir com o sucesso do curso. Essa possibilidade, ausente em outras instituições de 
porte   que   possuem   um   bacharelado   em   Sistemas   de   Informação,   poderá   ser   um   dos 
grandes diferenciais do curso. 

Finalmente,   cumpre   constar   que   os   seguintes   critérios   ou   princípios   orientaram   a 


proposta do currículo:

- articulação entre teoria e prática, mantendo o conceito explorado no 
bacharelado em Ciência da Computação, onde  as atividades práticas 
e   de   laboratório     são   aspectos   fundamentais   do   curso,   de   forma   a 
permitir uma abordagem crítico­reflexiva dos conteúdos e saberes;
- estruturação do currículo de forma a ressaltar a interdisciplinaridade e
- flexibilidade,   tendo   em   vista,   tanto   as   características   evolutivas   e 
mutantes   da   Computação   e   áreas   afins,   quanto   as   várias 
possibilidades de atuação do egresso do BSI.

Conforme o Projeto Pedagógico Institucional da UFMG, no âmbito da graduação, cada 
um dos cursos deve ancorar­se numa proposta conceitual que indique o seu histórico, 
sua contextualização e o perfil profissional que é visado para o egresso.

Cada currículo, devidamente discutido nos conselhos superiores da UFMG, deve conter 
uma   dimensão   mais   universal   ou   básica   e   o   componente   mais   propriamente 
profissionalizante.

Entretanto, sem a criação de recursos e mecanismos que promovam atividades inter e 
multi­disciplinares, tão demandadas pelas profissões típicas das sociedades complexas e 
desenvolvidas, os currículos sofreriam um rápido processo de defasagem. Desta forma, 
os   currículos   devem   ser   compostos   a   partir   de   uma   política   curricular   institucional, 

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conforme disposto na Manifestação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão de 19 
de abril de 2001.

Mais   especificamente,   o   Projeto   Pedagógico   Institucional   (PPI)   do   Plano   de 


Desenvolvimento Institucional da UFMG (PDI) tem como objetivo aperfeiçoar, de modo 
permanente, a política de formação discente, mediante a avaliação do perfil acadêmico e 
profissional   do  formando  de  graduação   e  pós­graduação,  e  do  perfil  da  demanda  de 
formação   nas   diversas   instâncias   da   sociedade.   Para   tal,   são   elencadas   as   seguintes 
metas: 

­Expandir   as   matrículas   nos   cursos   de   graduação   e   pós­graduação   em   áreas   do 


conhecimento   inovadoras,   atendendo   a   demandas   sociais   relevantes   e   criando 
oportunidades adequadas de inclusão social;

­Efetivar plenamente o projeto pedagógico de flexibilização curricular;

­Ampliar  as possibilidades de participação do estudante em ações que contribuam para 
sua formação com relevância acadêmica e social;

­Intensificar   as   relações   de   cada   curso   com   a   respectiva   área   do   conhecimento   e   de 


atuação  profissional,   tendo  em   vista  a  introdução  de   práticas   mais  adequadas   para  a 
formação discente;

­Superar, de modo criativo e articulado, as dificuldades que se interponham à efetivação 
da proposta pedagógica de flexibilização curricular.

Para   que   essas   metas   sejam   atingidas,   propõem­se   as   seguintes   ações,   as   quais 
comentamos,   de   forma   individualizada,   à   luz   do   projeto   pedagógico   do   curso   de 
Sistemas de Informação:

­Oferecer ao aluno uma formação profissional inter e transdisciplinar;

O  Curso   de   Sistemas   de   Informação   é   naturalmente   inter   e   transdisciplinar   pela   sua 


finalidade de estabelecer interfaces para as diversas áreas do conhecimento através das 
tecnologias da informação e comunicação. 

­Propiciar ao aluno uma visão integrada entre ensino, pesquisa e extensão;

O ambiente do DCC é completamente adequado para prover essa visão, tendo em vista 
ser um ótimo exemplo de tal integração, com 3 cursos de graduação, uma pós­graduação 
de   reconhecimento   internacional   e   um   grande   número   de   projetos   de   pesquisa   e 
desenvolvimento tecnológico.

­Desenvolver no aluno um  conjunto de habilidades que lhe permitam  atuar de forma 


pró­ativa, crítica, reflexiva e criativa;

O BSI incorpora pelo menos dois mecanismos que resultam em tal desenvolvimento. O 
primeiro é o exercício, desde o primeiro momento, de escolha, por parte do aluno, do 

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seu   percurso   curricular.   O   segundo   é   variedade   de   perfis   de   prática   profissional 
disponíveis   para   os   alunos   no   âmbito   do   curso,   nominalmente,   estágio,   iniciação 
científica, empreendedorismo  e empresa júnior. Todos esses  casos  demandam  que os 
alunos desenvolvam tais habilidades, a despeito das peculiaridades de cada ambiente.

­Estimular   e   apoiar   a   participação   efetiva   do   aluno   em   eventos   de   divulgação   da 


produção acadêmica e científica;

O   estímulo   à   participação   vem   desde   a   promoção   de   eventos   internos   até   o   apoio, 


inclusive financeiro, à participação em eventos. Mais ainda, essa participação pode ser 
integralizada em créditos dentro das iniciativas de flexibilização horizontal. 

­Articular   o   oferecimento   de   grupos   de   atividades   acadêmicas   interdisciplinares   que 


possam ser disponibilizadas como trajetórias de formação para diversos cursos.

Na condição de curso flexibilizado, o curso já oferece 9 trajetórias pré­estabelecidas e 
ainda permite que o aluno proponha alguma estratégia que seja do seu interesse, o que é 
plenamente possível tendo em vista a amplitude e diversidade das áreas de atuação da 
UFMG.

­Implantar cursos e expandir vagas em  áreas do conhecimento inovadoras, atendendo 
demandas sociais relevantes e criando oportunidades adequadas de inclusão social, de 
acordo com o planejamento apresentado para o REUNI.

Um dos grandes motivadores para que o BSI seja vespertino é permitir a inclusão social 
de candidatos  menos  favorecidos e que tenham  que trabalhar enquanto estudantes na 
UFMG. A área de informática é estratégica para o país e possui uma enorme demanda 
por profissionais. Considerando o contexto dos cursos de sistemas de informação, há 
uma necessidade por cursos que busquem a excelência, em virtude de haver um grande 
número de cursos com baixos índices de avaliação. 

Em suma, podemos afirmar que o BSI atende todas essas ações e em alguns casos até 
supera os limiares estabelecidos.

1.2  Objetivos

O objetivo do BSI é o de formar profissionais competentes em Sistemas de Informação, 
capazes de adquirir, aplicar, criar e desenvolver o conhecimento nessa área específica, 
bem como contribuir de maneira relevante para o avanço de outras áreas que dependem 
de Sistemas de Informação. O curso é caracterizado pela excelência acadêmica, tendo 
sempre   em   vista   as   demandas   da   sociedade   e   do   mercado   de   trabalho.   O   perfil   do 
egresso, como descrito mais adiante, é esculpido durante o curso por meio de disciplinas 
nas áreas científicas e técnicas, mas também em áreas fundamentais como as que lidam 
com   relações   interpessoais.   Em   particular,   além   da   excelência   técnica,   é   objetivo   do 
curso que o egresso tenha capacidade de dialogar com a sociedade e contribuir, na sua 
esfera de atuação para redimensioná­la. Não se trata, portanto, de um curso de conteúdo 
exclusivamente técnico, e sim um curso que objetiva dar ao aluno uma formação mais 

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abrangente, incluindo aspectos de relações humanas, além de incorporar uma dimensão 
política e social dessa área do conhecimento.

O  BSI,   objeto   da   presente   proposta,   pretende   colaborar   para   suprir   as   carências   da 
sociedade por profissionais de computação qualificados  para atuar no mercado, fazendo 
com   que   a  UFMG  ocupe   esse   espaço   e   mantenha   a   sua   tradição   de   renovação   e 
divulgação do conhecimento.

O profissional de Sistemas de Informação atua basicamente em duas áreas, a saber: 

1­ Implantação, utilização e gerenciamento de recursos e serviços de tecnologia 
da informação e 
2­ Desenvolvimento e evolução da infra­estrutura e dos sistemas utilizados nos 
processos organizacionais.

No primeiro caso ele é responsável por estruturar e planejar a incorporação de novas 
tecnologias  no ambiente empresarial. Ele deverá  também  prover os recursos  de infra 
estrutura   necessários,   ou   seja,   computadores,   armazenamento   e   interconexão.   Além 
disso, ele deverá ser capaz de prover suporte em sistemas de informação.

No segundo caso ele planeja e organiza as atividades de coleta, comunicação, análise e 
suporte   à   decisão   nos   processos   da   organização.   Para   tanto   deve­se   valer   das 
metodologias de apoio ao desenvolvimento de sistemas.

Deve­se notar que essa atuação, apesar de parecer apenas técnica, tem um componente 
de inserção político­social amplo, uma vez que esse profissional deve fazer a ligação 
entre   as   demandas   da   sociedade   e   das   organizações   e   as   soluções   tecnológicas 
existentes,   respeitando   as   peculiaridades   e   particularidades   de   cada   ambiente   de   uso 
dessas tecnologias.

1.3 Perfil do Egresso

O  BSI  visa  a  formação  de  profissionais   da  área  de  computação  e  informática  para  a 
atuação em    gestão,   desenvolvimento, uso e avaliação de tecnologias de informática 
aplicadas   nas   organizações   [2].     Pela   própria   natureza   interdisciplinar   do   curso,   o 
estudante   deve   construir   conhecimentos,     competências   e   habilidades   nas   áreas   de 
Ciência da Computação, Administração e em outras áreas complementares. No entanto, 
o   foco   central   de   formação,   que   se   constitui   nas   inter­relações   dessas   áreas,   é   o 
desenvolvimento   de   sistemas   de   informação   e   sua   integração   no   contexto   das 
organizações. Para esse foco deve voltar­se a organização curricular, tendo presente o 
desenvolvimento   de   uma   formação   ao   mesmo   tempo   técnica   e   humanística,   geral   e 
especializada.   Na   prática,   o   curso     deve   propiciar   sólida   formação   básica   em 
Computação, Matemática, Teoria dos Sistemas, Engenharia de Software, Administração, 
Economia   e   Ciência   da   Informação   (entendendo   os   fundamentos   da   ciência   e   do 
conhecimento e provendo uma dimensão política além  da tecnologia). Além disso, o 
curso   deve   prover   formação   tecnológica   e   complementar   com   ênfase   no   estudo   das 
organizações [3].

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Em suma, o curso de BSI tem como objetivo formar profissionais capazes de:

- atuar nas organizações para implantar, desenvolver, implementar e  
gerenciar   infra­estrutura   de   tecnologia   de   informação   nos   níveis 
organizacional e interorganizacional e
- intervir na realidade de forma criativa e empreendedora, ampliando  
os   campos   de   atuação   profissional,   no   sentido   de   desencadear  
processos   de   desenvolvimento   de   sistemas   de   informação   para 
desenvolvimento   de   organizações,   bem   como   prestar   serviços  
especializados   na   área   de   tecnologia   da   informação,   ampliando 
assim os campos de atuação profissional.

Dessa forma, o profissional egresso do BSI poderá contribuir para a eficiência e eficácia 
gerencial   das   organizações   por   meio   do   armazenamento,   recuperação,   distribuição   e 
disponibilização   de   dados   para   apoiar   a   tomada   de   decisões,   bem   como   subsidiar 
usuários na análise de problemas, na criação de produtos e serviços e na visualização de 
mercados potenciais.

É essencial que o futuro profissional tenha uma formação que envolva o processo de 
engenharia e desenvolvimento  de sistemas, aplicações  da tecnologia da informação e 
também   o   contexto   empresarial   em   que   são   desenvolvidos   os   sistemas.   A   formação 
referente   à   engenharia   e   desenvolvimento   de   sistemas   é   compartilhada   com   o 
Bacharelado   em   Ciência   da   Computação   vinculado   ao  DCC.   As   disciplinas   comuns 
ministradas   aos     egressos   dos   dois     bacharelados   deverão   constituir   uma   base   de 
integração   com   o   potencial   enriquecedor   que   não   seria   alcançado   com   a   existência 
individual dos cursos. Por exemplo, basta imaginar a atuação de uma "empresa júnior", 
conjugada   com   os   processos   de   empreendedorismo   disseminados   em   ambos   os 
currículos.

O profissional em Sistemas de Informação estará envolvido em equipes de trabalho nas 
quais o relacionamento interpessoal, as capacidades de comunicação, de análise crítica, 
de   interpretação,   entre   outros   aspectos,   permeiam   a   qualidade   do   trabalho.   Portanto, 
além da formação técnica, é imprescindível que o estudante desenvolva competências e 
habilidades   de   comunicação,   relacionamento,   organização   do   trabalho   em   grupos, 
participação em equipes multi­disciplinares, compreensão adequada ao contexto social e 
visão sócio­política, na perspectiva de uma atuação pessoal e profissional eficaz e, ao 
mesmo tempo, construtiva, justa, ética e responsável.

De   outra  parte,   quando   se   espera  do  egresso,   de   um  lado,   o   entendimento   de  que  a 
formação   profissional   é   um   processo   contínuo   de   construção   de   competências   (que 
demanda atualização e aperfeiçoamento constantes) e, de outro, a capacidade de utilizar 
os conhecimentos científicos e tecnológicos existentes e disponíveis e de produzir novos 
conhecimentos   (científicos   e/ou   tecnológicos),   torna­se   necessário   instrumentalizá­lo 
para o fazer científico. Uma formação complementar geral, humanística e instrumental 
deve­se assim agregar­se à formação técnica, de modo que o egresso possa estar apto a 
lidar com a complexidade das demandas humanas e sociais.

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Assim, o profissional de Sistemas de Informação apesar de estar bastante próximo do 
Bacharel em Ciência da Computação, tendo inclusive boa parte da estrutura curricular 
comum, apresenta substancial diferença no que se refere ao trabalho a ser desenvolvido 
e no  tipo do problema a ser resolvido. O  Bacharel  em  Sistemas de Informação  deve 
otimizar  os  recursos  da  tecnologia da  informação  com  o  objetivo  claro  de atingir  os 
patamares de uso e disseminação de tecnologia da informação desejados pela sociedade 
e   organizações.   Para   tanto   é   necessário   um   conhecimento   básico   da   ciência   da 
computação,   que   é   comum   àquele   curso,   mas   também   um   forte   embasamento   em 
Ciência   da   Gestão   nas   suas   mais   diversas   áreas.   Considerando   apenas   o   escopo   de 
organizações,   que   representam   um   tipo   de   atuação   do   profissional   a   ser   formar, 
podemos   observar   que   a   tecnologia   da   informação   permeia   todas   as   suas   funções 
(Administração,   Gestão   de   pessoal,   Marketing,   Produção);   por   este   fato   nasce   a 
necessidade   de   um   profissional   com   habilidade   necessária   para   coordenar   o 
desenvolvimento das atividades que se relacionem com essa área.

Dado este cenário espera­se que os egressos do curso [2]:

• tenham  domínio do ciclo de resolução de problemas, que vai desde a abordagem 
conceitual,   passando   pela   abordagem   lógica   e   culminando   em   uma   abordagem 
física;

• sejam   capazes   de   apresentar  por  escrito,   com  clareza  e  objetividade,  suas   idéias, 
resultados e conclusões;

• sejam  capazes de apresentar oralmente, com  clareza e objetividade, suas  idéias  e 


manter uma discussão inteligente e analiticamente densa;

• possuam fundamentação em Computação;

• possuam   fundamentação   em   Ciência   da   Gestão   e   de   como   funcionam   as 


organizações;

• sejam capazes de adquirir competência em outras áreas, notadamente em Ciência da 
Informação;

• sejam   capazes   de   aplicar   o   conhecimento   adquirido   no   auxílio   à   resolução   de 


problemas de outras áreas do conhecimento;

• sejam criativos;

• sejam cidadãos conscientes e responsáveis, pautando­se pela ética nas suas atuações;

• tenham postura empreendedora;

• atuem de forma propositiva e pró­ativa;

• tenham empregabilidade para se inserir em um mercado de trabalho em constante 
mutação;

• e   tenham   capacidade   de   transitar   e   estabelecer   interlocução   em   equipes 


interdisciplinares.

