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Nascimento de Nero

15/12/37 – Nasce Lucio Domicio Enobardo, filho de Julia Agripina, a menor (filha de Germânico e
Agripina, a Maior, irmã de Calígula, bisneta de Cesar Augusto) e Cneu Domício Enobardo (filho de Marco
Augusto e Otávia, irmã de Cesar Augusto), em Anzio. Quando nasceu, seu pai, que segundo Seutônio
(historiador romano) “ era detestável em todos os aspectos da vida, dele e de Agripina nada podia nascer
que não fosse detestável e funesto ao bem público.

Ano 40 – Cneu Domício Enobardo morre e posteriormente Agripina (mãe de Nero) volta a
casar-se.
Ano 41 – Cláudio começa a reinar, depois do assassinato de Calígula. Para dar-nos uma ideia
de sua monstruosidade, basta-nos as palavras de sua mãe, que dizia sempre a respeito dele,
que “...era um monstro: não havia sido acabado, mas apenas esboçado pela natureza. Sua
debilidade foi as mulheres e no palácio reinava a corrupção; era feroz e sanguinário,
gostando de presenciar as torturas e execuções...”.
Ano 48 – Agripina planeja o assassinato de Valéria Mesalina, esposa de Cláudio e mãe de
Britânico e de Otávia.
Ano 49 – Cláudio promulga o edito mencionado em Atos 18:2. Seutônio explica o porquê do
edito: “expulsou os judeus, sublevados constantemente por incitamento de Chresto (Cristo)”.
Depois de envenenar seu segundo esposo, Agripina se casa incestuosamente com seu tio, o
imperador Cláudio. Em consequência, “... aos doze anos de idade foi adotado (Nero) por
Cláudio e confiado aos cuidados de Lúcio Aneu Sêneca, já senado, para que estudasse.
Posteriormente, Agripina convence Cláudio a preferir Nero no lugar de Britânico como seu
sucessor; com a ajuda do filósofo estóico Lúcio Aneu Sêneca (irmão do pro cônsul de Acaia,
Gálio, mencionado em Atos 18:12-17), Sexto Afrânio Burro, o poderoso capitão da guarda
pretoriana e Pala, “o liberto”. Nero é nomeado o apoderado de Britânico, ainda que tinha só
quatro anos a mais do que ele.”

Ano 53 – Agripina planeja o casamento de Nero com Otávia, assegurando assim, mais ainda
sua posição como sucessor de Cláudio, pois tornara-se também seu genro. Nero estava
somente com 16 anos de idade.

13/10/54 – depois que Agripina envenena Cláudio, Nero, que tinha apenas 17 anos, foi
“proclamado imperador”.

Ano 55 – Agripina assegura a posição de imperador a Nero ao envenenar Britânico.

Até 59, os primeiros cinco anos de seu reinado, chamado “Quin quennium neronis”, foram
caracterizados por uma “sã administração e ordem”, pois ele deixou todos os assuntos do
governo nas mãos capazes de Sêneca e Burro. Quando “ao pedir-lhe que assinasse como de
costume uma sentença de um condenado a morte, disse: “como gostaria de não saber
escrever”. Durante esse período, ele proibiu jogos sangrentos no circo, terminou com a pena
de morte, reduziu os impostos etc.

Estes foram anos dourados, principalmente porque ele não estava no comando do governo, dedicava-se
aos seus passatempos artísticos e atléticos. A paixão de Nero era o teatro e a música. Ele participava de
diversos concursos de música, e Suetônio disse que “...o mesmo se proclamava vencedor”. Que jurado
diria o contrário?
“Nunca permitiu que enquanto ele cantava alguém saísse do teatro, nem sequer por
necessidade; e assim se conta que algumas mulheres deram à luz durante seus espetáculos, e
que muitos cansados de escutar e aplaudir, por se acharem fechadas as portas das barreiras
do circo, saltavam do alto do muro para fugir, ou fingiam que estavam mortos para poderem
ser tirados dali.”

I. Os anos intermediários do reinado até o incêndio

Anos 59-64 – “deixarei de contar agora, por saber que seria inoportuno, de que maneira Nero,
levantado nos bens da fortuna e prosperidade, soube tão mal servir-se de tudo; e como matou
sua irmã, sua mãe e sua mulher, convertendo depois a crueldade contra todos; vindo
posteriormente a enlouquecer e fazer coisas de homem indiscreto e sem conduta. ”

Ano 59 – Depois de três tentativas de envenenar e uma de enforcar a sua mãe, Nero
consegue assassiná-la, apunhalada por um servo. “Acrescentou ao parricídio de sua mãe, o
assassinato de muitos parentes e familiares. E Nero não se comportou com menos crueldade
fora da sua casa e com estrangeiros... A partir de então, não fez eleição alguma, nem guardou
medida para matar a qualquer um que queria e por qualquer motivo.”