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O   bacharel   em   Sistemas   de   Informação   a   ser   formado   terá   como   característica   a 
capacidade de analisar problemas e projetar soluções criativas que envolvam sistemas 
computacionais. 

A   formação   deste   aluno   enfatiza   a   capacidade   de   interagir   não   só   na   área   de 


computação, mas também com as diferentes áreas de conhecimento e seus respectivos 
profissionais.

O   aluno   egresso   deverá   ter   a   capacidade   de   compreender   e   gerenciar   o   processo   de 


desenvolvimento de soluções. A exposição às ciências e ao método científico assegurará 
a qualidade da sua formação, que possibilitará não só o bom desempenho nas atividades 
profissionais   intrínsecas,   mas   também   firmeza   e   bom   desempenho   diante   da   grande 
velocidade com que novas tecnologias e conhecimento têm surgido. 

O   profissional   egresso   do   curso   poderá   atuar   no   desenvolvimento   tecnológico   dos 


Sistemas de Informação, em software, na gerência de área ou empresa de informática, 
no ensino de computação e empreendedorismo em informática. O profissional poderá 
ainda   dar   continuidade   aos   estudos   em   programas   de   pós­graduação   em   Ciência   da 
Computação, Ciências Administrativas e Ciência da Informação.

2. Estrutura do Curso

Dentro   do   Projeto   Pedagógico   Institucional   da   UFMG   temos   as   seguintes   premissas 


básicas para a estruturação de um currículo:

1. Funcionar   como   um   fluxo   articulado   de   aquisição   de   saber,   em   um   período 


delimitado   de   tempo,   tendo   como   base   a   flexibilidade,   a   diversidade   e   o 
dinamismo do conhecimento, da ciência e da prática profissional;
2. Oferecer alternativas de trajetórias, ou seja, um curso deve ser entendido como 
um percurso;
3. Oferecer ao aluno orientação e liberdade para definir o seu percurso;
4. Oferecer   condições   de   acesso   simultâneo   a   conhecimentos,   habilidades 
específicas e atitudes formativas na sua área profissional e em pelo menos uma 
área complementar; e
5. Possibilitar   o   aproveitamento   de   várias   atividades   acadêmicas   para   fins   de 
integralização curricular.

Conforme apresentado a seguir, todas essas premissas foram atendidas na concepção do 
currículo. O currículo adotado proporciona, desde o primeiro momento, uma exposição 
aos  conhecimentos  das   várias  áreas   afins  ao   eixo   principal  do   curso,  como  Ciências 
Administrativas e da Informação. Em momentos posteriores, o aluno tem a possibilidade 
de   ter   acesso   simultâneo   a   conhecimentos   específicos,   assim   como   de   áreas 
complementares, ao mesmo tempo que vivencia uma das várias modalidades de prática 
profissional. A flexibilidade no currículo se apresenta de três formas. A primeira forma 
é   pelo   leque   de   optativas   que   são   oferecidas   aos   alunos.   A   segunda   forma   é   pelas 
possibilidades   de   formações   complementares   previamente   estabelecidas   e   mesmo 
propostas pelo aluno. A terceira forma é através das disciplinas de formação livre, que 
são de total escolha do aluno. Além desses mecanismos, as atividades de flexibilização 

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horizontal permitem que os vários tipos de atividades desenvolvidas pelos alunos, de 
estágios a participação em eventos sejam valorizadas.

Na estruturação do currículo do Curso de Sistemas de Informação, o dinamismo da área 
foi um dos fatores preponderantes. Poucos campos do conhecimento evoluem a passos 
tão   largos   quanto   a   Computação   e   Informática.   Tecnologias   e   padrões   tornam­se 
obsoletos   da   noite   para   o   dia.   Novas   tecnologias   aportam   no   mercado   com   o   poder 
avassalador de reduzir custos e multiplicar o alcance da informática. Espera­se que o 
egresso   tenha   a   capacidade   de   entender,   acompanhar   e   posicionar­se   adequadamente 
frente a essas mudanças. As disciplinas básicas e teóricas fornecem o suporte estrutural 
necessário   para   que   o   egresso   seja   hábil,   flexível   e   crítico   para   acompanhar   e/ou 
influenciar   os   rumos   da   sociedade.   Também   ressalte­se   que   as   possibilidades, 
habilidades   e   facilidades   para   que   o   egresso   participe   de   programas   de   educação 
continuada ou permanente estão intimamente relacionadas com o zelo com o qual são 
tratadas tais disciplinas. Neste caso, o curso prima pela formação dos alunos, enfocando 
a   apresentação   e   exercício   dos   fundamentos   que   permeiam   a   área,   de   forma   que   o 
treinamento   em   tecnologias   específicas   seja   uma   conseqüência   natural   de   uma   boa 
formação, permitindo ao egresso desenvolver o senso crítico necessário para que possa 
construir uma trajetória profissional de forma autônoma.  

Um outro aspecto  importante que deve ser cuidadosamente considerado na elaboração 
de   um   currículo   universitário   na   área,   é   a   multiplicidade   de   facetas   inerente   às 
atividades demandadas pelo mercado. A   adoção de elementos flexíveis na estrutura, 
como   as   várias   opções   de   Formação   Complementar   e   Formação   Livre,   facultam   a 
coexistência   de   vários   eixos   de   formação;   vários   perfis   de   egressos   podem   ser 
configurados   manipulando­se   a   escolha   das   disciplinas.   Dessa   forma,   estamos 
contemplando a flexibilização curricular de forma ousada, consistente e viável, sem que 
isso   implique   em   uma   especialização   e   verticalização   precoce,   uma   vez   que   os 
fundamentos das áreas envolvidas continuam presentes no estrutura curricular.

Distinguimos três componentes curriculares, descritos brevemente  a seguir.

-  Formação Específica , que é o conjunto que todo egresso do bacharelado deve cursar. 
Exemplos claros destas disciplinas são Algoritmos, Cálculo Integral e Diferencial e 
Teoria Geral da Administração. Contém disciplinas de computação, administração, 
Ciência da Informação e formação básica (matemática, estatística e humanas).

-  Formação Complementar , que são conjuntos de disciplinas que darão ao aluno uma 
formação   mais   especializada   em   uma   sub­área   não   tecnológica   como   Ciência   da 
Informação, Administração e Estatística. A  proposta é que, ao completar 50%  do 
curso, o aluno opte por uma das formações complementares nestas áreas. Caso não 
seja do seu interesse nenhuma das formações complementares propostas, ele pode 
propor   uma   formação   complementar   aberta,   a   qual   deve   ser   aprovada   pelo 
colegiado.  Uma   última  opção   é  cursar  disciplinas   optativas  em  Computação,  que 
deve   levar   em   consideração   aspectos   como   nexo   cognitivo,   organicidade, 
conhecimento e experiência pregressos.

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-  Formação Livre , que são aquelas disciplinas que proverão formação básica em áreas 
fora da Ciência da Computação e da Informação e da Administração, com o objetivo 
de   ampliar   a   formação   horizontal   dos   alunos,   em   particular   em   disciplinas   das 
Ciências Humanas.

2.1 Formação Específica

De   acordo   com   as   Diretrizes   Curriculares   dos   Cursos   da   Área   de   Computação   e 


Informática,   a formação específica em Sistemas de Informação pode ser dividida em 
três áreas: formação básica, formação tecnológica e formação humanística. 

A área de formação básica compreente as unidades de estudo de Ciência da Computação 
e   Matemática.   A   unidade   de   estudo   de   Ciência   da   Computação   se   divide   em   três 
matérias: Programação, Computação e Algoritmos e Arquitetura de Computadores. Na 
matéria de Programação, recomenda­se a cobertura de todas as principais linguagens de 
programação   com   abrangência   e   profundidade,   além   de   assuntos   como   estruturas   de 
dados, e algoritmos de pesquisa e ordenação. Na matéria de Computação e Algoritmos, 
recomenda­se abordar os aspectos de complexidade dos algoritmos e as bases formais 
de complexidade e computabilidade. Na matéria de Arquitetura de Computadores, deve­
se transmitir os conhecimentos relativos ao projeto e funcionamento da máquina, assim 
como os fundamentos que os sustentam. A unidade de estudo de Matemática deve cobrir 
matemática discreta e lógica de forma abrangente e geral, assim  como  conteúdos de 
matemática   contínua,   estatística   e   outros   pertinentes   às   necessidades   das   formações 
complementares. 

A   área   de   formação   tecnológica   compreende   até   sete   unidades   de   estudo,   sendo 


fortemente recomendadas pelo menos três: bancos de dados, engenharia de software e 
redes de computadores. Essas três unidades de estudo são parte obrigatória da formação 
básica dos alunos e todas as outras também estão presentes, conforme pode ser visto no 
Currículo do BSI.

A   área   de   formação   humanística   sugere   a   cobertura   ampla   de   conhecimentos   e 


princípios   de   história   da   ciência   da   computação,   empreendedorismo,   ética, 
computadores   e   sociedade,   sociologia   e   filosofia.   Alguns   desses   conhecimentos   são 
transmitidos em disciplinas obrigatórias, enquanto outros podem ser contemplados no 
contexto de formação livre. 

A   estrutura   do   curso   aqui   apresentado   é   completamente   aderente   a   essas   diretrizes 


curriculares e contempla todos os requisitos colocados pelas diretrizes.

2.2 Formação Complementar

De   acordo   com   as   diretrizes   curriculares,   as   disciplinas   da   área   de   formação 


complementar   devem   cobrir   áreas   da   ciência   comportamental,   ciência   da   decisão, 
ciências   gerenciais,   ciências   políticas,   pesquisa   operacional,   sociologia,   economia, 
contabilidade e teoria geral dos sistemas de tal forma que os egressos do curso possam 
compreender   com   profundidade   os   problemas   das   funções   das   organizações, 

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planejamento,   controle,   comunicação,   tomada   de   decisão,   contabilidade,   finanças, 
vendas e produção conforme o perfil do curso. 

Os conteúdos de formação complementar são abordados em dois níveis. No primeiro 
nível   são   cobertos   conteúdos   fundamentais   nas   áreas   de   Ciências   Administrativas, 
Econômicas   e   Contábeis.   No   segundo   nível,   o   aluno   tem   a   oportunidade   de   se 
especializar   em   uma   área   de   sua   escolha.   A   nossa   estratégia   para   implementar   o 
segundo nível é explorar a concepção de formação complementar fechada e aberta da 
UFMG   para   cobrir   esses   conteúdos.   Assim,   foram   definidas   nove   formações 
complementares fechadas nas áreas de ciências administrativas, ciência da informação e 
estatística,   havendo   ainda   a   possibilidade   do   aluno   propor   a   sua   própria   formação 
complementar aberta.

2.3 Formação Livre

No contexto das diretrizes curriculares, a formação livre pode contribuir tanto para a 
formação humanística do egresso como em ampliar a sua formação complementar, além 
de permitir a obtenção de habilidades e competências em outras áreas.

2.4 Currículo 

Nesta   seção   descrevemos   o   currículo   propriamente   dito   e   como   os   seus   vários 


componentes   interagem   de   forma   a   atingir   os   objetivos   de   formação.   Inicialmente 
descrevemos as habilidades e competências que o egresso deve ter desenvolvido durante 
o   curso.   A   seguir   apresentamos   os   grupos   de   disciplinas   que   compõem   as   várias 
formações, assim como o percurso curricular proposto. As seções finais versam sobre a 
monografia em sistemas de informação, as atividades de flexibilização horizontal e a 
interação com a pesquisa e a pós­graduação.

2.4.1 Habilidades e Competências

Um aspecto fundamental para a formação do perfil desejado é o emprego de estratégias 
pedagógicas adequadas e focadas no perfil que se deseja formar. Neste contexto, vamos 
discutir   os   mecanismos   a   serem   utilizados   na   implementação   da   grade   curricular 
apresentada. 

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1.  Domínio do ciclo de resolução de problemas : O exercício do ciclo de resolução 
de problemas é uma constante no curso, em particular nas disciplinas da área de 
computação e gestão, mas também  abrange as  disciplinas de formação básica 
como as disciplinas de matemática e estatística. Paralelamente à resolução dos 
problemas,   deve­se   também   exercitar   a   identificação   e   formulação   dos 
problemas, o que implica no diagnóstico e contextualização da sua ocorrência e 
do   impacto   da   solução   adotada.   Este   ciclo   é   exercitado   através   de   exemplos 
práticos em sala de aula, demonstrando a aplicação dos conceitos teóricos, além 
de trabalhos práticos e projetos que exercitam  todo  o  ciclo. Mais  ainda, estes 
exemplos devem transcender o escopo de sala de aula, de forma a desafiar os 
alunos  a  buscar  novas  formas  de   resolução   incentivando   uma  postura   crítico­
reflexiva.   Estes   trabalhos   podem   consistir   da   solução   de   problemas   em 
tecnologia da informação e da avaliação de problemas de gestão administrativa. 
Esse domínio se materializa nos projetos de fim de curso, quando o aluno deve 
identificar um problema e apresentar uma solução para um problema de sistemas 
de informação. Finalmente, as atividades extra­classe a serem realizadas pelos 
alunos permitem o exercício dessa capacidade, mais especificamente bolsas de 
iniciação   científica,   estágios   em   empresas   de   tecnologia   da   informação, 
participação em empresa júnior e pré­incubação de empreendimentos.
2.  Capacidade de expressão escrita e oral com clareza e objetividade  : A proposta 
ora apresentada possui vários mecanismos de desenvolvimento da capacidade de 
expressão escrita e oral. Durante as disciplinas essa capacidade é desenvolvida 
através   de   três   mecanismos.   O   primeiro   mecanismo   é   a   apresentação   de 
seminários   e   participação   em   entrevistas   de   avaliação   dos   trabalhos   práticos 
realizados, quando  a capacidade oral  é  exercitada. O  segundo  mecanismo  é a 
documentação de trabalhos práticos, cujo crescente nível de dificuldade permite 
o aprimoramento paulatino das habilidades escritas. O terceiro mecanismo é a 
realização de provas discursivas, uma prática no curso e que permite o exercício 
das habilidades de expressão escrita num contexto de resposta instantânea e com 
restrições de prazo. As monografias, novamente, são um mecanismo final para 
esse desenvolvimento, quando o aluno deve elaborar, desenvolver e apresentar 
um projeto sob a orientação de um professor do curso.
3.  Fundamentação teórica em computação e áreas de formação complementar : A 
estrutura  curricular  do   curso   foi  concebida  para  prover  ao  egresso  uma  visão 
consistente dos  fundamentos da área de computação  e das  áreas  de formação 
complementar, em particular Ciências Administrativas e Ciência da Informação, 
amparado pelos currículos de referência nas várias áreas e de forma a garantir 
tanto uma formação para atuação imediata quanto a capacidade de evoluir com a 
respectiva área.

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4. Capacidade   de   adquirir   competência   em   outras   áreas :   Essa   capacidade   é 
exercitada   em   pelo   menos   três   situações.   As   disciplinas   na   área   de   ciências 
humanas e formação livre são uma oportunidade do aluno de obter competência 
em outras áreas. Ao realizar a sua formação complementar, o aluno vai enfocar 
algum tema fora do eixo central do curso, adquirindo competência em outra área, 
ao mesmo tempo que recebe formação nas áreas base. Novamente, as atividades 
extra­classe são um instrumento importante, permitindo ao aluno ter contato e 
absorver conhecimentos e competência em outras áreas.
 
5. Versatilidade   na   solução   de   problemas :   O   egresso   adquire   versatilidade   em 
resolver problemas de outras áreas de duas formas. A primeira vem da própria 
concepção transdisciplinar do curso, pois o aluno está sempre em contato com 
ciência da computação e outras áreas afins durante toda a graduação, lidando 
simultaneamente   com   questões   que   são   um   tanto   diversas.   A   segunda   forma 
acontece através  da  realização  de  atividades  extra­classe que envolvam  outras 
áreas, quando os problemas a serem tratados são de natureza bastante diversa e 
envolvendo diversas áreas.
6.  Criatividade :   A   criatividade   é   desenvolvida   através   da   exposição   do   aluno   a 
situações   novas   e   desafiadoras   durante   todo   o   curso.   Essas   situações   são 
colocadas tanto em sala de aula quanto nas atividades extra­classe que espera­se 
que o aluno realize. Um exemplo particular onde a sua criatividade é avaliada é 
durante o projeto orientado.
 
7. Cidadania   e   responsabilidade :   Algumas   disciplinas   como   computadores   e 
sociedade   e   monografia   tem   como   objetivos   desenvolver   a   cidadania   e   a 
responsabilidade   técnica   do   aluno.   Entretanto,   aspectos   como   ética   são   uma 
constante durante o curso, tendo em vista a realização de trabalhos individuais e 
os requisitos de atendimento às demandas impostas pelos mesmos.
 
8. Empregabilidade   e   capacidade   de   evolução :   Do   ponto   de   vista   do   exercício 
profissional,   o   aluno   sai   plenamente   capacitado   a   exercer   os   papéis   como 
definidos para o profissional, seja pela sua formação em termos de disciplinas, 
quanto   pela   realização   de   um   projeto   orientado   e   atividades   de   flexibilização 
horizontal. Essa proximidade entre teoria e prática é um  dos pontos fortes do 
curso   e   também   um   dos   pilares   da   capacidade   de   evolução   do   profissional 
formado, que, com  forte base teórica, tem  plenas condições de acompanhar a 
evolução da área de sistemas de informação.
 
9. Visão   científica :   O   egresso   deve   possuir   uma   visão   filosófico­epistemológica 
que   vá   além   do   instrumental   contido   no   conteúdo   programático   do   curso, 
valorizando o seu papel de agente de mudança na sociedade.

2.4.2 Estratégias

2.4.2.1 Estratégias de ensino

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De   forma   a   atender   as   peculiaridades   das   várias   unidades   de   estudo,   distinguimos 
algumas estratégias de ensino a serem utilizadas na execução do curso de Sistemas de 
Informação:

Aulas expositivas:  Aulas expositivas são um mecanismo tradicional de ensino, tendo a 
vantagem de poder ser melhor estruturada, ter uma menor dependência de tecnologia e 
transmitir conhecimentos  a um  grande volume de alunos  simultaneamente. Por outro 
lado, a participação passiva dos alunos é uma desvantagem, uma vez que a retenção de 
conhecimentos tende a ser baixa. No caso das disciplinas do BSI, a alta qualificação dos 
professores, assim como o domínio dos conteúdos permite aproveitar satisfatoriamente o 
potencial das aulas expositivas.

Estudos de caso: Estudos de caso são relatos de projetos reais que podem ser usados em 
sala de aula para ilustrar problemas e soluções. Estudos de caso são apresentados para 
discussão em classe, por pequenos grupos, ou mesmo para atividades com caráter mais 
competitivo.   Eles   permitem   aos   alunos   praticar   os   conhecimentos   recentemente 
expostos e obter visões a partir de outras disciplinas. Os  casos escolhidos devem ser 
complexos o bastante para levantar os pontos principais de discussão, ao mesmo tempo 
que   tem   que   ser   passíveis   de   discussão.   Encontrar   tais   casos   e   discutí­los 
adequadamente, é, sem dúvida, o maior desafio.

Pesquisa individual: A pesquisa individual consiste não apenas de realizar leituras sobre 
um determinado tópico, mas ainda avaliar criticamente os achados. A eficiência dessas 
pesquisas   pode   ser   melhorada   se   for   baseada   em   listas   de   referências   previamente 
estabelecidas ou mesmo um conjunto de questões básicas que se deseja responder. A 
vantagem   desta   abordagem   é   auxiliar   no   desenvolvimento   do   auto­aprendizado.   Por 
outro lado, é uma atividade laboriosa e cujo sucesso depende da motivação do aluno.

Discussão em grupo: Discussões podem ser utilizadas em vários cenários de docência e 
ajudam a promover o entendimento sobre diferentes visões e opiniões que podem surgir 
quando   da   resolução   de   um   problema   envolvendo   a   utilização   de   sistemas   de 
informação.   Embora   a   interação   que   a   estratégia   induz   seja   de   grande   valor,   ela 
demanda,   sempre   que   possível,   ser   estruturada   e   direcionada   por   um   professor   para 
atingir   essas   metas.   Assim,   a   habilidade   do   professor   em   questionar,   mantendo   a 
discussão focada, e sumarizar as conclusões é fundamental.

Resolução de problemas: A resolução de problemas, tanto em classe quanto fora dela é 
uma   atividade   tradicional   em   disciplinas   de   cunho   teórico.   A   complexidade   desses 
problemas pode variar de aplicação quase que direta dos conceitos, até a necessidade de 
toda   uma   modelagem   para   permitir   a   aplicação   desses   conceitos.   A   vantagem   desse 
mecanismo é a capacidade de demonstrar a absorção dos conceitos, enquanto que a sua 
maior   desvantagem   é   garantir   que   os   problemas   apresentados   sejam   interessantes   e 
relevantes para todos os alunos.

Trabalhos práticos: Os trabalhos práticos são uma estratégia fundamental para a fixação 
dos   conteúdos   apresentados   em   sala   de   aula,   em   geral   focados   no   contexto   de   uma 
disciplina.   Eles   são   a   primeira   instância   prática   dos   conteúdos,   além   de   desenvolver 
habilidades no sentido de resolução de problemas e expressão escrita e oral. A grande 

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vantagem é que, na execução dos trabalhos práticos, o aluno é demandado a demonstrar 
as habilidades e competências adquiridas. A  desvantagem  é  que a complexidade dos 
trabalhos práticos, crescente durante o curso, demanda infra­estrutura e mecanismos de 
controle mais aprimorados.

Projetos: Os projetos têm como características lidar com problemas mais amplos e que 
demandam conteúdos de várias disciplinas, além da capacidade de correlacionar esses 
conteúdos.   Embora   os   projetos   de   desenvolvimento   tecnológico   sejam   os   mais 
populares, resultando na construção e implantação de um sistema de informações, temos 
ainda outros três casos que são igualmente interessantes. O primeiro caso é o projeto de 
ensino, em  geral desenvolvido em  parceria com  um professor no sentido de preparar 
recursos que facilitem a absorção dos conteúdos de uma dada disciplina. No segundo 
caso são desenvolvidas pesquisas científicas, envolvendo todo o processo de apropriação 
científica, elaboração sobre resultados anteriores e o avanço das técnicas e tecnologias 
correspondentes, o que efetivamente caracteriza a pesquisa. O terceiro caso são projetos 
de   empreendedorismo,   que   se   caracterizam   não   apenas   pelo   seu   componente 
tecnológico, mas de prospecção de mercados e gestão do próprio negócio.

Como mencionado, essas estratégias não são exaustivas, mas têm permitido não apenas 
a   apreensão   dos   conteúdos,   como   também   o   desenvolvimento   das   habilidades   e 
competências necessárias aos egressos do BSI.

2.4.2.2 Monografia em Sistemas de Informação

A monografia (também denominada Trabalho de Conclusão de Curso) em Sistemas de 
Informação   tem   por   objetivo   permitir   ao   aluno   materializar   os   conhecimentos 
adquiridos durante o curso e ser uma primeira oportunidade de praticar a concepção, 
descrição e implementação de projetos em tecnologia da informação. Os fundamentos 
para a construção do projeto e o seu acompanhamento acontecem através da disciplina 
Monografia em Sistemas de Informação.   Além do conteúdo programático enfocando 
metodologia   científica   e   estratégias   de   construção   de   textos   técnicos,   esta   disciplina 
funciona como ambiente de discussão dos projetos e do enfoque que eles recebem. Cada 
monografia tem um docente como orientador, com atuação na área da monografia. Esse 
orientador deve acompanhar o aluno durante toda a elaboração da monografia, assim 
como   realizar   uma   avaliação   mais   detalhada   do   seu   progresso   e   resultados   obtidos. 
Considerando   que   apenas   o   DCC   possui   mais   de   40   professores   e   a   expectativa   do 
tamanho   da   turma   de   monografia   é   de   40   alunos,   a   relação   aluno/professor   na 
orientação   não   deve   ultrapassar   o   valor   um,   em   virtude   de   docentes   de   outros 
departamentos   atuantes   no  BSI  também  serem   potenciais   orientadores.  A  elaboração 
das monografias poderá ser baseada em atividades desenvolvidas nos laboratórios do 
DCC, que permitirão aos alunos experimentar um ambiente próximo do que será a sua 
atividade profissional, convivendo  com  problemas reais e buscando  soluções  para os 
mesmos.   Distinguimos   aqui   pelo   menos   três   grupos   de   laboratórios:   tecnologia   da 
informação,   sistemas   de   computação   e   engenharia   de   software.   Tecnologia   da 
informação compreende trabalhos em bancos de dados e recuperação da informação, o 
que inclui por exemplo a Web como sistema computacional de informação. Sistemas de 
computação compreende trabalhos em sistemas operacionais, redes de computadores, 
arquitetura de computadores, sistemas distribuídos e paralelos, análise e modelagem de 

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desempenho de sistemas computacionais. Engenharia de software compreende trabalhos 
sobre os vários aspectos do desenvolvimento de softwares, da sua especificação até a 
sua avaliação de uso, passando por todos os estágios da sua construção. O processo de 
construção da monografia termina com a apresentação escrita e oral dos trabalhos para 
uma banca de professores indicada pelo colegiado do curso e a sua publicação eletrônica 
em um portal contendo as monografias já elaboradas no contexto do curso.

2.4.2.3 Atividades de Flexibilização Horizontal

As   atividades   de   flexibilização   horizontal   se   destinam   a   permitir   ao   aluno   a 


integralização   de   créditos   em   atividades   que   sejam   afins   ao   curso   e   contribuam 
efetivamente para a sua formação. No contexto desse projeto, o número de créditos a 
serem integralizados é de no máximo 8, dentro da carga horária destinada à disciplinas 
optativas.   Distinguimos   pelo   menos   seis   modalidades   de   atividades   de   flexibilização 
horizontal com a respectiva proposta de integralização de créditos pela sua execução:

a) Iniciação científica: Vislumbramos a iniciação científica como o primeiro passo para 
aqueles   que   tenham   a   intenção   de   atuar   academicamente   ou   tenham   interesse   em 
estudos avançados. Acreditamos que a participação de alunos do  BSI em programas de 
iniciação científica seja natural e oportuna, sendo um elo importante de integração das 
atividades docentes através de projetos de pesquisa conjuntos. Um proposta de critério 
para   integralização   de   créditos   é   que,   a   cada   seis   meses   de   trabalho   de   iniciação 
científica, com carga de 20 horas semanais, serão integralizados 4 créditos.

b) Estágio: A realização de estágios é um mecanismo tradicional de formação e inserção 
no   mercado   de   trabalho.   No   curso   ora   proposto   não   será   diferente,   e   cabe   apenas 
ressaltar o cuidado que o colegiado deve ter em controlar a realização de estágios que 
realmente   contribuam   para   a   formação   do   estagiário.   Uma   proposta   de   critério   para 
integralização de créditos é que, a cada seis meses de estágio, com carga de 20 horas 
semanais, serão integralizados 4 créditos.

c) Empresa júnior: A participação em atividades da empresa júnior se mostra como um 
importante instrumento na formação do bacharel em sistemas de informação, tendo em 
vista a experiência controlada, mas dotada de realismo que ela representa. Uma proposta 
de critério para integralização de créditos é que, a cada 30 horas de participação em 
projeto, será integralizado 1 crédito.

d)  Empreendedorismo:   Empreendedorismo   é,   sem   dúvida,   um   dos   caminhos   que 


acreditamos   que   os   egressos   deste   curso   podem   seguir.   Para   tal,   estão   incluídas 
disciplinas   específicas   para   este   fim   e   o   DCC/UFMG   já   possui   programas   de   pré­
incubação juntamente com a Fumsoft utilizando recursos do Cnpq e programa Softex. 
Uma   proposta   de   critério   para   integralização   de   créditos   é   que,   a   cada   30   horas   de 
participação em empreendimento, será integralizado 1 crédito.

e)  Discussões   Temáticas:   A   participação   em   discussões   temáticas   ou   grupos   de 


discussão   sobre   assuntos   específicos   também   é   um   mecanismo   de   flexibilização 
horizontal   que   permite   o   contato   com   temas   avançados   ou   interdisciplinares   e   com 
trabalhos  de  pesquisa.  Caracterizamos  uma  discussão  temática como  sendo  reuniões, 

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seminários   ou   encontros   coordenados   por   um   professor   do   curso.   Uma   proposta   de 
critério   para   integralização   de   créditos   é   que,   a   cada   30   horas   de   participação   em 
discussão temática, será integralizado 1 crédito.

f)  Participação   em   eventos:   Fóruns   de   natureza   técnico­científica   são   instrumento 


importante na formação dos alunos, em particular quando estes apresentam trabalhos de 
sua   autoria.   Uma   proposta   de   critério   para   integralização   de   créditos   é   que,   a   cada 
trabalho apresentado em evento técnico­científico, será integralizado 1 crédito.

Um   dos   maiores   desafios   para   a   implementação   de   atividades   de   flexibilização 


horizontal é o seu controle e acompanhamento, no sentido de garantir que os objetivos 
formativos dessas atividades sejam atingidos. Estes procedimentos foram normatizados 
através de resolução específica que culmina na inserção de disciplinas no histórico do 
aluno. As várias atividades contam sempre com o acompanhamento ou a participação de 
um docente orientador, que é responsável por avaliar o desempenho do aluno.

A própria natureza das atividades de flexibilização horizontal indica se a atividade é 
mais   propensa   a   ser   realizada   na   UFMG   ou   fora   dela.   Atividades   como 
empreendedorismo   e   participação   em   eventos   são   usualmente   externas,   enquanto   as 
demais são internas. Cabe ressaltar que os estágios podem ser realizados tanto dentro da 
UFMG,   nos   diversos   laboratórios   do   DCC   ou   de   outros   departamentos   ou   unidades 
acadêmicas   (como   o   Centro   de   Computação   da   UFMG).     Considerando   o   total   de 
créditos que podem ser integralizados por esta proposta de flexibilização horizontal, os 
alunos   devem   participar   dessas   atividades   por   pelo   menos   1   ano   (a   menos   da 
participação de eventos), com a possibilidade, a nosso ver virtuosa, de poder realizar 
mais de uma atividade diferente. Em todos os casos, o procedimento inclui a elaboração 
de um relatório que é avaliado por um docente, o qual também é responsável por atribuir 
uma nota de aproveitamento na atividade, a ser associada à respectiva disciplina.

Acreditamos que todas as atividades de flexibilização horizontal sejam modalidades de 
prática profissional. Não há restrições ao local de realização dessas atividades, sendo 
mais valorizada a qualidade da atividade em si e dos co­participantes, em particular o 
orientador.   Temos   a   expectativa   que   tais   atividades   irão   transcender   a   área   de 
computação,   permeando   todas   as   áreas   afins   aos   sistemas   de   informação,   e   vão 
acontecer não apenas no DCC, mas em outras unidades e departamentos acadêmicos da 
UFMG, como o Departamento de Ciências Administrativas e a Escola de Ciência da 
Informação,   que   tem   atuação   forte   no   curso.   Mais   ainda,   não   há   quaisquer 
impedimentos com relação a realizar essas atividades em outras organizações, desde que 
as   condições   mínimas   para   cada   uma   sejam   atendidas,   em   particular   com   relação   à 
qualidade da atividade realizada e seu resultado. Uma última observação é com relação 
a contemplarmos também atividades simuladas, representadas aqui pela participação na 
Empresa Júnior de Informática.

Embora,   para   fins   de   integralização   de   créditos,   seja   considerado   uma   atividade   de 
flexibilização horizontal, a realização de estágio foi objeto de resolução específica, com 
o objetivo de atender à legislação, como descrito a seguir. 