Suetônio relata: “Nero não deixou em repouso seu descaramento, paixões, luxúria, avareza e
crueldade; primeiro gradualmente, de maneira oculta, e como por extravio da juventude,
mas de maneira também que ninguém duvidada que aqueles vícios eram próprios de seu
caráter, não de sua idade... pouco a pouco iam aumentando seus vícios; deixou já as
brincadeiras passadas e o anonimato, e, sem nenhuma preocupação de ir dissimulando, se
lançou abertamente a maiores excessos. Prolongava seus banquetes desde o meio dia até a
meia noite... sem falar de suas relações sexuais com jovens de boas famílias e com mulheres
casadas. Violou Rubria, uma virgem... esforçou-se por transformar em mulher um jovem,
arrancando-lhe os testículos...o teve como esposa...Ninguém duvidara de que havia desejado
coabitar com sua própria mãe...se entregava aos seus desejos incestuosos...”

Ano 62 – Nero “fez matar, sob acusação de adultério”, a Otávia e pouco tempo depois se casa
com Pompéia Salina, a jovem esposa do senador e futuro imperador Oto.

I. O incêndio de Roma e a perseguição dos cristãos


19/07/64 – “Pouco depois da meia noite... a noite depois da lua cheia, um incêndio começou
de repente, na parte noroeste do Circo Máximo em Roma... quando por fim foi sufocado...
dos catorze distritos nos quais a cidade era dividia, só quatro escaparam, três foram
destruídos completamente, e o restante recebeu danos severos...”

“Seguiu a isso um desastre (o incêndio de Roma), não se sabe se por casualidade ou por causa
da maldade do príncipe, pois ambas as posições têm partidários...”

Nero “não perdoou tampouco ao povo ou as muralhas da sua pátria. Alguém disse, no meio
de uma conversação geral: depois que eu estiver morto, que a terra se abrase. Contestou
Nero: “Não! Mas eu vivendo! ”, e atuou plenamente deste modo. Pois pelo pretexto de que
estava irritado com o aspecto dos edifícios antigos, pela estreiteza e sinuosidade das ruas,
incendiou Roma tão as claras que muitos ex-cônsules, depois de ter surpreendido em suas
propriedades a uns escravos de Nero com estopas e tochas, não se atreveram a detê-los.
O flagelo exerceu seu furor durante seis dias e sete noites. O povo não encontrou outro
refúgio senão os monumentos e nos túmulos. Além de numerosas casas de aluguel, o fogo
consumiu as moradias de antigos generais, ainda ornadas com os despojos dos inimigos; os
templos dos deuses, oferecidos e consagrados pelos reis e outros, na época das guerras
púnicas e gaulesas, e tudo quanto havia ficado como digno de ver-se e de lembrar da
antiguidade. Nero contemplava esse incêndio do alto da torre de Mecenas, extasiado –
confessava ele – com a beleza do fogo – cantou, vestido de sua roupagem de teatro, “A Ruína
de Ílion”. Com medo que lhe fugisse a oportunidade de pilhar e rapinar o mais possível, tanto
o motim e tantos despojos, prometeu retirar os cadáveres e os escombros gratuitamente.
Não deixou que ninguém se aproximasse dos restos das suas propriedades destruídas. Não
somente recebeu, mas chegou a exigir contribuições, chegando quase ao ponto de esgotar a
capacidade de pagamento das províncias e dos particulares. ”

“...Porém nenhum meio humano, nem a liberalidade do príncipe, nem as expiações feitas a
deuses eram suficientes para pagar a infâmia que todo o povo cria, que havia sido produzido
o incêndio por mandado do imperador. Logo, para acabar com esse rumor, culpou e aplicou
refinadíssimos tormentos aos que eram chamados vulgo cristãos, odiosos por suas maldades.
Vinha-lhes este nome de Cristo, a quem, sob o império de Tibério, Pôncio Pilatos condenou a
morte. Reprimida por um momento essa detestável superstição, reaparecia com mais vigor. E
isto não só na Judéia, origem deste mal, senão também através de Roma, onde tem fácil
acolhida e desenvolvimento, todo o mais atroz e vergonhoso de todas as partes.
Primeiramente foram apreendido os que declaravam sua fé. Depois, por revelação deles
mesmos, uma grande multidão foi condenada. Não contente por fazer-lhes perecer,
acrescentou-lhes o seguintes escárnios: cobria-lhes com peles de feras para que os cachorros
os destroçassem; a outros cravaram-lhes na cruz, untando-lhes de materiais inflamáveis,
quando desaparecia a luz do dia os queimava para iluminar a noite. E assim, ainda que
inculpáveis e não merecedores de tormentos nunca vistos, atraíram a compaixão, posto que
se lhes fazia desaparecer não pela utilidade pública, senão pela crueldade de um só.”

“...Foram perseguidos baixo pena de morte os cristãos, uma seita de homens de uma
superstição nova e maléfica...”

“...A confissão de cristianismo foi definida como um crime capital, ainda que de um tipo
especial, porque a pessoa podia ser indultada ao apostatar (negar a fé previamente
confessada), demonstrando através de um sacrifício aos deuses pagãos ou ao imperador.
Intrigas populares acusavam os cristãos de vícios secretos, como a ingestão de crianças
assassinadas (a raiz do segredo em torno da ceia do Senhor e o uso das palavras “corpo” e
“sangue” do filho) e de promiscuidade sexual (pelo feito que entre os cristãos se chamavam
“irmão” ou “irmã”, ainda quando viviam como esposos...)”.

“...Porém Nero, tendo o governo firmemente estabelecido sob ele, portanto lançando-se a
projetos nefastos, começou a fazer guerra contra essa religião que reconhece ao único Deus
Supremo. Para falar a verdade, a grandeza da maldade desse homem não é compatível com
nosso objetivo no presente; e sendo que há muitos que relataram sua história e narrativas
muito exatas, cada um pode, ao seu gosto, nelas contemplar a grosseria da sua loucura
extraordinária. Sob a influência desta, ele não prosseguiu a destruição de milhares com
propósito algum, senão com assassinatos indiscriminados que não guardou a seus amigos
mais íntimos e queridos. A sua própria mãe e esposa, juntamente com muitos outros, de
quem eram parentes próximos, os matou como se fossem desconhecidos inimigos com vários
modos de morte. E, além de todos os seus outros crimes, isto ainda não completou o catálogo
dele, já que foi o primeiro imperador em mostrar-se inimigo da piedade para com Deus. Este
“feito” foi registrado por Tertuliano nas palavras que seguem: “Examinem seus arquivos. Aí
encontrarás que Nero foi o primeiro em perseguir essa doutrina, particularmente depois de
haver subjugado todo o oriente, exercitou sua crueldade contra toda Roma. Tal foi o homem,
do qual podemos declarar que ele foi o líder do nosso castigo. Porque aquele sabe quem ele
foi, saberia que tudo o que era bom foi condenado por ele. Assim que Nero, autodeclarado
ser o maior inimigo de Deus, foi impulsionado pela sua fria matança dos apóstolos. Portanto
se relata que Paulo foi decapitado em Roma, e Pedro foi crucificado sob ele (Nero)...”

I. Os últimos anos de Nero

Ano 65 – “Nero pessoalmente mata Pompéia Sabina a pontapé, quando grávida...”. Depois,
por não querer casar-se com Antônia, filha de Cláudio, mata-a e decide casar-se com Estatília.
E para fazê-lo, “degolou seu marido Ático Vesti”.

Ano 66 – Começa a guerra dos judeus.

Anos 66-67 – Nero viajou a Acaia para participar de todos os certames musicais, ganhando
obviamente todos os prêmios. Suetônio fala que Nero, havendo sido reconhecido com
excessivos elogios, disse que “somente os gregos sabem escutar e eram dignos de apreciar
seu talento”. Por essa razão, ao abandonar a Grécia, concedeu liberdade a toda a província.

Ano 68 – o império estava em caos total, pois Nero deixou de lado todos os afazeres
governamentais para seguir suas ilusões artísticas, os generais já não o suportavam mais.
Gaio Júlio Vindex, quem iniciou a sublevação, disse: “Eu lhe vi no cenário fazendo papel de
mulher grávida e de escravos destinados a serem executados...”

Outros se somaram a rebelião, produzindo uma verdadeira guerra civil. Quando a guarda
pretoriana lhe retirou a lealdade, fugiu de Roma e se suicidou no dia 9 de junho, enterrando
um punhal na garganta, dizendo: “Que artista morre comigo!”

“Ele trouxe a dinastia Julio Claudiana a um fim depreciável, sendo o primeiro imperador a
sofrer o damnatio memoriaem (maldita a sua memória). Seu reinado foi apagado do registro
oficial por ordem do senado.”

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