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A celebração de contrato de estágio para aluno do curso de Sistemas de Informação deve 
ser precedida de celebração de convênio entre o campo de estágio e a UFMG, o que 
suporta todos os estagiários naquele campo de estágio, independente do seu curso. Uma 
vez   que   as   bases   legais   da   relação   de   estágio   estejam   estabelecidas,   o   aluno   deve 
submeter um plano de estágio para a aprovação do colegiado. Esse plano de estágio deve 
conter   a   descrição   das   atividades   do   estágio,   sua   justificativa   e   mecanismos   de 
complementação   de   aprendizagem   exercitados,   além   de   indicadores   de   progresso   e 
resultados esperados. Deve também conter um breve currículo do supervisor de estágio, 
que deve aprová­lo previamente à submissão. Satisfeitos os requisitos formais, o plano 
de estágio é encaminhado ao departamento acadêmico pertinente em termos de área do 
conhecimento do estágio para indicação do orientador de estágio, que avalia o projeto e 
emite um parecer. Em caso de parecer positivo, o contrato é celebrado e o aluno inicia o 
estágio. Ao fim do período de estágio, ou a cada 6 meses, o que ocorrer primeiro, o 
aluno submete o seu relatório de estágio, elaborado em conjunto com o supervisor, que 
é   avaliado   pelo   mesmo   orientador   que   emitiu   o   parecer   do   projeto.   Esse   orientador 
também  atribui  uma   nota  ao   estágio   do   aluno,  que  é   então  lançada   no   seu   histórico 
escolar. Os relatórios de estágio são arquivados para fins de registro.

A regulamentação de estágios prevê ainda alguns mecanismos e parâmetros que têm por 
objetivo garantir o sucesso e a eficácia não só do estágio, mas do próprio curso. Assim, 
no   sentido   de   evitar   uma   profissionalização   precoce,   muitas   vezes   prejudicando   o 
progresso no curso, e realmente servir de mecanismo de prática profissional, o aluno 
somente pode iniciar o estágio após concluir todas as disciplinas do 4o período, a carga 
horária   do   estágio   é   limitada   a   20   horas   semanais,   e   o   aluno   pode   estagiar   por   no 
máximo quatro semestres (dois anos).

2.4.2.4 Interação com a pós­graduação

Já   existem   pós­graduações   bem   estabelecidas   nas   três   áreas   fundamentais   do   curso 


(ciência da computação, administração e ciência da informação), o que permite, num 
primeiro  momento,  que  o  egresso  seja admitido  em  qualquer dessas  pós­graduações. 
Vislumbramos   que,   num   segundo   momento,   possa   ser   criada   uma   pós­graduação 
transdisciplinar em sistemas de informação. 

2.4.2.5 Interação com a extensão

Um outro aspecto que contribui positivamente para o curso é a atuação consistente em 
atividades de extensão dos departamentos de ciência da computação e administração e 
escola   de   ciência   da   informação.   Neste   caso,   acreditamos   que   os   alunos   possam   se 
beneficiar   de   duas   formas   dessas   atividades.   A   primeira   é   participando   dessas 
atividades,   como   já   acontece   no   departamento   de   Ciência   da   Computação,   onde   um 
bom número de alunos estagiam dentro do próprio departamento. A segunda forma é 
pelo   contato   com   a  realidade  do   mercado  que  essa  atividade  proporciona,  sendo  um 
elemento fundamental para a atuação em sala de aula por parte dos professores.

2.4.2.6 Atenção ao corpo discente

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Nesta seção discutimos mecanismos de atenção ao corpo docente, em particular com 
relação à promoção e participação em eventos e mecanismos de nivelamento.

Os estudantes são incentivados e apoiados à participação em eventos internos por meio 
de   bolsas,   suporte   a   convidados   e   integralização   de   créditos   em   atividades   de 
flexibilização   horizontal,   como   grupos   de   discussão.   Freqüentemente   o   DCC­UFMG 
recebe profissionais renomados que palestram para os alunos, como Vinton Cerf, um 
dos criadores da Internet e Stuart Feldman, atual presidente da ACM, que palestraram 
em 2007. Também são realizados com  alguma freqüência palestras de empresas e de 
pesquisadores de outros departamentos de Ciência da Computação do país. Um exemplo 
interessante   de   evento   interno   são   os   cursos   promovidos   pela   Empresa   Informática 
Junior para capacitação dos seus futuros colaboradores. São normalmente cursos de teor 
tecnológico, que complementam a formação dos alunos e facilitam a sua inserção no 
mercado, além de demonstrar a capacidade já instalada dentro dos cursos de graduação 
sob a responsabilidade do DCC. A UFMG realiza anualmente a Semana da Graduação, 
que   é   promovida   pela   Pró­reitoria   de   Graduação.   Esta   semana   se   constitui   numa 
importante   oportunidade   para   difusão   das   atividades   desenvolvidas   pelos   alunos   nos 
vários projetos realizados no escopo do BSI, disseminando a cultura e o conhecimento 
gerados na Universidade.

O DCC, sempre que possível, auxilia a participação dos alunos nos eventos, em geral 
utilizando   recursos   oriundos   de   projetos   de   pesquisa   e   extensão.   Um   exemplo   de 
iniciativa apoiada pelo departamento é a participação na Maratona de Programação da 
ACM, promovida no Brasil pela Sociedade Brasileira de Computação. O DCC foi um 
dos pioneiros na organização de tal evento, em 1996, e em 2007 sediou novamente a 
final  brasileira  da  competição,  contando   com   50  times.  Durante  todos  esses  anos   de 
realização da maratona houve a participação de equipes do DCC. Na mesma linha, o 
DCC participou das duas edições da Maratona de Programação Paralela, as quais foram 
promovidas dentro do evento SBAC­PAD. Em ambas as edições a equipe do DCC foi a 
campeã.

A UFMG, através da Pró­reitoria de Graduação, tem também uma política de incentivo 
à   participação   em   eventos.   Os   critérios   da   Câmara   de   Graduação   para   concessão   de 
auxílio ao estudante são os seguintes: 

 a) Concede­se auxílio correspondente a uma passagem rodoviária de ida e volta e mais 
uma ajuda no valor correspondente a 01 (uma) diária de professor (valor básico), aos 
estudantes   que   participem   de   eventos   acadêmicos   com   apresentação   de   trabalho 
(Congresso, Seminário etc.). A solicitação deve ser feita pelo professor orientador do 
aluno, com pelo menos 20 dias de antecedência ao evento, e conter o visto do diretor da 
Unidade, além do comprovante de aceitação e resumo do trabalho. A ajuda é concedida 
a  um  único  aluno  por  trabalho  a ser  apresentado  e  é  concedido  somente  um  auxílio 
anual por estudante.

b) Concede­se auxílio correspondente a duas passagens rodoviárias de ida e volta para 
viabilizar a participação dos estudantes nos encontros nacionais de área. A solicitação 
deve ser feita pela representação estudantil institucional, com  pelo menos 20 dias de 
antecedência   ao   evento,   e   deve   conter   o   visto   da   direção   da   Unidade.   Não   são 

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concedidos recursos para reuniões de comissão executiva nacional, nem para reuniões 
preparatórias de encontro nacional.

O   BSI   possui   disciplinas   que   resgatam   conceitos   e   conteúdos   importantes   que   são 
abordados   em   disciplinas   anteriores,   em   particular   na   unidade   de   estudos   de 
matemática. Nas demais unidades de estudo, como computação e tecnologia, além das 
áreas de formação complementar, não há necessidade de nivelamento, uma vez que não 
é   assumido   nenhum   conhecimento   prévio.   Entretanto,   o   curso   conta   com   diversos 
recursos de apoio a aprendizagem, tais como monitores e estagiários docentes.

Além desse apoio à participação e organização de eventos, os alunos da UFMG ainda 
têm  três grupos de benefícios. O primeiro grupo de benefícios se refere ao plano de 
saúde   da   CASU   –   Caixa   de   Assistência   à   Saúde   Universitária,   que   é   oferecido   em 
condições  especiais.  O  segundo  grupo  de  benefícios  é  o  acesso  ao  Centro  Esportivo 
Universitário, que permite a  prática  dos  mais  variados  esportes. O  terceiro  grupo  de 
benefícios   é   gerenciado   pela   Fundação   Mendes   Pimentel,   que   provê   uma   série   de 
serviços   prioritariamente   para   alunos   carentes   tais   como   orientação   pedagógica   e 
psicossocial, assistência médica e odontológica, programa de atendimento ginecológico, 
alimentação subsidiada e serviços de análises clínicas.

2.4.3 Estrutura Curricular 

A seguir, as disciplinas oferecidas são agrupadas segundo os componentes de currículo 
definidos no item anterior. 

1. Disciplinas   obrigatórias   em   Ciência   da   Computação   e   Sistemas   de 


Informação

• DCC003 – Algoritmos e Estrutura de Dados I
• DCC004 – Algoritmos e Estrutura de Dados II
• DCC005 – Algoritmos e Estruturas de Dados III
• DCC006 – Organização de Computadores I
• DCC011 – Introdução a Banco de Dados
• DCC038 – Programação Orientada a Objetos 
• DCC024 – Linguagens de Programação
• DCC603 – Engenharia de Software
• DCC129 – Fundamentos da Teoria da Computação
• DCC046 – Monografia em Sistemas de Informação  
• DCC023 – Redes de Computadores
• DCC605 – Sistemas Operacionais
• DCC606 – Computadores e Sociedade
• DCC044 – Fundamentos de Sistemas de Informação
• DCC045 – Teoria e Prática de Sistemas de Informação 

2. Disciplinas obrigatórias em Matemática e Estatística

22
• MAT034 – Álgebra A
• MAT001 – Cálculo Integral e Diferencial I
• MAT042 – Cálculo de Várias Variáveis
• EST173 – Iniciação à  Estatística
• DCC111 – Matemática Discreta
• MAT038 – Geometria Analítica e Álgebra Linear

3. Disciplinas   obrigatórias   da   área   de   Administração,   Economia   e   Ciências 


Contábeis

• CAD103 – Administração (TGA)
• ECN101 – Microeconomia (Economia AI)
• CAD163 – Administração de Recursos Humanos              
• CIC010 – Introdução à Contabilidade                                    
• CAD153 – Administração de Custos.
• CAD004 – Administração da Produção 
• CAD167 – Administração Financeira 
• CAD164 – Administração Mercadológica

4. Disciplinas obrigatórias da área de Ciência da Informação

• OTI071 – Organização e Tratamento da Informação 
• TGI004 – Usuários da Informação 

5. Formação Complementar
 
O aluno deverá escolher 6 ou mais disciplinas, de forma a integralizar uma carga 
horária de 360 horas­aula ou 24 créditos, minimizando o número de perfis (na 
medida do possível, permanecer dentro de um único perfil).

• Teoria e Gestão da Informação
   
Compreende conceitos de teoria e gestão da informação. As disciplinas 
devem ser escolhidas dentro das seguintes:

­ TGI012 – Gerência de Recursos Informacionais
­ TGI015 – Tópicos em Administração de Unidades de Informação
­ TGI021 – Tópicos em Tecnologia da Informação
­ TGI022 – Tópicos em Teorias da Informação
­ TGI027 – Tópicos em Informação e Sociedade

• Organização e Tratamento da Informação
   
Compreende   conceitos   organização   e   tratamento   da   informação.   As 
disciplinas devem ser escolhidas dentro das seguintes:

­ OTI049 – Organização e Controle Bibliográfico da Informação
­ OTI063 – Tópicos em Tratamento para a Gestão de Coleções

23
­ OTI064 – Tópicos em Tratamento para Gestão da Informação
­ OTI065 – Tópicos em Disseminação para a Gestão de Coleções
­ OTI067 – Tópicos em Fontes Especializadas para a Gestão de Coleções
­ OTI069 – Tópicos em Fontes Gerais para a Gestão de Coleções
­ OTI014 – Produção dos Registros do Conhecimento
­ OTI045 – Fontes de Informação Geral
­ OTI047 – Fontes de Informação Especializada
­ OTI051 – Serviços de Disseminação da Informação
­ OTI038 – Tópicos em Arquivologia
­ OTI066 – Tópicos em Disseminação para Gestão da Informação
­ OTI068 – Tópicos em Fontes Especializadas para Gestão da Informação
­ OTI070 – Tópicos em Fontes Gerais para Gestão da Informação

• Ciências Atuariais
   

- EST035 – Análise de Regressão
- EST014 – Aspectos Estatísticos da Economia
- EST032 – Probabilidade
- EST047 – Técnicas Atuariais I
- EST049 – Técnicas Atuariais II
- EST052 – Tarifação de Seguros
- EST053 – Tópicos em Atuária
- EST171 – Tópicos em Estatística
- EST050 – Teoria do Risco

• Estatística
   

- EST034 – Estatística Geral
- EST035 – Análise de Regressão
- EST036 – Planejamento de Experimentos
- EST014 – Aspectos Estatísticos da Economia
- EST171 – Tópicos em Estatística
- EST032 – Probabilidade

• Finanças
   
Compreende   conceitos   avançados   de   administração   com   ênfase   em 
finanças. As disciplinas são:

- CAD002 – Gerência Financeira
- CAD014 – Administração Tributária
- CAD001 – Tópicos em Administração (30h)
- CAD029 – Tópicos em Administração A (60h)                    
- CAD023 – Análise Financeira                                           
- CAD122 – Mercado de Capitais                                        
- CAD169 – Análise de Custos
- CAD176 – Análise de Investimento e Financiamento
- CAD180 – Planejamento e Controle Orçamentário
- ECN120 – Finanças Públicas

24
- CIC001 – Cálculo Financeiro e Custos
- DCC055 – Empreendimentos em Informática
- DCC048 – Gestão e Planej. de Empreendimentos de Base Tecnológica

• Mercadologia
   
Compreende   conceitos   avançados   de   administração   com   ênfase   em 
mercadologia. As disciplinas são:

- CAD179 – Gerência de Produtos, Distribuição e Preços 
- CAD017 – Análise e Pesquisa de Mercado I                     
- CAD022 – Análise e Pesquisa de Mercado II                      
- CAD024 – Gerência de Comunicação Mercadológica           
- CAD027 – Mercado Internacional 
- CAD001 – Tópicos em Administração (30h)
- CAD029 – Tópicos em Administração A (60h)
- DCC055 – Empreendimentos em Informática
- DCC048 – Gestão e Planej. de Empreendimentos de Base Tecnológica

• Recursos Humanos/Organizações
   
Compreende   conceitos   avançados   de   administração   com   ênfase   em 
recursos humanos e funcionamento das organizações. As disciplinas são:

- CAD016 – Administração de Cargos, Salários e Carreira 
- CAD181 – Relações de Trabalho 
- CAD171 – Desenvolvimento de Recursos Humanos 
- CAD028 – Mudança Organizacional                            
- CAD008 – Comportamento Organizacional 
- POP004 – Tópicos Especiais em Demografia                  
- CAD001 – Tópicos em Administração (30h)
- CAD029 – Tópicos em Administração A (60h)
- DCC055 – Empreendimentos em Informática
- DCC048 – Gestão e Planej. de Empreendimentos de Base Tecnológica

• Produção/Serviços
   
Compreende   conceitos   avançados   de   administração   com   ênfase   em 
produção e serviços. As disciplinas são:

- CAD025 – Gestão da Competitividade e Produtividade
- CAD026 – Gestão da Qualidade
- CAD116 – Planejamento e Controle da Produção
- CAD118 – Pesquisa Operacional em Administração
- CAD001 – Tópicos em Administração (30h)
- CAD029 – Tópicos em Administração A (60h)
- DCC055 – Empreendimentos em Informática
- DCC048 – Gestão e Planej. de Empreendimentos de Base Tecnológica

• Administração Geral
   

25
- CAD010 – Métodos e Técnicas de Pesquisa em Administração I
- CAD013 – Métodos e Técnicas de Pesquisa em Administração II
- CAD161 – Administração Sistemas de Informação I
- CAD162 – Administração de Sistemas de Informação II
- CAD174 – Política e Planejamento em Administração
- CAD001 – Tópicos em Administração (30h)
- CAD029 – Tópicos em Administração A (60h)
- DCC055 – Empreendimentos em Informática
- DCC048 – Gestão e Planej. de Empreendimentos de Base Tecnológica

6. Optativas em Ciência da Computação

Buscando dar uma formação mais coesa aos alunos do curso, apresentamos, a 
seguir, uma proposta de disciplinas optativas na área de ciência da computação. 
São elas:

-  DCC010 – Compiladores 
-  DCC012 – Introdução a Sistemas de Informação
-  DCC007 – Organização de Computadores II 
-  DCC008 – Software Básico 
-  DCC013 – Administração de CPD
-  DCC014 – Sistema de Tempo Real
-  DCC020 – Projeto de Circuitos Integrados
-  DCC027 – Computação Gráfica
-  DCC028 – Inteligência Artificial
-  DCC029 – Processamento Digital de Imagens
-  DCC036 – Sistemas Multimídia
-  DCC037 – Engenharia de Sistemas Gráficos
-  DCC041 – Introdução à Robótica
-  DCC042 – Robótica Móvel
-  DCC055 – Empreendimentos em Informática
-  DCC048 – Gestão e Planej. de Empreendimentos de Base Tecnológica
-  DCC049 – Tópicos em Sistemas de Informação 
- ICE019  – Participação em Eventos I
- ICE025 – Iniciação Científica
- ICE026 – Estágio
- ICE027 – Participação em Empresa Junior
- ICE028 – Empreendedorismo
- ICE029 – Discussões Temáticas

A  figura 1 apresenta a estrutura da grade curricular proposta. A previsão é de haver 
aproximadamente   5   disciplinas   por   semestre.   Como   pode   ser   notado,   na   medida   do 
possível, estão sendo utilizadas disciplinas já existentes no  BCC. As disciplinas são em 
geral de 04 créditos (60 horas) com exceção de algumas disciplinas. 

26
PERÍODO
BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO


DCC003 MAT001 MAT038 CAD103 FL (4 créd.)


DCC004 DCC111 DCC044 MAT042 ECN101 OP (4 créd.)


DCC005 DCC006 MAT034 EST173 TGI004 FL (4 créd.)


DCC024 DCC605 CAD163 OTI071 OP (4 créd.)


DCC023 DCC011 CAD004 CIC010 OP (4 créd.) FC (4 créd.)


DCC129 DCC603 CAD153 OP (4 créd.) FC (4 créd.)


DCC038 DCC045 CAD167 FC (8 créd.)


DCC606 DCC046 CAD164 FC (8 créd.)

Figura 1: Currículo do Bacharelado em Sistemas de Informação

A seguir apresentamos o currículo detalhado por período, indicando ainda a unidade de 
estudo   associada   a   cada   disciplina,   conforme   a   seguinte   notação:   CC­Computação, 
MAT­Matemática, FC­Formação Complementar, HUM­Humana e TEC­Tecnologia.

27
   Código   Unidade  Carga
de Estudo                     Denominação Horária      Pré­requisitos
(horas)

Primeiro Semestre

DCC003 CC Algoritmos e Estruturas de Dados I 60

MAT001 MAT Cálculo Integral e Diferencial I 90

MAT038 MAT Geometria Analítica e Álgebra  60


Linear

CAD103 FC Administração (TGA) 60

HUM Formação Livre 60

Segundo Semestre

TEC Optativa 60

DCC111 MAT Matemática Discreta  60

DCC004 CC Algoritmos e Estruturas de Dados II 60 DCC003

ECN101 FC Microeconomia (Economia A I) 60

DCC044 CC Fundamentos de Sistemas de  30
Informação

MAT042 MAT Cálculo de Várias Variáveis 60 MAT001/


MAT038

28
Unidade  Carga
Código de Estudo Denominação Horária  Pré­requisitos
(horas)

Terceiro Semestre

DCC005 CC Algoritmos e Estruturas de Dados  60 DCC004


III

DCC006 CC Organização de Computadores I 60 DCC111

MAT034 MAT Álgebra A 60

EST173 MAT Iniciação à Estatística  90

TGI004 FC Usuários da Informação 60

HUM Formação Livre 60

Quarto Semestre

DCC024 CC Linguagens de Programação 60

DCC605 TEC Sistemas Operacionais 60

OTI071 FC Organização e Tratamento da  60
Informação 

CAD163 FC Administração de Recursos  60 CAD103


Humanos

TEC Optativa 60

29
 Unidade   Carga
Código de Estudo Denominação Horária  Pré­requisitos
(horas)

Quinto Semestre

DCC023 TEC Redes de Computadores 60

DCC011 TEC Introdução a Banco de Dados 60

CIC010 FC Introdução à Contabilidade 60 CAD103

CAD004 FC Administração da Produção 60 CAD103

TEC Optativa  60

FC Formação Complementar/Optativa 60

Sexto Semestre

DCC129 CC Fundamentos da Teoria da  60
Computação

FC Formação Complementar/Optativa  60

DCC603 TEC Engenharia de Software 60

TEC Optativa  60

CAD153 FC Administração de Custos 60        CIC010

30
   Unidade  Carga
Código de Estudo Denominação Horária  Pré­requisitos
(horas)

Sétimo Semestre

FC Formação Complementar/Optativa 120

DCC038 TEC Programação Orientada a Objetos 60

DCC045 TEC Teoria e Prática de Sistemas de  30


Informação

CAD167 FC Administração Financeira 60 CAD153

Oitavo Semestre

FC Formação Complementar/Optativa  120

CAD164 FC Administração Mercadológica 60 CAD103

DCC606 TEC Computadores e Sociedade 60

DCC046 TEC Monografia em Sistemas de  90


Informação 

31
2.4.3.1 Inter­relação das Unidades de Estudo

O currículo do BSI foi estruturado de tal forma que as várias unidades de estudo são 
apresentadas   aos   alunos   de   forma   tão   simultânea   quanto   possível,   possibilitando   a 
construção   conjunta   das   várias   habilidades   e   competências   e   explorando   as   suas 
complementaridades.   Assim,   tendo   em   vista   as   próprias   peculiaridades   da   área,   no 
início  do  curso  há  uma  ênfase maior em  fundamentos  de  computação  e matemática, 
enquanto que as unidades de estudo tecnológicas são apresentadas com maior ênfase na 
segunda metade do curso. Em  paralelo, as unidades de estudo em áreas de formação 
complementar são apresentadas durante todo o curso. Neste caso, também  temos  um 
componente   de   formação   básica,   composto   de   10   disciplinas   (6   das   ciências 
administrativas, 2 da ciência da informação, 1 das ciências econômicas e 1 das ciências 
contábeis) e um componente de formação especializada, conforme a opção do aluno. 
Acreditamos que essa pluralidade de conceitos, ao  mesmo  tempo  que é respeitado o 
caráter incremental de muitas disciplinas, permite uma apropriação paulatina e sólida 
dos vários  conteúdos, assim como a sua aplicação em situações práticas.

2.4.3.2 Dimensionamento da carga horária

O dimensionamento da carga horária das várias unidades de estudo está de acordo com 
as diretrizes curriculares e o projeto pedagógico institucional da UFMG. O currículo foi 
projetado de forma a balancear as várias unidades de estudo. Assim, a formação básica 
em computação corresponde a 15% da carga horária, enquanto a formação básica em 
matemática   corresponde   a   16%   da   carga   horária   e   a   formação   básica   em   ciências 
humanas corresponde a 5%. A diretriz de flexibilização curricular torna possível todo 
um espectro de percursos curriculares, que pode explorar ao máximo a flexibilização 
curricular   ou   não.   É  interessante  contrastar  as  possibilidades  é  entre   a  flexibilização 
focada   em   áreas   de   formação   complementar   ou   na   própria   área   de   computação.   No 
primeiro caso, a formação específica em tecnologia corresponde a 28% da carga horária 
enquanto   a   formação   complementar   (básica   e   específica)   corresponde   a   37%.   No 
segundo   caso,   a   formação   específica   em   tecnologia   é   ampliada   para   41%   da   carga 
horária,   enquanto   a   formação   complementar   é   reduzida   para   os   conteúdos   básicos 
(23%). Cabe ressaltar que o mecanismo da formação complementar aberta permite ao 
alunos definir trajetórias que estejam entre esses extremos, e, em todos os casos, 28% do 
percurso curricular (formação livre, optativas e formação complementar) são de escolha 
do aluno. As tabelas a seguir apresentam esses dois percursos curriculares, detalhando o 
número de créditos por período e unidade de estudo.

Percurso Flexibilizado com enfoque não tecnológico
Período
Unidade de Estudo 1 2 3 4 5 6 8 Total %
7
Computação 4 6 8 4 4 26 15
Matemática 10 8 10 28 16
Tecnologia 4 8 12 8 6 10 48 28
Humanas 4 4 8 5
Formação Complementar 4 4 4 8 12 8 12 12 64 37
Total 22 22 26 20 24 20 18 22 174 100

32
Percurso Flexibilizado com enfoque tecnológico
Período
Unidade de Estudo 1 2 3 4 5 6 7 8 Total %
Computação 4 6 8 4 4 26 15
Matemática 10 8 10 28 16
Tecnologia 4 8 16 12 14 18 72 41
Humanas 4 4 8 5
Formação complementar 4 4 4 8 8 4 4 4 40 23
Total 22 22 26 20 24 20 18 22 174 100

2.5 Corpo Docente e Técnico­Administrativo

2.5.1 Perfil Docente

O processo de seleção de docentes adotado pela UFMG é bastante criterioso e tem um 
certa   uniformidade   em   todas   as   Unidades   Acadêmicas.   Uma   das   exigências   é   que   o 
candidato  tenha formação  adequada para a realização  das  atividades  às quais está  se 
propondo desempenhar. Outro aspecto analisado é a produção científica do candidato, 
como indicativo da sua experiência como pesquisador, que é um das atividades que o 
professor deverá desenvolver.

Mediante   uma   política   institucional   visando   a   titulação   dos   seus   docentes,   os   vários 
departamentos   associados   ao   BSI   demonstram   uma   preocupação   com   a   formação 
acadêmica dos professores e seu constante aperfeiçoamento. Internamente, os docentes 
são estimulados tanto a se titularem ou participarem de programas de pós­doutoramento, 
obedecendo   um   cronograma   de   acordo   com   o   interesse   e   disponibilidade   de   cada 
departamento. Atualmente, o Departamento de Ciência da Computação possui quatro 
docentes afastados para atividades de aperfeiçoamento que variam de professor visitante 
em   instituição   estrangeira   a   empreendedor   em   empresas   de   base   tecnológica.   Mais 
ainda, cabe ressaltar que, na maioria dos concursos para preenchimento de vagas, um 
dos pré­requisitos é o candidato possuir título de doutor, abrindo­se vagas para mestres 
somente no caso de não haver candidatos doutores.

Quanto à formação profissional, ela é parte integrante e indispensável do BSI, e vários 
dos   professores   têm   atuação   constante   no   escopo   do   curso   através   de   realização   de 
pesquisas   e   desenvolvimento   tecnológicos   em   parceria   com   instituições   públicas   e 
privadas,   e   projetos   que   são   desenvolvidos   nos   laboratórios   do   DCC   e   outros 
departamentos participantes, como os da Faculdade de Ciências Econômicas e Escola 
de Ciência da Informação.

Os professores do BSI possuem ampla e diversificada experiência, e, se considerarmos 
os departamentos participantes do curso, encontramos professores com ampla atuação 
em todos os âmbitos do ensino formal e não formal de Sistemas de Informação.

As   políticas   de   capacitação   são   internas   aos   departamentos,   sendo   usualmente 


priorizados para capacitação os docentes que aspirem a realização de um doutorado ou 

33
pós­doutorado, embora atuações em  empresas de base tecnológica têm  ocorrido com 
alguma   freqüência.   Um   bom   exemplo   disso   é   o   Departamento   de   Ciência   da 
Computação, que tem 41 professores, sendo 35 doutores (85%) e os demais mestres. 
Esse   percentual   tende   a   aumentar   com   contratações   que   devem   acontecer   no   futuro 
próximo. 

Além da atuação de ensino, os docentes do BSI têm publicações em grande maioria das 
áreas pertinentes ao curso. Todos os departamentos participantes são também sede de 
programas de pós­graduação com projeção, no mínimo nacional. O Departamento de 
Ciência   da   Computação   tem   projeção   internacional   em   áreas   como   sistemas   de 
informação na Web e análise, projeto e modelagem de sistemas computacionais, tendo 
recebido   conceito   6   na   última   avaliação   da   Capes.   Uma   parcela   significativa   dos 
professores   é   também   pesquisador   em   produtividade   do   CNPq   e   desenvolve   as   suas 
pesquisas primariamente nos laboratórios do departamento.

2.5.2 Atuação docente nas atividades acadêmicas

A grande maioria dos professores atuantes no curso são efetivos e trabalham em regime 
de   dedicação   integral.   Os   docentes   de   tempo   parcial   em   geral   possuem   pelo   menos 
mestrado   e   frequentemente   estão   em   processo   de   doutoramento.   A   política   da 
universidade   é   que   esses   professores   de   tempo   parcial   sejam   contratados   por   como 
professores substitutos enquanto os concursos para o provimento das respectivas vagas 
não sejam abertos.

O processo de alocação de encargos didáticos leva em consideração a área de formação 
e atuação dos docentes, os quais, dada a sua diversidade e cobertura de atuação, tem 
permitido   uma   alocação   em   geral   adequada   tanto   em   termos   de   amplitude   quanto 
profundidade   das   várias   unidades   de   estudo.     No   Departamento   de   Ciência   da 
Computação, os concursos em geral não são direcionados a áreas específicas, mas têm 
permitido   uma   contratação   diversificada   e   de   qualidade.   Nos   últimos   6   anos   foram 
contratados 8 docentes de variadas áreas de atuação. 

2.5.3 Corpo técnico­administrativo 

O   corpo   técnico­administrativo   atua   basicamente   em   dois   contextos   do   curso.   O 


primeiro é no contexto da administração do curso em si, executando e controlando os 
vários procedimentos envolvendo a dinâmica dos alunos e os demais ritos da vivência 
acadêmica,   tais   como   atividades   demandadas   e   em   conjunto   com   os   colegiados 
superiores e mesmo outras organizações, como o próprio INEP. O segundo contexto é 
com relação à manutenção da infra­estrutura de suporte ao funcionamento do curso. 

O suporte administrativo é executado primariamente pela secretaria do colegiado e pela 
secretaria   do   Departamento   de   Ciência   da   Computação.   A   secretaria   do   colegiado   é 
exercida por funcionário público federal e tem dedicação prioritária ao atendimento das 
demandas   dos   alunos,   assim   como   o   controle   das   opções   curriculares   e   do   bom 
andamento   do   curso.   A   secretaria   do   DCC   atua   no   sentido   da   relação   com   outros 
departamentos e suporte ao projeto pedagógico do curso. O apoio à graduação no DCC 
é exercido por funcionário público federal, mas apoiado por funcionários contratados 

34
via fundação da UFMG.  Cabe ressaltar que o  suporte administrativo  é auxiliado nas 
suas atribuições pela seção de ensino do Instituto de Ciências Exatas e pela equipe da 
Pró­reitoria   de   Graduação,   que   é   a   instância   reguladora   e   de   apoio   técnico   aos 
colegiados de coordenação didática. 

O   suporte   de   infra­estrutura   consiste   da   biblioteca   e   dos   laboratórios   de   suporte   ao 


ensino   básico   e   profissional,   assim   como   os   laboratórios   de   prática   profissional.   A 
biblioteca do ICEx é de responsabilidade de bibliotecária com mestrado e possui mais 
dois funcionários públicos federais, além de estagiários contratados. Os laboratórios de 
suporte   ao   ensino   básico   e   profissional   são   mantidos   por   uma   equipe   de   técnicos 
contratados pela fundação universitária que cuidam não apenas dos laboratórios em si, 
mas também da infra­estrutura de tecnologia da informação e comunicação do DCC. Os 
laboratórios   de   prática   profissional,   que   incluem   laboratórios   de   pesquisa   e 
desenvolvimento tecnológico, assim como a Empresa Informática Junior, são mantidos 
por recursos próprios dos projetos de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos captados 
pelo departamento, assim como prestação de serviços à comunidade, como o Ponto de 
Presença  na  Internet  da  Rede  Nacional  de  Pesquisa,  que  é  operado  pelo  DCC  desde 
1995. O corpo técnico de suporte aos laboratórios é composto de profissionais altamente 
capacitados, alguns com mestrado, e larga experiência, permitindo que o DCC proveja 
uma infra­estrutura excepcional de suporte ao ensino.

Deve­se ressaltar a necessidade de contratação de mais funcionários para dar suporte ao 
funcionamento do curso, tendo em vista uma parcela significativa desses funcionários 
serem mantidos com recursos próprios obtidos, em particular pelo DCC, com projetos 
de pesquisa e extensão. 

A   política   de   capacitação   segue   a   política   Institucional,   ou   seja,   da   Pró­Reitoria   de 


Recursos   Humanos.   O   curso   adequa   a   atuação   do   técnico­administrativo   ou   auxiliar 
quando estão em processo de capacitação, por meio da organização da Carga Horária.

As políticas da Pró­Reitoria de Recursos Humanos são:

­ O Progrid (Programa Integrado de Desenvolvimento) se apresenta como um programa 
que articula e reorienta ações já existentes na Instituição e soma a estas novas ações, sob 
o foco de uma política clara de gestão de recursos humanos. Basicamente, seu objetivo é 
a  capacitação   do   servidor  da   UFMG,  tornando­o   um   profissional  mais  qualificado  e 
também   um   ser   humano   mais   completo.   Essa   nova   política   considera   que   o 
desenvolvimento de pessoas deve ser visto de forma integral e integrada aos objetivos da 
Instituição e aos contornos sociais e políticos em que seus servidores se inserem. Assim, 
através do PROGRID, pretende­se contribuir não apenas para o crescimento pessoal e 
profissional das pessoas que a Instituição abriga, mas, também, para o desenvolvimento 
da Instituição em  si e das suas relações com  a comunidade externa. Dessa forma, os 
projetos que compõem os Programas do PROGRID deverão ser um campo fértil para o 
desenvolvimento de novas práticas de ensino, pesquisa e extensão, aliando a gestão de 
pessoas à gestão acadêmica. Como proposta inicial, sugere­se a existência de três sub­
programas:   treinamento,   desenvolvimento   e   qualidade   de   vida   no   trabalho.   Cada 
programa   incorporará   em   suas   atividades   as   vertentes   do   ensino,   da   pesquisa   e   da 

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extensão, esta última voltada de forma prioritária para os aspectos do papel social da 
universidade.

Sub­programa   de  Treinamento   ­  Também   chamada   capacitação  para   o   trabalho,   esse 


primeiro   programa   do   Progrid   considera   a   existência   de   uma   demanda   clara, 
parcialmente   identificada,   tanto   por   parte   de   gestores   quanto   por   parte   dos   próprios 
servidores. Estes, encontrarão no Sub­programa de Treinamento os cursos ideais para 
que se tornem mais hábeis no trabalho do dia a dia.

Sub­programa   de   Desenvolvimento   ­   Também   chamada   capacitação   para   a   vida. 


Diferentemente do Sub­programa de Treinamento, nesse, o servidor poderá optar por 
cursos que irão torná­lo um profissional mais qualificado, não necessariamente para o 
trabalho   que   desenvolve   no   momento,   mas   para   potencializar   o   exercício   de   outras 
atividades no futuro e para sua própria vida pessoal. Cumprindo esse objetivo, os cursos 
de desenvolvimento serão disponibilizados fora do horário de trabalho. Observe que um 
curso   considerado   como   de   treinamento   para   determinado   servidor   poderá   ser 
caracterizado como de desenvolvimento para outro, cuja atividade exercida não esteja 
ligada ao assunto do curso.

Sub­programa   de   Qualidade   de   Vida   no   Trabalho   ­   Com   interfaces   tanto   com   o 


treinamento   quanto   com   o   desenvolvimento,   esse   programa   congrega   projetos 
vinculados à área de segurança e outros temas que propiciem uma melhor inserção no 
ambiente e nas relações de trabalho na Universidade.

­ Projeto Banco de Talentos: a Pró Reitoria de Recursos Humanos, a fim de conhecer as 
potencialidades de seus colaboradores, lança o Banco de Talentos da PRORH. Aqui, o 
servidor pode cadastrar seu currículo, informando­nos de suas habilidades e interesse 
em ministrar determinados cursos.

2.5.4 Coerência do corpo docente e do corpo técnico­administrativo com o currículo

Como   exposto,   os   corpos   docentes   e   técnico­administrativo   atuantes   no   BSI   são 


adequados e suficientes para a proposta curricular. A quase totalidade dos professores 
atuante   no   curso   possui   doutorado   ou   pelo   menos   mestrado,   sendo   docentes   de 
dedicação   exclusiva   ao   curso.   Com   relação   a   área   de   atuação   dos   docentes,   há   uma 
grande diversidade e capacidade instalada tanto em  termos de experiência acadêmica 
quanto de conhecimento profundo das respectivas áreas, que normalmente são as suas 
áreas de formação e interesse de pesquisa e extensão, uma parte importante da formação 
profissional   do   bacharel   em   sistemas   de   informação.   Existe   um   corpo   técnico­
administrativo   capacitado   e   em   número   suficiente   para   atender   as   necessidades   do 
curso,   embora   parte   do   corpo   seja   mantido   com   recursos   próprios   captados   pelos 
departamentos, mostrando a necessidade da contratação de mais servidores públicos, o 
que   é   um   problema   crônico   nas   universidades   públicas.   Finalmente,   é   importante 
ressaltar as políticas de aperfeiçoamento profissionais tanto para docentes quanto para 
técnico­administrativos. 

2.6 Infra­Estrutura

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O curso de bacharelado em Sistemas de Informação funciona no Instituto de Ciências 
Exatas   (ICEx)   da   UFMG   e   a   infra­estrutura   está   sob   a   responsabilidade   do 
Departamento de Ciência da Computação (DCC). Podemos dividir os recursos de infra­
estrutura   em   três   grupos:   infra­estrutura   física,   infra­estrutura   de   tecnologia   da 
informação e infra­estrutura administrativa.
 
O primeiro grupo compreende infra­estrutura física, mais especificamente salas de aula, 
biblioteca e laboratório. As salas de aula possuem recursos multimídia (computador e 
projetor), além de serem cobertas pela rede sem fio instalada pelo DCC, permitindo que 
proprietários   de   computadores   portáteis   utilizem   tais   equipamentos   em   sala   quando 
necessário. A biblioteca é localizada no próprio prédio do ICEx e o seu acervo é focado 
em ciências exatas, mas ela é parte do sistemas de bibliotecas da UFMG, permitindo o 
acesso   a     conteúdo   de   todas   as   áreas   do   conhecimento.   Os   laboratórios   foram 
recentemente renovados, com a taxa de uma máquina para cada 5 alunos que os utilizam 
(o   DCC   também   provê   infra­estrutura   para   os   cursos   de   Ciência   da   Computação   e 
Matemática   Computacional).   Além   dos   laboratórios   contendo   estações   de   trabalho, 
podemos   enumerar   dois   outros   de   uso   comum:   laboratório   de   sistemas   digitais   e 
laboratório de robótica móvel. 

A   infra­estrutura   de   tecnologia   da   informação   consiste   de   um   endereço   eletrônico 


(@dcc.ufmg.br),   assim   como   espaço   de   armazenamento   persistente   e   publicação 
WWW,   e   acesso   a   servidores   de   processamento   do   DCC.     Cabe   ressaltar   que   o 
DCC/UFMG está ligado à Internet 2 via RNP, permitindo o acesso e o contato com o 
estado da arte em termos de conectividade. Um  último recurso que cabe menção é o 
sítio Web do departamento, o servidor de listas de discussão e o servidor de suporte a 
cursos.

A   infra­estrutura   administrativa   compreende   o   suporte   acadêmico   provido   pelo 


secretário do colegiado, além de outros mecanismos de suporte providos pelo ICEx. 
A   secretaria   do   DCC   também   apoia   administrativamente,   em   particular   no 
acompanhamento das ofertas de disciplinas e interação com o setor acadêmico da Pró­
reitoria de Graduação. Para facilitar o acesso aos professores e aos recursos do DCC, 
tanto   a   secretaria   administrativa   do   departamento   quanto   os   laboratórios   têm 
funcionamento   diurno   e   noturno.   Outros   serviços   como   cantina   também   estão 
facilmente acessíveis aos alunos do curso.

2.6.1 Biblioteca

O   curso   de   BSI   conta   com   pelo   menos   quatro   bibliotecas   para   uso   da   comunidade, 
sendo   uma   biblioteca   central   da   UFMG,   denominada   Biblioteca   Universitária,   e   três 
bibliotecas setoriais: ICEx, FACE e ECI.

As   bibliotecas   setoriais   fazem   parte   de   um   conjunto   de   28   bibliotecas   setoriais   que 


integram o Sistema de Bibliotecas da UFMG. O acervo acessível a partir deste Sistema 
compreende mais de 725.000 exemplares de livros, 18.000 periódicos e 100.000 itens de 
materiais especiais, como audiovisuais, slides, partituras, fitas de vídeo, documentos de 
arquivo,   fotografias   etc.   As   bibliotecas   setoriais   estão   subordinadas   tecnicamente   à 

37
direção   da   Biblioteca   Universitária   e   administrativamente   à   direção   da   Unidade 
Acadêmica onde ela funciona.  

A missão das bibliotecas é oferecer serviço e informação de qualidade aos usuários reais 
e   potenciais,   utilizando   recursos   tecnológicos,   objetivando   suprir   as   necessidades   de 
ensino,   pesquisa   e   extensão   associados   ao   BSI.   Os   objetivos   das   bibliotecas   são 
preservar   o   conhecimento,   recuperar   e   disseminar   a   informação.   Estes   objetivos   são 
concretizados   através   do   desenvolvimento,   organização   e   manutenção   de   coleções 
informacionais   quantitativa   e   qualitativamente   fortes   e   adequadas   às   demandas   dos 
usuários,   fornecendo   a   facilitando   os   acesso   ao   acervo   e   a   outras   informações 
localizadas externamente. 

O processo de informatização garante a otimização das atividades, não só com relação 
aos   usuários   como   também   no   que   diz   respeito   ao   controle   e   formação   do   acervo, 
levantamentos   bibliográficos,   circulação   de   materiais,   comutação   bibliográfica   e 
processamento técnico. O sistema de bibliotecas da UFMG optou por trabalhar com o 
sistema   Pergamum,   um   software   que   atendeu   as   expectativas   de   recuperação   de 
informação   e   entrada   de   dados,   além   de   possibilitar   alterações   necessárias   e 
aperfeiçoamentos desejáveis para melhor atendimento da comunidade acadêmica. Todo 
o   acervo   da   UFMG   se   encontra   automatizado,   podendo   ser   acessado   no   sítio 
www.bu.ufmg.br. 

Todas   as   bibliotecas   utilizam   o   SIBRADID   e   seguem   estritamente   as   políticas   de 


alimentação do banco de teses e dissertações da UFMG.  Dentre os serviços prestados 
pelas bibliotecas salientam­se: 

• Acesso, recuperação da informação e  controle de empréstimos, via terminais 
locais e Web ; 
• Acesso a informações externas: bases de dados, CD­ROM, índices e abstracts;
• Localização   e   acesso   físico   a   documentos   não   disponíveis   na   UFMG,   via 
Comutação Bibliográfica – COMUT; 
• Empréstimos entre bibliotecas;
• Treinamento de usuários; 
• Orientação na normalização de trabalhos técnico­científicos;
• Acesso ao Portal de Periódicos da CAPES; 
• Participante da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do IBICT

Os   serviços   de   maior   demanda   como   empréstimo   e   devolução   são   executados   com 


leitura ótica do código de barras o que agiliza o serviço.  A renovação e reserva de obras 
são controladas pelos próprios usuários em terminais disponíveis nas bibliotecas ou via 
Internet, tornando o serviço mais confiável e o usuário mais independente. As bases de 
dados disponibilizadas pela Internet permite ao usuário a obtenção de um levantamento 
bibliográfico mais completo e mais rápido.

A seguir apresentamos informações detalhadas sobre as bibliotecas setoriais obtidas em 
março de 2008.
 

38
A Biblioteca Setorial do ICEx é responsável pelo desenvolvimento do acervo nas áreas 
de Ciência da Computação, Estatística e Matemática.  A biblioteca possui um  acervo 
informacional   atualizado   e   com   cerca   de   15.000   mil   títulos,   referentes   a   livros, 
teses/dissertações,  e   390   títulos   de   periódicos   correntes   além   de   materiais   especiais 
como audiovisuais, slides, fitas de vídeo e cd­rom. 

A Biblioteca do ICEx funciona de segunda à sexta­feira no horário de 07:30 às 21:00 
horas.   O   acervo   é   protegido     por   dispositivos   de   segurança   que   incluem   portais 
eletrônicos   e   câmeras   de   monitoramento   interno.   Todo   o   ambiente   da   biblioteca   é 
coberto pela rede sem fio do Departamento de Ciência da Computação. 

A Biblioteca Setorial da FACE é responsável pelo desenvolvimento do acervo nas áreas 
de Ciências Administrativas, Econômicas, Contábeis e Demografia. A biblioteca possui 
um acervo de 7000 exemplares, 532 títulos de periódicos e aproximadamente 1000 teses 
e   dissertações,   nas   áreas   afins   ao   BSI.   Suas   novas   instalações   foram   recentemente 
inauguradas no novo prédio da FACE.

A Biblioteca Setorial da ECI é responsável pelo desenvolvimento do acervo na área de 
Ciência da Informação. A biblioteca possui um acervo de mais de 14000 exemplares, 
distribuídos em aproximadamente 9000 títulos, 631 títulos de periódicos e 631 teses e 
dissertações.

O acervo de livros referentes à formação geral do BSI é adequado, tanto em quantidade 
quanto em pertinência e relevância acadêmico­científica. O acervo é atualizado e integra 
o projeto pedagógico do curso, atendendo toda a bibliografia básica do curso, além de 
conter uma parcela significativa das bibliografias complementares.

O acervo de livros referentes à formação específica do BSI é adequado em número de 
títulos   e   de   exemplares,   tanto   em   quantidade   quanto   em   pertinência   acadêmico­
científica. O acervo é atualizado e integra o projeto pedagógico do curso, atendendo 
toda   a   bibliografia   básica   do   curso,   além   de   conter   uma   parcela   significativa   das 
bibliografias complementares.

O acervo de periódicos é adequado, pertinente e relevante. A bibliotecas têm setores de 
periódicos onde se tem acesso ao portal Capes, portal ACM e portal IEEE, entre outras 
bases de dados online, como por exemplo a BDBComp, desenvolvida no DCC­UFMG. 
Os trabalhos de pós­graduação estão sendo inseridos na Biblioteca Digital de Teses e 
Dissertações, permitindo o acesso a esse conteúdo através da Web.

A Universidade Federal de Minas Gerais possui uma política integrada de preservação e 
expansão do acervo. Esta política visa preservação da literatura adquirida, compra de 
novos volumes, além de promover reestruturações no funcionamento e na infra­estrutura 
das   bibliotecas.   Esta   política   tem   como   objetivo   alcançar   o   patamar   ideal   de 
sustentabilidade dos cursos.

As bibliotecas têm realizado aquisições periódicas de livros com verba orçamentária. O 
acervo é atualizado via programas especificos das Pró­reitorias de Graduação e Pós­
graduação, via verba orçamentária e com recursos próprios das respectivas Unidades 

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Acadêmicas.   As   bibliotecas   mantém   um   conjunto   de   sugestões   para   aquisição 
proveniente   de   sugestões   dos   usuários,   atualizações   dos   programas   de   curso   das 
disciplinas, e catálogos de editoras.

2.6.2 Instalações e laboratórios para formação básica

As aulas do BSI são, em geral, ministradas no ICEx, a menos das disciplinas associadas 
a formação complementar específica. São 6 salas de aula teóricas, 2 salas de aula prática 
e um  auditório com  70 lugares, além  de 4 outros auditórios de maior capacidade no 
ICEx. Todas as salas de aula e auditório são equipadas com computador Pentium IV 
1.8Ghz e 512MB RAM, e projetor multimídia.

O uso das salas de aula prática, com capacidades para 40 e 30 alunos, é normalmente 
conduzida por um professor ou por um professor e respectivos monitores, representando 
uma boa relação aluno professor. Cabe ressaltar que tendo em vista o teor de muitas 
disciplinas, assume­se que os alunos serão responsáveis por desenvolver os seus projetos 
individualmente ou em  grupos, sendo as salas de aula prática plenamente suficientes 
para as demandas do curso.

O   DCC   provê   ainda   4   laboratórios   para   realização   de   trabalhos   práticos   e   projetos 


totalizando 88 computadores Pentium IV 3.0 Ghz com 1Gb RAM. 

A infra­estrutura de laboratórios e salas de aula prática compreende uma área total de 
251,40 m2, com capacidade para atender 174 alunos. 

Associado a estes laboratórios temos a infra­estrutura computacional do DCC, composta 
de mais de 30 servidores conectados aos laboratórios e gabinetes por uma rede Gigabit 
Ethernet   e   acesso   à   Internet   via   RNP,   provendo   inclusive   acesso   à   Internet   2.   Esses 
servidores centrais possuem toda infra­estrutura de preservação de dados (backup) além 
de   tolerância   a   falhas   de   energia,   seja   pelo   uso   de   no­breaks   ou   do   grupo   gerador 
movido a diesel. 

Em termos de norma, todos os alunos, para ter acesso à infra­estrutura, tem que assinar 
um termo de responsabilidade que, além de estabelecer as normas de uso e conservação 
dos   equipamentos,   ainda   define   os   limites   de   responsabilidade   no   uso   dos   recursos, 
regras de etiqueta e de uso do acesso à Internet. As atividades e o respectivo tráfego 
gerado são monitorados pela Gerência de Recursos Computacionais do DCC.

A   gestão   dos   recursos   é   feita   de   forma   coordenada   pela   Gerência   de   Recursos 


Computacionais e pela secretaria do DCC, que realiza a alocação das salas de aula e dos 
laboratórios, quando pertinente. O processo é simples, bastando o professor comunicar a 
necessidade, mas ela tem que ser justificada perante as necessidades das disciplinas. 

Toda a área utilizada para o BSI está coberta por rede sem fio padrão IEEE 802.11 g 
(54MBps) com acesso direto à Internet em uma rede independente 

As   instalações   dos   laboratórios   foram   recentemente   reformadas,   toda   a   mobília   foi 


trocada e instalado um sistema de segurança baseado em registros em vídeo. Durante 

40
todo   o  horário   de  funcionamento   dos   laboratórios,  que  vai   de  8   às  22   horas,  há  um 
funcionário   com   a   responsabilidade   de   verificar   as   condições   de   utilização   das 
instalações   e   também   resolver   problemas   imediatos   como   reposição   de   material   de 
consumo e outros que porventura surjam.

Todo   o   material   de   consumo   e   manutenção   dos   laboratórios   e   salas   de   aula   é   de 


responsabilidade  da   Gerência   de   Recursos  Computacionais  do  DCC,   e  é,  em   grande 
parte,   custeada   por   recursos   próprios   do   departamento.   A   aquisição   de   novos 
equipamentos   vem   sendo   historicamente   custeada   com   recursos   da   universidade   ou 
mesmo   recursos   próprios   do   DCC,   a   partir   de   cursos   de   extensão,   especialização   e 
projetos.

Os serviços e facilidades providos pelo DCC para suporte aos cursos de graduação vêm 
sendo continuamente aperfeiçoados nas últimas décadas e acreditamos que eles sejam 
plenamente   satisfatórios   para   os   objetivos   do   curso,   em   particular   tendo   em   vista   a 
crescente tendência de uso  de computadores  pessoais portáteis, que, até certo ponto, 
alivia a demanda por recursos computacionais.

2.6.3 Instalações e laboratórios para formação profissionalizante

Os   laboratórios,   salas   de   aula   e   infra­estrutura   para   formação   básica   são   também 


utilizadas   para   suporte   à   formação   profissionalizante,   que   conta   também   com 
laboratórios de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Há   atualmente   20   laboratórios   de   pesquisa   e   desenvolvimento   tecnológico   no   DCC, 


onde mais de 100 alunos dos cursos de Sistemas de Informação, Ciência da Computação 
e Matemática Computacional realizam projetos de iniciação científica e estágios. São 
eles:

1. Centro de Computação Científica
2. Laboratório   de   Análise   e   Modelagem   de   Desempenho   de   Sistemas   de 
Computação
3. Laboratório de Banco de Dados
4. Laboratório de Computação Paralela
5. Laboratório de Engenharia de Computadores
6. Laboratório de Inovação Tecnológica
7. Laboratório de Inteligência Computacional
8. Laboratório de Linguagens de Programação
9. Laboratório de Otimização e Automação de Sistemas
10. Laboratório de Pesquisa Operacional
11. Laboratório de Sistemas de Informação e Informática na Educação
12. Laboratório de Percepção Ativa – Robótica
13. Laboratório de Redes de Alta Velocidade
14. Laboratório de Redes de Computadores
15. Laboratório de Software Livre
16. Laboratório de Usabilidade
17. Laboratório de Vídeo sob Demanda
18. Laboratório para Tratamento da Informação

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19. Laboratório Synergia 
20. Núcleo de Processamento Digital de Imagens

Esses laboratórios congregam alunos de graduação e pós­graduação associadas às várias 
linhas   de   pesquisa   em   desenvolvimento   no   DCC,   totalizando   aproximadamente   400 
postos   de   trabalho   e   uma   área   de   mais   de   1000   m2.   O   prédio   do   ICEx,   onde   esses 
laboratórios funcionam foi construído há 14 anos e todos estão em ótimas condições. A 
grande  maioria  dos   laboratórios   têm  ar­condicionado   e  as  máquinas,  adquiridas   com 
recursos   de   projetos   de   pesquisa   e   desenvolvimento   tecnológico,   têm   se   mostrado 
plenamente adequadas  para o desenvolvimento  das  atividades dos  laboratórios, como 
pode ser observado pelos resultados obtidos. O processo de atualização dessas máquinas 
também   é   feito   de   forma   independente,   sendo   controlado   pela   gestão   de   compras   e 
patrimonial do DCC e do ICEx. Em termos de funcionamento, cada laboratório tem seu 
modo de operação próprio, normalmente auto­gerido pelos alunos e técnicos atuantes. 
Esses   laboratórios   são   acessíveis   24   horas   por   dia,   sendo   o   controle   efetuado   pela 
segurança do ICEx, que possui todos os alunos cadastrados e exige a sua identificação 
na entrada.

Todo o material de consumo e manutenção dos laboratórios é de responsabilidade dos 
laboratórios,   realizado   com   recursos   captados   a   partir   de   projetos   de   pesquisa   e 
desenvolvimento tecnológico. 

No contexto das formações complementares, os alunos possuem também acesso à infra­
estrutura   de   outras   Unidades   Acadêmicas,   em   particular   a   Faculdade   de   Ciências 
Econômicas, cujo  novo  prédio  foi  inaugurado em  Fevereiro  de 2008, e da Escola de 
Ciência da Informação, ambos localizados a centenas de metros do ICEx.

2.6.4 Instalações e laboratórios para prática profissional e prestação de serviços

Todos   os   laboratórios   de   pesquisa   e   desenvolvimento   tecnológicos   do   DCC   também 


atuam como ambientes de prática profissional e prestação de serviços. Há ainda duas 
outras   iniciativas  que  se  mostram   relevantes   nesse  cenário.  A  primeira  iniciativa  é   a 
Empresa   Informática   Junior,   em   funcionamento   no   ICEx   e   congregando   alunos   dos 
vários cursos sob a responsabilidade do DCC. Uma segunda iniciativa é o laboratório 
Inovatec, que tem por objetivo apoiar empreendimentos que nascem no âmbito do DCC. 
Ambos   os   ambientes   estão   devidamente   equipados   e   contam   com   a   participação   de 
diversos alunos. 

A exemplo dos demais laboratórios do DCC, esses últimos também possuem instalações 
adequadas e bem conservadas. Os equipamentos da Informática Junior foram cedidos 
pelo DCC, enquanto o laboratório Inovatec foi montado a partir de recursos de projetos 
de pesquisa. 

Na condição de laboratórios, eles têm gestão própria e controles de segurança próprios, 
obviamente sujeitos às regras de segurança do ICEx. 

Em termos de atividades de ensino, a participação nesses laboratórios é acompanhada 
pelo   colegiado   do   curso   de   duas   formas.   A   primeira   forma   é   no   controle   sobre   as 

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atividades   de   estágio.   A   segunda   forma   é   através   dos   mecanismos   de   integralização 
curricular associados a estas atividades. 

Nos   vários   casos,   é   patente   a   atuação   dos   laboratórios   e   da   Informática   Junior   em 
projetos   de   desenvolvimento   tecnológico   e   prestação   de   serviços,   atendidas   as 
especificidades de cada caso. No caso dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento 
tecnológico   os  projetos   são   diferenciados  considerando  as  capacidades   instaladas  em 
cada   laboratório.   No   caso   do   laboratório   Inovatec,   o   foco   é   na   criação   de 
empreendimentos, enquanto na Informática Junior há uma preocupação em simular um 
ambiente   empresarial   de   fato,   acompanhado   por   professores,   mas   conduzido   pelos 
próprios alunos.

Em   termos   de   orientação,   todas   essas   atividades   contam   com   a   participação   de 


professores,   ou,   em   alguns   casos,   graduados   e   pós­graduados   na   área.   Não   há   um 
número pré­estabelecido em termos de razão de orientação, mas os resultados obtidos 
nas várias frentes mostram a sua adequação.

Cabe  ainda  ressaltar  o  papel   de  formação   profisionalizante  da  Gerência  de  Recursos 


Computacionais do DCC e do Ponto de Presença Internet da RNP, onde os alunos têm 
oportunidade de vivenciar o trabalho de suporte e operação de redes. Ainda na UFMG, 
é interessante destacar o papel como campo de estágio do Laboratório de Computação 
Científica,   que   também   hospeda   um   Centro   Nacional   de   Processamento   de   Alto 
Desempenho,   recentemente   reequipado,   do   Laboratório   de   Visualização   de   Alto 
Desempenho, e do Centro de Computação, responsável pela infra­estrutura de redes da 
UFMG   e   gestão   dos   sistemas   administrativos.   Nestes   casos,   os   alunos   atuam   como 
estagiários   ou   bolsistas,   seguindo   os   requisitos   da   necessidade   de   um   supervisor 
qualificado, que garante a boa condução dos trabalhos.

2.6.5 Coerência da infra­estrutura com o currículo

Acreditamos que a infra­estrutura à disposição do BSI atende a todos os requisitos para 
a   implementação   da   sua   proposta   curricular,   tendo   em   vista   a   disponibilidade   em 
número   adequado   de   equipamentos   atualizados   instalados   em   condições   físicas 
adequadas   e   devidamente   integradas   ao   projeto   pedagógico,   principalmente   no   que 
tange à realização de trabalhos práticos e projetos, além de um acesso amplo e irrestrito 
à   Internet,   como   demonstrado   pela   disponibilidade   de   rede   sem   fio   em   todas   as 
dependências físicas utilizadas pelo curso. 

A   adequação   dessa   infra­estrutura   se   estende   à   infra­estrutura   de   formação 


profissionalizante e de prática profissional. No primeiro caso, a diversidade e número de 
laboratórios existentes no DCC e em outras Unidades Acadêmicas afins ao BSI, assim 
como a qualidade dos trabalhos realizados nesses laboratórios garante uma grande gama 
de atividades profissionalizantes. No segundo caso, a existência de laboratório focado 
em   atividades   empreendedoras   e   de   empresa   júnior   em   funcionamento   ratificam   a 
diversidade   de   cenários   à   disposição   dos   alunos.   Finalmente,   cabe   ainda   ressaltar  as 
oportunidades   de   estágio   em   outros   órgãos   da   UFMG,   todos   em   funcionamento   no 
Campus.

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3. Procedimentos de Avaliação

3.1 Procedimentos de Avaliação no contexto do Projeto Pedagógico Institucional

O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) da UFMG apresenta as seguintes metas em 
termos de avaliação:

   •  Implementar estratégias e instrumentos permanentes de avaliação da qualidade do
      ensino de graduação;

   •  Estabelecer, a partir da análise das avaliações realizadas, processos ágeis de gestão
      visando ao aprimoramento dos cursos de graduação;

   •  Intensificar o aproveitamento das informações contidas nos resultados dos processos
      de avaliação de ensino e aprendizagem e nos resultados de avaliação de desempenho
      dos estudantes.

A partir destas metas, o PPI estabelece as seguintes ações:

•   Aprimorar os instrumentos de medida da qualidade final dos cursos de graduação 
ofertados;

•  Aperfeiçoar o sistema de avaliação para disponibilizar, em curto período de tempo, os 
resultados das avaliações discentes das disciplinas da graduação para a comunidade;

•     Formular   e   implementar   política   voltada   para   suprir  as   necessidades   de   formação 


didático­pedagógica dos docentes da UFMG;

•     Propor   e   implementar   medidas   de   aprimoramento   dos   processos   de   ensino   e 


aprendizagem nos cursos de graduação, a partir dos resultados divulgados e analisados 
das avaliações;

• Avaliar, sistemática e criticamente, os méritos e fragilidades observadas nos processos 
avaliativos   dos   cursos,   visando   ao   aprofundamento   dos   primeiros   e   à   proposição   de 
correções para as segundas;

•   Adotar   procedimentos   de   avaliação   conjunta,   pelas   congregações   das   unidades 


acadêmicas,   câmaras   departamentais   e   colegiados   de   cursos,   dos   resultados   do 
ENADE, e dos questionários de avaliação das disciplinas e de docentes;

• Promover ações que proporcionem maior interação entre docentes e colegiados dos 
cursos  de graduação, visando  aumentar a compreensão  dos  projetos pedagógicos  por 
parte dos docentes;

• Promover ações visando a garantir maior coerência entre os objetivos dos cursos, a 
prática pedagógica neles presentes e os conteúdos trabalhados;

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• Promover encontros periódicos entre coordenadores de cursos de graduação e a Pró­ 
Reitoria   de   Graduação   para   orientar   e   motivar   os   coordenadores   para   as   análises 
sugeridas, e para discutir medidas a serem adotadas.

A seguir discutimos como essas metas e ações são implementadas no contexto do BSI.

3.2 Avaliação do Desempenho Acadêmico

A avaliação do desempenho acadêmico é feita por unidade de estudo, incidindo sobre a 
freqüência, desempenho e aproveitamento acadêmico ao longo do período letivo. Este 
aproveitamento   é   avaliado   por   meio   do   acompanhamento   contínuo   do   aluno   e   dos 
resultados por ele obtidos nas atividades propostas, sejam práticas ou teóricas. Compete 
ao professor da disciplina elaborar o método de avaliação, submetê­lo ao Departamento 
e ao Colegiado do Curso e aplicá­lo. Além disto, se necessário, discutir com os alunos 
os enganos porventura ocorridos a fim de saná­los, respeitando a capacidade individual 
de   cada   um.   Para   cada   disciplina   são   adotados   procedimentos   de   avaliação   dos 
processos   de   ensino   e   aprendizagem   diferenciados,   podendo­se   utilizar   trabalhos 
escritos   e/ou   orais,   trabalhos   práticos,   relatórios,   visitas   técnicas,   avaliações   escritas, 
discussão   de   artigos   científicos,   trabalhos   de   campo,   discussões   em   grupo,   dentre 
outros.

Na UFMG, a verificação do rendimento escolar é feita por disciplina, abrangendo os 
aspectos de assiduidade e aproveitamento, ambos eliminatórios. Entende­se assiduidade 
a freqüência às atividades correspondentes a cada disciplina, ficando nela reprovado o 
aluno que não comparecer a, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) das atividades 
da disciplina, vedado o abono de faltas. Entende­se por aproveitamento o resultado da 
avaliação do aluno nas atividades desenvolvidas na disciplina. A apuração do resultado 
em cada disciplina será feita por meio de pontos cumulativos, num total de 100 (cem) 
pontos para cada disciplina. Nenhuma avaliação parcial de aproveitamento poderá ter 
valor superior a 40 (quarenta)pontos. Apurados os resultados finais de cada disciplina o 
aproveitamento de cada aluno é convertido nos seguintes conceitos nos seus respectivos 
valores:

– Conceito A: 90 a 100 pontos;
– Conceito B: 80 a 89 pontos;
– Conceito C: 70 a 79 pontos;
– Conceito D: 60 a 69 pontos;
– Conceito E: 40 a 59 pontos;
– Conceito F: 00 a 39 pontos.

O aluno que alcançar entre 60 (sessenta) e 100 (cem) pontos (conceitos A, B, C ou D) e 
for freqüente será considerado aprovado na disciplina. O conceito E permite ao aluno 
prestar Exame Especial ou se submeter a Tratamento Especial. O valor dos conceitos 
deve ser utilizado para o cálculo do rendimento semestral global.

No caso do curso de Sistemas de Informação, o acompanhamento e avaliação tem sido 
realizado de forma direcionada às várias disciplinas ofertadas até o momento, tendo em 
vista   o   curso   estar   em   consolidação   e   os   resultados   ainda   serem   preliminares.   Um 

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parâmetro importante de comparação são as disciplinas comuns ao Curso de Ciência da 
Computação, as quais são oferecidas muitas vezes de forma compartilhada facilitando 
atuações de controle e aperfeiçoamento.  

Um dos aspectos fundamentais para o bom funcionamento e efetividade de um curso na 
área de informática é a sua constante evolução, à luz do dinamismo da própria área, ao 
mesmo tempo que garante a apropriação dos fundamentos por parte dos seus egressos. 
Dividimos   os   procedimentos   de   avaliação   em   dois   grupos:   aproveitamento   escolar   e 
atividades curriculares.

A   avaliação   do   aproveitamento   escolar   compreende   as   estratégias   de   verificação   da 


aquisição de conhecimentos e habilidades por parte dos alunos. A seguir apresentamos 
os   mecanismos   de   avaliação   empregados   até   o   momento   e   como   eles   auxiliam   em 
quantificar a aquisição de habilidades.

Avaliações Escritas

A realização de avaliações escritas é um mecanismo comum e importante para várias 
das   habilidades   pretendidas.   A   solução   dessas   avaliações   dentro   de   um   intervalo 
limitado   de   tempo   exercita   o   domínio   do   ciclo   de   resolução   de   problemas,   aliado   à 
capacidade de expressão, criatividade e versatilidade. A capacidade de se organizar e 
traçar uma estratégia de solução também contribui para a desenvolver a capacidade de 
evolução no egresso. Cabe ainda ressaltar que o sucesso nas avaliações escritas também 
é um indicativo de apropriação da fundamentação teórica. A conduta ética e responsável 
inerente às avaliações promovem a cidadania e responsabilidade.

Trabalhos Práticos e Projetos

Os   trabalhos   práticos   e   projetos   são   complementares   aos   testes   pois   permitem   ao 
discente   planejar   e   avaliar   a   eficácia   do   seu   planejamento   atividades   de   maior 
profundidade e amplitude. Novamente, são exercitados o domínio do ciclo de resolução, 
criatividade,   capacidade   de   expressão   e   versatilidade.   As   investigações   necessárias 
representam um exercício de aquisição competência e visão científica. O processo de 
avaliação   desses   trabalhos   inclui   não   apenas   a   verificação   dos   relatórios,   como 
apresentações orais e entrevistas, onde todas as habilidades citadas são exercitadas.

Atividades de Flexibilização Horizontal

As atividades de flexibilização horizontal são avaliadas com a participação de docentes 
que   verificam   o   cumprimento   das   mesmas.   Essas   atividades   são   um   instrumento 
importante   para   desenvolver   a   versatilidade,   capacidade   de   adquirir   competências, 
empregabilidade e visão científica. A participação do docente no processo promove uma 
intensa transferência de conhecimentos e a criação de um protocolo de interação muito 
próximo do que acontece no contexto da atuação profissional do egresso.

Monografia 

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Como mencionado, a monografia é o coroamento das atividades do curso. Durante a 
monografia,   o   aluno   exercita   todas   as   habilidades   desejadas,   demonstrando   a   sua 
evolução e maturidade para o mercado de trabalho. As monografias são avaliadas não 
apenas pelo seu relatório final e apresentação oral, como pelo professor orientador que 
acompanha   todo   o   processo,   quando   quesitos   como   criatividade,   versatilidade   e 
comportamento ético podem ser melhor avaliados.

3.3 Procedimentos de Auto­avaliação

Na UFMG existe a Comissão Permanente de Avaliação Institucional (COPAI) criada em 
2004   tendo   como   justificativa   a   Lei   10.861   de   14   de   abril   de   2004   que   instituiu   o 
Sistema   Nacional   de   Avaliação   da   Educação   Superior   (SINAES),   estabelecendo   a 
obrigatoriedade da realização de procedimentos de auto­avaliação pelas IES. A COPAI 
é um órgão único responsável tanto pela avaliação institucional quanto pela a avaliação 
dos cursos de graduação.

A   avaliação   institucional   tem   por   objetivos   a   busca   permanente   da   melhoria   da 


qualidade  acadêmica,  científica  e cultural  das   IES,  o   aperfeiçoamento  da  sua  função 
social,   bem   como   fornecer   subsídios   para   a   formulação   de   seu   plano   de 
desenvolvimento institucional. Contribui, assim, para a ampliação e diversificação de 
sua   inserção   regional,   nacional   e   internacional   e   a   democratização   do   processo   de 
tomada de decisão, tornando possível a essa instituição atingir patamares sempre mais 
elevados de desempenho.

A   avaliação   institucional   é   também   um   processo   por   meio   do   qual   não   só   a   IES   se 
conhece, como se torna conhecida por outros setores da sociedade. Além de fornecer 
subsídios para a prestação de contas à sociedade e a promoção de sua maior integração 
com   as   diversas   instituições,   movimentos   e   esferas   sociais.   Além   disto,   permite 
identificar estratégias, instrumentos e ações institucionais e sociais, necessárias para a 
formulação de políticas acadêmicas de mais largo alcance. Nesse sentido, é importante 
que exista, também, efetiva articulação entre a avaliação, o planejamento e o processo 
de tomada de decisões, para que a primeira possa cumprir seu papel como instrumento 
de mudança e de correção de rumos.

A auto­avaliação dos cursos de graduação da UFMG é realizada semestralmente pela 
COPAI, vinculada à PROGRAD, e auxiliada pelo Cecom (Centro de Computação da 
UFMG) na sua preparação, execução e análise do processo de avaliação das disciplinas 
dos cursos de graduação, de seus respectivos professores e dos cursos como um todo. O 
questionário de avaliação sobre a atuação do docente respondido pelo aluno no ato da 
matrícula inclui questões tais como: assiduidade, pontualidade, domínio de conteúdo, 
cumprimento   do   programa,   capacidade   de   transmissão   do   conhecimento, 
relacionamento com os alunos, disponibilidade do professor fora da sala de aula, postura 
profissional e ética, se o aluno recomenda ao colega a fazer essa disciplina com esse 
professor, se o aluno faria outra disciplina com esse professor, dentre outros.

O   processo   de   auto­avaliação   do   curso   acontece   através   de   mecanismos   de   controle 


implementados   nos   seus   vários   componentes.   Além   da   avaliação   realizada   pelos 
discentes,   as   quais   são   enviadas   tanto   ao   docente   responsável   quanto   ao   seu 

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departamento, com vistas a aperfeiçoar as suas práticas docentes. Periodicamente são 
realizadas   análises   com   relação   à   retenção   e   verificação   das   razões   por   trás   de   tais 
eventos. A participação em exames externos como o ENADE é um aferidor importante 
da   qualidade   do   curso   e   seus   egressos.   Finalmente,   planejamos   realizar   o 
acompanhamento   da   evolução   profissional   dos   egressos,   por   meio   do   programa   de 
relacionamento com ex­alunos Sempre UFMG. 

3.4 Coerência dos procedimentos de avaliação

É   interessante   notar   como   os   procedimentos   de   avaliação   são   coerentes   com   as 


habilidades e competências que o egresso deve desenvolver durante o BSI. Com relação 
ao domínio do ciclo de resolução de problemas, vários mecanismos permitem avaliar 
essa habilidade, desde avaliações escritas, passando por projetos e trabalhos práticos, e 
culminando com a realização da monografia. O mesmos mecanismos permitem que se 
avalie a capacidade de expressão escrita e oral.  Com relação à fundamentação teórica 
nas várias unidades de estudo, as avaliações escritas são o mecanismo mais tradicional 
de avaliação, embora o sucesso nas demais atividades de cunho mais prático também 
sirva  de  parâmetro   de  avaliação.  A   própria  natureza  do   curso  facilita o   contato   com 
outras áreas do conhecimento, e tanto a capacidade de adquirir competência em outras 
áreas, quanto a versatilidade na solução de problemas são avaliados pela participação 
em atividades de flexibilização horizontal, projetos e a monografia, que pelo seu caráter 
individual, é  um  instrumento importante de avaliação  neste sentido. A  criatividade é 
exercitada em vários níveis pelos vários mecanismos, desde a perspectiva da solução de 
problemas teóricos, até a condução de projetos mais amplos, a exemplo do inerente à 
monografia. As habilidades de cidadania e responsabilidade são avaliadas por todas as 
atividades,   em   particular   pelas   avaliações   escritas   e   pela   monografia,   que   são   de 
natureza   individual.   Há   basicamente   três   mecanismos   que   permitem   avaliar   a 
empregabilidade e capacidade de evolução. O  primeiro mecanismo  é  a realização  de 
projetos,   participação   em   atividades   de   flexibilização   horizontal   e   execução   da 
monografia,   que   são   atividades   mais   próximas   do   exercício   profissional.   O   segundo 
mecanismo são as disciplinas optativas, de enfoque tecnológico, onde são tratados temas 
no   estado­da­arte   da   tecnologia,   e   que   exercitam   a   capacidade   do   futuro   egresso   de 
acompanhar a evolução. O terceiro mecanismo são as avaliações externas tais como o 
ENADE,   que   constituem   um   mecanismo   importante   de   comparação   do   curso   com 
outros existentes. A visão científica é avaliada em todos os contextos, em particular na 
realização de projetos associados a disciplinas fundamentais, como algoritmos e aquelas 
das áreas de matemática. 

4.Instrumentos Normativos de Apoio

4.1. Composição e funcionamento do colegiado

A  coordenação acadêmica de cada curso da Universidade Federal de Minas  Gerais é 
feita   através   dos   colegiados   de   coordenação   didática,   que   são   subordinados 
administrativamente   à   diretoria   de   uma   unidade   acadêmica   e   logisticamente   à   Pró­

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reitoria   de   Graduação.   Os   colegiados   de   coordenação   didática   têm   atribuições   e 
composição determinadas pelo Estatuto da UFMG e em resolução complementar. 

O Colegiado de Coordenação Didática do Bacharelado em Sistemas de Informação tem 
a seguinte composição:

● Coordenador
● Sub­coordenador
● 2 (dois) representantes do Departamento de Ciência da Computação
● 1 (um) representante da Faculdade de Ciências Econômicas
● 1 (um) representante do Instituto de Ciências Exatas
● 1 (um) representante da Escola de Ciência da Informação
● representação estudantil, na forma do Estatuto e do Regimento Geral

O   coordenador   e   o   sub­coordenador   são   eleitos   pelos   membros   do   colegiado   entre 


docentes da UFMG, preferencialmente oriundos dos departamentos atuantes no curso. 
Tanto   os   coordenadores   quanto   os   representantes   têm   mandato   de   2   (dois)   anos   e   é 
permitida   a   recondução.   Os   representantes   do   corpo   discente   serão   eleitos   por   seus 
pares. O colegiado conta ainda com um secretário e o atendimento aos alunos é feito na 
sala 2005 do Instituto de Ciências Exatas, que é compartilhada por outros colegiados de 
graduação do Instituto.

O Colegiado se reúne ordinariamente uma vez a cada semestre e extraordinariamente 
sempre   que   convocado   pelo   coordenador,   ou   pelo   menos,   por   um   terço   dos   seus 
membros.

O   controle   acadêmico   é   feito   pela   administração   central   da   UFMG,   gerenciada   pelo 


Centro   de   Computação   (CECOM),   através   do   sistema   acadêmico,   totalmente 
informatizado, contendo informações sobre o curso, currículo, disciplinas, cadastro de 
alunos, histórico escolar. O sistema suporta desde o registro inicial do aluno, matrículas, 
lançamentos de ocorrências acadêmicas como trancamentos de matrículas, dispensa de 
disciplinas, controle de integralização e desligamentos da universidade.   O ICEx tem 
ainda   a   Seção   de   Ensino,   localizada   na   sala   2004   do   Instituto,   órgão   executor   e 
controlador   das   atividades   acadêmicas,   subordinado   ao   Departamento   de   Controle   e 
Registro Acadêmico (DRCA). Ela é responsável pela execução da matrícula, lançamento 
de   dados   (notas,   freqüências,   trancamentos   etc),   emissão   de   atestados   preparação   de 
processos para registro de diplomas e arquivamento de processos dos alunos.

A maioria dos alunos faz a sua matrícula pela Internet, havendo apenas uma pequena 
parcela  que  recorre   ao   colegiado  para  realizar   ou   retificar   a  sua   matrícula,   em  geral 
como decorrência de necessidade de alterações após matrícula inicial pela Internet. A 
matrícula pela Internet possui mecanismos de interação com a coordenação, permitindo 
aos   alunos   solicitar   tratamentos   diferenciados   conforme   as   suas   peculiaridades   e 
necessidades. 

Recentemente   (segundo   semestre   de   2007),   a   UFMG   implantou   o   diário   de   classe 


eletrônico, eliminando completamente o registro em papel por parte dos docentes. Esse 

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processo permite mais transparência e agilidade, além de eliminar fontes de erros como 
as advindas da transcrição manual das notas parciais e finais. 

Com  relação à articulação do colegiado do curso com os colegiados superiores, essa 
acontece de forma direta através da Câmara de Graduação, em funcionamento na Pró­
Reitoria   de   Graduação   e   que   é   parte   do   Conselho   de   Ensino,   Pesquisa   e   Extensão 
(CEPE) da UFMG. O CEPE é o órgão técnico de supervisão e deliberação em matéria 
de   ensino,   pesquisa   e   extensão,   sendo   o   órgão   máximo   de   deliberação,   e   incumbe 
formular a política geral da UFMG nos planos acadêmico, administrativo, financeiro, 
patrimonial e disciplinar. 

Além da Câmara de Graduação, a existência de várias assessorias acadêmicas na Pró­
reitoria,   como   estágio,   bolsas   e   avaliação,   facilita   a   execução   das   atividades   do 
colegiado e demonstram a estreita interação entre este os colegiados superiores.

4.2 Resoluções

Referências 
 
[1]   Ver   Relatório   do   grupo   de   trabalho  P   &   D  da  SBC  (disponível   no   sítio 
www.sbc.org.br)

[2] Costa, C. M., Costa, T. et alii, “Currículo de Referência para cursos de bacharelado 
em Sistemas de Informação”, Diretoria de Educação da  SBC, GT­2. Relatório Preliminar 
(disponível no sítio www.sbc.org.br)

[3] Cidral  A., Kemczinski A., “Proposta de perfil do egresso do Bacharelado em 
Sistemas de Informação do currículo de referência  2000 da SBC”,  SBC, Porto Alegre, 
2000.

[4] Consultar o sítio www.computer.org/education

[5]   Relato   da   Comissão   do  ICEx  sobre   as   condições   atuais   dos   cursos   noturnos   e 
impacto da criação de novos cursos. Relatório da Comissão instituída pela portaria 006 
de 06/02/2003 da Diretoria do Instituto de Ciências Exatas, 19/03/2003.

[6] Currículo de Referência da SBC (CR99), Proposta apresentada na Seção Plenária do 
VII WorkShop sobre Educação em Informática, Sociedade Brasileira de Computação, 
(www.sbc.org), Julho/1999.

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